23 A 27 DE OUTUBRO DE 2017
CAXAMBU, MINAS GERAIS
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Veronica Toste Daflon. Bolsista de Pós-Doutorado no Programa de Pós-Graduação e
Sociologia da UFRJ (PPGSA/UFRJ). Contato: veronicatoste@gmail.com
Felipe Borba. Professor Adjunto da Escola de Ciência Política da UNIRIO. Contato:
felipe.borba10@gmail.com
1
Gostaríamos de registrar nosso agradecimento às pesquisadoras Barbara Ferreira Magalhães, Barbara
Grillo, Bia Lima de Macedo, Clara Thome, Gisele Settervall, Julia Alves, Julia Thome, Marta Antunes, Maria
Victória de Andrade, Thaiza Santos e Tais Baia que participaram da aplicação dos questionários que
serviram de base para esse paper.
2
Há menos de uma década, feministas brasileiras se esforçavam para refutar a afirmação de
que o feminismo no país havia perdido sua vitalidade e acabado. Para tal, ofereciam provas
da sua forte influência institucional, descreviam as diferentes e vigorosas formas de
atividade feminista em âmbito estatal, na sociedade civil e em fóruns e organizações
internacionais e vinculavam a atuação das militantes nessas diferentes esferas às conquistas
obtidas pelas e para as mulheres brasileiras2. Em texto publicado em 2005, Ana Alice Costa
se referia ao movimento feminista no Brasil como uma forma de intervenção política que
se “raramente faz[ia] passeata e panfletagem, (...) [isso] não significa dizer que tenha
perdido a sua radicalidade, abandonado as suas lutas, se acomodado com as conquistas
obtidas ou mesmo se institucionalizado” (Costa, 2005., 51).
2
Utilizamos gênero aqui como construção social e discursiva e, para tal, buscaremos na produção do
paper empregá-lo como categoria analítica e não descritiva (Scott, 1995).
3
Mas quais seriam os traços da nova geração, que ocupa ruidosamente os espaços públicos
e virtuais? Estaria ela próxima daquilo que se convencionou chamar de “terceira onda
feminista”, caracterizada pela diversidade, fragmentação e conflitos internos (Budgeon,
2011)? Teria a juventude feminista brasileira mais afinidade com o “feminismo liberal” ou
o “pós-feminismo”, afastando-se das discussões estruturais sobre a desigualdade e
sobrevalorizando as questões do corpo e da sexualidade (Dutra e Nunes, 2015)? Estaria
essa nova geração, em virtude do espaço virtual que tipicamente ocupa, demasiadamente
preocupada com a elaboração individual das suas experiências e identidades, constituindo
assim uma espécie de “comunidade confessional” com capacidade reflexiva, deliberativa
e de auto-organização reduzidas (Budgeon, 2011.; Sorj, 2016)?
O presente paper é parte de um projeto de pesquisa cujo objetivo é procurar pistas para
tais questões por meio da aplicação de questionários entre as participantes de
manifestações feministas de rua. O emprego do método de survey de protesto no local das
manifestações permite identificar características sociodemográficas, fontes de informação
e mobilização utilizadas, filiações político-partidárias, formas de atividade política, e
opiniões a respeito de algumas questões-chave para o feminismo atual entre as
participantes que são atraídas para as ruas.
4
pesquisador(a), em grupos restritos de observação. Este trabalho procura abrir espaço para
reflexões a partir de um número maior de observações do grupo específico, podendo
colaborar para a literatura sobre o movimento recente de fortalecimento do feminismo.
Metodologia
As entrevistas seguem a metodologia proposta por Borba (2017), que desenvolveu método
de seleção de entrevistados que busca dar a todos os participantes uma chance de ser
incluído na amostra. Esse procedimento amostral consiste em distribuir a equipe de
pesquisadores por toda a extensão da passeata desde o início ao encerramento. As equipes
são, portanto, divididas em horários e áreas de atuação. No caso da pesquisa concluída no
8 de Março, a primeira equipe chegou ao local às 16h e as demais sucessivamente às 17h,
18h e 19h, acompanhando o seu trajeto da Candelária até a Praça XV. Em todos esses
horários, as entrevistadoras dividiram-se ao longo da marcha: uma equipe cobriu a parte
da frente, outra a parte intermediária e a última a parte de trás. Esse procedimento foi
desenvolvido para evitar que a decisão de escolher o entrevistado seja totalmente do
entrevistador. Walgrave e Verhust (2011) mostram que existem diferenças significativas
no perfil dos ativistas entrevistados em manifestações quando o método escolhido não é
randômico. Quando a decisão cabe exclusivamente ao entrevistador, a amostra tende a
incluir pessoas com escolaridade e interesse por política acima da média.
5
no intervalo de um a dois minutos. Como as passeatas não são estáticas e caminham
homogeneamente na mesma direção, esse intervalo de tempo é adequado por alterar a
composição das pessoas próximas da entrevistadora, aproximando o método a um processo
de escolha aleatória. Na passeata, a orientação foi a de se entrevistar apenas mulheres e
ignorar a possível presença de homens. No survey do 8 de março, foram coletadas o total
de 153 entrevistas.
3
A fim de conhecer a dinâmica das mobilizações, realizou-se trabalho de pesquisa nos grupos Marcha
Mundial das Mulheres, partidA e 8MRJ.
6
Os resultados do survey apontam que o público presente na manifestação feminista do 8
de março apresentou um perfil sociodemográfico geral facilmente identificável: as
mulheres presentes eram majoritariamente jovens, solteiras, sem filhos, heterossexuais, de
alta escolaridade e com renda média. A despeito disso, houve grau significativo de
heterogeneidade. Tomemos a idade, por exemplo: a maior parte (41,2%) das participantes
se concentrou na faixa dos 25 aos 34 anos. Houve também presença expressiva das muito
jovens, de 15 a 24 anos (20,3%). Contudo, verificamos também participação não
desprezível de mulheres mais velhas: aquelas com mais de 45 anos somam 23,5% das
presentes.
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Gráfico 1: Faixa etária das participantes
45
41,2
40
35
30
25
20,3
20
15 15,7
15
10 7,8
0
15 a 24 anos 25 a 34 anos 35 a 44 anos 45 a 60 anos Acima de 60 anos
Cabe ainda notar o padrão de alta escolaridade das participantes do 8M: 49,7% delas
possuem o Ensino Superior completo ou incompleto e 34,6% detém título de mestrado ou
doutorado. Os percentuais diminuem consideravelmente nos demais níveis de
escolaridade: apenas 1,3% tinham o ensino fundamental e os 15,7% restantes o ensino
médio completo ou incompleto – em especial as muito jovens. A despeito da alta
escolaridade, a renda média das participantes é relativamente baixa e mais da metade das
entrevistadas (51%) declarou ter renda individual mensal de até 5 salários mínimos.
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Gráfico 2: Faixas de renda das participantes
30
26,1
24,8
25
19,6
20
17,6
15
10 9,2
5
2,6
0
Até 2 SM 2 a 5 SM 5 a 10 SM 10 a 20 SM Acima de 20 SM Sem renda/não
opinou
Os dados de cor apresentam dois aspectos interessantes: primeiro, apontam que o 8M foi
uma manifestação diversa em termos de cor; segundo, a sobrerrepresentação das
autodeclaradas pretas com relação às pardas parece estar relacionada a identidades raciais
mais politizadas, que costumam levar à recusa da denominação “parda” em favor da
identificação com a negritude. Quanto à orientação sexual, a maioria das entrevistadas
(66%) se declarou heterossexual. No entanto, houve diversidade de orientações sexuais: o
segundo maior percentual foi das que se declararam bissexuais (19,6%) e o terceiro das
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que se declararam homossexuais (8,5%). Outras orientações sexuais, como pansexual
somaram 5,9%.
Perfil Político
O perfil político das participantes foi bastante homogêneo: entre as 153 respondentes,
apenas uma se definiu como de direita (0,7%). A ampla maioria se posicionou na esquerda
(85,6%) ou centro-esquerda (4,6%) e 9,1% disseram não ter preferência ideológica ou não
sabiam opinar. Esse perfil é semelhante, em grande medida, ao perfil observado entre
militantes na passeata LGBT ocorrida em Copacabana em dezembro de 2016. Na ocasião,
a maioria também se declarou de esquerda (52%), enquanto 9% eram de direita e 4% de
centro (Borba, 2017).
No M8, portanto, os números destoam da média nacional. Cerca de 63% das manifestantes
tinha preferência por algum partido político e, dentre os citados, destacam-se PSOL
(38,6%) e, em escala menor, o PT (12,4%). Interessante notar que, na comparação com os
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vereadores e as vereadoras eleitos para o município do Rio de Janeiro, em 2016, tanto
PSOL quanto PT estavam sobrerrepresentados na marcha. O primeiro tem 11,7% das
cadeiras na câmara de vereadores e o segundo, 3,9%. Entretanto, a razão de presença entre
os dois se repete (PSOL tem o triplo de presença do PT em ambos os casos). Na
manifestação, também cabe destacar, algumas mulheres declararam ter preferência por
mais de um partido simultaneamente, como pode ser visto no gráfico 3 abaixo.
45,0
40,0 38,6
37,3
35,0
30,0
25,0
20,0
15,0 12,4
10,0
4,6
5,0 3,3
2,0 2,0
0,0
PSOL PT PCB PSOL/PT PSOL/PCB Outros Nenhum
partido
A Dinâmica do 8 de Março
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Tabela 1: Motivo da Participação na Manifestação (Espontânea e múltipla)
INCIDÊNCIA
MOTIVO APONTADO ENTRE AS
RESPONDENTES
Reforma trabalhista, da previdência, medidas neoliberais e retrocessos
29,4%
sociais
Visibilidade pública da luta de mulheres 24,8%
Igualdade de direitos 20,9%
Fortalecimento do movimento de mulheres, solidariedade entre
19,6%
mulheres
Feminicídio, violência contra a mulher e/ou violência doméstica 19,0%
Machismo e patriarcado 11,1%
Equiparação salarial, de oportunidades e igualdade de gênero no
8,5%
trabalho
Descriminalização do aborto e direitos reprodutivos 7,2%
Internacionalismo feminista 5,2%
Contra o golpe 5,2%
Assédio e estupro 4,6%
Conhecendo o 8 de maio 3,3%
Partido, sindicato, movimento social 3,3%
Racismo 2,6%
Liberdade sexual 2,6%
Homofobia e lesbofobia 2,6%
Representação política e em espaços de poder 2,0%
Maternidade, direitos das mães, divisão sexual do trabalho, tripla
2,0%
jornada, creche
Segurança da mulher nos espaços públicos da cidade 2,0%
Violência obstétrica 1,3%
Luta anticapitalista 1,3%
Fonte: elaboração própria. N = 153
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e direitos reprodutivos. Cabe notar que temas que ganham grande visibilidade nas
campanhas e militância em redes sociais entendidas como demandas “culturais” ou
“identitárias” tiveram pouca incidência entre as respostas: liberdade sexual,
representatividade na mídia, autoaceitação do corpo foram motivos para protestar pouco
mencionados pelas participantes. É possível alegar que essa seja uma idiossincrasia do 8M,
organizado em torno de um conjunto de pautas específicas, mas ainda assim os dados
contrariam a visão de um jovem feminismo puramente identitário e cultural.
INCIDÊNCIA
MOTIVO APONTADO ENTRE AS
RESPONDENTES
Feminicídio, violência contra a mulher e/ou violência doméstica 34,0%
Equiparação salarial, de oportunidades e igualdade de gênero no trabalho 28,1%
Descriminalização do aborto e direitos reprodutivos 26,8%
Igualdade de direitos 20,9%
Reforma trabalhista, da previdência, medidas neoliberais e retrocessos sociais 12,4%
Segurança da mulher nos espaços públicos da cidade 10,5%
Maternidade, direitos das mães, divisão sexual do trabalho, tripla jornada, creche 8,5%
Machismo e patriarcado 7,8%
Racismo 7,2%
Assédio e estupro 7,2%
Liberdade sexual 7,2%
Representação política e em espaços de poder 5,9%
Transfobia e/ou lgbtfobia 3,9%
Fortalecimento do movimento de mulheres, solidariedade entre mulheres 2,6%
Luta anticapitalista 2,6%
Igualdade de gênero na escola 1,3%
Representatividade na mídia 1,3%
Violência obstétrica 1,3%
Visibilidade pública da luta de mulheres 1,3%
Auto-aceitação do corpo 0,7%
Homofobia e lesbofobia 0,7%
Abolição da prostituição 0,7%
Moradia 0,7%
Encarceramento de mulheres 0,7%
Fonte: elaboração própria. N = 153
Cabe ponderar que o questionário (ver anexo) contemplava duas perguntas semelhantes:
os motivos para a participação especificamente na manifestação e quais eram as principais
pautas feministas na opinião da entrevistada. No primeiro caso, como já relatamos, a
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questão do combate às reformas da previdência e trabalhista foi a mais mencionada,
seguida por visibilidade pública da luta das mulheres, igualdade de direitos e
fortalecimento interno do movimento de mulheres/solidariedade. No caso da segunda
pergunta, que deveria contemplar pautas mais perenes do feminismo, a questão da
violência foi a mais destacada, seguida por oportunidades no mercado de trabalho,
descriminalização do aborto e direitos sexuais e reprodutivos e igualdade de direitos.
A pesquisa também visou aferir quais são as atividades relacionadas ao feminismo mais
praticados pelas manifestantes. As manifestações de rua destacam-se, com forte ênfase
também para a participação em palestras e rodas de conversa e o engajamento online. Nota-
se, mais uma vez, baixa participação em partidos políticos. Apesar de haver um percentual
elevado de manifestantes com preferência pelo PSOL e pelo PT, poucas declaram que
participam ativamente desses canais tradicionais de ação política.
Político-partidária 16,3
Outras 5,2
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palestras, coletivos e movimentos sociais e os livros também aparecem como fontes de
informação relevante. Há, novamente, certo descrédito com relação à mídia tradicional. Os
jornais e as revistas são citados como os veículos de informação de menor relevância, com
30,7% das menções.
Livros 57,5
Outras 5,2
Opiniões e Atitudes
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das transformações sociais necessárias à realização da igualdade de gênero, a relação entre
feminismo e abolicionismo penal e a visão sobre gênero e diferença (Tabela 3).
A despeito da grande polêmica nas redes sociais em torno da participação masculina nas
lutas das mulheres, a maioria (89,6%) das respondentes concorda ou concorda em parte
com a afirmação “Os homens devem participar das lutas feministas”. Ao concordar
parcialmente, é provável que um número expressivo (24,2%) das mulheres sinalize que
essa participação deve ser feita com ressalvas, possivelmente no lugar de apoiadores e não
de protagonistas do feminismo. Ainda assim, é surpreendente a visão inclusiva e um
rechaço ao feminismo essencialista4 entre as manifestantes.
4
De modo simplificado, chamamos aqui de “feminismo essencialista” vertentes do feminismo que
salientam uma dicotomia entre os sexos, tal como descrito por Carla Cristina Garcia: “[O feminismo
essencialista] Engloba as distintas correntes que igualam a liberação das mulheres com o desenvolvimento
e a preservação de uma contracultura feminina: viver em um mundo de mulheres para mulheres. Esta
contracultura exalta o princípio feminino e seus valores e repudia o masculino”. (Garcia, 2015: 101)
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independentemente
do partido
Os homens devem
participar das lutas 65,4 24,2 2,0 3,3 3,9 1,3
feministas
A profissão de
prostituta deve ser
58,2 17,0 6,5 2,0 7,8 8,5
regulamentada no
Brasil
Fonte: elaboração própria. N = 153
Um bloco específico de perguntas procurou tocar em questões que têm ganhado grande
visibilidade nas redes sociais e no ativismo feminista virtual: a relação entre gênero e raça,
a questão da prostituição, a relação entre gênero e classe, assim como opinião sobre a nudez
como repertório de protesto. O que vemos, por exemplo, é que a questão das mulheres
negras no 8 de Março ao mesmo tempo que não mobilizou muitas manifestações
espontâneas (entre as causas feministas apontadas na Tabela 2 a luta contra o racismo foi
apontada por apenas 7,2% das respondentes), tampouco dividiu as respondentes: 75,2%
afirmaram que concordam que a causa seja prioridade no feminismo. Isso nos leva a inferir
que o tema carrega em si um constrangimento: é considerado como digno de manifestação
e apoio das feministas, mas ainda não está solidificado dentro das pautas prioritárias. O
fenômeno da concordância elevada se repete com relação à prostituição: embora o discurso
“abolicionista” tenha grande visibilidade nas redes, na manifestação do 8M 75% das
mulheres concordaram ou concordaram em parte com a necessidade de regulamentação da
profissão.
18
Afinadas com a visão de esquerda manifestada em outras perguntas, 81,4% das
participantes concordaram ou concordaram em parte com a necessidade de uma “mudança
radical no sistema capitalista” para emancipar as mulheres. Ao mesmo tempo, foi
interessante constatar que tamanha é a percepção de sub-representação política das
mulheres uma vez que 78% delas concordaram com a assertiva “É importante haver mais
mulheres eleitas independentemente do partido”.
Considerações finais
Os dados obtidos nesse estudo precisam ser lidos com certa cautela. Eles expressam as
opiniões e as atitudes das mulheres presentes ao ato feminista de 8 de Março de 2017 no
Rio de Janeiro e não podem ser confundidas com as opiniões e atitudes de todas as
mulheres envolvidas na luta pela emancipação das mulheres. Mas servem como pistas
importantes para entendermos como o movimento feminista vem se estruturando e se
desenvolvendo no Brasil contemporâneo.
Bibliografia de referência
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jan/fev/mar: 80-88
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BUDGEON, Shelley. (2011) Third Wave Feminism and the Politics of Gender in Late
Modernity. New York: Palgrave McMillan
CARREIRÃO, Y.S. “Identificação ideológica, partidos e voto na eleição presidencial de
2006”. Opinião Pública, v. 13, n. 2, p.307-339, 2007.
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DUTRA, Mariana Passos e NUNES, Tiago (2015) “Marcha das Vadias como redes de
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GARCIA, Carla Cristina. (2015) Breve história do feminismo. 3ª ed. São Paulo: Editora
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SCOTT, Joan. (1995). “Gênero: uma categoria útil de análise histórica”. Educação &
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SORJ, Bila. (2016) “Do ‘pessoal é político’ para o ‘político é pessoal’? Novas tendências
no feminismo no Brasil”. Paper apresentado na XXXIV International Congress of the Latin
American Studies Association.
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WALGRAVE, S.; VERHULST, J. “Selection and response bias in protest surveys”. Mobilization:
An International Journal, v. 16, n. 2, p. 203-222, 2011.
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