Sumário
Noções introdutórias
Evolução histórica
1
N
2
Carvalho Filho, 2014, p. 557.
3
No RE 262.651-SP, 2ª Turma, o STF havia entendido que a responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito
privado prestadoras de serviço público alcançava somente os usuários do serviço, não se estendendo a outras
pessoas que não ostentassem a condição de usuário. Todavia, esse entendimento foi superado. No RE
459.749/PE, Pleno, o voto do Ministro Relator Joaquim Barbosa acenou para mudança desse entendimento,
aplicando a responsabilidade objetiva também aos não usuários do serviço. Todavia, esse RE foi arquivado sem
julgamento conclusivo, em decorrência de acordo entre as partes. Posteriormente, no RE 591.874/MS, o STF
superou definitivamente o entendimento anterior, comprovando que a responsabilidade civil das pessoas
jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é objetiva relativamente a terceiros usuários e não
usuários do serviço.
4
RE 591.874/MS.
Dano
5
Scatolino e Trindade, 2014, p. 817.
6
Furtado, 2012, p. 858.
7
Furtado, 2012, p. 858.
Conduta
8
RE 160.401/SP.
9
RE 363.423/SP.
A diferença para o primeiro caso foi que, nessa segunda situação, o disparo
decorreu de “interesse privado movido por sentimento pessoal do agente
que mantinha relacionamento amoroso com a vítima”.
Dessa forma, o que define a responsabilidade, no caso de disparo de
arma de fogo, não é a origem da arma, mas a conduta na qualidade de
agente pública. Na primeira hipótese, mesmo em horário de folga e sem
farda, o agente só agiu por ser policial e, dessa forma, chamou a
responsabilidade objetiva do Estado. Na segunda situação, por outro lado,
a conduta decorreu inteiramente de sentimento pessoal, não ocorrendo na
qualidade de agente público.
Analisando os dois julgados mencionados acima, Lucas da Rocha
Furtado conclui que restará caracterizada a oficialidade da conduta do
agente quando10:
10
Furtado, 2012, p. 863.
11
Furtado, 2012, p. 864.
Nexo de causalidade
12
RE 456.302 AgR/RR.
13
RE 113.587/SP.
15. (Cespe - Tec/MPU/2013) Considere que veículo oficial conduzido por servidor
público, motorista de determinada autoridade pública, tenha colidido contra o
veículo de um particular. Nesse caso, tendo o servidor atuado de forma culposa e
provados a conduta comissiva, o nexo de causalidade e o resultado, deverá o
Estado, de acordo com a teoria do risco administrativo, responder civil e
objetivamente pelo dano causado ao particular.
Comentário: novamente, a questão apresentou todos os elementos para gerar
a responsabilidade civil objetiva do Estado, na modalidade de risco
administrativo: conduta comissiva, nexo de causalidade e resultado (dano).
Com efeito, a forma culposa é irrelevante para que o Estado responda
objetivamente, mas isso não torna o item errado, pois, existindo ou não a
forma culposa, ocorrerá a responsabilidade objetiva.
Gabarito: correto.
14
Carvalho Filho, 2014, p. 568.
15
RE 179.147/SP.
Reparação do dano
16
RE 327904/SP.
17
Alexandrino e Paulo, 2011, p. 778..
Direito de regresso
Analisando o §6º, art. 37, da CF, podemos perceber que existem dois
tipos de responsabilidade:
a) a responsabilidade objetiva do Estado perante os terceiros
lesados;
b) a responsabilidade subjetiva dos agentes causadores de dano,
amparando o direito de regresso do Estado, nos casos de dolo ou
culpa.
No primeiro caso, temos a responsabilidade civil do Estado, conforme
estudamos ao longo da aula. Entretanto, se ficar comprovado dolo ou culpa
do agente causador do dano, assegura-se o direito de regresso do Estado
perante esse agente, ou seja, a Administração Pública poderá reaver os
custos da indenização do dano.
Dessa forma, podemos fazer o seguinte esquema sobre as ações de
ressarcimento:
T R R A
E
18
Alexandrino e Paulo, 2011, p. 780.
b) que tenha havido culpa ou dolo por parte do agente cuja atuação
ocasionou o dano.
19
Alexandrino e Paulo, 2011, p. 780-781.
20
EREsp 313.886/RN.
27. (Cespe - PT/PM CE/2014) A responsabilidade civil do servidor público por dano
causado a terceiros, no exercício de suas funções, ou à própria administração, é
subjetiva, razão pela qual se faz necessário, em ambos os casos, comprovar que
ele agiu de forma dolosa ou culposa para que seja diretamente responsabilizado.
Comentário: creio que o item foi mal formulado, uma vez que o termo
“diretamente” dá a entender que o agente será responsabilizado diretamente,
por meio de ação em que ele figurará no polo passivo da lide. Entretanto, o
entendimento atual majoritário é de que as ações devem ser interpostas
contra o Estado e, somente depois, será movida a ação de regresso. Dessa
forma, o item estaria errado.
Por outro lado, o diretamente poderia ser empregado no sentido de o agente
responder com seus próprios recursos para reaver o dano, após a ação de
regresso. Nesse segundo sentido, a questão estaria correta.
De qualquer forma, será necessário demonstrar que o agente agiu de forma
dolosa ou culposa.
Ressalta-se, ademais, que o STF21 e o STJ22 já admitiram a possibilidade de o
particular mover a ação diretamente contra o agente público, mas esse não
parece ser o posicionamento dominante e inclusive representaria contradição
do Cespe com suas outras questões.
Infelizmente, o item foi dado como correto.
Gabarito: correto.
Prescrição
21
RE 90.071/SC.
22
REsp 1.325.862/PR .
23
REsp 1.137.354/RJ.
24
EREsp 1.137.354/RJ.
25
AgRg no REsp 1.256.676/SC.
29. (Cespe - Proc/PGE BA/2014) Suponha que viatura da polícia civil colida com
veículo particular que tenha ultrapassado cruzamento no sinal vermelho e o fato
ocasione sérios danos à saúde do condutor do veículo particular. Considerando
essa situação hipotética e a responsabilidade civil da administração pública, julgue
o item subsequente.
No caso, a ação de indenização por danos materiais contra o Estado prescreverá
em vinte anos.
Comentário: nessa questão, não importa a análise de quem deu culpa ao
acidente, o centro da questão é o prazo prescricional.
26
REsp 1.374.376-CE; Informativo 523-STJ; EREsp 816.209/RJ.
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
27
Nesta aula, qua L
um artigo, sem especificar a lei, considere que estamos falando da Lei 8.429/1992 (Lei de Improbidade
Administrativa).
28
Segundo a Pro. Maria Di Pietro, trata-se das D
Pietro, 2014, p. 910).
29
Di Pietro, 2014, p. 910-911.
30
Informativo 471 do STF; veja também a Rcl 2.138/DF.
31
Os crimes de responsabilidade de prefeitos e vereadores são disciplinados no Decreto-Lei 201/1967. Todavia,
este normativo não consta como fundamento da Reclamação 2.138/DF preferida pelo STF.
32
REsp 1119143/MG.
33
AgRg no REsp 1158623/RJ.
34
QO na AIA 27/DF.
35
e.g. Cunha Júnior, 2014, p. 560.
36
Rlc 2.790/SC.
37
Alexandrino e Paulo, 2011, p. 898-899.
civilmente pelo dano causado ao erário (esfera civil); e ser punido com pena
de demissão do serviço público (esfera administrativa).
Quanto à natureza da ação de improbidade, alguns doutrinadores a
consideram como de natureza civil. Todavia, a Prof. Maria Sylvia Zanella
Di Pietro ensina que o ato de improbidade administrativa caracteriza um
ilícito de natureza civil e política, uma vez que pode implicar a suspensão
dos direitos políticos, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao
erário.
De forma mais ampla, Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo consideram
que as penalidades previstas na Lei 8.429/1992 possuem natureza:
a) administrativa: perda da função pública, proibição de contratar
com o Poder Público, proibição de receber do Poder Público
benefícios fiscais ou creditícios;
b) civil: ressarcimento ao erário, perda dos bens e valores acrescidos
ilicitamente ao patrimônio, multa civil; e
c) política: suspensão dos direitos políticos.
Independentemente do que se considera por “natureza”, o fato é que
os atos de improbidade administrativa não geram sanções penais, sendo
necessário, para tanto, a interposição de ação própria.
31. (Cespe - Proc/TC DF/2013) O ato de improbidade, que, em si, não constitui
crime, caracteriza-se como um ilícito de natureza civil e política.
Comentário: o art. 37, §4º, da LIA determina que as penalidades decorrentes
dos atos de improbidade administrativa devem ser aplicadas “sem prejuízo da
ação penal cabível”. Portanto, a ação e suas penalidades não possuem
natureza penal.
De acordo com Maria Di Pietro, o ato de improbidade administrativa
caracteriza um ilícito de natureza civil e política, uma vez que pode implicar a
suspensão dos direitos políticos, a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao erário. Dessa forma, o item está correto.
Gabarito: correto.
Além disso, a Lei estabelece, para cada um desses grupos, uma rápida
definição e, em seguida, lista alguns exemplos de atos que neles poderiam
ser enquadrados. Nesse contexto, após a definição, em cada um dos
artigos, consta a expressão “e notadamente”. Dessa forma, podemos
perceber que o rol de condutas previstas em cada um dos artigos que
estabelecem os atos de improbidade administrativa é apenas
exemplificativo, podendo existir casos que não constem expressamente
nesses dispositivos, mas igualmente possam ser considerados como
improbidades.
Agora, vamos analisar as condutas enquadráveis em cada um desses
grupos.
XIV celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de
serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades
previstas na lei;
XV celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia
dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei.
38
REsp 951389/SC.
39
REsp 805.080/SP.
Sanções cabíveis
40
Scatolinho, 2014, p. 739.
41
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: [...] IV - improbidade administrativa;
42
MS 15.054/DF.
38. (Cespe - TJ/TJDFT/2013) Com base no disposto na Lei n.º 8.429/1992, julgue
o item seguinte.
As penalidades aplicadas ao servidor ou a terceiro que causar lesão ao patrimônio
público são de natureza pessoal, extinguindo-se com a sua morte.
Comentário: de acordo com o art. 8º da Lei 8.429/1992, o sucessor daquele
que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está
sujeito às cominações da Lei de Improbidade até o limite do valor da herança.
Portanto, mesmo com a morte do servidor ou do agente que causar lesão ao
patrimônio, é possível que as penalidades alcancem o seu sucessor. Logo, o
item está errado.
Gabarito: errado.
Representação
Ação de improbidade
Competência
Prescrição
43
ADI 2797/DF.
44
Rcl 2.790/SC.
45
Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:
I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade
e destituição de cargo em comissão;
46
REsp 654.721/MT.
Assim, o item foi dado como correto, mas entendemos que deveria ser errado.
Não adianta “brigar” com a banca, por isso a revisão acima serve apenas para
aprofundarmos nossos estudos.
Gabarito: correto.
Gabarito: correto.
54. (Cespe - PF/2013) O servidor público que revelar fato ou circunstância que
tenha ciência em razão das suas atribuições, e que deva permanecer em segredo,
comete ato de improbidade administrativa.
Comentário: revelar qualquer informação obtida no uso de suas atribuições e
que deva permanecer em segredo configura ato de improbidade
administrativa que atenta contra os princípios da Administração (art. 11, III).
Gabarito: correto.
47
REsp 1.231.150/MG.
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que
deva permanecer em segredo;
IV - negar publicidade aos atos oficiais;
V - frustrar a licitude de concurso público;
VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;
VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva
divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de
mercadoria, bem ou serviço.
Já vimos em nossa aula, já resolvemos várias questões e está claro que a
primeira parte da assertiva está correta. Além disso, nesses atos não importa
se houve malversação de recursos públicos. Por exemplo, negar publicidade
aos atos oficiais é um exemplo de ato que atenta contra os princípios da
administração públicas, mas não necessariamente envolve a malversação de
recursos públicos.
Com efeito, o art. 21, I, da Lei 8.429/1992, dispõe que a aplicação das sanções
previstas na Lei de Improbidade independe da efetiva ocorrência de dano ao
patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarcimento.
Gabarito: correto.
61. (Cespe - TA/ICMBio/2014) Considere que um servidor doe para uma biblioteca
comunitária uma série de livros da repartição pública na qual ele trabalha. Nesse
caso, mesmo sem observar as formalidades legais, o servidor não incorre em
improbidade administrativa uma vez que os livros destinam-se a fins educativos e
assistenciais.
Comentário: doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente
despersonalizado, ainda que de fins educativos ou assistências, bens, rendas,
verbas ou valores do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no
art. 1º da Lei, sem observância das formalidades legais e regulamentares
aplicáveis à espécie (art. 10, III) configura ato de improbidade administrativa
que causa lesão ao erário.
Gabarito: errado.
48
Di Pietro, 2014, 922.
65. (Cespe - Tec APU/TC DF/2014) Servidor público que omitir ou negar a
publicidade de qualquer ato oficial incorre em improbidade administrativa.
Comentário: o inc. IV, art. 11, da LIA inclui como ato de improbidade
administrativa que atenta contra os princípios da administração pública
“negar publicidade aos atos oficiais”. Entretanto, nem todos os atos oficiais
devem ser publicados, pois existem exceções na Constituição que admitem o
sigilo. Por exemplo, no caso da preservação da segurança nacional. Nesses
casos, não ocorrerá improbidade. Logo, não é “qualquer ato oficial”.
Gabarito: errado.
66. (Cespe - Deleg/PC BA/2013) Um agente público que, agindo de forma culposa,
gere lesão ao patrimônio público, estará obrigado a ressarcir integralmente o dano
causado.
Comentário: novamente, nos casos de dano ao erário, admite-se o elemento
subjetivo culposo. Com efeito, uma das sanções para este tipo de ilícito é o
ressarcimento integral do dano (art. 12, II).
Gabarito: correto.
Gabarito: errado.
27. (Cespe - PT/PM CE/2014) A responsabilidade civil do servidor público por dano
causado a terceiros, no exercício de suas funções, ou à própria administração, é
subjetiva, razão pela qual se faz necessário, em ambos os casos, comprovar que ele
agiu de forma dolosa ou culposa para que seja diretamente responsabilizado.
28. Cespe - Proc DF/PGDF/2013) No âmbito da responsabilidade civil do Estado, são
imprescritíveis as ações indenizatórias por danos morais e materiais decorrentes de
atos de tortura ocorridos durante o regime militar de exceção.
29. (Cespe - Proc/PGE BA/2014) Suponha que viatura da polícia civil colida com
veículo particular que tenha ultrapassado cruzamento no sinal vermelho e o fato
ocasione sérios danos à saúde do condutor do veículo particular. Considerando essa
situação hipotética e a responsabilidade civil da administração pública, julgue o item
subsequente.
No caso, a ação de indenização por danos materiais contra o Estado prescreverá em
vinte anos.
54. (Cespe - PF/2013) O servidor público que revelar fato ou circunstância que tenha
ciência em razão das suas atribuições, e que deva permanecer em segredo, comete
ato de improbidade administrativa.
55. (Cespe - DP DF/2013) Segundo entendimento do STJ, se o governo do DF,
amparado em legislação local, realizar contratações temporárias de servidores sem
concurso público, tal ação configurará, por si só, ato de improbidade administrativa.
56. (Cespe - ATA/MIN/2013) Atos que atentem contra os princípios da administração
pública constituem atos de improbidade administrativa, independentemente de
implicarem malversação de recursos públicos.
57. (Cespe - AnaTA/MIN/2013) A liberação de verba pública para terceiros sem a
devida observância das formalidades legais configura ato de improbidade
administrativa que enseja enriquecimento ilícito do agente público e prejuízo ao erário.
58. (Cespe - Proc DF/PGDF/2013) Presidente de autarquia estadual que deixar de
prestar as contas anuais devidas responderá, desde que comprovada a sua má-fé e
a existência de dano ao erário, pelo cometimento de ato de improbidade atentatório
aos princípios da administração pública.
59. (Cespe - ACE/TCE RO/2013) Constitui ato de improbidade administrativa
qualquer ação dolosa que resulte em perda patrimonial para a União, não sendo
prevista a omissão culposa para esse tipo de delito.
60. (Cespe - ACE/TC DF/2014) Constitui ato de improbidade administrativa a
aquisição de imóvel por valor notoriamente superior ao de mercado por auditor de
controle externo do TCDF.
61. (Cespe - TA/ICMBio/2014) Considere que um servidor doe para uma biblioteca
comunitária uma série de livros da repartição pública na qual ele trabalha. Nesse caso,
mesmo sem observar as formalidades legais, o servidor não incorre em improbidade
administrativa uma vez que os livros destinam-se a fins educativos e assistenciais.
62. (Cespe - Adm/MIN/2013) A sanção a ser aplicada ao administrador público que
praticar ato que importe em enriquecimento ilícito e, ao mesmo tempo, cause prejuízo
ao erário e atente contra os princípios da administração pública deverá ser equivalente
à cumulação das penalidades previstas para esses três tipos de atos de improbidade.
63. (Cespe - AnaTA/MIN/2013) Qualquer ato de improbidade administrativa sujeita-
se a penas que podem ser aplicadas, isolada ou cumulativamente, conforme a
gravidade do fato. Além disso, prevê-se o ressarcimento integral pelo agente
responsável pelo ato dos danos por ele causados.
64. (Cespe - Proc/AGU/2013) Se um agente público conceder benefício
administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou regulamentares
aplicáveis à espécie, ficará caracterizado ato de improbidade administrativa, mesmo
que o agente não tenha atuado de forma dolosa, ou seja, sem a intenção deliberada
de praticar ato lesivo à administração pública.
65. (Cespe - Tec APU/TC DF/2014) Servidor público que omitir ou negar a
publicidade de qualquer ato oficial incorre em improbidade administrativa.
66. (Cespe - Deleg/PC BA/2013) Um agente público que, agindo de forma culposa,
gere lesão ao patrimônio público, estará obrigado a ressarcir integralmente o dano
causado.
67. (Cespe - EPF/PF/2013) As penas aplicadas a quem comete ato de improbidade
não podem ser cumuladas, uma vez que estaria o servidor sendo punido duas vezes
pelo mesmo ato.
68. (Cespe - AFT/MTE/2013) Caso um servidor público deixe de praticar,
indevidamente, ato de ofício, e isso enseje o ajuizamento de ação de improbidade
contra esse servidor, então, independentemente das sanções penais, civis e
administrativas previstas na legislação específica, ele estará sujeito à perda da função
pública, mas não à suspensão dos direitos políticos.
GABARITO
REFERÊNCIAS
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito administrativo descomplicado. 19ª Ed. Rio de
Janeiro: Método, 2011.
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 31ª Ed. São Paulo:
Malheiros, 2014.
BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo: teoria e questões. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas,
2014.
CUNHA JÚNIOR, Dirley. Curso de Direito Administrativo. 13ª Edição. Salvador-BA: JusPodivm,
2014.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de Direito Administrativo. 3ª Edição. Belo Horizonte: Fórum, 2012.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais,
2014.
MEIRELLES, H.L.; ALEIXO, D.B.; BURLE FILHO, J.E. Direito administrativo brasileiro. 39ª Ed. São
Paulo: Malheiros Editores, 2013.