Processo n° 001/1.15.0135990-9
RECURSO DE APELAÇÃO
EMÉRITOS DESEMBARGADORES
II - SUBSTRATO FÁTICO
EMINENTES JULGADORES,
A par disso, certo é que cada magistrado tem sua própria ideologia, esta
formada por livre convicção. Todavia, diante do atual quadro vivenciado pelo direito
processual, não há mais lugar nem espaço para o individualismo - para o que se
denomina de “eu entendo” - mas sim, com o maior respeito, para o que “o colegiado
entende”, em especial aquilo vem sendo adotando por nosso Egrégio Tribunal de
Justiça.
IV - DO MÉRITO
AUSÊNCIA MORA PELA AUSENCIA DE NOTIFICAÇÃO PESSOAL PRÉVIA -
INEXISTÊNCIA DE MORA - CARÊNCIA DE AÇÃO
Por esta razão, que o autor não procedeu as diligências legais, qual seja a
notificação no endereço correto, e de forma pessoal.
ANTE O EXPOSTO, POR QUESTÃO DE ORDEM, REQUER O AUTOR, seja,
a revogada a liminar deferida, eis que INEXISTENTE A NOTIFICAÇÃO
EXTRAJUDICIAL, sendo esta elemento essencial para viabilidade do rito processual
ora sub judice. REQUER, seja o bem devolvido para posse do autor, e
conseqüentemente, seja o presente feito extinto sem resolução de mérito.
Excelências, a sentença promulgada pelo Juízo a quo merece reforma, pois contraria o artigo
884, NCPC por aplicar o enriquecimento ilícito em favor da apelada. Vejamos o r. texto:
Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a
restituir o indevidamente auferido, feita aatualização dos valores monetários.
Parágrafo único. Se o enriquecimento tiver por objeto coisa determinada, quem a recebeu é
obrigado a restituí-la, e, se a coisa não mais subsistir, a restituição se fará pelo valor do bem
na época em que foi exigido.
Considerando que a Apelante devolveu parte dos equipamentos locados, e mediante a
devolução ficara pendente parcos bens móveis pendentes, não há que se falar em indenização
em dobro.
Referida indenização em dobro deferida na sentença, contempla um verdadeiro prémio a
autora apelada, já que os objetos locados eram antigos, obsoletos e que sem sombra de
dúvidas, ao valor que ora se pretende cobrar, contempla a possibilidade de compra de
equipamentos ultra modernos, e em quantidade maior do que aqueles locatícios devidos.
Veja que não parece crível, o valor indenizatório em dobro, pois trata-se de efetivo
enriquecimento sem causa a apelada.
Diante destes argumentos, entende a recorrente que há enriquecimento sem causa, por parte
do autor ora apelada, vez que os valores cobrados na ação de aluguel, e o valor de locação em
dobro, representam muito mais que o valor do que a compra de equipamentos novos, mais
modernos, e que neste sentido, não se torna justo o pagamento de aluguel em valor superior
ao próprio bem.
Diante disso, requer o decote da cobrança do aluguel, para transformar em indenização dos
bens locados, extirpando da mesma forma a cobrança de alugueis em dobro, conforme
determinado na sentença.
DA RESCISÃO CONTRATUAL
Veja que o valor pretendido atitulo de locação supera em muito o valor venal
dos bens, havendo nitida desproporção entre o que cobra a autora e o que de fato
vale os equipamentos.
Deveria, então o réu nos termos do artigo 567 reduzir o valor da locação o que
não ocorreu.
Ademais, como se tratam de equipamentos moveis, os quais foram objetos de
penhora e remoação pelo oficial de justiça, o fundamento da incidência do artigo 238
do código civil em desfavor do autor.
Dessa forma a nulidade deve ser decretada de eventual cobrança por força
maior, e dianta da existência, inequívoca, da ausencia de manutenção dos
equipamentos que foram deteriororados e que ficaram inserviveis ao réu, que fere o
princípio da boa-fé contratual, o vínculo de cooperação que deve existir entre as
partes.
O contestante não esta utilizando as máquinas locadas por todos esses meses
eis que além dos equipamentos não estarem funncionando, o motel encontra-se
com as atividades encerradas face a interdição do municipio.
Conforme jurisprudência comprovado que o réu esta na posse do bem este que
é o responsável pelo pagamento ora cobrado pela locação:
V - DO PREQUESTIONAMENTO