O SÁBADO
TERMINOU
NO DOMINGO
INTRODUÇÃO
Antes de Jesus Cristo vir ao mundo, Ele foi revelado ao povo de Israel
por meio de tipos e sombras que anunciavam a sua vinda. Dentre esses
tipos e sombras estão as festas de Israel: os Sábados, a Páscoa, os
Pães Asmos, as Primícias, o Pentecostes, as Trombetas, o Dia da
Expiação, a Lua Nova e a Festa dos Tabernáculos. Todas essas
celebrações eram sombras do corpo de Cristo.
As festas do SENHOR eram chamadas de solenidades ao SENHOR,
porque eram ocasiões de grande reverencia e honra ao nome de Deus.
Eram também denominadas de santas convocações, porque eram as
ocasiões separadas por Deus para que o povo se reunisse na porta do
Tabernáculo para glorificar o Seu nome.
I – A LEI DO DESCANSO
A primeira dessas festas citadas em Levíticos é festa semanal do
Sábado. Vemos isso em Levíticos 23.1-3:
Para aqueles que dizem que Paulo não está se referindo ao sétimo dia
da semana, é bom lembrar que a construção literária que Paulo cita aqui
em Colossenses é a mesma que se repete em várias partes da Bíblia.
“Dias de festa, lua nova e sábados” é uma fórmula que os profetas e
Moisés usaram para indicar os dias sagrados dos judeus: anuais
(Festas), mensais (Lua Nova) e semanais (sábados).
2 Crônicas 2.4: “Eis que estou para edificar uma casa ao nome do
Senhor meu Deus, para lhe consagrar, para queimar perante ele incenso
aromático, e para o pão contínuo da proposição, e para os holocaustos
da manhã e da tarde, nos sábados e nas luas novas e nas
festividades do Senhor nosso Deus...”
Oséias 2.11 diz: “E farei cessar todo o seu gozo, a suas festas, as suas
luas novas, e os seus sábados, e todas as suas festividades.”
Em todas essas citações, os “sábados” se referem ao sétimo dia da
semana. Por isso, a frase de Paulo em Colossenses 2.16-17 “dia de
festa, ou lua nova, ou sábados...” sem dúvidas nenhuma apontam para
o sétimo dia da semana, pois ele está apenas repetindo a maneira
judaica de se referir aos dias santos anuais, mensais e semanais dos
judeus. Isso nos mostra que o sábado também foi abolido com a morte
e ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo.
1 Calvino, As Institutas: edição especial, volume 1, São Paulo: Cultura Cristã, p.194.
É por esta razão que no Novo Testamento, o novo Israel de Deus adora
em um novo dia: o dia da ressurreição do Nosso Senhor. Esse é o dia
que o Novo Testamento chama de o dia do SENHOR (Ap 1.10).