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Práticas que podem ser utilizadas em sala de aula para estimular tarefas mentais em estudantes com dificuldade cognitiva, como alunos com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), na disciplina Língua Portuguesa.
Práticas que podem ser utilizadas em sala de aula para estimular tarefas mentais em estudantes com dificuldade cognitiva, como alunos com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), na disciplina Língua Portuguesa.
Práticas que podem ser utilizadas em sala de aula para estimular tarefas mentais em estudantes com dificuldade cognitiva, como alunos com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), na disciplina Língua Portuguesa.
Práticas que podem ser utilizadas em sala de aula para estimular tarefas mentais em estudantes com dificuldade cognitiva, como alunos com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), na disciplina Língua Portuguesa.
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é caracterizado
por três sintomas básicos, que são sua espinha dorsal: a desatenção, a impulsividade e a hiperatividade física e mental. Geralmente, manifesta-se na infância, contudo em 70% dos casos prossegue na vida adulta (BARBOSA, 2014). Para tal classificação, requer diagnóstico preciso, pois a desinformação torna-se um dos maiores entraves na vida de um TDAH. O indivíduo com este transtorno, como descreve Benczik (2000), apresenta dificuldades no cumprimento de normas e regras, age por impulso, sendo esta, uma condição que promove dificuldades como controle de impulsos, concentração, memória, organização, planejamento e autonomia. A maioria crianças com TDAH, segundo Silva (2014), são hiperativas, de modo que não conseguem ficar paradas, correm de um lado a outro, escalam móveis e vivem “a mil”, tal como se estivessem “plugadas na tomada”; ou desastradas, desajeitadas, que não conseguem prestar atenção em nada, sonham acordadas e se distraem ao menor dos estímulos. Muitas apresentam dificuldade de aprendizagem e de relacionamento, gerando incompreensão de pais, amigos e professores. A aprendizagem, segundo Guardiola et al (1998), é um processo complexo e dinâmico e estrutura-se a partir de um ato motor e perceptivo. Para estes autores, o sistema nervoso pode ser considerado como um ordenador, responsável pelo processamento das informações que recebe do mundo exterior e do próprio organismo, bem como pela integração e direcionamento coordenado aos órgãos efetores, responsáveis pelas respostas adequadas e necessárias à vida do indivíduo. Shimizu e Miranda (2012) entendem que, a aprendizagem e as respostas comportamentais dependem da integridade do processamento sensorial como respostas adaptativas à interação entre o indivíduo e as informações vindas do ambiente e do próprio corpo. Deste modo, compreendem que, pode haver um comprometimento no processamento sensorial nas crianças com TDAH que, por não processarem e organizarem adequadamente as informações sensoriais podem apresentar dificuldades em gerar respostas apropriadas, tanto motoras, comportamentais como também na aprendizagem. Silva (2014) descreve que o TDAH oscila entre a plenitude de um cérebro criativo e no entanto, a exaustão de um cérebro que nunca para. Desse modo, é necessário buscar metodologias que atraiam a atenção das crianças que convivem com este transtorno, tal como o desafio maior, que é manter sua concentração e atenção, devido à forte tendência à dispersão. Para obter atenção de crianças com este transtorno, é imprescindível que seja estabelecidos critérios de organização e orientação que o auxiliem no cotidiano. Brown e Dias (2017) pontuam que é necessário o desenvolvimento de autonomia e autoconfiança nestes indivíduos para lidar com os conflitos e demandas, além de criar estratégias de estudo e aprendizado. Quanto às estratégias, devem misturar desafio e diversão, tanto quanto sejam estimulantes para a memória, atenção e o raciocínio lógico. Silva (2014) ressalta que é de grande importância o reconhecimento, o elogio e a apresentação de palavras encorajadoras. Quanto à disciplina Língua Portuguesa, Cunha et al (2011), concluíram em sua pesquisa com crianças entre nove e treze anos que, cursavam o Ensino Fundamental que, alunos com TDAH apresentaram desempenho inferior nas tarefas consideradas mais complexas, como a manipulação silábica e fonemas e na leitura de palavras irregulares, que exigem retenção, análise e recuperação de informação. Portanto, as dificuldades apresentadas nessas habilidades podem ser atribuídas não a um déficit primário, mas como um fenômeno secundário à desatenção que interferem de forma direta em seu desempenho. Nos primeiros anos da Educação Básica, por intermédio de atividades literárias, pode-se contribuir para o desenvolvimento da linguagem, criatividade e socialização. Jogos e a brincadeira, segundo Brown e Dias (2017), também apresentam a possibilidade desse aluno aprender sobre seguir regras, esperar a vez e lidar com a frustração de perder. Porém, eles ressalvam que isto não exclui a necessidade que existe de sistematizar os conteúdos de forma mais estruturada, o que também ajuda com a organização mental. Assim, é explícita a importância de um olhar sensível e multidimensional na compreensão do quadro do TDAH na infância. E deste modo, Brown e Dias (2017) afirmam que transformar a sala de aula em um espaço onde os estudantes possam desenvolver suas potencialidades livres de frustração e do medo de errar, em que o ritmo de cada aluno seja respeitado e em que dificuldades sejam encaradas sempre como desafios prestes a serem conquistados e, principalmente, onde esse aluno se sinta confiante em um ambiente acolhedor e envolvente. REFERÊNCIAS
BENCZIK, E. B. P. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade: atualização
diagnóstica e terapêutica: características, avaliação, diagnóstico e tratamento: um guia de orientação para profissionais. São Paulo: Casa do psicólogo, 2000.
Brown, D.; Dias, F. Compreendendo e ajudando alunos com déficit de atenção:
Buscando novas estratégias pedagógicas. Espiral - Portal de Publicações do Colégio Pedro II. Anos Iniciais em Revista, 2017. Disponível em: http://www.cp2.g12.br/ojs/index.php/anosiniciais/article/view/1113.
CUNHA, V.L.O et al. Desempenho de escolares com Transtorno de déficit de atenção e
Hiperatividade em tarefas metalinguísticas e de leitura. Rev. CEFAC, São Paulo, 2011.
Guardiola, A. et al. Associação entre desempenho das funções corticais e
alfabetização em uma amostra de escolares de primeira série de Porto Alegre. Arq. Neuro-Psiquiatr. 1998; 56(2):281-8.
SHIMIZU, V. T.; MIRANDA, M. C. Processamento sensorial na criança com TDAH: uma
revisão da literatura. Rev. psicopedag., São Paulo , v. 29, n. 89, p. 256-268, 2012. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 84862012000200009&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 04 jul. 2018.
SILVA, A. B. B. Mentes inquietas: TDAH: desatenção, hiperatividade e impulsividade/ Ana
Beatriz Barbosa Silva. - 4. ed. - São Paulo: Globo, 2014. 304 pp.