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PORTAL F3 – FOCO, FORÇA E FÉ

2ª FASE DIREITO CONSTITUCIONAL


Prof. PEDRO BARRETTO - Prof. RAFAEL BARRETTO
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SIMULADO 03 - GABARITO

PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL
João e José são pessoas com deficiência física, tendo concluído curso de nível superior.
Diante da abertura de vagas para preenchimento de cargos vinculados ao Ministério da Agricultura,
postularam a sua inscrição no número que deveria ser reservado, por força de disposição em lei federal, aos
deficientes físicos com o grau de deficiência de João e José, o que restou indeferido por ato do próprio
Ministro de Estado, aduzindo que a citada lei, apesar de vigente há 2 (dois) anos e com plena eficácia, não
se aplicaria àquele concurso, pois não houve previsão no seu edital.
Irresignados, os candidatos apresentaram Mandado de Segurança originariamente no âmbito do
Superior Tribunal de Justiça, tendo a seção competente, por maioria de votos, denegado a segurança, dando
razão ao Ministro de Estado. Houve embargos de declaração, improvidos.
Ainda inconformados, apresentaram o recurso cabível contra a decisão do colendo Superior Tribunal
de Justiça.
Redigir o recurso cabível contra a decisão da Corte Especial. (Valor: 5,0)

Gabarito Comentado (Esse foi o caso da prova do XIV Exame de Ordem Unificado)
O enunciado indica a competência originária do Superior Tribunal de Justiça para julgamento dos
Mandados de Segurança impetrados contra atos de Ministro de Estado, a teor do Art. 105, I, b) da CRFB
(Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar, originariamente: b) os mandados
de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército
e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 23, de 1999).
Ocorrendo a denegação da segurança, como afirmado, por unanimidade ou por maioria, cabe a
apresentação de recurso ordinário ao Supremo Tribunal Federal, consoante o Art. 102, II, a), da CRFB (II -
julgar, em recurso ordinário: a) o habeas-corpus, o mandado de segurança, o habeas-data e o mandado de
injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;) Essa regra é
replicada no Art. 539, do CPC.
O recurso deve ser dirigido ao Presidente do STJ para encaminhamento ao STF para julgamento.
Os fundamentos do recurso devem ser:
a) reserva de vagas para os portadores de deficiência – Art. 37, VIII, da CRFB (VIII - a lei reservará
percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios
de sua admissão); ou Art. 2º, III, c, da Lei 7.853/1989 ou Art. 5º, §2º da Lei 8.112/1990 ou Convenção
Internacional sobre os direitos das pessoas com deficiência, Art. 27, 1, g.
b) preservação do principio da legalidade, CRFB, Art. 5º, II: “ninguém será obrigado a fazer ou
deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”;
c) principio da isonomia, CRFB, Art. 5º, caput (Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, ...).

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Aplicam-se ao Recurso Ordinário as regras de procedimento previstas no CPC. Assim, devem ser
apresentadas razões. Os recorrentes são os impetrantes, no caso os portadores de necessidades especiais e o
recorrido o Ministro de Estado.
Deve haver pedido de reforma da decisão atacada.
Deve ser requerida a intervenção do Ministério Público e a remessa dos autos ao STF.

QUESTÃO 1
A Constituição Federal, em 1988, determinava, em relação à remuneração dos servidores públicos,
que os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não seriam computados nem acumulados,
para fins de concessão de acréscimos ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento (Art. 37,
XIV/CF).
Em 1990, o Estado do Mato Grosso do Sul editou a lei X determinando, em relação à remuneração
dos servidores públicos estaduais, que o adicional por tempo de serviço deveria incidir sobre a remuneração
dos servidores.
Em 1998, a Emenda Constitucional 19 modificou o art. 37, XIV/CF, que passou a prever que os
acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de
concessão de acréscimos ulteriores, de modo que, doravante, acréscimos remuneratórios concedidos a
servidor público passariam a incidir sobre o vencimento base e, não, sobre o total da remuneração,
Ante a mudança na constituição federal, o Estado editou nova lei, no ano de 2000, modificando o
regime remuneratório de seus servidores, passando a prever que o adicional por tempo de serviço incidiria
apenas sobre o vencimento base.
Em decorrência dessa situação, servidores públicos estaduais entraram com ações na justiça alegando
que teriam direito adquirido a continuar recebendo o adicional sobre o total da remuneração, e que a nova
lei somente poderia ser aplicada a quem ingressasse no serviço público a partir dela.
Considerando a situação narrada, responda:
a) Existe direito adquirido a regime remuneratório?
b) As normas constitucionais possuem aplicação imediata?
c) As normas constitucionais são dotadas de retroatividade?
d) Ante a Emenda Constitucional 19/98, o que houve com lei estadual X? Ela se tornou
inconstitucional?

GABARITO
a) Conforme pacífica jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não existe direito adquirido a
regime remuneratório.
b) Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, as normas constitucionais possuem
aplicação imediata, não se submetendo a vacatio.
c) Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, as normas constitucionais possuem
retroatividade mínima, de modo que os efeitos de relações jurídicas constituídas antes da nova
constituição que venham a ser produzidos sob a vigência da nova ordem constitucional se
subordinam à nova ordem
d) A lei estadual foi revogada pela entrada em vigor da Emenda Constitucional.

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QUESTÃO 2
Determinada Constituição Estadual previu ser crime de responsabilidade do Governador o não
encaminhamento, à Assembleia Legislativa, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, da
prestação de contas referente ao exercício anterior.
Considerando a situação narrada, responda
a) É constitucional o previsto na Constituição Estadual?
b) O Governador pode questionar o dispositivo diretamente no Supremo Tribunal Federal? Em caso
positivo, qual a medida processual adequada?

GABARITO
a) Não. A competência para legislar sobre crime de responsabilidade envolver Direito Penal e
Processual Penal, cuja competência legislativa é privativa da União, conforme art. 22, I/CF. Deve
ser indicado também a SÚMULA VINCULANTE 46, segundo a qual “a definição dos crimes de
responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são da
competência legislativa privativa da União.”
b) Sim. Ele pode ajuizar uma ação direta de inconstitucionalidade e o Governador, eis que possui
legitimidade, conforme art. 103, V/CF.

QUESTÃO 3
Logo no início de seu mandato, José Carioca, prefeito do Município de Vila Xuripita, foi pressionado
para implementar reajuste nos vencimentos dos servidores públicos locais.
Após reuniões com representantes dos servidores públicos, o Prefeito se comprometeu a implantar
uma política de reajuste de vencimentos durante todo o período do mandato, de modo que os vencimentos
seriam reajustados anualmente seguindo um índice de correção monetária estabelecido pelo governo
federal.
Nesse sentido, um Vereador apresentou um projeto de lei à Câmara de Vereadores, que foi aprovado
e, em seguida, sancionado e promulgado pelo Prefeito.
Conforme o texto da lei, os vencimentos dos servidores municipais serão reajustados anualmente
seguindo a variação do índice de correção monetária “x”, estabelecido pelo governo federal.
Nesse contexto, pergunta-se:
a) De quem é a iniciativa de projeto de lei que concede reajuste remuneratório para os servidores do
Município?
b) Essa lei é constitucional? Existe algum vício material na lei?
c) A sanção do Prefeito convalida eventuais vícios do projeto de lei?

GABARITO
a) Deve ser respondido que a iniciativa dessa lei pertence ao Prefeito, eis que, conforme o art. 61, § 1º,
II, “c”/CF, aplicado por simetria no plano Municipal, é do Chefe do Poder Executivo a iniciativa de
leis que dispõem sobre remuneração de servidores públicos.
b) Deve ser respondido que a lei é inconstitucional, havendo inconstitucionalidade formal e material.
A inconstitucionalidade formal resulta do vício de iniciativa. Quanto a inconstitucionalidade
material, deve ser indicado que a vinculação do reajuste de vencimentos de servidores municipais a

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índices federais de correção monetária viola a autonomia do Município. Nesse sentido, deve ser
indicada a Súmula Vinculante 42, segundo a qual “É inconstitucional a vinculação do reajuste de
vencimentos de servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção monetária”.
c) Deve ser respondido que a sanção do Prefeito não convalida vícios existentes no projeto de lei,
conforme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

QUESTÃO 4
A imprensa divulgou notícias de corrupção no âmbito de determinado Ministério, envolvendo
agentes do Governo, o que levou a Câmara dos Deputados a decidir instaurar uma Comissão Parlamentar
de Inquérito para apurar os fatos.
Considerando a situação narrada, discorra sobre o tema CPI abordando:
a) quais os requisitos para instaurar uma CPI;
b) quais os poderes de atuação de uma CPI;
c) a atuação da CPI submete-se a controle judicial?

GABARITO
a) Deve se respondido que, conforme o art. 58, § 3º da Constituição, são 3 os requisitos para
instauração de uma CPI: a) requerimento de 1/3 dos membros da Casa Legislativa, delimitação de
um fato determinado e indicação de um prazo certo de funcionamento.
b) Deve se respondido que, conforme o art. 58, § 3º da Constituição, a CPI possui poderes de
investigação próprios de autoridade judicial, os quais, segundo entendimento firmado pelo Supremo
Tribunal Federal, abrange os poderes instrutórios do juiz, os poderes de que o juiz se utiliza para
instruir o conjunto probatório.
c) Deve ser respondido que os atos da CPI estão submetidos a controle judicial, sendo possível, no
caso de CPI no âmbito do Congresso Nacional, questionar os atos no Supremo Tribunal Federal,
pela via do mandado de segurança ou do habeas corpus, conforme o caso.

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