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LIVRARIA FRAMCI5C0 ALVEX
RIO DE JAMElRO
Company, Inc
Forcign 4 International Book
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TROVAS
POPULARES BRASILEIRAS
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OBRAS DO MESMO AUTOR
COLECCIONADAS E PREFACIADAS
AFRANIO PEIXOTO
^^^
Heloísa e Octávio,
meus colaboradores
PREFACIO
PREFACIO
PREFÁCIO 11
PREFÁCIO 13
A
quadrinha popular é a nossa mais ele-
mentar forma de arte(l): quatro versos, de
sete sílabas métricas, com acento na ter-
ceira e última; duas rimas, raramente per-
feitas, às vezes apenas toantes, que conteem
um estado fugitivo d'alma, um demorado
aperto de coração, desejo, queixa, agrado,
18 TROVAS
PREFÁCIO 19
V. flor ou mulher?
Só deste lado
É que o pulso bate:
O ramo floresceu!
A árcore despojada
Sofre o suplicio
/'ira dar a MlértC>0. .
.
20 TllOVAS
A algum ca-
trova popular brasileira tem
rácter que a distinga das outras? Sim, ne-
cessariamente, como o Brasil é diferente de
outras regiões, está entendido, mas trazido
à semelhança com outros, pois que somos
filhosde estrangeiros e temos ainda alma e
educação deles. Não creio que o coração de
portugueses e a alma de latinos nos aban-
donem nunca. Neles apenas os mais argutos,
ou talvez presumidos, descubram os reflexos
e matizes da terra diversa. Será tudo, por
agora.
Poetas e músicos não nos faltam, mas será
interessante lembrar que, antes de sermos
nós, já éramos assim. Leia-se esta confissão
colonial:
«Os Tupinambás se prezam de grandes
músicos e, ao seu modo, cantam com sofrí-
vel tom. Os músicos fazem motes de im-
. .
2 1 TROVAS
Ó ondas do mar
salgadas
De onde cos tem
tanto sal?
Vem das lágrimas choradas
Xas praias de Portugal. .
PREFÁCIO 2Í>
Afrânio Peixoto
da Academia Brasileira
10
Se duvidares de mim
Eu dou coo saco no chão.
3-1 TROVAS
ia
13
15
16
18
. ti TROVAS
19
20
21
22
CANTOS E DESCANTES 37
23
24
25
26
27
18
20
30
CANTOS E DESCANTES 39
31
&
— Passei o Paranaíba
Navegando numa balsa.
Os pecados vêm da saia.
Pois não podem vir da calça.
3<
35
36
37
38
CANTOS B DKSCANTES 4i
39
40
41
42
13
II
CHISTE E GRAÇA
KS
i í TROVAS
47
Se tu bulires comigo
Buliste co' uma piranha
Fecho o dente no cangote
Abro fistra nas entranhas.
Quando eu me arreliar
Faço aleijado correr,
Quem não tem olho enxergar.
40
50
CHISTE E GRAÇA 45
si
55
Si
V,
CHISTE E GRAÇA
5<)
62
48 TROVAS
ss
os
Oh
67
Eu vi a morte pescando
De caniço e samburá.
Quando a morte pesca peixe
Que fome não há por lá
69
70
72
73
74
De Minas-Gerais — o ouro,
De Montevideu — a prata,
De Portugal — a rainha,
Do Rio Grande — a mulata.
.
CHI8TS K GRAÇA 51
75
Negro de chapéu-de-sol,
Pra que anda esse tição
Se resguardando do sol ?
70
77
78
f>2 TR»>\ \S
79
BO
82
CHISTE F. GRAÇA 53
54 TROVAS
17
8Ç
90
CHISTE E GRAÇA 55
91
92
93
94
Principiei a amar de pé
Ao depois fui agachado,
Fui mais tarde de gatinhas,
Afinal, fui apanhado.
1
Rapariga, no Rio Grand* do Sul.
:
56 TROVAS
99
"6
07
CHISTE B GttAÇA 57
100
101
102
103
104
1U5
106
107
10S
109
110
E te puseste a chorar. .
m
Menina bonita ou feia
112
113
114
115
116
117
118
119
120
64 TROVAS
121
122
123
124
125
126
127
128
129
ISO
131
132
Eu nunca maliciei
Que certo não me saísse,
IV
ESPERANÇAS E DESEJOS
133
A— im minhalma arnoro-a
Suspira por teu amor.
134
68 TROVAS
133
136
137
138
ESPERANÇAS B DESEJOS 69
139
MO
Ml
M2
70 TROVAS
143
144
145
146
ESPERANÇAS E DESEJOS 71
147
148
149
150
72 TROVAS
151
152
Plantei um pé de pimenta
Pra comer, quando ior dando.
153
154
B8PBRANÇA8 B DESEJOS 73
155
to oc w&m desejos.
Vem chegando, lá se vão.
156
157
158
159
160
161
162
163
l
ma esperança, algum dia,
Consoladora, nos diz
Quentre os dias desgraçados
Lá vem um dia feliz.
164
E 1
flor no sertão nascida
Que vinga, floresce e morre
Sem se tornar conhecida.
.
MAL DE AMO*
165
166
Um suspiro de repente,
Um certo mudar de côr,
168
i6y
170
MAL DE AMOR 79
17!
17a
173
174
80 TROVAS
175
176
177
178
179
180
181
182
183
184
185
186
187
186
189
De subir se derramou,
Botaste água na fervura
Encolheu-se e resfriou.
190
84 TROVAS
191
192
193
194
195
196
197
19S
194
DÚVIDAS DE AMOR
200
»:
S8 TROVAS
Sê tu a terra, querida,
203
204
205
206
Eu desejava saber
Qual é a tua tenção,
Com que fim, com que sentido,
Pediste meu coração . .
207
Manjericão rajadinho,
Rajadinho pelo pé,
O meu coração é teu,
O teu não sei de quem é.
208
209
Jin
211
212
213
DIVIDAS DE AMOR ^1
214
215
216
217
O mimo da formosura,
Pergunta, quero saber,
Se nosso amor ainda dura.
92 TROVAS
21S
219
220
221
DÚVIDA8 Dl AM<>B 93
222
223
224
225
94 TROVAS
226
227
228
229
Dl VIDAS DE AMOR 95
230
231
232
233
96 TROVAS
234
235
DECLARAÇÕES
236
237
98 TROVAS
238
23y
Utí
211
DECLARAÇÕES 99
242
24a
244
245
100 TROVAS
246
Coração entristecido
Chega ao pé daquela tlor,
247
248
249
Moreninha, se eu pudera
Formar do mundo um altar,
Nele te colocaria
250
BI
252
253
102 TROVAS
254
255
256
257
DECLARAÇÕES 103
258
250
260
2AI
104 TROVAS
262
263
264
265
Cazuzinha, Gazuzinha,
Fita verde no chapéu,
As meninas estão dizendo
Cazuzinha vem do céu.
DECLARA' 105
M6
267
268
269
270
271
272
Mangericão miudinho
Na beira d'água se torce,
Como tu tens de ser minha
Vou logo tomando posse.
273
274
275
276
277
E eu estou-te namorando.
108 TROVAS
278
279
280
CÉUS E TERRA
281
282
110 TROVAS
28J
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285
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287
2á8
.B*
290
292
293
294
CÉUS E TERRA 1 13
295
396
Sereno da madrugada
<
laia no talo da couve.
Quem me dera que eu caísse
Nos braços de quem me ouve!
297
298
114 TROVAS
2W
300
301
302
303
304
305
306
307
308
FLORES E FRUTOS
309
310
118 TROVAS
311
312
313
Planteium pé de roseira,
Nasceu um de maravilha,
Estou falando com a mãe
Mas com sentido na filha.
314
315
Abalo o pé da roseira
Mas não o posso arrancar.
Quem não tem bens de raiz
316
317
318
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320
321
322
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325
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122 TROVAS
327
A folhinha do alecrim
Cheira mais, quando pisada:
Há muita gente que é assim,
Mais ama se desprezada.
328
329
A bonina é disfarçada,
Quem me dera ser assim
E'bem asneira morrer
Por quem não morre por mim.
330
331
Se a perpétua cheirasse
Era a rainha das flores,
332
333
334
No jardim da formosura
Eu fui colher um jasmim,
Mas a morte traiçoeira
Colheu-o antes de mim.
124 TROVAS
os
336
337
As florinhas do coqueiro,
Vem o vento vão ao chão:
Fazem assim os meus olhos
Se passa o meu coração.
338
O coqueiro de sabido
Foi-se pôr naquela altura,
Pensando que eu não sabia
Quando tem fruta madura.
:; . .
330
E no outro embonecou
Mandei-te um beijo outro dia
3*0
A folha da bananeira
De comprida amarelou
A boca de meu bemzmho
De tâo doce açucarou.
341
Tem um pé de pimenteira
Para se botar na boca
De quem fôr mexeriqueira.
342
Cajueiro, cajueiro,
Quem te botará no chão?.
Debaixo das tuas ramas
Foi a minha perdição . .
t2t> TRO\ AS
343
344
345
J46
347
348
149
350
1 2S THUVAS
351
352
Laranjeira ao pé da serra
Bota raízes de prata,
Querer-te bem não me custa.
Mas deixar-te é que me mata.
353
Eu subi na laranjeira,
Para ver se te enxergava.
Cada folha que caía
Era um suspiro queu dava,
354
355
AVES E BICHOS
356
357
132 TRONAS
358
359
360
361
Eu gemer o pombo,
ouvi
E puz-me logo a chorar,
Vendo um bicho sem juízo
Querer bem, saber amar. .
. ! .
>UJ
363
M
Toda a tarde que Deus dá
Pia a triste juriti. .
365
Às horas de amanhecer.
i
1 9 TROVAS
360
367
363
369
370
Eu vi um pinto pelado
Que de frio andava aos ais
371
372
373
136 TROVAS
375
376
377
178
379
381
138 TROVAS
382
383
384
385
XI
MENINAS E MOÇAS
386
387
141) TROVAS
358
389
390
391
392
393
393
142 TROVAS
390
397
398
A pimentinha mordida
Rabeia, desesperada,
É assim certa menina
Quando fica despeitada.
399
400
401
Laranjeira ao pé da porta,
Na cama me vai o cheiro.
402
403
I i TKO\ AS
104
Cajueiro pequenino,
Carregadinho de flor,
ms
406
407
As morenas da Baía
Todas têm um certo quê,
Temperam a vida da gente
Como à muqueca o dendê.
MHVíNAS E MOÇAS 14f>
408
4(W
410
Menina quando eu te vi
411
Em mortalha de papel
Fumo verde não fumega,
Onde há moça bonita
Meu coração não sossega.
10
146 TROVAS
412
413
414
415
416
417
Tico-tico no terreiro
Quando chove não se molha.
Onde há moça solteira
PVas casadas não se olha.
418
419
A laranja de madura
Caiu nágua foi ao fundo.
Triste da moça solteira
148 TROVAS
420
421
422
423
Eu plantei um pé de couve,
E nasceu um de quiabo
As moças são para os moços,
As velhas para o diabo.
MKNIVAS E MOÇAS 149
424
425
426
427
150 TROVAS
428
429
430
131
432
«33
OLHOS E OLHARES
434
435
1 5 TROVAS
436
437
438
439
440
441
442
443
As folhas da bananeira
Mexem coo sopro do vento,
Estes teus olhos menina
Mexem com o meu pensamento.
. .
156 TROVAS
444
44 ,
446
447
Menina, se eu pudesse
Dos teus olhos fazer luz,
443
450
Se as estrelinhas brilhassem
Todas juntas de uma vez,
451
158 TROVAS
452
453
454
455
456
151
458
459
160 TROVAS
4Ó0
462
463
Um craveiro na janela
Certamente é p'ra vender.
Quem tem seu amor defronte
Nunca se farta de o ver.
.
464
465
466
Sobrancelhas de retrós,
Olhos de vera alegria,
467
Andorinha do coqueiro
Dá-me novas do meu bem . .
162 TROVAS
4tó
469
470
471
473
474
475
164 TROVAS
476
477
478
479
480
481
482
Mangericão verde-escuro
Tem a folha miudinha.
Só em te ver eu te amo,
Que «fará» se fosses minha ! . .
483
166 TROVAS
481
Belamorena orgulhosa,
Dá-me agua pYa beber
Mas olha que não é sede
É vontade de te ver
485
486
4S7
na
Vi o sol à meia-noite
Estrelas ao meio-dia ...
Quem anda cego de amores
Varia mais que veria.
189
XIII
BEIJOS E ABRAÇOS
490
491
102
193
494
495
496
497
Ml
m
Moça que estais na janela,
1 72 TROVAS
500
501
502
503
504
505
O beiço me resfriar,
506
507
CORPO E JEITO
509
Se eu quisesse misturar
Leite cru e mel de abelha,
Teria, meu bem, a côr
Que a tua mais assemelha.
510
511
512
513
514
515
5lft
517
518
L78 TROVAS
510
520
521
522
523
524
525
526
528
529
530
531
5.32
533
Mangericão de Lisboa
Tem a folha verde escura.
Nos braços de uma morena
Tenho a minha sepultura
534
L82 TROVAS
535
536
537
Queridinha de minhalma,
Tem pena dos teus pòsinhos,
Não andes assim descalça,
Tem pena dos pobrezinhos
538
539
540
541
542
A cangica na terrina
Se lhe bolem, está tremendo . .
184 TROVAS
543
XV
CORAÇÃO
544
545
Menina do oratório,
L86 TROVAS
546
547
543
549
Li \«> iK
550
551
552
553
1 88 TROVAS
M
Não posso mais, nem que queira,
Ter paz, nem satisfação
O olhar desta morena
Espinhou meu coração. .
535
550
Negaste-me a formosura
Que a natureza te deu.
Nesse teu peito não tens
Um coração como o meu.
557
T
\ ocê diz que eu sou escura . .
1
Aliás capulho, cujas fibras alvas envolvem
uma semente ptéta.
!
CORAÇÃO 189
55$
MO
561
190 TROVAS
562
563
564
565
CORAÇÃO 191
566
567
m
Com uma chave que lenho
Abre-me este coração,
Dentro dele encontrarás
Muitas queixas com razão.
560
L92 TROVAS
(76
571
572
573
198
575
1U4 TROVAS
578
579
580
581
cora' 195
582
583
584
585
CASAMENTO
586
537
198 TR«>v\n
588
589
590
591
Ai tirana de Iraja
Aquilo que nós falamos
Tomara que fosse já. .
. ! .
•
ISAMENTO 198
592
593
594
595
200 TROVAS
5M
5W
598
599
603
601
602
009
202 TROVAS
60t
605
606
607
I 18AMENT0 203
608
«w
610
611
TROVAS
*
61
613
614
615
617
618
610
Viuvinha, viuvinha
Eu quero ser teu marido,
Quero fazer-te esquecer
Quem te ocupou o sentido.
XVII
AMOR FELIZ
620
Dei um nó na li ta verde,
Dei-lhe a fita de presente.
Você tala e não reparti
621
208 Trt'
022
623
624
625
626
Fizuma combinação
Com a gente de meu bem:
Ir vè-la, num dia sim,
627
628
629
630
631
632
633
63
635
636
637
212 TROVAS
638
639
640
641
W2
I ) também é gente,
pobre
Também ama e firme adora.
Também goza coisas boas.
Por êle t; mibcm se chora.
643
644
645
214 TROVAS
Cio
Se a fortuna me sorrisse
Com todos os seus favores,
Eu te faria rainha,
Te coroava de flores.
647
648
6+9
650
651
652
FIRMEZA
633
654
6S5
656
657
Ó58
Um cantinho reservado,
Todos cobiçam por êle,
659
660
661
662
1
Feitiço.
;
220 TROVAS
663
664
665
666
FIRMEZA 221
667
Do momento em que te vi
668
670
222 TROVAS
671
672
673
67-1
F1RMKZA 223
673
Depois de 13 de Maio
Não há mais ninguém cativo
Só eu não quero ser forro,
676
677
224 TROVAS
670
680
681
682
O amor é um turejo
FIRMEZA
683
n>4
685
dm
236 TRo\ AS
687
690
FIRMK/\ 227
091
W2
693
Só tu podes conhecer.
Hei de amar-te a vida toda
E inda depois de morrer
694
605
696
Se tu fosses condenado
Ao inferno, por castigo,
Eu desceria ao inferno,
Inda abraçada contigo.
XIX
CIÚMES
697
Bemzinho, se eu te contara
A mágoa que me consome,
Somente de imaginar
Que podes ter outro nome.
tm
230 TROVAS
tm
700
701
702
CUMES 231
703
704
705
706
707
708
709
710
CIÚMES 233
711
712
Os ciúmes envenenam
E a gente fazem ruim .
713
Tenho um nó no coração
E tenho a cabeia inchada,
Ciúme mata ou maltrata,
714
715
717
718
CIÚMES 235
719
Eu te conheço as pisadas.
Chorei teu rasto nfereiaJ
720
As estrelinhas do céu
Me servem de testemunha.
721
72-2
236 TROVAS
723
724
As flores do manacá
Não têm firmeza na côr.
Como posso eu confiar
Nas juras do teu amor?
725
726
XX
INCONSTÂNCIA
727
728
De sempre contigo
viver . .
-AS TROVAS
729
7i0
731
732
Comecei a aborrecer
E até cheguei a odiar. .
INCONSTÂNCIA 230
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Marrequinha da lagoa,
Paturi do Passo Fundo,
Como queres que eu te ame,
Se tu és de todo o mundo?
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Se o amarelo desbota,
O azul também perde a côr.
Se me perderes da vista,
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. ! !
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XXI
INGRATIDÃO, DESENGANOS
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Tu és cheinha de graça,
És quási uma perfeição . .
Só um defeito : é um vazio
No lugar do coração.
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INGRATIDÃO, DESENGANOS
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Perdi a credulidade
Que tão cativo me fêz,
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A lagoa já secou
Onde os pombos vão beber.
quem ama
Triste caso o de
Quem não sabe agradecer
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Eu me queixo, tu te queixas,
Não sei qual terá razão
Tu te queixas de meus erros
Eu da tua ingratidão.
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A bonina é disfarçada,
Quem me dera ser assim
É bem asneira morrer
Por quem não morre por mim
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AMOR INFELIZ
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Menina, tu és a causa
Do mundo falar de mim;
Se já não tenho vergonha,
Foi que me puseste assim!
.. . .
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Se eu pudesse te mostrar
Os segredos de meu peito,
Verias tudo o que sofre
Meu amor por teu respeito.
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As mágoas do coração;
Eu pito, pito e repito,
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HOMENS E MULHERES
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E depois, o catavento.
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Ingratidão de mulher
Está na massa do sangue.
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A mulher se espirrasse,
Toda vez que nos ilude,
Vivia o mundo ocupado
Só em dizer —
Deus te ajude
: I
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Desconfia de mulher,
Que mulher é bicho mau.
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<juem ama homem casado
Tem paciência de Job :
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TRISTEZAS E MÁGOAS
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A rolinha de cansada
Bateu o papo na areia,
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Terra natal: naturalidade.
. .
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PARTIDA
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PARTIDA
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OH
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Me escreve lá do caminho;
Se não tiveres papel,
Nas asas de um passarinho
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SAUDADf.
a
Morre um afecto, outro nasce,
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A saudade e o desejo
Deram um casal desgraçado
Êle inda quer no futuro,
Ela só quer no passado.
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F,m despedir-me de ti
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Saudade consumidora
Eterna sócia do amor,
Serás minha companheira
Irás comigo onde eu fôr.
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Suspiran4o i noite.
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SAUDADE 309
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Por ti vivo, por ti morro
Por ti levo a suspirar;
O meu corarão não pode
Tua ausência suportar.
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\ saudade ó matadora,
Minha vida quer tentar;
Choro, suspiro e padeço,
Já não posso mais penar.
.
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Se as saudades matassem
Eu havia de morrer,
Só não morro porque tenho
Esperanças de te ver.
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A saudade me constrange
E me mata sem querer;
Esse teu peito, menina.
meu túmulo há de ser.
1000
21
V
ÍNDICE
Páf».
Prefácio vh
I — Cantos e descantes 31
II Chiste e graça 43
III Esperteza e bom senso 59
I IIsperanças e desejos 67
V— Mal de amor 77
VI — Dúvidas de amor 87
VII — Declarações 97
VIU- Cus e terra 109
IX — Flores e frutos II"
X \ves e bichos 131
XI — Meninas e moças 139
XII olhos e olhares 153
XIII Beijos e abraços 168
XI — Corpo e jeito 176
xv Coração 186
xvi -Casamento 197
XVII Amor felil 207
XVIII Firmeza 217
xix Ciúmes 229
XX Inconstância 237
XXI - Ingratidão, desenganos 243
1
316 ÍNDICE
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