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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”


FACULDADE DE ENGENHARIA DE ILHA SOLTEIRA

Departamento de Engenharia Mecânica


Área de Materiais e Processos de Fabricação

USINAGEM DOS MATERIAIS

Trabalho Semestral – Processos não-convencionais de


usinagem
Usinagem a laser

Docente: Prof. Dr. Miguel Ângelo Menezes

Curso: Engenharia Mecânica

Discentes:

Carlos Alberto Alves Viana R.A: 122054164

Joaquim Pedro T. de Castro R.A: 121050297

Matheus Henrique Buzati Correa R.A: 122053508

Ilha Solteira, 17 de Fevereiro de 2016


SUMÁRIO

1. O PROCESSO FÍSICO DO LASER ..............................................................................................................3

2. TIPOS DE LASER......................................................................................................................................4

2.1. LASER EXCIMER ..............................................................................................................................4

2.2. LASER DE CO2 ................................................................................................................................4

2.3. LASER DE Nd: YAG..........................................................................................................................5

3. A IMPORTÂNCIA DO LASER NA USINAGEM..........................................................................................6

4. TECNOLOGIA DO PROCESSO DE USINAGEM A LASER ..........................................................................9

4.1. MECANISMO DE CORTE .................................................................................................................9

4.2. PARÂMETROS DE CONTROLE DO PROCESSO .............................................................................10

5. TECNOLOGIAS OBTIDAS A PARTIR DA USINAGEM A LASER ..............................................................11

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................................................................12

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1. O PROCESSO FÍSICO DO LASER

Sabe-se que o princípio de funcionamento do laser foi previsto pelo físico alemão Albert
Einsten, em 1916, com o uso da lei de Planck. Em 1953, cientistas americanos desenvolveram o
maser, uma técnica que utiliza a liberação de microondas. Aprimorando esses princípios, mais
tarde, dois cientistas russos, Nikolai Basov e Aleksander Prokhorov descobriram como emitir o
raio em uma frequência visível, surgindo assim o famoso laser, que deu abertura para inúmeras
aplicações, sendo uma delas, a que será abordada neste trabalho – a usinagem à laser.

O laser (light amplification by stimulated emission of radiation), nada mais é, portanto, do


que a amplificação da luz por emissão estimulada de radiação. Os meios de emissão do laser são
o sólido (Rubi) e o gasoso (CO2), sendo o meio com CO2 o mais utilizado, pois é o que
apresenta uma maior potência de corte, chegando na ordem de alguns kW. Podem ser utilizados
também o Nd, F e o Cl como meios.

O princípio de funcionamento do laser é basicamente o átomo sendo estimulado por uma


fonte externa, que pode ser sólida (diodo de laser) ou gasosa (ânodo ou cátodo). A fonte excita o
meio, fazendo com que cada vez que um elétron volte para o seu nível de energia anterior, emita
um fóton de luz. Os fótons emitidos oscilam de um espelho 100% refletivo de um lado para outro
99% refletivo e 1% translúcido.

Figura 1 - Representação esquemática da câmara de produção de CO2.


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2. TIPOS DE LASER

2.1. LASER EXCIMER

O Excimer é uma forma de laser ultravioleta. Ele utiliza dois tipos de gases – inerte e
reativo. O gás inerte é usado para proteger o caminho do feixe (argônio, criptônio ou xenônio).
Para o reativo, normalmente é usado gás flúor ou cloro.

É um tipo de laser que quase não aquece a peça durante o processo (chamado de laser
frio), sendo que pode fazer cortes finos com pouca área afetada termicamente, dessa forma.

Vale ressaltar que o Excimer tem ampla utilização na área de micro-usinagem de precisão,
tanto no uso da indústria, como em cirurgias oftalmológicas, principalmente em materiais
poliméricos e cerâmicos, por exemplo.

Figura 2 - Esquematização do processo a laser Excimer.

2.2. LASER DE CO2

É um tipo de laser mais utilizado por criar altos níveis de energia, podendo cortar a peça
vaporizando uma pequena porção do material, gerando até 3 kW/cm² de potência com auxílio de
outros gases.

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Para dissipar o calor gerado pelo campo elétrico, utiliza-se o elemento Hélio. Fora do
duto, o oxigênio ou nitrogênio podem servir de gás de assistência. O gás de assistência mais
recomendado é o oxigênio, por prever uma maior velocidade de corte em função de gerar uma
reação exotérmica, aumentando a temperatura do processo. O nitrogênio substitui o oxigênio
quando este for mais barato, mas principalmente quando se quer uma superfície livre de óxidos.

Figura 3 - Representação do processo de laser de CO2.

2.3. LASER DE Nd: YAG

É um laser de cristal de estado sólido, o laser de Neodimio YAG (ítrio-alumínio-granada)


é um dispositivo que emite uma série de pulsos de alta energia em breves espaços de tempo de
nano segundos, em um comprimento de onda de 1064 nm, ou seja, em infravermelho. Assim,
diferentemente dos outros lasers, a energia não é passada por meio de eletrodos, e sim por
flashlamps ou diodos de laser. Sua particularidade é que não precisa de gás para funcionar, porém
pode ser usado gases para proteção do feixe na operação. Este tipo de laser é utilizado em cortes,
furações de precisão de gravações.

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Figura 4- O laser Nd YAG gerado internamente no dispositivo.

3. A IMPORTÂNCIA DO LASER NA USINAGEM

Muitas vezes, determinados tipos de cortes são muito caros com processos de usinagem
convencionais, devido à repetibilidade dos processos, setups de máquina, ou ainda mesmo são
impossíveis de serem realizados. A usinagem por laser promove cortes com alto nível de
complexidade unindo a isto relativa rapidez.

Entre as principais vantagens de utilização desse tipo de usinagem não-convencional,


pode-se citar a inexistência de interação direto com homem e a máquina, provendo assim
segurança no ambiente de trabalho à acidentes e também a precisão, já que a operação após
programada não está sujeita a erros humanos. Com isso, o acabamento da peça tem uma
qualidade muito boa e o laser propicia alta velocidade de corte, com cortes de figurar geométricas
2D ou 3D, importadas de softwares CAD.

Outra grande vantagem desse sistema de usinagem é a pequena Zona Termicamente


Afetada (ZTA), além de pequena perda de material já que possui pequena zona de sangria e alta
velocidade de corte. Possui baixas emissões de fumos e ruídos evitando problemas com
segurança do trabalho.

Os matérias que podem ser usinados com este processos são limitados a Aços Carbono,
Aços Galvanizados, Aços Inoxidáveis, Alumínio e suas ligas, Titânio, Plásticos e Acrílicos,

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Borrachas e Compósitos, Madeira, Papel, Couro e Tecidos, Vidros e Quartzo. Ou seja, é um
processo de grande versatilidade podendo ser utilizada em quase todos matérias da indústria.

Figura 5 - Lote de peças semi-acabadas após o corte a laser.

Apesar de suas vantagens aparentemente satisfatórias, existem as desvantagens ou pesares


de utilização desse processo no meio industrial. Por exemplo, a espessura do material a ser
cortado deve ser exata, podendo interferir na qualidade final do trabalho. O custo inicial do
equipamento é extremamente elevado, principalmente para empresas de pequeno porte, que
sentem esse fator como uma fonte de indecisão na implantação desse processo industrial. E
também, há certa dificuldade de corte em materiais que refletem muito a luz, como o alumínio e o
cobre, não permitindo o corte de peças muito espessas.

Figura 6 - Representação de uma máquina de corte a laser; (a) câmara, (b) sistema para
amplificar a luz

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No entanto, a partir do momento que a empresa conclui que é produtivo e lucrativo a
implantação do processo de usinagem a laser, várias aplicações são possibilitadas, sendo que este
é um processo que vem ganhando espaço na indústria, apesar do seu alto custo. É utilizado em
grande escala na produção de chapas para as indústrias automobilísticas, transportes,
implementos agrícolas, eletroeletrônicos, vidros e não-metálicos. O uso de máquinas de corte a
laser é recomendado quando as peças apresentarem formas complicadas e for exigido um
acabamento de superfície praticamente livre de rebarbas na região de corte.

Figura 7 - Gerador de laser com cavidades alinhadas em sequência, na General Motors.

Comparando-se a usinagem a laser com outros processos, é possível observar-se


vantagens em relação a todos esses processos. No caso do oxicorte, por exemplo, este possui
baixa velocidade de produção, limitada pelo tempo de reação da oxidação do ferro. No plasma,
existe a necessidade de troca da ferramenta (eletrodo) aumentando o tempo de setup da operação.
E no jato d’água, este apresenta baixíssima velocidade de corte, não podendo cortar vidros
temperados, e também reduz a resistência de materiais cerâmicos após o processo.

Por todas essas vantagens o laser é considerado o mais avançado processo de corte
térmico, sendo considerada uma “ferramenta de corte sempre afiada e que não possui desgaste”.

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Figura 8 - Relação entre os processos de usinagem citados.

4. TECNOLOGIA DO PROCESSO DE USINAGEM A LASER

4.1. MECANISMO DE CORTE

Figura 9 - Esquematização do processo de usinagem a laser, fundindo o material para


realização do corte
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Partindo do pressuposto que o processo de usinagem a laser, industrialmente funciona
integrado a um sistema CAD/CAM. Na primeira a etapa, um forte gerador produz um raio que é
encaminhado para a cabeça de corte. Em seguida, espelhos ajustáveis direcionam o feixe de laser
por um caminho óptico. O raio que, até então, apresentava baixa densidade de energia, atravessa
uma lente de foco que ajusta a intensidade e o tamanho do feixe. É adicionada, em seguida, uma
substância gasosa (oxigênio ou nitrogênio), e o feixe focado passa a apresentar uma alta
densidade de energia. O feixe é convergido sobre o material a ser trabalhado, quando então, é
efetuado o corte (a densidade energética do feixe “derrete” o material na linha de corte). Gases
assistentes auxiliam a máquina de corte a laser na “secagem” da peça trabalhada.

4.2. PARÂMETROS DE CONTROLE DO PROCESSO

Como parâmetros práticos do processo industrial de corte a laser, podem ser citados:

 Impurezas na mistura de gases;

 Potência do feixe;

 Vazão do gás de assistência;

 Diâmetro do raio incidente;

 Velocidade de corte.

Por se tratar de um processo de alta densidade de energia, o corte ocorre sob velocidades
elevadas, portanto, nunca a máquina é operada manualmente, sempre havendo a necessidade de
dispositivos auxiliares de movimentação.

Utilizam-se mesas móveis com comando numérico, com capacidade de movimentação


nos 3 eixos coordenados (X, Y e Z). Os eixos X e Y estabelecem as coordenadas de corte,
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enquanto o eixo Z serve para corrigir a altura do ponto focal em relação à superfície da peça. A
variação da distância ponto focal/peã ocorre por deformações na chapa, provocadas pelo corte
térmico. A mesa é acoplada a um sistema CAD, que comanda as coordenadas de deslocamento ao
longo do processo.

Figura 10 - Máquina de corte a laser, com a mesa de movimentação evidenciada, acoplada à


um computador para controle numérico.

5. TECNOLOGIAS OBTIDAS A PARTIR DA USINAGEM A LASER

A fabricação de Biochips usados no ramo da medicina, onde é preciso um equipamento


capaz de produzir microcanais onde os fluidos biológicos irão escoar, usa-se a usinagem a laser,
usando comprimento de onda de 10 micrometros.

A microusinagem de dielétricos é realizada com utilização de pulsos laser de


femtossegundos, pois esse apresenta pequena ou nenhuma zona afetada pelo calor, trincas ou
respingos de material, não afetando sua funcionalidade futura.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] GANS, Fabricio A. et al. Usinagem a Laser em Materiais Poliméricos para Produção de Biochips.
Disponível em:
<https://www.researchgate.net/publication/268060627_USINAGEM_A_LASER_EM_MATERIAIS_POLI
MERICOS_PARA_PRODUCAO_DE_BIOCHIPS>. Acessado em: 16 jan. 2016.

[2] MACHADO, F. C., Usinagem a Laser. 2015. 35 p. Notas de aula – UFRGS, Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, RS.

[2] ALMEIDA, I.A., Otimização do Processo de Usinagem de Titânio com Laser Pulsado de Neodimio.
2007. Tese(Doutorado) – Tecnologia Nuclear Materiais- IPEN, Universidade de São Paulo, São Paulo,
2007.

[3] MACHADO, L.M., Microusinagem de Dielétricos com Pulso Laser de Femtossegundos. 2012. 143 p.
Tese (Doutorado) - Curso de Tecnologia Nuclear- Materiais, Ipen, São Paulo, 2012.

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