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AULA 00
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 2012 - PETROBRÁS – ADMINISTRADOR
PROFESSOR CÉSAR FRADE
Olá pessoal!

Primeiramente, irei fazer uma breve apresentação. Meu nome é César de


Oliveira Frade, sou funcionário de carreira do Banco Central do Brasil –

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BACEN – aprovado no concurso de 1997.

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Sou formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Minas Gerais –

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UFMG. Possuo uma Pós-graduação em Finanças e Mercado de Capitais pelo

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IBMEC, outra em Derivativos para Reguladores na Bolsa de Mercadorias e

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Futuros – BM&F e uma especialização em Derivativos Agrícolas pela Chicago

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Board of Trade – CBOT1. Sou Mestre em Economia2 com ênfase em Finanças na

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Universidade de Brasília e o Doutorado, pela mesma Universidade, está

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faltando apenas a defesa da Tese3, sendo que os créditos já foram concluídos.

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Comecei no Banco Central trabalhando com a emissão de títulos da dívidaN
pública externa. De 2005 a 2008 fui Coordenador-Geral de Mercado de Capitais
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na Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, auxiliando em


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todas as mudanças legais e infralegais, principalmente aquelas que tinham


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ligação direta com o Conselho Monetário Nacional – CMN. Voltei ao BACEN


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para trabalhar na área de risco com derivativos em um Departamento da área


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de Fiscalização. No início de 2012 fui cedido para a Presidência da República e


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sou Coordenador da área de Estudos e Planejamento na Secretaria de Aviação


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Civil.
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Sou professor de Finanças, Microeconomia, Macroeconomia, Matemática,


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Sistema Financeiro Nacional, Mercado de Valores Mobiliários, Estatística e


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Econometria. Leciono na área de concursos públicos desde 2001, tendo dado


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aula em mais de uma dezena de cursinhos em várias cidades do país, desde


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presenciais até via satélite.


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Vamos ao que interessa! Como será o curso? Acredito que o melhor


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entendimento da matéria se dá não com a compreensão na ordem como a


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ementa é apresentada no concurso. Mas sim, tentando mostrar em primeiro


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1
A Chicago Board of Trade - CBOT é a maior bolsa de derivativos agrícolas do mundo.
2
A dissertação “Contágio Cambial no Interbancário Brasileiro: Uma Análise Empírica” defendida em 2003 foi
publicada na Revista da BM&F, o paper aceito na Revista Estudos Econômicos e em alguns dos mais importantes
Congressos de Economia da América Latina – LAMES. Versava sobre o risco sistêmico a ser propagado via mercado
de câmbio e as contribuições da Câmara de Compensação de Câmbio da BM&F para a mitigação desse risco.
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Tese de Doutorado é um parto e a gestação já está durando alguns anos. Acho que pode ser que ela não saia.
Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 1
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AULA 00
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lugar que aquilo que acreditamos ser muito complicado pode se tornar simples
desde que compreendamos os conceitos básicos e consigamos trazer o assunto
complexo para exemplos do nosso dia-a-dia.

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Tenho um estilo peculiar de dar aulas. Prefiro tanto em sala quanto em aulas

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escritas que ela transcorra como conversas informais. Com isso, acredito que a

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leitura fica mais tranqüila e pode auxiliar no aprendizado de uma forma geral.

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Exatamente por isso, utilizo com freqüência o Português de uma forma

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coloquial.

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Essa matéria não é das mais tranqüilas, mas também não chega a ser muito

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complicada. O maior problema é que ela é bastante ampla e alguns tópicos não

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possuem tantas questões disponíveis para exercitar.

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Dessa forma, a “Aula Demonstrativa” mostrará para vocês um pouco do queN
será esse curso. Não é preciso ter nenhum conhecimento prévio de mercado
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de capitais, de avaliação de investimentos ou de administração de materiais


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para a sua perfeita compreensão. Todos os itens terão seus conceitos


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exaustivamente construídos nas aulas e tentarei ser o mais claro possível.


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Faremos várias questões nessas aulas, de tal forma que vocês fiquem aptos a
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desenvolver a prova da melhor forma possível.


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Administração Financeira e Orçamentária: Alavancagem e Endividamento,


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Planejamento Financeiro e Orçamentário, Administração do Capital de Giro,


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Fontes de Financiamento a Longo Prazo.


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Conteúdo Programático (uma ou duas aulas por semana – Terça e


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Sexta):
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Aula 0 – 26/03/2012
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Risco x Retorno
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Aula 1 – 03/04/2012
Risco x Retorno

Aula 2 – 10/04/2014
Matemática financeira e Valor do Dinheiro no Tempo – Parte 1

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Aula 3 – 13/04/2012
Matemática financeira e Valor do Dinheiro no Tempo – Parte 2

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Aula 4 – 17/04/2012

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Análise de Investimentos (Ferramentas Básicas) – Parte 1

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Aula 5 – 20/04/2012

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Análise de Investimentos (Processos de decisão) – Parte 2

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Aula 6 – 24/04/2012

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Análise de Investimentos (Ferramentas avançadas) – Parte 3

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Aula 7 – 27/04/2012

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Alavancagem e Endividamento, Planejamento Financeiro e Orçamentário,
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Administração do Capital de Giro, Fontes de Financiamento a Longo Prazo.
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Espero que este curso seja bastante útil a você e que possa, efetivamente,
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auxiliá-lo na preparação para o concurso da Petrobrás e na conseqüente


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conquista da tão sonhada vaga. As dúvidas serão sanadas por meio do fórum
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do curso, a que todos os matriculados terão acesso. Caso tenha exercícios da


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matéria e queira me enviar, farei todos os esforços para que eles sejam, à
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medida do possível, incluído no curso. Envie para meu e-mail abaixo (e-mail
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do Ponto).
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As críticas ou sugestões poderão ser enviadas para:


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cesar.frade@pontodosconcursos.com.br.
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Prof. César Frade


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MARÇO/2012
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1. Noções de Risco e Retorno

Qualquer criança, por menor que seja, sabe que para se obter um retorno
além daquele normalmente conseguido com qualquer atividade, deverá correr

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um risco adicional. Na verdade, o que devemos mensurar é se o retorno

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adicional alcançado compensa o risco adicional que está sendo corrido.

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Observe que nunca tratamos as coisas de forma absoluta, mas sim de forma

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relativa. Eu, em geral, não quero saber se vale a pena correr o risco X para se

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obter o retorno Y. Eu possuo um status quo e o que me interessa é o

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diferencial para essa posição inicial, ou seja, o interessante é sempre a

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situação marginal.

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Observe. Você já pode ter pedido demissão do seu trabalho para estudar. A

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sua decisão de estudar ou não para um concurso X não leva em consideração o
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trabalho que você tinha, não considera o risco que você poderia correr ao pedir
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a demissão para estudar para concurso. O que você poderá levar em


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consideração são as opções que você tem dada aquela situação original. E não
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ache que esse conceito de risco serve apenas para mercado financeiro. Não é
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assim, em tudo na sua vida você leva em consideração os riscos que estará
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incorrendo e os benefícios que estará recebendo por ter corrido aquele risco.
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Entretanto, a forma de “sentir” aquele risco adicional não é a mesma nas mais
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diversas pessoas. Algumas possuem uma maior quantidade de “coragem”,


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outras não possuem praticamente nenhuma. Esse diferente modo de perceber


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o retorno adicional que está sendo gerado, faz com que a decisão seja
9
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diferente para cada um dos agentes envolvidos.


om
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Por exemplo. Talvez nós dois, eu e você, tenhamos opiniões bastante


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diferentes a respeito de risco em aplicações. Eu acredito (e isso é verdade),


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como já deve ter notado, que aplicar na Bolsa é uma operação que não
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envolve muitos riscos de longo prazo, enquanto que comprar uma padaria
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envolve um risco muito maior. Isso não é novidade para vocês. No entanto,
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também acho que aplicar o dinheiro em imóvel me gera um risco e uma


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rentabilidade de longo prazo menor do que aplicar na ação da VALE, por


exemplo.

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Tenho certeza que muitos de vocês começaram a pensar, agora, no momento
em que o Collor confiscou a poupança dos brasileiros com o objetivo de tirar a
minha razão. A solução encontrada por você pode ser a de colocar o dinheiro
em um imóvel ao invés de deixá-lo nos Bancos ou mesmo nas Bolsas que

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sofreriam bastante com uma medida como essa.

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Entretanto, se você comprasse um apartamento com o objetivo de proteger o

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seu recurso de um possível confisco, a única coisa que você não estaria

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fazendo seria protegendo o seu dinheiro. Não o protegeria porque você teria ao

N
invés de um recurso confiscado, um apartamento. Mas para ter os recursos

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novamente, teria que vender esse apartamento. Como praticamente todas as

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pessoas tiveram seus recursos confiscados, você não conseguiria vender seu

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apartamento e se vendesse, o preço seria muito abaixo daquele conseguido

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dias antes do confisco. Teria solução para não perder dinheiro? Sim, colocar

e9
ele debaixo do colchão e torcer para ninguém te roubar.
om
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Observe como as pessoas possuem uma avaliação diferente do grau de risco.


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Escrevi tudo isso de propósito, pois é exatamente o que penso e sei que é
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muito diferente do que muitos pensam. Eu não estou errado e nem você está
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apenas temos uma percepção diferente de risco, apenas isso.


om
N

O que você acha de combinarmos de fazer uma escalada no Monte Everest?


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Como você analisaria uma proposta como esta, suponhando que você tenha
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preparo físico para fazer a caminhada. Na verdade, existem inúmeros riscos


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envolvidos no percurso, seja ele por causa da falta de oxigênio dada a altitude,
9
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seja pelo risco de tempestade, seja pelas fendas que podem ser encontradas
om

no meio do caminho, entre outros. Todos esses riscos podem acabar


N

ocasionando a morte do alpinista que, teoricamente, é o maior risco que um


9
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ser humano pode vir a correr. Eu tenho a minha resposta a essa proposta ou
9
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alguma parecida e para isso levo em consideração o risco e o benefício.


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Então porque alguém toparia correr este tipo de risco? Seria pelo simples fato
om

escalar a maior montanha do mundo, tirar uma foto e voltar para casa? A
N

resposta para isso está na diferente percepção de risco que as pessoas têm e,
principalmente, na diferente forma de encarar um determinado retorno.
Algumas pessoas topam fazer esse tipo de caminhada porque acreditam que
apesar de estarem incorrendo em um riso elevado, o retorno que terão obtido
ao conseguir êxito na caminhada é tão grande que compensa esse risco.
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Outras pessoas, no entanto, não topariam fazer a escalada em uma parede da
academia, pois acreditam que existe um risco de tomar uma queda e vir a
quebrar o braço, a perna ou se machucar e a satisfação gerada (retorno) não
irá compensar o “risco” ao qual foi submetido.

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Como todos que já conversaram comigo ou me conhecem sabem, adoro

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futebol e sou Cruzeiro. Em 2009, o meu time foi à final da Libertadores da

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América. Eu não tive a menor dúvida, fui a Belo Horizonte, única e

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exclusivamente, para ver o jogo. Claro que não fica barata essa brincadeira,

N
pois mesmo tendo lugar para ficar, avião de ida e volta, taxi e ingresso custam

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caro. No entanto, o prazer que tenho em ir ao campo ver meu time jogar,

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ainda mais se for um jogo decisivo, é enorme. Imagino que muitos de vocês

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estão pensando, que babaquice...Andar 700 km para ver 11 homens correndo

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atrás de uma bola ainda mais passando na Globo direto para Brasília. Sim,

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om
mas tudo isso é a questão do risco contra o benefício. Fui, vi e o time perdeu,
N
mas se acontecesse de novo, faria tudo da mesma forma.
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Eu vejo, sinto um benefício que você não vê. Você pode estar pensando que
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existem riscos de ir a um estádio lotado, brigas e tal. Eu sei quais são os


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riscos, e os acho mínimos se comparados os benefícios. O engraçado é que


om

tanto eu, quanto meus irmãos quanto meu pai sempre gostamos e sempre
N

fomos ver futebol no estádio. No entanto, meu pai depois de velho mudou a
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percepção dele. Apesar de continuar compreendendo os benefícios, ele


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começou a considerar os riscos por outro prisma. A idade o fez ver que poderia
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estar ficando perigoso ir a um estádio. Se alguma confusão ocorresse, ele não


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teria mais a mesma mobilidade para fugir dela. E certa vez me deu como
om

exemplo um jogo Cruzeiro e Corinthians no Mineirão em que eu fui de


N

muletas4. A torcida do Corinthians encontrou uma colméia no estádio e foi


9
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cutucá-la. As abelhas saíram que nem loucas e o estádio inteiro correndo na


9
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nossa direção, dando uma volta no anel superior5. Como eu não conseguia me
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locomover facilmente, a solução encontrada por nós (eu, meu pai, irmãos e
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mais dois amigos do meu pai) foi a de fazer um círculo de proteção aos
om

menores e À minha perna e ficar parado logo após uma das saídas. Tudo
N

questão de risco e benefício.

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Pensando bem, nem sei como consegui entrar de muletas em um estádio de futebol. Mas isso deve ter sido no final dos
anos 80.
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O fato ocorreu atrás de um gol e eu estava atrás do outro gol, ou seja, do outro lado do estádio. Mas a torcida correu
todo o estádio fugindo das abelhas.
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Imagine um casal muito bem casado, ricos e bonitos e que se dão super bem.
Porque que um deles iria trair o outro? Na verdade, aqui nós temos mais uma
questão de risco e retorno. Um dos dois para vir a trair, no entanto, estará

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ciente que está correndo um risco enorme e que fica ainda maior pelo fato de

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considerarem que a união entre eles é bastante satisfatória. Por outro lado, a

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pessoa com quem um dos dois terá uma relação terá algumas características

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muito especiais, pois caso isso não seja verdade, o retorno obtido não irá

e9
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compensar o risco da “operação”.

N
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Entretanto, se duas pessoas estão em um casamento ruim, eles estão muito

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mais propícios em trair um ao outro. Isso ocorre porque há uma redução

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sensível do risco, pois caso seja descoberto, haverá um prejuízo, mas que a

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pessoa não considera como sendo tão grande. Dessa forma, a pessoa acabará

e9
sendo menos seletiva, obterá um retorno menor, mas ainda assim estará
om
N
traindo, pois o retorno, mesmo sendo baixo, compensa o risco.
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Mas como podemos pensar nisto no mercado de capitais? Deve ser exatamente
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essa pergunta que você deve estar se fazendo. Comparemos o mercado de


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e9

renda variável (mercado acionário) e o mercado de renda fixa (títulos públicos,


om

por exemplo).
N
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Muitas pessoas dizem que aplicar no mercado acionário é algo muito arriscado
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e que não têm coragem de colocar seus recursos nesse mercado. É claro que
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parte disto se deve ao fato de as pessoas não saberem exatamente onde estão
9
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aplicando seus recursos. No entanto, essas mesmas pessoas aplicam em fundo


om

de investimento de renda fixa e não sabem se o seu fundo adquire títulos


N

públicos ou Certificados de Depósitos Bancários (CDB) de um banco pequeno e


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prestes a quebrar. Com certeza, comprar CDB dessa instituição financeira é


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muito mais arriscado do que comprar ações da Vale ou Petrobrás.


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O que podemos concluir é que essas pessoas já ouviram muito falar em


om

mercado de ações, estão sempre vendo os jornais e sabendo, diariamente,


N

quando que o índice subiu ou caiu. Ouvem falar que isso é algo arriscado e que
pode perder dinheiro. Com base nessas informações, opta por não investir em
ações. Não devemos levar em consideração raciocínios como esse, pois não há
uma percepção correta do risco.

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No entanto, existe uma outra classe de pessoas, aquelas que sabem do risco
inerente ao mercado acionário, mas que compreendem o seu grau de retorno.
Algumas pessoas optam por aplicar no mercado acionário porque acreditam
que, no longo prazo, o retorno será bastante satisfatório e vale a pena correr

99
esse risco. Outras pessoas conhecem o risco e sabem da possibilidade de

99
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retorno, mas acham que o risco é alto para eles e, portanto, preferem investir

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no mercado de renda fixa, preferem o certo ao duvidoso.

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om
Veja que não estou tecendo uma crítica a quem acha que o mercado de ações

N
é arriscado. Critico aquele que diz que é arriscado sem nunca ter parado para

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pensar o que, na verdade, ele está comprando. Se uma pessoa conhece o

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mercado, sabe das vantagens mas opta por não aplicar no mercado de ações

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porque ele acredita que seu estômago não suportaria aquele tipo de aplicação,

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aí sim ele está olhando para o risco e o benefício da aplicação.

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N
Tenho um caso curioso aqui. Conheço uma pessoa que é dona de um curso
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presencial para concurso público. É notório que esse tipo de empreendimento


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dá um bom retorno. No entanto, os alunos acreditam que o risco é baixo. Não,


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o risco inerente a um projeto como esse é alto pois existe um custo fixo
99
e9

enorme embutido naquilo. Essa pessoa tem um curso mas não coloca um
om

centavo de seus recursos no mercado acionário, exatamente pelo fato de achar


N

muito perigoso o mercado acionário.


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9 99

Sendo assim, temos sempre que levar em consideração em nossas decisões


99
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uma análise mínima de risco e retorno. Somente devemos fazer alguma coisa
9
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se o retorno a ser obtido com aquela ação superar, na sua análise, o risco que
om

estamos incorrendo. Ou seja, nunca podemos ou devemos correr um risco


N

demasiado mesmo que o retorno que venhamos a ter seja gigante, pois o
9
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prejuízo que podemos adquirir pode nos causar algum tipo de dificuldade e
9
99

transtorno.
99
99
e9

Um exemplo prático. Recentemente, um fundo de investimento em ações


om

vinha, ano após ano, batendo recordes de rentabilidade. Várias pessoas


N

estavam colocando seus recursos nesse fundo, mas não estavam lendo seu
regulamento e prospecto. Esse fundo era alavancado e se fizesse a aposta na
direção correta poderia ter uma rentabilidade 3 a 4 vezes maior que a
rentabilidade obtida no mercado acionário. Isso é fantástico, mas desde que o

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administrador do fundo acerte o que vai acontecer. Se ele apostar errado,
pode ser um desastre.

De repente, em meados de 2008, o mercado começou a mudar, despencar e o

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fundo gerou um prejuízo de 95% do capital em 3 meses. Ou seja, um fundo

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99
com rentabilidade campeã e que existia há 10 anos, viu toda a riqueza de seus

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cotistas desaparecerem em 3 meses. Porque isso?? Porque incorreram em um

99
grande risco e que daria um enorme retorno se a aposta fosse correta.

e9
om
Infelizmente para os cotistas, a aposta foi errada com a crise.

N
99
Fato semelhante podemos falar sobre o Avestruz Master. É ou foi um bom

99
99
negócio? Quer saber se eu aplicaria? Claro que foi um bom negócio para quem

99
conseguiu tirar o dinheiro antes. Eu, talvez, topasse aplicar mas pouco e por

99
um prazo muito curto mas desde que tivesse alguma informação adicional

e9
daquela que era dada. Era notório que uma hora iria estourar.
om
N
99
99
99

2. Estatística Descritiva – Medidas de Tendência Central e


99

Medidas Dispersão
99
e9
om
N
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2.1. Medidas de Tendência Central


9 99
99

Uma medida de tendência central ou de posição de um conjunto de dados


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mostra o valor em torno do qual se agrupam as observações. As principais


9
e9

medidas de tendência central são a média aritmética, a mediana e a moda.


om

Também são bastante utilizadas a média ponderada, que é uma variação da


N
9

média aritmética, a média geométrica e a média harmônica.


9 99
99
99

Um conjunto de dados pode ser bem analisado se usarmos as medidas de


99

tendência central juntamente com as medidas de dispersão, de assimetria e de


e9

concentração, permitindo assim, caracterizar de maneira bastante satisfatória


om

e concisa o conjunto de que dispomos.


N

Os diversos tipos de média são as medidas de tendência central mais usadas


para descrever resumidamente uma distribuição de freqüência. Veremos, a

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média aritmética simples e a ponderada, que nada mais é do que uma variação
da simples, a média geométrica e a média harmônica.

Entretanto, é necessário esclarecer que uma média não é melhor que a

99
outra, ou seja, apesar da média mais comum ser a média aritmética, isto não

99
99
a deixa melhor do que a média geométrica, por exemplo. Uma média será

99
mais conveniente para a situação apresentada do que a outra. Isso

99
dependerá apenas das características dos dados apresentados. É importante

e9
om
frisarmos que não há nenhum tipo de hierarquia entre as médias.

N
99
Se os dados apresentados forem de inflação, a média mais conveniente é a

99
99
geométrica, no entanto, se os dados forem as alturas dos alunos de uma

99
classe, a média mais conveniente seria a aritmética. E, às vezes, a média

99
também não é a melhor medida de tendência central. Imagine se quisermos

e9
representar o salário dos brasileiros por um único número. Será que seria
om
N
interessante calcularmos a média aritmética dos salários dos brasileiros e dizer
99

que este número representaria bem? A resposta é não, na verdade, a mediana


99
99

representaria de forma bem mais satisfatória o salário dos brasileiros. Quando


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há alguns dados que são muito dispersos, talvez seja um bom momento para
99
e9

se usar uma mediana.


om
N

Entretanto, no nosso curso de Finanças usaremos, praticamente, apenas a


99

média aritmética, apesar de, nesse momento, estarmos iniciando uma revisão
9 99

das medidas de tendência central.


99
9 99
e9
om

2.1.1. Média Aritmética


N
9
99

A média aritmética é a idéia que ocorre à maioria das pessoas quando se fala
9
99

em “média”.
99
99
e9

A média aritmética simples pode ser calculada pelo quociente entre a soma dos
om

valores de um conjunto e o número total de elementos.


N

Imagine que tenhamos um conjunto com 5 elementos, representando o


número de questões acertadas por um candidato nas últimas cinco provas de
português, quais sejam: 6, 8, 9, 11 e 11. Qual seria um número que poderia
representar bem esse conjunto?
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Devemos representar essas notas pelo resultado da média aritmética simples


conforme abaixo:

99
6 + 8 + 9 + 11 + 11 45

99
x= = =9

99
5 5

99
99
e9
Portanto, podemos dizer que essa pessoa tem uma média de acertos igual a 9

om
e que ela pode considerar esse número para a próxima prova. No entanto, isso

N
serve apenas para fazer uma previsão de quantas questões ela acertará na

99
99
próxima para saber se ela precisa ou não estudar mais.

99
99
99
Genericamente, podemos representar a média aritmética com a seguinte

e9
fórmula:
om
N
99

∑x
99

i
99

i =1
x=
99

N
99
e9
om

A média possui algumas propriedades úteis que explicam porque ela é a


N

medida de tendência central mais usada:


99
9 99

a) a média pode sempre ser calculada;


99
99

b) a média de um dado conjunto é sempre única;


9
e9

c) se somarmos (subtrairmos, multiplicarmos ou dividirmos) a todos os


om

valores do conjunto um valor y qualquer, a nova média desse mesmo


N

conjunto será a média anterior somada (subtraída, multiplicada ou dividida)


9
99

de y;
9
99

d) a média é uma medida sensível que é afetada por todos os valores do


99

conjunto.
99
e9
om

Se ao invés de utilizarmos a média aritmética para calcular um número que


N

representa bem as notas da pessoa, formos utilizar a média aritmética


ponderada teremos, exatamente, o mesmo resultado.

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Devemos utilizar a ponderada quando os diversos elementos do conjunto
tiverem pesos ou freqüências diferentes. No exemplo acima, podemos usar a
média ponderada desde que façamos a seguinte análise:

99
Notas 6 8 9 11

99
99
Frequência6 1 1 1 2

99
99
Dessa forma, a média aritmética se calculada da forma ponderada seria:

e9
om
N
6 × 1 + 8 × 1 + 9 × 1 + 11 × 2 45

99
x= = =9

99
5 5

99
99
99
Portanto, a fórmula a ser usada na média aritmética ponderada é a seguinte:

e9
k
om
N
∑x i ⋅ fi
99

k
x= i =1
, sendo ∑ f i = N
99

k
99

∑f i
i =1
99

i =1
99
e9
om
N

2.1.2. Média Geométrica


99
999

A média geométrica de n valores é definida como a raiz n-ésima do produto de


99

todos eles. É uma medida mais central quando as observações apresentam


9 99

uma taxa constante de crescimento em função do tempo, ou seja, é a medida


e9
om

mais adequada quando as taxas crescem com capitalização composta


N

(exponencial).
9
9 99
99

No entanto, é importante ressaltar que esse tipo de média não aceita


99

observações menores ou iguais a zero. Uma aplicação freqüente da média


99

geométrica é no cálculo da taxa equivalente de uma operação financeira.


e9
om
N

Podemos representar a média geométrica simples da seguinte forma:

6
A freqüência das notas é o número de vezes que cada uma delas aparece no conjunto.
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n
xg = n ∏x
i =1
i = n x1 ⋅ x 2 ⋅ L ⋅ x n

Se calcularmos a média geométrica desse conjunto de dados, apesar de não

99
99
fazer nenhum sentido, dada a natureza dos números, teríamos:

99
99
99
x g = 5 6 ⋅ 8 ⋅ 9 ⋅ 11 ⋅ 11 = 8,78

e9
om
N
99
2.1.3. Média Harmônica

99
99
99
A média harmônica de um conjunto é o inverso da média aritmética dos

99
inversos, ou seja:

e9
om
N
1 n
xh = =
99

n
1 1 1 1
99

+ +L+ ∑x
99

x1 x 2 xn i =1 i
99

n
99
e9
om

Com números iguais àqueles que foram dados no conjunto acima, a média
N

harmônica seria igual a 8,55.


99
9 99

Apesar de não fazer sentido algum, estatisticamente, calcular as médias


99
99

geométrica e harmônica de um conjunto de notas, fizemos os cálculos apenas


9
e9

para mostrar que:


om

xh ≤ xg ≤ x
N
9
9 99
99
99

2.2. Medidas de Dispersão


99
e9
om

Quando comparamos vários conjuntos de números, além da informação com


N

relação ao “centro” do conjunto, devemos também avaliar o grau de dispersão


dos dados. Essa dispersão nos indicará se os valores estão relativamente
próximos uns dos outros ou não.

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Antigamente, quando íamos aos bancos, deveríamos formar filas separadas
para os diversos caixas. Hoje em dia, apenas uma fila é formada normalmente.
Apesar desse fato não ter alterado o tempo médio de espera, fez com que a
variação de tempo que passamos na fila tenha diminuído consideravelmente,

99
pois a partir daí o tempo de espera não mais dependia da eficiência da pessoa

99
99
que operava o caixa da fila onde estava nem se as pessoas que estavam na

99
minha frente iriam dar mais ou menos trabalho aos caixas. Com isso, os

99
clientes ficam muito mais satisfeitos.

e9
om
N
No interessa, em princípio, a variância e o desvio-padrão de um conjunto de

99
dados. Além deles, a correlação e a covariância.

99
99
99
99
e9
2.2.1. Variância
om
N
A variância nos mostra a média do quadrado da distância em relação à média
99
99

que é representada pela seguinte fórmula:


99
99

n
99

∑ (x )
2
e9

n n i

∑ (x )
2
−x ∑x 2
− i =1
om

i i
n
σ2 = i =1
ou σ2 = i =1
N

n n
99
9 99

2.2.2. Desvio-Padrão
99
9 99
e9

O desvio-padrão é a raiz quadrada positiva da variância e nos mostra a raiz


om

quadrada da média do quadrado da distância em relação à média que é


N

representada pela seguinte fórmula:


9
9 99
99

n
99

∑ (x )
2
n n i
99

∑ (x )
2
−x ∑x 2
− i =1
e9

i i
i =1 i =1 n
σ = ou σ =
om

n n
N

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2.3. Covariância

Temos ainda que considerar as fórmulas tanto da covariância quanto da


correlação para podermos compreender de forma perfeita a Teoria de Carteiras

99
em Finanças. Dessa forma, seguem abaixo as duas fórmulas7:

99
99
99
99
e9
n

∑ (x A
)(
− x A ⋅ xiB − x B )

om
i
i =1
σ A, B =

N
n

99
99
99
99
2.4. Correlação

99
e9
A correlação é a razão entre a covariância existente entre duas grandezas e oom
N
produto dos seus desvios.
99
99

σ A, B
ρ A, B =
99

σ A ⋅σ B
99
99
e9
om

3. Retorno Esperado e Retorno Médio de um Ativo


N
99
99

Inicialmente vamos falar sobre o retorno esperado de uma carteira, ou seja,


9
99

qual o retorno que eu espero que uma carteira venha a ter. Na verdade,
9 99

esperamos que o retorno médio de uma carteira seja dado pela média
e9

aritmética dos retornos dos ativos que compõem essa carteira.


om
N
9
99

Há uma diferença entre esses dois conceitos, mas não vejo necessidade em
9

me aprofundar nisso nessa matéria. Talvez fosse algo a ser estudado de


99
99

forma mais profunda em Estatística. Aqui, acredito que devo apenas salientar
99

que quando falamos de Retorno Esperado estamos usando o operador


e9
om

Esperança utilizado em Estatística. Dessa forma, estaríamos informando o


N

quanto esperamos para o retorno futuro de um portfólio.

7
Devido ao fato de que esta matéria (finanças) apenas utiliza ferramentas da Estatística, caso
você tenha alguma dúvida em relação aos conceitos estatísticos sugiro dar uma olhada em
algum material específico do assunto.
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Por outro lado, quando falamos sobre Retorno Médio estamos calculando a
média do retorno de uma carteira, de um portfólio. Nesse caso, estaríamos nos
referindo a uma média aritmética mesmo.

99
Imagine a situação em que podem ocorrer 3 cenários possíveis, sendo cada

99
99
um deles com uma probabilidade específica de ocorrência e um dado retorno

99
conforme descrito abaixo:

99
e9
om
N
99
Cenário Probabilidade Retorno

99
99
Crescimento 0,30 20%

99
99
Estabilidade 0,20 10%

e9
Recessão 0,50 om5%
N
99
99
99
99

Qual seria a expectativa de retorno ou a Esperança de Retorno de um ativo


99

dadas as expectativas de retorno do ativo em cada um dos cenários e as


e9

respectivas probabilidades de ocorrência desse cenário, conforme colocado


om

acima?
N
99
99

Observe que existem três cenários possíveis para a economia de um país. No


9
99

caso de essa economia apresentar crescimento e isso ocorrerá, dada a situação


99

atual, com uma probabilidade 30%, espera-se que o rendimento dessa ação
9
e9

em questão (ou portfólio) seja de 20%. Ou seja, para a avaliação feita, o


om

crescimento da economia dará ao ativo a possibilidade de ter seu preço


N
9

majorado em 30%.
9 99
99
99

Caso haja uma estabilidade na economia e isso pode ocorrer com 20% de
99

probabilidade, espera-se que o rendimento seja de 10% no período. Ou seja,


e9

as avaliações feitas por analistas estão prevendo que mesmo que não ocorra
om
N

crescimento na economia, essas ações podem ter seus preços majorados em


10%.

Ocorrendo uma recessão e a probabilidade de ocorrência deste fato é de 50%,


analistas esperam um retorno de 5% para as ações dessa empresa.

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Dessa forma, devemos utilizar a seguinte fórmula para determinarmos a


Esperança de Retorno desta carteira:

99
N

99
[ ]
E R p = ∑ pi ⋅ E[Ri ]

99
i =1

99
99
e9
Essa fórmula prevê que a Esperança de Retorno de um ativo p (pode ser de

om
um portfólio ou carteira também) é dada pela média ponderada dos retornos

N
quando da ocorrência de cada evento i.

99
99
99
Portanto, a Esperança do Retorno será:

99
99
[ ]
e9
E R p = 0,30 × 20% + 0,20 × 10% + 0,50 × 5%
E [R ] = 6% + 2% + 2,5% om
N
p

E [R ] = 10,5%
99

p
99
99
99

Observe que esse cálculo é do Retorno Esperado do ativo. Logo, estamos


99

fazendo estimativas com base em probabilidades de ocorrências futuras da


e9
om

ocorrência de um evento e, daí, retirando uma base para a valorização do


N

ativo.
99
99
9

Por outro lado, se tivermos que calcular o retorno médio de uma ação,
99
99

devemos utilizar dados históricos para efetuarmos o cálculo. Essa estimativa


9

será dada pela média aritmética dos retornos. Observe que a partir do
e9
om

momento em que estamos interessados no retorno médio do ativo como uma


N

proxy para um provável retorno futuro estamos partindo do pressuposto de


9
99

que o mercado, em um futuro próximo, se comportará de forma similar ao seu


9
99

comportamento passado.
99
99

O preço das ações, dos ativos pode ser facilmente conseguido no mercado. No
e9
om

entanto, um dos problemas existentes é qual seria o prazo ideal para se fazer
N

o estudo. Deveríamos retirar os dados de fechamento diário de pregão do


último mês, dos últimos três meses, doze meses. Ou os dados seriam do
fechamento do pregão apenas do último dia do mês. Enfim, essas são decisões
que após serem tomadas pelos investidores faz com que a grande maioria
passe a ter dados diferentes mesmo utilizando os mesmos dados do mercado.
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Veja na tabela abaixo o preço de fechamento do último pregão do mês das


ações da Vale (VALE5) cotadas na BOVESPA, de agosto a novembro de 2010.

99
99
99
Data Preço de Retorno

99
Fechamento Mensal

99
e9
om
30/07/2010 42,67

N
99
31/08/2010 41,43 -2,91%

99
99
30/09/2010 46,30 11,75%

99
99
29/10/2010 47,75 3,13%

e9
30/11/2010 48,00 om
0,52%
N
99
99

O retorno mensal das ações é calculado da seguinte forma8:


99
99
99

41,43
e9

x AGO = − 1 = −0,0291 = −2,91%


om

42,67
N

46,30
x SET = − 1 = 0,1175 = 11,75%
99

41,43
99

47,75
9

x OUT = − 1 = 0,0313 = 3,13%


99

46,30
99

48,00
9

x NOV = − 1 = 0,0052 = 0,52%


e9

47,75
om
N
9

Portanto, o retorno médio das ações da VALE5 negociadas no IBOVESPA nos


9 99

quatro primeiros meses desse ano foi de9:


99
99

N
99

x = ∑ xi
e9

i =1
om

− 2,91% + 11,75% + 3,13% + 0,52%


x VALE = = 3,12%
N

8
Essa forma mostrada é como você deve pensar para calcular na prova. No entanto, os analistas utilizam uma forma
com logaritmo neperiano, mas nestas aulas para concurso não vejo motivos para discutir nem apresentar o assunto.
9
Apesar desse de que para este tipo dado seja mais aconselhável utilizar uma média geométrica, utilizamos com
freqüência a média aritmética, pois os dados são muito próximos.
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A média de 3,12% mostra que o retorno médio mensal da VALE entre os


meses de agosto e novembro de 2008 foi de 3,12% ao mês.

99
É muito interessante notarmos que nesses meses avaliados o resultado da

99
99
VALE foi positivo. Entretanto, se fizermos uma comparação do preço de

99
fechamento do último pregão de Novembro de 2010 com o preço de

99
fechamento do último pregão de 2007 (antes da crise, portanto) veremos que

e9
om
o preço da ação ficou praticamente estável, tendo um pequeno recuo.

N
99
Em novembro de 2007, a ação da VALE chegou ao preço R$ 52,15, enquanto

99
99
que três anos depois ela estaria cotada por R$ 48,00. No entanto, na aula

99
demonstrativa mostrei a vocês um gráfico que ilustra bem a evolução do preço

99
das ações dessa companhia ao longo dos últimos anos.

e9
om
N
99
99

4. Retornos das Carteiras de Ativos


99
99
99

Uma carteira de ações é composta por um conjunto de ações que são


e9

ponderadas conforme a quantidade de recursos que foram aplicados em cada


om

um dos ativos. Portanto, para calcularmos o retorno médio de uma carteira


N
99

devemos calcular a média ponderada dos retornos dos ativos que compõem a
99

carteira.
9
99
99

Dessa forma, a fórmula a ser utilizada no cálculo do retorno médio da carteira


9
e9

é:
om
N
9

N
99

R p = ∑ X i ⋅ Ri
9

i =1
99
99
99

Imaginemos o caso em que tenhamos os retornos das ações A e B conforme


e9

descrito abaixo:
om
N

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Retorno de A Retorno de B

5% 4%

99
10% -3%

99
99
8% 8%

99
99
e9
-3% 3%

om
N
99
99
Assim, temos:

99
99
5% + 10% + 8% − 3%
RA = = 5%

99
4

e9
om
N
4% − 3% + 8% + 3%
RB = = 3%
99

4
99
99
99

Portanto, se colocarmos 60% dos recursos no ativo A e 40% dos recursos no


99
e9

ativo B, teremos que o retorno médio dessa carteira será:


om

R p = 0,60 × 5% + 0,40 × 3%
N
99

R p = 3,0% + 1,2%
9 99

R p = 4,20%
99
9 99
e9

Por outro lado, vamos imaginar um situação em que tenhamos dois ativos e os
om

possíveis retornos desses ativos para cada uma das situações hipotéticas
N

possíveis para o futuro. Veja abaixo:


9
9 99
99

Cenário Probabilidade Retorno A Retorno B


99
99
e9

Crescimento 0,30 20% -10%


om
N

Estabilidade 0,20 10% 8%

Recessão 0,50 5% 21%

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Devemos utilizar o operador esperança para poder encontrar o retorno
esperado de cada ativo. Dessa forma, a fórmula a ser utilizada é:

N
[ ]
E R p = ∑ pi ⋅ E[Ri ]

99
99
i =1

99
99
O Retorno esperado do ativo A é:

99
e9
[ ]

om
E R p = 0,30 × 20% + 0,20 × 10% + 0,50 × 5%

N
E [R ] = 6% + 2% + 2,5%

99
p

99
E [R ] = 10,5%

99
p

99
99
O Retorno esperado do ativo B é:

e9
[ ]
E R p = 0,30 × (− 10% ) + 0,20 × 8% + 0,50 × 21% om
N
99

E [R ] = (− 3% ) + 1,6% + 10,5%
99

p
99

E [R ] = 8,1%
99

p
99
e9

Se montarmos uma carteira com 60% dos recursos aplicados no ativo A e 40%
om

aplicados em B, teremos o seguinte retorno esperado da carteira:


N
99
99

N
9

R p = ∑ X i ⋅ Ri
99

i =1
99

R p = 0,6 ⋅ 10,5% + 0,4 ⋅ 8,1%


9
e9

R p = 6,30% + 3,24%
om
N

R p = 9,54%
9
9 99
99

Isso significa que com uma aplicação de 60% dos recursos no ativo A e 40%
99

no ativo B, os investidores devem esperar um retorno de 9,54% no período em


99

questão.
e9
om
N

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PROFESSOR CÉSAR FRADE
QUESTÕES PROPOSTAS

Questão 1

99
99
(CESGRANRIO – BNDES – Administrador – 2009) – Um investidor tem uma

99
carteira com duas ações: 50% do valor da carteira, na primeira ação, e 50%,

99
99
na segunda. O retorno esperado no próximo ano da primeira ação é de 5%,

e9
com desvio padrão de 10%; e o retorno da segunda ação é de 15%, com

om
desvio padrão de 20%. Logo, o retorno esperado da carteira, no próximo ano,

N
a) será de 10%, com desvio padrão de 15%.

99
99
b) será de 10%, com desvio padrão dependendo da covariância entre os

99
retornos das duas ações.

99
99
c) será máximo, com desvio padrão mínimo, se os pesos na carteira forem

e9
10% e 90%, respectivamente, da primeira e da segunda ações.
d) aumentará, se o peso na carteira da segunda ação diminuir. om
N
99

e) só poderá ser calculado conhecendo-se a covariância entre os retornos das


99

duas ações.
99
99
99

Questão 2
e9
om
N

(ESAF – BACEN – 2001) – Um analista acredita que a tabela apresentada a


99

seguir é uma descrição satisfatória da distribuição de probabilidades da taxa de


99

retorno de uma certa ação.


9
99
9 99
e9

Cenário Probabilidade Retorno


om

1 0,15 -10%
N
9
99

2 0,25 - 2%
9
99
99

3 0,30 + 5%
99
e9

4 0,30 + 15%
om
N

De acordo com os dados contidos na tabela, o retorno esperado e o desvio-


padrão da taxa de retorno da ação são, respectivamente:

a) 5,5% e 10,86%
b) 5,5% e 8,66%
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c) 4,0% e 25%
d) 4,0% e 10,86%
e) 4,0% e 8,66%

99
99
99
99
99
e9
om
N
99
99
99
99
99
e9
om
N
99
99
99
99
99
e9
om
N
99
9 99
99
9 99
e9
om
N
9
9 99
99
99
99
e9
om
N

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QUESTÕES RESOLVIDAS
Questão 1

99
(CESGRANRIO – BNDES – Administrador – 2009) – Um investidor tem uma

99
99
carteira com duas ações: 50% do valor da carteira, na primeira ação, e 50%,

99
na segunda. O retorno esperado no próximo ano da primeira ação é de 5%,

99
com desvio padrão de 10%; e o retorno da segunda ação é de 15%, com

e9
om
desvio padrão de 20%. Logo, o retorno esperado da carteira, no próximo ano,

N
a) será de 10%, com desvio padrão de 15%.

99
b) será de 10%, com desvio padrão dependendo da covariância entre os

99
99
retornos das duas ações.

99
c) será máximo, com desvio padrão mínimo, se os pesos na carteira forem

99
10% e 90%, respectivamente, da primeira e da segunda ações.

e9
om
d) aumentará, se o peso na carteira da segunda ação diminuir. N
e) só poderá ser calculado conhecendo-se a covariância entre os retornos das
99

duas ações.
99
99
99

Resolução:
99
e9
om

Para encontrarmos o retorno esperado da carteira e o seu desvio-padrão,


N

devemos aplicar as seguintes fórmulas:


99
9 99

    ·  
 ·  
99

   · 
 ·
2 ·  ·  · · · ,
9 99
e9
om

Observe que a questão nos informa apenas o valor aplicado em cada um dos
N

ativos e o desvio-padrão dos ativos. Logo, não temos como calcular o desvio
9
99

da carteira, uma vez que a correlação ou covariância entre os ativos não foi
9
99

dada.
99
99

Vamos ao cálculo da esperança do retorno do portfolio:


e9
om
N

    ·  
 ·  
   0,50 · 5%
0,50 · 15%
   2,5%
7,5%  10%

Portanto, o retorno esperado do portfólio é igual a 10% para o próximo ano.

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Sendo assim, o gabarito é a letra B.

Gabarito: B

99
99
99
99
Questão 2

99
e9
om
(ESAF – BACEN – 2001) – Um analista acredita que a tabela apresentada a

N
seguir é uma descrição satisfatória da distribuição de probabilidades da taxa de

99
retorno de uma certa ação.

99
99
99
99
e9
Cenário Probabilidade Retorno

1 0,15 om -10%
N
99
99

2 0,25 - 2%
99
99

3 0,30 + 5%
99
e9

4 0,30 + 15%
om
N
99
99

De acordo com os dados contidos na tabela, o retorno esperado e o desvio-


9
99

padrão da taxa de retorno da ação são, respectivamente:


9 99
e9

a) 5,5% e 10,86%
om

b) 5,5% e 8,66%
N

c) 4,0% e 25%
9
99

d) 4,0% e 10,86%
9
99

e) 4,0% e 8,66%
99
99
e9
om

Resolução:
N

Observem que nesse caso temos os cenários, as probabilidades de ocorrência


de cada um dos cenários e retorno esperado neles. Devemos calcular, em
primeiro lugar, a esperança de retorno dos ativos e, para isso, utilizaremos a
seguinte fórmula:

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N
[ ]
E R p = ∑ pi ⋅ E[Ri ]
i =1

99
Fazendo as devidas substituições, temos:

99
99
99
N
[ ]
E R p = ∑ p i ⋅ E[Ri ]

99
i =1

e9
E [R ] = 0,15 ⋅ (− 10%) + 0,25 ⋅ (− 2%) + 0,30 ⋅ 5% + 0,30 ⋅ 15%

om
p

E [R ] = −1,5% − 0,5% + 1,5% + 4,5%

N
p

99
E [R ] = 4,0%

99
p

99
99
Com isso, vemos que a esperança de retorno do ativo é de 4,0%.

99
e9
om
Uma dica: Sempre que estiver fazendo as questões, não vá simplesmente N
resolvendo-as. Resolva as questões, voltando sempre às possíveis respostas, e
99

eliminando aquelas que não mais podem ser contempladas.


99
99
99

Com isso, temos que as únicas respostas possíveis são as letras c, d e e.


99
e9
om

Passemos agora ao cálculo do desvio-padrão esperado.


N
99

N
σ 2 = ∑ p i ⋅ [E (Ri ) − E (R p )]2
99
9

i =1
99
9 99

Com o objetivo de simplificar a notação, a partir deste momento estarei


e9
om

colocando essa fórmula apenas como:


N
9
99

N 2

σ = ∑ p i ⋅ Ri − R p ( )
9

2
99

i =1
99
99
e9

Vou te dar outra dica para facilitar sua vida. Quando estiver fazendo as contas,
om

ao invés de usar o número correto (15%=0,15), utilize os números


N

multiplicados por cem, ou seja, sem a porcentagem (15% = 0,15*100=15). E


lembre-se daquelas propriedades estatísticas que dizem que:

• Ao multiplicarmos todos os elementos de um conjunto por um mesmo


número, a média fica multiplicada por esse número.

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• Ao multiplicarmos todos os elementos de um conjunto por um mesmo


número, a variância fica multiplicada pelo quadrado desse número.

99
• Ao multiplicarmos todos os elementos de um conjunto por um mesmo

99
99
número, o desvio-padrão fica multiplicado por esse número.

99
99
Portanto, ao invés de utilizarmos os retornos de -10%, -2%, +5% e +15%,

e9
om
utilizaremos um conjunto que será igual ao produto desses retornos pelo
número 100, ou seja, -1010, 2, 5 e 15.

N
99
99
99
N 2

σ = ∑ p i ⋅ Ri − R p
2
( )

99
i =1

99
σ 2 = 0,15 ⋅ (− 10 − 4) + 0,25 ⋅ (− 2 − 4) + 0,30 ⋅ (5 − 4) + 0,30 ⋅ (15 − 4)
2 2 2 2

e9
σ 2 = 0,15 ⋅ (− 14)2 + 0,25 ⋅ (− 6)2 + 0,30 ⋅ 12 + 0,30 ⋅ 112 om
N
99

Sou obrigado a abrir mais um parênteses nessa Resolução. A primeira


99
99

pergunta que você tem que responder é a seguinte: Você deseja fazer a
99

questão corretamente ou acertar a resposta e ganhar seu ponto?


99
e9
om

Eu, César, não quero fazer a questão corretamente e, portanto, não preciso
N

ensinar vocês a fazerem corretamente. Minha intenção é ensinar vocês a


99

ganharem o ponto, ensinar vocês a criarem atalhos importantes para


999

minimizar o trabalho e o tempo gasto com a questão.


99
99
9

Concordam comigo. Sou adepto dessa teoria. Mas sempre tem um aluno que
e9
om

fala assim: “Professor, eu quero aprender”. E acho que a melhor resposta é:


N

“você vai aprender mas o melhor agora é passar e depois que estiver com esse
9
99

ótimo salário, você acaba de aprender tudo, ok?”


9
99
99

Então...Antes de continuar vocês têm duas opções. Ou aprendem a fazer raiz


99

quadrada pois estamos calculando a variância e a resposta é o desvio-padrão


e9
om

ou, então, aprender a acertar a questão sem fazer a raiz. Eu prefiro a segunda,
N

mas quem quiser ou souber fazer a raiz quadrada, nem precisa continuar a ler
a questão, basta acabar de efetuar os cálculos.

10
-10% * 100 = - 10
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Vocês concordam que se a resposta é o desvio-padrão, o examinador está nos
perguntando a raiz quadrada daquilo que estamos calculando. Portanto, basta
pegarmos as respostas possíveis e elevá-las ao quadrado que acharemos o
valor daquilo que foi calculado, e aí é só marcar a resposta.

99
99
99
Pois bem. Temos como possibilidade de resposta, somente as letras c, d e e.

99
Certo?

99
e9
om
A letra c informa que o desvio-padrão seria 25%. Como multiplicamos todos os

N
elementos do conjunto por 100 e o resultado que encontraremos também

99
ficará multiplicado por 100, caso essa seja a resposta deveríamos encontrar o

99
99
desvio-padrão igual a 25. Se o desvio é 25, logo a variância é igual a 252 =

99
625.

99
e9
om
De forma análoga, se a resposta for d, o desvio encontrado no nosso cálculo
N
seria de 10,86. A variância seria igual a 10,862 = ESQUECE (não faça a conta).
99

Sabemos que 10,86 está entre 10 e 11 e que o quadrado de 10,86 está entre
99
99

10011 e 121 e mais próximo de 121 pois 10,86 está mais próximo de 11 do que
99

de 10. Chutemos que 10,862 deva ser igual a uns 115. Tá bom assim para
99
e9

vocês? Para mim, está ótimo.


om
N

Da mesma forma, se a resposta for e, o desvio encontrado no nosso cálculo


99

seria de 8,66. Como 8,66 está entre 8 e 9, os cálculos deverão mostrar algum
9 99

número entre 64 e 81. Portanto, um bom chute seria que 8,662 é igual a uns
99
99

75.
9
e9
om

Vocês entenderam o espírito da coisa? Queremos acertar a questão e não fazê-


N

la corretamente. Observe que temos três resultados possíveis e nossos


9
99

cálculos nos levarão a um valor próximo dos três números citados, ou seja,
9
99

625, 115 ou 75. Veja que esses três números são muito distantes, logo, não
99

precisamos calcular corretamente o valor da variância. Podemos arredondar


99
e9

tudo.... Veja.
om
N

σ 2 = 0,15 ⋅ (− 14 )2 + 0,25 ⋅ (− 6 )2 + 0,30 ⋅ 12 + 0,30 ⋅ 112


σ 2 = 0,15 ⋅ 196 + 0,25 ⋅ 36 + 0,30 ⋅ 1 + 0,30 ⋅ 121

11
Dez ao quadrado é igual a 100 e onze ao quadrado igual a 121.
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Se você fizer as operações indicadas acima, acertará as questões mas gastará
muito tempo. Você de cabeça não consegue fazer a conta 0,15 x 196, certo?
Mas como temos uma boa folga nas possíveis respostas, podemos transformar
essa operação em 0,15 x 200, assumindo que 196 ≅ 200 . Assim fica muito mais

99
99
rápido e sabemos que esse valor é igual a 30.

99
99
No segundo termo, não precisamos alterar, pois seus resultado é simples, igual

99
e9
a 9. O terceiro termo é igual a 0,30, mas como estamos arredondando tudo,

om
0,30 é igual a zero. No último termo, chamamos 121 de 120 e calculamos 0,30

N
x 120 = 36.

99
99
99
Entenderam a lógica?? Não?? Se não entenderam, façam seus cálculos

99
normalmente. Se compreenderam, tentem utilizar essa metodologia nesse tipo

99
e9
de questão que será bem mais fácil. Terminando a questão (fazendo as contas
com os arredondamentos):
om
N
99
99

σ 2 ≅ 0,15 ⋅ 200 + 0,25 ⋅ 36 + 0,30 ⋅ 0 + 0,30 ⋅ 120 ≅ 30 + 9 + 0 + 36


99

σ 2 ≅ 75
99
99
e9

Sendo assim, encontramos que o gabarito é a letra E pois o desvio-padrão é


om

igual a 8,66%.
N
99
99

Agora, me digam...Se tivessem feito todas as contas, não teriam chutado tão
9

bem, não é mesmo?


99
9 99
e9

Eu não tenho e nem quero ensinar vocês apenas a matéria. O importante é


om

que vocês tenham condições de minimizar o tempo com que fazem a prova e
N

acho que isso é meu papel também. Sei que alguns não gostam, por isso,
9
99

sempre que houver esse tipo de procedimento farei no final da questão, após
9
99

ter desenvolvido ela de tal forma que só faltaria acabar os cálculos.


99
99
e9

Gabarito: E
om
N

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Galera,

99
Terminamos aqui a nossa aula demonstrativa. Nesse curso, nós estaremos

99
99
trabalhando várias questões da CESGRANRIO para que vocês fiquem aptos a

99
fazer uma excelente prova.

99
e9
om
Um grande abraço.

N
99
César Frade

99
99
99
99
e9
om
N
99
99
99
99
99
e9
om
N
99
9 99
99
9 99
e9
om
N
9
9 99
99
99
99
e9
om
N

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