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Apelação Cível Nº 1.0145.15.

025776-7/001

<CABBCCABADDACABCADBABCBACAAADDACCBBA
ADDADAAAD>
EMENTA: < AÇÃO DE COBRANÇA. PROMESSA DE COMPRA E
VENDA. JUROS REMUNERATÓRIOS. PRESCRIÇÃO TRIENAL
CONFIGURADA. SENTENÇA MANTIDA. 1) A pretensão de cobrança de
juros e dividendos prescreve em três anos, na forma do art. 206, § 3º,
III, do CC/2002, e tem como marco inicial o vencimento de cada
obrigação.>
APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0145.15.025776-7/001 - COMARCA DE JUIZ DE FORA - APELANTE(S): CENTRO
EMPRESARIAL MONTE SINAI LTDA - APELADO(A)(S): GUSTAVO GOUVEA SOTTO MAIOR E SUA MULHER, ANA
CAROLINA FARIA CHAVES SOTTO MAIOR

AC Ó R D ÃO

Vistos etc., acorda, em Turma, a 11ª CÂMARA CÍVEL do


Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, na conformidade da
ata dos julgamentos, em < NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO.
>.

DES. MARCOS LINCOLN


RELATOR.

Fl. 1/6
Apelação Cível Nº 1.0145.15.025776-7/001

DES. MARCOS LINCOLN (RELATOR)

VOTO

< Trata-se de recurso de apelação interposto pelo CENTRO


EMPRESARIAL MONTE SINAI LTDA da sentença de fls. 99/100,
proferida nos autos da ação de cobrança ajuizada em desfavor de
GUSTAVO GOUVEA SOTTO MAIOR e ANA CAROLINA FARIA
CHAVES SOTTO MAIOR, pela qual o MM. Juiz de Direito da 8ª Vara
Cível da Comarca de Juiz de Fora acolheu a prejudicial de
prescrição, julgou extinto o processo com resolução do mérito, e
condenou a autora ao pagamento das custas processuais e
honorários advocatícios de R$1200,00 (mil e duzentos reais).
Nas razões recursais (fls. 102/108), a autora - apelante, em
síntese, sustentou que o prazo prescricional aplicável à espécie
seria de 10 (dez) anos; que, “ainda que fosse de 3 anos- o que se
admite apenas em respeito ao princípio da eventualidade, teve
curso, pois, apenas no dia 16/07/2013, não tendo se consumado,
via de conseqüência, antes do ajuizamento desta ação (ocorrido no
dia 25/05/2015)” (sic, fl. 106). Ao final, pugnou pela cassação da
sentença.
Contrarrazões às fls. 114/116.
É o breve relatório, passo a decidir.
Em primeiro lugar, impõe-se registrar que, em razão da
vigência, a partir de 18/03/2016, do Novo Código de Processo Civil,
segundo a boa doutrina, à qual me filio em matéria recursal, duas
são as situações para a nova lei processual: 1) rege o cabimento e
a admissibilidade do recurso a lei vigente à época da prolação da
decisão da qual se pretende recorrer; 2) rege o procedimento do
recurso a lei vigente à época da efetiva interposição do recurso.
(Comentários ao Código de Processo, Nelson Nery Júnior, Rosa
Maria de Andrade Nery – São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2015, p. 228).

Fl. 2/6
Apelação Cível Nº 1.0145.15.025776-7/001

Isso porque o art.14 do NCPC/15 dispõe: “A norma


processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos
processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e
as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma
revogada.”.
Com efeito, vê-se que em relação aos atos processuais já
consumados, antes da vigência do Código de Processo de 2015,
aplicam-se as normas do Estatuto Processual de 1973.
Feitas essas observações, passa-se ao exame do recurso
propriamente dito.
Colhe-se que a autora - apelante ajuizou ação de cobrança
em desfavor de GUSTAVO GOUVEA SOTTO MAIOR e ANA
CAROLINA FARIA CHAVES SOTTO MAIOR, alegando, em resumo,
que teria vendido aos réus duas salas comerciais; que o pagamento
seria feito a prazo, com incidência de correção monetária e juros
remuneratórios, conforme cláusula 5.3; “que o autor se
responsabilizava pessoalmente pelo pagamento dos juros
contratuais, que eram debitados mensalmente em uma conta
bancária mantida perante a instituição bancária interveniente (Banco
do Brasil S/A); com o débito dos juros na sua conta bancária, o
Autor o distribuía, proporcionalmente às respectivas frações ideais,
aos adquirentes das unidades autônomas, com emissão de boleto
bancário para pagamento” (sic, fl. 04).
Asseverou, contudo, que, “entre os meses de dezembro do
ano de 2011 e maio do ano de 2012, o agente financeiro (Banco do
Brasil S/A) debitou juros em importâncias menores do que aquelas
efetivamente devidas [...] o que fez com que ditos juros não fossem
pagos pelos Réus entre os meses de dezembro de 2011 e maio de
2012”(sic, fl. 04), razão pela qual ajuizou esta ação.
Devidamente citados, os réus apresentaram contestação, fls.
49/52, argüindo prejudicial de prescrição e pugnando pela
improcedência dos pedidos da inicial.

Fl. 3/6
Apelação Cível Nº 1.0145.15.025776-7/001

Após regular tramitação do feito, sobreveio a sentença pela


qual, como relatado, o ilustre Juiz a quo acolheu a prejudicial de
prescrição.
Esses são os fatos.
Cinge-se a controvérsia recursal em verificar se o MM. Juiz
de primeiro grau agiu com acerto ao acolher a prejudicial de
prescrição.
Pois bem.
Sobre o prazo prescricional a ser considerado, cumpre
realçar que, na hipótese, aplica-se o disposto no art. 206, §3º, III, do
CC/02, por se tratar de cobrança dos juros, in verbis:
"Art. 206. Prescreve:

(...)

§ 3º Em três anos:

(...)

III - a pretensão para haver juros, dividendos ou


quaisquer prestações acessórias, pagáveis, em
períodos não maiores de um ano, com
capitalização ou sem ela".

A respeito do referido dispositivo legal, leciona Humberto


Theodoro Junior que "é princípio clássico de direito que o acessório
deve seguir o destino do principal. O que pretendeu o Código foi
permitir que, em determinadas circunstâncias, se possa negociar
separadamente sobre os frutos e produtos (art. 95), caso em que
ditos bens perderão, no contrato, o caráter de acessório, tornando-
se objeto principal da convenção (exemplo: venda de colheita futura,
cessão do direito a aluguel, dividendos, etc.). Quando isto
acontecer, a pretensão relativa aos rendimentos seguirá o destino
do negócio que os teve como objeto, separadamente do negócio
sobre o capital" (Comentários ao Novo Código Civil, volume III. Dos
Atos Jurídicos Lícitos. Dos Atos Ilícitos. Da Prescrição e da
Decadência. Da Prova. Rio de Janeiro: Forense, 2003, p. 329).

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Apelação Cível Nº 1.0145.15.025776-7/001

E, no caso em apreço, a autora-apelante pretende cobrar os


juros vencidos no período de dezembro de 2011 a maio de 2012 e
estabelecidos na cláusula 5.3 do contrato celebrado pelas partes,
que assim dispõe:
“5.3. Os juros devidos pelo PROMITENTE-
VENDEDOR ao INTERVENIENTE-ANUENTE por
efeito da concessão do financiamento de que trata
o n. 6.1, infra, serão cobrados do PROMITENTE-
COMPRADOR proporcionalmente às frações ideais
por ele adquiridas, até a quitação do dito
financiamento ou até a contratação do
financiamento a que alude o n. 5.1.4, retro” (sic, fl.
18).

Entretanto, a ação foi distribuída somente em 25/05/2015


(fl.02-v), pelo que não há dúvida de que a pretensão da parte autora
foi atingida pela prescrição trienal.
De mais a mais, as prestações relativas aos juros devidos
pela autora à instituição financeira e repassados aos réus, ora
apelados, são de trato sucessivo e vencem mês a mês, razão pela
qual não há como acolher a alegação da autora - apelante de que o
termo inicial do prazo prescricional deveria iniciar posteriormente à
Assembléia de 16/07/2013, na qual “os adquirentes das unidades
foram então chamados a quitar a obrigação” (sic, fl. 103).
Sendo assim, a manutenção da sentença que acolheu a
prejudicial de prescrição qüinqüenal é medida que se impõe.
CONCLUSÃO
Com essas considerações, NEGA-SE PROVIMENTO AO
RECURSO, mantendo-se a r. sentença recorrida.
Custas recursais, pela apelante.
>

<>

DES. ALEXANDRE SANTIAGO - De acordo com o(a) Relator(a).

DESA. SHIRLEY FENZI BERTÃO - De acordo com o(a) Relator(a).

Fl. 5/6
Apelação Cível Nº 1.0145.15.025776-7/001

SÚMULA: "NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO"

Fl. 6/6

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