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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO TECNOLÓGICO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

RELATÓRIO - CÉLULA A COMBUSTÍVEL


LABCET

EMC5432 - Análise Experimental de Máquinas e Sistemas Térmicos


Professor: ​Edson Bazzo

Natanael Willian dos Santos da Silva


Ricardo Raspini Motta

FLORIANÓPOLIS, JULHO DE 2018.


Sumário

Resumo 3

Introdução 4

Princípios básicos de funcionamento da célula a combustível 4

Dados dos cálculos 5

Perdas do sistema 7

Gráficos 10

Umidificadores 11

Referências 12
Resumo

O presente relatório tem por objetivo tratar do assunto das células de combustível,
falando brevemente sobre sua fundamentação teórica, algumas aplicações práticas, bem
como os dados experimentais obtidos no laboratório da disciplina de Análise experimental
de Máquinas e Sistemas Térmicos, do professor Edson Bazzo, do curso de graduação em
Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina.
1. Introdução
Energia é um assunto que está sempre em alta, pois ela está diretamente ligada às
atividades de um país. Em uma nação jamais podem haver famosos apagões, visto que eles
trazem demasiados prejuízos para todos os setores da economia. A partir disso, muito se
discute sobre fontes de energia, podendo ser elas renováveis ou não. Porém, atualmente a
preocupação com a poluição e a qualidade de vida nas cidades, além das legislações mais
rigorosas, argumenta-se sobre métodos e meios para o desenvolvimento e a geração de
energia limpa que sejam altamente eficientes e com ciclos de vida renováveis.
Uma tecnologia que vem ganhando espaço para uso em veículos, estações geradoras
de energia em residências, hospitais, pequenas indústrias e outras atividades. É a tecnologia
das células a combustível.

2. Princípios básicos de funcionamento da célula a combustível


As Células a Combustível (CC) são “baterias” químicas, ou seja, dispositivos que
convertem energia química diretamente em energia elétrica e térmica. Está conversão
ocorre por meio de duas reações químicas parciais em dois eletrodos separados por um
eletrólito, ou seja, a oxidação de um combustível no ânodo e a redução de um oxidante no
cátodo com o auxílio de catalisadores. Essas reações são mostradas a seguir:
Ânodo:​ H 2 → 2 H + + 2e− (1)
Cátodo:​ 12 O2 + 2H + + 2e− → H 2 O (2)
A célula em questão utiliza hidrogênio como combustível e oxigênio como oxidante,
tem-se a célula denominada ácida, nela há a formação de água e calor, além da liberação de
elétrons livres, que podem gerar trabalho elétrico. Um esquema simplificado de uma CC
ácida é apresentado na Figura 1.a. A célula do Labcet é um conjunto de pilhas unitárias
empilhadas para a formação de um “stack” do tipo PEM, esse conjunto é mostrado na
Figura 1.b.

(a) (b)

Figura 1 - Desenho esquemático de uma célula combustível em (a) e o desenho esquemático


de um “stack” (b) (ELECTROCELL, 2018).
3. Dados dos cálculos
Dados experimentais referentes à célula de combustível do LabCET foram obtidos:

CONDIÇÕES DE TESTE
Ânodo (H2) Cátodo (O2) Condições Gerais
Temperat
ura
Temperat Temperatura
50 50 Média da 43
ura (°C) (°C)
Célula
(°C)
Tempo
Pressão Total de
1,5 Pressão (kPa) 1,5
(kPa) Teste
(min)
Vazão Vazão
1,5 3
(ml/min) (ml/min)

CONDIÇÕES DE TESTE
Ânodo (H2) Cátodo (O2) Condições Gerais
Temperat
ura
Temperat Temperatura
50 50 Média da 43
ura (°C) (°C)
Célula
(°C)
Tempo
Pressão Total de
1,5 Pressão (kPa) 1,5
(kPa) Teste
(min)
Vazão Vazão
0,6 0,3
(ml/min) (ml/min)

Nº i [A] J [A/cm²] V [V] P [W]


1 0 0 9,5 0
2 0,25 0,001736111111 9,4 2,35
3 0,5 0,003472222222 9,3 4,65
4 0,75 0,005208333333 8,83 6,6225
5 1 0,006944444444 8,75 8,75
6 1,25 0,008680555556 8,7 10,875
7 1,5 0,01041666667 8,55 12,825
8 1,75 0,01215277778 8,55 14,9625
9 2 0,01388888889 8,51 17,02
10 3 0,02083333333 8,41 25,23
11 4 0,02777777778 8,31 33,24
12 6 0,04166666667 8,1 48,6
13 8 0,05555555556 7,96 63,68
14 10 0,06944444444 7,84 78,4
15 12 0,08333333333 7,74 92,88
16 14 0,09722222222 7,64 106,96
17 16 0,1111111111 7,54 120,64
18 18 0,125 7,44 133,92
19 20 0,1388888889 7,38 147,6
20 22 0,1527777778 7,28 160,16
21 24 0,1666666667 7,16 171,84
22 25 0,1736111111 7,12 178

Nº i [A] J [A/cm²] V [V] P [W]


1 0 0 9,35 0
2 0,25 0,001736111111 0
3 0,5 0,003472222222 0
4 0,75 0,005208333333 0
5 1 0,006944444444 8,73 8,73
6 1,25 0,008680555556 0
7 1,5 0,01041666667 8,6 12,9
8 1,75 0,01215277778 0
9 2 0,01388888889 8,49 16,98
10 2,5 0,01736111111 8,41 21,025
11 3 0,02083333333 8,34 25,02
12 3,5 0,02430555556 8,28 28,98
13 4 0,02777777778 8,22 32,88
14 4,5 0,03125 8,148 36,666
15 5 0,03472222222 8,07 40,35
16 5,54 0,03847222222 7,84 43,4336
17 7,11 0,049375 7,71 54,8181
Tabela 1 - Dados experimentais

3.1. Equação de Nerst


Segundo Gomes (2013), níveis de pressão dos gases utilizados para a alimentação de
uma célula combustível interferem no funcionamento da mesma. Variando-se a pressão
ocorre também a variação da energia de Gibbs produzida. Desta forma ocorre a variação do
potencial elétrico produzido no sistema da célula. A equação de Nernst (3) permite calcular
o valor da tensão reversível dado um nível de pressão de temperatura.

P H .pO0,5
RT 2
E rever = E ° + 2F
ln( PH
2
) (3)
2O

Onde R é a constante dos gases ideais, T é a temperatura da célula, F é o número de


Faraday, E° é o potencial termodinâmico de equilíbrio (na ausência de fluxo de corrente).
Esses valores são dados por:

J
R = 8, 31 mol.K
F = 96485, 33289 C.mol −1
E ° = 1, 23V

Os valores dentro do logarítmo natural da equação (3) são as Pressões Parciais,


sendo considerado que a água irá sair para a atmosfera, logo o valor de P H O ​é 1 atm, as
2

outras pressões parciais podem ser achadas com:

ηO
P O2 = η O +η H
2
P total = 0, 5 (4)
2 2
ηH
P H2 = η O +η H
2
P total = 1 (5)
2 2

Substituindo os valores achados nas equações (4), (5) e da tabela de dados das
condições de teste encontramos:

E rever = 1, 22538 V

3.2. Perdas do sistema


Em condições reais de trabalho devem ser consideradas todas as perdas relativas ao
funcionamento do sistema como todo, essas perdas irreversíveis afeta negativamente a
performance de cada célula. O somatório dessas perdas determina a tensão real da célula
em questão que deve ser sempre menor que o valor determinado de tensão de reversível.
Para o caso ideal os dois níveis de tensão devem ser iguais. Em se tratando de perdas
existentes num funcionamento real de uma célula têm-se: perdas de ativação (η ativ ) ,
perdas ôhmica (η ohm ) e perdas de concentração (η conc ) .
A figura 2 apresenta uma curva de polarização de uma célula combustível, a qual
representa suas performance relacionando tensão e corrente na célula. As perdas também
chamadas de sobretensão estão representadas em três zonas. Na primeira zona há uma
forte diminuição de tensão ao ser demandado baixos níveis de densidade de corrente. A
segunda zona apresenta um comportamento linear onde as densidades de corrente
apresentam valores intermediários considerada zona de sobretensão ôhmica. Por fim a
terceira e última zona que compõe a curva de polarização descreve uma diminuição
acentuada.
Figura 2 - Curva de Polarização. (GOMES, 2013)

A tensão real na célula é dada pela equação (6):

E cel = E rever − η ativ − η ohm − η conc (6)

Onde E rever é a tensão de Nernst e os termos à direita são relacionados às perdas já


mencionadas.
Segundo Gomes (2013), a perda ôhmica é caracterizada pela reação eletroquímica
após ultrapassada a barreira de energia inicial. Dependente total e diretamente do tipo de
catalisador disponível, ela pode ser descrita pelo conjunto de equações (7), (8) e (9),
denominadas de equações de Tafel:

η ativ = a + b.log(J) (7)

−2,3RT
a= αη e F
log(I o ) (8)

2,3RT
b= αη e F
(9)

Onde α é o coeficiente de transferência de carga do anodo ou catodo, geralmente


possui valor de 0,5.E η e é o números de elétrons livres na equação (2). I o é a corrente de
troca equivalente a 5.10−9 .
Resistências elétricas e iônicas são fatores numa PAC que delimitam a região ôhmica.
A resistência elétrica é a resistência oferecida pela passagem de fluxo de corrente pelos
materiais, a força iônica por sua vez se cria da resistência da membrana à passagem de
prótons. Essa relação é dada por:
η ohm = Req J (10)

Onde Req é a resistência total das células, valor buscado neste relatório.
O grande fluxo de densidade de corrente proporciona uma produção excessiva de
água. Dependendo do nível de produção, se muito elevado, aumenta o consumo de
reagentes. A perda de concentração pode ser encontrada com a equação (11):

η conc = m.eJηe (11)

Onde m é uma constante relacionada a variação linear dos reagentes em relação a


densidade de corrente.

4. Resultados

Utilizando o curve fitting tool do MatLab foi possível encontrar os valores de Req e
m , e também a representação da interpolação de uma curva teórica com os dados
experimentais. Os valores encontrados para cada condição são de:

C1 C2
m -7,827 -7,84
Req 27,99 38,28

Figura 3 - Potencial elétrico em relação à densidade de corrente na condição 1.


Figura 4 - Potencial elétrico em relação à densidade de corrente na condição 2.

5. Gráficos

A partir dos dados experimentais para cada um dos casos aplicados, pôde-se
perceber a variação da tensão com o aumento da corrente, desde a tensão de circuito
aberta e a sua queda com o aumento da corrente. A corrente de curto circuito não pôde ser
medida por uma limitação do equipamento. Estes dados estão disponíveis no gráfico da
figura 5. Estes gráficos correspondem à curva de polarização da célula, apesar de
incompleta.

Figura 5 - Variação da tensão com o aumento da corrente

Além disso, plotou-se a curva da potência oscilando com o aumento da corrente.


Pode-se perceber que a potência aumenta, mas não é possível determinar o que
aconteceria com o aumento da corrente para valores acima dos medidos, assim como a
parte final da curva de polarização. Este gráfico está disponível na figura 6, para ambos os
casos.
Figura 6 - Curva de potência oscilando com a corrente

6. Umidificadores
A célula PEMFC utiliza, como o próprio nome aponta, uma membrana polimérica
para a reação. Os prótons passam pela membrana e os elétrons passam pelo circuito
elétrico. Porém, o uso deste tipo de material necessita o uso de umidificadores. A
hidratação das faces em contato com os gases é de extrema importância para aumentar a
eficiência e a durabilidade da membrana. No caso do ar estar seco o desgaste das placas é
bem maior.
Na célula utilizada para o teste existem 2 umidificadores: um instalado no fluxo do
hidrogênio e outro no fluxo do oxigênio. Os gases passam em contato com água destilada, e
carregam consigo parte dessa umidade em forma de vapor. Assim, umidificam as células do
stack​ para preservar seu funcionamento.
7. Referências

A. ELECTROCELL.  Como  funciona  a  célula  a  combustível?  Disponível  em: 


<http://www.electrocell.com.br/oqueeacc_pt.htm>. Acesso em: 26 jun. 2018. 
B. PIOVANI, Juliane Taise; RIASCOS, Luiz Alberto Martinez. Dimensionamento de 
um  umidificador  para  células  a  combustível  de  membrana  protônica  em 
aplicações  móveis.  ​International  Journal  Of  Mechanical  Engineering  And 
Automation​,  [s.  L.],  v.  1,  n.  2,  p.83-92,  jul.  2014.  Disponível  em: 
<http://www.periodicos.univag.com.br/index.php/CONNECTIONLINE/article/
viewFile/378/590>. Acesso em: 29 jun. 2018. 
C. GOMES,  Lucas  Queiroz.  ​Caracterização  de  uma  monocélula  combustível  do 
tipo  PEMFC.  ​2013.  56  f.  TCC  (Graduação)  -  Curso  de  Engenharia  Elétrica, 
Universidade  Federal  de  Viçosa,  Viçosa,  2013.  Disponível  em: 
<https://www3.dti.ufv.br/sig_del/consultar/download/195>.  Acesso  em:  27 
jun. 2018. 

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