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A PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL E O

TURISMO

THE PRESERVATION OF HISTORIC AND CULTURAL PATRIMONY AND


THE TOURISM

Daniela Rosa da Silva1


Natalia Cristina Moutinho Sant’Anna2
Márcia Maria Dropa (Org.)3

RESUMO

Tendo em vista a potencialidade turística que os patrimônios históricos e culturais


possuem, torna-se necessário elaborar projetos e estratégias que visem à proteção
destes espaços, a fim de desenvolver plenamente o turismo sem que isso represente
aos monumentos a decadência estrutural. Deste modo, este artigo pretende abordar
as relações existentes entre a preservação dos patrimônios históricos e culturais e a
atividade turística. Para tanto se buscou como metodologia a pesquisa exploratória, de
reflexão, bibliográfica e documental, junto aos órgãos oficiais, traçando um panorama
histórico cultural da política patrimonial. Além do processo de tombamento, o
inventário, os planos diretores, desapropriação, transferência do potencial construtivo,
educação patrimonial, e ainda leis específicas são formas de promover a preservação
do patrimônio histórico. Outra ferramenta de relevância para a preservação, desde que
utilizada de maneira planejada, é o turismo que por meio da reutilização destes
espaços proporciona sua revitalização funcional e econômica, despertando também o
interesse da comunidade em conhecer seu patrimônio cultural.

Palavras Chaves: Patrimônio, Preservação, Turismo.

ABSTRACT

Based on the touristic potentiality related to historical and cultural patrimony, it is


necessary to develop projects and strategies aimed at the protection of these areas in

1
Daniela Rosa da Silva é acadêmica do quarto ano do Curso de Bacharelado em Turismo da
Universidade Estadual de Ponta Grossa; dani_rss@hotmail.com.
2
Natalia Cristina Moutinho Sant’Anna é acadêmica do quarto ano do Curso de Bacharelado em
Turismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa; nati-cms@bol.com.br.
3
Professora do Departamento de Turismo – UEPG – Mestre em História e Sociedade –
UNESP – Campus de Assis. Membro do Grupo de Pesquisa CNPq – Turismo Regional:
Planejamento, Organização e Desenvolvimento. Docente das disciplinas: Planejamento e
Organização do Turismo e Patrimônio Turístico. marciadropa@terra.com.br

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order to fully develop tourism preventing the monuments structural deterioration. Thus,
this article aims to discuss the relationship between the preservation of historical and
cultural patrimonies and tourist activity. The methodology used in this article is based
on the exploratory research, reflection, literature and public documents, in accordance
with official organizations, tracing a historical and cultural image. Besides the process
of tipping, inventory, planning, expropriation, transference of the potential constructive,
patrimonial education, and specific laws are other ways to promote the preservation of
historical patrimony. Another relevant tool to the preservation, if used on an organized
way, is reusing these places providing its functional and economic revitalization,
attracting the interest of the community to redeem its past culture.

Key-words: Patrimony, Preservation, Tourism.

INTRODUÇÃO
Encontrando-se intimamente ligadas, patrimônio e cultura são
dois conceitos de fundamental importância para a atividade turística e para as
comunidades receptoras.
Uma ferramenta de comunicação entre os moradores e os turistas
é a interpretação de lugares, de acervos, de saberes e fazeres culturais. A
forma de escolher os meios e técnicas mais adequadas dependerá do lugar ou
do objeto a ser interpretado e do público residente.
Segundo AGUIRRE in Martins (2001) o patrimônio é algo de
valor, que se transmite e do qual todos se utilizam, seja individual ou
coletivamente. Elevando o conceito à categoria de patrimônio cultural
4
encontramos diversas definições que vem a elucidar pontos de vista
divergentes.
Durante muitos anos o patrimônio histórico e cultural foi definido
como todo bem que possuísse qualidade e representatividade superior aos
demais. O próprio conceito de cultura vigente no passado era restritivo e
delimitava que seriam apenas consideradas atividades culturais aquelas
provenientes do erudito, das belas-artes e aqueles testemunhos dos grandes
feitos das principais civilizações antigas.

4
O termo Patrimônio Cultural utilizado neste trabalho, refere-se a toda produção cultural de uma
comunidade, representado por suas edificações, museus, documentos, saber-fazer, manifestações culturais
e também o Patrimônio Natural (n/a).

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Para GONÇALVES (1988):
“Assim como a identidade de um indivíduo ou de uma família pode ser
definida pela posse de objetos que foram herdados e que permanecem
na família por várias gerações, também a identidade de uma nação
pode ser definida pelos seus monumentos – aquele conjunto de bens
culturais associados ao passado cultural. Esses bens constituem um
tipo especial de propriedade: a eles se atribui a capacidade de evocar o
passado e, desse modo, estabelecer uma ligação entre passado
presente e futuro. Em outras palavras, eles garantem a continuidade da
nação no tempo”.

A evolução no pensamento vigente, que passou a considerar a


influência do patrimônio na construção de uma identidade e da cultura de um
povo, foi de grande importância no processo de preservação destes
referenciais. Quando dizemos que “só se ama aquilo que se conhece, só se
preserva aquilo que se ama”, frase bastante comum nas discussões sobre
patrimônio, queremos afirmar que a preservação dos espaços de relevância
para a comunidade só ocorrerá a partir do momento em que aquela estiver
ciente de sua história e dos fatos agregados a ela.
Neste contexto, são várias as estratégias e mecanismos que
podem ser utilizados para a valorização e reconhecimento dos patrimônios, que
vão desde a educação patrimonial e o uso dos espaços para fins sociais à
utilização dos mesmos pela atividade turística.
Visando conhecer alguns destes mecanismos, o presente
trabalho tem por objetivo apresentar as relações existentes entre a preservação
do patrimônio cultural e a sua importância para o turismo. Sendo que para o
desenvolvimento desta pesquisa, foi utilizado como metodologia a pesquisa
exploratória, de reflexão, bibliográfica e documental, junto aos órgãos oficiais,
traçando um panorama histórico cultural da preservação do patrimônio no
Brasil.

DESENVOLVIMENTO
No Brasil, as primeiras menções ao patrimônio como bem coletivo
e que carecia de preservação, remontam ao império onde, com o objetivo de
reafirmar as conquistas e a supremacia da corte, a coroa exigiu a proteção dos

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principais fortes do país. Porém as mais importantes contribuições no que
tange o patrimônio só viriam com o século XX.
Do interesse em formar uma “identidade cultural” brasileira e
evitar um processo de desaparecimento ou destruição, sob a ameaça de uma
perda definitiva da cultura, costumes, tradições, história, entre outros,
intelectuais nacionalistas e políticos da década dos anos 30 desempenharam a
tarefa de identificar e autenticar a nação brasileira. Debates a cerca do
patrimônio cultural levantaram questões em relação ao o que deveria ser um
patrimônio, como deveria ser protegido e preservado, e como prevenir a sua
destruição e outras formas de ameaça.
Das primeiras iniciativas legais surgiram até então diversas leis,
regimentos, leis complementares, normativas entre outras a fim de oficializar os
procedimentos legais para chegar a uma definição de como preservar o
patrimônio histórico edificado do Brasil, dos seus respectivos Estados e
Municípios.
Seguindo uma ordem cronológica na história da Política Públicas
Brasileira foi somente em 1937 que o Estado veio a criar uma instituição de
alcance nacional para a preservação do patrimônio, sendo que o
reconhecimento da necessidade de proteger esses bens já havia sido apontado
nos anos vinte. Tendo como base um projeto solicitado à Mário de Andrade
para a criação de uma instituição nacional de proteção ao patrimônio cultural
brasileiro, foi criado em 30 de novembro de 1937 por um decreto presidencial o
SPHAN – Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Subordinado ao Ministério da Educação e Saúde, o SPHAN
definiu patrimônio como sendo:
“O conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja
conservação seja de interesse público, que por sua vinculação a fatos
memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor
arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico”. (LEMOS, 1981,
pág 43).

A convite de Gustavo Capanema, Ministro da Educação e Saúde,


ministério ao qual o SPHAN era subordinado, Rodrigo Melo Franco de Andrade
assumiu a direção da instituição em 1937. Mesmo sendo formado em Direito,

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seu nome estava associado a atividades literárias e culturais o que lhe rendeu
a publicação de um livro e a de muitos artigos sobre a história da arte e
arquitetura colonial brasileira. O caminho percorrido por Rodrigo na direção do
SPHAN marcou a história do patrimônio cultural brasileiro devido a dedicação e
envolvimento do mesmo em relação à defesa do patrimônio nacional.
Após a sua substituição em 1969 por Renato Soeiro e
posteriormente por Aloísio Magalhães em 1979, iniciou-se uma nova política
para o patrimônio cultural brasileiro, considerado o terceiro período da
instituição. Aloísio em oposição à Rodrigo, retomou os princípios do projeto
inicial de Mário de Andrade, de revelar a diversidade da cultura brasileira e
assegurar que ela seja levada em conta no processo de desenvolvimento e não
só “civilizar” o Brasil preservando uma “tradição”. (GONÇALVES, 1996).
Já com Aloísio Magalhães, a política de Patrimônio Cultural no
Brasil sofre profundas transformações. Para GONÇALVES “O tempo cultural
não é cronológico. Coisas do passado podem, de repente, tornar-se altamente
significativas para o presente e estimulantes ao futuro, os bens patrimoniais,
fazem parte de uma categoria mais ampla: os bens culturais”. (GONÇALVES,
1999, pág 51).
Aloísio Magalhães ampliou a noção de patrimônio cultural, não a
restringindo somente à arte e arquitetura colonial brasileira. Outras formas de
cultura popular são valorizadas, como: “arte e arquitetura popular; diferentes
tipos de artesanato, religiões populares, etc”. (GONÇALVES, 1999, pág 56).
Todos esses bens culturais passam a ser, não pelo caráter
excepcional, mas como integrantes da vida cotidiana e como formas de
expressão de diferentes grupos sociais, não obstante tenha havido um número
de tombamentos muito grande, ligado ao patrimônio edificado.
O antigo SPHAN, hoje conhecido como IPHAN - Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, vinculado ao Ministério da Cultura,
obedece a um princípio normativo atualmente contemplado pelo artigo 216 da
Constituição da República Federativa do Brasil. Segundo este artigo, seção II –
DA CULTURA:

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“Constituem Patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material
e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de
referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos
formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: I – As forma
de expressão; II – Os modos de criar, fazer e viver; III – As criações
científicas, artísticas e tecnológicas; IV – As obras, objetos documentos,
edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-
culturais; V – Os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico,
paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e
científico.”

Verifica-se que a Constituição de 1988 foi de grande relevância,


para a preservação dos referenciais identidários brasileiros, pois somente a
partir de sua criação passaram a serem considerados os patrimônios imateriais
como representantes do saber fazer popular.
Uma das grandes inovações trazidas pela Constituição de 1988
foi o aprofundamento com relação aos dois temas polêmicos, em que ela
endossa a intervenção na propriedade privada como uma necessidade para
ordenar a preservação. Outra questão relevante foi a que definiu mais
claramente os bens culturais, afirmando que os bens culturais existem
independentes da vontade da lei, do administrador e do tombamento, basta
que a comunidade os descubra e proteja.
Além da legislação em âmbito nacional, os patrimônios históricos
estão sob o amparo das leis estaduais e municipais.
O Estado do Paraná, em 16 de setembro de 1953, criou a
Coordenadoria do Patrimônio Cultural, que através da lei estadual n° 1211/53,
passou a ser o órgão responsável pelos assuntos relativos à preservação do
patrimônio arqueológico, histórico e natural. O mesmo substituiu as primeiras
medidas de preservação, o antigo Conselho do Patrimônio Histórico e Artístico
criado em outubro de 1948 juntamente com a Divisão de Defesa do Patrimônio
Histórico, Artístico e Cultural.
Em nível municipal, a cidade de Ponta Grossa conta com o
COMPAC – Conselho Municipal do Patrimônio Artístico e Cultural sob a lei n°
6.183/99.

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Deve-se destacar a semelhança nas leis que vigoram no âmbito
nacional e estadual, nas suas definições e nas formas de proteção do
patrimônio cultural.
O ato mais utilizado visando à proteção do patrimônio é o
processo de tombamento. A expressão “tombamento” provém do Português
onde tombo significava o inventário e o registro de quaisquer documentos. Tais
documentos eram arquivados numa das torres da muralha de Lisboa, que
passou a ser chamada de Torre do Tombo.
Segundo Lemos:
“Tombamento é um atributo que se dá ao bem cultural escolhido e
separado dos demais para que, nele, fique assegurada a garantia da
perpetuação da memória. Tombar, enquanto for registrar, é também
igual a guardar, preservar. O bem tombado não pode ser destruído e
qualquer intervenção por que necessite passar deve ser analisada e
autorizada. O tombamento oficial não pressupõe desapropriação. O
bem tombado continua na posse e usufruto total por parte de seu
proprietário, o responsável pela sua integridade”. (LEMOS, 1981, pág
85).

Tanto na lei federal quanto na Estadual para que um bem seja


tombado, necessita ser registrado em um dos quatro Livros do Tombo; O Livro
do Tombo Arqueológico, Etnográfico e paisagístico; no Livro do Tombo
Histórico; no Livro do Tombo das Belas Artes e no Livro do Tombo das Artes
Aplicadas.
O tombamento procede de forma compulsória quando o
proprietário é notificado pelo órgão competente do processo de tombamento, e
tem um prazo de quinze dias para recorrer da ação ou voluntária, que se dá
quando o proprietário solicita o procedimento e o imóvel está de acordo com as
normas e requisitos do órgão.
Toda solicitação de tombamento, ou de alterações no imóvel
tombado e na sua vizinhança estará suscetível à análise e aprovação de um
Conselho multidisciplinar que determinará a viabilidade do projeto. Na ocasião
de falta de recursos por parte do proprietário para efetuar eventuais
restaurações nos edifícios, o Conselho deliberará sobre a possibilidade de
custeio da obra. No caso de não cumprimento das normas estabelecidas, o
órgão se reserva no direito da cobrança de multas junto aos proprietários.

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As causas da decadência dos patrimônios históricos edificados
são muitas. A depredação humana, os fatores climáticos, o falso conceito de
modernização, a fiscalização falha e inadequada, a morosidade no processo de
tombamento, a especulação imobiliária, a preservação não inserida no contexto
da realidade sócio-econômica e os projetos de urbanização são alguns dos
fatores que interferem negativamente nos patrimônios.
O processo de tombamento, porém, não é a única forma de
preservação, além deste ato, existe o inventário, os planos diretores,
desapropriação, transferência do potencial construtivo, educação patrimonial, e
ainda leis específicas que podem ser criadas para incentivar a preservação dos
patrimônios edificados.
Outra ferramenta de relevância para a preservação, desde que
utilizada de maneira planejada, é o turismo, que pode vir a viabilizar a
revitalização funcional e econômica de espaços antes esquecidos pela
comunidade. Também são evidentes as melhorias do espaço público e na
infra-estrutura recuperando os aspectos urbanísticos e arquitetônicos.
Tratando-se de uma atividade que antes de tudo envolve as
relações sociais entre as pessoas, pode-se dizer que não há turismo sem o
relacionamento destas com seus semelhantes e com o seu passado cultural. A
partir deste entendimento tem-se que o turismo pode ser considerado um
complexo de inter-relações sociais, econômicas, políticas e culturais, como
MOESH (2000, p.9) mesmo especifica:
“O turismo é uma combinação complexa de inter-relacionamentos entre
produção e serviços, em cuja composição integram-se uma prática
social com base cultural, com herança histórica, a um meio ambiente
diverso, cartografia natural, relações sociais de hospitalidade, troca de
informações interculturais. O somatório desta dinâmica sociocultural
gera um fenômeno, recheado de objetividade/subjetividade, consumido
por milhões de pessoas, como síntese: o produto turístico.”

Não existe, portanto, turismo sem a apropriação de referenciais


culturais das comunidades receptoras. Este fato levará, em muitos casos, a
adoção de uma nova postura das populações no que tange a valorização e
preservação do patrimônio histórico.

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Locais que antes eram sub-utilizados, passam a abrigar agora
hotéis, restaurantes, salas de eventos, agências, entre outros, fazendo com
que a comunidade local e visitantes utilizem do espaço e ainda resgatem sua
identidade.
Já no processo de formatação de roteiros, a existência de
algumas edificações ou de um complexo delas preservadas tem como função
agregar valor propiciando uma experiência diferenciada ao turista. A sensação
de volta ao passado e resgate da memória é um dos sentimentos muito
explorados pelo turismo. Falando sobre ela, Rodrigues (2001) comenta:
“A memória social será tão mais significativa quanto mais representar o
que foi vivido pelos diversos segmentos sociais e quanto mais mobilizar
o mundo afetivo dos indivíduos, suscitando suas lembranças
particulares. Nestas, e só nestas, alcançado pelo sentimento e
sustentado pela sensação, o passado é reconstruído plenamente. Feito
de fantasias, parecendo sempre melhor que o presente, ele aflora
idealizado, porque reconstruído por nós que já não somos o que éramos
e, movidos pela nostalgia, queremos que ele nos traga de volta as
sensações já vividas”.

Sendo assim, torna-se de fundamental importância para a


atividade, discutir o patrimônio junto à comunidade buscando incentivar a
valorização destes espaços quanto a sua importância histórica e quanto local
de prática de turismo. Comunidade local receptora, esta, formada por seus
moradores no uso comum coletivo do espaço que configura o patrimônio no
seu aspecto social. Por sua vez, a comunidade local receptora, formada pelo
setor econômico que pode aproveitar de maneira racional a utilização do
patrimônio cultural, colaborando assim para a sua preservação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:
O conceito de patrimônio foi paulatinamente sendo ampliado. Da
noção de patrimônio, vinculada somente a fatos memoráveis da História do
Brasil, a construção da memória oficial nacional, foi ampliado para questões
muito mais abrangentes e, por sua vez, mais complexas. O debate se dirige
para a questão de entender o Patrimônio Histórico e Artístico e o Patrimônio
Natural como fazendo parte de um grande conjunto que é o Patrimônio
Cultural.

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O uso dos patrimônios culturais deve atender às exigências de
normas de preservação. Por isso, torna-se necessário conhecer, do amparo
legal relativo às ações preservacionistas, seja pela comunidade local, bem
como pelos proprietários daqueles imóveis que são considerados patrimônios
culturais da cidade.
Conclui-se que o poder jurídico possui normas, mas nem todos os
dispositivos são capazes de fornecer as necessidades suficientes à
preservação do mesmo.
Assim sendo, evidencia-se a necessidade do conhecimento da
legislação patrimonial para que a comunidade local seja inserida no contexto,
podendo contribuir e auxiliar na preservação do mesmo, despertando então o
interesse pela cultura local e pela história da sua região.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHOAY, F. A alegoria do patrimônio. São Paulo: Estação Liberdade: Editora
UNESP, 2001.

FUNARI, P.P; PINSKY, J. (org). Turismo e Patrimônio Cultural. São Paulo:


Contexto, 2001.

GONÇALVES, J. R. S. A retórica da perda: os discursos do patrimônio


cultural no Brasil. Rio de Janeiro. UFRJ; IPHAN, 1996.

LEMOS, C. A. C. O que é patrimônio histórico? São Paulo: Brasiliense.


1981.

MARTINS, C. (org). Patrimônio Cultural: da memória ao sentido do lugar.


São Paulo: Roca, 2006.

MOESCH, M. M. A produção do saber turístico. São Paulo: Contexto, 2000.

SANTANA, M. Patrimônio, turismo e identidade cultural. Disponível em:


www.sei.ba.gov.br/publicacoes/publicacoes_sei/bahia_analise/analise_dados/p
df/turismo/pag_169 Acessado em 02 de maio de 2008.

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