Hoje em dia vemos que Jesus cura através dos Seus servos ungidos
com carismas de fé e de cura. Nós sabemos que há muitas pessoas, Bispos,
sacerdotes, homens e mulheres, ungidas no Renovamento Carismático, e
não só, que foram agraciadas com o carisma da cura. O carisma de cura é
um ministério que perpetua as curas realizadas por Jesus no poder do
Espírito Santo. Ele nunca desapareceu durante a história da Igreja, mas no
passado era associado com a santidade das pessoas que recebiam esse
dom. Actualmente, com a experiência carismática, compreendeu-se que o
carisma de cura não é necessáriamente um apanágio de santos, nem que
santifica automaticamente aquele que o recebeu. Trata-se de um dom que é
dado, como aliás todos os carismas, para o bem comum. O carisma da
cura é uma manifestação do Espírito Santo (1 Cor 12:9) que produz cura
física, psíquica, moral ou espiritual, ou, pelo menos, uma melhoria sensível
do doente. Mas é sempre Jesus quem cura através dos Seus servos
ungidos. Quando o mendigo aleijado foi curado à entrada do templo, em
Jerusalém, as pessoas pensaram que tinham sido Pedro e João que o
tinham curado, mas Pedro corrigiu-os de imediato, dizendo: “Homens de
Israel, porque vos admirais com isto? Porque nos olhais, como se tivésse-
mos feito andar este homem pelo nosso próprio poder ou piedade? O Deus
de Abraão, de Isaac e de Jacob, o Deus dos nossos pais, glorificou o seu
servo Jesus, que vós entregastes e negastes na presença de Pilatos,
estando ele resolvido a libertá-lo. …Destes morte ao Príncipe da Vida, mas
Deus ressuscitou-O dos mortos, e disso nós somos testemunhas. Pela fé no
Seu Nome, este homem, que vedes e conheceis, recobrou as força. Foi a fé
que d’Ele nos vem que curou completamente este homem na vossa presença”
(Act 3:12-16). Repito, mesmo quando as pessoas são curadas através da
imposição das mãos ou de orações dos servos ungidos, é sempre Jesus
quem as cura por acção do Espírito Santo. E, se cremos que é Jesus que
cura, devemos rezar com amor e simplicidade pelos doentes, porque não é
a nossa oração, mas o poder de Deus, que produz a cura. Nos nossos retiros
costumo dizer, quando faço o ensinamento sobre as “Promessas do Espírito
Santo”, que na ministração da Efusão, no meu caso pessoal, Deus não me
fala por telemóvel e que eu apenas tenho que me dirigir para os meus
irmãos na humildade e, como servo inútil, esperar que Deus faça o resto
mediante a imposição das minhas mãos e do pronunciamento das palavras
“Recebe o Espírito Santo” ou rezando em línguas. Por vezes, também me
perguntam se sinto algo nas mãos ou no corpo como sinal. Não, eu não
sinto nada, simplesmente imponho as minhas mãos confiante que Deus irá
actuar e que nada depende de mim ou dos meus méritos. Tudo é fé. E para
quem está de boa fé fácilmente compreende que tudo vem de Deus.