O emprego de acento na palavra “memória” (l.19) pode ser justificado por duas
regras de acentuação distintas.
De acordo com o novo acordo ortográfico, some o acento dos ditongos abertos éi e ói das
palavras paroxítonas (as que têm a penúltima sílaba mais forte).
Emprego do Hífen:
Nos compostos com os advérbios “bem” e “mal”, quando estes formam com o elemento
que se lhes segue uma unidade sintagmática e semântica, e tal elemento começa por vogal
ou “h”. Exemplo: bem-aventurado, bem-estar, mal-afortunado, mal-humorado.
Translineações – Corresponde a passagem de uma linha para outra nos textos escritos,
quando o fenômeno de separação de um vocábulo ao final de uma linha fica mais
evidente-, convém ficar atento às seguintes orientações:
a) Não se deve deixar a vogal solta nem na linha antecedente, nem na linha
consequente.
b) Deve-se evitar a separação de vocábulos dissílabos do tipo: “aí, caí, saí, lua, rua”,
em que uma das sílabas é formada apenas por vogal.
c) Nas translineações de uma palavra composta ou de uma combinação de palavras
em que há um hífen, ou mais, se a partição coincide com o final de um dos
elementos ou membros, deve, por clareza gráfica, repetir-se o hífen no início da
linha imediata.
Nas palavras compostas por justaposição (na composição por justaposição ocorre a
junção de duas ou mais palavras ou radicais, sem que haja alteração desses elementos
formadores, ou seja, mantêm a mesma ortografia e acentuação que tinham antes da
composição, havendo apenas alteração do significado) que não contêm formas de ligação
e cujos elementos constituem uma unidade sintagmática e semântica única e mantêm
acento próprio. Exemplo: ano-luz.
Nas formações com os prefixos “ex, pós, pré, pró, sota, soto, vice, vizo”, isto é, esses
prefixos sempre serão usados com hífen. Exemplo: pré-vestibular, vice-versa...
Ultrassom- Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento
começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras.
Semiabertas Infraestrutura. não se usa mais o hífen quando o prefixo termina em vogal
diferente da vogal com que se inicia a segunda palavra/elemento.
Quando o prefixo terminar com a mesma vogal com que o segundo elemento/palavra
começa, sempre se utiliza o hífen. Micro-ônibus Anti-inflamatório:o prefixo “anti”
termina com a mesmo vogal que a palavra “inflamatório” começa, ou seja, a vogal I.
Quando isso acontece, sempre devemos utilizar o hífen.
Na ênclise, os pronomes oblíquos átonos o, a, os, as assumem as formas lo, la, los, las
quando estão ligados a verbos terminados em r, s ou z. Nesse caso, o verbo perde sua
última letra e a nova forma deverá ser re-acentuada de acordo com as regras de acentuação
da língua. Por exemplo:
Comparação:
Antes do Acordo, a palavra era grafada da primeira forma “subumano”. Com a adoção da
nova regra, ficou estabelecido que os prefixos terminados em “b” trariam hífen sempre
que acompanhassem palavras iniciadas em “b” ,“r” ou “h”.O primeiro caso acontece
porque a nova regra aplica o hífen quando há coincidência da última letra do prefixo com
a primeira da palavra subsequente. Ou seja, no caso de “sub”, não podemos ter um
emprego de dois “b”. Ex: Sub-base
Já no segundo caso, o hífen aparece para evitar uma confusão na pronúncia. Tente ler a
palavras “subreitor” ou “subregião”. Logo, optou-se pelo uso do hífen: “sub-reitor”, “sub-
região”.Mas e o caso de “subumano”? Não seria “sub-humano” para seguir a regra?
Resposta: as duas formas são aceitas pelo Vocabulário Oficial da Língua Portuguesa
(Volp). A forma “sub-humano” é aceita, porque segue corretamente o estabelecido pelo
Acordo Ortográfico. Porém, optou-se por manter também a segunda forma (“subumano”)
por se entender que já é consagrada pelo uso.
Atenção:
Ditongos abertos éi(s), ói(s), éu(s) não são mais acentuados nas palavras paroxítonas.
Exemplo: Ideia, apoia, colmeia. Além disso, não utilizamos mais acentos no i e no u
quando, nas palavras paroxítonas, estas letras vierem depois de um ditongo. Exemplo:
feiura, baiuca, bocaiuva.
Palavras proparoxítonas são palavras que têm a antepenúltima sílaba da palavra como
sílaba tônica. Segundo as regras de acentuação do português, todas as palavras
proparoxítonas são acentuadas graficamente.
Na língua portuguesa, os verbos ter e vir são conjugados sem acento na 3ª pessoa do
singular e com acento circunflexo na 3ª pessoa do plural. Exemplos: ele tem/eles têm, ele
vem/eles-vêm. Já os verbos derivados dos verbos ter e vir são conjugados com acento
agudo na 3ª pessoa do singular e com acento circunflexo na 3ª pessoa do plural.
Exemplos: ele mantém/eles mantêm, ele convém/eles convêm.
Atenção!
O Novo Acordo Ortográfico, que entrou em vigor em janeiro de 2009, não trouxe
qualquer alteração a esta regra. Já se escrevia assim e devemos continuar escrevendo
dessa forma. "Têm" está na 3ª pessoa do plural.
Presente do indicativo:
(Eu) tenho
(Tu) tens
(Ele) tem
(Nós) temos
(Vós) tendes
(Eles) têm
Exemplos:
Ele tem os mesmos vícios há muitos anos.
Eles têm os mesmos vícios há muitos anos.