PERNAMBUCO
1. PRELIMINARMENTE
GRATUIDADE JUDICIÁRIA
O Autor declara por meio de sua procuradora que este subscreve, na forma preconizada
pelos artigos 98 e 99 do CPC/15, a condição de hipossuficiência, não dispondo de meios
para custear despesas processuais, pleiteando assim a GRATUIDADE DA JUSTIÇA, em
estrita conformação com as normas de regência.
DO FORO COMPETENTE
A presente ação discute questões que mostram conexão com a relação de consumo portanto,
inicialmente, para justificar a escolha desse foro, para aprecia-lo e dirimir a questão
apresentada, invoca o dispositivo constante no código de defesa do consumidor, onde se
estampa a possibilidade de propositura de ação judicial no domicílio do requerente (art. 101. I).
Além do mais, tem-se que eventuais contatos, ainda que tácitos, de prestação de serviços
públicos e/ou de consumo, vinculam-se, de uma forma ou de outra, a existência de “relação de
consumo”. Como no presente caso, trazido à baila.
2. DOS FATOS
Até recentemente, o local de residência do autor não era coberto por rede elétrica, quando foi
efetuada a instalação de rede elétrica no local, a CELPE realizou o cadastro da casa vizinha
com________ mesmo proprietário, sem anuência, ou sequer conhecimento da parte autora,
ocorre que a casa de número 1 jamais pertenceu ao autor, e apesar disso, as faturas de dívida
chegavam à residência que foi cadastrada erroneamente, não chegando às vistas do
requerente, oque impossibilitou o mesmo de tomar conhecimento da situação com
antecedência.
Certo dia, o Requerente tomou conhecimento de que havia na CELPE um débito em seu nome
no valor de R$ 653,11(seiscentos e cinquenta e três reais e onze centavos) referente à 21
faturas, o autor então procurou seu vizinho para tentar regularizar a situação de forma
amigável, mas este se negou.
Tentando solucionar o caso, a procuradora do autor foi à CELPE abrir uma reclamação de
cadastro, cujo número de protocolo é 70001242219, porém até a presente data a companhia se
omite de manifestar-se sobre o ocorrido, não demonstrando interesse em regularizar a
situação.
Diante do ocorrido, que resultou em grave prejuízo ao autor, lhe resta apenas recorrer à via
judicial, exigindo o cancelamento do contrato firmado sem seu consentimento e indenização
pelos danos morais sofridos.
3. DA TUTELA DE URGÊNCIA
4. DO DIREITO
Art. 927 do Código civil - Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187),
causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”
(...)
Além exigir pagamento de multa, a operadora realizou sem deferimento, ou sequer prévio
conhecimento da Autora, o cancelamento de todas as linhas restantes, causando prejuízos às
atividades da empresa, assim ferindo de forma injustificável o Código de Defesa do
Consumidor.
A empresa contratante, correndo ainda o risco de ter seu nome como inadimplente no SPC,
recorreu à ANATEL, o que não surtiu efeitos de fato favoráveis às atividades da requerente,
tendo em vista que o débito alegado pela requerida ainda persistiram.
Assim, considerando os fatos e provas existentes nos autos, requer-se a aplicação do Código
de Defesa do Consumidor ao presente caso, vejamos;
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras
práticas abusivas: (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)
Com relação à reparação do dano, tem-se que aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito, ficando obrigado a reparar os prejuízos ocasionados (Art. 186 e 187
do CC). No caso exposto, por se tratar de uma relação de consumo, a reparação se dará
independentemente do agente ter agido com culpa, uma vez que nosso ordenamento jurídico
adota a teoria da responsabilidade objetiva (Art. 12 do CDC).
Sendo assim, é de inteira justiça que seja reconhecido à autora o direito básico (Art. 6, VI do
CDC) de ser indenizada pelos danos sofridos, em face da conduta negligente do réu em
A Autora entende ser justo, para recompensar os danos sofridos e servir de exemplo à
empresa ré na prevenção de novas condutas ilícitas, a indenização com quantia de R$
2.000,00.
3. DOS PEDIDOS
b) Seja julgado procedente o pedido de indenização do valor que foi cobrado indevidamente,
ratificado artigo 940 do Código Civil
c) seja julgado procedente o pedido de indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00
(dez mil Reais)
f)