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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e

Convenções Contábeis

1 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO (QUESTÕES DE CONCURSO – RESOLVIDAS E


COMENTADAS) .............................................................................................................. 2
1.1 DEFINIÇÃO, OBJETO E FUNÇÃO DA CONTABILIDADE .........................................................2
1.1.1 TTN (Técnico do Tesouro Nacional, antiga denominação do atual cargo de TRF –
Técnico da Receita Federal) 1992 .............................................................................2
1.1.2 TTN (Técnico do Tesouro Nacional, antiga denominação do atual cargo de TRF –
Técnico da Receita Federal) 1994 .............................................................................3
1.1.3 TFC (Técnico de Finanças e Controles) 1996 ................................................5
1.1.4 Técnico da Receita Federal ........................................................................6
1.1.5 Técnico da Receita Federal ........................................................................7
1.1.6 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 21a REGIÃO - Concurso Público para
Provimento de Cargos de Analista Judiciário Área Administrativa - Especialidade
Contabilidade - Setembro/2003................................................................................8
1.2 PATRIMÔNIO ................................................................................................... 10
1.2.1 AFTN (Auditor Fiscal do Tesouro Nacional, antiga denominação do cargo de AFRF
– Auditor Fiscal da Receita Federal) 1998................................................................. 10
1.2.2 AFTN 1998 ........................................................................................... 11
1.2.3 AFRF 2002 – 1a prova (março)................................................................. 12
1.2.4 Agente Fiscal de Tributos Municipais – Pref. Teresina – 2001 (ESAF) .............. 14
1.2.5 Auditor-Fiscal do Município de São Paulo – ISS – 2007 (FCC) ........................ 17
1.2.6 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 21a REGIÃO - Concurso Público para
Provimento de Cargos de Analista Judiciário Área Administrativa - Especialidade
Contabilidade - Setembro/2003.............................................................................. 18
1.3 PRINCÍPIOS E CONVENÇÕES CONTÁBEIS .................................................................... 19
1.3.1 AFRF 2002 – 1a prova (março)................................................................. 19
1.3.2 Prova Técnico da Receita Federal – 2003 ................................................... 22
1.3.3 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF)................................................. 24
1.3.4 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF)................................................. 28
1.3.5 CVM – Comissão de Valores Mobiliários – 2000 (ESAF) ................................ 31
1.3.6 ICMS – Paraíba – 2006 (FCC) .................................................................. 34
1.3.7 Analista do Banco Central do Brasil (Área 4) – jan/2006 – FCC...................... 36
1.3.8 Auditor-Fiscal do Município de São Paulo – ISS – 2007 (FCC) ........................ 38
1.3.9 ICMS – RS – 2006 (FAURGS)................................................................... 42
1.3.10 ICMS – RS – 2006 (FAURGS) ............................................................... 43
1.3.11 TRF 4a região - Analista Judiciário - Especialidade Contadoria - jan/2001
(FCC)................................................................................................................. 45
1.3.12 TRF 4a região - Analista Judiciário - Especialidade Contadoria - jan/2001
(FCC)................................................................................................................. 46
1.3.13 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa - Especialidade
Contabilidade - Setembro/2003 (FCC) ..................................................................... 47
1.3.14 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa - Especialidade
Contabilidade - Setembro/2003 (FCC) ..................................................................... 48
1.3.15 TRE Espírito Santo - Analista Judiciário – Área Administrativa – Especialidade
Contabilidade – 2005 (FCC)................................................................................... 50

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1.3.16 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado – Contadoria – 2004


(FCC)................................................................................................................. 52
1.3.17 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado – Contadoria – 2004
(FCC)................................................................................................................. 52
1.3.18 TRE RIO GRANDE DO NORTE - Analista Judiciário - Área Administrativa -
Especialidade Contabilidade – 2005 (FCC)................................................................ 53
1.3.19 TRE – RJ – 2001 (FCC) ....................................................................... 54

1 Exercícios de Fixação (Questões de concurso – resolvidas e


comentadas)

1.1 Definição, Objeto e Função da Contabilidade

1.1.1 TTN (Técnico do Tesouro Nacional, antiga denominação do atual


cargo de TRF – Técnico da Receita Federal) 1992
Enunciado
O Primeiro Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado na cidade do
Rio de Janeiro, de 17 a 27 de agosto de 1924, formulou um conceito
oficial de CONTABILIDADE. Assinale a opção que indica esse conceito
oficial.
a) Contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio do
ponto de vista econômico e financeiro, observando
seus aspectos quantitativo e específico e as
variações por ele sofridas.
b) Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as
funções de orientação, de controle e de registro
relativas a Administração Econômica.
c) Contabilidade é a metodologia especial concebida
para captar, registrar, reunir e interpretar os
fenômenos que afetam as situações patrimoniais,
financeiras e econômicas de qualquer ente.
d) Contabilidade é a arte de registrar todas as
transações de uma companhia, que possam ser
expressas em termos monetários, e de informar os
reflexos dessas transações na situação econômico-
financeira dessa companhia.
e) Contabilidade é a ciência que estuda e controla o
patrimônio das entidades, mediante registro,
demonstração expositiva, confirmação, análise e
interpretação dos fatos nele ocorridos.

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Convenções Contábeis

Resolução e comentários
Trata-se de uma questão teórica, cuja resolução não demandou muito
raciocínio do aluno – ao contrário, pela lógica, várias das alternativas se
enquadrariam em um conceito razoável de Contabilidade. Entretanto, o
que foi pedido foi o conceito oficialmente resultante do Primeiro
Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado na cidade do Rio de
Janeiro, de 17 a 27 de agosto de 1924. Assim, abaixo, transcrevemos o
conceito já apresentado na parte teórica acima:
“A Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as
funções de orientação, de controle e de registro relativos à
administração econômica”.
Assim, percebe-se que a alternativa correta é a de letra B, que traz
EXATAMENTE essas palavras.
Gabarito
B

1.1.2 TTN (Técnico do Tesouro Nacional, antiga denominação do atual


cargo de TRF – Técnico da Receita Federal) 1994
Enunciado
“... o patrimônio, que a Contabilidade estuda e controla, registrando
todas as ocorrências nele verificadas.”
“... estudar e controlar o patrimônio, para fornecer informações sobre
sua composição e variações, bem como sobre o resultado econômico
decorrente da gestão da riqueza patrimonial.”
As proposições indicam, respectivamente:
a) o objeto e a finalidade da Contabilidade;
b) a finalidade e o conceito da Contabilidade;
c) o campo de aplicação e o objeto da Contabilidade;
d) o campo de aplicação e o conceito de Contabilidade;
e) a finalidade e as técnicas contábeis de Contabilidade.
Resolução e comentários
Vamos iniciar a resolução pela interpretação das duas proposições:
I - “... o patrimônio, que a Contabilidade estuda e controla, registrando
todas as ocorrências nele verificadas.”. Repare que a palavra chave da
proposição é PATRIMÔNIO. Ora, o patrimônio é o objeto da
Contabilidade, conforme visto na parte teórica deste tópico e definido
pela Resolução n° 774, de 1994, do Conselho Federal de Contabilidade,
a seguir transcrita em parte:

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1.2 – O Patrimônio objeto da Contabilidade


O objeto delimita o campo de abrangência de uma ciência,
tanto nas ciências formais quanto nas factuais, das quais
fazem parte as ciências sociais. Na Contabilidade, o objeto
é sempre o PATRIMÔNIO de uma Entidade, definido como
um conjunto de bens, direitos e de obrigações para com
terceiros, pertencente a uma pessoa física, a um conjunto
de pessoas, como ocorre nas sociedades informais, ou a
uma sociedade ou instituição de qualquer natureza,
independentemente da sua finalidade, que pode, ou não,
incluir o lucro.
“... estudar e controlar o patrimônio, para fornecer informações sobre
sua composição e variações, bem como sobre o resultado econômico
decorrente da gestão da riqueza patrimonial.”. Repare que a expressão
chave da proposição é a expressão PARA FORNECER INFORMAÇÕES
SOBRE. Ora, fornecer informações é a finalidade da Contabilidade,
conforme visto na parte teórica deste tópico explicitamente referenciado
no Pronunciamento do Ibracon (Instituto Brasileiro de Contadores),
aprovado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) através da
Deliberação n° 29, de 1986, a seguir reproduzida, em parte:
Anexo à Deliberação nº 29 de 05 de Fevereiro de 1986.
ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA DA CONTABILIDADE -
OBJETIVOS DA CONTABILIDADE
A Contabilidade é, objetivamente, um sistema de
informação e avaliação destinado a prover seus usuários
com demonstrações e análises de natureza econômica,
financeira, física e de produtividade, com relação à
entidade objeto de contabilização.
Com essa análise, conclui-se que a resposta certa é a assertiva de letra
A. Apenas para fins de esclarecimento, a seguir, analisaremos cada
uma das assertivas da questão:
a) o objeto e a finalidade da Contabilidade;
Certo, o objeto da Contabilidade é o Patrimônio e sua finalidade é prover
o usuário de informações.
b) a finalidade e o conceito da Contabilidade;
A finalidade da Contabilidade é prover o usuário de informações e o
conceito da Contabilidade é a Ciência que estuda o Patrimônio.
c) o campo de aplicação e o objeto da Contabilidade;
O campo de aplicação da Contabilidade é a Azienda e o objeto da
Contabilidade é o Patrimônio.
d) o campo de aplicação e o conceito de Contabilidade;

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Convenções Contábeis

O campo de aplicação da Contabilidade é a Azienda e o conceito da


Contabilidade é a Ciência que estuda o Patrimônio.
e) a finalidade e as técnicas contábeis de Contabilidade.
A finalidade da Contabilidade é prover o usuário de informações e as
técnicas contábeis são o registro, a elaboração de demonstrações, a
análise e a auditoria.
Gabarito
A

1.1.3 TFC (Técnico de Finanças e Controles) 1996


Enunciado
Decomposição, comparação e interpretação dos demonstrativos do
estado patrimonial e do resultado econômico de uma entidade é:
a) função econômica da Contabilidade;
b) objeto da Contabilidade;
c) técnica contábil chamada Análise de Balanços;
d) finalidade da Contabilidade;
e) função administrativa da Contabilidade.
Resolução e comentários
Para resolver esta questão, é necessário conhecer o conceito de Análise
de Demonstrações Financeiras, conforme apresentado na parte teórica
desse tópico da matéria:
Demonstrações Contábeis (Análise) – também conhecida
como Análise de Balanços, a Análise das Demonstrações
Financeiras tem por objetivo o estudo e avaliação do
patrimônio, através da decomposição e interpretação dos
demonstrativos, com vistas à comparação (tanto do
patrimônio quanto do resultado) com os de outras
entidades, e de outros períodos e, assim, permitindo uma
tomada de decisões mais abalizada.
Com esse conceito, conclui-se que a assertiva correta é a de letra C.
Apenas com finalidades didáticas, passaremos a analisar cada uma das
assertivas apresentadas no enunciado da questão.
a) função econômica da Contabilidade;
A função econômica da Contabilidade é apurar o resultado.
b) objeto da Contabilidade;
O objeto da Contabilidade é o patrimônio.
c) técnica contábil chamada Análise de Balanços;

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Convenções Contábeis

A técnica contábil de Análise de Balanços consiste em decompor,


interpretar e comparar o patrimônio e o resultado de entidades.
d) finalidade da Contabilidade;
A finalidade da Contabilidade é prover o usuário de informações.
e) função administrativa da Contabilidade.
A função administrativa da Contabilidade é controlar o patrimônio.
Gabarito
C

1.1.4 Técnico da Receita Federal


Enunciado
A palavra Azienda é comumente usada em Contabilidade como sinônimo
de fazenda, na acepção de:
a) conjunto de bens e direitos;
b) mercadorias
c) finanças públicas;
d) grande propriedade rural;
e) patrimônio, considerado juntamente com a pessoa que tem
sobre ele poderes de administração e disponibilidade.
Resolução e comentários
A azienda foi apresentada, na parte teórica deste tópico do curso, como
o campo de interesse de estudo da Contabilidade, nos seguintes termos:
A Contabilidade, portanto, tem como campo a azienda.
Por azienda, entende-se toda entidade organizada passível
de ter um patrimônio (bens, direitos e obrigações). O
termo azienda tem do mesmo radical que “fazenda”, no
sentido de tesouro e não no sentido de propriedade rural –
veja que o Ministério da Fazenda é responsável pela
administração do Tesouro Nacional (mas não possui bois
nem vacas). Repare que a utilização do conceito de
azienda permite que a Contabilidade se preocupe com
organizações que não apenas as empresas formalmente
constituídas (pessoas jurídicas com fins lucrativos),
alcançando também as empresas informais, as entidades
sem fins lucrativos, empresas públicas, pessoas físicas e
etc1.

1
Por Pessoa Física, entende-se qualquer ser humano que, tendo personalidade jurídica
(sendo sujeito de direitos e obrigações) pode ser titular de um patrimônio. Por Pessoa
Jurídica, entende-se toda entidade resultante da organização humana de recursos

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Convenções Contábeis

Assim, já se pode concluir que a alternativa correta é a assertiva de


letra E. apenas para fins didáticos, analisaremos cada uma das
alternativas do enunciado da questão, a seguir:
a) conjunto de bens e direitos;
O conjunto de bens e direitos consiste no Ativo.
b) mercadorias
Mercadorias são bens e, portanto, um dos elementos componentes do
Ativo.
c) finanças públicas;
Finanças públicas são o objeto de interesse de outras disciplinas (Direito
Financeiro e Contabilidade Pública) – cujo estudo está fora do escopo
deste curso.
d) grande propriedade rural;
Uma grande propriedade rural seria uma fazenda, porém não com o
sentido dado à azienda pela Contabilidade.
e) patrimônio, considerado juntamente com a pessoa que tem sobre ele
poderes de administração e disponibilidade.
Certo, este é o sentido de azienda dado pela Contabilidade.
Gabarito
E

1.1.5 Técnico da Receita Federal


Enunciado
É função econômica da Contabilidade:
a) apurar lucro ou prejuízo;
b) controlar o patrimônio;
c) evitar erros ou fraudes;
d) efetuar o registro dos fatos contábeis;
e) verificar a autenticidade das operações.
Resolução e comentários

(humanos e materiais) que, também pode ser titular de um patrimônio. Pessoas


jurídicas podem ser classificadas em Pessoas Jurídicas de fato (que não estão
regularmente constituídas – conforme o Direito) ou de Direito (que estão devidamente
formalizadas pelo registro de seus atos constitutivos – Estatuto, no caso de uma
Sociedade Anônima ou Contrato Social, no caso de uma Limitada – registrados no
órgão próprio).

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Convenções Contábeis

As funções administrativa e econômica da Contabilidade foram objeto de


explanação na parte teórica deste tópico, conforme a seguir:
Finalmente, cabe questionar o tipo de decisão a que a
informação contábil se destina. São, basicamente, dois
tipos de decisão: acerca da composição do patrimônio e
acerca de sua modificação (crescimento ou decréscimo).
Isso é importante e já foi questão de prova em concurso!
Assim, as informações geradas pelo sistema contábil
devem desempenhar duas funções: (1) a função
administrativa, de controlar o patrimônio; e (2) a função
econômica, de apurar o resultado (rédito).
A partir deste conceito, verifica-se que a resposta certa corresponde à
assertiva de letra A, pois apurar o resultado corresponde a apurar lucro
ou prejuízo (conforme o caso).
Gabarito
A

1.1.6 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 21a REGIÃO -


Concurso Público para Provimento de Cargos de Analista
Judiciário Área Administrativa - Especialidade Contabilidade -
Setembro/2003
ENUNCIADO

31. O objeto da Contabilidade é


(A) a conta.
(B) o lançamento (registro).
(C) o balanço patrimonial.
(D) a demonstração do resultado do exercício.
(E) o patrimônio.
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

A Resolução CFC nº 774, de 1991, em seu item 1.2 define o patrimônio


como objeto da contabilidade, conforme a seguir:
O Patrimônio objeto da Contabilidade
O objeto delimita o campo de abrangência de uma ciência,
tanto nas ciências formais quanto nas factuais, das quais
fazem parte as ciências sociais. Na Contabilidade, o objeto
é sempre o PATRIMÔNIO de uma Entidade, definido como
um conjunto de bens, direitos e de obrigações para com
terceiros, pertencente a uma pessoa física, a um conjunto
de pessoas, como ocorre nas sociedades informais, ou a
uma sociedade ou instituição de qualquer natureza,
independentemente da sua finalidade, que pode, ou não,

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Convenções Contábeis

incluir o lucro. O essencial é que o patrimônio disponha de


autonomia em relação aos demais patrimônios existentes,
o que significa que a Entidade dele pode dispor livremente,
claro que nos limite estabelecidos pela ordem jurídica e,
sob certo aspecto, da racionalidade econômica e
administrativa.
O Patrimônio também é objeto de outras ciências sociais –
por exemplo, da Economia, da Administração e do Direito
– que, entretanto, o estudam sob ângulos diversos daquele
da Contabilidade, que o estuda nos seus aspectos
quantitativos e qualitativos. A Contabilidade busca,
primordialmente, apreender, no sentido mais amplo
possível, e entender as mutações sofridas pelo Patrimônio,
tendo em mira, muitas vezes, uma visão prospectiva de
possíveis variações. As mutações tanto podem decorrer da
ação do homem, quanto, embora quase sempre
secundariamente, dos efeitos da natureza sobre o
patrimônio.
Por aspecto qualitativo do patrimônio entende-se a
natureza dos elementos que o compõem como dinheiro,
valores a receber ou a pagar expressos em moeda,
máquinas, estoques de materiais ou de mercadorias, etc. A
delimitação qualitativa desce, em verdade, até o grau de
particularização que permita a perfeita compreensão do
componente patrimonial. Assim, quando falamos em
“máquinas”, ainda estamos a empregar um substantivo
coletivo, cuja expressão poderá ser de muita utilidade, em
determinadas análises. Mas a Contabilidade, quando
aplicada a um patrimônio particular, não se limitará às
“máquinas” como categoria, mas, dependendo das
necessidades de controle poderá descer a cada máquina
em particular e, mais ainda, aos seus pormenores de
forma que sua caracterização evite a confusão com
quaisquer outras máquinas, mesmo de tipo idêntico.
O atributo quantitativo refere-se à expressão dos
componentes patrimoniais em valores, o que demanda que
a Contabilidade assuma posição sobre o que seja “Valor”,
porquanto os conceitos sobre a matéria são extremamente
variados.
GABARITO

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Convenções Contábeis

1.2 Patrimônio

1.2.1 AFTN (Auditor Fiscal do Tesouro Nacional, antiga denominação


do cargo de AFRF – Auditor Fiscal da Receita Federal) 19982.
Enunciado
03- A Cia. Eira & Eira foi constituída com capital de R$ 750.000,00,
por três sócios, que integralizaram suas ações como segue:
- Adão Macieira R$ 300.000,00
- Bené Pereira R$ 150.000,00
- Carlos Parreira R$ 300.000,00
Após determinado período, a empresa verificou que nas suas
operações normais lograra obter lucros de R$ 600.000,00, dos quais
R$ 150.000,00 foram distribuídos e pagos aos sócios. Os restantes
R$ 450.000,00 foram reinvestidos na empresa na conta Reserva para
Aumento de Capital, nada mais havendo em seu Patrimônio Líquido.
Sabendo-se que esta empresa não tem resultados de exercícios
futuros e que suas dívidas representam 20% dos recursos aplicados
atualmente no patrimônio, podemos afirmar que o valor total de seus
ativos é de
a) R$ 1.200.000,00
b) R$ 750.000,00
c) R$ 600.000,00
d) R$ 1.350.000,00
e) R$ 1.500.000,00
Resolução e Comentários
Essa é uma questão que demanda muito pouco conhecimento de
conceitos contábeis, porém uma boa capacidade de interpretação e
alguma capacidade de realização de cálculos.
Os conceitos contábeis necessários à resolução da questão são quatro, a
saber:
- o patrimônio líquido é a diferença entre o ativo e o passivo;
- o total de dívidas corresponde ao passivo

2
Questão tratada no livro “Contabilidade: Resoluções e comentários de Questões da
ESAF”, do mesmo autor, em que os conceitos apresentados neste curso são utilizados,
de forma prática, na solução de questões de concurso. Após o estudo desse curso,
teórico, a leitura do referido livro é fortemente recomendada, para consolidação do
aprendizado.

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Convenções Contábeis

- o total de recursos aplicados no patrimônio corresponde ao


ativo;
- o valor do capital inicialmente integralizado pelos sócios,
somado aos lucros auferidos pela empresa, nos vários períodos
de sua existência, e reduzido dos respectivos dividendos pagos,
também corresponde ao valor do Patrimônio líquido.
Vistos os conceitos, vamos aplicá-los à resolução da questão:
1) valor do PL da empresa = capital inicial (+) lucros (-) dividendos
750.000+600.000-150.000=1.200.000
2) valor do passivo (=) 20% dos recursos aplicados no patrimônio
P = 0,2 * A
3) PL (=) ativo (-) passivo
PL = A – 0,2 * A
4) ocorre que o PL já foi calculado 1.200.000,00, logo, o ativo pode ser
calculado por substituição desse valor na equação expressa no item
anterior
1.200.000 = A – 0,2 * A
0,8 * A = 1.200.000
A = 1.200.000/0,8  A = 1.500.000,00
Gabarito
E

1.2.2 AFTN 19983


Enunciado
04- No mês de julho, a firma Papoulas Ltda. foi registrada e captou
recursos totais de R$ 7.540,00, sendo R$ 7.000,00 dos sócios, como
capital registrado e R$ 540,00 de terceiros, sendo 2/3 como
empréstimos obtidos e 1/3 como receitas ganhas. Os referidos
recursos foram todos aplicados no mesmo mês, sendo R$ 540,00 em
mercadorias; R$ 216,00 em poupança bancária; R$ 288,00 na
concessão de empréstimos; e o restante em despesas normais.

3
Questão tratada no livro “Contabilidade: Resoluções e comentários de Questões da
ESAF”, do mesmo autor, em que os conceitos apresentados neste curso são utilizados,
de forma prática, na solução de questões de concurso. Após o estudo desse curso,
teórico, a leitura do referido livro é fortemente recomendada, para consolidação do
aprendizado.

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Após realizados esses atos de gestão, pode-se afirmar que a empresa


ainda tem um patrimônio bruto e um patrimônio líquido,
respectivamente, de
a) R$ 1.044,00 e R$ 864,00
b) R$ 1.044,00 e R$ 684,00
c) R$ 1.044,00 e R$ 504,00
d) R$ 1.584,00 e R$ 1.044,00
e) R$ 7.540,00 e R$ 7.000,00
Resolução e Comentários
1) Para resolver essa questão, temos que conhecer três conceitos
básicos da Contabilidade:
- patrimônio bruto = ativo (bens e direitos)
- patrimônio líquido = ativo – passivo
- capital de terceiros = passivo (obrigações – no caso,
empréstimos obtidos).
2) De acordo com os dados da questão:
Ativo ( bens e direitos ) = mercadorias + poupança bancária +
empréstimos concedidos.
Ativo = 540,00 + 216,00 + 288,00 = 1.044,00
Passivo = empréstimos obtidos
Passivo = 540,00 (*) 2/3 = 360,00
Patrimônio Líquido = Ativo (-) Passivo
Patrimônio Líquido = 1.044,00 – 360,00 = 684,00
Gabarito
B

1.2.3 AFRF 2002 – 1a prova (março)4


Enunciado

4
Questão tratada no livro “Contabilidade: Resoluções e comentários de Questões da
ESAF”, do mesmo autor, em que os conceitos apresentados neste curso são utilizados,
de forma prática, na solução de questões de concurso. Após o estudo desse curso,
teórico, a leitura do referido livro é fortemente recomendada, para consolidação do
aprendizado.

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Convenções Contábeis

03- Da leitura atenta dos balanços gerais da Cia. Emile, levantados em


31.12.01 para publicação, e dos relatórios que os acompanham,
podemos observar informações corretas que indicam a existência de:
Capital de Giro no valor de R$ 2.000,00
Capital Social no valor de R$ 5.000,00
Capital Fixo no valor de R$ 6.000,00
Capital Alheio no valor de R$ 5.000,00
Capital Autorizado no valor de R$ 5.500,00
Capital a Realizar no valor de R$ 1.500,00
Capital Investido no valor de R$ 8.000,00
Capital Integralizado no valor de R$ 3.500,00
Lucros Acumulados no valor de R$ 500,00
Prejuízo Líquido do Exercício no valor de R$ 1.000,00
A partir das observações acima, podemos dizer que o valor do Capital
Próprio da Cia. Emile é de
a) R$ 5.500,00
b) R$ 5.000,00
c) R$ 4.000,00
d) R$ 3.500,00
e) R$ 3.000,00
Resolução e Comentários
O que se pede para calcular, nessa questão, é o valor do capital próprio.
Por capital próprio entende-se o patrimônio líquido (diferença entre
ativo e passivo  PL = A – P). O enunciado, por sua vez, apresenta
valores de saldos de vários grupos patrimoniais, identificados por nomes
diferentes daqueles usualmente utilizados. Assim, para a resolução da
questão, faz-se necessário o auxílio de um pequeno glossário.

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

Expressão significado
Capital de Giro ativo circulante
Capital Social capital social
Capital Fixo ativo permanente
Capital Alheio passivo exigível
valor máximo do capital social por decisão da diretoria (sem a necessidade de assembléia
Capital Autorizado geral que autorize o aumento).
Capital a Realizar capital a realizar
Capital Investido ativo
Capital Integralizado capital integralizado
Lucros Acumulados lucro acumulados
Prejuízo Líquido do Exercício lucro líquido (quando negativo)

Repare que, após a leitura do glossário acima, conclui-se que são


desnecessários, para a resolução da questão, todos os dados
apresentados, exceto os seguintes:
- o Capital Investido (Investimento)  Ativo = 8.000,00; e
- o Capital Alheio (Capital de Terceiros)  Passivo = 5.000,00.
A partir dos dados acima, calcula-se o valor do Capital Próprio =
Patrimônio Líquido  Ativo – Passivo = 8.000,00 – 5.000,00 = 3.000,00
(conforme alternativa E).
Gabarito
E

1.2.4 Agente Fiscal de Tributos Municipais – Pref. Teresina – 2001


(ESAF)
ENUNCIADO

48- Assinale a opção que contém a afirmativa correta.


a) Conceitua-se Contabilidade como a metodologia que permite às
entidades econômicas o desenvolvimento de suas atividades e a
consecução dos fins que lhes são propostos.
b) O ativo indica a aplicação dos capitais na atividade empresarial, por
isso, aí se encontra o chamado capital próprio.
c) Denomina-se empresa o organismo resultante de elementos materiais
e humanos reunidos com o objetivo de obter, transformar, movimentar
e consumir bens.
d) Conceitua-se Contabilidade como a ciência que estuda e pratica as
funções de escrituração, demonstração financeira, auditoria e análise de
balanços.

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

e) Um patrimônio bem determinado, uma pessoa que o possui e o


administra, praticando sobre ele atos e fatos de natureza econômica,
tudo isso pressupõe a existência de um ser distinto de seu dono,
conhecido como entidade ou azienda.
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Trata-se de uma questão teórica cuja resolução demanda o


conhecimento de vários conceitos introdutórios da matéria. Portanto, a
seguir, realizaremos sua resolução através da análise – em separado –
de cada uma das assertivas do enunciado.
a) Conceitua-se Contabilidade como a metodologia que permite às
entidades econômicas o desenvolvimento de suas atividades e a
consecução dos fins que lhes são propostos.
Errado. A Contabilidade é definida como a ciência que estuda o patrimônio e
que apresenta: (a) a azienda como seu campo, (b) o patrimônio como seu objeto e (c) as
partidas dobradas como o método por ela eleito.

Nesse sentido, a Resolução n° 774, de 1994, do Conselho Federal de


Contabilidade dispõe, conforme a seguir:

1 – A CONTABILIDADE COMO CONHECIMENTO


1.2– A Contabilidade como ciência social
A Contabilidade possui objeto próprio – o Patrimônio das
Entidades – e consiste em conhecimentos obtidos por
metodologia racional, com as condições de generalidade,
certeza e busca das causas, em nível qualitativo
semelhante às demais ciências sociais. A Resolução
alicerça-se na premissa de que a Contabilidade é uma
Ciência Social com plena fundamentação epistemológica.
Por conseqüência, todas as demais classificações –
método, conjunto de procedimentos, técnica, sistema,
arte, para citarmos as mais correntes – referem-se a
simples facetas ou aspectos da Contabilidade, usualmente
concernentes à sua aplicação prática, na solução de
questões concretas.
No mesmo sentido, o Primeiro Congresso de Contabilistas – ocorrido no Rio de
Janeiro, em 1924 – definiu que “a Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as
funções de orientação, de controle e de registro relativos à administração econômica”.

b) O ativo indica a aplicação dos capitais na atividade empresarial, por


isso, aí se encontra o chamado capital próprio.

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

Errado. O capital próprio é o patrimônio líquido da empresa. Ao contrário, o


valor das aplicações de capitais na atividade empresarial é conhecido como o ativo da
empresa.

c) Denomina-se empresa o organismo resultante de elementos materiais


e humanos reunidos com o objetivo de obter, transformar, movimentar
e consumir bens.
Errado. Empresa não é um conjunto de elementos materiais e humanos
reunidos. Empresa é a atividade (etimologicamente, a palavra empresa é definida como
“aventura”).

d) Conceitua-se Contabilidade como a ciência que estuda e pratica as


funções de escrituração, demonstração financeira, auditoria e análise de
balanços.
Errado. A contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio, escrituração,
demonstração, auditoria e análise são técnicas desenvolvidas no âmbito dessa ciência.

e) Um patrimônio bem determinado, uma pessoa que o possui e o


administra, praticando sobre ele atos e fatos de natureza econômica,
tudo isso pressupõe a existência de um ser distinto de seu dono,
conhecido como entidade ou azienda.
Certo. A Contabilidade, portanto, tem como campo a azienda. Por azienda,
entende-se toda entidade organizada passível de ter um patrimônio (bens, direitos e
obrigações). O termo azienda tem o mesmo radical que “fazenda”, no sentido de tesouro e
não no sentido de propriedade rural – veja que o Ministério da Fazenda é responsável pela
administração do Tesouro Nacional (mas não possui bois nem vacas). Repare que a
utilização do conceito de azienda permite que a Contabilidade se preocupe com
organizações que não apenas as empresas formalmente constituídas (pessoas jurídicas
com fins lucrativos), alcançando também as empresas informais, as entidades sem fins
lucrativos, empresas públicas, pessoas físicas e etc5. Dessa forma, enquadram-se,

5
Por Pessoa Física, entende-se qualquer ser humano que, tendo personalidade jurídica
(sendo sujeito de direitos e obrigações) pode ser titular de um patrimônio. Por Pessoa
Jurídica, entende-se toda entidade resultante da organização humana de recursos
(humanos e materiais) que, também pode ser titular de um patrimônio. Pessoas
jurídicas podem ser classificadas em Pessoas Jurídicas de fato (que não estão
regularmente constituídas – conforme o Direito) ou de Direito (que estão devidamente
formalizadas pelo registro de seus atos constitutivos – Estatuto, no caso de uma

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

exemplificativamente, no conceito de azienda as indústrias, as empresas comerciais, as


empresas prestadoras de serviços, os clubes, os templos religiosos, os partidos políticos, as
pessoas físicas e etc.

GABARITO

48 - E

1.2.5 Auditor-Fiscal do Município de São Paulo – ISS – 2007 (FCC)


ENUNCIADO

2. A Cia. Beta possui bens e direitos no valor total de R$ 1.750.000,00,


em 31.12.2005. Sabendo-se que, nessa mesma data, inexistem
Resultados de Exercícios Futuros e que o Passivo Exigível da companhia
representa 2/5 (dois quintos) do valor do Patrimônio Líquido, este
último corresponde a, em R$:
(A) 1.373.000,00
(B) 1.250.000,00
(C) 1.050.000,00
(D) 750.000,00
(E) 500.000,00
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Trata-se de uma questão extremamente simples. Para sua resolução


faz-se necessário – tão somente – o conhecimento da equação
fundamental do patrimônio, segundo a qual: Ativo (-) Passivo (=) PL. É
necessário identificar, também, que o ativo é definido pelo conjunto de
bens e direitos da empresa.
No enunciado da questão foi dado o valor do ativo (referido como o total
de bens e direitos). Foi, ainda, dito que o passivo é composto apenas
pelo passivo exigível (ou seja, inexistem resultados de exercícios
futuros) e que o passivo exigível corresponde a 2/5 (dois quintos do
valor do PL).
A partir dessas informações, é possível apurar o valor do PL, conforme
memória de cálculo a seguir:

Sociedade Anônima ou Contrato Social, no caso de uma Limitada – registrados no


órgão próprio).

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

Ativo 1.750.000,00
(-) Passivo exigível 2/5 * X
(-) Patrimônio Líquido X

1.750.000,00 - [ 2/5 * X] = X
1.750.000,00 = X + [2/5 * X]
1.750.000,00 = 7/5 * X
7/5 * X = 1.750.000,00
X = 1.750.000,00 * 5/7
X = 1.250.000,00
GABARITO

002 - B

1.2.6 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 21a REGIÃO -


Concurso Público para Provimento de Cargos de Analista
Judiciário Área Administrativa - Especialidade Contabilidade -
Setembro/2003
ENUNCIADO

33. O patrimônio, em Contabilidade, é definido como um conjunto de


(A) direitos.
(B) bens, direitos e obrigações.
(C) direitos e obrigações.
(D) bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido.
(E) recursos.
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Voltamos à Resolução CFC nº 771 de 1994, no mesmo item que fala do


Objeto da Contabilidade também cita a composição do Patrimônio, como
um conjunto de bens direitos e obrigações, conforme a seguir:
O Patrimônio objeto da
Contabilidade
O objeto delimita o campo de abrangência de uma ciência,
tanto nas ciências formais quanto nas factuais, das quais
fazem parte as ciências sociais. Na Contabilidade, o objeto
é sempre o PATRIMÔNIO de uma Entidade, definido como
um conjunto de bens, direitos e de obrigações para com
terceiros, pertencente a uma pessoa física, a um conjunto
de pessoas, como ocorre nas sociedades informais, ou a
uma sociedade ou instituição de qualquer natureza,
independentemente da sua finalidade, que pode, ou não,
incluir o lucro. O essencial é que o patrimônio disponha de

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

autonomia em relação aos demais patrimônios existentes,


o que significa que a Entidade dele pode dispor livremente,
claro que nos limite estabelecidos pela ordem jurídica e,
sob certo aspecto, da racionalidade econômica e
administrativa.
GABARITO

1.3 Princípios e Convenções Contábeis

1.3.1 AFRF 2002 – 1a prova (março)6


Enunciado
01- Abaixo estão cinco assertivas relacionadas com os Princípios
Fundamentais de Contabilidade. Assinale a opção que expressa uma
afirmação verdadeira.
a) A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é
obrigatória no exercício da profissão, mas não constitui condição de
legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade.
b) O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, exceto no caso de
sociedade ou instituição, cujo patrimônio pode confundir-se com o dos
sócios ou proprietários.
c) Da observância do Princípio da Oportunidade resulta que o registro
deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas no
patrimônio da Entidade, em um período de tempo determinado.
d) A apropriação antecipada das prováveis perdas futuras, antes
conhecida como Convenção do Conservadorismo, hoje é determinada
pelo Princípio da Competência.
e) A observância do Princípio da Continuidade não influencia a aplicação
do Princípio da Competência, pois o valor econômico dos ativos e dos
passivos já contabilizados não se altera em função do tempo.
Resolução e Comentários
Analisando cada uma das alternativas apresentadas no enunciado,
temos:

6
Questão tratada no livro “Contabilidade: Resoluções e comentários de Questões da
ESAF”, do mesmo autor, em que os conceitos apresentados neste curso são utilizados,
de forma prática, na solução de questões de concurso. Após o estudo desse curso,
teórico, a leitura do referido livro é fortemente recomendada, para consolidação do
aprendizado.

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

a) A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é


obrigatória no exercício da profissão, mas não constitui condição de
legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade.
A observância dos princípios é condição de legitimidade das Normas
Brasileiras de Contabilidade, visto que eles são de aplicação obrigatória,
de acordo com o que dispõe a Resolução CFC n° 750, de 1993, que
estabelece os princípios de Contabilidade:

“Art. 1º Constituem PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE


CONTABILIDADE (P.F.C.) os enunciados por esta
Resolução.
§ 1º A observância dos Princípios Fundamentais de
Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e
constitui condição de legitimidade das Normas
Brasileiras de Contabilidade (NBC).”
b) O Princípio da Entidade reconhece o Patrimônio como objeto da
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, exceto no caso de
sociedade ou instituição, cujo patrimônio pode confundir-se com o dos
sócios ou proprietários.

Não existe exceção sociedade cujo patrimônio possa confundir-se com o


dos sócios, conforme Resolução CFC n° 750, de 1993:

“Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio


como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia
patrimonial, a necessidade da diferenciação de um
Patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes, independentemente de pertencer a uma
pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou
instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem
fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o
Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios
ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.
Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE,
mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação
contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova
ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-
contábil.”
c) Da observância do Princípio da Oportunidade resulta que o registro
deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas no
patrimônio da Entidade, em um período de tempo determinado.
CORRETO, nos termos da Resolução CFC n° 750, de 1993:

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se,


simultaneamente, à tempestividade e à integridade do
registro do patrimônio e das suas mutações, determinando
que este seja feito de imediato e com a extensão correta,
independentemente das causas que as originaram.
Parágrafo único – Como resultado da observância do
Princípio da OPORTUNIDADE:
...
III – o registro deve ensejar o reconhecimento universal
das variações ocorridas no patrimônio da ENTIDADE, em
um período de tempo determinado, base necessária para
gerar informações úteis ao processo decisório da gestão.
d) A apropriação antecipada das prováveis perdas futuras, antes
conhecida como Convenção do Conservadorismo, hoje é determinada
pelo Princípio da Competência.
Este é o princípio da prudência, conforme Resolução CFC n° 750, de
1993:

Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do


menor valor para os componentes do ATIVO e do maior
para os do PASSIVO, sempre que se apresentem
alternativas igualmente válidas para a quantificação das
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
...
§ 3º A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase
quando, para definição dos valores relativos às variações
patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem
incertezas de grau variável.
e) A observância do Princípio da Continuidade não influencia a aplicação
do Princípio da Competência, pois o valor econômico dos ativos e dos
passivos já contabilizados não se altera em função do tempo.
A observação do princípio da continuidade pode alterar valores de ativos
e passivos em função do tempo, conforme Resolução CFC n° 750, de
1993:

Art. 5º A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, bem como


sua vida definida ou provável, devem ser consideradas
quando da classificação e avaliação das mutações
patrimoniais, quantitativas e qualitativas.
§ 1º A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos
ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos
passivos, especialmente quando a extinção da ENTIDADE
tem prazo determinado, previsto ou previsível.

Gabarito

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

1.3.2 Prova Técnico da Receita Federal – 20037


Enunciado
01- Com relação aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, assinale
a opção incorreta.
a) O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para
os componentes do ATIVO e do maior, para os do PASSIVO, sempre que
se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das
mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido.
b) O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que
resulte menor Patrimônio Líquido, quando se apresentarem opções
igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais de
Contabilidade.
c) O Princípio da PRUDÊNCIA somente se aplica às mutações
posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável à correta
aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA.
d) A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase quando, para
definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devem ser
feitas estimativas que envolvem incertezas de grau variável.
e) O Princípio da PRUDÊNCIA refere-se, simultaneamente, à
tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas
mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a
extensão correta, independentemente das causas que originaram o
registro.
Resolução e Comentários
Os princípios de Contabilidade são: entidade, continuidade,
oportunidade, registro pelo valor original, competência e prudência.
Para a resolução da questão, somente é necessário conhecer os
princípios da prudência e da oportunidade.
Pelo princípio da oportunidade, os acontecimentos relevantes para o
patrimônio devem ser registrados por completo e no momento em que
ocorrem.

7
Questão tratada no livro “Contabilidade: Resoluções e comentários de Questões da
ESAF”, do mesmo autor, em que os conceitos apresentados neste curso são utilizados,
de forma prática, na solução de questões de concurso. Após o estudo desse curso,
teórico, a leitura do referido livro é fortemente recomendada, para consolidação do
aprendizado.

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

O princípio da Oportunidade refere-se, simultaneamente, à integridade e


à tempestividade dos registros das mutações patrimoniais:
- a integridade diz respeito à necessidade das variações
serem reconhecidas em sua totalidade, sem qualquer falta
ou excesso;
- a tempestividade obriga a que as variações sejam
registradas no momento de sua ocorrência, mesmo na
hipótese de alguma incerteza.
Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se,
simultaneamente, à tempestividade e à integridade do
registro do patrimônio e das suas mutações, determinando
que este seja feito de imediato e com a extensão correta,
independentemente das causas que as originaram.
Parágrafo único – Como resultado da observância do
Princípio da OPORTUNIDADE:
I – desde que tecnicamente estimável, o registro das
variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese
de somente existir razoável certeza de sua ocorrência;
II – o registro compreende os elementos quantitativos e
qualitativos, contemplando os aspectos físicos e
monetários;
III – o registro deve ensejar o reconhecimento universal
das variações ocorridas no patrimônio da ENTIDADE, em
um período de tempo determinado, base necessária para
gerar informações úteis ao processo decisório da gestão.
O princípio da prudência determina a adoção do menor valor para os
componentes do Ativo e do maior para os componentes do Passivo,
sempre que se apresentem duas alternativas igualmente válidas para a
quantificação das mutações do patrimônio.
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do
menor valor para os componentes do ATIVO e do maior
para os do PASSIVO, sempre que se apresentem
alternativas igualmente válidas para a quantificação das
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
A partir dos conceitos acima, analisaremos cada uma das assertivas
constantes do enunciado:
a) O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para
os componentes do ATIVO e do maior, para os do PASSIVO, sempre que
se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das
mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido.
Correto.

b) O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que


resulte menor Patrimônio Líquido, quando se apresentarem opções

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais de


Contabilidade.
Correto.

c) O Princípio da PRUDÊNCIA somente se aplica às mutações


posteriores, constituindo-se ordenamento indispensável à correta
aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA.
Correto, este é o conceito de provisão e, encontra-se de acordo com o
parágrafo 2o da resolução CFC 750/93:

§ 2º Observado o disposto no art. 7º, o Princípio da


PRUDÊNCIA somente se aplica às mutações posteriores,
constituindo-se ordenamento indispensável à correta
aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA.
d) A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase quando, para
definição dos valores relativos às variações patrimoniais, devem ser
feitas estimativas que envolvem incertezas de grau variável.
Correto.

e) O Princípio da PRUDÊNCIA refere-se, simultaneamente, à


tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas
mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a
extensão correta, independentemente das causas que originaram o
registro.
Errada. Inequívoca a confusão, constante na letra E, acerca dos
princípios da prudência e da oportunidade, conforme Resolução CFC
750/93.

Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se,


simultaneamente, à tempestividade e à integridade do
registro do patrimônio e das suas mutações, determinando
que este seja feito de imediato e com a extensão correta,
independentemente das causas que as originaram.
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do
menor valor para os componentes do ATIVO e do maior
para os do PASSIVO, sempre que se apresentem
alternativas igualmente válidas para a quantificação das
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

Gabarito
E

1.3.3 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF)


ENUNCIADO

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

26- Com relação aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, assinale


a opção incorreta.
a) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que a
avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos
valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do
consenso com os agentes externos ou da imposição destes.
b) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que, uma
vez integrados no patrimônio, os bens, direitos ou obrigações não
poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão-
somente, sua decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial
ou integral, a outros elementos patrimoniais.
c) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que o valor
original será mantido enquanto o componente permanecer como parte
do patrimônio, inclusive quando da saída deste.
d) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que o uso
da moeda do País na tradução do valor dos componentes patrimoniais
constitui imperativo de homogeneização quantitativa dos mesmos.
e) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que é
inadequada a utilização de qualquer tipo de CORREÇÃO ou
ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA.
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Trata-se de uma questão teórica acerca do princípio fundamental de


Contabilidade do Registro pelo Valor Original. Para sua resolução, após
algumas considerações sobre o princípio, serão analisadas – em
separado – cada uma das assertivas da questão.
O Princípio do Registro Pelo Valor Original determina que os
componentes do patrimônio sejam registrados pelos valores originais
das transações havidas com o mundo exterior à entidade, expressos a
valor presente, na moeda do país, conforme expressamente disposto no
art. 7o da Resolução CFC n° 750, de 1993, abaixo:
Art. 7º Os componentes do patrimônio devem ser
registrados pelos valores originais das transações com o
mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do
País, que serão mantidos na avaliação das variações
patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem
agregações ou decomposições no interior da ENTIDADE.
Parágrafo único – Do Princípio do REGISTRO PELO
VALOR ORIGINAL resulta:
I – a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser
feita com base nos valores de entrada, considerando-se
como tais os resultantes do consenso com os agentes
externos ou da imposição destes;

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

II – uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou


obrigação não poderão ter alterados seus valores
intrínsecos, admitindo-se, tão-somente, sua decomposição
em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a
outros elementos patrimoniais;
III – o valor original será mantido enquanto o componente
permanecer como parte do patrimônio, inclusive quando
da saída deste;
IV – Os Princípios da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA e do
REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL são compatíveis entre si
e complementares, dado que o primeiro apenas atualiza e
mantém atualizado o valor de entrada;
V – o uso da moeda do País na tradução do valor dos
componentes patrimoniais constitui imperativo de
homogeneização quantitativa dos mesmos.
Não se trata de mera convenção, mas isso tem uma razão de ser, qual
seja, com a aplicação do princípio do Registro pelo Valor Original, a
informação gerada pela Contabilidade permite determinar a relação do
custo dos elementos adquiridos pela empresa e o lucro gerado na sua
utilização. Conforme já visto, tudo aquilo que se adquire (e passa a
fazer parte do patrimônio) vale o quanto foi pago; isso porque esse
valor (que corresponde ao sacrifício patrimonial para o empreendimento
da “aventura”) deve ser comparado com aquele auferido quando da
venda de bens para terceiros (possibilitada, justamente, pela aquisição
anterior de bens) e, com isso, possa ser apurado o eventual lucro ou
prejuízo.
Vistos os conceitos necessários, passaremos à análise de cada assertiva.
a) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que a
avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos
valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do
consenso com os agentes externos ou da imposição destes.
Correto, apenas alertando que o valor de consenso com os agentes externos é
aquele acordado para a transação de aquisição do bem ou direito, ou – ainda – para
contrair a obrigação; conforme textualmente determinado pelo inciso I do art. 7o da
Resolução CFC n° 750, de 1993, abaixo.

I – a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser


feita com base nos valores de entrada, considerando-se
como tais os resultantes do consenso com os agentes
externos ou da imposição destes;

b) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que, uma


vez integrados no patrimônio, os bens, direitos ou obrigações não

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão-


somente, sua decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial
ou integral, a outros elementos patrimoniais.
Correto, conforme textualmente determinado pelo inciso II do art. 7o da
Resolução CFC n° 750, de 1993, abaixo:

II – uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou


obrigação não poderão ter alterados seus valores
intrínsecos, admitindo-se, tão-somente, sua decomposição
em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a
outros elementos patrimoniais;

c) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que o valor


original será mantido enquanto o componente permanecer como parte
do patrimônio, inclusive quando da saída deste.
Correto, o valor original do elemento patrimonial permanece enquanto o
elemento permanecer no patrimônio e, quando de sua saída, ele passará a figurar como
custo do referido elemento; conforme textualmente determinado pelo inciso III do art. 7o
da Resolução CFC n° 750, de 1993, abaixo.

III – o valor original será mantido enquanto o componente


permanecer como parte do patrimônio, inclusive quando
da saída deste;

d) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que o uso


da moeda do País na tradução do valor dos componentes patrimoniais
constitui imperativo de homogeneização quantitativa dos mesmos.
Correto, conforme textualmente determinado pelo inciso V do art. 7o da
Resolução CFC n° 750, de 1993, abaixo:

V – o uso da moeda do País na tradução do valor dos


componentes patrimoniais constitui imperativo de
homogeneização quantitativa dos mesmos.

e) Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta que é


inadequada a utilização de qualquer tipo de CORREÇÃO ou
ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA.
Errado. Ao contrário, o inciso IV do art. 7o da Resolução CFC n° 750, de
1993, dispõe que a atualização monetária é perfeitamente compatível com o princípio do

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

registro pelo valor original, pois tende apenas a preservá-lo dos efeitos da inflação,
conforme abaixo:

IV – Os Princípios da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA e do


REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL são compatíveis entre si
e complementares, dado que o primeiro apenas atualiza e
mantém atualizado o valor de entrada;

Visto que fora requisitada a identificação da assertiva incorreta, temos


que a resposta para a questão é letra (E).
GABARITO

26 - E

1.3.4 Auditor Municipal do Recife – 2003 (ESAF)


ENUNCIADO

27- Com relação aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, assinale


a opção incorreta.
a) O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes.
b) O Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL preconiza que os
componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores
originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor
presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das
variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem
agregações ou decomposições no interior da ENTIDADE.
c) O Princípio da CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ativos
e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos,
especialmente quando a extinção da ENTIDADE tem prazo determinado,
previsto ou previsível.
d) O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à
tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas
mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a
extensão correta, independentemente das causas que as originaram.
e) O Princípio da PRUDÊNCIA indica que as receitas e as despesas
devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que
ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem,
independentemente de recebimento ou pagamento.

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Trata-se de mais uma questão teórica, acerca dos princípios


fundamentais de contabilidade. Para sua resolução, são necessários
alguns comentários acerca dos referidos princípios e, em seguida, a
análise de cada assertiva, em separado.
Os princípios fundamentais de Contabilidade, apresentados como o
entendimento predominante acerca da essência da teoria da
Contabilidade, são enumerados conforme art. 3o da Resolução CFC n°
750, de 1993, abaixo:
CAPÍTULO II
DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO

Art. 2º Os Princípios Fundamentais de Contabilidade


representam a essência das doutrinas e teorias relativas à
Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento
predominante nos universos científico e profissional de
nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu
sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o
Patrimônio das Entidades.

Art. 3º São Princípios Fundamentais de Contabilidade:


o da ENTIDADE;
o da CONTINUIDADE;
o da OPORTUNIDADE;
o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA;
o da COMPETÊNCIA e
o da PRUDÊNCIA.
Vistos os conceitos teóricos necessários, passaremos – a seguir – à
análise das assertivas.
a) O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes.
Correto, conforme art. 4o da Resolução CFC n° 750, de 1993:

Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio


como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia
patrimonial, a necessidade da diferenciação de um
Patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes, independentemente de pertencer a uma

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou


instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem
fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o
Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios
ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE,


mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação
contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova
ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-
contábil.

b) O Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL preconiza que os


componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores
originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor
presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das
variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem
agregações ou decomposições no interior da ENTIDADE.
Correto, conforme caput do art. 7o da Resolução CFC n° 750, de 1993:

Art. 7º Os componentes do patrimônio devem ser


registrados pelos valores originais das transações com o
mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do
País, que serão mantidos na avaliação das variações
patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem
agregações ou decomposições no interior da ENTIDADE.

c) O Princípio da CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ativos


e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos,
especialmente quando a extinção da ENTIDADE tem prazo determinado,
previsto ou previsível.
Correto, conforme § 1o do art. 5o da Resolução CFC n° 750, de 1993:

Art. 5º A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, bem como


sua vida definida ou provável, devem ser consideradas
quando da classificação e avaliação das mutações
patrimoniais, quantitativas e qualitativas.

§ 1º A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos


ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos
passivos, especialmente quando a extinção da ENTIDADE
tem prazo determinado, previsto ou previsível.

d) O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à


tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a


extensão correta, independentemente das causas que as originaram.
Correto, conforme caput do art. 6o da Resolução CFC n° 750, de 1993:

Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se,


simultaneamente, à tempestividade e à integridade do
registro do patrimônio e das suas mutações, determinando
que este seja feito de imediato e com a extensão correta,
independentemente das causas que as originaram.

e) O Princípio da PRUDÊNCIA indica que as receitas e as despesas


devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que
ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem,
independentemente de recebimento ou pagamento.
Errado, esta é a característica básica do princípio da competência –
apresentado no art. 9o da Resolução CFC n° 750, de 1993. Princípio da prudência
determina que – em caso de dúvida – os bens e direitos devem ser avaliados pelo menor
valor aceitável e as obrigações, pelo maior; conforme art. 10 da Resolução CFC n° 750,
de 1993. A seguir, para fins de clareza, encontram-se transcritos (em parte) ambos os
citados artigos.

O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA
Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na
apuração do resultado do período em que ocorrerem,
sempre simultaneamente quando se correlacionarem,
independentemente de recebimento ou pagamento.

O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do
menor valor para os componentes do ATIVO e do maior
para os do PASSIVO, sempre que se apresentem
alternativas igualmente válidas para a quantificação das
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

Visto que fora requisitada a identificação da assertiva incorreta, temos


que a resposta para a questão é letra (E).
GABARITO

27 - E

1.3.5 CVM – Comissão de Valores Mobiliários – 2000 (ESAF)


ENUNCIADO

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

01- O procedimento de segregar o patrimônio da empresa avaliada do


patrimônio de seus sócios está fundamentado no conceito da
a) entidade
b) identidade
c) prudência
d) materialidade
e) relatividade
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

O enunciado desta questão merece uma leve crítica: quando o


examinador utiliza o termo “conceito”, está – na verdade – referindo-se
a um “Princípio Fundamental de Contabilidade”.
Digo que se trata de uma leve crítica porque a questão não estaria
sujeita a anulação por conta desta impropriedade terminológica. Afinal
de contas, “Princípios Fundamentais de Contabilidade” são, no fundo,
conceitos – tipos especiais de conceitos.
Superada a dificuldade inicial – de identificação da matéria cujo
conhecimento é necessário à resolução da questão, passaremos à
resolução propriamente dita.
Os princípios fundamentais de Contabilidade, apresentados como o
entendimento predominante acerca da essência da teoria da
Contabilidade, são enumerados conforme art. 3o da Resolução CFC n°
750, de 1993, abaixo:
CAPÍTULO II
DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO

Art. 2º Os Princípios Fundamentais de Contabilidade


representam a essência das doutrinas e teorias relativas à
Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento
predominante nos universos científico e profissional de
nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu
sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o
Patrimônio das Entidades.

Art. 3º São Princípios Fundamentais de Contabilidade:


o da ENTIDADE;
o da CONTINUIDADE;
o da OPORTUNIDADE;
o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA;

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Convenções Contábeis

o da COMPETÊNCIA e
o da PRUDÊNCIA.
De acordo com o texto acima, podemos descartar algumas das opções:
identidade, materialidade e relatividade não são sequer princípios.
Restam, portanto, apenas duas opções, entidade ou prudência.
Pelo princípio da entidade, o patrimônio dos sócios não se confunde com
o patrimônio da empresa. O Princípio da Entidade é determinado pelo
art. 4o da Resolução CFC n° 750, de 1993, abaixo:
“Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio
como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia
patrimonial, a necessidade da diferenciação de um
Patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes, independentemente de pertencer a uma
pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou
instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem
fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o
Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios
ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.
Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE,
mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação
contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova
ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-
contábil.”
Por outro lado, o princípio da prudência determina a adoção do menor
valor para os componentes do Ativo e do maior para os componentes do
Passivo, sempre que se apresentem duas alternativas igualmente
válidas para a quantificação das mutações do patrimônio. O Princípio da
Prudência está definido no art. 10 da Resolução CFC n° 750, de 1993,
abaixo:
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do
menor valor para os componentes do ATIVO e do maior
para os do PASSIVO, sempre que se apresentem
alternativas igualmente válidas para a quantificação das
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
§ 1º O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da
hipótese de que resulte menor patrimônio líquido, quando
se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos
demais Princípios Fundamentais de Contabilidade.
§ 2º Observado o disposto no art. 7º, o Princípio da
PRUDÊNCIA somente se aplica às mutações posteriores,
constituindo-se ordenamento indispensável à correta
aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA.
§ 3º A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase
quando, para definição dos valores relativos às variações
patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem
incertezas de grau variável.

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

Pelos conceitos acima apresentados, depreende-se que o procedimento


de segregar o patrimônio da empresa avaliada do patrimônio de seus
sócios está fundamentado no conceito da entidade (tecnicamente no
princípio da entidade), conforme alternativa (A).
GABARITO

01 - A

1.3.6 ICMS – Paraíba – 2006 (FCC)


ENUNCIADO

1. O princípio contábil que impõe a escolha de hipótese que resulte


menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente
aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais da Contabilidade,
é o Princípio da
(A) Oportunidade.
(B) Competência.
(C) Entidade.
(D) Continuidade.
(E)) Prudência.
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Trata-se de uma questão teórica, cuja resolução demanda o


conhecimento de quais são os princípios contábeis e suas respectivas
definições.
Os Princípios Fundamentais de Contabilidade, de observação obrigatória,
estão previstos na Resolução CFC n° 753, de 1993, conforme art. 1o,
abaixo:
RESOLUÇÃO CFC N.º 750/93
Dispõe sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade
(P.F.C.)
O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício
de suas atribuições legais e regimentais,
CONSIDERANDO que a evolução da última década na área
da Ciência Contábil reclama a atualização substantiva e
adjetiva dos Princípios Fundamentais de Contabilidade a
que se refere a Resolução CFC 530/81.
RESOLVE:
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

Art. 1º Constituem PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE


CONTABILIDADE (P.F.C.) os enunciados por esta
Resolução.
§ 1º A observância dos Princípios Fundamentais de
Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e
constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras
de Contabilidade (NBC). (grifos na transcrição).
Os princípios fundamentais de Contabilidade, portanto, apresentados
como o entendimento predominante acerca da essência da teoria da
Contabilidade, são enumerados conforme art. 3o da Resolução CFC n°
750, de 1993, abaixo:
Art. 3º São Princípios Fundamentais de Contabilidade:
o da ENTIDADE;
o da CONTINUIDADE;
o da OPORTUNIDADE;
o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA;
o da COMPETÊNCIA e
o da PRUDÊNCIA.
O enunciado da questão se refere ao princípio da prudência, tratado no
art. 10 da referida Resolução. O art. 10 da Resolução CFC n° 750, de
1993, que dispõe sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade,
especificamente quanto ao princípio da prudência, determina que:
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do
menor valor para os componentes do ATIVO e do maior
para os do PASSIVO, sempre que se apresentem
alternativas igualmente válidas para a quantificação das
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
...
Dessa forma, já é possível reconhecer a alternativa (E) como correta.
Apenas para fins de esclarecimento, analisaremos cada uma das
assertivas e apresentaremos um breve comentário acerca delas.
(A) Oportunidade.
Os acontecimentos que influenciam o patrimônio devem ser registrados: (1)
quando acontecem – nem antes nem depois e (2) por completo – não podendo ser
registrado apenas em parte.

(B) Competência.
Receitas devem ser registradas quando AUFERIDAS, independentemente de
recebimento e despesas devem ser registradas quando INCORRIDAS, independentemente
de pagamento.

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

(C) Entidade.
O patrimônio dos sócios não se confunde com o patrimônio da empresa.

(D) Continuidade.
O patrimônio deve ser registrado com a presunção de que a empresa vá existir
indefinidamente. Ao contrário, quando houver clara indicação de final da existência da
empresa (quebra da continuidade), o valor e os prazos de realização dos bens e direitos,
bem como os prazos das obrigações, devem ser ajustados.

(E)) Prudência.
O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os
componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem
alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que
alterem o patrimônio líquido.

GABARITO

1.3.7 Analista do Banco Central do Brasil (Área 4) – jan/2006 – FCC


ENUNCIADO
9. A circular 3068 do BACEN permitiu que os títulos mantidos para
negociação ou disponíveis para venda sejam ajustados a valor do
mercado, computando-se tanto a valorização como a desvalorização.
Sobre os princípios contábeis, é correto afirmar:
(A) Esse procedimento está de acordo com o conservadorismo, pois
nesse caso a empresa estará sempre efetuando uma provisão para
ajuste ao valor de mercado.
(B) Esse procedimento fere o princípio de conservadorismo quando o
valor do mercado é inferior ao custo e deve-se reduzir o valor do título
para o valor de mercado, pois o ativo deve ser avaliado pelo maior valor
de realização.
(C) Esse procedimento está de acordo com o princípio do
conservadorismo, pois sempre reduzirá o resultado da empresa no
período da atualização.
(D) Esse procedimento não tem relação com o princípio de
conservadorismo, pois esse princípio se refere à avaliação dos passivos
pelo maior valor de exigibilidade.

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

(E)) Esse procedimento fere o princípio de conservadorismo quando o


valor do mercado supera o custo e deve-se aumentar o valor de um
título para valor de mercado, pois o ativo deve ser avaliado pelo menor
valor entre o custo e o valor de mercado.
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS
Trata-se de uma questão teórica, de análise de texto normativo infra-
legal (Circular Bacen 3068/2005), que trata de avaliação específica de
títulos mantidos em carteira por instituições financeiras, frente a outro
texto normativo (Resolução CFC 750, de 1993) que dispõe sobre o
princípios fundamentais de contabilidade. A seguir, para fins de
esclarecimento, encontram-se – parcialmente – reproduzidos ambos os
textos citados:
Resolução CFC 750, de 1993 – art. 10
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do
menor valor para os componentes do ATIVO e do maior
para os do PASSIVO, sempre que se apresentem
alternativas igualmente válidas para a quantificação das
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
Circular Bacen 3068, de 2005
Art. 1º Estabelecer que os títulos e valores mobiliários
adquiridos por instituições financeiras e demais
entidades
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil,
exceto
cooperativas de crédito, agências de fomento e sociedades
de crédito
ao microempreendedor, devem ser registrados pelo valor
efetivamente
pago, inclusive corretagens e emolumentos, e
classificados nas
seguintes categorias:
I - títulos para negociação;
II - títulos disponíveis para venda;
III - títulos mantidos até o vencimento.
...
Art. 2º Os títulos e valores mobiliários classificados
nas
categorias referidas no artigo anterior, incisos I e II,
devem ser
ajustados pelo valor de mercado, no mínimo por ocasião
dos balancetes
e balanços, computando-se a valorização ou a
desvalorização em
contrapartida:

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

I - à adequada conta de receita ou despesa, no


resultado do
período, quando relativa a títulos e valores
mobiliários
classificados na categoria títulos para negociação;

Repare que, pelos princípios fundamentais de contabilidade, a didática


regra de avaliação de ativos em geral é: “custo ou mercado, dos dois o
menor”. Cumpre referir que essa regra já foi objeto de várias questões
de concurso e que comporta exceções específicas (como a reavaliação
de bens e a equivalência patrimonial). Ocorre que a circular em questão
inovou, criando uma nova exceção, para títulos mantidos por
instituições financeiras em sua carteira – determinando sua avaliação
pelo valor de mercado (sendo ele maior ou menor do que o valor do
custo).
Assim, no caso de um título de custo R$ 1.000,00 e valor de mercado
R$ 1.200,00:
- para empresas comerciais, a avaliação do título seria R$
1.000,00;
- para instituições financeiras, a avaliação do título seria R$
1.200,00.
Conforme visto acima, o procedimento efetuado pelas instituições
financeiras (determinado pela Circular Bacen 3068, de 2005) fere o
princípio da PRUDÊNCIA quando o valor de mercado supera o custo,
pois: (a) a circular permite a majoração do valor do título, com o
respectivo registro de receitas e (b) o princípio determina que o título
fosse avaliado pelo menor valor entre o custo e o valor de mercado.
Uma única crítica à questão, o termo utilizado “princípio do
conservadorismo” não está previsto normativamente – sendo correto o
uso do termo “princípio da prudência”. Com efeito, antes do advento da
Resolução CFC 750, de 1993, havia um conceito similar ao “princípio da
prudência” denominado “convenção do conservadorismo”. Entretanto,
pela interpretação do texto do enunciado, pode-se perceber que o
examinador quis referir-se ao princípio da prudência, quando utilizou a
expressão (sinônima) “princípio do consercadorismo”.
Assim, resta correta a alternativa (E).
GABARITO
E

1.3.8 Auditor-Fiscal do Município de São Paulo – ISS – 2007 (FCC)


ENUNCIADO

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

1. Em relação ao princípio contábil da Competência, é correto afirmar


que
(A) o reconhecimento de despesas deve ser efetuado quando houver o
efetivo desembolso financeiro por parte da pessoa jurídica que efetuou o
gasto.
(B) uma despesa é considerada incorrida quando há um surgimento de
um ativo, sem o concomitante desaparecimento de um passivo.
(C) as perdas involuntárias de ativos por razões fortuitas ou por força
maior não devem ser computadas na apuração do resultado do
exercício, porque não estão correlacionadas com a realização de
receitas.
(D) as receitas são consideradas realizadas, nas transações com
terceiros, quando estes efetuarem o pagamento.
(E) a extinção, mesmo que parcial, de um passivo, sem o
desaparecimento concomitante de um ativo, de valor igual ou maior, é
considerada realização de receita.
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Trata-se de uma questão teórica, cuja resolução demanda – tão


somente – o conhecimento do princípio fundamental de contabilidade da
competência.
O Princípio da Competência é de máxima importância. Esse princípio
determina que as receitas e despesas devam ser incluídas na apuração
do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente
quando se correlacionarem, independentemente do recebimento ou do
pagamento.
É de fundamental importância compreender a diferença entre o regime
de competência e o regime de caixa.
No regime de caixa, as receitas e despesas são reconhecidas no
momento de seu recebimento ou pagamento. Este regime é intuitivo
freqüentemente utilizado por nós no controle pessoal dos gastos.
No regime de competência, as receitas e despesas devem ser
reconhecidas na apuração do resultado do período a que pertencerem e,
de forma simultânea, quando se correlacionam. As despesas devem ser
reconhecidas independentemente de seu pagamento e as receitas
somente quando de sua realização. Em outras palavras, no regime de
competência:
- uma despesa com o salário de um empregado é
considerada a partir do momento que este empregado
efetua o serviço (ou, em outras palavras, quando ele

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Convenções Contábeis

coloca à disposição do patrão sua força de trabalho por um


mês inteiro – que é a prestação que ele prometeu
cumprir), independentemente do pagamento desta
despesa somente ocorrer no mês seguinte;
- uma receita de venda de mercadorias é considerada a
partir do momento em que ocorre a venda
independentemente do pagamento acontecer em várias
prestações.
O Princípio da Competência está determinado pelo art. 9o da Resolução
CFC n° 750, de 1993, abaixo:
Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na
apuração do resultado do período em que ocorrerem,
sempre simultaneamente quando se correlacionarem,
independentemente de recebimento ou pagamento.
§ 1º O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as
alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou
diminuição no patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes
para classificação das mutações patrimoniais, resultantes
da observância do Princípio da OPORTUNIDADE.
§ 2º O reconhecimento simultâneo das receitas e
despesas, quando correlatas, é conseqüência natural do
respeito ao período em que ocorrer sua geração.
§ 3º As receitas consideram-se realizadas:
I – nas transações com terceiros, quando estes efetuarem
o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-
lo, quer pela investidura na propriedade de bens
anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela fruição
de serviços por esta prestados;
II – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo,
qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento
concomitante de um ativo de valor igual ou maior;
III – pela geração natural de novos ativos
independentemente da intervenção de terceiros;
IV – no recebimento efetivo de doações e subvenções.
§ 4º Consideram-se incorridas as despesas:
I – quando deixar de existir o correspondente valor ativo,
por transferência de sua propriedade para terceiro;
II – pela diminuição ou extinção do valor econômico de um
ativo;
III – pelo surgimento de um passivo, sem o
correspondente ativo.

Visto o princípio em questão, passaremos à análise de cada assertiva do


enunciado.

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

(A) o reconhecimento de despesas deve ser efetuado quando houver o


efetivo desembolso financeiro por parte da pessoa jurídica que efetuou o
gasto.
Errado. As receitas devem ser incluídas na apuração do resultado do período
em que ocorrerem, independentemente de recebimento.

(B) uma despesa é considerada incorrida quando há um surgimento de


um ativo, sem o concomitante desaparecimento de um passivo.
Errado. Ao contrário, a despesa é considerada incorrida quando há o
surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.

(C) as perdas involuntárias de ativos por razões fortuitas ou por força


maior não devem ser computadas na apuração do resultado do
exercício, porque não estão correlacionadas com a realização de
receitas.
Errado. Consideram-se incorridas as despesas pela diminuição ou extinção do
valor econômico de um ativo, independentemente de sua razão (perda voluntária ou
involuntária).

(D) as receitas são consideradas realizadas, nas transações com


terceiros, quando estes efetuarem o pagamento.
Errado. As receitas já podem ser consideradas realizadas, nas transações com
terceiros, quando estes assumirem compromisso firme de efetivar o pagamento, quer pela
investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela
fruição de serviços por esta prestados.

(E) a extinção, mesmo que parcial, de um passivo, sem o


desaparecimento concomitante de um ativo, de valor igual ou maior, é
considerada realização de receita.
Correto, conforme art. 9o da Resolução, § 3o, II, da CFC n° 750, de 1993,
abaixo:

§ 3º As receitas consideram-se realizadas:


...
II – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo,
qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento
concomitante de um ativo de valor igual ou maior;

GABARITO

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

001 - E

1.3.9 ICMS – RS – 2006 (FAURGS)


ENUNCIADO

14. O Princípio Contábil que preceitua que a contabilidade é mantida


para as empresas e que o patrimônio dos sócios não se confunde com o
da empresa é o Princípio
(A) do Custo como Base de Valor.
(B) da Oportunidade.
(C) da Prudência.
(D) da Entidade.
(E) do Custo.
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Trata-se de uma questão teórica cuja resolução demanda tão somente o


conhecimento da definição do princípio fundamental de contabilidade da
entidade.
Os princípios fundamentais de Contabilidade, apresentados como o
entendimento predominante acerca da essência da teoria da
Contabilidade, são enumerados conforme art. 3o da Resolução CFC n°
750, de 1993, abaixo:
CAPÍTULO II
DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO

Art. 2º Os Princípios Fundamentais de Contabilidade


representam a essência das doutrinas e teorias relativas à
Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento
predominante nos universos científico e profissional de
nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu
sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o
Patrimônio das Entidades.

Art. 3º São Princípios Fundamentais de Contabilidade:


o da ENTIDADE;
o da CONTINUIDADE;
o da OPORTUNIDADE;
o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA;
o da COMPETÊNCIA e

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

o da PRUDÊNCIA.
Conforme art. 4o da Resolução CFC n° 750, de 1993, o princípio da
entidade:
Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio
como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia
patrimonial, a necessidade da diferenciação de um
Patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes, independentemente de pertencer a uma
pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou
instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem
fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o
Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios
ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE,


mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação
contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova
ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-
contábil.

Pelo que foi acima exposto, verifica-se que o Princípio Contábil que
preceitua que a contabilidade é mantida para as empresas e que o
patrimônio dos sócios não se confunde com o da empresa é o Princípio
da Entidade – conforme alternativa (D).
GABARITO

14. D

1.3.10 ICMS – RS – 2006 (FAURGS)


ENUNCIADO

15. “Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos


valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a
valor presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das
variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem
agregações ou decomposições no interior da entidade.” Este é o
enunciado do Princípio Contábil .
(A) do Custo Contábil.
(B) do Registro pelo Valor Original.
(C) da Atualização Monetária.
(D) do Registro pelo Valor Original Corrigido.
(E) da Atualização Monetária e Contábil.
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

Trata-se de uma questão teórica cuja resolução demanda tão somente o


conhecimento da definição do princípio fundamental de contabilidade do
registro pelo valor original.
Os princípios fundamentais de Contabilidade, apresentados como o
entendimento predominante acerca da essência da teoria da
Contabilidade, são enumerados conforme art. 3o da Resolução CFC n°
750, de 1993, abaixo:
CAPÍTULO II
DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO

Art. 2º Os Princípios Fundamentais de Contabilidade


representam a essência das doutrinas e teorias relativas à
Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento
predominante nos universos científico e profissional de
nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu
sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o
Patrimônio das Entidades.

Art. 3º São Princípios Fundamentais de Contabilidade:


o da ENTIDADE;
o da CONTINUIDADE;
o da OPORTUNIDADE;
o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA;
o da COMPETÊNCIA e
o da PRUDÊNCIA.
Conforme caput do art. 7o da Resolução CFC n° 750, de 1993:
Art. 7º Os componentes do patrimônio devem ser
registrados pelos valores originais das transações com o
mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do
País, que serão mantidos na avaliação das variações
patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem
agregações ou decomposições no interior da ENTIDADE.

Pelo que foi acima exposto, verifica-se que o Princípio Contábil que “Os
componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores
originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor
presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das
variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem
agregações ou decomposições no interior da entidade.” é o Princípio do
Registro pelo Valor Original – conforme alternativa (B).

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

GABARITO

15. B

1.3.11 TRF 4a região - Analista Judiciário - Especialidade


Contadoria - jan/2001 (FCC)
ENUNCIADO

32. É registro que caracteriza regime de competência, o relativo ao


(A) da compra de mercadorias à vista.
(B) do pagamento de duplicata pela compra de veículo a prazo.
(C) da venda de mercadoria à vista.
(D) do pagamento de uma despesa.
(E) de uma despesa a pagar.
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

A questão trata da escrituração contábil com observância ao


Princípio de Competência.
O Princípio da Competência determina que as despesas devem ser
consideradas quando incorridas, independente de pagamento, e as
receitas devem ser consideradas quando auferidas, independente de
recebimento, conforme está determinado pelo art. 9o da Resolução CFC
n° 750, de 1993, abaixo:
Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na
apuração do resultado do período em que ocorrerem,
sempre simultaneamente quando se correlacionarem,
independentemente de recebimento ou pagamento.
§ 1º O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as
alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou
diminuição no patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes
para classificação das mutações patrimoniais, resultantes
da observância do Princípio da OPORTUNIDADE.
§ 2º O reconhecimento simultâneo das receitas e
despesas, quando correlatas, é conseqüência natural do
respeito ao período em que ocorrer sua geração.
§ 3º As receitas consideram-se realizadas:
I – nas transações com terceiros, quando estes efetuarem
o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-
lo, quer pela investidura na propriedade de bens
anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela fruição
de serviços por esta prestados;

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

II – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo,


qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento
concomitante de um ativo de valor igual ou maior;
III – pela geração natural de novos ativos
independentemente da intervenção de terceiros;
IV – no recebimento efetivo de doações e subvenções.
§ 4º Consideram-se incorridas as despesas:
I – quando deixar de existir o correspondente valor ativo,
por transferência de sua propriedade para terceiro;
II – pela diminuição ou extinção do valor econômico de um
ativo;
III – pelo surgimento de um passivo, sem o
correspondente ativo.
No presente caso, as alternativas de (A) a (D) tratam de operações em
que há efetiva entrada ou saída de dinheiro (pagamento ou
recebimento), portanto, a única alternativa que pode ser visualizada ao
estudarmos o Princípio da Competência é a alternativa E, por tratar do
registro de uma despesa a pagar. As demais transações – repita-se –
refletem a saída de numerário para o pagamento de despesas incorridas
ou a aquisição de insumos ou mercadorias e, portanto, não se prestam à
visualização do princípio da competência.
GABARITO

1.3.12 TRF 4a região - Analista Judiciário - Especialidade


Contadoria - jan/2001 (FCC)
ENUNCIADO
37. O capital subscrito e realizado pelo titular, sócio ou acionista é
considerado capital próprio em virtude do princípio ou convenção
(A) do conservadorismo.
(B) da continuidade.
(C) da entidade.
(D) da realização das receitas.
(E) da objetividade.
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Para a solução desta questão precisamos analisar o conteúdo do


Princípio da Entidade a fim de estabelecer a resposta correta.
O patrimônio, definido como o conjunto de bens, direitos e obrigações,
encontra-se apresentado na Resolução CFC n° 774, de 1994, a seguir:

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

1.2 - …
Do Patrimônio deriva o conceito de Patrimônio Líquido,
mediante a equação considerada como básica na
Contabilidade:
(Bens + Direitos) – (Obrigações) = Patrimônio Líquido
Quando o resultado da equação é negativo, convenciona-
se denominá-lo de “Passivo a Descoberto”.
O Patrimônio Líquido não é uma dívida da Entidade para com seus
sócios ou acionistas, pois estes não emprestam recursos para que ela
possa ter vida própria, mas, sim, os entregam, para que com eles forme
o Patrimônio da Entidade, assim como disposto no item 2.1 da cita
Resolução, no qual transcreve as disposições sobre o Princípio da
Entidade:
“Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio
como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia
patrimonial, a necessidade da diferenciação de um
Patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes, independentemente de pertencer a uma
pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou
instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem
fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o
patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios
ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.
Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE,
mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação
contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova
ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-
contábil”.
GABARITO

1.3.13 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa -


Especialidade Contabilidade - Setembro/2003 (FCC)
ENUNCIADO

34. A integração das receitas ganhas com as despesas que com elas se
correlacionam constitui o princípio fundamental da
(A) entidade.
(B) oportunidade.
(C) competência.
(D) prudência.
(E) continuidade.
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

Para a solução desta questão torna-se necessário o conhecimento do


conteúdo da Resolução CFC nº 750 de 1993, a qual dispõe em seu art
9o o conceito de competência, condicionando-o à relação simultânea
entre as receitas e despesas que se relacionarem, conforme a seguir:
Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na
apuração do resultado do período em que ocorrerem,
sempre simultaneamente quando se correlacionarem,
independentemente de recebimento ou pagamento.
§ 1º O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as
alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou
diminuição no patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes
para classificação das mutações patrimoniais, resultantes
da observância do Princípio da OPORTUNIDADE.
§ 2º O reconhecimento simultâneo das receitas e
despesas, quando correlatas, é conseqüência natural do
respeito ao período em que ocorrer sua geração.
§ 3º As receitas consideram-se realizadas:
I – nas transações com terceiros, quando estes efetuarem
o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-
lo, quer pela investidura na propriedade de bens
anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela fruição
de serviços por esta prestados;
II – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo,
qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento
concomitante de um ativo de valor igual ou maior;
III – pela geração natural de novos ativos
independentemente da intervenção de terceiros;
IV – no recebimento efetivo de doações e subvenções.
§ 4º Consideram-se incorridas as despesas:
I – quando deixar de existir o correspondente valor ativo,
por transferência de sua propriedade para terceiro;
II – pela diminuição ou extinção do valor econômico de um
ativo;
III – pelo surgimento de um passivo, sem o
correspondente ativo.
GABARITO
C

1.3.14 TRT 21a REGIÃO - Analista Judiciário Área Administrativa -


Especialidade Contabilidade - Setembro/2003 (FCC)
ENUNCIADO

35. O postulado, princípio ou convenção contábil, que tem por objetivo


evitar a descapitalização de uma empresa, denomina-se

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

(A))conservadorismo.
(B) uniformidade ou consistência.
(C) materialidade.
(D) objetividade.
(E) entidade.
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Esta questão apresenta uma situação inusitada, eis que são


apresentados como alternativas válidas de resposta, incluindo aquela
considerada como correta as Convenções, assim como foram
introduzidas em 1986, quando a Deliberação CVM nº 29, de
05/fevereiro/1986, aprovou o Pronunciamento do IBRACON (atual
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil), que por sua vez já o
havia referendado, por ter sido elaborado originalmente pelo IPECAFI
(Instituto Brasileiro de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras), da
qual o IBRACON é associado. Posteriormente, em 1993, foram editados
os Princípios Fundamentais de Contabilidade (Resolução CFC nº. 750 de
1993), que foram aprovados por ato específico da CVM e do Banco
Central, tornando desatualizado o texto de 1986. Pela regra vigente, a
resposta correta seria o Princípio da Prudência. Entretanto naquelas
disposições aprovadas pela CVM em 1986, utilizava-se a Convenção do
Conservadorismo. Demonstramos a seguir, ambas as orientações.
PRINCÍPIOS
FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE

Aprovados pela Resol. CFC


nº 750, de 1.993

Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do


menor valor para os componentes do ATIVO e do maior
para os do PASSIVO, sempre que se apresentem
alternativas igualmente válidas para a quantificação das
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
§ 1º O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da
hipótese de que resulte menor patrimônio líquido, quando
se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos
demais Princípios Fundamentais de Contabilidade.
§ 2º Observado o disposto no art. 7º, o Princípio da
PRUDÊNCIA somente se aplica às mutações posteriores,
constituindo-se ordenamento indispensável à correta
aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA.
§ 3º A aplicação do Princípio da PRUDÊNCIA ganha ênfase
quando, para definição dos valores relativos às variações

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

patrimoniais, devem ser feitas estimativas que envolvem


incertezas de grau variável.

CONVENÇÃO DO
CONSERVADORISMO
Aprovada pela Delib. CVM
nº 29 de 1986
Enunciado: “Entre
conjuntos alternativos de avaliação para o patrimônio,
igualmente válidos, segundo os Princípios Fundamentais, a
Contabilidade escolherá o que apresentar o menor valor
atual para o ativo e o maior para as obrigações...”
O conservadorismo,* em Contabilidade, pode ser
entendido sob dois aspectos principais: o primeiro,
vocacional e histórico da profissão, pelo qual, entre as
várias disciplinas que avaliam, pelo menos em parte, o
valor da entidade, a Contabilidade é a que tenderia, em
igualdade de condições, a apresentar o menor valor para a
entidade como um todo.
O segundo, mais operacional, de que, conforme o
enunciado, a Contabilidade tende, dentro dos amplos graus
de julgamento que a utilização dos Princípios nos permite
empregar, a escolher a menor das avaliações igualmente
relevantes para o ativo e a maior para as obrigações.
Esse entendimento não deve ser confundido nem
desvirtuado com os efeitos da manipulação de resultados
contábeis, mas encarado à luz da vocação de resguardo,
cuidado e neutralidade que a Contabilidade precisa ter,
mormente perante os excessos de entusiasmo e de
valorizações por parte da administração e dos proprietários
da entidade. Não nos esqueçamos de que, principalmente
no caso das companhias abertas, sua principal obrigação é
perante o mercado e os investidores.
Entendemos que, pelo fato da questão estar baseada em dispositivo
normativo já derrogado, ela deveria ter sido anulada, o que – entretanto
– não ocorreu.
GABARITO

1.3.15 TRE Espírito Santo - Analista Judiciário – Área


Administrativa – Especialidade Contabilidade – 2005 (FCC)
ENUNCIADO

37. Dentre os princípios fundamentais da contabilidade, contidos na


Resolução 750 do Conselho Federal de Contabilidade, tem-se um do
qual consta: refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

integridade do registro do patrimônio e das suas mutações,


determinando que este seja feito de imediato e com extensão correta,
independentemente das causas que as originaram.
Assinale, dentre as alternativas abaixo, a que se refere ao acima
descrito:
a) continuidade.
b) competência.
c) oportunidade.
d) prudência.
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Para resolvermos esta questão precisamos conhecer os Princípios


Fundamentais de Contabilidade a fim de estabelecer os objetivos de
cada Princípio e, desta forma, assinalar a resposta correta.
O Princípio Fundamental de Contabilidade relativo à Continuidade
(alternativa A), tem por objetivo estabelecer que a continuidade ou não
de uma entidade deve ser avaliada para fins de classificação e avaliação
das mutações patrimoniais, tanto as quantitativas, quanto as
qualitativas.
O Princípio Fundamental de Contabilidade relativo à competência
(alternativa B), ordena que as receitas e despesas deve sem incluídas
na apuração do resultado do exercício em que ocorrerem, sempre
simultaneamente, quando se correlacionarem, independentemente de
recebimento ou pagamento.
O Princípio Fundamental de Contabilidade relativo à Oportunidade
(alternativa C), refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à
integridade do registro do patrimônio e das suas mutações,
determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta,
independentemente das causas que as originaram. O enunciado do
Princípio está no enunciado da questão, mostrando ser esta a alternativa
correta.
Já o Princípio Fundamental de Contabilidade da Prudência (alternativa
D) determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e
do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas
igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que
alterem o patrimônio líquido.
GABARITO

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

1.3.16 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado –


Contadoria – 2004 (FCC)
ENUNCIADO

61. Dentre os princípios fundamentais da contabilidade, o da


competência diz que as receitas e despesas de uma empresa devem ser
respectivamente incluídas na apuração do resultado do período em que
ocorrerem, sempre simultaneamente, quando
(A) recebidas e pagas.
(B) ganhas e ocorridas.
(C) se correlacionarem.
(D) ocorridas.
(E) obtidas e consumidas.
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Entre as alternativas dispostas aquela que completa o ditame do


Princípio da Competência, aprovado pela Resolução CFC nº 750 de
1993, é a alternativa C, pelo ditame da norma, como transcrevemos a
seguir, o art. 9º da citada Resolução.
Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na
apuração do resultado do período em que ocorrerem,
sempre simultaneamente quando se correlacionarem,
independentemente de recebimento ou pagamento.
GABARITO

1.3.17 TRF 4 REGIÃO - Analista Judiciário - Apoio Especializado –


Contadoria – 2004 (FCC)
ENUNCIADO

70. O princípio fundamental da oportunidade, ao estabelecer que o


registro do patrimônio e das mutações de uma entidade privada seja
feito “de imediato”, diz respeito a sua efetivação quando
(A) ocorrido o ato ou o fato.
(B) devam ser evidenciados o patrimônio e os resultados.
(C) ocorridos os recebimentos ou pagamentos.
(D) ocorridos os ganhos e perdas de recursos.
(E) ocorridas as mutações e variações.
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

Para a solução desta questão devemos procurar o enunciado do Princípio


Fundamental de Contabilidade relativo à Oportunidade, o qual está
contido no art. 6º, da Resolução CFC nº 750, de 1993, como a seguir:
Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se,
simultaneamente, à tempestividade e à integridade do
registro do patrimônio e das suas mutações, determinando
que este seja feito de imediato e com a extensão correta,
independentemente das causas que as originaram.
Parágrafo único – Como resultado da observância do
Princípio da OPORTUNIDADE:
I – desde que tecnicamente estimável, o registro das
variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese
de somente existir razoável certeza de sua ocorrência;
II – o registro compreende os elementos quantitativos e
qualitativos, contemplando os aspectos físicos e
monetários;
III – o registro deve ensejar o reconhecimento universal
das variações ocorridas no patrimônio da ENTIDADE, em
um período de tempo determinado, base necessária para
gerar informações úteis ao processo decisório da gestão.
Importante notar que a alternativa (A) está incorreta por referir-se a
atos (que não demandam sequer registro, muito menos registro
imediato). Da mesma forma, a alternativa (C) está incorreta por
incompleta (referindo-se somente a pagamentos e recebimentos,
quando sabemos que há outros fatos contábeis que também demandam
registro tempestivo. A alternativa (D) também está incompleta, há
fatos que demandam registro mas que não consistem em ganhos nem
perdas.
Finalmente, a alternativa (E), em comparação com a alternativa (B) –
gabarito – pode ensejar dúvidas. Dependendo da interpretação dada
aos referidos enunciados poder-se-ia considerar ambas as respostas
corretas. Em nossa opinião, essa questão poderia ter sido anulada – o
que, entretanto, não ocorreu.
GABARITO

1.3.18 TRE RIO GRANDE DO NORTE - Analista Judiciário - Área


Administrativa - Especialidade Contabilidade – 2005 (FCC)
ENUNCIADO

38. A norma/princípio ou convenção contábil que trata distintamente o


patrimônio dos sócios do da empresa é denominada
(A) Entidade.

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

(B) Conservadorismo.
(C) Competência.
(D) Objetividade.
(E) Tempestividade.
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Para a solução desta questão precisamos compreender as disposições da


Resolução CFC nº 750 de 1993, a qual dispõe que, de acordo com o
princípio da entidade, o patrimônio da empresa não se confunde com o
patrimônio dos sócios, nos termos de seu art. 4o, a seguir:
O
PRINCÍPIO DA ENTIDADE
Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio
como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia
patrimonial, a necessidade da diferenciação de um
Patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes, independentemente de pertencer a uma
pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou
instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem
fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o
Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios
ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.
Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE,
mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação
contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova
ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-
contábil.
GABARITO

1.3.19 TRE – RJ – 2001 (FCC)


ENUNCIADO

11 - Uma empresa utilizou 3 (três) critérios de custos diferentes para


efetuar a valoração de seus estoques nas últimas 3 (três)
demonstrações financeiras, não apresentando notas explicativas que
elucidassem o porquê das alterações de seus critérios contábeis.
Portanto, a empresa não observou a seguinte convenção contábil:
a) consistência;
b) conservadorismo;
c) custo como base de valor;
d) materialidade;

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

e) objetividade.
RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS

Esta questão trata de situação relativa às Convenções, assim como


foram introduzidas em 1986, quando a Deliberação CVM nº 29, de
05/fevereiro/1986, aprovou o Pronunciamento do IBRACON (atual
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil), que por sua vez já o
havia referendado, por ter sido elaborado originalmente pelo IPECAFI
(Instituto Brasileiro de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras), da
qual o IBRACON é associado. Cumpre referir que, posteriormente, em
1993, foram editados os Princípios Fundamentais de Contabilidade
(Resolução CFC nº. 750 de 1993), que foram aprovados por ato
específico da CVM e do Banco Central. Citamos, a seguir a Convenção
da Consistência:
4. A Convenção da
Consistência
Enunciado: "A Contabilidade de uma entidade deverá ser
mantida de forma tal que os usuários das demonstrações
contábeis tenham possibilidade de delinear a tendência da
mesma com o menor grau de dificuldade possível..."
Esta convenção*, de grande importância na Contabilidade,
deve também ser entendida à luz das restrições de
entendimento por parte dos usuários da informação
contábil.
Por um lado, deve ser entendido que os contadores
deverão refletir bastante, antes de adotar determinado
procedimento de avaliação, a fim de haver a maior
seqüência possível de exercícios com a utilização dos
mesmos procedimentos de avaliação. Isso não significa,
contudo, que, mesmo ocorrendo mudanças nos cenários
ou uma reflexão sobre a melhor utilização de outro
critério, a Contabilidade deva, apenas para não alterar a
seqüência, deixar de introduzir essa melhoria. Qualquer
mudança de procedimento que seja material deverá ser
claramente evidenciada em notas explicativas e os efeitos
dela decorrentes, tanto sobre o balanço quanto sobre o
resultado, devem ser mensurados e bem enunciados.
Como complemento à possibilidade de avaliação de
tendência, é fundamental que haja consistência, também,
nos períodos abrangidos pelas demonstrações.
Por parte do usuário, deve ser entendido que a
Contabilidade é uma linguagem especial e que nem todos
podem, livremente, falar e escrever sem o auxílio de um
intérprete (um técnico). Por mais que se procure preservar
a clareza e a consistência de procedimentos. de um
exercício para outro, para maior facilidade de
acompanhamento por parte do usuário, não deve isto

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Contabilidade Decifrada–Ponto 01–Exercícios Conceito e Histórico da Contabilidade, Princípios e
Convenções Contábeis

servir de pretexto para a estagnação na melhoria dos


procedimentos, à luz das circunstâncias.
Nessa situação, verifica-se que a convenção em tela é a convenção da
consistência.
GABARITO

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