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Pressão de vapor da água e umidade relativa

IF/UnB - Fı́sica 2 Experimental

Objetivo: Verificar experimentalmente como o volume de vapor da água varia com a pressão
aplicada, à temperatura ambiente, para obter a pressão de vapor. Determinar experimentalmente a
dependência da pressão de vapor da água em função da temperatura, entre 4 ◦ C e 80 ◦ C. Determinar
o calor latente de vaporização da água. Utilizar a curva obtida da pressão de vapor em função da
temperatura para determinar experimentalmente a umidade relativa do ar.

MATERIAIS

• Recipiente de medida (Figura 1-3) com controle de temperatura contendo um determinado volume de água em
contato com uma coluna de mercúrio,

• Reservatório de armazenamento de mercúrio (Figura 1-4) cuja posição vertical pode ser variada,

• Régua graduada para medida da coluna de mercúrio (Figura 1-2.1),

• Aquecedor com circulador de água para alterar a temperatura do volume de ar (Figura 2),

• Termômetro,

• Água e gelo,

• Copo metálico.

INTRODUÇÃO TEÓRICA

Vaporização é a mudança de estado de uma substância de seu estado lı́quido para o estado gasoso. Moléculas estão
continuamente deixando a superfı́cie de um lı́quido e passando para a fase gasosa. Por outro lado, moléculas na fase
gasosa estão continuamente batendo na superfı́cie e se incorporando ao lı́quido. Quando o número de moléculas que
deixam o lı́quido é igual ao número de moléculas que retornam dizemos que o vapor está saturado. Em tais condições,
a pressão que o vapor exerce sobre o lı́quido é chamada de pressão de vapor.
No caso do ar atmosférico, que é uma mistura de gases e vapor de água, a pressão total é a soma das pressões
parciais exercidas por cada um dos componentes da mistura. Pela lei de Dalton, a pressão parcial de cada componente
é a mesma que ela exerceria se ocupasse sozinha todo o volume da mistura.
Se o ar fosse mantido absolutamente seco, ou seja, com umidade relativa de 0%, toda água lı́quida em contato com
ele iria evaporar. Isso porque o número de moléculas que passariam à fase gasosa não seria compensado por vapor
d’água que deveria retornar ao estado lı́quido. Não haveria, nesse caso, pressão parcial exercida pelo vapor, pois
simplesmente não existiria vapor para exercer qualquer pressão. Se, por outro lado, a umidade fosse de 100% o ar
estaria saturado de água, ou seja, a pressão exercida pelo vapor sobre o lı́quido seria tal que o número de moléculas
que deixaria o lı́quido seria igual ao número que retornaria a ele.
Define-se assim a umidade relativa do ar, UR , como sendo a razão entre a pressão parcial de vapor (PP ), ou seja,
a pressão parcial que o vapor está exercendo, e a pressão de vapor (PV ) que é máxima pressão parcial que o vapor
pode exercer a uma dada temperatura,

PP
UR = . (1)
PV
Naturalmente, quando a umidade relativa do ar é dada em termos percentuais, deve-se multiplicar o resultado acima
por 100. A umidade relativa do ar nos dá, portanto, uma medida de quanto vapor d’água existe no ar em relação ao
valor máximo possı́vel em uma dada temperatura.
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Figura 1. Torre de Mercúrio

Para determinar experimentalmente a pressão de vapor, considere um reservatório fechado contendo água sob
pressão. Suponha agora que a pressão comece a ser reduzida. Enquanto a pressão estiver acima da pressão de vapor
a água permanece lı́quida. Assim que a pressão se iguala à pressão de vapor, parte do lı́quido passa para o estado
gasoso e, nesse ponto, as fases lı́quida e gasosa começam a coexistir. Em qualquer compartimento fechado em que
essas duas fases coexistem, o vapor encontra-se saturado, e não é possı́vel aumentar a densidade do vapor ou sua
pressão sem que haja alteração da temperatura do recipiente. Isso acontece porque, no equilı́brio, a taxa com que
moléculas do lı́quido passam para a fase gasosa é igual à taxa com que elas retornam ao lı́quido. Se tentarmos reduzir
a pressão, a taxa de evaporação fica maior que a taxa de condensação e mais vapor será produzido até que o equilı́brio
(saturação) se estabeleça, ou seja, o volume de vapor irá aumentar mas sua pressão permanecerá constante e igual à
pressão de vapor. Se houver aumento de temperatura, que favorece a taxa de vaporização, mais moléculas passarão
para o estado gasoso acarretando um aumento de pressão. Como esse aumento de pressão implica em uma elevação
do número de colisões das moléculas na fase gasosa com a superfı́cie do lı́quido, o número de moléculas que retornam
à fase lı́quida também aumenta até atingir um novo ponto de saturação. Portanto, a pressão de vapor aumenta com a
temperatura. Pode-se mostrar (veja apêndice deste experimento) que a pressão de vapor PV varia com a temperatura
de acordo com a relação aproximada
PV ≈ P0 exp(−L/RT ), (2)
onde P0 é uma constante, L é o calor latente molar de vaporização, R e a constante universal dos gases ideais (≈ 8, 31
J mol−1 K −1 ) e T é a temperatura absoluta. Assim, a pressão de vapor pode ser obtida diretamente medindo-se a
pressão exercida pelo vapor em um recipiente fechado contendo uma mistura de água e vapor.
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Figura 2. Aquecedor/circulador de água

Por outro lado, dos 760 mmHg que é a pressão atmosférica ao nı́vel do mar, cerca de 590 mmHg (78%) deve-se
ao Nitrogênio e 160 mmHg (21%) ao Oxigênio. Apenas poucos mmHg correspondem à pressão parcial de vapor
dágua. Assim, uma medida direta da pressão parcial de vapor de água na atmosfera requer discernir poucos mmHg
em 760, ou seja, exige uma precisão de quase 1 parte em 1000. Por esse motivo, a determinação da pressão parcial de
vapor na atmosfera é normalmente obtida de forma indireta fazendo uso da dependência da pressão de vapor com a
temperatura. Um dos métodos para fazer essa determinação é o utilizado neste experimento. A idéia resume-se em
descobrir em qual temperatura o ar fica saturado e daı́ descobrir qual pressão de vapor é igual à pressão parcial de
vapor à temperatura ambiente.
Quando resfriamos um objeto em contato com o ar atmosférico, forma-se próximo à sua superfı́cie, uma pelı́cula
de ar com temperatura praticamente igual à temperatura na superfı́cie. A pressão necessária para saturar o ar, ou
seja, a pressão de vapor de água, depende da temperatura. O seu valor nessa pelı́cula de ar é diferente do valor longe
da superfı́cie. Quando a temperatura dessa superfı́cie atinge um valor abaixo do ponto em que o vapor na pelı́cula
fica saturado, o vapor começa a se condensar na superfı́cie, ou seja, a superfı́cie começa a “suar”. Nesse caso o vapor
encontra-se saturado e a pressão parcial de vapor é igual à própria pressão de vapor correspondente à temperatura da
superfı́cie. Assim, podemos usar o artifı́cio de resfriar um objeto metálico até o ponto que o vapor de água na pelı́cula
de ar em torno do objeto fique saturado, e medir indiretamente a pressão parcial de vapor, lendo a temperatura em
que o objeto começa a “suar” e determinando a pressão parcial de vapor pela curva obtida da pressão de vapor em
função da temperatura.
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PROCEDIMENTOS

Atenção: a movimentação do reservatório de mercúrio deve ser feita lentamente, com


cautela. Uma variação brusca pode resultar na quebra do recipiente de medida!
1. Dependência entre a pressão aplicada e o volume de vapor à temperatura ambiente. O objetivo aqui
é verificar que na coexistência de fases, se a temperatura for mantida constante, a pressão do vapor mantém-
se aproximadamente constante enquanto o volume de vapor varia. A pressão à que a água no recipiente de
medida está sujeita é igual à pressão ambiente adicionada à pressão decorrente da diferença entre os nı́veis do
mercúrio dentro do recipiente de medida e do reservatório móvel. Se o nı́vel do reservatório estiver abaixo do
nı́vel do recipiente de medida estaremos aplicando uma pressão relativa negativa, ou seja, menor que a pressão
atmosférica. Assim, para saber o valor da pressão absoluta aplicada deve-se subtrair da pressão atmosférica
(expressa em mmHg) o valor da diferença entre os nı́veis de mercúrio. O valor da pressão atmosférica pode ser
lida no barômetro de mercúrio que se encontra instalado no laboratório. Como ela varia lentamente durante o
dia basta fazer uma única leitura e anotar em seu livro ata. O procedimento, portanto, consiste em variar a
posição do recipiente de medida e medir os nı́veis de mercúrio no recipiente e no reservatório.
(a) Certifique-se de que a rolha que cobre o reservatório de mercúrio (Figura 1-4.2) está solta.
(b) Ajuste o botão de ajuste da temperatura do circulador (Figura 2-4) para uma temperatura menor que a
ambiente. Isso fará com que o aquecedor não ligue, mantendo assim o sistema à temperatura ambiente.
(c) Ligue o circulador e, depois de alguns minutos, anote a temperatura da água no tubo.
(d) Posicione o reservatório de forma que o seu nı́vel de mercúrio se iguale ao nı́vel de mercúrio no recipiente
de medida. Nesse ponto a água estará sujeita apenas à pressão ambiente e não deve haver vapor em
quantidade significativa, talvez apenas uma pequena bolha de ar, resultante do processo de montagem do
equipamento, esteja presente.
(e) Para abaixar a pressão da água basta descer o reservatório de mercúrio. Faça uma tabela com duas colunas
para anotar a posição dos nı́veis de mercúrio do reservatório (1a coluna) e dentro do recipiente de medida
(2a coluna). Desça o nı́vel do reservatório de mercúrio de 5 em 5 cm até atingir o ponto mais baixo da
régua graduada (Figura 1-2.1) e, considerando o ponto mais baixo da régua graduada como o zero da
escala, anote a posição dos nı́veis de mercúrio.
(f) Com auxı́lio do barômetro de mercúrio existente no laboratório, meça a pressão ambiente em mmHg.
(g) Determine, para cada ponto da tabela, a pressão absoluta P à que a água estava sujeita, em mmHg, e
determine também o respectivo comprimento da coluna de vapor dentro do recipiente de medida, que é
proporcional ao volume V ocupado pelo vapor.
(h) Faça um gráfico de P × V e descreva-o, fazendo a análise do comportamento da curva obtida. Identifique
a pressão de vapor.
2. Medida da pressão de vapor em função da temperatura.
(a) Faça uma nova tabela contendo duas colunas para registrar a temperatura em graus celsius (1a coluna) e a
posição do nı́vel de mercúrio no recipiente de medida em mm (proporcional ao volume do ar) (2a coluna).
(b) Posicione o reservatório de forma que o seu nı́vel de mercúrio se iguale ao nı́vel dentro do recipiente de
medida.
(c) Ligue o circulador e ajuste o botão de controle da temperatura (Fig.2-4) para uma temperatura de -10 ◦ C.
Isso fará com que o aquecedor não ligue.
(d) Coloque gelo dentro do reservatório de água e aguarde até que a temperatura desça e se estabilize em 4

C.
(e) Abaixe o reservatório até uma posição em que uma coluna de vapor de cerca de 15 cm de comprimento se
forme. Como durante essa medida o volume de vapor deverá ser mantido constante, procure escolher uma
posição do nı́vel que facilite a sua leitura.
(f) Girando o botão de ajuste da temperatura procure subir a temperatura de 4 em 4 ◦ C aproximadamente
até atingir 20 ◦ C e daı́ em diante suba de 10 em 10 ◦ C até atingir 80 ◦ C. Na medida em que a temperatura
sobe, o vapor empurra a coluna de mercúrio para baixo. Assim, para cada temperatura, movimente o
reservatório de forma a manter o volume de vapor constante. Registre na tabela a posição do nı́vel de
mercúrio do reservatório e a temperatura.
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(g) Usando os dados obtidos e o valor da pressão atmosférica obtida do barômetro, construa um gráfico (P ×T )
em escala linear da pressão de vapor (mmHg) em função da temperatura (em ◦ C).
(h) Utilize a Eq. (2) para fazer um gráfico de P em função de 1/T (onde T aqui é a temperatura absoluta,
em K). Faça um ajuste exponencial dos dados e determine o calor latente molar de vaporização da água.
Compare o seu resultado com o resultado conhecido de 40, 66 × 103 J/mol.

3. Medida da umidade relativa do ar

(a) Meça a temperatura ambiente e obtenha a pressão de vapor correspondente usando a função ajustada no
procedimento anterior.
(b) Coloque um pouco de água à temperatura ambiente dentro do recipiente metálico, até cerca de 1/4 de
sua capacidade. Adicione aos poucos, água gelada, até atingir o “ponto de orvalho”. Leia a temperatura
correspondente a esse ponto.
(c) Use a função ajustada para determinar a pressão de vapor para essa nova temperatura que deve ser igual
à pressão parcial de vapor à temperatura ambiente.
(d) Calcule a umidade relativa do ar fazendo a razão entre as pressões obtidas.

APÊNDICE - DEDUÇÃO DA DEPENDÊNCIA APROXIMADA DA PRESSÃO DE VAPOR COM A


TEMPERATURA.

Grosseiramente falando, as moléculas que passam do estado lı́quido para o gasoso, saem de um estado mais “organi-
zado” para um menos “organizado” e, portanto, ganham entropia nesse processo e passam a ocupar um volume muito
maior. Segundo a equação de Clausius-Clapeyron a esse ganho de entropia (∆S) divido pelo ganho em volume (∆V )
está relacionado com o ganho infinitesimal de pressão (dP ) provocado por um aumento infinitesimal de temperatura
(dT ):

dP ∆S
= . (3)
dT ∆V
Como existe uma mudança de entropia associada à mudança de fase, calor deve ser absorvido nessa mudança. O calor
latente de vaporização L é definido como o calor absorvido quando uma dada quantidade de lı́quido é transformada
em vapor. Como esse processo ocorre em uma temperatura constante, essa mudança de entropia é dada por

L
∆S = , (4)
T
assim a Eq. (3) se torna:

dP L
= . (5)
dT T ∆V
A variação de volume ocupado pelo lı́quido que passa ao estado de vapor é essencialmente igual ao próprio volume
do vapor e nesse caso, considerando o vapor como um gás ideal podemos dizer que

P ∆V = nRT, (6)

onde n é o número de mols e R é a constante universal dos gases ideais (≈ 8, 31 J mol−1 K −1 ). Isolando ∆V da Eq.
(6) e substituindo na Eq. (5), a equação de Clausius-Clapeyron se torna

1 dP L
= . (7)
P dT nRT 2
Ou ainda
dP L
= dT, (8)
P RT 2
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onde L é o calor latente molar. Integrando os dois lados dessa equação obtemos:
L
ln P = − + C, (9)
RT
P = P0 exp(−L/RT ). (10)

É importante ressaltar que essa expressão é apenas aproximada. Na dedução apresentada, consideramos o calor latente
de vaporização independente da temperatura e ainda, que o vapor é um gás ideal. De fato, o calor latente depende
pouco da temperatura e a aproximação de um gás ideal também é razoável nessa faixa de temperatura e pressão. A
Eq. (10) é, portanto, uma boa aproximação nas condições do experimento.

BIBLIOGRAFIA

• Halliday, D. & Resnick, R. Fundamentos de Fı́sica - 2 - Gravitação, Ondas e Termodinâmica, LTC.


• Nussenzveig, H. M. Curso de Fı́sica Básica - 2 - Fluidos, Oscilações e Ondas, Calor. Editora Edgard Blücher
LTDA.

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