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PEDIATRIA

Serviço de Pediatria do Hospital de Braga


Dúvidas sobre vacinas: tudo o que precisa de saber

A vacinação assume-se como um dos maiores sucessos da saúde pública,


constituindo o meio mais eficaz e seguro de proteção contra certas
doenças infeciosas.

O que são as vacinas e como funcionam?


As vacinas contêm antigénios, ou seja, substâncias derivadas ou quimicamente
semelhantes a vírus ou bactérias que provocam doença. Quando presentes no
nosso organismo, não desencadeiam doença mas induzem o sistema imunitário a
produzir proteínas de proteção (anticorpos) específicos para essas doenças. Assim,
desenvolve-se proteção sem manifestação de doença.
A vacinação assume-se como um dos maiores sucessos da saúde pública,
constituindo o meio mais eficaz e seguro de proteção contra certas doenças
infeciosas.

Qual a razão para iniciar a vacinação tão cedo (ao nascimento)?


A decisão sobre a altura de vacinar contra uma determinada doença baseia-se na
epidemiologia (nas características) da mesma. Na maioria das vezes, estas infeções
são mais graves nas crianças pequenas; daí a necessidade de assegurar uma
proteção eficaz de forma precoce nas crianças mais pequenas e mais vulneráveis.

Antes do nascimento, o recém-nascido recebe os anticorpos maternos, que lhe


conferem proteção contra muitas das doenças infeciosas alvo das vacinas (na
maioria das vezes, as mães são vacinadas). Contudo, os níveis destes anticorpos
vão diminuindo ao longo dos primeiros meses de vida e, aos 6 meses de idade, a
proteção é mínima. O plano de vacinação assegura que, à medida que os
anticorpos maternos vão sendo mais escassos, o lactente vai criando os seus
próprios anticorpos através da vacinação. O objetivo é a aquisição de proteção o
mais cedo possível.

Porquê tantas vacinas? Serão realmente necessárias as doses múltiplas?


Atualmente há 12 vacinas recomendadas pelo PNV (embora o número real de
vacinas seja mais abrangente) para prevenir ou minimizar as consequências
provocadas por doenças graves. Todavia, existem várias doenças infeciosas e
graves para as quais ainda não há vacina disponível.

A imunidade, ou seja, a capacidade de proteção que se segue a uma dose de


algumas das vacinas ou é incompleta ou de curta duração. A administração de
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várias doses permite amplificar a percentagem de pacientes que desenvolvem


anticorpos até atingir o nível de proteção e a duração desta imunidade. Todas as
vacinas têm um número mínimo de doses para que sejam eficazes e este esquema
deve ser cumprido na altura recomendada.

A administração de múltiplas vacinas na mesma altura não aumenta o


risco de efeitos laterais e não sobrecarrega/enfraquece o sistema
imunitário?
Não! As crianças são, diariamente, expostas a inúmeras agressões ambientais (ex.
alimentares) e o sistema imunitário tem uma grande capacidade de resposta, ou
seja, de providenciar a proteção necessária. Os antigénios das vacinas implicam
uma ativação de menos de 0,1% do sistema imunitário!

Há evidência científica de que as vacinas recomendadas são efetivas quer em


combinação quer individualmente; e a sua administração múltipla não acarreta um
aumento de efeitos laterais.

Vários estudos comprovam que as crianças vacinadas não têm maior risco de
contrair outras infeções (não prevenidas pela vacinação) comparativamente com as
não vacinadas. Por outro lado, se não forem vacinadas estão predispostas a
desenvolver doença grave e invasiva por esses seres patogénicos.

Para além do desenvolvimento de proteção eficaz precocemente, a administração


múltipla de vacinas é menos traumática para as crianças e permite um menor
número de visitas médicas.

Pode-se atrasar ou omitir alguma vacina ou dose?


Não é aconselhado! Este tipo de atitude condicionará um período prolongado de
maior vulnerabilidade à doença. As crianças são mais vulneráveis a complicações
de doenças nos primeiros anos de vida, altura em que as vacinas determinam uma
maior proteção; e algumas vacinas providenciam uma melhor resposta imunitária
em certas idades. Por esta razão, os pais/educadores deverão seguir as indicações
do PNV e do seu médico assistente relativamente à vacinação.

Se, atualmente, as doenças alvo das vacinas são raras por que razão é
necessário manter a vacinação?
Antes da existência das vacinas, muitas crianças morriam na consequência de
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doenças atualmente prevenidas pela vacinação. Esses seres patogénicos ainda


existem, mas agora as crianças estão protegidas e por isso é que estas doenças
não se desenvolvem tão frequentemente. Porém, continuam a ser uma ameaça
universal importante e a ocorrência de surtos provocados por algumas delas ainda
é uma realidade.

Além da proteção individual, a vacinação acarreta benefícios para toda a


comunidade, pois quando a maior parte da população está vacinada interrompe-se
a transmissão da doença, protegendo adicionalmente todos os que não podem ser
vacinados por razões médicas (ou porque são muito pequenos ou portadores de
algumas doenças crónicas) ou porque não desenvolvem resposta à vacinação.

O tétano é a única doença prevenida com vacinação que apenas confere imunidade
individual e não pode ser eliminada da Natureza, por isso é necessária a sua
vacinação ao longo de toda a vida.

É melhor ser naturalmente infectado do que vacinado?


Não! As doenças causam sofrimento e, em alguns casos, disfunção permanente ou,
mesmo, morte. A vacinação confere protecção para a doença sem experimentar os
efeitos adversos da infecção.

A imunidade obtida com a vacinação oferece proteção para a doença de maneira


semelhante à conferida pela imunidade adquirida com a infeção natural, embora
possam ser necessárias várias doses para obter o grau de proteção adequado.

Pode-se ficar doente mesmo estando vacinado?


Não é muito frequente, mas pode acontecer. Nenhuma vacina é 100% eficaz; a
maioria apresenta uma eficácia de 85-95%. O que é justificado pelo facto de
algumas pessoas, por fatores individuais, não desenvolverem imunidade para a
doença. Por vezes, a criança é exposta à infeção imediatamente antes da vacinação
e irá manifestar a doença uma vez que a vacina ainda não tem tempo de atuar;
outras vezes, irá manifestar uma doença semelhante àquela para a qual foi
vacinado mas para a qual não adquire proteção (ex. vacina de gripe sazonal).

Pode-se desenvolver a doença a partir da vacina?


É muito raro! Com as vacinas inativas (mortas), tal não é possível. Com as vacinas
atenuadas (vivas), algumas crianças podem desenvolver alguns sintomas leves da
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doença, sem acarretar perigo de vida.

As vacinas causam perigosos efeitos laterais, nomeadamente morte?


Atualmente, as vacinas são muito seguras e bem toleradas. A maioria dos efeitos
adversos são temporários e de menor importância como endurecimento no local da
injeção e febre moderada - situações que podem ser facilmente controladas.

Existem contraindicações para a vacinação?


Sim! São raras as exceções que limitam a utilização das vacinas.

As verdadeiras contraindicações são: reação alérgica grave a uma dose anterior da


vacina ou seus constituintes; nova dose de vacina para tosse convulsa de
desenvolvimento de encefalopatia (alteração do sistema nervoso central) nos sete
dias seguintes à toma anterior, sem outro motivo conhecido; imunodeficiência
grave para as vacinas atenuadas (vivas); gravidez para as vacinas atenuadas
(vivas).

No caso de doença aguda grave, pode-se protelar a vacinação para logo que haja
melhoria clínica.

Em caso de dúvida, consulte o seu médico assistente. Não atrase inadvertidamente


a administração da melhor arma disponível para combater as infeções, as vacinas!

Maria Inês Alves, com a colaboração de Isabel Cunha, Pediatra do Serviço


de Pediatria do Hospital de Braga.

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