1. CONCEITO
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Para esse posicionamento, o delinquente era propenso a cometer
atos antissociais ou criminosos, era caracterizado como portador de um conjunto de
anormalidades somato- psíquicas.
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A pena é a consequência da realização de um juízo de
culpabilidade, ou seja, de reprovação social em razão da infração cometida. A Medida
de Segurança, por sua vez, é a realização de um juízo de periculosidade exercido sobre
o sujeito que, apesar de não-culpável, incidiu na prática de fato típico e ilícito.
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Ao sujeito semi-imputável e periculoso, tendo cometido o fato
típico e antijurídico e recebido a culpa por este, o juiz deve aplicar o sistema vicariante,
em que se opta ou pela pena reduzida ou pela medida de segurança.
I - a reincidência;
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O art. 63, do Código Penal Brasileiro deve ser complementado
pelo art. 7º, da Lei das Contravenções Penais (LCP):
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questionados, inclusive no seu âmbito constitucional. Sendo assim, imperioso destacar
que os crimes considerados como de perigo, são aqueles onde a elementar do tipo cuida
de uma possibilidade de dano, que pode ser abstrata onde sequer exige a efetiva
demonstração do perigo, ou então de perigo concreto, que diferentemente do outro
precisará ser provado.
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Nesse sentido, vale destacar a paradigmática decisão da 1ª Turma do STF no HC
90.779/PR que afastou a tipicidade do comportamento de comerciantes flagrados
tendo em depósito produtos fabricados para o consumo sem registro no Ministério
da Saúde. O Tribunal reconheceu, nesse caso, que o crime é de perigo abstrato "mas
que é preciso a demonstração de que o produto está realmente impróprio para
consumo para que se caracterize o crime". Em outras palavras, exigiu a
caracterização da potencialidade lesiva para o recohecimento do crime de perigo
abstrato, no sentido aqui defendido.
Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a
contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado:
Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.
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A fixação da pena base consiste na análise subjetiva do Juiz de
oito circunstâncias judiciais, presentes no art. 59 do Código Penal. São elas:
culpabilidade, antecedentes, conduta social, personalidade do agente, motivos,
circunstâncias, consequências e comportamento da vítima.
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Sendo assim, um indivíduo poderá ter sua pena agravada pelo
fato de possuir uma personalidade reprovada pela coletividade, mesmo que isso não
venha a lesar bem jurídico alheio, mas que seja contrária à moral imposta pela
sociedade. Pretendeu o legislador atribuir ao Juiz aferição sobre a possível
periculosidade do agente, de modo a punir-lhe com maior gravame, em face dos riscos
que possa, em face do seu perfil, voltar a praticar conduta criminosa.
Neste sentido:
3. CONCLUSÃO
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