Ano 3 - Nº 12
Nov/Dez 2006
ENTREVISTA
Flamarion Borges Diniz,
coordenador geral
da REMULT
ESPECIAL
PINTURA INDUSTRIAL
Atotech 8/1/06 3:38 PM Page 1
02-C&P_12_Sumário/Expediente 12/8/06 1:50 PM Page 1
Sumário
foto da capa:
divulgação IEC,
ilustração Intacta
6
Entrevista Artigos Técnicos
REMULT integra pesquisadores do Norte e Nordeste
24
Flamarion Diniz
Ensaios de aderência de
10 esquemas de pintura pelo método
Matéria de Capa de resistência à tração
Pintura industrial: o desafio ecológico por Fernando Fragata, Cristina da C.
Amorim, Olga Ferraz, Joaquim P.
18 Quintela, Gerson V. Vianna, Ivonei
Notícias do Mercado Vavassori e Florentina F. de Melo
20
32
ABRACO Informa
Fosfatização de Metais Ferrosos –
22 Parte 4 - A formação dos fosfatos
Artigo & Instituição por Zehbour Panossian e
Célia A. L. dos Santos
31
Saúde & Segurança Ocupacional
34
Opinião
Transformação ou Manutenção
Paulo Itacarambi
Carta ao leitor
É época de comemoração !
ANO DE 2006 FICARÁ MARCADO COMO UM PERÍODO BASTANTE PRODUTIVO PARA A ABRACO.
A entidade firma-se cada vez mais no cenário nacional como entidade de relevância
para o desenvolvimento do complexo tema da corrosão, com todas as nuances e as-
pectos co-relacionados. Assim, consolida-se como o fórum preferencial para os debates ins-
titucionais relacionados ao tema. Em todos os países mais industrializados, quanto maior a
força das instituições representativas de setores econômicos, mais forte, coeso e organizado
será esse mercado. Afinal, são as instituições que abrigam os debates que levam à formata-
ção de normas técnicas, de certificação de profissionais, de condutas éticas e de trabalho
institucional junto a todos os órgãos governamentais e técnicos.
A retomada da Revista Corrosão & Proteção é outro motivo de muita satisfação da
ABRACO e dos editores, que, em uma parceria inédita,
viabilizaram a publicação bimestral, após um período de
Os vencedores serão inatividade. A carência de uma publicação regular que traz
artigos técnicos e informativos sobre temas de interesse da
sempre os que comunidade ABRACO ficou comprovada sob dois relevan-
experimentaram e tes aspectos: a quantidade de artigos encaminhados e as
sucessivas mensagens de apoio e congratulações recebidos
superaram as adversidades! pela instituição.
A Revista Corrosão & Proteção, por outro lado, tam-
bém teve uma boa recepção do mercado publicitário.
Apesar de ainda caminhar para a viabilização, do ponto de vista financeiro, a revista já trou-
xe uma série de anunciantes e parceiros para o projeto e, com maior suporte financeiro,
maior a possibilidade de evolução da publicação.
Quantos projetos foram inviabilizados por não encontrarem quem acreditasse na sua
realização. Tão importante quanto à concepção intelectual é ter ao seu lado parceiros e pro-
fissionais que detêm poder de decisão, dispostos a superarem os desafios, conscientes que a
vida é feita de erros e acertos, assim como ocorre nos avanços científicos. Os vencedores
serão sempre os que experimentaram e superaram as adversidades!
Faz-se necessário realçar que a disseminação do conhecimento técnico-científico está
na base dos objetivos de todas as entidades profissionais sérias. E não poderia ser diferente
na ABRACO. A associação tem se esforçado para gerar normas, organizar eventos, viabili-
zar parcerias e consolidar informações na Revista Corrosão & Proteção. O trabalho é árduo e
contínuo, mas plenamente satisfatório e enriquecedor.
Uma nova diretora assume, neste início de ano, a ABRACO. Depois de dois anos pro-
missores, Jorge Coelho deixa a presidência da instituição, temos a certeza, com a sensação
de dever cumprido, por tudo que foi colocado neste espaço e outras informações que podem
ser acompanhadas por nossos leitores na seção ABRACO Informa (págs. 20 e 21). A nova
diretoria, capitaneada por Pedro Leite já indica que continuará a trilhar os mesmos cami-
nhos, partindo de uma base fortemente construída e buscando novas oportunidades para o
desenvolvimento deste importante segmento econômico.
Boa leitura!
Os Editores
Entrevista
Flamarion Diniz
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BIBLIOTECA
Para auxiliar a comunidade técnico-empresarial,
servindo como fonte de pesquisa, recuperação e
disseminação da informação, a ABRACO possui
uma Biblioteca especializada em corrosão,
proteção anticorrosiva e assuntos afins. Seu acervo
é composto por livros, periódicos, normas técnicas,
trabalhos técnicos, anais de eventos e fotografias.
Os serviços prestados pela Biblioteca incluem
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• Pintura industrial América Latina. Atualize-se com
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• Revestimentos anticorrosivos apresentadas no evento.
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sobre Tecnologia de Equipamentos
de 12 a 15 de junho de 2007 - Salvador - BA
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Matéria de Capa
mercado de pin-
tura industrial brasi-
leiro pode ser considera-
do de médio porte. O país abriga
grandes fabricantes do produto para que não
final, tem pesquisas consistentes haja impacto significativo no custo
na área e um mercado consumi- final do produto e, por conseqüência, da operação.
dor importante. E o momento Para se ter uma idéia da importância de acompanhar a evolução tec-
desse mercado é de grandes mu- nológica bem de perto, recentemente, a PETROBRAS, de uma só vez,
danças tecnológicas, impulsiona- cancelou cerca de 15 normas de tintas que já estavam desatualizadas e
das sobretudo pela adequação não atendiam à legislação ambiental. Como se trata da maior consu-
dos produtos às novas normas midora potencial de tintas anticorrosivas, o fato obrigou as empresas a
ambientais e à legislação imposta acelerar o investimento visando à criação de tintas de baixo impacto
pelos órgãos de proteção à saúde ambiental, as chamadas tintas ecológicas. O engenheiro químico Fer-
dos trabalhadores. O objetivo nando Fragata, pesquisador do CEPEL – Centro de Pesquisas de Ener-
principal dos pesquisadores e gia Elétrica – ELETROBRAS, argumenta que, apesar das mudanças
empresas é equacionar a relação por vezes causarem forte impacto, o mercado nacional vem evoluindo
entre o produto desejável e sua de maneira consistente e dando respostas positivas às necessidades das
viabilidade técnica e comercial, empresas consumidoras. “As grandes empresas têm se adaptado a essas
foto: International
posso destacar a evolução no campo de tintas em
pó, nas de alto teor de sólidos, as totalmente isen-
tas de solventes e as solúveis em água”, diz Fragata
que também é instrutor dos cursos de Inspetor de
Pintura I e II da ABRACO – Associação Brasileira
de Corrosão.
Fernando Fragata Além da evolução no campo de tintas,
Joaquim Quintela, consultor técnico do Centro de
Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Amércio M. de Mello (CEN-
PES), destaca a evolução em outro campo: a preparação de superfícies
para pintura. Ele destaca outra ação da PETROBRAS que impulsiona
o mercado; a empresa proibiu o uso do jato de areia e introduziu no lidade de aplicação em campo ou A pintura
país o hidro-jateamento, que é um método de limpeza de baixo impac- na oficina, com o bom desempe- anticorrosiva é
to ambiental. “Ao longo dos anos, a PETROBRAS vem eliminando nho das tintas existentes atual- uma técnica
várias substâncias tóxicas, como o zarcão e os cromatos, na fabricação mente”, argumenta. Ele acredita complexa que
de suas tintas e para 2007 a novidade será a substituição do alcatrão de que, apesar da evolução, a maior exige profundo
hulha, com o lançamento das tintas tar free que serão totalmente livres parte das tintas industriais nacio- conhecimento
dessa substância”, adianta Quintela. nais ainda possui em sua compo- dos profissionais
“Nós temos que avaliar ao menos três forne- sição grandes quantidades de sol-
cedores que estejam com os parâmetros técnicos ventes e, em alguns casos, pig-
bem fundamentados e que se enquadrem nas exi- mentos anticorrosivos ou inibi-
gências feitas para o desenvolvimento desta nova dores de corrosão que são nocivos
norma tar free”, afirma Quintela, um dos respon- ao meio ambiente e ao ser huma-
sáveis pela implantação das tintas com alto teor no. “O desafio é manter ou
de sólidos no Brasil. Diante de tantos investimen- melhorar o desempenho destes
Joaquim Quintela tos e da grande quantidade de trabalhos apresen- revestimentos minimizando o
tados, os pesquisadores mostram uma grande impacto ambiental além de man-
preocupação com o fato da pintura anticorrosiva ainda não ser encara- ter-se competitivo do ponto de
da, de uma maneira geral, como uma importante tecnologia. vista econômico”.
“Infelizmente, algumas pessoas ainda pensam que pintar é simplesmen- O especialista do IPT acredi-
te ‘melar ferro’, e não é isso. Existe todo um estudo da matéria-prima e ta que o impulso do mercado de
do problema a ser solucionado. Ou seja, se na hora de testarmos uma tintas “modernas” é dado pelos
nova tinta tivermos uma pessoa desqualificada no final da linha de pro- grandes consumidores. “Esse é,
dução todo o trabalho pode ser desperdiçado. A pintura é uma tecno- sem dúvida, o fator de maior in-
logia que consiste na preparação da superfície, no desenvolvimento e na fluência no Brasil. As práticas
aplicação do produto, e todas essas etapas têm que funcionar adequa- dessas empresas demonstram
damente”, observa Quintela. uma grande preocupação com o
O pesquisador do CEPEL Fernando Fragata acredita que o uso das meio ambiente, e isso é exigido
palavras ‘tinta’ e ‘pintura’ acaba trazendo problemas para o setor. “Essas de toda a cadeia de fornecedo-
duas palavras soam para a maioria das pessoas como vulgares, diferen- res”, diz Neusvaldo. “Essas em-
temente de quando falamos em proteção catódica e inibidores de cor- presas são referência para todo o
rosão. Para evoluirmos nesse sentido, é preciso maior conscientização, mercado, pois desenvolvem espe-
sobretudo por parte das empresas, de que a pintura anticorrosiva é uma cificações próprias e influenciam
técnica complexa e sofisticada que exige profundo conhecimento e pro- diretamente os fabricantes que,
fissionais qualificados em todos os momentos, desde o desenvolvimen- gradualmente, devem substituir
to tecnológico até a operação de pintar um duto, por exemplo”, com- as tintas convencionais pelas mais
plementa Fragata. modernas”.
Neusvaldo Lira de Almeida, pesquisador do Neusvaldo conta que atual-
LCP – Laboratório de Corrosão e Proteção do mente existe um projeto em
IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Es- andamento que envolve o IPT e
tado de São Paulo, reforça a importância da pin- a CTEEP – Companhia de
tura em diversos setores. “A pintura industrial é o Transmissão de Energia Elétrica
principal método de proteção contra a corrosão Paulista, com o objetivo de obter
de estruturas metálicas expostas a meios naturais Neusvaldo Lira revestimentos e produzir especifi-
como atmosferas, águas e solos, pois associa a faci- de Almeida cações para a aplicação em Es-
foto: Volkswagen
rente técnico da Basf, Nilo Martire Neto.
Além das tintas “ecologicamente responsáveis”, a
indústria automotiva adotou um padrão de pintura
de maior resistência à corrosão: a eletrodeposição
catódica. Trata-se de pintura por imersão em que o
transporte das partículas de tinta ocorre por efeito de
um campo elétrico. A peça se transforma em catodo
(fonte primária de elétrons) e atrai para si a tinta. O
sistema permite uma penetração e, portanto, uma
cobertura total mesmo em cavidades com espessura
aceitável. A idéia é a economia de energia, proteção
do meio ambiente e adequação dos filmes obtidos às
necessidades de desempenho com relação à resistên-
cia à corrosão. Outro avanço da eletrodeposição ca-
Linha de tações de Transmissão Elétrica cer- tódica foi a redução da temperatura de secagem para menos de 165ºC
pintura do Gol tificadas pela norma ISO 14.000. por 15 minutos. Essa exigência é explicada pela inclusão cada vez maior
e da Parati, Finalmente, o pesquisador do de partes feitas de plástico nos carros. Como o veículo precisa ser pin-
na fábrica da IPT avalia que o Brasil pode se tado todo de uma vez, foi preciso adequar o sistema de pintura.
Volks em valer da “internalização” de tec- Martire chama a atenção para a questão da própria legislação do
Taubaté nologias desenvolvidas pelas fa- meio ambiente, além é claro, da maior consciência do fabricante. “As-
bricantes de tintas de atuação sim como nos países do Mercado Comum Europeu, por uma questão
global. Ele também cita como de legislação, as tintas automotivas à base d`água, com menor dano
exemplo a substituição das tintas ambiental, se tornaram obrigatórias em alguns países. A tecnologia
de alcatrão de hulha. também tem participação representativa nos Estados Unidos, na
Mas, não é só o viés ecológico Austrália, e em alguns países asiáticos”, comenta o gerente técnico.
que impulsiona as inovações nes- Alguns especialistas admitem o uso de metais pesados em banhos
se mercado. A necessidade de se catódicos, principalmente o chumbo, porém, na América Latina, a
reduzir o número de demãos e o grande maioria dos usuários deste tipo de pintura já eliminaram ou
tempo de aplicação das tintas têm estão por eliminar este material das tintas. Por
contribuído fortemente para o de- isso, cada carro tratado contém, em média, 30
senvolvimento de novas tecnolo- gramas de chumbo no e-coat. Outra evolução
gias. As tintas convencionais, por está na obtenção de películas orgânicas de maior
exemplo, exigem um grau de pre- desempenho, resultando na espessura da camada
paração de superfície muito bom, de tinta sem perda de desempenho protetivo. Na
e são aplicadas em várias demãos década de 70 era usual trabalhar com alta cama-
com intervalo de 24 horas entre da, ou seja, 35 micrômetros. Recentemente a Nilo Martire Neto
demãos. Atualmente já existem espessura foi caindo para uma faixa intermediá-
tintas que podem ser aplicadas ria, de 25 micrômetros, enquanto hoje já se fala em 18 micrômetros de
sobre superfícies levemente oxida- e-coat no Japão, sem perda das características anticorrosivas.
das e molhadas com intervalo A maior robustez das tintas com características de enchimento e a
entre demãos de algumas horas. redução do tempo de secagem são alguns dos avanços mais importan-
tes. “A utilização desse tipo de tinta com alta tecnologia, além de apre-
Pintura automobilística sentar um tempo de secagem inferior, gera maior produtividade e con-
O setor de pintura industrial seqüentemente, maior valor agregado. O mercado brasileiro segue um
automotiva também apresentou ciclo de valorização do desempenho e da qualidade”, explica Nilo.
forte evolução dos anos 90 para
cá. As novas tecnologias propicia- Experiência da GM
ram ao mercado soluções que Para Edson Calmona, engenheiro de pesquisa da General Motors
causam menor impacto ambien- Brasil, o segmento de pintura industrial não só está bem preparado tec-
tal, uma vez que reduzem o con- nologicamente, como conseguiu reduzir muito o impacto ambiental.
sumo de solventes. De um lado, “As três maiores empresas do setor na fabricação de tintas (DuPont,
as tintas chamadas de altos sóli- Basf e PPG), possuem tecnologia de ponta para redução no impacto
dos, com baixos teores de solven- ambiental. Elas utilizam materiais à base de água e não solventes
tes. De outro, as tintas à base de (Waterborne). Existe ainda materiais que possuem mais sólidos do que
água. “Isso é o que chamamos de os convencionais, portanto, recebem menos solventes na sua composi-
tintas amigáveis”, destaca o ge- ção”, conta o engenheiro da GM.
Calmona comenta que o primer de imersão (elpo / KTL), é um apresentação de produtos, mas
material à base de água e isento de chumbo (lead free). “Esse material é também para comentários basea-
aplicado por imersão em toda a carroceria do veículo, visando propor- dos no expertise dos profissio-
cionar a mesma uma camada uniforme e também efetuar proteções nais técnicos que atuam direta-
contra corrosão nas áreas internas/cavidades como caixas-soleiras, colu- mente e continuamente nesse
nas, entre outras (hollow, space/cavity). Existem ainda materiais alto sóli- segmento. Acompanhe os tre-
dos para os primers, com bases e vernizes, que são aplicados por asper- chos principais desse levanta-
são/spray”, releva o pesquisador. “Nossas fábricas novas já contemplam mento de mercado:
este fator ecológico. As fábricas antigas estão sendo preparadas para
atingir o ISO14000, assim como o “target” da corporação, que é emis- Basf – A empresa dispõe de
são de poluição zero. São utilizados filtros para evitar este problema uma linha completa de produtos
ambiental. Vale lembrar que todo material poluente é retirado da com- para proteção de componentes e
panhia por pessoal responsável e capacitado. São profissionais autoriza- chapas para pintura externa. A
dos conforme manda a legislação vigente no país. Todo material noci- empresa é uma das líderes neste
vo é cremado em fornos controlados e com filtros”, explica Calmona. segmento de mercado e pioneira
O pesquisador acredita que diante dessa realidade, o Brasil deverá no desenvolvimento de novas tec-
num futuro muito próximo, em virtude de toda essa orientação corpo- nologias como, por exemplo, a
rativa, atingir o principal objetivo que é a emissão de poluente zero. tinta à base de água. “Somos uma
“Podemos destacar que as montadoras neste país são bastante respon- empresa sustentável. Combina-
sáveis com relação a este item de poluição ambiental decorrente de uma mos sucesso econômico com pro-
cultura semelhante à européia e norte-americana”, destaca Calmona. teção ambiental e responsabilida-
de social, contribuindo assim
Experiência das empresas para um futuro melhor para as
A Revista Corrosão & Proteção estabeleceu contato com os princi- próximas gerações”, revela Nilo
pais fornecedores e entidades de pesquisa e de classe do mercado de Martire Neto, gerente técnico da
pintura industrial. O objetivo era abrir espaço não apenas para a divisão automotiva da empresa.
Pré-Tratamento
Desengraxante químicos, eletrolíticos à aspersão por ultrasom,
sais ácidos para decapagem e inibidores
Linha Protetiva
Zinco alcalino isento de cianetos, zinco-ácido e cianídricos,
Aporte
LL–Multicolor
leiro, como as tintas de Poliu- penho exige preparo rigoroso de superfície como o grau de jateamen-
retano Poliaspártico, as Poliuréias to ao metal branco (Sa 3) ou grau ao metal quase branco(Sa 2 1/2) da
e os Epóxi-siloxanos e outras es- Norma ISO 8501.
tão a caminho, como as tintas de Aos poucos o mercado vai se conscientizando de que as tintas eco-
Poliuretano WB, isto é, à base de logicamente corretas, além de diminuírem os impactos ao meio am-
água. As tintas surface tolerants biente, trazem também vantagens sociais e econômicas. “Principal-
estão também ganhando mercado mente as econômicas, que é a que o empresário mais sente, pois estas
por serem na sua maioria isentas tintas oferecem maior rendimento por galão por serem HS ou No
de solventes e poderem ser apli- VOC e por serem de alta espessura (HB high build) podem ser aplica-
cadas sobre superfície preparadas das com menor número de demãos, diminuindo os desperdícios, pois
por limpeza mecânica. Normal- têm menores perdas de material por aplicação. O custo por metro qua-
mente, uma tinta de alto desem- drado por ano destas tintas são muito interessantes”, diz Gnecco. •
EXPECTATIVA POSITIVA
O cenário se mostra favorável na questão de con- faturamento de mais de US$ 113 milhões em 2006.
quista tecnológica e no menor impacto ambiental. Estas são as projeções do Sitivesp, após levantamento
Pelo menos é isso o que comemora o consultor técni- do desempenho do primeiro semestre deste ano.
co da ABRAFATI - Associação Brasileira dos Fa- Apesar de representarem pouco mais de 5% do fatu-
bricantes de Tintas, Jorge Fazenda. “Como os prin- ramento total do setor de tintas e vernizes, as expor-
cipais fornecedores utilizam a tecnologia de países de tações têm papel importante para o desempenho do
primeiro mundo e o cliente vive em uma condição mercado e possuem grande potencial para crescimen-
mais globalizada, o segmento de tintas no Brasil res- to. “O setor está muito bem preparado seja em nível
peita cada vez mais o meio ambiente e está sempre de produtos, serviços, inovações ou tecnologia”, desta-
em busca de atender da melhor forma às necessida- ca o presidente do Sitivesp, Roberto Ferraiuolo.
des do mercado doméstico e internacional”. Mercado doméstico – O Brasil é o quinto pro-
Segundo Fazenda, a entidade acredita que 2006 dutor mundial de tintas, com um mercado formado
deve ser melhor para a indústria de tintas do que foi por grandes empresas (nacionais e multinacionais) e
em 2005. A previsão é bastante otimista: crescimen- fabricantes de médio e pequeno porte, voltados para
to de 4% a 5% este ano. “Diferente de anos anterio- o consumo em geral e para segmentos com necessida-
res, o crescimento do setor deve superar o Produto In- des específicas. Estima-se que mais de 400 indústrias
terno Bruto (PIB) neste ano”, profetiza o consultor. operem atualmente no País, responsáveis pela geração
Um dos motivos desse otimismo foi a redução das alí- de quase 16 mil empregos diretos.
quotas do IPI – Imposto Sobre Produtos Indus- De acordo com o Sitivesp, em 2005 foram con-
trializados incidentes sobre materiais de construção, sumidos cerca de 320 milhões de galões de tintas –
incluindo as tintas específicas para essa atividade, um incremento de 3,03% sobre a demanda do ano
que passaram a serem tributadas em 5%, em vez dos anterior, que foi de 310 milhões de galões de tintas e
usuais 10%. vernizes. Este volume correspondeu a um faturamen-
Números animam – A 38ª Sondagem Con- to, no ano passado, de US$ 2,04 bilhões, valor que
juntural da Indústria de Tintas e Vernizes, realizada em 2004 chegou a US$ 1,75 bilhão. O aumento de
pelo Departamento Econômico do Sitivesp – Sin- 16,77% no faturamento deve-se não apenas à evo-
dicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de lução do setor, mas também à desvalorização do real
São Paulo, no mês de agosto de 2006, demonstra o frente ao dólar, ocorrida em 2005.
desempenho atual da cadeia produtiva do setor. No Embora alguns setores econômicos se desenvol-
comparativo com a sondagem anterior - realizada vam a taxas bastante favoráveis, como o automobi-
em maio – a pesquisa indi- lístico outros fortemente atrelados ao de tintas dei-
ca que o número de empresas xam muito a desejar, como o da construção civil. E
que estão com o nível de uti- não é difícil entender o porquê: enquanto o segmen-
lização da capacidade insta- to automotivo (original e repintura) representa em
lada acima de 70% aumen- torno de 7% do volume total de tintas produzido –
tou (42,1% contra 26,3%). e entre 15% e 17% do faturamento do setor, o da
Presidente do Em relação às exporta- construção civil chega a corresponder a 65% das
Sitivesp, Roberto ções, o setor deverá crescer vendas de tintas no País – em torno de 60% do fatu-
Ferraiuolo mais de 6% e atingir um ramento total.
A fábrica da Volkswagenem Taubaté (SP), que Outros resíduos como a borra de fosfato e a lama
concentra a produção do Gol e da Parati, alcançou o de decapagem são recuperados, desde 2004, pela
maior índice de reciclagem e co-processamento de indústria química Suzaquim, de Suzano (SP), que
resíduos de pintura de sua história, eliminando 94,5% retira os sais e óxidos metálicos do material e vende
de todo o material consumido no processo. Das 123 para outras indústrias. Entre os compradores, estão
toneladas de resíduos descartadas mensalmente, ape- empresas de colorifícios (corantes), produtos cerâmi-
nas 7 toneladas seguem para aterro industrial. cos, refratários e indústrias químicas em geral.
Todo o material restante é reutilizado de alguma Segundo o analista do Sistema de Gestão Am-
maneira em outros processos industriais. Há apenas 6 biental da fábrica, Francisco Antonio Amadei Zan,
anos, em 2000, antes da implantação do seu Sistema a diferença básica entre a reciclagem e o co-processa-
de Gestão Ambiental (SGA) e da conquista da ISO mento é que, no primeiro caso, a Volkswagen vende o
14.001 (maio de 2002), a fábrica reaproveitava material que seria descartado e, no outro, paga para
somente 56,7% dos resíduos. que ele seja aproveitado. “Nos dois casos, adotamos a
A borra do esmalte (tinta automotiva), parte alternativa ambientalmente mais correta que existe
mais nobre do material que sobra na pintura, é leva- no mercado”, afirmou O gerente de engenharia
da pela Walbor Tintas para a fabricação de tinta de industrial, Carlos Henrique dos Santos, explicou que,
segunda linha, usada na pintura de viadutos, contêi- embora a Volkswagen tenha de pagar pelo co-proces-
neres e cascos de navio, entre outras finalidades. samento, a empresa tem reduzido a cada ano a gera-
Outra parte da borra segue para co-processamento ção de lixo e, com isso, também o custo da disposição
em empresas cimenteiras, como a Itambé (PR), que do material descartado em aterro. “Nos últimos cinco
usam o resíduo como fonte energética ou material anos, reduzimos em 20% a geração de resíduos e em
agregado ao cimento. 35% o envio de lixo para aterro industrial.”, afirmou.
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Notícias do Mercado
Inox 2006
Organizado pelo Núcleo de Desenvolvimen-
to Técnico Mercadológico do Aço Inoxidável
(Núcleo Inox), em novembro, o Inox 2006 é con-
siderado o maior evento do mercado do aço ino-
xidável no Brasil e teve como principal proposta
atualizar o conhecimento de empresas e profissio-
nais que desenvolvem atividades relacionadas aos queda das taxas de juros, além de outras ações Com atualização
diversos mercados que utilizam o aço. mais isoladas, teremos um futuro positivo para o por meio de
Para Arturo Chao Maceiras, diretor executivo mercado de aço brasileiro”, comenta Mendes. palestras técnicas
do Núcleo Inox, o evento recebeu a presença não Um dos pontos fortes do evento foi o ciclo de ou visitas aos
só de profissionais, como também de estudantes palestras. A primeira delas tratou do panorama estantes comerciais,
com interesses muito focados em busca de infor- atual e perspectivas para o mercado mundial do a Inox se firma e
mações técnicas relacionadas ao inox. “O apelo aço e foi proferida pelo diretor de economia e cresce mais a
técnico foi forte e essa é a principal atribuição do estatística do International Stainless Steel Fórum cada ano
Núcleo Inox, atuar como um centro de referência (ISSF), Peter Kaumanns. Entre os vários tópicos
na disseminação do conceito do uso do inox e abordados, Kaumanns destacou o papel domi-
suas devidas aplicações nos mais variados merca- nante no mundo do aço do mercado asiático.
dos” revela o diretor. O ciclo de palestras contou ainda com o dire-
O Inox 2006 foi dividido em cinco atividades tor de pesquisa e desenvolvimento da Arcelor–
principais: 8º Seminário Brasileiro do Aço Inoxi- Mittal Stainless Steel, Jacques Charles e a apresen-
dável; ciclo de palestras temáticas, com presença tação do arquiteto Cláudio Rampazzo e do desig-
de especialistas internacionais; Feira da Tecno- ner Geraldo Coelho.
logia de Transformação do Aço Inoxidável (Fei- Outra atração que chamou a atenção dos visi-
nox); Programa Ação Inox; e apresentação das Ilhas tantes do Inox 2006 foi à quantidade de exposi-
Temáticas, onde os participantes puderam conhe- tores presentes. Entre eles, a Votorantim Metais
cer intervenções com aço nas áreas de mobiliário marcou presença na segunda edição da feira.
urbano, ambientes relacionados à saúde, e ali- “Consideramos fundamental a participação de
mentação. Durante a cerimônia de abertura, o todos os integrantes da cadeia produtiva em um
presidente do Núcleo Inox, Sérgio Augusto Car- evento como este, que tem como objetivo discu-
doso Mendes, destacou a importância do evento tir as novas tecnologias do setor e os caminhos
para o setor. “Estou otimista com o cenário brasi- para ampliação das aplicações do aço inoxidável”,
leiro no mercado de aço. Acredito que se o gover- explica Francisco Martins, gerente geral comercial
no mantiver o controle da inflação, a política de da unidade de negócios níquel da empresa.
08-C&P_12_ABRACO Informa 12/8/06 11:49 AM Page 1
ABRACO Informa
Artigo Instituição
Laboratório de Corrosão
e Proteção –
IPT/CINTEQ /LCP
O LCP tem como missão a prestação de serviços, pesquisa e desenvolvimento
nas áreas de corrosão e proteção contra a corrosão
Por Zehbour 1. Histórico tratamento de superfície já eram um único setor, sendo que esta últi-
Panossian e LABORATÓRIO DE COR- ma já incorporava tanto os revestimentos metálicos como os revesti-
Neusvaldo Lira rosão e Proteção (LCP) mentos orgânicos (tintas anticorrosivas).
de Almeida foi fundado em 1963 A partir de 1996, o laboratório passou a ser chamado de
com o nome de Laboratório de Laboratório de Corrosão e Tratamento de Superfície (LCTS), englo-
Corrosão (LC) pelo Prof. Dr. bando também a área de tintas anticorrosivas. Em 2001, devido ao
Stephan Wolynec. Seu principal contínuo crescimento e capacitação do LCTS, que ampliou não
objetivo era a realização de somente a sua estrutura física, como também o número de profissio-
ensaios de corrosão e análises de nais, criou-se o Agrupamento de Corrosão e Proteção. A partir de
falhas por corrosão. Em 1977, março de 2005 o LCTS passou a integrar o Centro de Integridade
sua capacitação passou a abran- de Estruturas e Equipamentos com o nome de Laboratório de
ger também revestimentos Corrosão e Proteção (LCP).
metálicos aplicados por eletro- Em outubro p.p. foi inaugurado, nas dependências do LCP, o
deposição, especializando-se na Laboratório de Corrosão Interna de Dutos – LACID (fig. 1), em
caracterização de revestimentos parceria com a Petrobras, e também, uma sucursal em São Paulo da
metálicos, não só os eletrodepo- ABRACO – Associação Brasileira de Corrosão.
sitados mas, também, como
aqueles obtidos por outros pro- 2. Produção técnica e colaboradores
cessos, tais como imersão a Até o final de 2005, o LCP havia emitido mais de 10.000 laudos
quente e aspersão térmica. O técnicos, desenvolvido cerca de 100 projetos de pesquisa, além de
Laboratório viveu um franco formar 5 doutores e 14 mestres. Seu corpo de colaboradores é com-
desenvolvimento e, em 1993, posto de 13 profissionais com nível universitário, sendo 2 doutores,
completou 30 anos. Nesta 8 mestres e 2 mestrandos; 12 técnicos de nível médio e 2 da área
época, com objetivo de aumen- administrativa.
tar sua capacitação técnica
foram realizados levantamentos, 3. Áreas de atuação
em âmbito nacional, e visitas O LCP presta serviços para empresas em análise de falhas, carac-
internacionais a empresas e a terização e verificação do desempenho de materiais metálicos e orgâ-
centros de pesquisas ligados à nicos, desenvolve trabalhos de pesquisa de longa duração, atua na
corrosão. Como resposta verifi- área de informação tecnológica por meio de cursos específicos em
cou-se que nos centros interna- corrosão e proteção contra corrosão, revestimentos metálicos para
cionais as áreas de corrosão e proteção contra corrosão, tintas anticorrosivas e fosfatização e na
1 2
Fig. 1 -
Laboratório
de Corrosão
Interna de
Dutos –
LACID
Fig. 2 -
Laboratório
de Ensaios
Acelerados
formação de mestres e doutores, por meio dos cursos de mestrado • Brasmetal Waelzholz S. A.
tecnológico do IPT e strictu sensu da Escola Politécnica da • Renner Sayerlack S.A.
Universidade de São Paulo, Departamento de Metalurgia. • WEG Indústrias S. A.
• Akzo Nobel Ltda.
4. Infraestrutura • Shervin-Willians do Brasil
O LCP está instalado em uma área física de cerca de 1000 m2 e Ind. e Com. Ltda. •
possui uma infraestrutura laboratorial para realização de cerca de 60
ensaios convencionais e ensaios não-convencionais, possui equipa-
mentos para ensaios eletroquímicos de polarização e de espectrosco- Zehbour Panossian
pia de impedância eletroquímica, sonda Kelvin, sistemas para aná- bacharel e licenciada em Física pelo Instituto
lise por dispersão de energia acoplado a microscópio eletrônica de de Física da Universidade de São Paulo;
varredura, além de poder contar com a infraestrutura de outros labo- doutora em Ciências, pelo Instituto de
ratórios do IPT para análises químicas orgânicas e inorgânicas. Química da Universidade de São Paulo;
Atualmente, estão em desenvolvimento projetos de pesquisas professora convidada do curso de pós-gradua-
relacionados aos seguintes temas: ção do Departamento de Engenharia
• adsorção, dessorção e eficiência de inibidores utilizados em deri- Metalúrgica e de Materiais da Escola
vados de petróleo; Politécnica da Universidade de São Paulo;
• corrosão por corrente alternada em dutos; professora do Curso de Mestrado
• monitoração da corrosão interna e externa de dutos; Profissionalizante do Instituto de Pesquisas
• níquel químico e substitutos do cádmio; Tecnológicas do Estado de São Paulo S.A.;
• camadas fosfatizadas e sua influência na conformação mecânica; responsável pelo Laboratório de Corrosão e
• influência do pré-tratamento do aço zincado por imersão a quen- Proteção do Instituto de Pesquisas
te na aderência de tintas; Tecnológicas do Estado de São Paulo S.A.
• proteção anticorrosiva de metais em áreas de preservação por
meio de pintura; Neusvaldo Lira de Almeida
• desenvolvimento de banhos de cobre isentos de cianetos; bacharel em Física pelo Instituto de Física da
• estudo de revestimento anticorrosivos metálicos e orgânicos uti- Universidade de São Paulo; mestre em
lizados em offshore por meio de ensaio em campo (laboratório Engenharia Metalúrgica pela Escola
flutuante); Politécnica da Universidade de São Paulo -
• controle da corrosividade de águas industriais; Departamento de Engenharia Metalúrgica e
• corrosão de armaduras de concreto em estruturas expostas a de Materiais; responsável pela área de
ambientes marinhos. Corrosão e Proteção do Laboratório de
Corrosão e Proteção do Instituto de Pesquisas
5. Produção científica Tecnológicas do Estado de São Paulo S.A.
Produção científica da equipe do LCP:
• Livros publicados: 4 Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado
• Artigos publicados em periódicos: 87 de São Paulo S. A. – IPT
• Participação em Congressos: 107 Laboratório de Corrosão e Proteção – LCP
• Cursos e palestras: 30
Contatos com os autores: Fig. 3 -
6. Principais parceiros e clientes zep@ipt.br / neusval@ipt.br Execução de
• PETROBRAS – Petróleo Brasileira S.A. fax: 55 (11) 3767-4036 ensaio de perda
• TRANSPETRO – Petrobras Transporte S. A. de massa
• ABRACO – Associação Brasileira de Corrosão
• INT – Instituto Nacional de Tecnologia 3
• Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – Departamen-
tos de Engenharia Metalúrgica/Materiais e de Engenharia Me-
cânica
• Atotech do Brasil Galvanotécnica Ltda.
• CTEEP – Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Pau-
lista
• ETEP – Empresa Paranaense de Transmissão de Energia
• SABESP – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São
Paulo
• Mangels Ind. e Com. Ltda.
• Votorantim Ind. e Com. Ltda.
Artigo Técnico
Ensaios de aderência de
esquemas de pintura pelo método
de resistência à tração
Avaliação dos fatores que influenciam resultados
No caso dos três laboratórios lidade, o substrato encontrava-se de equipamento a ser utiliza-
em questão, (B, C e D), as dife- com uma camada de oxidação sob do na avaliação da aderência
renças percentuais relativas fo- o revestimento por pintura e esta, de tintas e de esquemas de
ram: 37,0% entre os laboratórios certamente, foi a razão principal pintura.
B e C, 15,5% entre os laborató- pela natureza da falha de aderên- • No que diz respeito aos três
rios B e D e 21,8% entre os labo- cia observada. A empresa responsá- equipamentos PATTI® utili-
ratórios C e D. Logo, apenas no vel pela preparação dos corpos-de- zados pelos laboratórios B, C
primeiro caso a diferença ultra- prova ficou incumbida de investi- e D, considerando-se as cha-
passou ao estabelecido na norma. gar o que ocorreu. Como este com- pas de 9 mm de espessura e
Assim, é muito importante ter-se portamento foi verificado em todos aplicando-se a fórmula apre-
cuidado na avaliação dos resulta- os laboratórios, não houve prejuízos sentada no item anterior, as
dos obtidos por diferentes insti- técnicos para o estudo. diferenças percentuais relati-
tuições, e a experiência do analis- vas foram as seguintes: 21,9%
ta na execução destes ensaios é • Tal como no esquema 1, na entre os laboratórios B e C,
importante para se fazer uma cor- Tabela 4 pode-se observar que 6,7% entre os laboratórios C
reta avaliação dos mesmos. os valores obtidos com as cha- e D e 47,0% entre os labora-
pas de 9 mm de espessura tórios B e D. Portanto, a dife-
3.2 Esquema de Pintura 2 foram superiores aos obtidos rença entre estes dois últimos
(ALQ /ALQ) com as chapas de 3 mm, inde- está acima da máxima aceitá-
Os resultados obtidos pelos pendente do tipo de equipa- vel (25,5%) pela norma
quatro laboratórios estão apre- mento ou do laboratório exe- ASTM D 4541.
sentados na Tabela 4. Em segui- cutante do ensaio. Apenas no
da, apresentam-se os comentários caso do LAB-C é que os valo- 3.3 Esquema de Pintura 3
técnicos a respeito dos mesmos res foram os mesmos. Com re- (EtZn / EP / PU)
(ver nota). lação aos demais laboratórios, Os resultados obtidos pelos
as diferenças variaram desde quatro laboratórios estão apre-
Nota: A natureza da falha de ade- 67,0% (LAB-B, POSITEST®) sentados na Tabela 5 e, em segui-
rência (adesiva A/B) do esquema até 263,0% (LAB-A, Instron®). da, são feitos os comentários a
de pintura em questão não era • Quanto aos diversos equipa- respeito dos mesmos.
esperada, considerando-se que, teo- mentos utilizados no estudo, • Com exceção do LAB-C, em
ricamente, o mesmo havia sido considerando-se as chapas de todos os demais laboratórios,
aplicado sobre uma superfície pre- 9 mm de espessura, também independente do tipo de equi-
parada por meio de jateamento se observou uma diferença pamento utilizado, os valores
abrasivo e com grau de limpeza substancial entre os valores ob- obtidos com as chapas de 9
Sa21/2 (metal quase branco). tidos, os quais variaram desde mm de espessura foram mais
Esperava-se uma falha de natureza 5,9 MPa (LAB-A, ELCOME- altos do que aqueles obtidos
coesiva de uma das demãos das tin- TER® mod.106) até 13,9 com as chapas de 3 mm, tal
tas alquídicas. Após uma rápida MPa (LAB-D, PATTI®). Por- como nos casos anteriores.
análise dos corpos-de-prova, obser- tanto, isto vem a reforçar a Neste sentido, as diferenças
vou-se que, além do esquema importância de se indicar, nas variaram desde 30,0 % (LAB-
alquídico apresentar baixa flexibi- especificações técnicas, o tipo D, PATTI®) até 139,0 %
(LAB-A, Instron®). Portanto,
TAB. 4 - RESULTADOS DOS ENSAIOS DE ADERÊNCIA DO ESQUEMA DE PINTURA 2 com relação à esta análise,
aplicam-se também aqui to-
Esquema de Pintura 2 ( ALQ / ALQ ) das as considerações feitas an-
Chapa de 3 mm Chapa de 9 mm Razão B/A teriormente para os esquemas
Laboratório Equipamento MPa Desvio MPa Desvio (MPa) 9 mm de pintura 1 e 2. No caso do
(A) Padrão (B) Padrão (MPa) 3 mm LAB-C, os resultados obtidos
A Instron® 1,9 0,5 6,9 1,2 3,63 foram totalmente incoerentes
Elcometer® mod 106 3,4 0,5 5,9 0,3 1,74 com os dos demais laborató-
B POSITEST® 7,0 0,2 11,7 2,3 1,67 rios. O que mais chama a
PATTI® 4,0 0,6 8,6 0,2 2,15 atenção é que, apesar da dife-
C PATTI® 6,9 0,8 6,9 2,5 1,00 rença ter sido pequena, houve
D PATTI® 7,7 1,0 13,9 1,1 1,81 uma inversão nos valores, ou
Natureza da Falha Adesiva A/B seja, na chapa mais fina os
valores foram mais altos. É
provável que algum equívoco tura obtidos com diferentes ção dos resultados e a avalia-
operacional (ex.: identificação equipamentos apresentam ção da natureza da falha de
dos corpos-de-prova ou dos variações bastante significati- aderência são exemplos de
valores obtidos) tenha ocorri- vas e por esta razão não são pontos críticos em que a expe-
do. Face ao exposto, os resulta- comparáveis. Logo, na avalia- riência do profissional é bas-
dos obtidos pelo LAB-C não ção da aderência de tintas ou tante relevante.
serão considerados nas análises de esquemas de pintura, as • Além do trabalho ter gerado
seguintes. especificações técnicas corres- informações importantes para
• Quanto aos equipamentos pondentes deverão conter as as empresas e técnicos que
PATTI® utilizados pelos labo- informações a respeito do tipo atuam na área de pintura anti-
ratórios B e D, considerando- de equipamento a ser utilizado corrosiva, ele foi também
se as chapas com 9 mm de es- e o valor mínimo da força de importante para aumentar o
pessura, os valores obtidos pa- ruptura e a natureza da falha grau de capacitação técnica
ra o esquema de pintura em aceitáveis. Isto evitará atritos das pessoas envolvidas, no que
questão foram bastante pareci- futuros entre as partes interes- diz respeito ao ensaio de ade-
dos. A diferença percentual sadas. rência pelo método de tração.
relativa, aplicando-se a fórmu- • Até com equipamentos do Apesar de algumas informa-
la descrita no item 3.1, foi de mesmo tipo, é possível obter ções constarem da norma
3,3 %, portanto bem abaixo diferenças significativas, nos ASTM D 4541, o fato é que a
da máxima aceitável pela nor- valores da força de ruptura, execução do ensaio dá ao pro-
ma ASTM D 4541 (25,5 %). entre dois ou mais laborató- fissional mais segurança na
rios. Nestes casos pode-se uti- avaliação dos resultados.
4. Considerações finais lizar os requisitos da norma • Mesmo com algumas limita-
e conclusões ASTM D 4541 para verificar ções, o ensaio de aderência
Com base nos resultados ob- se a diferença está dentro do pelo método de tração é um
tidos, na discussão dos mesmos e nível de aceitação. dos mais adequados para a
considerando-se os objetivos do • Em vários casos observou-se avaliação dos revestimentos
trabalho, as seguintes considera- que, num mesmo corpo-de- por pintura. Obviamente que
ções podem ser feitas: prova, os valores apresentavam outros fatores importantes
• Chapas de aço com espessuras diferenças acentuadas, o que devem ser estudados, no sen-
baixas conduzem a valores de refletiu diretamente no desvio tido de verificar a influência
força de ruptura muito infe- padrão, conforme pode ser dos mesmos nos resultados.
riores aos obtidos com chapas observado nas Tabelas 3 a 5. Neste sentido, pode-se citar:
mais espessas, independente • A experiência profissional do - influência de se cortar ou
do tipo de equipamento. Esta analista, responsável pela exe- não o revestimento, antes da
constatação está em concor- cução do ensaio de aderência execução do ensaio;
dância com o que está descrito em questão, é um fator bas- - influência do tipo de prepa-
no item 6.2 da norma tante positivo para a avaliação ração de superfície do carre-
ASTM D 4541. Embora o correta da propriedade de ade- tel/pino metálico;
trabalho não tenha tido o ob- rência das tintas e dos esque- - influência do lixamento do
jetivo de determinar a espessu- mas de pintura. A interpreta- revestimento, antes da fixação
ra mínima da chapa de aço,
adequada ao ensaio, o fato é TAB. 5 - RESULTADOS DOS ENSAIOS DE ADERÊNCIA DO ESQUEMA DE PINTURA 3
que alguns dos laboratórios
participantes do estudo já es- Esquema de Pintura 3 ( ETZn / EP / PU )
tão utilizando, com sucesso, Chapa de 3 mm Chapa de 9 mm Razão B/A
chapas de aço com espessura Laboratório Equipamento MPa Desvio MPa Desvio (MPa) 9 mm
de 4,8 mm (3/16”), com o em- (A) Padrão (B) Padrão (MPa) 3 mm
prego do equipamento PATTI®. A Instron® 3,6 1,3 8,6 1,3 2,39
Portanto, este valor pode ser- Elcometer® mod 106 5,9 1,9 7,5 1,8 1,27
vir como referência de espes- B POSITEST® 5,7 1,8 12,6 2,5 2,21
sura mínima da chapa de aço PATTI® 5,4 0,2 12,1 0,9 2,24
para a realização de ensaios de C PATTI® 11,6 1,0 10,8 1,8 0,93
aderência pelo método de tra- D PATTI® 9,6 1,6 12,5 1,5 1,30
ção. Natureza da Falha Coesiva B (Et Zn)
• Os resultados da força de rup-
OMUMENTE, CONFUNDI- Assim, mais uma vez esbarra- PPR - Programa de Proteção Res-
mos odor com toxidade, o mos na importância do quesito piratória e o PPRA – Programa
que não é uma verdade conhecimento como ferramenta de Prevenção de Risco de Aci-
absoluta. de prevenção. Particularmente nos dentes, convém lembrar que de-
E, se nem sempre odor é sinal ambientes industriais, ideal seria vemos estar atentos ao combate à
Por José Adolfo de perigo, por outro lado, vários que já na fase de implantação do contaminação nos ambientes de
Gazabin Simões compostos químicos podem ge- empreendimento, fossem consi- trabalho.
rar vapores ou gases bastante tó- derados os potenciais agentes tó- Primeiro, há de se eliminar,
xicos sem, contudo, serem perce- xicos presentes no processo, com substituindo ou reduzindo, a uti-
bidos devido à ausência de chei- vistas à tomada de ações de enge- lização de produtos que formem
ro. Assim, independente de se per- nharia que evitem a dispersão de ou liberem gases, vapores, névoas
ceber odor ou não, podemos es- gases e vapores. Mas, principal- indesejáveis e prejudiciais à saúde
tar freqüentando ambientes con- mente nas pequenas e médias in- do trabalhador, tomando ações
taminados e não saber (ou perce- dústrias, isto nem sempre é possí- principalmente na fase de escolha
ber), o que faz acumular danos à vel. Por isto, um estudo sobre o do processo a ser utilizado. Se isto
saúde. Lembremo-nos que tal da- local de trabalho deve ser efetuado não é viável, deve-se trabalhar pa-
no dependerá da toxidade do con- e alguns aspectos necessitam ser ra identificar os pontos críticos e
taminante e de sua concentração levados em consideração: enclausurá-los, evitando a disse-
no ambiente, além do tempo de • Conhecer o contaminante, in- minação do contaminante ao
exposição e sensibilidade pessoal. clusive medindo sua concen- ambiente de trabalho. Como isto
Sem oxigênio não há vida. tração; nem sempre é factível, medidas de
Mesmo que presente abundante- • Conhecer ou estimar o tempo proteção coletiva devem ser pre-
mente na atmosfera, a presença de exposição do trabalhador vistas e cuidadosamente defini-
de gases e vapores pode fazer com ao contaminante; das; neste caso, a captação do
que a concentração ideal de oxi- • Conhecer a concentração de contaminante deve se dar o mais
gênio caia a patamares que invia- oxigênio no ambiente; e, próximo possível da fonte gerado-
bilizam a sobrevivência de seres • Conhecer os efeitos do conta- ra e impedir que o mesmo atinja
vivos. Monitorar sistematica- minante sobre outros órgãos a zona de respiração do trabalha-
mente os ambientes de trabalho (ex.: se agride a pele). dor. Como último recurso (nunca
onde há potencial de geração de Ainda que estes e outros as- como único), EPI’s adequados
contaminantes atmosféricos po- pectos estejam presentes na legis- podem ser adotados como ação
de representar a diferença entre a lação brasileira, por exemplo em complementar as anteriores.
vida e a morte. programas de prevenção como o Finalmente, estejamos atentos
ao ar que respiramos em nossos
EFEITOS FISIOLÓGICOS DA DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO ambientes de trabalho. Cuidemos
para saber (e conhecer) que se nem
Volume de O2 Pressão parcial tudo que cheira é perfume, a recí-
ao nível do mar de O2 (mmHg) Efeitos proca também não é verdadeira.
(760 mmHg) no ambiente Mais que isto, trabalhemos qual-
20,9 a 16,0 158,8 Nenhum quer que seja nossa área de atua-
16,0 a 12,0 121,6 a 95,2 Perda de visão periférica. Aumento do volume respiratório. Aceleração ção, para que o novo ano traga à
do batimento cardíaco. Perda de atenção, de raciocínio e de coordenação. todos, novos e bons ares. •
12,0 a 10,0 91,2 a 76,0 Perda de capacidade de julgamento. Coordenação muscular
muito baixa. Ação muscular causa fadiga com consequente dano José Adolfo Gazabin Simões
permanente ao coração. Respiração intermitente. Diretor do SINDISUPER e Centralsuper,
10,0 a 6,0 76,0 a 45,6 Náseua, vômito. Incapacidade de executar movimentos vigorosos. Diretor da Galrei Galvanoplastia Industrial
Inconsciências seguida de morte. zegazaba@uol.com.br
menor que 6,0 menor que 45,6 Respiração espasmódica. Movimentos convulsivos. Morte em minutos. fax: (11) 4075-1888
Artigo Técnico
fosfatização e na (solúvel)
qualidade da cama- 3MeHPO 4 Me (PO ) + H PO
3 4 2 3 4
da obtida. Teores 2
(fracamente solúvel ) (insolúvel)
baixos de íons fer- 3Me(H PO ) Me (PO ) + 4H PO
2 4 2 3 4 2 3 4
rosos favorecem a (solúvel) (insolúvel)
formação das cama-
das fosfatizadas. No
entanto, com o aumento do Este comportamento, solu- Zehbour Panossian
teor destes íons, a resistência à bilidade diferenciada dos fos- Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo
corrosão da camada fosfatizada fatos diácidos, monoácidos e – IPT. Laboratório de Corrosão e Proteção –
é afetada. neutros, foi explorado para o LCP. Doutora em Ciências (Fisico-Química)
Todos os fosfatos de metais desenvolvimento dos processos pela USP. Responsável pelo LCP.
alcalinos (primários, secundários de fosfatização. Célia A. L. dos Santos
e neutros) e os fosfatos de me- Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo
tais bivalentes primários (diáci- Os mecanismos de fosfatiza- – IPT. Laboratório de Corrosão e Proteção –
dos), tais como os fosfatos de ção, de acordo com os tipos de LCP. Doutora em Química (Fisico-Química)
ferro II, zinco, manganês, cád- banhos, serão apresentados na pela USP. Pesquisadora do LCP.
mio, cálcio, magnésio e níquel, próxima edição.
são muito solúveis em água. Contato com as autoras:
Os mesmos fosfatos de me- zep@ipt.br / clsantos@ipt.br
tais bivalentes, porém, monoá- fax: (11) 3767-4036
Opinião
Paulo Itacarambi
Transformação ou Manutenção
Para onde caminha a Responsabilidade Social Empresarial - RSE?
Associados ABRACO
ACQUABLAST TRATAMENTO DE SUPERFÍCIES LTDA. EQUILAM INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. PETROQUIMICA UNIÃO S/A
www.acquablast.com.br www.equilam.com.br www.pqu.com.br
ADVANCE TINTAS E VERNIZES LTDA. FCCATÓDICA PROTEÇÃO ANTICORROSIVA LTDA. QUALITY WELDING CONS., CQ, SERV. E TREINAM.
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www.international-pc.com/pc/ firstfischer@wnetrj.com.br www.tintasjumbo.com.br
ALCLARE REVEST. E PINTURAS LTDA. FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S/A RENNER HERMANN S/A
www.alclare.com.br www.furnas.com.br www.rennermm.com.br
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www.blastingpintura.com.br www.grupogp.com.br www.rust.com.br
BUCKMAN LABORATÓRIOS LTDA. IEC INSTALAÇÕES E ENGª DE CORROSÃO LTDA. SACOR SIDEROTÉCNICA S/A
www.buckman.com www.iecengenharia.com.br www.sacor.com.br
CEPEL - CENTRO PESQ. ENERGIA ELÉTRICA IMPÉRCIA ATACADISTA LTDA. SHERWIN WILLIAMS DO BRASIL - DIV. SUMARÉ
www.cepel.br www.impercia.com.br www.sherwinwilliams.com.br
CIA. METROPOLITANO S. PAULO - METRÔ INT - INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA SOCOTHERM BRASIL
www.metro.sp.gov.br www.int.gov.br www.socotherm.com.br
COMÉRCIO E INDÚSTRIA REFIATE LTDA. INTECH ENGENHARIA LTDA. SOFT METAIS LTDA.
www.vpci.com.br www.intech-engenharia.com.br www.softmetais.com.br
CONFAB TUBOS S/A KURITA DO BRASIL LTDA. TBG - TRANSP. BRAS. GASODUTO BOLIVIA-BRASIL
www.confab.com.br www.kurita.com.br www.tbg.com.br
CORROCOAT SERVIÇOS LTDA. MAPS ENGENHARIA INDUSTRIAL LTDA. TEC-HIDRO IND. COM. E SERVIÇOS LTDA.
www.corrocoat.com.br www.mapsei.com.br tec-hidro@tec-hidro.com.br
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www.cyrbe.com.br www.dacromet.com.br www.triexsis.com.br
DECORPRINT IND. E COM. LTDA. MTT ASELCO AUTOMAÇÃO LTDA. ULTRAJATO ANTICORROSÃO E PINT. INDUSTRIAIS
www.orvic.com.br www.aselco.com.br www.ultrajato.com.br
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www.depran.com.br www.multialloy.com.br www.unicontrol.ind.br
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www.deten.com.br www.zerust.com.br verticalservice@verticalservice.com.br
DUAL-TECH DO BRASIL TECNOLOGIA LTDA. NALCO BRASIL LTDA. VOTORANTIM METAIS ZINCO S.A.
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DUTOS QUÍMICA LTDA. NORDESTE PINTURAS E REVESTIMENTOS LTDA. WEG INDÚSTRIAS S/A -QUIMICA
www.dutosquimica.com.br www.nrnordeste.com.br www.weg.com.br
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ELETRONUCLEAR S/A PETROBRAS S/A - CENPES
www.eletronuclear.gov.br www.petrobras.com.br
ENGEDUTO ENG. E REPRESENTAÇÕES LTDA. PETROBRAS TRANSPORTES S/A - TRANSPETRO
www.engedutoengenharia.com.br www.transpetro.com.br
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