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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DO JUIZADO ESPECIAL

FEDERAL CÍVEL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE XXXXXX - XX


Fulano de tal, brasileiro, solteiro, RG nº XXXXXX, inscrito no CPF sob o nº. XXXXXXXX, CTPS
nº. XXXXXX série XXX, residente e domiciliado na Rua XXXXXXXX, nºXXX, bairro XXX em
Cidade/Estado, por sua advogada que esta subscreve (procuração em anexo), vem respeitosamente
à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 319 e seguintes do Código de Processo Civil
Brasileiro, bem como, Lei nº. 8.213, de 24 de julho de 1.991, propor a presente
AÇÃO PREVIDENCIÁRIA de CONCESSÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA COM PEDIDO
LIMINAR
em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, autarquia federal criada
pela Lei nº. 8.029, artigo 14, de 12 de abril de 1.990, e pelo Decreto nº. 99.350, de 27 de junho de
1.990, com sede na Capital Federal e representação judicial na Cidade de XXX, na Rua XXX,
nºXXX, bairro XXXXX, pelos fatos e fundamentos abaixo expostos:
I – PRELIMINARMENTE
O autor não tem condições de arcar com as custas e despesas processuais, sem prejuízo do sustento
próprio e de sua família, fundamentando no artigo 5º, incisos XXXIV, letra a e LXXIV,
da Constituição Federal, e Lei nº 1.060/50 e legislações pertinentes, pelo que requer a concessão
dos benefícios da JUSTIÇA GRATUITA.
II - DOS FATOS
O autor sofre de Neoplasia Maligna, mais especificadamente Osteosarcoma de tíbia, desde 08 de
novembro de 2016, o que o torna incapaz de desenvolver as atividades laborativas habitualmente
desenvolvidas.

Em 26 de novembro de 2016, o autor passou a realizar tratamento médico, não tendo, contudo,
readquirido sua capacidade laborativa, em que pesem seus esforços e dedicação para se recuperar.

Em razão da doença, o autor foi submetido à amputação suprapatelar em 17 de março de 2017 e


atualmente realiza tratamento médico que consiste em quimioterapia adjuvante, com internações
freqüentes pelo período aproximado de 15 (quinze) a 20 (vinte) dias consecutivos sem previsão de
alta, sendo de difícil recuperação e demasiadamente demorado, não tendo, até o momento,
permitido ao autor melhora capaz de reabilitá-lo para o trabalho.

Assim, o autor necessita da proteção previdenciária, uma vez que continua sofrendo das limitações
impostas pelo Osteosarcoma, que o tornam incapaz para o trabalho.

Como conseqüência da manutenção do quadro médico do autor, afigura-se este como detentor do
direito ao benefício de auxílio-doença, já que não possui condições de desempenhar atividades
laborativas e consequentemente não possui outros meios de manter sua própria subsistência.

Em 14 de dezembro de 2016, o autor pleiteou o benefício do auxílio-doença perante o INSS e teve


seu requerimento indeferido sob o fundamento da não comprovação como segurado, apesar da
enfermidade ter sido reconhecida pelas perícias que realizou.

III - DOS FUNDAMENTOS


Os benefícios previdenciários destinados a assegurar a cobertura de eventos causadores de doenças,
lesões ou invalidez, encontram-se previstos na Lei nº. 8.213, de 24 de julho de 1991, nos
artigos 42 e 59, respectivamente, dependendo da caracterização da incapacidade ser temporária ou
definitiva caracterização de um ou de outro.
Sabe-se também que para o deferimento do pedido, é necessário que o autor preencha alguns
requisitos, e um deles é a qualidade de segurado, a qual é a condição atribuída a todo cidadão filiado
ao INSS que possua uma inscrição e faça pagamentos mensais a título de Previdência Social com
uma carência mínima de 12 contribuições.

Ocorre que, o caso em apreço não se enquadra nessa exigência, visto que a própria lei ampara o
requerente, vez que o mesmo sofre de Neoplasia Maligna o qual independe de tal carência, vejamos,
portanto o que diz o artigo 59, in verbis:
“Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o
período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade
habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.” (grifo nosso).
O próprio artigo em comento nos leva a entender que em alguns casos o período de carência exigido
nesta mesma lei não será um requisito a ser levado em consideração para a concessão do benefício.
Fica ainda mais cristalina esta afirmação após a leitura do artigo 26 do mesmo dispositivo legal,
vejamos:

"Independe de carência a concessão das seguintes prestações:


(...)

Inciso II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer


natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que,
após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em
lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3
(três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator
que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado." (grifo nosso)
Pois bem, o legislador com toda sua sabedoria especificou que em casos de enfermidade grave, o
segurado não ficará impedido de receber o benefício em razão da carência que a lei exige.

Não restando mais dúvidas quanto à exceção que o próprio diploma legal nos traz em relação à
carência, nos resta provar que o autor se encaixa no que até aqui foi afirmado, e para isso basta a
leitura do artigo 151 da lei 8.213/91, analisemos:
“Até que seja elaborada a lista de doenças mencionadas no inciso II do artigo 26, independe de
carência a concessão de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez ao segurado que,
após filiar-se ao RGPS, for acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase,
alienação mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia
irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante,
nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte demorfante), síndrome da deficiência
imunológica adquirida (aids) ou contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina
especializada."{artigo com redação determinada pela lei 13.135/2015} (grifo nosso).
A fim de salientar o direito do autor em ter seu pleito deferido, passamos a demonstrar que a
questão já foi passível de discussão tendo sido desfavorável ao INSS;

PREVIDENCIÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AUXÍLIO-DOENÇA. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA.


NEOPLASIA MALIGNA. CARÊNCIA. ART. 151DA LEI 8.213/91. CUMPRIMENTO DE CARÊNCIA.
DESNECESSIDADE. 1. A antecipação dos efeitos da tutela somente poderá ser concedida quando,
existindo prova inequívoca, o Juiz se convença da verossimilhança da alegação e do fundado receio
de dano irreparável ou de difícil reparação (art. 273, I e II, do CPC). 2. A parte agravada é portadora
de neoplasia maligna de colo de útero com quadro depressivo grave, além de outras enfermidades,
tendo seu pedido administrativo sido indeferido por falta de cumprimento de carência. 3. Nos
termos art. 151 da Lei n. 8.213/91, independe de carência a concessão de auxílio-doença, em caso de
neoplasia maligna. 4. Agravo não provido.
(TRF-1 - AG: 41502 MG 2009.01.00.041502-4, Relator: DESEMBARGADORA FEDERAL MONICA
SIFUENTES, Data de Julgamento: 06/10/2010, SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: e-DJF1
p.268 de 27/10/2010).

PROCESSUAL CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO PREVISTO NO ART. 557, § 1º DO CPC.


APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. CARÊNCIA. ART. 151 DA LEI 8213/91. I - De acordo com o
laudo pericial elaborado em 20.04.2010 (fl.41/46), restou comprovado que a autora é portadora de
insuficiência cardíaca secundária a miocardiopatia dilatada, estando incapacitada de forma total e
permanente para o exercício de atividade laborativa. II - A autora é portadora de cardiopatia grave,
enfermidade que dispensa o cumprimento da carência, estando abrangida no art. 151 da
Lei 8.213/91, o qual libera de carência tal doença. III - Agravo previsto no art. 557, § 1º do CPC,
interposto pelo INSS, improvido.
(TRF-3 - AC: 45613 SP 2010.03.99.045613-7, Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL SERGIO
NASCIMENTO, Data de Julgamento: 12/04/2011, DÉCIMA TURMA).

Assim, restou amplamente comprovado o direito que se funda o pedido do autor, tendo o INSS o
dever de deferir o benefício pleiteado como medida de inteira justiça, ressaltando que a data do
benefício deverá ser fixada nos termos do artigo 60 da lei 8.213/91, sendo no caso do autor a data de
24 de novembro de 2016.
IV – DA TUTELA DE EVIDÊNCIA
Desde logo, registre-se cuidar-se a pretensão autoral de requerimento com natureza alimentar, a
qual, com base na comprovação dos pressupostos dos artigos 294 a 311 do NCPC, entende ser
possível a obtenção de provimento favorável já em primeira instância, por meio de pedido de tutela
de evidência.
O Código de Processo Civil em vigência trouxe a possibilidade do pedido de tutela de evidência
como espécie de “antecipação dos efeitos da tutela” ligada a pedido incontroverso:

Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de


dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:

(...).

II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada
em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;

(...)

IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito
do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. Parágrafo único. Nas
hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. (Grifo nosso).
Na presente situação, além da evidente existência de teses jurisprudenciais e dispositivos legais que
corroboram com o pleito autoral, conforme fundamentação exposta nesta Inicial, cumprida também
está a exigência de que tudo o quanto relatado deva estar devidamente comprovado por robusta
documentação.

Como pode ser observado, o requerente acostou: (a) Cópias de laudos médicos atestando o quadro
clínico grave do autor; (b) Cópia da comunicação da decisão negativa do INSS; (c) Declaração de
hipossuficiência constatando o seu estado de miserabilidade.

Diante de todo o exposto, pugna pela concessão da tutela de evidência em caráter de


medida liminar inaudita altera pars, pela condenação da Ré a conceder-lhe o benefício
previdenciário pretendido, no prazo máximo de 30 dias.
V – DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer seja:

a) Concedido o benefício da justiça gratuita, para fins de eventual interposição de recurso perante a
Turma Recursal, por ser pobre nos termos da lei;
b) Deferida a tutela de evidência em caráter de medida liminar inaudita altera pars,
pela condenação da Ré a conceder-lhe o benefício previdenciário pretendido, no prazo máximo
de 30 dias;
c) Determinada a citação/notificação do INSS, na pessoa do seu representante legal, para que
responda a presente demanda, no prazo legal, sob pena de revelia;
d) RECEBIDA E PROCESSADA A PRESENTE AÇÃO, CONFIRMANDO-SE AO FINAL
DESTA A TUTELA DE EVIDÊNCIA EM FAVOR DO AUTOR E CONDENANDO O INSS A
CONCEDER-LHE O AUXÍLIO-DOENÇA REQUERIDO, bem como a pagar as parcelas
vencidas desde a data do requerimento administrativo, monetariamente corrigidas desde o
respectivo vencimento e acrescidas de juros legais moratórios, ambos incidentes até a data do
efetivo pagamento;
e) Requer, ainda, provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, notadamente
a documental.
- O autor ainda declara estar ciente de que: (1) os valores postulados perante o Juizado Especial
Federal não poderão exceder 60 (sessenta) salários mínimos; (2) deverá comparecer na data e
horário indicados para realização de perícia médica e audiências, se for o caso, sendo que o não
comparecimento acarretará a extinção do processo; (3) deverá comunicar qualquer alteração de
endereço, telefone ou e-mail no curso do processo.

f) A condenação do Órgão Requerido, no pagamento dos honorários advocatícios no percentual


equivalente a 20% sobre a condenação, conforme preleciona o art. 85 § 2º do Código de Processo
Civil.
Dá-se a causa o valor de R$XXXXXX (por extenso).

Termos em que,

Pede deferimento.
Cidade, 22 de novembro de 2017.

__________________________________

Advogado

OAB/XXXXXXX

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