S. C. Coutinho
e sua transposta é
cos(θ) sen(θ)
(ρθ )t =
.
− sen(θ) cos(θ)
Igualando as duas, não obtemos nenhuma restrição sobre cos(θ). Por outro lado,
− sen(θ) = sen(θ),
donde sen(θ) = 0. Portanto, θ = πk para algum k ∈ Z é a resposta.
2. (a) Como v e R(v) são simétricos em relação ao espelho, temos que v + R(v) é um
vetor sobre o espelho. Neste caso,
1
v + R(v) = (−72, 30).
169
Portanto, o espelho tem como vetor diretor
1 6
(−72, 30) = (−12, 5);
169 169
ou, o que é mais simples, o próprio vetor (−12, 5).
(b) O vetor (5, 12) é perpendicular ao espelho porque tem produto interno nulo
com (−12, 5). Como (5, 12) têm norma 13, concluímos que
1
u= (5, 12),
13
é um vetor unitário perpendicular ao espelho.
(c) A matriz desta reexão é dada por
1 119 −120
I − 2u · ut = .
169
−120 −119
3. A matriz aumentada do sistema é
1 −k 10
2 .
k 1 − k 1 + k k
k −k 1 1−k
Resolução
1. Como o operador é auto-adjunto, autovetores associados a autovalores distintos
têm que ser ortogonais. Logo qualquer vetor não nulo perpendicular a (1, 1) será
autovetor associado a 3. Portanto,
1 1
β= √ (1, 1), √ (−1, 1)
2 2
Portanto,
(T ) = Q(T )β Qt ,
já que Q é ortogonal.
que tem raízes 2 e −1. Portanto, estes são os autovalores de T . Para calcular o
auto-espaço asociado a 2, devemos resolver o sistema cuja matriz é
−2 1 1
1 −2 1 .
1 1 −2
Aplicando eliminação gaussiana a esta matriz, obtemos
1 −2 1
0 1 −1 ;
0 0 0
que corresponde ao sistema
x − 2y + z = 0
y − z = 0.
Portanto, o auto-espaço associado a 2 é gerado por (1, 1, 1). Já o auto-espaço associ-
ado a −1 é a solução do sistema cuja matriz é
1 1 1
1 1 1 .
1 1 1
Portanto, os vetores deste auto-espaço satisfazem x + y + z = 0. Isto signica que o
auto-espaço é
h(−1, 0, 1), (−1, 1, 0)i.
Finalmente, a matriz mudança de base de β para é
1 −1 −1
.
1 0 1
1 1 0
3. Para obter o complemento ortogonal, vou completar a base {(1, 1, 0, 0), (1, 0, 1, 1)}
de S para uma base de R4 e aplicar Gram-Schimdt. Podemos escolher,
{(1, 1, 0, 0), (1, 0, 1, 1), (0, 0, 1, 0), (0, 0, 0, 1)}.
Aplicando Gram-Schmidt,
1
u1 = √ (1, 1, 0, 0),
2
donde
1 1
w2 = (1, 0, 1, 1) − (1, 1, 0, 0) = (1, −1, 2, 2)
2 2
que ao ser normalizado nos dá
1
u2 = √ (1, −1, 2, 2)
10
T (u1 ) = 0
T (u2 ) = 0
T (u3 ) = u3
T (u4 ) = u4
Resolução
Prova Final2010/1
2. Considere os subespaços do R4
U = {(x, y, z, w) | y + z + w = 0}
W = h(1, −, 1, 0, 0), (2, −2, 2, 1), (5, −5, 2, 1)i
(a) Ache a base e a dimensão de U + W .
(b) Ache a base e a dimensão de U ∩ W .
(c) Ache um subespaço complementar de U em R4 .
4. Considere a matriz
√
a 2 0
A = b .
c 0
0 0 1
(a) Determine todos os valores de a, b e c para os quais A descreve uma
reexão.
(b) Determine a equação do plano de reexão (o espelho).
Primeira Prova2010/2
terá matriz
1−3 4
F = I − 2uut = .
5
4 3
Esta é uma isometria porque uma rotação e uma reexão são isometrias e a com-
posta de quaisquer duas isometrias também é uma isometria. Além do mais, como o
determinante desta matriz é igual a −1, então T tem que ser uma reexão.
2a + 2c = 1
2b + 2d = 0
c=0
d=1
que é a matriz de S .
Para começar, o sistema nunca tem uma única solução (determinado). Ele tem mais
de uma solução (indeterminado) quando c = −3a+2b e nenhuma solução (impossível)
em qualquer outro caso.
4. A matrix aumentada do sistema AX = b é
1 2 4
7 1
1 0 2 −1 3
A= ,
4
2 10 −2 16
5 2 12 −3 19
cuja forma escada é
1 2 4 1 7
0 1 1 1 2
0 0 0 0 0
0 0 0 0 0
que corresponde ao sistema
x + 2y + 4z + w = 7
y+z+w =2
que tem como uma de suas soluções [1, 1, 1, 0]t . Por outro lado, o sistema linear
homgêneo associado corresponde
x + 2y + 4z + w = 0
y+z+w =0
de modo que
y = −z − w e x = −2z + w;
donde
[x, y, z, w] = [−2z + w, −z − w, z, w] = z[−2, −1, 1, 0] + w[1, −1, 0, 1].
Portanto o conjunto solução do sistema homogêneo associado é gerado pelos vetores
[−2, −1, 1, 0]t e [1, −1, 0, 1]t . Como qualquer solução de um sistema indeterminado é
igual a uma solução particular somada a uma solução qualquer do sistema homogêneo
associado, podemos escrever a solução geral de AX = b na forma
[1, 1, 1, 0]t + z[−2, −1, 1, 0]t + w[1, −1, 0, 1]t
quaisquer que sejam os valores escolhidos para z e w.
Segunda Prova2010/2
1. Seja b > 10900 um número real. Determine todos os valores de a para os quais
os vetores
(1, 1, 1), (1, a, a2 ), (1, b, b3 )
são linearmente dependentes.
2. Seja R a reexão de R3 que transforma o vetor (1, 3, 2) em (3, 2, 1). Determine:
(a) o plano de reexão (o espelho);
(b) a matriz de R.
3. Considere os subespaços de R4
W1 = {(x, y, z, w) ∈ R4 | y + z + w = 0};
W2 = h(1, −1, 0, 0), (2, −2, 2, 1), (5, −5, 2, 1)i
(a) Ache uma base e a dimensão de W2 .
(b) Ache um subespaço W10 , contido em W2 , que satisfaz W1 ⊕ W10 = R4 .
4. Seja T : R4 → R4 a transformação linear denida por
T (x, y, z, w) = (x + y, y − z, z − w, y − w).
Determine:
(a) uma base e a dimensão do núcleo de T ;
(b) uma base e a dimensão da imagem de T .
Resolução
1. Para que os vetores
(1, 1, 1), (1, a, a2 ), (1, b, b3 )
sejam linearmente dependentes é preciso que existam números reais x, y e z , não
todos nulos, tais que
x(1, 1, 1) + y(1, a, a2 ) + z(1, b, b3 ) = 0;
o que ocorrerá se, e somente se, o sistema
x+y+z =0
x + ay + bz = 0
x + a2 y + b3 z = 0.
A matriz do sistema é
1 1 1
1 a b .
2 3
1 a b
Eliminando as posições da primeira coluna, obtemos
1 1 1
0 a − 1 b − 1
2 3
0 a −1 b −1
Multiplicando a segunda linha por a + 1 e somando à terceira, resta
1 1 1
;
0 a − 1 b−1
3
0 0 (b − 1) − (b − 1)(a + 1)
3. Pondo os vetores que geram W2 nas linhas de uma matriz e aplicando eliminação
gaussiana, obtemos
1 −1 0 0 1 −1 0 0
2 −2 2 1 → 0 0 2 1
5 −5 2 1 0 0 0 0
de modo que
{(1, −1, 0, 0), (0, 0, 0, 2, 1)}
é uma base de W2 que, portanto, tem dimensão 2.
Para resolver (b), devemos achar uma base de W1 e completá-la para obter uma
base de R4 usando vetores contidos em W2 . Mas se (x, y, z, w) ∈ W1 , então
(x, y, z, w) = (x, −z − w, z, w) = x(1, 0, 0, 0) + z(0, −1, 1, 0) + w(0, −1, 0, 1).
Como
(1, 0, 0, 0), (0, −1, 1, 0), (0, −1, 0, 1)
são linearmente independentes, então geram W1 . Mas (1, −1, 0, 0) ∈ W2 é linearmente
independente com estes vetores, pois a eliminação gaussiana aplicada a matriz
1 0 0 0
0 −1 1 0
0 −1 0 1
1 −1 0 0
nos dá
1 0 0 0
0 −1 1 0
.
0 0 1 1
0 0 0 1
Portanto, podemos tomar W10 = h(1, −1, 0, 0)i.
1. Seja
2 −1 0
A = −1 .
2 0
0 −1 2
(a) Determine os autovalores e autovetores de A.
(b) Determine uma matriz inversível M tal que M AM −1 seja diagonal.
(c) É possível escolher para M uma matriz ortogonal?
Resolução
P (1, 2, 1) = 0
P (−2, 1, 0) = (−2, 1, 0)
P (−1, 0, 1) = (−1, 0, 1).
3. Como (1, 1, 1) e (1, −1, 0) são ortogonais, vou completá-los acrescentando um vetor
perpendicular a ambos. Se (x, y, z) for este vetor, devemos ter
donde
x + y + z = x − y = 0,
B = {u1 , u2 , u3 }.
4. Para que
0 0 a + 3b
Q = 1 0
5b
0 1 0
seja ortogonal, suas colunas devem formar uma base ortonormal. Efetuando o pro-
duto direto entre colunas distintas, vericamos que 5b = 0, donde b = 0. Por outro
lado, as duas primeiras colunas são vetores unitários mas, para que a terceira coluna
satisfaça esta condição, devemos ter que (a + 3b)2 + 25b2 = 1. Como b = 0, isto
implica que a = ±1. Portanto, para que Q seja ortogonal, devemos ter que a = ±1
e b = 0. Para determinar para quais destes valores Q é uma rotação, calculamos o
determinante. Note que
a 0 0
det Q = det 0 1 0 = a,
0 0 1
pois para chegar a esta segunda matriz trocamos as colunas duas vezes. Portanto, Q
é uma rotação quando a = 1. Neste caso,
0 0 1
Q = 1 0 0
0 1 0
e o eixo corresponde ao auto-espaço de 1 que é o conjunto solução do sistema
−1 0 1
Q − I = 1 −1 0
0 1 −1
que nos dá x = y = z . Portanto,
√ o eixo é a reta de vetor diretor (1, 1, 1). Por outro
lado o vetor u = (−1, 1, 0)/ 2 é unitário, perpendicular ao eixo e tem como imagem
√
Qu = (0, −1, 1)/ 2.
Portanto, o cosseno do ângulo de rotação θ será
1
cos(θ) = hQu, ui = −
2
Prova Final2010/2
obtemos a matriz
1 2 7 | 1 0 0
0 1 9 | −8 1 0
0 0 13 | 34 −6 1
de modo que
1 2 7
U = 0 1 9 .
0 0 13
obtemos
1 0 0 | 1 0 0
0 1 0 | 8 1 0
0 0 1 | 14 6 1
de modo que
1 0 0
L = 8 1 0
14 6 1
e a decomposição LU da matriz dada é
1 2 7 1 0 0 1 2 7
8 17 65 = 8 1 0 · 0 1 9 .
14 34 165 14 6 1 0 0 13
determinado: se k 6= −1, 0, 2;
impossível: se k = −1 ou k = 2 ou k = 0;
indeterminado: nunca.
3. A matriz da rotação é
√
cos(π/6) sen(π/6) 3/2 −1/2
ρ= = .
√
− sen(π/6) cos(π/6) −1/2 3/2
cujo quadrado é
2
a2 + bc bd + ab
A =
.
cd + ac d2 + bc
que tem que ser uma rotação porque S é ortogonal e tem determine um. Para saber
isto não preciso fazer nenhuma conta. Basta lembrar que toda reexão é ortogonal
e tem determinante −1. Ao trocar as linhas, a matriz continua sendo ortogonal,
porque a mudança de posições dos vetores não altera o fato das linhas formarem uma
base ortonormal quando consideradas como vetores. Por outro lado, a troca de linhas
muda o sinal do determinante que, de −1, passou a valer 1.
Para calcular o eixo, achamos o autovetor de um em S resolvendo o sistema Sv = v ,
cuja matriz é
−2 2 2
1
S − I = 2 −2 −2 .
3
−2 2 −4
Aplicando eliminação gaussiana a esta matriz, obtemos
1 −1 0
0 0 1
0 0 0
x−y =0
w=0
cuja solução é a reta de vetor diretor u = (1, 1, 0). O vetor v = (0, 0, 1) é perpendicular
aue
1
Sv = [2, −2, 1]t
3
de modo que se θ for o ângulo de rotação, teremos
1
cos θ = hSv, vi =
3
e θ = arccos(1/3). Para determinar a base B na qual a matriz desta rotação tem a
forma desejada, basta calcular uma base ortonormal do plano ortogonal ao eixo; por
exemplo,
1
√ (1, −1, 0), (0, 0, 1) .
2
Assim,
1 1
B= √ (1, −1, 0), (0, 0, 1), √ (1, 1, 0) .
2 2
e a matriz M é
√ √
1/ 2 0 1/ 2
√ √
−1/ 2 0 1/ 2 .
0 0 1
2. Aplicando eliminação gaussiana,
1 1 0 1 1 1 0
1
1 k + 1 1 0 0 k 1 −1
→
3 k + 3
k 4
0
0 k−1 2
1 k+1 k k+2 0 0 0 k+1
3. Se
1 0 0 1
3 4 0 3
A = (S)
5 7 2 4
0 0 0 2
então calculamos det(A − tI) expandindo o determinante pela última linha, depois
pela última coluna de uma matriz 3 × 3 e nalmente calculando o determinante da
matriz 2×2 que resulta disto, obtendo o polinômio característico (2−t)2 (1−t)(4−t).
Portanto, os autovalores de S são 2, 1 e 4. Para calcular o autoespaço de 2, aplicamos
eliminação à matriz
−1 0 0 1 1 0 0 23
3 2 0 3 0 1 0 15
A − 2I = →
5 7 0 4 0 0 0 1
0 0 0 0 0 0 0 0
que corresponde ao sistema
x − 23w = 0
y + 15w = 0
w=0
cujo conjunto solução é gerado pelos vetores
(0, 0, 1, 0).
Portanto, o autoespaço de 2 é
h(0, 0, 1, 0)i
Procedendo de maneira semelhante para os outros dois autovalores, vericamos que o
autoespaço de 1 é gerado por (−1, 1, −2, 0) e o autoespaço de 4 por (0, 2, 7, 0). Como
só temos três autovetores independentes no R4 , não há como formar uma base de
autovetores de S . Logo S não pode ser diagonalizável.
4. (a) é falso porque a reta esta no plano de partida, mas não no da chegada. Mas se
um plano for levado no outro, tudo o que está sobre o primeiro tem que ser levado no
segundo. Já (b) é verdadeira porque se A for diagonalizável, então existe uma matriz
de mudança de base M e uma matriz diagonal D tal que
D = M AM −1 .
Mas, elevando esta fórmula ao cubo, obtemos
D3 = (M AM −1 )3 = M AM −1 · M AM −1 · M AM −1 = M A3 M −1 ,
provando, assim, que A3 também é diagonalizável.
Primeira Prova2013/2
1. Para determinar que H representa uma reexão basta mostrar que existe uma reta
r cujos vetores cam inalterados por H (que faz o papel do espelho) e que todo vetor
ortogonal a esta reta é levado no seu oposto. Para descobrir a reta r basta resolver a
equação matricial HX = X , em que X é uma matriz de variáveis de tamanho 2 × 1.
Tomando X = [x, y]t a equação matricial será
1 1 1 x x
√ =
2
1 −1 y y
√ √ √
1 1 1 1 − 2 2 − 2 2 − 1
√ = √1 =
2 2 √
1 −1 1 − 2 −1
Note que não basta saber que det(R) = 1, nem que R é da forma dada pela equação (1)
para podermos concluir que R é uma reexão. Em ambos os casos precisamos saber
também que R é ortogonal.
O polinômio característico de A é
1 − t −5
p(t) = det(A − tI) = det = (1 − t)2 − 25,
−5 1 − t
Como
6 0 x1
6x21 − 4y12 = [x1 , y1 ]
0 −4 y1
temos que, ao expressar a equação canônica da hipérbole na forma 6x21 − 4y12 = 2 estamos
supondo, implicitamente, que a primeira coluna de Q é um autovetor de 6 e a segunda é
um autovetor de −4. Como [1, −1]t é autovetor de 6, então a matriz correta para Q é
1 1 1 1 1 1
√ e não √ .
2 2
−1 1 1 −1
Indeterminado: quando k = 1;
Impossível: quando k = −2;
Determinado: quando k 6= −2, 1.
Supondo que k 6= −2, 1, podemos resolver o sistema triangular superior acima, ob-
tendo
1
x=y=z= .
k+2
Oferta do dia: De acordo com o exercício 33 das notas de aula, se M é uma matriz
que satisfaz M M t = I então, das duas uma, ou o determinante de M é 1 e M é uma
rotação, ou o determinante de M é −1 e M é uma reexão. Portanto, se R1 e R2
correspondem a reexões, então:
R1 R1t = R2 R2t = I e det(R1 ) = det(R2 ) = −1.
Contudo,
(R1 R2 )(R1 R2 )t = (R1 R2 )(R2t R1t ) = R1 (R2 R2t )R1t = R1 R1t = I,
ao passo que
det(R1 R2 ) = det(R1 ) det(R2 ) = (−1)2 = 1,
de modo que R1 R2 será uma rotação.
Como no caso da reexão, não basta saber que Q tem determinante 1 para podermos
concluir que corresponde a uma rotação, precisamos saber também que Q é ortogonal.
Por exemplo, a matriz
3 4
A=
2 3
tem determinante igual a 1, mas não é uma rotação porque, por exemplo,
3
Ae1 =
2
√
mas ke1 k = 1, ao passo que kAe1 k = 13; no entanto, uma rotação não altera o compri-
mento de um vetor.
Segunda Prova2013/2
4. Uma reexão tem que deixar xos todos os vetores de um hiperplano (o espelho) e
tem que inverter a normal ao hiperplano. Para determinar quais são os vetores xados
por R resolvemos o sistema Rv = v , em que v ∈ R4 é um vetor a ser determinado.
Mas Rv = v equivale ao sistema homogêneo (R − I)v = 0 em que I é a matriz
identidade 4 × 4. Assim,
−2 −2 −4 −2
−2
1 −2 −4 −2
R−I = .
7
−4 −4 −8 −4
−2 −2 −4 −2
Como todas as linhas desta matriz são múltiplas umas das outras, o conjunto dos
vetores xos por R corresponde ao hiperplano de equação x+y+2z+w = 0. Resta-nos
vericar se os vetores normais a este hiperplano, que são múltiplos de n = [1, 1, 2, 1]t ,
são levados em seus simétricos. Mas
1
Rn = [−7, −7, −14, −7]t = −n,
7
conrmando que R é uma reexão cujo espelho é o hiperplano de equação x + y +
2z + w = 0.
Não é verdade que uma matriz ortogonal e de determinante igual a −1 dene uma
reexão em espaços de dimensão maior que dois. Por exemplo, a matriz
−1 0 0
0 −1 0
0 0 −1
é ortogonal, simétrica e tem determinante −1, mas não descreve uma reexão porque, para
isto, teria que haver um espelho, que é um hiperplano cujos vetores não são alterados pela
reexão. Acontece que a matriz acima leva cada vetor do R3 em seu simétrico.
Uma solução diferente da que eu dei acima, e que apareceu nas provas, consiste em
escolher um vetor qualquer, digamos e1 = [1, 0, 0, 0]t e calcular sua reexão. O vetor
normal ao hiperplano será igual a
1
Re1 − e1 = [5, −2, −4, −2]t − [1, 0, 0, 0]t = [−2, −2, −4, −2]t ,
7
do qual obtemos n por normalização.
é a união de
{[x, y, z, w]t ∈ R4 | x − y = 0}
com
{[x, y, z, w]t ∈ R4 | x + y = 0}.
Em outras palavras, o conjunto dado em (b) é a união de duas retas que se cruzam
na origem. Contudo, embora os vetores [1, 1]t e [1, −1]t pertençam a esta união,
[1, 1]t + [1, −1]t = [2, 0]t
de modo que
{[1, 2, 1, 1]t , [0, 1, 2, 1]t , [0, 0, 8, 6]t }
é uma base de W2 e, portanto, dim(W2 ) = 3.
(b) Precisamos, primeiramente, determinar um sistema linear cujo conjunto solução
é W1 . Supondo que ax + by + cz + dw = 0 é uma equação deste sistema, devemos ter
que
a + 2b + c + d = 0
b + 2c + d = 0
8c + 6d = 0
pois os elementos da base de W2 tem que anular todas as equações do sistema dese-
jado. Mas este sistema já está em forma triangular, de modo que podemos resolvê-lo
por substituição reversa, obtendo
3 1 5
c = − d, b= d e a=− d
4 2 4
em que d funciona como parâmetro. Assim,
d
0 = ax + by + cz + dw = (−5x + 2y − 3z + 4w);
4
de modo que W2 é o conjunto solução de −5x + 2y − 3z + 4w = 0. Mas, W1 ∩ W2 é
o conjunto solução do sistema obtido reunindo as equações que denem W1 àquelas
que denem W2 , que é
x−y+z =0
x+y−z−w =0
5x + y − z − 3w =0
−5x + 2y − 3z + 4w = 0.
Aplicando eliminação gaussiana a este sistema, obtemos a forma escada
1 −1 1 0
0 1 0 −3
0 0 2 −5,
Nome:
Notas:
Solução
7. (a) Como
Im(T ) = hT (e1 ), T (e2 ), T (e3 ), T (e4 )i
e
T (e1 ) = [1, 1, 1]t
T (e2 ) = [1, −1, 3]t
T (e3 ) = [4, 2, 6]t
T (e4 ) = [4, −2, 10]t
obtemos a base da imagem de T calculando a forma escada da matriz
1 1 1 1 1 1
1 −1 3 0 −2 2
B= que é igual a .
4 2 6 0 0 0
4 −2 10 0 0 0
Portanto, a imagem de T tem base
{[1, 1, 1]t , [0, −2, 2]t }
e dimensão igual a 2. Logo, pelo Teorema do Núcleo e da Imagem o núcleo de T tem
dimensão igual a 4 − 2 = 2.
Para obter a matriz (T )ε,β precisamos determinar as coordenadas dos vetores T (e1 ),
T (e2 ), T (e3 ) e T (e4 ) na base β . Mas,
T (e1 ) = [1, 1, 1]t = v1
T (e2 ) = [1, −1, 3]t = v1 − 2v2 + 6v3
T (e3 ) = [4, 2, 6]t = 4v1 − 2v2 + 6v3
T (e4 ) = [4, −2, 10]t = 4v1 − 6v2 + 18v3
de modo que
1 4 4
(T )ε,β = −2 −2 −6 .
4 −6 18
Outra maneira de fazer é calcular a matriz de mudança de base
1 0 0
(id)βε = 1 1 0
1 2 1
e a partir dela calcular
1 0 0
(id)εβ = (id)−1 = −1 1 0
βε
1 −2 1
de modo que a matriz desejada é
(T )β = (id)β (T )ε .
Note que nesta questão você não pode ortonormalizar a base porque foi pedida a matriz
de T relativamente a duas bases já dadas, a canônica ε e a base β . Outro erro que
várias pessoas cometeram foi o de calcular a base da imagem a partir de T (e1 ), T (e2 ) e
T (e3 ) e esquecer que o espaço de partida é R4 , de modo que também é necessário levar em
conta T (e4 ).
porque esta matriz é simétrica e todo operador cuja matriz é simétrica (operador
autoadjunto) é necessariamente diagonalizável pelo Teorema Espectral.
Muita gente armou que para uma matriz ser diagonalizável é preciso que seja simé-
trica, mas isto é falso. O teorema espectral diz, apenas, que se a matriz do operador
é simétrica então o operador é diagonalizável. Por exemplo, o operador cuja matriz é
1 2 3
0 4 5
0 0 6
Para calcular o polinômio característico desta matriz usamos a expansão por cofa-
tores de det(A − tI); ou seja da matriz
17 −2 −2 1 0 0 17 − 9t −2 −2
1
1
−2 14 −4 − 0 1 0 = det −2
9 9 14 − 9t −4
−2 −4 14 0 0 1 −2 −4 14 − 9t
que é igual a
1 14 − 9t −4 −2 −4 −2 14 − 9t
(17 − 9t) − (−2) + (−2) .
93
−4 14 − 9t −2 14 − 9t −2 −4
é igual a
2 0 0
0 2 0
0 0 1
que, este caso, coincide com a sua transposta, pois esta é uma matriz de mudança de
base entre bases ortonormais, o que faz dela uma matriz ortogonal.
9. O eixo é o autoespaço associado a 1, que é obtido resolvendo o sistema cuja matriz
é
−2 −4 4 −1 −2 2
, que tem forma escada .
−4 8 8 0 0 9
−4 −8 −10 0 0 0
Portanto, o eixo é o conjunto solução do sistema
−x − 2y + 2z = z = 0 que equivale a x + 2y = z = 0,
e que é gerado por [−2, 1, 0]t . Para calcular o seno e o cosseno do ângulo de rotação
θ precisamos escolher uma base ortonormal B = {u1 , u2 } do plano ortogonal ao
eixo. Podemos tomar, por exemplo,
1
u1 = √ [1, −2, 0]t e u2 = [0, 0, 1]t .
5
Neste caso,
Qu1 = cos(θ)u1 + sen(θ)u2 .
Como a base é ortonormal, as coordenadas de u1 e u2 podem ser calculadas usando
o produto interno. Como
" √ √ √ #t
5 2 5 4 5
Qu1 = − ,− ,− ,
45 45 9
teremos
1
cos(θ) = hu1 | Qu1 i = −
9√
4 5
sen(θ) = hu2 | Qu1 i = − .
9
Os erros mais comuns nesta questão foram:
Oferta Especial do Dia: Os vetores do espelho de uma reexão R não são alterados
pela reexão, ao passo que os vetores da reta ortogonal ao espelho são invertidos.
Portanto, toda reexão tem por autovalores 1 e −1 e, no caso da refexão dada o
autoespaço de 1 é o hiperplano x − y + 2z − 7w = 0, ao passo que o autoespaço de
−1 é a reta perpendicular ao espelho, que neste caso é h[1, −1, 2, −7]t i.
DCC-UFRJÁlgebra Linear Algorítmica2013/2
Nome:
Notas: 1a 2a 3a Final
Respostas
1.1 A matriz escalonada é
1 1 1 | 1
0 1
k | 1
2
0 0 k − k | 2k − 2
de modo que o sistema é impossível se k = 0, indeterminado se k = 1 e determinado
se k 6= 0, 1.
2.1 W tem base {[1, 1, 1, 1, 1]t , [0, 1, 0, 1, 0]t , [0, 0, 0, 0, 1]t }, dimensão três e é conjunto
solução do sistema x − z = y − u = 0, ao passo que U ∩ W tem base {[1, 1, 1, 1, 3]t }.
2.2 O espelho é x + y + 2z + w = 0.
3.1 Os autovalores são 0, 2, 5. O autoespaço de 2 tem base {[1, 0, 1, 0]t , [0, 1, 0, 0]t , o
autoespaço de 0 tem base {[1, 0, −1, 0]t } e o autoespaço de 5 tem base {[3, 5, 2, 5]t }.
As matrizes são
1 0 3 1
0 1 5 0
D = diag([2, 2, 5, 0]) e M =
1 0 2 1
0 0 5 0
√
3.2 O eixo é h[0, 3, 1]t i o cosseno é −9/11 e o seno é 2 10/11.
Primeira Prova2014/1
2. Dada a equação
2y 2 − 12xy − 7x2 = 5,
identique a cônica correspondente e determine:
(a) sua forma canônica;
(b) a rotação que converte a equação dada em sua forma canônica.
Solução
de modo que
√ !2
1 2 2
det(Q) = − − ± = −1.
9 2
Portanto, há duas possibilidades para Q:
√ √
1/3 2 2/3 1/3 −2 2/3
Q1 =
√
ou Q2 =
√
2 2/3 −1/3 −2 2/3 −1/3
Há duas maneiras de achar o espelho. Vou usar uma delas para determinar o espelho
de Q1 e a outra para o espelho de Q2 . O primeiro método consiste em lembrar os
vetores do espelho cam xos pela reexão; isto é Q1 v = v para todos os vetores v
que pertencem ao espelho. Reescrevendo o sistema na forma (Q1 −I)v = 0 e tomando
v = [x, y]t , temos, no primeiro caso:
√ √
−2/3 2 2/3 x 1 −2x + 2 2y 0
(Q1 − I)v =
√
=
3 √
= .
2 2/3 −4/3 y 2 2x − 4y 0
Note√que a segunda equação deste sistema pode ser obtida multiplicando a primeira
por 2, de modo que o sistema é indeterminado. Mas, da primeira equação,
√
√ 2
x= 2y; donde v = y
.
1
que é ortogonal a
1 2
√ ;
5
1
de modo que a rotação desejada é dada pela matriz
1 1 2
√ .
5
−2 1
4. Sabe-se que
3 −1 0 −1 −1
−1 3 0 −1 −1
1
P = 0
4 0 4 0 0
−1 −1 0 3 −1
−1 −1 0 −1 3
é a projeção ortogonal do R5 sobre um hiperplano H .
(a) Determine um vetor normal unitário e a equação de H .
(b) Determine a matriz da reexão cujo espelho é H .
6. Considere os subespaços
U = {[x, y, u, v, z]t | x + y + u − z = x − y − 2u + z = 5x + y − u − z = 0}
W = h[2, 1, 1, 0, 0]t , [−4, −2, 1, 1, 1]t , [0, 1, 3, 1, 0]t , [−6, −3, 0, 1, 1]t i
Determine:
(a) uma base e a dimensão U ∩ W ;
(b) uma base e a dimensão U ⊥ + W .
que equivale a
3x − y − v − z = 0
−x + 3y − v − z = 0
4u = 0
−x − y + 3v − z = 0
−x − y − v + 3z = 0.
de modo que os vetores nas três primeiras linhas da matriz acima constituem uma
base de W . Suponha, agora, que
αx + βy + γu + δv + ηz = 0
é uma equação do sistema cujo conjunto solução é W . Isto implica que cada um dos
vetores da base de W satisfaz esta equação, de modo que
2α + β + γ = 0
β + 3γ + δ = 0
3γ + δ + η = 0
Como este sistema está em forma triangular, podemos resolvê-lo por substituição
reversa, obtendo
1
α = γ + δ, β = −3γ − δ, η = −3γ − δ;
2
donde
1
γ + δ + (−3γ − δ)y + γu + δv + (−3γ − δ)z = 0
2
que equivale a
1
γ(x − 3y + u − 3z) + δ x−y+v−z = 0.
2
Portanto, W é solução do sistema
x − 3y + u − 3z = x − 2y + 2v − 2z = 0.
Logo, U ∩ W é o conjunto solução do sistema:
x − 3y + u − 3z = x − 2y + 2v − 2z = x + y + u − z = x − y − 2u + z = 5x + y − u − z = 0;
cuja matriz
1 −3 1 0 −3
1 −2 0 2 −2
1 1
1 0 −1
1 −1 −2 0
1
5 1 −1 0 −1
de forma que
U ⊥ = h[1, 1, 1, 0, −1]t , [1, −1, −2, 0, 1]t , [5, 1, −1, 0, −1]t i.
Para obter geradores para U ⊥ + W basta juntar os geradores de U ⊥ aos de W . A
matriz cujas linhas são estes seis vetores tem forma escada
1 1 1 0 −1
0
3 5 0 −2
0 0 1 0 2
0
0 0 1 −5
0 0 0 0 1
0 0 0 0 0
0 0 0 0 0