Brasília-DF.
Elaboração
Produção
Apresentação.................................................................................................................................. 4
Introdução.................................................................................................................................... 7
Unidade I
ASPECTOS ECONÔMICOS DA ENERGIA.................................................................................................. 9
Capítulo 1
Aspectos conceituais........................................................................................................... 9
Unidade II
O setor elétrico brasileiro: histórico e reestruturação........................................................... 17
Capítulo 1
O setor elétrico no Brasil................................................................................................. 17
Unidade Iii
Tratativas de atividade e tributos de energia................................................................................. 37
Capítulo 1
Tributações.......................................................................................................................... 37
Unidade Iv
Metodologia de custos de produção de energia...................................................................... 73
Capítulo 1
Prospecção analítica e elaboração de relatório analítico e de competitividade..... 73
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
O Brasil necessita aumentar sua oferta de energia, entretanto esta ação estratégica de
estudo deve ser integrada, de forma a desenvolver a sociedade nas áreas econômica, social
e ambiental. As fontes renováveis de energia promovem o desenvolvimento sustentável,
porém as vantagens de sua implantação de forma distribuída são prejudicadas pela
mentalidade arraigada de fornecer energia de forma centralizada, que afeta inclusive
as iniciativas de projetos em energia solar, a qual é naturalmente dispersa, e de grande
desinteresse político energético no país. As etapas necessárias para transformação dos
recursos fósseis, nucleares e solares em energia elétrica são apresentadas, ilustrando a
simplicidade das fontes renováveis.
Objetivos
»» Introduzir aos participantes no complexo ecossistema das energias e
suas novas formas de geração, processamento e distribuição de forma
contextual às variações de câmbio e os fenômenos de mercado;
7
»» Proporcionar o uso da prospecção analítica econômica e de projetos em
energias renováveis, como forma de descrever e entender as problemáticas
energéticas.
8
ASPECTOS
ECONÔMICOS DA Unidade I
ENERGIA
Capítulo 1
Aspectos conceituais
9
UNIDADE I │ ASPECTOS ECONÔMICOS DA ENERGIA
10
ASPECTOS ECONÔMICOS DA ENERGIA │ UNIDADE I
11
UNIDADE I │ ASPECTOS ECONÔMICOS DA ENERGIA
É possível destacar que existe uma relação direta entre os recursos energéticos
naturais e os serviços prestados. Os processos tecnológicos empregados vão dos mais
rudimentares, como a derrubada de árvores de reservas florestais nativas, aos mais
complexos, como por exemplo, a conversão Eletronuclear como matriz principal em
alguns países.
A economia sendo considerada uma ciência social não pode ser considerada como
uma ciência fechada em torno de si mesma. O seu entendimento exige uma abertura
do seu campo de atuação para às demais áreas das ciências sociais. A compreensão
das leis básicas da economia, representa um passo positivo para a assimilação das
questões econômicas que formam o arcabouço de um determinado sistema econômico.
As dimensões econômicas da energia estão vinculadas diretamente a importância da
demanda e da oferta de energia para avaliar o desempenho do sistema econômico,
diante das múltiplas interações que abrangem o setor e sua oferta. Essas dimensões
são identificadas pelo grau de interdependência entre elas e podem ser entendidas em
cinco dimensões principais.
Dimensão tecnológica
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ASPECTOS ECONÔMICOS DA ENERGIA │ UNIDADE I
Dimensão ambiental
A infraestrutura e o desenvolvimento
econômico
A infraestrutura é considerada uma atividade composta por um conjunto de
elementos que possibilita a produção de bens e serviços de um país trata-se de um
setor fundamental indispensável para desenvolvimento econômico de qualquer país.
O termo desenvolvimento está vinculado à implantação de estruturas de transporte, água,
esgoto, habitação, saúde, fornecimento de energia, dando condições para as empresas
utilizem melhor os recursos, tendo como consequência a melhoria na qualidade de vida
da população. A ausência ou uma deficiência na infraestrutura representa um obstáculo
ao crescimento das organizações empresariais privadas e coloca a população de um
país ou de uma região sem perspectivas de desenvolvimento. É oportuno ressaltar que
existe uma visível diferença entre a infraestrutura social e infraestrutura econômica.
13
UNIDADE I │ ASPECTOS ECONÔMICOS DA ENERGIA
14
ASPECTOS ECONÔMICOS DA ENERGIA │ UNIDADE I
Especificidades comparativas na
economia energética
As fontes de energia de origem solar apresentam processo de geração de eletricidade
mais simples do que a obtenção de energia através de combustíveis fósseis ou nucleares.
A sua utilização de forma distribuída apresenta as vantagens de redução de gastos com
os sistemas de transmissão e distribuição, além de permitir desenvolvimento social
para localidades não eletrificadas. O paradigma atual de que o fornecimento de energia
deve ocorrer através de linhas de transmissão e distribuição gera uma incoerência, pois
existem projetos que visam concentrar a energia solar, naturalmente dispersa, para
depois distribuí-la por um sistema interligado, deixando assim de aproveitar seus
benefícios. O preço da energia solar é comparado com o valor pago pelos consumidores
em suas residências, uma vez que a energia final consumida chega a ser 5 vezes mais
caro que o valor cobrado pela usina convencional. O custo de implantação de um
sistema solar isolado pode chegar a 50 vezes o valor de uma pequena central hidrelétrica
de mesma capacidade, entretanto fazendo o cálculo considerando a energia gerada
durante a vida útil do equipamento solar, de aproximadamente 30 anos, é obtido o valor
correspondente à 10 vezes o custo da energia entregue ao consumidor. Ao considerar
um sistema interligado à rede, a relação passa de 10 para 3. Ao serem agregados aos
impostos, custos ambientais e sociais, a energia solar fotovoltaica passa a ser, em um
futuro breve, economicamente competitiva.
15
UNIDADE I │ ASPECTOS ECONÔMICOS DA ENERGIA
16
O setor elétrico
brasileiro: histórico Unidade II
e reestruturação
Capítulo 1
O setor elétrico no Brasil
A reforma do Setor Elétrico Brasileiro começou em 1993 com a Lei no 8.631, que
extinguiu a equalização tarifária vigente e criou os contratos de suprimento entre
geradores e distribuidores, e foi marcada pela promulgação da Lei no 9.074 de 1995,
que criou o Produtor Independente de Energia e o conceito de Consumidor Livre
(MME, 2009).
17
UNIDADE II │ O setor elétrico brasileiro: histórico e reestruturação
Através da Lei no 9.427 de 1996, foi criada a ANEEL, cujas atribuições são: regular e
fiscalizar a geração, a transmissão, a distribuição e a comercialização da energia elétrica,
atendendo reclamações de agentes e consumidores com equilíbrio entre as partes e em
benefício da sociedade; mediar os conflitos de interesses entre os agentes do setor elétrico
e entre estes e os consumidores; conceder, permitir e autorizar instalações e serviços
de energia; garantir tarifas justas; zelar pela qualidade do serviço; exigir investimentos;
estimular a competição entre os operadores e assegurar a universalização dos serviços
(ANEEL, 2009a). Com as propostas de mudanças institucionais, a Lei no 9.648 de
1998, altera algumas atribuições da Lei no 9.427 de 1996 e cria também o Operador
Nacional do Sistema Elétrico (ONS), responsável pelo planejamento e programação da
operação, pelo despacho centralizado da geração e pela contratação e administração
dos serviços de transmissão de energia elétrica. Concluído em agosto de 1998, o Projeto
Reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro (RE-SEB) definiu o arcabouço conceitual e
institucional do modelo a ser implantado (CCEE, 2009).
Em 2001, o setor elétrico sofreu uma grave crise de abastecimento que culminou em
um plano de racionamento de energia elétrica. Esse acontecimento gerou uma série de
questionamentos sobre os rumos que o setor elétrico estava trilhando. Visando adequar
o modelo em implantação, foi instituído em 2002 o Comitê de Revitalização do Modelo
do Setor Elétrico, cujo trabalho resultou em um conjunto de propostas de alterações
no setor elétrico brasileiro. Durante os anos de 2003 e 2004 o Governo Federal lançou
as bases de um novo modelo para o Setor Elétrico Brasileiro, sustentado pelas Leis
no 10.847 e 10.848, de 15 de março de 2004 e pelo Decreto no 5.163, de 30 de julho de
2004 (MME, 2009).
18
O setor elétrico brasileiro: histórico e reestruturação │ UNIDADE II
19
UNIDADE II │ O setor elétrico brasileiro: histórico e reestruturação
O processo de comercialização de
energia elétrica
O Mercado Livre de Energia se consolida como uma forma potencial de economia, meio
seguro e confiável de adquirir energia elétrica por um valor negociável. Dentro de uma
cadeia produtiva, todos os insumos devem ser objeto de negociação, e a energia elétrica
também deve assim ser tratada. A principal vantagem nesse ambiente é a possibilidade
de o consumidor escolher, entre os diversos tipos de contratos, aquele que melhor
atenda às suas expectativas de custo e benefício.
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O setor elétrico brasileiro: histórico e reestruturação │ UNIDADE II
Para ter a opção de ser Consumidor Livre, cada unidade consumidora deve apresentar
demanda contratada a partir de 3.000 kW e tensão mínima de 69 kV, para data de
conexão elétrica anterior a julho/1995, ou 2,3 kV, para ligação após julho/1995.
O Consumidor Livre Convencional pode contratar Energia Convencional ou Incentivada.
A CCEE é uma instituição pública de direito privado e sem fins lucrativos, regulada pela
ANEEL, responsável pelo registro, monitoramento e liquidação de todos os contratos
e pela medição de toda energia gerada e consumida no Sistema Interligado Nacional.
21
UNIDADE II │ O setor elétrico brasileiro: histórico e reestruturação
22
O setor elétrico brasileiro: histórico e reestruturação │ UNIDADE II
Uma carga nova pode ser modelada como Especial, desde que apresente
CUSD(s) assinado(s) com montante(s) contratado(s) de 500kW. 59,3%
dos consumidores são especiais 40,7% dos consumidores são livres
23
UNIDADE II │ O setor elétrico brasileiro: histórico e reestruturação
»» modicidade tarifária;
»» segurança de suprimento;
A CCEE contabiliza as diferenças entre o que foi produzido ou consumido e o que foi
contratado. As diferenças positivas ou negativas são liquidadas no Mercado de Curto Prazo
e valorado ao PLD (Preço de Liquidação das Diferenças), determinado semanalmente
para cada patamar de carga e para cada submercado, tendo como base o custo marginal de
operação do sistema, sendo esse limitado por um preço mínimo e por um preço máximo.
Dessa forma, pode-se dizer que o mercado de curto prazo é o mercado das diferenças
entre montantes contratados e montantes medidos (CCEE, 2009).
O ambiente de contratação
O novo Modelo do Setor Elétrico define que a comercialização de energia elétrica seja
realizada em dois ambientes de mercado, o Ambiente de Contratação Regulada - ACR e o
Ambiente de Contratação Livre - ACL. Os Agentes de Geração sejam concessionários de
serviço público de Geração, Produtores Independentes de Energia ou Autoprodutores,
assim como os Comercializadores, podem vender energia elétrica nos dois ambientes,
mantendo o caráter competitivo da geração, e todos os contratos, sejam do ACR ou do
ACL, são registrados na CCEE e servem de base para a contabilização e liquidação das
diferenças no mercado de curto prazo (CCEE, 2009). Uma visão geral da comercialização
de energia, envolvendo os dois ambientes de Contratação. Segundo dados da CCEE
(2009b) 23,23% da energia do SIN comercializada no mercado livre em dezembro de
2008. Foram considerados na atividade do mercado livre: consumidor livre e especial,
autoprodutor e eletrointensivos.
»» Itaipu Binacional.
À ANEEL cabe a regulação das licitações para contratação regulada de energia elétrica
e a realização do leilão diretamente ou por intermédio da Câmara de Comercialização
de Energia Elétrica (CCEE), conforme determinado no parágrafo 11 do art. 2o da Lei
no 10.848/2004.
O critério de menor tarifa (inciso VII, do art. 20, do Decreto no 5.163/2004) é utilizado
para definir os vencedores de um leilão, ou seja, os vencedores do leilão serão aqueles
que ofertarem energia elétrica pelo menor preço por Mega-Watt hora para atendimento
da demanda prevista pelas Distribuidoras. Os Contratos de Comercialização de Energia
Elétrica em Ambiente Regulado (CCEAR) serão, então, celebrados entre os vencedores
e as Distribuidoras que declararam necessidade de compra para o ano de início de
suprimento da energia contratada no leilão (CCEE, 2009). Se considerarmos “A” como
o ano previsto para o início do suprimento de energia elétrica adquirida pelos Agentes
de Distribuição nos leilões de energia, o cronograma para a realização dos leilões
é o seguinte:
»» no quinto ano anterior ao ano “A” (chamado ano “A” - 5), é realizado o
leilão para compra de energia de novos empreendimentos de Geração;
»» no terceiro ano anterior ao ano “A” (chamado ano “A” - 3), é realizado o
leilão para aquisição de energia de novos empreendimentos de Geração;
»» no ano anterior ao ano “A” (chamado ano “A” - 1), é realizado o leilão para
aquisição de energia de empreendimentos de Geração existentes.
Além disso, poderão ser promovidos Leilões de Ajuste, previstos no art. 26 do Decreto
no 5.163, de 30/7/2004, tendo por objetivo complementar a carga de energia necessária
ao atendimento do mercado consumidor das concessionárias de distribuição, até o
limite de 1% dessa carga (ANEEL, 2009a).
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UNIDADE II │ O setor elétrico brasileiro: histórico e reestruturação
Medições
A Medição Física é a preparação dos dados coletados por canal, a partir dos Sistemas
de Medição para Faturamento (SMF) dos agentes, transformando-os em informações
válidas para o processamento da contabilização.
A aquisição desses dados pelo SCDE é feita de forma automática, através das Unidades
de Coleta de Medição (UCM), Coleta Direta ou Inspeção Lógica dos pontos de medição
do agente.
Ao serem transferidos para o SCL, os dados são tratados por canal de consumo e de
geração (canal C e canal G, respectivamente), conforme são coletados pelo SCDE.
A ideia é utilizar os dados separados por canal e não o líquido (G-C ou C-G).
Os dados de medição são coletados pelo SCDE, por ponto de medição (canal de consumo
e canal de geração), por período de coleta (intervalos de 5 minutos), tanto para medição
de energia ativa (kWh) quanto para energia reativa (kvarh).
Existe um modelo pelo qual os pontos de medição físicos são organizados e relacionados,
a fim de se obter as medidas líquidas de energia em cada ponto de medição. As relações
entre esses pontos de medição são denominadas de “relações de parentesco”, com a
descendência/ascendência entre eles.
As perdas são calculadas por rede compartilhada para cada período de comercialização.
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O setor elétrico brasileiro: histórico e reestruturação │ UNIDADE II
É realizado cálculo de perdas para consumo e geração para cada rede compartilhada.
Os pontos de medição, além das perdas internas a uma rede compartilhada, também
são impactados pelas perdas da Rede Básica.
Nesse módulo define-se o tratamento das participações dos pontos no rateio das
perdas da Rede Básica em termos percentuais, decorrentes da localização dos pontos
de medição. Posteriormente, determina-se os volumes em energia correspondentes que
participam do rateio.
No módulo Medição Contábil é que as medições participantes desse rateio serão levados
ao centro de gravidade.
Responsabilidade de Instalação
Responsabilidade Custos
Responsabilidade Manutenção
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UNIDADE II │ O setor elétrico brasileiro: histórico e reestruturação
Agente de Medição
a. Premissa 10.2.5:
b. Premissa 10.3.7:
30
O setor elétrico brasileiro: histórico e reestruturação │ UNIDADE II
MS: mês seguinte às operações de compra e venda de energia du: dias úteis.
31
UNIDADE II │ O setor elétrico brasileiro: histórico e reestruturação
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O setor elétrico brasileiro: histórico e reestruturação │ UNIDADE II
O cálculo é feito por período de comercialização, ou seja, hora a hora. Assim, é possível
que em determinada hora o perfil consumo assuma essas perdas de uma Instalação
Compartilhada ou DITC, enquanto que na hora seguinte as perdas sejam alocadas para
o perfil de geração. O Acrônimo utilizado para o Consumo Medido Ajustado é o CR e
aparece no relatório ME001 – Medição de Ativos.
Relatório ME 018
›› Relatórios.
›› Desta forma, existem montantes de energia que não circulam por meio
da Rede Básica (usina próxima) e que não devem ser impactados pelas
perdas da Rede Básica.
Relatório M005
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O setor elétrico brasileiro: histórico e reestruturação │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ O setor elétrico brasileiro: histórico e reestruturação
Relatório CO023
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Tratativas de atividade Unidade Iii
e tributos de energia
Capítulo 1
Tributações
O decreto no 2003/1996, que regulamenta a referida lei, fixa regras que dão forma
à figura do Produtor Independente de Energia, diferenciando este de um novo ator
denominado Autoprodutor de Energia Elétrica, assim definido em lei:
37
UNIDADE III │ Tratativas de atividade e tributos de energia
O referido decreto em seu art. 23 define quais os possíveis clientes a terem seu
abastecimento de energia provido por um Produtor Independente de Energia:
A lei estabeleceu que passado um período de três anos os consumidores livres poderão
ampliar seu leque de opção de compra também aos concessionários, permissionários ou
autorizados de energia elétrica do sistema. Cinco anos após a publicação da lei passam a
ser considerados como consumidores livres todos aqueles consumidores com potência
instalada superior a 3MW a uma tensão de fornecimento igual ou superior a 69 kV. Fica
definido também que passados oito anos de cumprimento da lei, ao poder concedente
poderá reduzir os limites de carga e tensão que condiciona o enquadramento como
consumidor livre.
A atividade residencial em 2011 no Brasil totalizou 96.541 GWh, o que significou avanço
de 5,9% frente ao mesmo mês do ano anterior. O atividade industrial anual de energia
elétrica em âmbito nacional atingiu o montante de 172.610 GWh, total 5% superior ao
registrado no ano de 2006. O atividade comercial anual de energia elétrica no Brasil
totalizou 58.627 GWh, representando aumento de 6,7% em relação ao mesmo mês do
ano anterior. O agregado “outros atividades”, que reúne o atividade das classes rural,
poder público, iluminação pública, serviços públicos e atividade próprio, alcançou um
total anual de 375.642 GWh, montante 5,4% superior ao registrado no ano de 2006.
Em 2012, foram consumidos no Brasil um total de 375.642 GWh, 5,4% a mais do que
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UNIDADE III │ Tratativas de atividade e tributos de energia
em 2006. A tarifa média total de energia elétrica em 2013, de acordo com a Tabela 6, foi
de 388,1 R$ /MWh, com um aumento de 1,3% frente à observada em 2006, conforme
dados da ANEEL (2009a). Contribuíram para esse incremento as tarifas de todas
as classes de atividade, exceto a Residencial, para a qual houve uma queda de 0,3%.
Com os maiores aumentos na tarifa, destacam-se a classe Industrial e o Serviço Público,
com um avanço de 3,6% e 3,3%, respectivamente. Dentre as cinco regiões, Sudeste e
Centro-Oeste tiveram o maior aumento de tarifa (a primeira 1,7% e a última 1,9%) e a
menor tarifa foi verificada no Sul do país (226,3 R$ /MWh).
A atividade per capita de energia brasileira sempre foi considerada relativamente baixa,
mas o crescimento da renda nacional e sua redistribuição deverão influir no sentido
de que a atividade aumente. Esse valor ainda se mostrará reduzido, especialmente
quando comparado a países desenvolvidos. A título de comparação, a Oferta Interna de
Energia (OIE) per capita em 2030 poderá chegar a 2,33 per capita, valor ainda pouco
representativo se comparado com a atual atividade dos EUA, de 7,9 tep per capita, ou
do Japão, de cerca de 4 per capita.
40
Tratativas de atividade e tributos de energia │ UNIDADE III
Desta maneira, a tarifa praticada remunera não apenas as atividades de distribuição, mas
também de transmissão e geração de energia elétrica (ANEEL, 2009a). Até a década de
1990, existia uma tarifa única de energia elétrica no Brasil, que garantia a remuneração
das concessionárias, independentemente de seu nível de eficiência. Esse sistema não
incentivava a busca pela eficiência por parte da distribuidora, uma vez que a integralidade
de seu custo era transferida ao consumidor.
Em 1993, com a Lei no 8.631, as tarifas passaram a ser fixadas por empresa, conforme
características específicas de cada área de concessão, por exemplo: número de
consumidores, quilômetros de rede de transmissão e distribuição, tamanho do mercado
(quantidade de unidades de atividade atendidas por uma determinada infraestrutura),
custo da energia comprada e tributos estaduais, entre outros. Portanto, se essa área
coincide com a de uma unidade federativa, a tarifa é única naquele estado. Caso
contrário, tarifas diferentes coexistem dentro do mesmo estado (ANEEL, 2009a).
Encargos e tributos
Os encargos setoriais são custos inseridos sobre o valor da tarifa de energia elétrica, como
forma de subsídio, para desenvolver e financiar programas do setor elétrico definidos
pelo Governo Federal. Esses valores são estabelecidos por Resoluções ou Despachos
da ANEEL, para efeito de recolhimento pelas concessionárias dos montantes cobrados
dos consumidores por meio das tarifas de energia elétrica. Como são contribuições
definidas em leis aprovadas pelo Congresso Nacional, são utilizados para determinados
fins específicos (ANEEL, 2008).
Alguns encargos têm, por exemplo, o objetivo de incentivar o uso fontes alternativas,
outros contribuem para a universalização do acesso à energia elétrica e/ou para reduzir
o valor da conta mensal dos consumidores localizados em áreas remotas do país, como
a região Norte, abastecida por usinas a óleo diesel e não conectadas ao SIN (ANEEL,
2008). Os tributos, conforme a ANEEL (2008) são pagamentos compulsórios devidos
ao Poder Público, a partir de determinação legal, e que asseguram recursos para que
o Governo desenvolva suas atividades. Sobre as contas mensais de energia elétrica
incidem os seguintes tributos:
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UNIDADE III │ Tratativas de atividade e tributos de energia
Estudo divulgado pelo Instituto Acende Brasil, entidade criada em 2006 pela Câmara
Brasileira dos Investidores em Energia Elétrica, mostra que em 2009 o risco de
racionamento no Sudeste, principal região consumidora do país, subirá para 5%, limite
máximo aceitável pela ANEEL e pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). Para o
Brasil, em 2010, este indicador aumentará para 8%, e chegará a 16% em 2016, quase
o triplo do risco máximo recomendado. Os dados oficiais gerados pela Empresa de
Pesquisa Energética (EPE) são mais conservadores: risco de déficit de 4,5% em 2010 e
de 10% em 2011 – o dobro do que o mercado de energia aceita como limite.
As projeções para investimentos no setor elétrico são de R$ 78,4 bilhões até o ano de
2016, sendo R$ 65,9 bilhões para geração e R$ 12,5 bilhões para transmissão. As metas
de geração têm por objetivo aumentar a capacidade, em 12.386 MW. Os principais
projetos, que totalizam 5.617 MW (45,3% da meta de geração) e que deverão estar em
operação até 2016, são: região Norte (UHE Estreito, localizada no rio Tocantins e com
capacidade instala de 1.087 MW); região Sudeste (2 UHE – Baú I e Barra do Braúna – 4
PCH e 7 UTE, com capacidade total de 1.903 MW); e região Sul (6 UHE e 2 UTE, com
capacidade total de 2.627 MW).
Para transmissão estão previstos R$ 12,5 bilhões até 2010, e a meta física corresponde
à construção de 13.826 km de linha, assim distribuídos por região: Norte, com
investimento de R$ 5,4 bilhões para 4.721 km; Nordeste, com investimento de R$ 1,5
bilhão para 2.276 km; Sudeste, com investimento de R$ 2,7 bilhões para 2.900 km; Sul,
42
Tratativas de atividade e tributos de energia │ UNIDADE III
com investimento de R$ 1,1 bilhão para 2.078 km; e Centro-Oeste, de R$ 1,8 bilhão para
1.851 km. Como pode ser observado, o grande investimento em linha de transmissão
está direcionado para a região Norte. Esta região detém 43,2% do investimento total e
34,1% da quantidade de quilômetros a ser construída.
Quanto aos combustíveis renováveis (etanol e biodiesel), estão previstos R$ 17,4 bilhões
de investimento, assim distribuídos por região:
»» Sudeste, com R$ 10,9 bilhões, sendo R$ 8,5 bilhões para etanol, R$ 316
milhões para biodiesel e R$ 2,1 bilhões para a construção de alcooldutos;
»» Sul, com R$ 958 milhões, sendo R$ 628 milhões para etanol e R$ 330
milhões para biodiesel; e
Essa proposta abre espaço para a emissão de debêntures de infraestrutura, cujos prazos
de financiamento são de cerca de 10 anos. Nesse sentido, para estimular a emissão de
debêntures, o valor do crédito do BNDES será calculado pelo índice de cobertura do
serviço da dívida (ICSD) mínimo de 2,0, sendo que o limite de endividamento global
(BNDES + outros credores) será dado pelo ICSD mínimo de 1,5.
Solar
Participação: até 80% (anterior 70%) dos itens financiáveis.
43
UNIDADE III │ Tratativas de atividade e tributos de energia
Hidrelétrica
Participação: até 50% (anterior 70%) dos itens financiáveis Custo: 100% TJLP.
Transmissão
Participação: até 80% dos itens financiáveis.
Distribuição
Participação: até 50% dos itens financiáveis.
Custo: 50% TJLP / 50% mercado (anterior 70% TJLP / 30% mercado). Em todas as
linhas, foi mantido spread básico de 1,5%.
As novas condições passaram a valer para os leilões de outubro e também valerão para
os que ocorrerem em dezembro de 2016. Esta matéria foi publicada no Procel/Info, do
Centro Brasileiro de Informação de Eficiência Energética.
Contratos
De acordo com o decreto no 5163 de julho/2004, o Consumidor deve garantir a 100%
da sua carga, por intermédio de geração própria ou contratos registrados na CCEE. Se
isso não for cumprido, o Agente poderá ter duas consequências:
44
Tratativas de atividade e tributos de energia │ UNIDADE III
»» Contratos Bilaterais.
»» Contrato do PROINFA.
Todos esses contratos, dentro de prazos específicos, passam pelo processo de Sazonalização
e Modulação, realizadas pelo Agente, conforme estratégia comercial, ou automaticamente
pelo SCL, de acordo com as Regras de Comercialização vigentes.
Essas informações são importantes para que a CCEE aloque corretamente as quantidades
contratadas na contabilização, visto que esta é realizada por semana, patamar
e submercado.
45
UNIDADE III │ Tratativas de atividade e tributos de energia
O Agente deve ter cuidado ao deixar o sistema realizar a modulação flat, pois na
contabilização, ao comparar a quantidade contratada com a quantidade de energia
consumida, pode haver exposição positiva e/ou negativa no Mercado Spot:
Contratos Bilaterais
São contratos firmados da livre negociação entre os Agentes no ACL. A CCEE não
interfere nas cláusulas contratuais acordadas entre as partes. No ato de registro de um
novo contrato bilateral, é necessário informar no SCL:
Vigência total:
»» Responsável: Vendedor.
»» responsável: vendedor;
»» prazo: MS+9du;
46
Tratativas de atividade e tributos de energia │ UNIDADE III
»» Caso o Agente não insira informações de dados horários dentro dos prazos
determinados, o CliqCCEE fará a Modulação Flat para a Contabilização.
Ajuste:
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UNIDADE III │ Tratativas de atividade e tributos de energia
Validação do Ajuste:
»» prazo: MS+12du;
Finalização de Contrato:
Relatórios:
CO001 e CO002.
Contratos do PROINFA
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Tratativas de atividade e tributos de energia │ UNIDADE III
Para base de cálculo das cotas do PROINFA são utilizados os meses de setembro a
agosto. Para o cálculo das cotas de 2016 são utilizados como exemplos os meses:
SETEMBRO/2016
AGOSTO 2017
Para os consumidores que nascem Livres só será feito o cálculo das cotas nos meses de
setembro/novembro, para o ano seguinte.
Sazonalização ─ Deve ser feita pela Eletrobras até 15 dias corridos antes do início do ano.
Caso não seja realizado no prazo o SCL sazonaliza Flat Modulação PCHs fora do MRE,
Eólica e Biomassa: conforme a geração das usinas fora do MRE PCHs participantes
MRE: moduladas pela curva de geração de todas as usinas do MRE. Contrato registrado
pela CCEE no submercado da carga.
Energia renovável
Energia renovável é a energia proveniente de recursos naturais como o sol, vento, chuva,
marés e energia geotérmica, que são recursos renováveis (naturalmente reabastecidos).
Para geração de energia elétrica, as fontes renováveis mais comuns são as Pequenas
Centrais Hidrelétricas – PCHs, energia térmica proveniente de biomassa, energia
eólica, solar e biogás.
»» PCHs (PIE, AP) com cuja a potência instalada 1000 kW e 30.000 kW;
Garantia Física:
Consumidores Especiais:
Energia convencional
»» incentivada especial;
»» convencional especial;
»» cogeração qualificada;
»» convencional.
Contratos: o que pode ser vendido pelo agente Gerador/ Comercializador e para quem.
O que pode ser comprado pelo Consumidor Livre ou Especial e de quem.
51
UNIDADE III │ Tratativas de atividade e tributos de energia
CB – Contrato Bilateral.
O desconto final do consumidor livre ou especial é divulgado em MS+22, por meio dos
relatórios da CCEE, após a contabilização do mês de apuração.
Pode acontecer de o desconto apurado final ser diferente do contratado com os Vendedores
de energia incentivada, pelos seguintes motivos:
Ainda com relação ao CO001, o Agente pode observar que, se ele tiver, por exemplo, 2
contratos nesse relatório como um mesmo Agente, aparecerão dois códigos codificados,
os valores correspondentes etc. Porém, quando for verificar o relatório EI004,
responsável por mostrar os contratos que comprou, conseguirá visualizar somente a
soma total dos contratos que firmou com aquele Agente e não individualmente.
»» redução não inferior a 50% nas tarifas de uso dos sistemas elétricos de
transmissão e de distribuição (Lei no 9.427/1996);
Energia eólica
O Brasil é favorecido em termos de ventos, que se caracterizam por uma presença duas
vezes superior à média mundial e pela volatilidade de 5% (oscilação da velocidade), o
que dá maior previsibilidade ao volume a ser produzido. Além disso, como a velocidade
costuma ser maior em períodos de estiagem, é possível operar as usinas eólicas em
sistema complementar com as usinas hidroelétricas, de forma a preservar a água dos
54
Tratativas de atividade e tributos de energia │ UNIDADE III
Segundo o PNE 2030, o potencial eólico brasileiro tem despertado o interesse de vários
fabricantes e representantes dos principais países envolvidos com essa tecnologia.
Tal interesse pode ser evidenciado na instalação no país de firmas que, inicialmente,
se voltavam para a construção das pás das turbinas, mas que hoje já desenvolveram
infraestrutura e parcerias que viabilizam a manufatura de geradores de 800 até 2.300
kW, com alto índice de nacionalização, tanto de matéria prima e como de mão de obra.
Várias empresas mantêm torres de medições e elaboram estudos de infraestrutura
para instalação e operação de parques eólicos. Existem cerca de 5.300 MW em projetos
eólicos autorizados pela ANEEL.
Os Valores Econômicos1 da geração eólica variam de 203 a 231 R$/MWh, para fatores
de capacidade entre 0,42 e 0,32, respectivamente, sendo superior à média de preços
dos leilões de energia nova, de 139,00 R$/MWh (MME, 2008). Entretanto, com
o desenvolvimento da indústria nacional de fabricação de aerogeradores e partes
integrantes, os custos de implantação tenderão a se reduzir, na medida em que houver
concorrência entre as empresas, consequentemente tornando o valor desta energia
mais competitivo.
55
UNIDADE III │ Tratativas de atividade e tributos de energia
analíticas dos recursos eólicos medidos em vários locais do Brasil, mostram a possibilidade
de geração elétrica com custos da ordem de 70 – 80 US$/MWh (CBEE, 2008).
Segundo dados da ANEEL (2009a), a capacidade instalada no Brasil era da ordem de 273
MW em 2008, com turbinas de médio e grande porte conectadas ao SIN, distribuídos em
17 empreendimentos. A geração eólica conta com os seguintes benefícios e vantagens:
»» com potência até 30.000 kW, possui redução não inferior a 50% nas
tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição (Lei
no 9.427/1996).
56
Tratativas de atividade e tributos de energia │ UNIDADE III
Energia da biomassa
A biomassa voltada para fins energéticos abrange a utilização dos resíduos sólidos
urbanos, animais, vegetais, industriais e florestais para geração de energia alternativa.
As formas mais comuns de aproveitamento da biomassa são os resíduos agrícolas,
madeira e plantas, a exemplo da cana de açúcar, do eucalipto e da beterraba (de onde
se extrai álcool).
O Brasil se destaca como o segundo maior produtor de etanol que, obtido a partir da
cana de açúcar, apresenta potencial energético similar e custos muito menores que o
etanol de países como Estados Unidos e regiões como a União Europeia. Segundo o
BEN, em 2007 a produção brasileira alcançou 8.612 mil tep (toneladas equivalentes
de petróleo) contra 6.395 mil tep em 2006, o que representa um aumento de 34,7%
(MME, 2008) legais:
114,00 R$/MWh (MME, 2008). Nas regiões menos desenvolvidas, a biomassa mais
utilizada é a de origem florestal. Além disso, os processos para a obtenção de energia
se caracterizam pela baixa eficiência – ou necessidade de grande volume de matéria
57
UNIDADE III │ Tratativas de atividade e tributos de energia
prima para produção de pequenas quantidades. Uma exceção a essa regra é a utilização
da biomassa florestal em processos de cogeração industrial (ANEEL, 2009A). Já a
produção em larga escala da energia elétrica e dos biocombustíveis está relacionada
à biomassa agrícola e à utilização de tecnologias eficientes. A pré-condição para a sua
produção é a existência de uma agroindústria forte e com grandes plantações, sejam
elas de soja, arroz, milho ou cana de açúcar.
De acordo com o PNE 2030, com a expansão e renovação das unidades de processamento
do setor sucroalcooleiro e a valorização dos resíduos agrícolas e industriais do processo,
as centrais termoelétricas de cogeração integradas aos sistemas produtivos também
deverão incorporar os avanços tecnológicos viabilizados ao longo do horizonte de
estudo, elevando significativamente o potencial de produção de energia elétrica
excedente (ofertável para a rede após o atendimento das necessidades da própria
unidade industrial) ou minimizando a atividade de biomassa para atendimento das
necessidades energéticas do processo e disponibilizando-a para uso como matéria
prima em aplicações mais rentáveis.
58
Tratativas de atividade e tributos de energia │ UNIDADE III
O uso da biomassa para geração de energia elétrica conta ainda com os seguintes
benefícios e vantagens legais:
»» com potência até 30.000 kW, possui redução não inferior a 50% nas
tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição (Lei
no 9.427/1996);
Estas variáveis têm sido contornadas por técnicas e processos que aumentam a
produtividade da biomassa reduzindo, portanto, a necessidade de crescimento de áreas
plantadas (ANEEL, 2008).
59
UNIDADE III │ Tratativas de atividade e tributos de energia
O estado da Bahia vem se destacando, no Brasil, no uso desses sistemas FV. Ao todo, são
aproximadamente 20 mil sistemas solares instalados ou em processo de instalação no
estado, através do Programa Luz Para Todos do governo federal, realizado em parceria
com o governo do estado e a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (COELBA).
Isto corresponde a um investimento de R$ 15 milhões, com previsão de mais R$ 8 milhões
para os próximos anos. Com o objetivo de eletrificar todo o estado, espera-se que seja
autorizada, para os próximos anos, a contratação de aproximadamente 80.000 novos
sistemas (PEREIRA, 2008).
Apesar deste potencial estar bastante difundido em cidades do interior e na zona rural,
a participação do sol na matriz energética nacional é bastante reduzida. Tanto que
a energia solar não chega a ser citada na relação de fontes que integram o Balanço
Energético Nacional, edição de 2008 (ANEEL, 2009a). No Banco de Informações de
Geração (BIG), da Aneel, consta apenas uma usina FV – Araras, no município de Nova
Mamoré, no Estado de Rondônia, com potência instalada de 20,48 kW. O BIG não
registra qualquer outro empreendimento fotovoltaico em construção ou já outorgado.
O que existe no país são pesquisas e implantação de projetos pilotos da tecnologia, já
descritos no Capítulo 1 (Introdução e Contextualização).
60
Tratativas de atividade e tributos de energia │ UNIDADE III
A energia solar FV conectada à rede surge como uma grande promessa para a geração
distribuída. Um dos aspectos importantes será normalizar questões essenciais da geração
distribuída, nos aspectos de qualidade, segurança e proteção. Mas a maior dificuldade
ainda reside no custo dos módulos, bem como na divulgação e reconhecimento dos
benefícios que esta FRE pode trazer ao SIN.
61
UNIDADE III │ Tratativas de atividade e tributos de energia
»» Com potência até 30.000 kW, goza de redução não inferior a 50% nas
tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição (Lei
no 9.427/1996).
O PNE 2030 considera que a geração FV vai se tornar competitiva quando seu custo
chegar a 3.000 US$/kW, tomando como base de comparação a tarifa de fornecimento.
Nessa situação, o custo do watt deveria ser de US$ 1,50, o que a curva de aprendizagem
sugere ser possível de atingir, nos Estados Unidos, somente após 2020. Nessas condições,
o PNE 2030 considerou que o aproveitamento da energia solar FV, integrada à rede,
seria marginal no horizonte de estudo.
62
Tratativas de atividade e tributos de energia │ UNIDADE III
São contratos firmados pelos Consumidores Parcialmente Livres, que adquirem parte
de seu consumo junto à distribuidora, com tarifa regulada. No CliqCCEE, a distribuidora
registra apenas os montantes de energia associados a estes contratos.
Como forma de limitar o repasse dos preços da energia elétrica comprada pelas
distribuidoras e permissionárias para as tarifas de fornecimento aos consumidores
finais dentro das regras determinadas pela Lei no 9.648 de 1998, a ANEEL publicou a
Resolução n’ 266, de 13 de agosto de 1998, estabelecendo a metodologia de cálculo do
repasse, criando assim um Valor Normativo – VN, sendo este, segundo Dutra (2001,
p.148) “o custo de referência para a comparação com o preço de compra da energia e
a definição do custo a ser repassado às tarifas de fornecimento”.
63
UNIDADE III │ Tratativas de atividade e tributos de energia
»» restrições de operação;
»» serviços ancilares.
64
Tratativas de atividade e tributos de energia │ UNIDADE III
O encargo de serviço de sistema para restrição de operação aplica-se somente para Usinas
Termelétricas Tipo 1 ou 2.
No caso de hidrelétrica, não existe a cobrança do respectivo encargo, uma vez que é
tratado pelo MRE.
Os agentes com perfil consumo dos submercados envolvidos arcam com o custo para
atender a restrição, de forma proporcional ao consumo mensal (MWh).
O custo adicional desse despacho, dado pela diferença entre o PLD, será rateado entre
todos os agentes perfil consumo do SIN, proporcionalmente ao consumo médio mensal
de energia no mês corrente e será cobrado mediante ESS por razão de segurança
energética, conforme o disposto no art. 59 do Decreto no 5.163, de 30 de julho de 2004.
›› compensação Síncrona;
›› reserva de Prontidão.
65
UNIDADE III │ Tratativas de atividade e tributos de energia
Black Start
Compensação Síncrona
O Gerador receberá o equivalente à Energia Reativa gerada ou consumida, valorizada à
Tarifa de Serviços Ancilares de R$4,73/Mvarh em 2012 ( REN homologatória 1.245/11
– 13 dezembro 2011).
O custo referente ao encargo é rateado por todos os agentes com perfil consumo do
submercado envolvido, de forma proporcional ao consumo mensal (MWh).
Todos os agentes com perfil consumo do SIN arcam com o custo do encargo de forma
proporcional ao consumo mensal (MWh).
Reserva de Prontidão
O custo de consumo de combustível será ressarcido via ESS.
Todos os agentes com perfil consumo do SIN arcam com o custo do encargo de forma
proporcional ao consumo mensal (MWh).
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Tratativas de atividade e tributos de energia │ UNIDADE III
Montante Financeiro que a Usina deverá ser ressarcida referente aos custos incorridos
pela implantação, operação e manutenção de SEP.
Obs.: todos os encargos, quando existirem, serão rateados por todos os agentes consumidores
de energia do SIN,de forma proporcional ao respectivo consumo mensal (MWh).
Montante Financeiro que a Usina deverá ser ressarcida referente aos custos incorridos
pela operação e manutenção dos equipamentos de Autorrestabelecimento.
Obs.: Todos os encargos, quando existirem, serão rateados por todos os agentes do SIN,
de forma proporcional ao respectivo consumo mensal (MWh).
O montante total de ESS é formado pela soma dos Encargos por Restrição de Operação
com os Encargos de Serviços Ancilares e Razão de Segurança Energética. As receitas
advindas da sobra de Excedente Financeiro contribuirão para aliviar o ESS a ser pago
pelos Agentes.
O total de alívio pode ser menor que o montante total de ESS do mês. Neste caso, os
agentes que possuem carga pagam a diferença na proporção de seu consumo.
O total de alívio pode ser maior que o montante total de ESS do mês. Neste caso, nada
é repassado aos agentes de consumo e a sobra será utilizada para alívio de Encargos do
próximo mês.
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UNIDADE III │ Tratativas de atividade e tributos de energia
68
Tratativas de atividade e tributos de energia │ UNIDADE III
Penalidades
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UNIDADE III │ Tratativas de atividade e tributos de energia
Para efeito de cobertura de consumo, não pode transferir contrato entre o livre e o
especial.
»» multa de 5%;
Bandeiras Tarifárias
70
Tratativas de atividade e tributos de energia │ UNIDADE III
Bandeira Tarifária Verde: será acionada nos meses em que o valor do CVU da última
usina a ser despachada for inferior a R$ 211,28/MWh; – sem variação da tarifa
de energia.
Bandeira Tarifária Amarela: será acionada nos meses em que o valor do CVU da última
usina a ser despachada for igual ou superior a R$ 211,28/MWh e inferior a R$ 422,56/
MWh; – variação de 15,00 R$/MWh na tarifa de energia.
Bandeira Tarifária Vermelha: será acionada nos meses em que o valor do CVU da última
usina a ser despachada for igual ou superior a R$ 422,56/MWh, conforme os seguintes
patamares de aplicação:
Patamar 1: será acionada nos meses em que o valor do Custo Variável Unitário – CVU
da última usina a ser despachada for igual ou superior a R$ 422,56/MWh e inferior a R$
610,00/MWh, resultando em um acréscimo na tarifa de consumo de R$30,00/MWh.
Patamar 2: será acionada nos meses em que o valor do Custo Variável Unitário –
CVU da última usina a ser despachada for igual ou superior ao limite a R$ 610/MWh,
resultando em um acréscimo na tarifa de consumo de R$45,00/MWh.
Uma vez por mês, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) calcula o CMO,
e com essas informações a ANEEL aciona a bandeira tarifária que estará vigente no
mês seguinte.
71
UNIDADE III │ Tratativas de atividade e tributos de energia
Subsistema
Mercado Livre de Energia: no mercado livre de energia não existirá essa diferenciação,
pois os contratos de energia são negociados diretamente com o gerador. O Mercado
Livre de Energia, além da vantagem econômica, aumenta a previsibilidade de gastos
com energia para o consumidor.
72
Metodologia de
custos de produção Unidade Iv
de energia
Capítulo 1
Prospecção analítica e elaboração de
relatório analítico e de competitividade
73
UNIDADE IV │ Metodologia de custos de produção de energia
Onde:
Segundo Harmon (2008) as causas da redução dos custos são atribuídas a uma
combinação de melhorias da produção (processo de inovação, aprendizagem etc.),
o desenvolvimento de produto (inovação do produto, remodelagem do produto e
padronização produto) e diminuição dos custos de entrada na fabricação (peças e
materiais produzidos).
74
Metodologia de custos de produção de energia │ UNIDADE IV
Despesas operacionais:
Parâmetros técnicos:
Resultados
1 Solar Photovoltaics Competing in the Energy Sector ─ On the Road to Competitiveness”, EPIA, setembro de 2011.
75
UNIDADE IV │ Metodologia de custos de produção de energia
e que, por certo, afetariam o fluxo de caixa. Esses aspectos são considerados mais
adiante neste documento. Nestas condições, os resultados iniciais foram os seguintes:
76
Metodologia de custos de produção de energia │ UNIDADE IV
obtidos, incluindo PIS/COFINS e ICMS, possibilitando uma visão geral dos níveis
tarifários nos setores residencial, comercial e industrial.
Nota: Valores extraídos de ANEEL (médias por região; menor e maior valor regional), incluindo PIS COFINS=6% e ICMS= 25% para o setor residencial e
21% para os setores comercial e industrial.
Fonte: Elaboração própria a partir de ANEEL. Acesso em: 7 mai.2012.
Ressalta-se que, por se tratar de valores médios, a utilização dos valores acima para a
avaliação da competitividade da fonte fotovoltaica, por comparação com os valores de
custo nivelado de geração anteriormente referido, nem sempre é aplicável. No caso do
setor residencial, por exemplo, foram também considerados os valores individualizados
das diversas concessionárias, conforme segue.
Esta avaliação indica que se, por um lado, não se pode afirmar que a geração fotovoltaica
é competitiva em qualquer condição para a aplicação residencial, por outro, percebe-se
que já existem situações objetivas em que esta competitividade se apresenta de forma
clara. Além disso, deve-se considerar que os cálculos aqui apresentados se referem a
situações típicas no que tange à produção de energia (fator de capacidade). Isto quer
dizer que é possível encontrar arranjos melhores, ou seja, sítios mais favoráveis, em
que a produtividade pode ser superior àquela aqui considerada. Por fim, conforme já
citado, ressalta-se que os resultados até aqui apresentados se referem a uma avaliação
estritamente econômica, ou seja, será possível também encontrar arranjos financeiros
77
UNIDADE IV │ Metodologia de custos de produção de energia
Aplicação comercial
Aplicação industrial
78
Metodologia de custos de produção de energia │ UNIDADE IV
a determinação do preço teto nos leilões de energia. O custo de investimento para este
tipo de fonte, com potência maior ou igual a 1,0 MW, pode ficar na faixa de 4.000 –
6.000 R$/kWp instalado26. Essa faixa corresponde a valores internacionais referentes
a 2015 e 2016, sendo a composição do custo estimada cerca de 55% para os módulos,
10% para os inversores e 35% para os demais componentes. Foi efetuado o cálculo do
preço de referência para um caso inicial, considerando a perspectiva de continuada
queda de preços no futuro próximo (2012/2014), com valor fixado em 5.200 R$/kWp.
Nesse caso inicial, adotou-se um valor de fator de capacidade igual a 18% (média de
localidades favoráveis nas diferentes regiões) e demais parâmetros similares aos que
têm sido adotados nos leilões de energia.
Tabela 3.
Notas:
(1) Ref.: Resolução Normativa da ANEEL no 481, de 17/04/2012.
(2) Para os inversores, o custo anualizado de O&M incorpora sua substituição após 10 anos de operação.
(3) Valor financiado compatível com Índice de Cobertura da Dívida mínimo = 1.3.
79
UNIDADE IV │ Metodologia de custos de produção de energia
Resultados parciais
Sob tais condições, o preço estimado para energia solar fotovoltaica centralizada
resulta da ordem de 400 R$/MWh. Ainda que seja considerada uma redução nos
custos de investimento (devido à queda competitiva dos preços e/ou a incentivos
de diferentes naturezas), para valores da ordem de 4.000 R$/kWp, mantidos os
demais parâmetros de cálculo, os preços permanecem em níveis da ordem de 300
R$/MWh. Tais valores são significativamente altos em relação aos verificados
nos últimos leilões de energia nova para o Ambiente de Contratação Regulado –
ACR (na faixa aproximada de R$95 e R$110 por MWh), ou mesmo em relação ao
Valor-Referência – VR para contratação pelas distribuidoras (da ordem de R$
151/MWh em 2015). Evidencia-se, assim, a dificuldade para que esta fonte se
torne competitiva no curto prazo. Ou seja, a viabilização da geração fotovoltaica
centralizada, de maior porte, e oferecida à rede pressupõe condições e objetivos
estratégicos específicos que devem ser objeto de avaliação. Referência disponível em:
<www.aneel.gov.br> .
A alíquota nominal no sistema atual (não cumulativo) é de 1,65% para o PIS e 7,6%
para o Cofins. O valor devido desses tributos é apurado pela diferença entre a aplicação
dessas alíquotas sobre o faturamento bruto e a aplicação sobre os custos e despesas.
O valor efetivamente pago varia, portanto, de empresa para empresa. Disponíveis em:
<http://www.abradee01.org/download/aliquota/ICMS_Aliquotas_Estados_Jan-
2008.xls: Acesso em: 5 abr. 2012. Disponível em:< http://www.aneel.gov.br>. Acesso
em: 23 fev. 2012.
Assim, sem dúvida a política pública bem elaborada é um fator indutor de desenvolvimento
sustentável, razão pela qual serão feitas proposições capazes de subsidiar a elaboração
de uma política pública voltada para o segmento de geração fotovoltaica, simulando
impactos da adoção de medidas distintas que impactam de forma direta a atratividade
do setor do ponto de vista do investidor.
80
Metodologia de custos de produção de energia │ UNIDADE IV
Em vista disso, a ANEEL vem estudando propostas para redução das barreiras de
acesso aos sistemas de distribuição por parte dos pequenos geradores. Esse processo
incluiu a realização da Consulta Pública no 15/2010, finalizada em 9 de novembro de
2010, e da Audiência Pública no 42/2011, finalizada em 14 de outubro de 2011, eventos
estes que propiciaram à ANEEL receber contribuições de diversos agentes, incluindo
representantes das distribuidoras, geradoras, universidades, fabricantes, consumidores,
comercializadores, empresas de engenharia e demais instituições interessadas no
tema. Como resultado desse processo, foi publicada a Resolução Normativa no 482,
de 17/4/2012, estabelecendo as condições gerais para o acesso de microgeração e
minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica. Ela visa a
reduzir as barreiras regulatórias existentes para conexão de geração de pequeno porte
disponível na rede de distribuição, a partir de fontes de energia incentivadas, bem
como introduzir um sistema de compensação de energia elétrica (net metering), além
de estabelecer adequações necessárias nos Procedimentos de Distribuição – PRODIST.
81
UNIDADE IV │ Metodologia de custos de produção de energia
82
Metodologia de custos de produção de energia │ UNIDADE IV
Esse sistema tem analogia com uma “conta-corrente” de energia entre consumidor
e concessionária. Os eventuais créditos resultantes da geração excedente a atividade
própria expiram em 36 meses após a data do faturamento, não sendo ofertada ao
consumidor qualquer forma de compensação após esse prazo.
Os montantes de energia ativa injetada que não tenham sido compensados na própria
unidade consumidora poderão ser utilizados para compensar a atividade de outras
unidades previamente cadastradas para este fim e atendidas pela mesma distribuidora,
cujo titular seja o mesmo da unidade com sistema de compensação de energia elétrica,
ou cujas unidades consumidoras forem reunidas por comunhão de interesses de fato
ou de direito.
Alterações no PRODIST
São contemplados os seguintes itens: etapas para a viabilização do acesso; critérios técnicos
e operacionais; requisitos dos projetos; implantação de novas conexões; requisitos para
operação, manutenção e segurança da conexão; sistema de medição; e contratos.
83
UNIDADE IV │ Metodologia de custos de produção de energia
Os custos desse mecanismo são diluídos entre todos os usuários finais de energia,
através de: um encargo aplicado por kWh de energia convencional consumido, encargo
destinado a empresas de serviço público (que necessitam adquirir uma energia “verde”),
por encargos destinados à compra de crédito de carbono ou por uma combinação dessas
variáveis (SAWIN, 2004).
Atualmente, esse mecanismo é aplicado na maioria dos países Europeus. Além disso,
os países que apresentam os maiores crescimentos no mercado de FIL são países que
utilizam o mecanismo baseado no sistema de preços (SAWIN, 2004).
Uma variação no sistema de preços, “net metering”, permite aos consumidores instalar
pequenos sistemas de FIL em suas residências ou empresas e vender os seus excedentes
de eletricidade para a rede. Esse excesso é vendido pelo preço de mercado. Em alguns
casos, são pagos por todo kWh que eles injetam na rede, em outros casos, eles recebem
crédito apenas quando a geração é igual à sua atividade.
O sistema de preços só pode ser aplicado aos sistemas interligados à rede elétrica (HOLM,
2005). A vantagem deste modelo é que não é necessário um investimento inicial por parte
do governo. O financiamento do sistema fotovoltaico é viabilizado pela taxa de retorno do
investimento (TIR) decorrente da tarifa prêmio do programa de incentivo.
O sistema de quotas
84
Metodologia de custos de produção de energia │ UNIDADE IV
Nesta seção serão desenvolvidas as bases teóricas dos principais métodos de avaliação
econômico-financeira de empresas e/ou projeto.
85
UNIDADE IV │ Metodologia de custos de produção de energia
Valor Presente = ∑
Onde:
n: Vida do ativo;
A partir do cálculo do valor presente, Damodaran (2002) explicita três maneiras para a
utilização do método do fluxo de caixa descontado:
II. prospecção analítica do valor da firma como um todo, o que inclui, além
do valor patrimonial, o valor da dívida; e
86
Metodologia de custos de produção de energia │ UNIDADE IV
Onde:
O valor da firma é obtido descontando-se os Fluxos de Caixa Livre para a Firma (FCLF),
i.e., os fluxos de caixa residuais após todas as despesas, necessidades de reinvestimento
e obrigações tributárias, porém antes de quaisquer pagamentos de dívidas e aos
acionistas, à média ponderada do custo de capital, que é o custo dos diferentes
componentes de financiamento utilizados pela firma, ponderados por suas proporções
de valor de mercado.
Onde:
O valor da firma também pode ser obtido através do valor do acionista, conforme a
equação abaixo.
O valor da firma também pode ser obtido pela mensuração de partes separadamente.
Esta maneira, que é chamada de valor presente ajustado (VPA), inicia-se com a
determinação do valor do capital próprio da firma, assumindo-se que esta é financiada
apenas com capital próprio. A seguir, é considerado o valor agregado (ou reduzido) pela
87
UNIDADE IV │ Metodologia de custos de produção de energia
Valor da Firma
Prós
Contras
88
Metodologia de custos de produção de energia │ UNIDADE IV
Copeland et al (2002) definem o fluxo de caixa livre como “[...] o fluxo de caixa
operacional efetivo da empresa. O fluxo de caixa livre é o fluxo de caixa total após
impostos gerado pela empresa e disponível para todos os seus fornecedores de capital,
tanto credores quanto acionistas”.
FCL = Lucro Operacional * (1 –T) + D&A – Investimento – Delta CGL + Dívida Líquida.
89
UNIDADE IV │ Metodologia de custos de produção de energia
Para fins de projeção, muitos são os casos em que não há o benefício de um conjunto de
premissas iniciais. Para empresas públicas, existem relatórios de analistas de mercados
que estimam as premissas financeiras de contas como Receita, Lucro Antes dos Juros,
Impostos, Depreciação e Amortização (LAJIDA) e Lucro Operacional, e geralmente
são utilizados para estimar uma base para as projeções. Nos casos em que essas
informações não são disponíveis, e.g. para empresas fechadas, utilizam-se informações
de desempenho histórico, tendências do setor e estimativas de consensos de analistas
de empresas abertas comparáveis. Rosembaum e Pearl (2009) detalham de forma
prática as formas de projeção mais comuns para os componentes do fluxo de caixa.
Receita para empresas abertas, os primeiros dois ou três anos de projeção podem ser
obtidos através do consenso de estimativas dos analistas do setor. Similarmente, para
empresas fechadas, consensos de estimativas para empresas semelhantes podem ser
utilizados como aproximações para taxas de crescimento de receita esperada em casos
que a linha de tendência seja consistente com o desempenho histórico e perspectivas
de mercado, caso disponíveis.
No entanto, para períodos mais longos de projeção, as taxas de crescimento devem ser
derivadas de outras fontes. Sem o benefício de uma orientação da diretoria da empresa,
geralmente se pode basear em tendências setoriais e taxas de crescimento de longo prazo.
Em situações em que não haja uma orientação precisa, Rosembaum e Pearl (2009) citam
que é típica a utilização de taxas de crescimentos decrescentes ao longo dos anos finais da
projeção até atingir uma taxa razoável de longo prazo para o ano terminal.
Além disso, as projeções variam de acordo com o setor em que a companhia atua.
Dependendo do negócio, podem existir ciclicidades e sazonalidades que devem ser
refletidos pela projeção. Independente de que parte do ciclo a projeção se inicie, é
crucial que no ano terminal o desempenho financeiro represente um nível normalizado
em oposição a um pico ou vale do ciclo.
Uma vez que as projeções de receita são estabelecidas, é essencial a realização de uma
verificação contra as taxas históricas de crescimento da companhia assim como contra
as estimativas de seus pares e panoramas de mercado/setor. Mesmo utilizando de
90
Metodologia de custos de produção de energia │ UNIDADE IV
De forma a reduzir estas incertezas, e assim atrair mais investidores e permitir preços
mais “justos”, o Governo Federal organiza leilões de contratação de energia elétrica
no qual são assinados contratos de comercialização por longos períodos, no caso da
fonte fotovoltaica os contratos são por 20 anos operacionais, logo, neste caso particular
de prospecção analítica de viabilidade de projeto de energia fotovoltaica, a receita
real (sem considerar o efeito inflacionário) é fixa por 20 anos, desde que desempenhe
conforme o projeto de engenharia. Assim, não será necessário projetar preços tampouco
crescimento de mercado.
Para as deduções de receita, custo dos produtos vendidos e despesas gerais, de vendas e
administrativas, pode-se utilizar margens históricas como parâmetros de projeção, i.e.
como percentual da receita. É comum considerar a constância das margens, no entanto,
pode-se assumir pequenos crescimentos ou declínios como consequência de tendências
do setor.
Neste caso particular, para as estimativas de custos e despesas, este trabalho recorrerá
a dados publicados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE, empresa subordinada
ao MME, responsável pelo planejamento da expansão do setor energético brasileiro).
E, como poderá ser observada nas premissas da EPE, ela utiliza a metodologia aqui
descrita, de atribuir percentuais de receita ou valor do investimento como referência de
custos e/ou despesas.
Depreciação e Amortização (D e A)
E, somando-se receitas, custos e despesas, conforme retratado nos itens acima, chega-se
ao lucro operacional. Assim como o Lucro Antes dos Juros, Impostos Depreciação e
91
UNIDADE IV │ Metodologia de custos de produção de energia
Investimento
O cálculo da variação anual do CGL é importante para o FCF, pois ela representa a
fonte ou uso de caixa para a companhia. Uma variação positiva representa uso de caixa
e vice-versa, o que é típico de empresas em crescimento.
Onde:
ou declínio das mesmas. As proporções são dias implícitos em que determinada conta
demora para realizar as operações, e.g. dias implícitos de recebíveis de 30 dias implica que
a companhia, em média, recebe pagamentos depois de 30 dias após a venda ser realizada,
assim como 60 dias implícitos de estoque implica a permanência de produtos em estoque
por 60 dias antes de serem trocados.
Contas a Receber
Dias implícitos de Recebíveis = * 365
Receita Líquida
Estoque
Dias implícitos de Estoque = * 365
CPV
Contas a Pagar
Dias Implícitos de Contas a Pagar = * 365
CPV
Ressalta-se que para este caso particular, como a base de dados a ser utilizada é de
projetos a serem implementados, em consequência das características do processo
licitatório dos leilões de comercialização de energia, a variação do capital de giro a ser
considerada no projeto típico de geração de energia solar fotovoltaica abordado neste
trabalho será nula.
Dívida Líquida
Valor Terminal
O Valor Terminal representa o valor do fluxo de caixa previsto da empresa para além
do período de projeção explícito, e conforme Damodaran (2002), é possível calculá-lo
de três maneiras. A primeira assume a liquidação dos ativos da empresa geradora no
último ano de projeção e estimar quanto se pagaria pelos ativos que a empresa acumulou
até esse ponto. A segunda maneira assume um múltiplo de saída para estimar o valor
no último ano de projeção. A terceira maneira assume uma taxa de crescimento estável
para após os anos de projeção, a taxa de perpetuidade.
FCLn ∗ (1 + g)
Valor Terminal =
(r − g)
g: taxa de Perpetuidade.
Para este projeto, conforme indica o relatório da EPE, não há valor terminal do projeto
após os 20 anos de fornecimento de energia, pois este período de fluxo de caixa já
representa a vida útil das placas fotovoltaicas.
Custo de Capital
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Metodologia de custos de produção de energia │ UNIDADE IV
Considerando que cada provedor de capital espera um retorno sobre seu investimento,
porém, em consequência dos riscos e estruturas distintas aos quais são expostos, os
retornos variam para cada situação. Esses retornos, sob o ponto de vista da empresa
que recebe o investimento, são os custos de capital.
CMPC = Wd * (1-T) * Kd + We * Ke
Onde:
É importante destacar também que, à medida que o valor da dívida aumenta além do
ponto ótimo, o CMPC tende a aumentar dado o aumento da probabilidade de insolvência,
aumentando os retornos exigidos pelos credores de ambos o capital próprio e dívida.
Custo da Dívida
O custo da dívida (Kd) representa a taxa com a qual a companhia pode pegar empréstimos.
No caso de empresas abertas, ele pode ser calculado como sendo a ponderação de todas
as taxas a valor de mercado dos instrumentos de dívida adotados pela empresa como
títulos e debêntures, a média ponderada dos retornos esperados pelos seus credores; ou a
partir de classificação de risco dos títulos para a obtenção de adicionais de custo padrões.
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UNIDADE IV │ Metodologia de custos de produção de energia
Se a companhia estiver sendo mensurada para uma oferta pública inicial, pode-se
assumir que o custo da dívida da companhia fechada se moverá em direção ao custo
de dívida médio da indústria na qual ela pertence. Essencialmente, assume-se que
uma vez tornada pública, ela estruturará sua política de dívida para se assemelhar às
companhias comparáveis.
Esta terceira alternativa pode subestimar o custo da dívida se bancos cobrarem maiores
taxas para companhias fechadas do que para outras abertas similares. Nesse caso,
acrescentasse um adicional de custo que reflita essa diferença, se a avaliação financeira
for para uma transação fechada, mas não se for para uma transação aberta ou oferta
pública inicial.
Além disso, o custo da dívida deve ser deduzido do benefício fiscal, uma vez que os juros
ou sua receita financeira são dedutíveis do imposto de renda. Assim, o custo da dívida
é reduzido em função da alíquota fiscal utilizada.
Neste caso particular, a estimativa do custo da dívida não será necessária vez que será
calculado o fluxo de caixa livre para o acionista e será aplicado as condições apresentadas
pela EPE para o financiamento de projetos de energia fotovoltaica que comercializam
energia nos leilões regulados pelo governo.
96
Metodologia de custos de produção de energia │ UNIDADE IV
Para Copeland et al. (2002), o custo do capital próprio é o de mais difícil estimativa,
uma vez que não pode ser diretamente observado no mercado. Trata-se do retorno
esperado pelos investidores em seus investimentos de capital.
O método recomendado pelos autores e que será utilizado neste trabalho é o modelo de
precificação de bens de capital (MPBC). Este modelo postula que o custo de demanda
do capital próprio seja igual ao retorno sobre os títulos livres de risco, mais o risco
sistêmico da empresa multiplicado pelo preço de mercado do risco (ou o prêmio pelo
risco), além do risco país de um investidor norte-americano que aplica no país e o risco
pelo tamanho da companhia:
Ke = rf + βl * (rm - rf ) + rBR + rt
Onde:
Βl: Risco sistêmico do capital próprio, alavancado pela estrutura de capital da firma.
97
UNIDADE IV │ Metodologia de custos de produção de energia
O prêmio pelo risco de mercado pode ser definido com a diferença entre
a taxa prevista de retorno sobre o portfólio do mercado e a taxa livre de
risco. Copeland, Koller e Murrin (2002) explicam que seu cálculo pode
se basear em dados históricos ou em estimativas futuras. A discussão
teórica sobre qual abordagem é a mais apropriada, não está no escopo
deste trabalho.
Onde:
(1 + ∗( ))
Onde:
T: Taxa de Imposto.
Βl = βu * (1 + D/E * (1 – T))
99
UNIDADE IV │ Metodologia de custos de produção de energia
Onde:
Estrutura de Capital
A estrutura de capital trata-se do mix entre a dívida e o capital próprio de uma companhia,
e pode ser definido como a razão entre a dívida líquida (total do endividamento livre
dos equivalentes de caixa) pelo valor de mercado. Neste tópico, será utilizado o custo de
capital próprio apresentado pela EPE e também em Nota Técnica da Agência Nacional
de Energia Elétrica (Aneel), cuja metodologia de cálculo é a mesma apresentada no
ensaio deste módulo.
Premissas
Pode-se analisar que o fator de capacidade considerado pela EPE (18%) é bem inferior
ao encontrado nos leilões de 2014 (22,7%) e 2015 (27,8%). Essas diferenças poderão
devidamente serem tratadas na prospecção analítica de sensibilidade de um relatório
futuro. Em se tratando do modelo financeiro, as outras premissas poderão ser adotadas
e consideradas em valores reais, i.e. desconsiderando o efeito inflacionário; em valores
trazidos entre (2015 a 2016). Em seguida, é importante destacar que os cálculos a serem
realizados para a obtenção do Fluxo de Caixa Livre para o Acionista e, por conseguinte,
o valor e a taxa de retorno do projeto (TIR) deve ser destacado.
Destacamos as premissas:
2. Fator de Capacidade %.
8. Custo Real.
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UNIDADE IV │ Metodologia de custos de produção de energia
Roteiro do Relatório
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Metodologia de custos de produção de energia │ UNIDADE IV
Fluxo de Caixa Livre: a partir dos cálculos realizados, é possível obter o Fluxo de
Caixa Livre para o Acionista utilizando a Equação 6. Em seguida, calcula-se o valor
presente do mesmo para o ano base do projeto através da Equação 1 e considera o
Custo de Capital Próprio de 10%, com o Financiamento para os 3 primeiros anos
em valores reais, exceto quando indicado em Parcela Financiável do Investimento do
Financiamento do 3o ano, a uma Taxa de Juros equivalente, no Prazo de no mínimo
uma década e meia de anos, com um Aporte estimado Saldo Inicial, (-) Amortização
com o Saldo Final. A conta Principal e os Juros devem ser analisados, dentro do Fluxo
de Caixa do Financiamento e do Fluxo de Caixa Livre, e devem ser considerados os
tributos de Imposto de Renda nas médias percentuais, contemplando a conta de
Contribuição Social, sobre as presunções de lucro e a receita bruta, respectivamente.
A adoção do lucro presumido e do lucro realizado é sempre mais favorável de um ou
do outro. No lucro presumido, o total de impostos é sobre a receita bruta (0,5% de
PIS, 3,0% de COFINS, 2% de IR e 1,08% de CSLL), enquanto que no regime de lucro
real apenas as contribuições PIS e COFINS são de 9,25% sobre a receita bruta. Além
disso, conforme foi explicado anteriormente, deve ser considerada nula a Variação no
Capital de Giro do montante total. Conforme a equação 1, o Fator de Desconto refere-se
à parcela da equação que multiplica o FCL no período t. Finalmente, obtém-se o valor
do projeto e sua taxa interna de retorno (TIR). Variação do Capital de Giro Líquido
(ΔCGL) Fluxo de Caixa Livre, Receita Bruta (-) PIS + COFINS, (=) Receita Líquida
(-) Gastos do Projeto (-) O&M; (-) Seguro Operacional; (-) TUSD;(=) LAJIDA; (-)
Depreciação e (-) Amortização; (-) Juros (=) Lucro Operacional Antes dos Impostos
(-) Imposto de Renda e Contribuição Social; (+) Depreciação; (-) Investimento;(-)
Variação no Capital de Giro; (+) Dívida Líquida; (=) Fluxo de Caixa Livre para o
Acionista; Período; Fator de Desconto; Valor Presente do FCLA. Cálculo do Valor
do Projeto e da TIR. Dos cálculos a serem realizados, o cenário EPE vai apresenta
uma TIR não significativa e um valor presente negativo para um projeto de geração
fotovoltaica típico no Brasil. Cálculo do Valor do Projeto e do TIR Custo de Capital
(Real), no Valor Presente dos Fluxos de Caixa.
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UNIDADE IV │ Metodologia de custos de produção de energia
Cenários e Resultados
b. Componentes descritivos.
104
Metodologia de custos de produção de energia │ UNIDADE IV
o projeto de geração fotovoltaica inviável, apresentando uma taxa de retorno (%) para
um investimento de R$/kW. Por outro lado, com o fator de capacidade fornecido pelo
Governo Federal no cenário EPE, verifica-se no projeto que mesmo com uma grande
redução no valor do investimento ainda terá margem de retorno x: com um valor muito
baixo de R$/kW a taxa de retorno apresentada é de (%), inferior ou superior ao custo
de capital.
Conclusão
Para a sensibilidade do TIR em função do preço de venda da energia, foram realizados
dois cenários de fator de capacidade: cenário EPE (%) e cenário de mercado (%).
Considerando um fator de capacidade de (%).
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UNIDADE IV │ Metodologia de custos de produção de energia
Com o preço do dólar a (R$) e supondo que (%) do investimento é importado, o projeto
apresenta uma taxa de retorno de (%). Isto indica que um aumento no preço do dólar
pode diminuir a atratividade de um projeto padrão de geração fotovoltaica, mas não o
suficiente para torná-lo inviável. Além disso, é possível relacionar impacto do aumento
do preço do dólar, uma vez que um aumento de (R$) no preço do dólar corresponde a
aproximadamente um aumento de R$/kW no valor do investimento, considerando que
(%) do investimento seja importado.
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Metodologia de custos de produção de energia │ UNIDADE IV
Considerações Finais
A energia solar fotovoltaica tornou-se, nos últimos anos, uma realidade em alguns países,
ainda que o desenvolvimento na totalidade dos casos tenha sido feito via incentivos
dos mais diversos. No entanto, a curva de aprendizado da indústria no mundo está em
evolução e os custos associados têm apresentado decréscimos significativos. De uma
maneira geral, considera-se que esta tendência será mantida nos próximos anos o que
pode significar que a fonte se torne competitiva, sem incentivos, no futuro. É justamente
a incerteza de quando esta competitividade se daria que justifica, no presente momento,
o início de um conjunto de medidas e estudos sobre formas de inserção desta fonte de
geração, de modo a organizar as instituições a tratarem do assunto, tanto pelo lado
do Governo como pelo lado dos agentes do mercado. No Brasil, à luz dos parâmetros
utilizados nesta nota técnica, são distintas as situações da geração fotovoltaica
centralizada e distribuída. No caso da geração distribuída, por ter seu patamar de
competitividade definido a partir das tarifas de distribuição de energia ao consumidor
final, a comparação de valores já permite dizer que está próxima à condição de viabilidade
econômica para alguns pontos da rede elétrica. O mesmo não ocorre com a geração
centralizada, de maior porte, cujos preços não são competitivos com os de outras fontes
renováveis no presente. Este estudo analisou algumas possibilidades de incentivo e
seus possíveis impactos sobre a competitividade da energia gerada, tanto para geração
fotovoltaica distribuída como para a concentrada. Entende-se que para viabilizar uma
redução mais significativa dos custos de produção dentro da cadeia fotovoltaica no
país, através de ganhos de escala, é necessário estimular um maior desenvolvimento do
mercado para a energia solar. Isto permitiria também ao país participar em alguma etapa
da cadeia de uma indústria de alto valor agregado no âmbito mundial. Como um meio
para atingir esse objetivo, poderia ser considerada a contratação da geração fotovoltaica
centralizada, de maior porte, por leilões específicos, restritos a essa fonte. Se adotada
essa estratégia, é importante que seja dada uma clara sinalização da continuidade
de contratação num período futuro imediato. Os montantes de energia contratados
deveriam ser reduzidos em relação à demanda total do Sistema Interligado Nacional,
tendo em conta os preços não competitivos com outras fontes; porém, deveriam ser
minimamente suficientes para viabilizar o desenvolvimento inicial de uma cadeia
produtiva, atrelada a objetivos estratégicos a serem estabelecidos. Complementarmente
aos leilões específicos, não deveria haver impedimento à participação da fonte solar,
fotovoltaica ou heliotérmica, nos leilões abertos às demais fontes. No que se refere à
geração heliotérmica, o levantamento efetuado indica que não se tem perspectiva de
sua aplicação de forma competitiva no país em um prazo mais imediato. Não obstante,
é de interesse que essa forma de geração seja estudada, tendo em vista sua característica
de fonte renovável com produção de montantes relativamente elevados de energia
107
UNIDADE IV │ Metodologia de custos de produção de energia
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