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14/10/2015

A POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL


• A politica de Assistência Social no Brasil
E O
• A constituição do Sistema Único de Assistência Social – SUAS

• A Politica Nacional de Assistência Social –PNAS

• SUAS X Serviço Social = contradições e debates no meio profissional

Nova concepção para a Assistência


Social brasileira: • Marco histórico: IV Conferência Nacional de
Assistência Social, realizada em Brasília, em
C.F -1988 - A partir da Constituição de dezembro de 2003.
88, a assistência social passa a fazer
parte da estrutura da seguridade
social e conquista a estatura de
Política Pública de Direito

LOAS – 1993 - Regulamenta a Assistência Social como politica pública

A Assistência Social inicia seu trânsito para um campo novo: o campo dos direitos,
da universalização dos acessos e da responsabilidade estatal.

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• Construir uma agenda para 2004, para que, sob a • A Política Nacional de Assistência Social
coordenação do Ministério da Assistência Social, aprovada em 2004, preve a organização do
seja implantado/implementado o Sistema Único SUAS como política de proteção social
de Assistência Social – SUAS de forma articulada com outras políticas do campo
descentralizada, regionalizada e hierarquizada, social, voltada a garantias de direitos e de
com base no território. condições dignas de vida.

• O Plano Nacional de Assistência Social deve ser a


tradução da implantação do SUAS, deixando claro
a estratégia de implantação (com prazos e metas).
Antes de ser deliberado pelo Conselho Nacional
de Assistência Social - CNAS deve haver amplo
debate com gestores e conselhos do DF, estaduais
e municipais.

A Assistência Social alçada à condição de política • De acordo com Mota (2009), o SUAS
pública na Constituição Federal de 1988 e viabilizou a normatização, organização,
regulamentada pela LOAS, permaneceu ao longo
de sua história, particularmente restrita à racionalização e padronização dos serviços,
administração do benefício de prestação continuada bem como a superação da histórica cultura
e à concessão de benefícios pontuais, com ranços assistencialista brasileira, pautada no
assistencialistas e populistas, muitas vezes
confundida com caridade.
patrimonialismo e na caridade, firmando
parâmetros técnicos e de profissionalização
• É somente a partir dos anos 2000 que a assistência em sua execução.
social começa a receber maior atenção do Estado,
ampliando o escopo de suas ações, especialmente, Na perspectiva do controle social,
com a publicação PNAS em 2004. Está “redesenhou” apresentou avanços importantes como a
a assistência social na perspectiva da criação de um construção de um sistema descentralizado
Sistema Único. O SUAS passa a ser então, o novo e participativo, e a articulação entre planos,
modelo de organização da assistência social e tem fundos e conselhos.
como enfoque a proteção social.

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A PNAS expressa a materialidade do conteúdo da


Pilares: Assistência Social como um pilar do Sistema de
Proteção Social Brasileiro no âmbito da Seguridade
Constituição Federal -1988 Social. Divide-se em quatro itens principais:
LOAS - 1993
Política Nacional de Assistência Social – 2004
NOBRH-SUAS – 2006 • 1- Analise Situacional
• 2- Política Pública de Assistência Social
Tipificação dos serviço socioassistenciais – 2009/2014
• 3- Gestão da Política Nacional de Assistência Social
Lei nº 12.435, (altera a LOAS) - 2011 na perspectiva do SUAS.
Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social – • 4- Considerações Finais.
2012

A proteção social deve garantir


Entende-se por Proteção Social as formas as seguintes seguranças
institucionalizadas que as sociedades constituem
para proteger parte ou o conjunto de seus
membros. - segurança de sobrevivência
(de rendimento e de autonomia);
Tais sistemas decorrem de certas vicissitudes da
vida natural ou social, tais como: a velhice, a
doença, o infortúnio, as privações. (...),as formas
seletivas de distribuição e redistribuição de bens
- de acolhida;
materiais (como a comida e o dinheiro),de bens
culturais (como os saberes), que permitirão a
sobrevivência e a integração, sob várias formas
na vida social. Ainda, os princípios reguladores e
as normas que, com intuito de proteção, fazem - convívio ou vivência familiar.
parte da vida das coletividades”.

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Segurança da acolhida: opera com a provisão


• Segurança de rendimentos: a garantia de de necessidades humanas, direito à
que todos tenham uma forma monetária de alimentação, ao vestuário, e ao abrigo, próprios
garantir sua sobrevivência, à vida humana em sociedade. A conquista da
independentemente de suas limitações para autonomia na provisão dessas necessidades
o trabalho ou do desemprego. básicas é a orientação desta segurança da
assistência social.

Segurança da vivência familiar ou a segurança PRINCÍPIOS:


do convívio: supõe a não aceitação de situações I – Supremacia do atendimento às necessidades sociais
de reclusão e de perda das relações. As barreiras sobre as exigências de rentabilidade econômica;
relacionais criadas por questões individuais,
grupais, sociais por discriminação ou múltiplas II - Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o
inaceitações ou intolerâncias estão no campo do destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais
convívio humano.
políticas públicas;
III - Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de
qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação
vexatória de necessidade;

IV - Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza,


garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais;

V – Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como
dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão.

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DIRETRIZES:
A Política Pública de Assistência Social realiza-se de
I - Descentralização político-administrativa, cabendo a
coordenação e as normas gerais à esfera federal e a forma integrada às políticas setoriais, considerando:
coordenação e execução dos respectivos programas
às esferas estadual e municipal, bem como a
entidades beneficentes e de assistência social, as desigualdades socioterritoriais,
garantindo o comando único das ações em cada
esfera de governo, respeitando-se as diferenças e
as características socioterritoriais locais;
à garantia dos mínimos sociais,
II - Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das
políticas e no controle das ações em todos os níveis;
ao provimento de condições para atender
III - Primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em contingências sociais
cada esfera de governo;
IV - Centralidade na família para concepção e implementação dos benefícios, serviços,
programas e projetos. à universalização dos direitos sociais.

OBJETIVOS:
Prover serviços, programas, projetos e benefícios de
Usuários
proteção social básica e, ou, especial para famílias, • cidadãos e grupos que se encontram em situações de
indivíduos e grupos que deles necessitarem; vulnerabilidade e riscos,
• ciclos de vida;
• identidades estigmatizadas em termos étnico, cultural e sexual;
Contribuir com a inclusão e a eqüidade dos usuários e • desvantagem pessoal resultante de deficiências;
grupos específicos, ampliando o acesso aos bens e serviços
socioassistenciais básicos e especiais, em áreas urbana e • exclusão pela pobreza e, ou, no acesso às demais políticas
rural; públicas;
• uso de substâncias psicoativas;
• diferentes formas de violência advinda do núcleo familiar, grupos
Assegurar que as ações no âmbito da assistência social e indivíduos;
tenham centralidade na família, e que garantam a • inserção precária ou não inserção no mercado de trabalho formal
convivência familiar e comunitária; e informal;
• estratégias e alternativas diferenciadas de sobrevivência que
podem representar risco pessoal e social.

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Assistência Social e as proteções afiançadas:


Proteção Social Básica

Objetivos:
Proteção Social Básica Proteção Social Especial
prevenir situações de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e
aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.

MÉDIA COMPLEXIDADE
Destina-se:
à população que vive em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza,
privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso aos serviços públicos, dentre
outros) e, ou, fragilização de vínculos afetivos - relacionais e de pertencimento social
ALTA COMPLEXIDADE (discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências, dentre outras).

Proteção Social Básica Centro de Referência da Assistência


• Prevê o desenvolvimento de serviços, programas e
Social e os serviços de proteção básica:
projetos locais de acolhimento, convivência e
socialização de famílias e de indivíduos, conforme
identificação da situação de vulnerabilidade
apresentada.
Os benefícios, tanto de prestação continuada como os eventuais, compõem a proteção social básica,
dada a natureza de sua realização.
Os programas e projetos são executados pelas três instâncias de governo e devem ser articulados
dentro do SUAS. Vale destacar: • CRAS é uma unidade pública estatal de base territorial, localizado em áreas de
vulnerabilidade social, que abrange a um total de até 1.000 famílias/ano.

• Executa serviços de proteção social básica, organiza e coordena a rede de


serviços sócio-assistenciais locais da política de assistência social.

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• O CRAS atua com famílias e indivíduos em seu contexto


comunitário, visando a orientação e o convívio sócio-familiar e São considerados serviços de proteção
comunitário. Neste sentido é responsável pela oferta do PAIF. básica de assistência social:

• O trabalho com famílias deve considerar novas referências


para a compreensão dos diferentes arranjos familiares e partir
do suposto de que são funções básicas das famílias: • Programa de Atenção Integral às Famílias; (Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família )
• Programa de inclusão produtiva e projetos de enfrentamento da pobreza;
• Centros de Convivência para Idosos;
-prover a proteção e a socialização dos seus membros; • Serviços para crianças de 0 a 6 anos, que visem o fortalecimento dos vínculos familiares, o direito de brincar,
-constituir-se como referência moral, de vínculos afetivos e ações de socialização e de sensibilização para a defesa dos direitos das crianças;
sociais e de identidade grupal, • Serviços sócio-educativos para crianças, adolescentes e jovens na faixa etária de 6 a 24 anos, visando sua
proteção, socialização e o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários;
-ser mediadora das relações dos seus membros com outras • Programas de incentivo ao protagonismo juvenil e de fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários;
instituições sociais e com o Estado. • Centros de informação e de educação para o trabalho, voltados para jovens e adultos.

• *SEGUNDO A TIPIFICAÇÃO: Proteção Social Especial


• A proteção social especial é a modalidade de atendimento
assistencial destinada a famílias e indivíduos que se encontram em
situação de risco pessoal e social, por ocorrência de abandono,
maus tratos físicos e, ou, psíquicos, abuso sexual, uso de
substâncias psicoativas, cumprimento de medidas sócio-educativas,
PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA situação de rua, situação de trabalho infantil, entre outras.

1. Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF); A ética da atenção da proteção especial pressupõe o respeito à cidadania, o reconhecimento do grupo familiar como
2. Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos; referência afetiva e moral e a reestruturação das redes de reciprocidade social. Deve priorizar a reestruturação dos
serviços de abrigamento dos indivíduos que não contam mais com a proteção e o cuidado de suas famílias.
3. Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com
Á população em situação de rua serão priorizados os serviços que possibilitem a organização de um novo projeto de
Deficiência e Idosas. vida, visando criar condições para adquirirem referências na sociedade brasileira, enquanto sujeitos de direito.

Os serviços de proteção especial têm estreita interface com o sistema de garantia de direito exigindo, muitas vezes,
uma gestão mais complexa e compartilhada com o Poder Judiciário, Ministério Público e outros órgãos e ações do
Executivo.

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Proteção Social Especial de média complexidade • O CREAS é uma unidade pública estatal, de
abrangência municipal ou regional,
referência para a oferta de trabalho social a
• São considerados serviços de média complexidade aqueles que famílias e indivíduos em situação de risco
oferecem atendimentos às famílias e indivíduos com seus direitos
violados, mas cujos vínculos familiar e comunitário não foram pessoal e social, por violação de direitos,
rompidos. Requerem maior estruturação técnico-operacional e que demandam intervenções especializadas
atenção especializada e mais individualizada, e, ou, no âmbito do SUAS.
acompanhamento sistemático e monitorado:

 CREAS
 Serviço de orientação e apoio sócio-familiar;
 Plantão Social;
 Abordagem de Rua;
 Cuidado no Domicílio;
 Serviço de Habilitação e Reabilitação na comunidade das pessoas com
deficiência; Medidas sócio-educativas em meio-aberto (PSC – Prestação de
Serviços à Comunidade e LA – Liberdade Assistida).

Proteção Social Especial de alta complexidade GESTÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA


SOCIAL NA PERSPECTIVA DO SISTEMA ÚNICO DE
• Os serviços de proteção social especial de alta complexidade são ASSISTÊNCIA SOCIAL
aqueles que garantem proteção integral – moradia, alimentação,
higienização e trabalho protegido para famílias e indivíduos que
se encontram sem referência e, ou, em situação de ameaça, • 3.1 Conceito e base de organização do Sistema Único de Assistência Social –SUAS
necessitando ser retirados de seu núcleo familiar e, ou,
comunitário, tais como:
- modelo de gestão descentralizado e participativo;
 Atendimento Integral Institucional;
 Casa Lar/ República; -constitui-se na regulação e organização em todo o território nacional das ações
 Casa de Passagem; socioassistenciais.
 Albergue; - gestão compartilhada;
 Família Substituta;
 Família Acolhedora; - co-financiamento da política pelas três esferas de governo
 Medidas sócio-educativas restritivas e privativas de liberdade (Semi-liberdade,
Internação provisória e sentenciada); -definição clara das competências técnico-políticas da União, Estados, Distrito Federal e
 Trabalho protegido. Municípios, com a participação e mobilização da sociedade civil.

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Os serviços socioassistenciais no SUAS são organizados


segundo as seguintes referências:

1-Vigilância Social:
1-Vigilância Social, • refere-se à produção, sistematização de informações, indicadores e índices
territorializados das situações de vulnerabilidade e risco pessoal e social (...),
vigilância sobre os padrões de serviços de assistência social (...)
2- Proteção Social
3-Defesa Social e Institucional • Os indicadores a serem construídos devem mensurar no território as situações
de riscos sociais e violação de direitos.

3- Defesa Social e Institucional:

Garantir aos seus usuários o acesso ao conhecimento dos


direitos socioassistenciais e sua defesa.

2-Proteção Social:
São direitos socioassistenciais :
• segurança de sobrevivência ou de rendimento e de autonomia, através de benefícios • Direito ao atendimento digno, atencioso e respeitoso, ausente de procedimentos vexatórios e coercitivos;

continuados e eventuais. • Direito ao tempo, de modo a acessar a rede de serviço com reduzida espera e de acordo com a necessidade;
• Direito à informação, enquanto direito primário do cidadão, sobretudo àqueles com vivência de barreiras culturais,
• segurança de convívio ou vivência familiar: através de ações, cuidados e serviços que de leitura, de limitações físicas;
restabeleçam vínculos pessoais, familiares, de vizinhança, de segmento social,
• Direito do usuário ao protagonismo e manifestação de seus interesses;

• segurança de acolhida: através de ações, cuidados, serviços e projetos operados em rede • Direito do usuário à oferta qualificada de serviço;
com unidade de porta de entrada destinada a proteger e recuperar as situações de
abandono e isolamento de • Direito de convivência familiar e comunitária.

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Eixos Estruturantes: Matricialidade Sócio-Familiar


• Família: conjunto de pessoas que se acham
unidas por laços consangüíneos, afetivos e, ou,
de solidariedade.
1-Matricialidade Sócio-Familiar;
Pressuposto: a centralidade da família e a superação da focalização, no âmbito da
2- Descentralização político-administrativa e Territorialização; política de Assistência Social, repousam no pressuposto de que para a família
3- Novas bases para a relação entre Estado e Sociedade Civil; prevenir, proteger, promover e incluir seus membros é necessário, em primeiro lugar,
garantir condições de sustentabilidade para tal.
4- Financiamento;
5- Controle Social A centralidade da família é garantida à medida que na Assistência Social,
desenvolva uma política de cunho universalista, que em conjunto com as
6- A Política de Recursos Humanos; transferências de renda em patamares aceitáveis se desenvolva, prioritariamente,
7-A Informação, o Monitoramento e a Avaliação. em redes socioassistenciais que suportem as tarefas cotidianas de cuidado e que
valorizem a convivência familiar e comunitária.

Como forma de caracterização dos grupos territoriais da


Descentralização político-administrativa e PNAS será utilizada como referência a definição de
municípios como de pequeno, médio e grande porte
Territorialização utilizada pelo IBGE:

• Cabe a cada esfera de governo, em seu âmbito de atuação, respeitando os princípios e • Municípios de pequeno porte 1 –população chega a 20.000 habitantes (até 5.000 famílias em
diretrizes estabelecidas na PNAS, coordenar, formular e co-financiar além de monitorar, média), forte presença de população em zona rural, 45%. Possuem como referência
avaliar, capacitar e sistematizar as informações. municípios de maior porte, necessitam de uma rede simplificada e reduzida de serviços de
proteção social básica. Em geral, não apresentam demanda significativa de proteção social
especial.
• Considerando a alta densidade populacional do país e seu alto grau de heterogeneidade e
desigualdade socioterritorial presentes entre os seus 5.561 municípios, a vertente territorial
faz-se urgente e necessária na PNAS. Exige-se agregar ao conhecimento da realidade a • Municípios de pequeno porte 2 –população varia de 20.001 a 50.000 habitantes (cerca de
dinâmica demográfica associada à dinâmica socioterritorial em curso. 5.000 a 10.000 famílias em média). Diferenciam-se dos pequeno porte 1 no que se refere à
concentração da população rural que corresponde a 30%. Quanto às suas características
relacionais mantém-se as mesmas dos municípios pequenos 1.

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• Municípios de médio porte –população está entre 50.001


a 100.000 habitantes (cerca de 10.000 a 25.000 famílias).
Novas bases para a relação entre o Estado
Conta com a referência de municípios de grande porte
para questões de maior complexidade, mas já possuem
e a Sociedade Civil
mais autonomia na estruturação de sua economia.
Necessitam de uma rede mais ampla de serviços de • A gravidade dos problemas sociais brasileiros exige que o Estado
assistência social. Quanto à proteção especial, se assuma a primazia da responsabilidade em cada esfera de
assemelha à dos municípios de pequeno porte, no governo na condução da política. Por outro lado, a sociedade
entanto, a probabilidade de ocorrerem demandas nessa civil participa como parceira, de forma complementar na oferta
área é maior, o que leva a se considerar a possibilidade de de serviços, programas, projetos e benefícios de Assistência
sediarem serviços próprios dessa natureza ou de
referência regional, agregando municípios de pequeno Social. Possui, ainda, o papel de exercer o controle social sobre a
porte no seu entorno. mesma.

Municípios de grande porte – entende-se por municípios de grande porte aqueles cuja população é de 101.000
habitantes até 900.000 habitantes (cerca de 25.000 a 250.000 famílias). São os mais complexos na sua • Esta prerrogativa está assegurada no art. 5º, inciso III, da LOAS.
estruturação econômica. Apresentam grande demanda por serviços das várias áreas de políticas públicas. Em
razão dessas características, a rede socioassistencial deve ser mais complexa e diversificada, envolvendo serviços
de proteção social básica, bem como uma ampla rede de proteção especial (nos níveis de média e alta
complexidade). • A administração pública deverá desenvolver habilidades
específicas, com destaque para a formação de redes como
Metrópoles – entende-se por metrópole os municípios com mais de 900.000 habitantes (atingindo uma média estratégia de articulação política que resulta na integralidade do
superior a 250.000 famílias cada). Para além das características dos grandes municípios, as metrópoles
apresentam o agravante dos chamados territórios de fronteira, que significam zonas de limites que configuram a atendimento.
região metropolitana e normalmente com forte ausência de serviços do Estado.

Financiamento

•O financiamento da Seguridade Social está previsto no art. 195, da C.F. 1988, instituindo que, através de
Orçamento próprio, as fontes de custeio das políticas que compõem o tripé devem ser financiadas por toda a
sociedade, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos • O financiamento deve ter como base os diagnósticos socioterritoriais apontados pelo
Municípios e das contribuições sociais. Sistema Nacional de Informações de Assistência Social considerando as demandas e
prioridades, de acordo com as diversidades e parte de cada região ou território, a
•Tendo sido a assistência social inserida constitucionalmente no tripé da Seguridade Social, é o financiamento desta capacidade de gestão e de atendimento e de arrecadação de cada município/região, bem
a base que irá financiar a PNAS, o qual se dá com a participação de toda a sociedade de forma direta e indireta:
como os diferentes níveis de complexidade dos serviços, através de pactuações e
• Nos orçamentos da União, dos Estados, DF e dos Municípios; deliberações estabelecidas com os entes federados e os respectivos conselhos.
• Mediante contribuições sociais
• Recomenda-se que Estados, Distrito Federal e Municípios invistam, no mínimo, 5% do total
No Sistema Descentralizado e Participativo da Assistência Social, que toma corpo através da proposta de um
da arrecadação de seus orçamentos para a área, por considerar a extrema relevância de,
Sistema Único, a instância de financiamento é representada pelos Fundos de Assistência Social nas três esferas efetivamente, se instituir o co-financiamento, em razão da grande demanda e exigência de
de governo. recursos para esta política.

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Controle Social • Conferências: avaliar a situação da assistência social, definir diretrizes


para a política, verificar os avanços ocorridos num espaço de tempo
• O controle social tem sua concepção advinda da C.F. de determinado (artigo 18, inciso VI, da LOAS).
1988, enquanto instrumento de efetivação da participação
popular no processo de gestão político-administrativa- • Conselhos: deliberação e fiscalização da execução da política e de seu
financeira e técnico-operativa, com caráter democrático e financiamento; a aprovação do plano; apreciação e aprovação da
descentralizado. Dentro dessa lógica, o controle do Estado proposta orçamentária para a área e do plano de aplicação do fundo,
é exercido pela sociedade. com a definição dos critérios de partilha dos recursos, exercidas em
cada instância em que estão estabelecidos. Normatizam, disciplinam,
acompanham, avaliam e fiscalizam os serviços de assistência social,
• Os espaços privilegiados onde se efetivará essa prestados pela rede socioassistencial, definindo os padrões de
participação são os conselhos e as conferências, não qualidade de atendimento, e estabelecendo os critérios para o
sendo, no entanto, os únicos, já que outras instância repasse de recursos financeiros (artigo 18, da LOAS).
somam força a esse processo.
• Comissões Intergestoras Tri e Bipartite: espaços de pactuação da
gestão compartilhada e democratização do Estado, seguindo as
deliberações dos conselhos de assistência social.

A Política de Recursos Humanos A Informação, o Monitoramento e a Avaliação


Elaboração e implementação de planos de monitoramento e avaliação e
• Considerando que a assistência social é uma política que tem criação de um sistema oficial de informação que possibilitem: a
mensuração da eficiência e da eficácia das ações previstas nos Planos
seu campo próprio de atuação e que se realiza em estreita de Assistência Social; a transparência; o acompanhamento; a avaliação
relação com outras políticas, uma política de recursos do sistema e a realização de estudos, pesquisas e diagnósticos a fim de
humanos deve pautar-se por reconhecer a natureza e contribuir para a formulação da política pelas três esferas de governo.
especificidade do trabalhador, mas, também, o conteúdo
intersetorial de sua atuação.
• Tal produção deve ser pautada afiançando:

Cabe aos trabalhadores: 1) A preocupação determinante com o processo de democratização da política e com a prática radical do controle social da
- Superar a atuação na vertente de viabilizadores de programas para a de viabilizadores de direitos. administração pública.
- Conhecimento profundo da legislação implantada a partir da Constituição Federal de 1988. 2) Novos parâmetros de produção, tratamento e disseminação da informação pública que a transforme em informação social
válida e útil, que efetivamente incida em níveis de visibilidade social, de eficácia e que resulte na otimização político-
Cabe aos gestores: operacional necessária para a política pública;
- qualificação dos recursos humanos e maior capacidade de gestão dos operadores da política. 4) A maximização da eficiência, eficácia e efetividade das ações de assistência social;
- criação de um plano de carreira
5) O desenvolvimento de sistemáticas específicas de avaliação e monitoramento para o incremento da resolutividade das
- valorizar o serviço público e seus trabalhadores, priorizando o concurso público,
ações, da qualidade dos serviços e dos processos de trabalho na área da assistência social, da gestão e do controle social.
6) A construção de indicadores de impacto, implicações e resultados da ação da política e das condições de vida de seus
usuários.

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Numa análise endógena, ou seja, que considere o processo histórico de evolução da política como
-- Mavi Pacheco = o cenário atual é o de “assistencialização” da seguridade social. O padrão de proteção social algo engendrado apenas em seu interior, poder-se-ia dizer que o SUAS foi a iniciativa mais
brasileiro é pobre e focalizado e, mesmo voltado para as camadas mais miseráveis da sociedade, não tira a classe importante para efetivação da assistência social como política pública, garantindo a consolidação de
trabalhadora da condição subalternizada e não amplia direitos. serviços, programas e projetos de proteção social para a população mais pobre em todo o território
--Secretária nacional do MDS, Denise Colin, = afirmou que há avanços na política de assistência social frente à nacional.
realidade econômica, política e social brasileira, e um deles é a redução da extrema pobreza no país. Ela falou
também do trabalho de assistentes sociais, que deixaram de ser operadores de programas para efetivar direitos. Contudo, não se pode esquecer de que as políticas sociais de forma geral, e de forma específica a
--A professora Aldaíza Sposati defendeu a política, criticando quem chama de “assistencialização” a atenção dada Assistência Social, mesmo incorporando em parte as demandas da classe trabalhadora, são alvo de
às camadas mais pobres. Ela abordou algumas determinações e tensões no trabalho de assistentes sociais, como o constantes investidas do capital que procura sempre adequá-las a seus interesses. Assim, para não
conflito entre direito e concessão, esta pela herança política liberal conservadora.
se recair em visões reducionistas e até ingênuas da realidade, é preciso analisar a expansão da
--A professora Ivanete Boschetti defendeu uma atuação profissional que busque a emancipação humana, mas que
as disparidades salariais, a precarização dos contratos de trabalho e a desregulamentação dos direitos não Assistência Social em sua inserção mais geral na dinâmica da sociedade determinada por esse modo
asseguram o exercício profissional que o projeto ético-político aponta para a categoria. específico de produção.

O Estado brasileiro, a partir da década de 1990, passou a aderir ao ideário neoliberal, acatando as
determinações dos organismos internacionais e adequando as políticas sociais às tendências do Assim, a expansão dessa política não foi um movimento repentino e isolado, mas uma estratégia
Consenso de Washington, o que repercutiu na mercantilização da Seguridade Social, especialmente funcional aos interesses do capitalismo neoliberal. Ao centralizar a proteção social na política da
da saúde e da previdência social. Assistência Social, o Estado buscou legitimar a fragmentação das demais políticas e, ao mesmo tempo,
repassar para a assistência a função de integração de uma significativa parcela da população à ordem
Ancorada em uma agenda mais propositiva que a do liberalismo clássico, a ofensiva neoliberal não social, papel que o trabalho assalariado já não consegue cumprir em tempos de desemprego estrutural
extinguiu totalmente a intervenção estatal no campo social, mas propôs uma expansão de políticas (SITCOVSKY, 2009, p.153).
compensatórias direcionadas às parcelas mais pobres da população.
Mota (2009) observa que, dessa forma o governo, ao mesmo tempo em que faz a reforma
Sobre o discurso da equidade propagaram-se programas seletivos de transferência de renda, de previdenciária, reorganiza a política de assistência social e coloca o processo de precarização do
forma que na atualidade “[...] a Assistência Social deixa de ser uma política de acesso às demais trabalho como inevitável e definitivo. Ou seja, “[...] na impossibilidade de garantir o direito ao trabalho-
políticas setoriais, assumindo uma centralidade na política social.” (SITCOVSKY, 2009, p.153). [...] - o Estado amplia o campo de atuação da assistência, assumindo como usuários da mesma os
aptos para o trabalho.” (MOTA, 2009, p.189).

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Não se pode deixar de considerar, então, que a


construção do SUAS se dá a partir de referências
Tem-se assim, um dos primeiros aspectos que ajudam a compreender a lógica que norteia
políticas e ideológicas especificas que não têm como
objetivo qualquer alteração da ordem vigente. Ao o SUAS, o de apresentar a política apartada dos interesses de classe, convertendo questões
contrário, visam à manutenção da estrutura capitalista
políticas em problemas técnicos ou de desintegração social o que, como aponta Guerra (2007,
e da política neoliberal, bem como o controle dos
pobres, ou, em outras palavras, a manutenção e p.135), atribui à política social um aspecto místico sustentado “[...] no discurso da neutralidade
reprodução da pobreza.
do Estado, na primazia dos aspectos técnicos sobre o econômico e nas transformações dos
antagonismos das classes sociais em meras contingências do progresso.”

• 1- –(Prefeitura de Louveira/ Vunesp/2007) Os Centros de Referência da Assistência


Social (CRAS) são espaços físicos localizados em áreas de pobreza. Esses centros
prestam:

O paradigma de centralidade na família, como referencial teórico-metodológico para


intervenção profissional, tem como consequência uma despolitização da questão social, sendo • (A) atendimento socioassistencial, articulando os serviços sociais disponíveis e
seu foco principal as relações interpessoais de determinados grupos familiares. As práticas potencializando a rede de proteção social básica.
socioeducativas derivadas dessa perspectiva remetem à refuncionalização das relações • (B) acompanhamento psiquiátrico a famílias pobres em um determinado território.
pedagógicas mediante estratégias de reorganização da cultura dominante, por meio de processos • (C) assistência social com o objetivo de colocação da família como centro de
socioassistenciais que buscam retomar ações profissionais com características de “ajuda referência, fortalecendo os seus vínculos internos e externos de solidariedade.
psicossocial individualizada.”
• (D) apoio financeiro ao grupo familiar que possui crianças e adolescentes inseridos,
de forma irregular, no mercado de trabalho.
Em outras palavras, entende-se que a ideia de centralidade na família desconsidera as
contradições sociais intrínsecas ao capitalismo e o lugar que essas famílias ocupam na sociedade • (E) benefício assistencial continuado, previsto na Constituição Federal e
de classes. Traz uma análise limitada de fenômenos sociais como a violência familiar que se regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social.
expressa em intervenções, reforçando a ideologia burguesa, que ignoram a violência estrutural
produzida por esse modo de organização social.

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14/10/2015

3- PMRP/2007) A PNAS/2004 prevê a implantação de


Centros de Referência de Assistência Social nos municípios.
O CRAS é:

I- Um centro de regulação e monitoramento das ações de proteção básica do SUAS desenvolvidas em âmbito local,
• 2-(Prefeitura de Louveira/ Vunesp/2007) Várias realizações foram executadas na para fins de transferência de recursos financeiros aos municípios.
formatação e operacionalização da política da assistência social no atual governo II- Uma unidade efetivadora de referência e contra-referência do usuário na rede socioassistencial do SUAS e
federal. Dentre elas, vale citar a: unidade de referência para os serviços das demais políticas públicas.
III- Um centro de atendimento a usuários de programas, projetos e serviços, destinado a garantir o acesso ao
conhecimento dos direitos sócioassistenciais e dos serviços ofertados.
• (A) maior regulação da LOAS pelas Conferências Nacionais de Assistência Social. IV- Uma unidade de acolhimento, orientação e referência para crianças, adolescentes, jovens ,adultos e idosos,
vítimas de formas de exploração, de violência e maus-tratos.
• (B) implementação do SUAS somente para as regiões mais pobres do país.
V-Uma unidade publica estatal responsável pela oferta de serviços continuados de proteção social básica de
• (C) articulação entre políticas sociais e financeiras com maior controle e regulação assistência social às famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade social.
social. Indique a alternativa correta:
• (D) integração de programas sociais como PAIF/PETI, com ênfase no Programa Bolsa- a)As afirmativas I e II estão corretas
Família. b)As afirmativas II e V estão corretas
c)As afirmativas III e IV estão corretas
• (E) ampliação dos serviços do Programa Benefício de Prestação Continuada (BPC). d)Apenas a afirmativa V está correta
e)Todas as afirmativas estão corretas

• Bons Estudos !

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