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TECNOLOGIA

O m da gestão da cadeia de suprimentos


Allan Lyall, Pierre Mercier e Stefan Gstettner

19 de julho de 2018

A cadeia de suprimentos é o coração das operações de uma empresa.


Para tomar as melhores decisões, os gestores precisam ter acesso a
dados em tempo real sobre esse uxo. No entanto, as limitações do
legado tecnológico podem interferir na meta de transparência de ponta a
ponta. Essa situação, porém, pode estar com os dias contados. Novas
tecnologias digitais que têm o potencial de assumir completamente o
controle da gestão da cadeia de suprimentos estão fazendo as formas
tradicionais de trabalho entrar em colapso. A função da cadeia de
suprimentos pode estar obsoleta em cinco a dez anos, sendo substituída
por programas autocon guráveis e de funcionamento preciso,
otimizando os uxos de trabalho de ponta a ponta e requerendo muito
pouca intervenção humana.
Com uma base digital, as empresas podem obter, analisar, integrar,
acessar facilmente e interpretar dados em tempo real de alta qualidade.
Esses dados serão utilizados para automação de processos, análise
preditiva, inteligência arti cial e robótica – tecnologias que em breve
assumirão a gestão da cadeia de suprimentos.

As empresas líderes já estão explorando as possibilidades. Muitos


usaram a robótica ou a inteligência arti cial para digitalizar e automatizar
tarefas trabalhosas e repetitivas e também processos, tais como de
compras, faturamento, contas a pagar e partes do atendimento ao
cliente. A análise preditiva está ajudando as empresas a melhorar a
previsão de demanda, para que possam reduzir ou gerenciar melhor a
volatilidade, aumentar a utilização de recursos e oferecer conveniência ao
cliente a um custo otimizado.

Os sensores de uso e manutenção das máquinas estão ajudando alguns


fabricantes a estimar melhor quando elas falharão e, dessa forma,
minimizar o tempo de inatividade. A tecnologia blockchain está
começando a revolucionar a forma como as partes contribuem em redes
de fornecimento exíveis. Os robôs estão melhorando a produtividade e
as margens dos depósitos e das centrais de atendimento. Entregas feitas
por drones e veículos autônomos não estão muito longe de virar
realidade. A Rio Tinto, empresa global de mineração e metais, está
investigando como as tecnologias digitais podem automatizar as
operações das minas até os portos. Usando trens sem motorista,
operadores robóticos, câmeras, lasers e sensores de rastreamento, a
empresa será capaz de gerenciar toda a cadeia de suprimentos
remotamente, enquanto melhora a segurança e reduz a necessidade de
trabalhadores em locais isolados.

Um conceito-chave que muitas dessas empresas estão explorando é a


“torre de controle digital” – um centro de decisão virtual que fornece
visibilidade em tempo real e de ponta a ponta das cadeias de
fornecimento globais. Para um pequeno número das principais empresas
de varejo, as torres de controle se tornaram o centro nervoso de suas
operações. Uma “torre” típica é, na verdade, uma sala física composta por
uma equipe de analistas de dados que trabalha em tempo integral, 24
horas por dia, sete dias por semana, monitorando uma parede de telas
de alta de nição. As telas fornecem informações em tempo real e grá cos
3D em todas as etapas da cadeia de suprimentos, desde o pedido até a
entrega. Os alertas visuais avisam sobre as de ciências de estoque ou os
gargalos no processo antes que eles aconteçam, para que as equipes na
linha de frente possam corrigir rapidamente possíveis problemas antes
de se tornarem reais. Dados em tempo real, precisão inquestionável, foco
incansável no cliente, excelência de processos e liderança analítica
fundamentam as operações da torre de controle dessas operações de
varejo.
As indústrias também estão adotando o conceito. A rede complexa de
um fabricante movimenta mais de um milhão de peças e componentes
por dia. A torre de controle sinaliza possíveis problemas de suprimento à
medida que surgem, calculando impactos e fazendo correções
automáticas seja por ações predeterminadas, seja pelo encaminhamento
da equipe responsável. Da mesma forma, uma empresa siderúrgica
construiu uma ferramenta de planejamento de cenários personalizada
em sua plataforma da torre de controle que aumenta a capacidade de
resposta e a resiliência da cadeia de suprimentos. A ferramenta simula
como grandes e inesperadas falhas nos equipamentos – as chamadas
“grandes panes” – afetarão o negócio e aponta as melhores ações para
redução de risco.

Implicações da requali cação


A tendência é clara: a tecnologia está substituindo as pessoas no
gerenciamento da cadeia de suprimentos – e fazendo um trabalho
melhor. Não é difícil imaginar um futuro em que processos
automatizados, governança de dados, análise avançada, sensores,
robótica, inteligência arti cial e um ciclo de aprendizado contínuo
minimizem a necessidade de seres humanos. Mas quando planejamento,
compras, fabricação, entrega de pedidos e logística são amplamente
automatizados, o que resta para os pro ssionais dessa cadeia?

No curto prazo, esses executivos precisarão mudar seu foco de gerenciar


pessoas que executam principalmente tarefas repetitivas e transacionais
para projetar e administrar informações e uxos de materiais com um
número limitado de trabalhadores altamente especializados. Em breve,
os analistas da cadeia de suprimentos que forem capazes de analisar
dados, estruturar e validar conjuntos de dados, usar ferramentas digitais
e algoritmos e fazer previsões com e cácia estarão em alta.

Olhando mais à frente, alguns poucos especialistas serão necessários


para projetar um mecanismo tecnológico da cadeia de suprimentos que
corrobore de forma perfeita as constantes mudanças de estratégia,
exigências e prioridades dos negócios. Para manter esse motor
funcionando, um pequeno número de pessoas deve ser recrutado ou
treinado em novas habilidades na intersecção entre operações e
tecnologia. Como as habilidades necessárias para esses novos papéis
não estão prontamente disponíveis hoje, o maior desa o para as
empresas será criar uma visão da cadeia de suprimentos para o futuro –
e uma estratégia para preencher essas funções críticas.

Claramente, o m da gestão da cadeia de suprimentos como a


conhecemos está próximo. Os gestores e as empresas que estão
trabalhando hoje para atualizar competências e processos são os que
sairão na frente.
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Allan Lyall é especialista em cadeia de suprimentos e varejo. Ele foi vice-
presidente de operações europeias da Amazon por mais de 12 anos e
ocupou outros cargos executivos na Apple e na Tesco.
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Pierre Mercier é sócio sênior e diretor administrativo da The Boston
Consulting Group (BCG). Ele é especialista em gerenciamento de cadeia
de suprimentos e no setor de varejo. Antes de ingressar no BCG,
trabalhou na Mitchell Madison Group e na Deloitte Consulting.
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Stefan Gstettner é diretor associado da The Boston Consulting Group.
Ele passou seis anos como COO de um varejista de bens de consumo e
dirigiu uma rede de especialistas em cadeia de suprimentos. Sua atual
área de foco é a transformação da cadeia de suprimentos digital.
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Tradução: Sandra Polidori

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