2º) Verificar se os alunos trouxeram seus apontamentos relativos aos casos concretos
(questões discursivas). Isto pode ser feito na medida em que o professor circula pela
sala e observa o material trazido pelo aluno. Pode também o professor rubricar todos
os apontamentos dos alunos, devolvendo-os em seguida, para posterior análise quando
da entrega da pasta no dia da PR1/PR2.
4º) Manter uma interação permanente entre o grupo, valorizando os itens que permitam,
eventualmente, a revisão de conteúdos acumulados.
Avaliação
A valoração da avaliação subjetiva será feita pelo professor com base na participação
do aluno nas aulas e no material entregue, obrigatoriamente, na data da prova. Os
apontamentos apresentados devem indicar a busca de uma solução para o caso concreto e
podem ser sucintos, não precisando exceder a quinze linhas.
Atenção: Para lançamento dos pontos (até 2,0), o professor deverá recolher a pasta do
aluno ou estabelecer, previamente, outro critério.
AULA 7 – Direitos reais sobre coisa alheia. Hipoteca e usufruto. Estudo de casos
concretos. Revisão da matéria.
CASO 01
José Manoel ingressa com ação de reintegração de posse contra Maurício Meirelles,
alegando, em síntese: ter adquirido o bem em janeiro de 2000 por escritura de compra
e venda registrada no RGI ; que o transmitente, Heitor, era legítimo proprietário do
bem; que a posse foi-lhe transmitida pelo vendedor mediante a cláusula constituti e
que, ao se dirigir ao imóvel para ocupá-lo, deparou-se com a presença do réu. Aduz,
ainda, que a ocupação de Maurício era fato desconhecido por Heitor.
SUGESTÃO DE GABARITO:
Acórdão da 6ª Câmara do Antigo Tribunal de Alçada Cível, na Apelação cível nº
12.907/90. Relator: Desembargador Sérgio Cavalieri Filho.
EMENTA:
REINTEGRAÇÃO DE POSSE. Inexistência de posse anterior. Ineficácia de cláusula de
imissão na posse. Inocorrência de constituto possessório. Ação de imissão na posse.
Não se concede a reintegração da posse a quem jamais foi possuidor. A cláusula de
imissão na posse, constante da escritura de compra e venda, é ineficaz com relação a
terceiro que antes do negócio já detinha a posse do imóvel. É que, sendo a compra e
venda forma de aquisição derivada, pressupõe a existência de um direito do titular
anterior. Se o alienante não mais detinha a posse, não pode transmiti-la ao
adquirente, por isso que ninguém pode transmitir mais direito do que tem. O
constituto possessório tem por pressuposto inevitável a permanência do transmitente
na posse, apenas mudando esta de qualidade, isto é, de em nome próprio para em nome
alheio. Logo, não há que falar em transmissão por constituto, embora assim aluda a
escritura, se o transmitente não mais detinha a posse e nem nela permaneceu em nome
alheio. O nome impropriamente atribuído a esta cláusula não muda a sua essência. A
ação de imissão na posse não foi abolida do nosso sistema processual, deixando
apenas de ser prevista como procedimento especial. O seu rito é o ordinário e
continua sendo a ação do proprietário sem posse contra o possuidor sem propriedade.
Provimento do recurso.
CASO 02
Paulo ficou residindo desde 1994 na França, onde concluiu seu curso superior,
especializando-se em medicina nuclear. Retorna ao Brasil, em dezembro de 2002, e toma
conhecimento de que seu avô, recentemente falecido, deixa-lhe como legado extensa
área de terra no Estado do Tocantins.
Dirige-se ao local, a fim de conhecer suas terras, e toma conhecimento da
ocupação de parte delas por 18 famílias, que ali estavam morando e plantando desde
1997, tendo os ocupantes, inclusive, formado uma pequena cooperativa.
Paulo pretende retomar suas terras e no dia 25 de janeiro de 2003 ingressa com a
ação competente.
Você na qualidade de advogado é procurado pelo representante da cooperativa. Como
os orientaria diante da nova lei civil em vigor desde o dia 11 de janeiro?
(Responda objetivamente e justifique)
SUGESTÃO DE GABARITO:
Trata-se de inovação do atual Código Civil que protege a posse-trabalho por
possuidores de boa fé, tendo o Poder Judiciário o exercício do poder expropriatório,
em casos concretos.
O parágrafo 4º do art. 1228 do CCB prevê a perda de extensa área de terra, se
ocupada por mais de 5 anos, em posse ininterrupta e de boa fé, por considerável
número de pessoas, havendo realização de obras e serviços de interesse social e
econômico relevante.
Em sede de usucapião, o art. 551 do Código Civil revogado previa o prazo de 15 anos,
entre ausentes, para tipificar o usucapião, nessa hipótese (posse ininterrupta e de
boa fé).
Todavia, o art. 2.028 do atual Código Civil determina que só serão obedecidos os
prazos da lei anterior se, na data da entrada em vigor do atual Código Civil, já
houver transcorrido mais da metade do tempo estabelecido na lei revogada.
Assim, como da data da entrada em vigor do atual Código Civil – dia 11 de janeiro de
2003 – não transcorreu sequer a metade do prazo exigido na lei revogada (que seria a
metade de 15 anos, ou seja sete anos e meio), a matéria será regulada pelo Código
Civil em vigor, ou seja, a perda da propriedade por Paulo. O juiz fixará justa
indenização, e, pago o preço, a sentença valerá como título para registro do imóvel
em nome dos possuidores, nos termos do parágrafo 5º do art. 1228 do atual Código
Civil.
CASO 03
Joana, condômina do Edifício Estrela, resolveu ocupar parte da área térrea em anexo a
sua área de serviço. Tal área pertence ao condomínio, todavia Joana a ocupa há cerca
de vinte anos, tendo construído muro que impede aos demais condôminos e funcionários
terem acesso à área. O síndico do referido condomínio, a pedido dos demais moradores,
ingressa com ação objetivando a demolição do muro construído. Joana, por seu turno,
ingressa com ação de usucapião.
Responda fundamentadamente:
a. Com base no sistema jurídico em vigor podemos afirmar que Joana adquiriu a
propriedade do espaço em litígio ? Justifique.
b. Pode o condômino utilizar-se de área comum com exclusividade?
SUGESTÃO DE GABARITO:
O gabarito da questão está no Acórdão da 15ª Câmara Cível na apelação 2004.001.05239,
Dês. Sergio Lúcio Cruz, em anexo.
CONDOMÍNIO
DEMOLIÇÃO DE MURO
USO EXCLUSIVO DE ÁREA COMUM
PRESCRIÇÃO NÃO CONSUMADA
AÇÃO DEMOLITÓRIA. CONDÔMINO QUE HÁ VÁRIOS ANOS MANTÉM POSSE. EXCLUSIVIDADE DE PARTE
COMUM.POSSE DECORRENTE DE MERA TOLERÂNCIA DO CONDOMÍNIO. BEM INSUSCETÍVEL DE
USUCAPIÃO, SENDO IMPRESCRITÍVEL A AÇÃO DOS DEMAIS CONDÔMINOS VISANDO FAZER CESSAR A
EXCLUSIVIDADE DE USO.INEXISTÊNCIA DE DIREITO POSSESSÓRIO DO CONDÔMINO. Pelo fato de
ocupar parte comum, durante anos, nenhum condômino tem direito de usucapi-la, não só
porque o exercício da posse sobre as partes comuns é praticado simultaneamente por
todos os condôminos, como, também, por serem elas inalienáveis.Nenhum condômino pode
embaraçar o uso da coisa comum pelos demais condôminos, não podendo dela desfrutar
com exclusividade. A ação dos demais condôminos, cessada a tolerância, é
imprescritível, podendo ser exercida a qualquer tempo. Arts. 10, IV, da Lei nº
4.591, de 16 de dezembro 1964, 623, I, e 640 do mitigo Código Civil, e 1.314 e 1.324
do novo Código Civil Precedentes do Tribunal e, mais especificamente, da Câmara.
Recurso Provido.
REVISÃO
a. 104, 215;
b. 104, 130, 1.245;
c. 108,215 e 1.245;
d. 1.245.
2. Sobre os vícios da posse, diga qual a opção correta: (25º Prova – OAB-RJ)
AULA 2
Usucapião. Espécies. Disciplina. Princípios. Estudo de casos. Revisão da matéria.
CASO 1
Heráclito ajuizou ação de usucapião contra Zeus fulcrada nos seguintes fatos:
b. pagou as prestações avençadas (60), mensais e sucessivas, tendo por última parcela
a data de janeiro de 1998. Mas, por não estar bem informado sobre questões
imobiliárias, não procurou o promitente vendedor para a outorga da escritura
definitiva;
Responda fundamentadamente.
SUGESTÃO DE GABARITO:
Heráclito poderia ter se valido da ação de adjudicação compulsória, mormente em
face da jurisprudência do STJ, que não mais exige o registro do título para ensejar
a adjudicação compulsória, ainda que o novo Código tenha expressamente previsto tal
necessidade no artigo art.º 1.417, o que representa um retrocesso, se for
considerado o enunciado de Súmula 239 do STJ.
Praticamente, o STJ não mais faz distinção entre ação adjudicatória e ação para a
outorga de escritura definitiva. (Aproveitar a oportunidade para destacar as reais
diferenças entre uma e outra).
Acórdão da 6ª Câmara do antigo Tribunal de Alçada Cível, na Apelação Cível nº
1465/92.
Ementa:
CASO 2
Hefestos ocupou área rural de 10 hectares, utilizando-a para sua moradia e tornando-a
produtiva. Tal ocupação ocorreu em 1997. Sustenta ser detentor de justo título e boa
fé, o que o colocaria ao abrigo tanto do artigo 1.239, como do artigo 1.242 do
Código Civil.
A prova dos autos evidencia que o título apresentado por Hefestos é um recibo
particular de compra e venda.
SUGESTÃO DE GABARITO.
O gabarito da questão está nos acórdãos abaixo.
O (a) professor (a) em sala de aula deverá abordar os seguintes tópicos: requisitos
para a usucapião extraordinário, ordinário e o previsto no artigo 1.239, com
observância do art 2.028 e 2.029 do C.C.B e o previsto do artigo 1.242.
(Poderá o professor, ainda, expor os conceitos de justo título e boa –fé).
“ A propriedade não se perde pelo não uso. No entanto, o fato positivo do usucapião
pode ser alegado como exceção, como defesa, para obstar a reivindicação. A
propriedade de per si não opera prescrição extintiva,mas é atingida pela prescrição
aquisitiva ... “ (VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil: Direitos Reais. São
Paulo : Atlas, 2001, p. 226)
REVISÃO
1.Tício esbulhou um imóvel urbano de 1.000m², de propriedade de Semprônio, ficando na
posse por 08(oito) anos, quando foi esbulhado por Caio, que permaneceu no imóvel por
1(um) ano. Sabendo que Caio não estabeleceu no imóvel esbulhado sua moradia habitual
e nem, tampouco, realizou qualquer tipo de obra ou serviço, diga, dentre as opções
abaixo, qual representa o lapso temporal ainda necessário para que Caio venha a
usucapir o imóvel. 26ª - Prova – OAB- RJ)
a. 1 (um) ano
b. 6 (seis) anos
c. 14 (quatorze) anos
d. Caio nunca irá usucapir o imóvel
2- O Código Civil considera possuidor todo aquele que tem, de fato, o exercício
pleno, ou não, de algum dos poderes inerentes ao domínio ou propriedade. Acerca da
posse, julgue as afirmações seguintes, atribuindo-lhes V (verdadeiro) ou F (falso) e
assinalando a alternativa que contenha a seqüência correta:
I - a posse direta é sempre temporária e baseia-se numa relação transitória de
direito.
II - a posse direta é derivada porque procede sempre de um intermediário;
III - a composse pressupõe pluralidade de sujeitos e coisa indivisa, no entanto, os
demais compossuidores ficarão privados temporariamente da utilização da coisa quando
um outro já estiver utilizando.
IV - a posse injusta, obtida por meio violento, não pode ser defendida pelos
interditos possessórios contra terceiros que venham a desejar arrebatá-la para si.
V - o possuidor esbulhado poderá ajuizar ação possessória para ver-se mantido na
posse, inclusive para obter o provimento judicial liminar sem ser ouvido o autor do
esbulho.
A) V F V V F
B) F F F V V
C) V V F F F
D) F V V F V
E) F F F V F
(MP – RN/2001 – Civil – Questão nº 38 – Gabarito “C”)
5 - À luz das normas legais que regem o instituto da prescrição, dispostas pelo
Código Civil vigente, assinale a afirmativa correta: ( 24º Exame da OAB RJ)
a. protesto cambial não interrompe a prescrição.
b. A prescrição consiste na extinção do direito subjetivo.
c. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das partes.
d. A prescrição corre entre os cônjuges na constância da sociedade conjugal.
AULA 3
CASOS CONCRETOS
CASO 01
SUGESTÃO DE GABARITO:
EMBARGOS DE TERCEIRO
AQUISIÇÃO DE IMÓVEL
FRAUDE
NÃO CONFIGURAÇÃO
CASO 02
Apolo comprou imóvel de Diana e após terem lavrado a escritura pública e efetuado o
registro, verificou-se ser a área enunciada na escritura maior do que a que constava
no registro.
Há, no direito brasileiro, ação ou medida jurídica que possa ser utilizada
objetivando a retificação da área? Justifique.
SUGESTÃO DE GABARITO:
Nos termos do artigo 212 e 213 da Lei 6015/73, como a nova redação dada pela lei
10.931/04, o registro imobiliário deve refletir a verdade. O prejudicado poderá
pleitear sua retificação registral ou através de processo próprio; todavia, deverão
ser citados os confrontantes.
CASO 03
Roberto foi casado pelo regime da comunhão de bens, antes da vigência da lei
6.515/77, e adquiriu um imóvel com 360 m2 na constância do casamento. Na separação o
casal requereu a averbação na matrícula do imóvel, o que foi feito, permanecendo 50%
para cada um. Anos depois, Roberto deseja vender seus 50% para a ex-mulher.
Sugestão de gabarito
Enquanto estavam casados pelo regime da comunhão de bens, eram comunheiros, ou seja,
todo o patrimônio pertencia aos dois concomitantemente e somente poderia ser
alienado com a concordância de ambos. Com a separação judicial, foi decidido que o
imóvel ficaria pertencendo igualmente aos dois, ou seja, cada um seria titular de
uma fração ideal de 50%, transformando a anterior comunhão de bens em simples
condomínio civil.
Tal partilha envolvendo o imóvel, apesar de já decidida judicialmente, somente
produzirá efeitos após o seu registro na serventia imobiliária competente. A simples
averbação da separação judicial (que é feita com a apresentação da certidão do
registro civil) não leva à presunção de que o imóvel foi partilhado na proporção de
50% a cada um, pois é possível, por exemplo, que a partilha determine que a ex-
mulher fique com a totalidade desse imóvel em epígrafe, enquanto ao ex-marido são
destinados bens móveis ou outro imóvel porventura existente. Há ainda a
possibilidade de esse imóvel ter sido destinado a um filho do casal, mediante doação
efetuada nos autos.
Somente após o registro do formal de partilha, poderá um dos condôminos alienar sua
parte ao outro condômino, destacando que, pelo Código Civil, o condômino tem
preferência ao estranho na aquisição do bem comum (artigos 504, 1.322 e 1.323).
Ou seja, ainda que Roberto quisesse vender sua fração ideal a terceiro, deveria
antes oferecê-la à sua ex-mulher, que teria preferência na compra, se pagasse o
mesmo valor que o estranho. Na matrícula do imóvel, consta que ambos são
proprietários, na condição de casados. Com a averbação da separação judicial, a
matrícula ficou incompleta, pois houve a notícia do fim da comunhão (é automática
com a separação), mas nada sobre a destinação do bem, ou seja, quem é ou quem são
agora seus proprietários. Para solucionar a questão, é indispensável o registro do
formal de partilha, porque somente com este ato é que se tornará público a quem foi
destinado o bem ou em quais proporções, se destinado a ambos. Depois de efetuado
esse registro, aí sim poderá ser lavrada uma escritura de compra e venda da fração
ideal à ex-mulher, que, após o registro desse título, passará a ser proprietária
exclusiva do imóvel. Em razão da venda deverá ser recolhido o ITBI sobre o valor da
venda, cuja guia deverá acompanhar a escritura.
REVISÃO
1. O objetivo do registro é:
2. O ato jurídico válido para quem o pratica, que não gera efeitos para outras
pessoas que dele não participaram, devido a algum impedimento externo extrínseco, é
denominado (Prova Juiz Minas Gerais/ 2000):
a) nulo.
b) ilícito.
c) ineficaz.
d) anulável.
e) inexistente.
a) o divórcio direto litigioso pode ser concedido sem que haja prévia partilha de
bens.
b) decorrido 1 ( um) ano do trânsito em julgado da sentença que houver decretado a
separação judicial, é automática a conversão em divórcio.
c) a separação judicial põe termo a todos os deveres conjugais.
d) na separação consensual, sejam quais forem as cláusulas da convenção, o juiz deve
homologá-la e decretar a separação judicial.
5. Sobre regime de bens nos casamentos celebrados na vigência do atual Código Civil,
é CORRETO afirmar que:
AULA 4
CASOS PRÁTICOS
CASO 01
SUGESTÃO DE GABARITO
CASO 02
SUSGESTÃO DE GABARITO:
Pelo contrato de mandato em causa própria, artigo 685 do C.C, o mandante transfere
todos os seus direitos sobre um bem, móvel ou imóvel, passando o mandatário a agir
por sua conta, em seu próprio nome, deixando de ser uma autorização, típica do
contrato de mandato, para transformar-se em representação. Ao transferir os
direitos, o mandante se desvincula do negócio, não tendo mais relação com a coisa
alienada, pelo que não há que se falar em extinção do contrato pela morte do
mandante. O contrato permanece válido e, em conseqüência, a procuração, que é seu
instrumento, mesmo depois do decesso do vendedor.
REVISÃO
1.Giselle recebe de Emanoel uma casa em Guapimirim, a título de doação, com eficácia
submetida a uma condição suspensiva, qual seja a de passar no vestibular para
Medicina, conforme escritura pública devidamente registrada no Cartório do Registro
de Imóveis. É correto afirmar-se, quanto à situação jurídica de Giselle, que:
(baseada na prova da OAB de mar/2000):
3.Túlio recebeu , em fevereiro de 1981, por doação de seus pais Atílio e Joana, um
lote de terreno, onde ergueu sua casa. Por falecimento dos mesmos, foi aberto o
inventário, já que deixaram bens e herdeiros. Quanto ao bem anteriormente doado a
Túlio, deve-se proceder:
a) Sendo João filho do casal, poderá receber qualquer bem, de qualquer valor sem
necessidade de trazê-lo à colação.
b) Será procedida à colação do mesmo pois, em não ocorrendo menção expressa de que
teria sido doado da parte disponível, representa adiantamento da legítima, além do
que, deverá também ser verificado se a doação não foi inoficiosa.
c) Será partilhado tal bem entre os dois herdeiros.
d) Não será trazido à colação.
AULA 5
CASOS CONCRETOS
CASO 01
Hermes prometeu comprar de Lide Construções Ltda. O imóvel da Rua Y, número 2, por
contrato de promessa de compra e venda, lavrado por instrumento público não levado a
registro. Hermes, após quitar pontualmente suas obrigações pecuniárias, procura a
vendedora para lavratura de escritura definitiva, quando é surpreendido com a
constatação que a vendedora não mais existe. Pretendendo regularizar a situação de
seu imóvel, Hermes contrata os seus serviços de advogado (a).
SUGESTÃO DE GABARITO
DES. LUIS FELIPE SALOMÃO - Julgamento: 03/05/2005 - DÉCIMA SEGUNDA CÂMARA CÍVEL
ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA. PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. PROVA DOCUMENTAL QUE
DEMONSTRA, EM PRINCÍPIO, A EXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA ENTRE AUTOR E RÉUS, BEM
COMO A QUITAÇÃO DO VALOR ACORDADO. INÉRCIA DO PROMITENTE/VENDEDOR EM OUTORGAR O
CONTRATO DEFINITIVO. DESNECESSIDADE DO REGISTRO DO CONTRATO NO RGI, PODENDO O AUTOR
UTILIZAR-SE DESTA DEMANDA PARA OBTER O TÍTULO AQUISITIVO DO BEM. RECURSO PROVIDO
PARA, ANULADA A SENTENÇA, SE DETERMINAR O PROSSEGUIMENTO DO FEITO
CASO 2
SUGESTÃO DE GABARITO :
REVISÃO
AULA 6
CASO 1
Construtora AXZ Ltda. foi incorporada pela LAZC Construtora Ltda. O motivo da
incorporação foi o insucesso da primeira no empreendimento MORAR BEM. A Construtora
AXZ não conseguiu cumprir a obrigação de construir os cinco blocos de apartamentos no
terreno da segunda, bem como entregar-lhe seis unidades de cada um dos blocos. Josefa
Almeida, promitente compradora da unidade 201 do bloco 02, não concordou com os
termos da renegociação, resultante da incorporação, e ingressa em juízo pleiteando a
devolução de todo o valor pago, acrescido de juros e correção monetária.
José Carlos herda de sua avó Solange extensa área urbana, e resolve criar no local um
condomínio horizontal de lotes. Para regularizar a situação procura Marcelo, advogado
e melhor amigo de sua irmã, Josilene, que relata a impossibilidade jurídica de tal
figura.
Há fundamento legal e doutrinário para o parecer de Marcelo ? Justifique.
O artigo 8º da lei 4.591/64 poderá ser utilizada para solução do caso, mormente em
razão do advento do atual Código Civil ? Justifique.
Sugestão de gabarito
A possibilidade da criação da figura jurídica do condomínio horizontal de lotes é
tema altamente controvertido na doutrina e na jurisprudência, pois usualmente
prepondera o condomínio de unidades autônomas já construídas, em que se atribui a
cada imóvel uma fração ideal do terreno, devendo o projeto de construção ter sido
aprovado pela autoridade municipal, além da obrigatoriedade da existência de um
memorial descritivo assinado por profissional habilitado. A doutrina mais
tradicionalista não admite o condomínio de lotes, já que não existe legislação
específica sobre o tema, porém corrente de vanguarda admite esta figura jurídica, e
defende sua aplicabilidade tanto para imóveis urbanos, quanto para os rurais.
A lei 4.591/64 não teria sido ab-rogada pelo novo Código Civil em razão de o atual
Código não dispor integralmente sobre as relações disciplinadas na mencionada lei.
REVISÃO
5 - Quanto à responsabilidade civil aquiliana pode-se afirmar: ( 25º Exame da OAB RJ)
AULA 7
Direitos reais sobre coisa alheia. Hipoteca e usufruto. Estudo de casos concretos.
Revisão da matéria.
CASO 1
Sugestão de gabarito
Tem seu fundamento na Súmula 308 do STJ com o seguinte verbete: “A hipoteca
firmada entre construtora e o agente financeiro, anterior ou posterior à celebração
de promessa de compra e venda, não tem eficácia perante os adquirentes do
imóvel”.Loo a medida cautelar inominada é aplicável ao caso para que o agente
financeiro se abstenha de qualquer procedimento extrajudicial.
Distribuindo-se em seguida ação principal em trinta dias, contados
do deferimento da liminar.
CASO 2
Sérgio pretende comprar um imóvel no nome dos pais, Valdir e Rosilene. Sua
preocupação é que após o falecimento dos genitores e por ocasião da partilha dos
bens, perca qualquer vantagem sobre o imóvel, tendo que dividi-lo igualmente com seus
irmãos. Sérgio procura você na qualidade de advogado e relata que na verdade deseja
deixar o bem para que seus pais usassem o mesmo enquanto vivos, e que depois tal bem
retornasse ao seu patrimônio.
Sugestão de gabarito
REVISÃO
a) válida.
b) nula.
c) ineficaz, se não for estipulada por escritura pública.
d) essencial para a existência da garanta real.
e) anulável, se provada a coação do credor.
3)O usufruto
(A) de imóveis, quando resulte do direito de família, dependerá de transcrição no
respectivo registro.
(B) transfere o domínio ao usufrutuário.
(C) confere ao usufrutuário as crias dos animais, deduzidas quantas bastem para
inteirar as cabeças de gado existentes ao começar o usufruto.
(D) não se extingue pela consolidação.
(E) só pode recair em bens imóveis.
(MP – PA/ X – Civil – Questão nº 39 – Gabarito “C”)
4)Sobre a disciplina dos direitos reais de garantia no novo Código Civil, é CORRETO
afirmar que:
(A) qualquer que seja a espécie de penhor, sua constituição sempre pressupõe a
transferência efetiva da posse pelo devedor ao credor de coisa móvel, suscetível de
alienação.
(B) são direitos do credor pignoratício reconhecidos no novo Código Civil, entre
outros: o de apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu poder;
o de promover a venda antecipada, independentemente de prévia autorização judicial,
sempre que haja receio fundado de que a coisa empenhada se perca ou deteriore.
(C) na excussão judicial da garantia hipotecária, realizada a praça, o executado
poderá, até a assinatura do auto de arrematação ou até que seja publicada a sentença
de adjudicação, remir o imóvel hipotecado, oferecendo preço igual ao da avaliação.
Igual direito caberá ao cônjuge, aos descendentes ou ascendentes do executado.
(D) o penhor de veículos só se pode convencionar pelo prazo máximo de 1 (um) ano,
prorrogável até o limite de igual tempo.
(E) a hipoteca não pode jamais ser constituída para garantia de dívida futura ou
condicionada, ainda que determinado o valor máximo do crédito a ser garantido.
(TJ-MG-2003/2004 – Civil – Questão nº 10 – Gabarito “C”)
AULA 8
CASO 1
Segunda-feira, 14 de março de 2005 - IPTU de imóvel deve ser pago pelo inquilino,
conforme o contrato
O Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) deve ser pago pelo locatário do imóvel
conforme estabelecido nas relações contratuais entre proprietário e inquilino, não
havendo qualquer mudança provocada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Uma
decisão da Segunda Turma do STJ referente à cobrança do tributo feita à Barrafor
Veículos, no município do Rio de Janeiro, levou veículos de comunicação a uma
interpretação errada, o que provocou reações de pessoas nos mais diversos pontos do
país.
Entusiasmado, liga imediatamente para Félix, seu advogado, para perguntar se precisa
continuar pagando o IPTU do imóvel que aluga.
Há embasamento legal para que Adalberto deixe de pagar o IPTU conforme foi
convencionado no contrato de locação firmado com Félix ?
Pelo Código Tributário Nacional, qual é o fato gerador do IPTU e quem é o
contribuinte?
Pesquise o fundamento fático e legal da decisão da 2ª Turma do STJ.
Sugestão de gabarito
Não há embasamento legal para que Adalberto deixe de pagar o IPTU, pois o artigo 22
da lei do Inquilinato, 8.245/91, prevê que o locador pagará tal tributo, desde que
não tenha acordado de modo diverso.
“Dos deveres do locador e do locatário:Art. 22. O locador é obrigado a: VIII - pagar
os impostos e taxas, e ainda o prêmio de seguro complementar contra fogo, que
incidam ou venham a incidir sobre o imóvel, salvo disposição expressa em contrário
no contrato”
Foi sustentado no voto que o pacto estabelecido entre a empresa e a Infraero, com a
obrigação da primeira de recolher os valores referentes ao bem imóvel, não
transferia a responsabilidade, porque "esse fato não lhe dá qualidade de
contribuinte do tributo", pois, as convenções particulares relativas à
responsabilidade pelo pagamento de impostos não podem ser opostas à Fazenda Pública,
segundo o artigo 123 do Código Tributário Nacional. Assim, concluiu-se que o
município do Rio não tem o direito de cobrar o IPTU da Barrafor Veículos Ltda..
( RESP 685316)
CASO 2
Sugestão de gabarito
REVISÃO
AULA 9
CASO 1
Francisco firma contrato de locação residencial com Antônio. Ultrapassados 15 meses
de duração do contrato, Francisco necessita de dinheiro para fazer uma viagem e
resolve vender o imóvel. Conversando com Antunes, seu colega de trabalho, descobre
que a secretária da empresa, Dona Marisol, está a procura de um imóvel com as
características do seu. Convencido de que “tirou a sorte grande”, procura Marisol,
que lhe diz não ser necessária qualquer visita ao imóvel, pois esteve visitando-o
quando o mesmo se encontrava anunciado para locação, e lhe entrega de pronto o sinal
para a compra do bem. Após formalizada a escritura e efetuado o pagamento integral do
preço, Antônio recebe uma correspondência de Francisco, comunicando a venda do bem
locado. Antônio ao receber a correspondência, fica frustrado, pois seu desejo era o
de adquirir o bem.
CASO 2
Vinicius deseja alugar um imóvel e procura a imobiliária MORAR BEM Ltda. Após
escolher o imóvel, é informado pelo advogado da referida imobiliária que deveria
oferecer como garantia a fiança e a caução imobiliária.
Sugestão de gabarito
REVISÃO
AULA 10
CASOS PRÁTICOS
CASO 01
Adelino alugou o imóvel de Sampaio para residir com a família. O contrato de locação
era por 36 meses. No final do 24º mês, Adelino sofre um infarte e acaba morrendo.
Adelino morreu no estado civil de viúvo e residiam no imóvel, com ele, seus dois
filhos, João e Alberto e a filha de sua finada esposa, Cibelle. João e Alberto eram
maiores, mas não trabalhavam e Cibelle não achava justo que passasse a pagar sozinha
o aluguel, por isso mudou-se. João e Alberto continuaram ocupando o imóvel sem honrar
com as despesas do aluguel. Sampaio move ação de despejo por falta de pagamento em
face do espólio. João foi citado.
SUGESTÃO DE GABARITO:
CITAÇÃO - Ação de despejo contra espólio - Herdeiro não citado - Irrelevância - Sub-
rogação legal que visa preservar o grupo familiar e não a individualidade de cada
herdeiro - Aplicação dos artigos 46, I, do CPC, e 2º da Lei nº 8.245/91.
E M E N T A
DESPEJO - MORTE DO LOCATÁRIO - SUB-ROGAÇÃO DOS HERDEIROS - CITAÇÃO NA PESSOA DE UM
DELES - SOLIDARIEDADE PASSIVA - ADMISSIBILIDADE - INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS 2º E 11,
INCISO I DA LEI 8.245/91 C/C ARTIGO 46, I DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. O locador,
para fazer cumprir corretamente o contrato de locação pelos herdeiros do falecido
inquilino, pode propor ação de despejo contra qualquer um dos sub-rogados com esteio
do que dispõe o artigo 2º e 11, I, ambos da Lei 8.245/91 combinados com o artigo 46,
I do Código de Processo Civil.
Ap. c/ Rev. 462.398 - 1ª Câm. - Rel. Juiz SOUZA ARANHÁ - J. 26.8.96, "in" JTA (LEX)
161/371
E M E N T A
LOCAÇÃO - MORTE DO LOCADOR - SOLIDARIEDADE ENTRE HERDEIROS - EXEGESE DO ARTIGO 10 DA
LEI 8.245/91 Por força do disposto no artigo 10 da Lei 8.245/91, há solidariedade
entre os herdeiros no tocante ao credito de aluguéis deixado pelo falecido locador.
Ap. c/ Rev. 428.190 - 8ª Câm. - Rel. Juiz NARCISO ORLANDI - J. 30.3.95
CASO 02
Sugestão de gabarito
Ap. nº 48.2900-00/3 - São Paulo - Rel. Juiz Vieira de Moraes - j. 16.06.97 - v.u.
A regra é a de que o sucessor dominial do imóvel locado, que não denuncia o contrato
no prazo previsto, passa a ser o locador, porque se presume sua "concordância na
manutenção da locação" (Lei nº 8.245/91, artigo 8º, 2º), com evidente reflexo na
consignatória.
De resto, a coisa julgada formal dos anteriores processos não se projeta no tempo e
de modo indefinido, se diversas são as circunstâncias, como o são na espécie" (fls.
181 e 182).
III - Com efeito, a locação, se não prorrogada por novo ajuste formal entre os
contratantes, avança, além da vigência do prazo fixado no contrato, por força de
lei, a tempo indeterminado, ou como decorrência de decisão judicial que a renova, a
tempo certo.
Passa a avença, daí, a ser ditada pelos mesmos termos do contrato inicial - se
prorrogada por tempo indeterminado e por força de lei - ou pelas condições fixadas
na decisão judicial - se decorrente de tal. De um ou outro modo, não se confunde com
a relação negocial originária resultante de livre convenção entre as partes,
estabelecendo-se outra, nova, porque não é o contrato que se protrai, mas, sim, a
locação.
E M E N T A
ILEGITIMIDADE PASSIVA 'AD CAUSAM'. IMÓVEL ALIENADO. Comprovada, nos autos, a
ilegitimidade passiva 'ad causam' do réu, ex-locador, que já havia alienado o imóvel
a data da propositura da ação, como e' reconhecido pelo autor na própria inicial, e'
de confirmar-se a sentença que deu pela extinção do processo, nos termos do art.
267, VI, do CPC. Se o autor tinha duvida sobre o direito do credor, adquirente do
imóvel, a receber o montante das prestações oferecidas, cabia-lhe cita-lo nos termos
do art. 975 do CC, para a prova desse direito, não cabendo ao réu, alienante, mandar
o terceiro interessado receber, como foi requerido na inicial.
P A R T E S
xxxxxxxxxxxxxxx
Ementário: 16/82
Num. ementa: 19926
CASO 03
Cláudio celebrou contrato de locação de imóvel comercial com Empresa Funil. Algum
tempo depois, Cláudio celebra escritura de compra e venda do imóvel com Bernardo, não
levado, contudo, o registro. Após, a Empresa Funil ingressa com ação renovatória em
face de Cláudio. Esse, por sua vez, alegou não ter legitimidade passiva, pois não é
mais o proprietário.
REVISÃO
AULA 11
CASOS PRÁTICOS
CASO 01
O condomínio do Ed. Belo Mar, por sua administração, promove ação de cobrança contra
Posseidon, por inadimplir diversas cotas condominiais. Tais cotas inadimplidas
encontram-se compreendidas entre os meses de outubro de 2002 a março de 2003. O
magistrado prolatou sentença condenando o réu-condômino ao pagamento das cotas,
acrescidas de multa de 20% sobre cada qual, com atualização monetária e juros de 1%
ao mês, desde a data de ajuizamento da ação, além de honorários de sucumbência.
SUGESTÃO DE GABARITO.
EXECUÇÃO - Condomínio obrigação propter rem.
COBRANÇA DE COTAS CONDOMINIAIS. MULTA APÓS A ENTRADA EM VIGOR DO NOVO CÓDIGO CIVIL.
ART. 1.336, §1º DO NCC. INCLUSÃO DAS COTAS VENCIDAS ATÉ A DATA DO EFETIVO PAGAMENTO.
1. Trata-se de ação de cobrança de cotas condominiais em atraso, prevista no art. 12
da Lei nº 4.591/64 em consonância com o Código Civil vigente. 2. E aplicável o art.
1336, §1º do NCC, nas relações jurídicas firmadas a partir de sua entrada em vigor,
ou seja, a partir de janeiro de 2003. Portanto, até esta data, aplica-se a convenção
condominial deliberada pelos próprios condôminos, em assembléia. 3. Deve ser
reformada a decisão monocrática para que a partir da entrada em vigor do Novo Código
Civil, incidam a multa de 2% sobre o débito, na forma do art. 1.336 do citado
diploma legal. 4. E cabível a inclusão, na condenação da sentença guerreada, das
cotas condominiais vencidas até a satisfação integral da obrigação, a forma do art.
290 do CPC, por consistir a obrigação em prestações periódicas, de trato sucessivo.
5. Provimento parcial do apelo.
CASO 02
SUGESTÃO DE GABARITO:
1. Até janeiro de 2003, não havia violação à lei quanto à cobrança da multa, pois
o limite de 20% era aquele permitido pela lei 4591. A partir da entrada em vigor do
CCB, a situação jurídica foi modificada em razão do que preceitua o art. 1336, §
1º que dispõe que o limite máximo da imposição da multa moratória será de 2%, não
podendo haver estipulação acima de tal patamar.
2. Em regra, a manutenção do animal não deve ser permitida, ao menos enquanto não
se modificar a convenção e a alegada prática costumeira contrária a convenção não
tem o poder de revoga-la, sendo necessária a alteração daquela.
REVISÃO
1)Entre Alberto e Tereza estabeleceu-se condomínio que incidiu sobre bem de natureza
imóvel. Em razão desse direito, é INCORRETO afirmar que cada condômino pode :
(A) alterar a coisa comum para tornar seu uso mais adequado;
(B) gravar sua parte indivisa;
(C) alhear sua parte, respeitado o direito de preferência do outro condômino;
(D) contrair dívida em proveito da comunhão;
(E) requerer a cessação da indivisão, após 5 anos de seu estabelecimento, se tal
estado foi previsto em testamento.
(TJ-MG-2002/2003 – Civil –Questão nº 1 – Gabarito “A”)
CASOS PRÁTICOS
CASO 01
Sugestão de gabarito
Resposta - STJ: Recurso Especial 43651/SP; Relatora Min. Eliana Calmon; julgado
em 07/12/1999 - 2ª Turma. (em anexo)
CASO 02
CARIOCA IMOBILIÁRIA LTDA tem o domínio sobre faixa de terreno de 3.600 m², que liga a
Avenida Salvador à Ilha das Pedras. Tal ilha foi cedida pelo Estado ao Município, de
forma gratuita, para que este ente da federação pudesse desempenhar a gestão do seu
sistema rodoviário, o que ensejou a transformação (por meio de ato administrativo do
Prefeito) da faixa de terra pertencente à Imobiliária em logradouro público,
tornando-a uma servidão administrativa.
Irresignada, a Imobiliária ingressa em juízo em face do Município, para que este seja
condenado a indenizá-la, já que o que ocorreu, de fato, foi uma desapropriação
indireta, que esvaziou economicamente aquele bem.
Contesta o Município. Aduz sua ilegitimidade para ocupar o pólo passivo da demanda,
já que é apenas o cessionário da ilha, cujo acesso se dá pela faixa de terreno da
autora. Pugna pela extinção do processo sem julgamento do mérito, por faltar uma das
condições da ação.
Esclareça como deverá ser decidida a lide e sob qual fundamento legal.
Sugestão de gabarito
REVISÃO
2)Segundo o artigo 526 do Código Civil, "a propriedade do solo abrange a do que lhe
está superior e inferior em toda a altura e em toda a profundidade, úteis ao seu
exercício".
Este direito:
(A) não mais compreende a livre exploração dos recursos minerais encontrados no
subsolo, porque estes pertencem à União.
(B) só prevalece caso não prejudique o direito de quem é proprietário do imóvel
vizinho, há mais de vinte anos, de continuar com vistas para as paisagens naturais.
(C) equivale a um usufruto, podendo ser destacado da propriedade imóvel.
(D) tem apenas a natureza de uma servidão aparente, que pode ser alienada para
exploração mineral ou do potencial turístico.
(E) se harmoniza com a Constituição Federal, que assegura ao proprietário todas as
faculdades inerentes ao domínio, salvo no caso de desapropriação.
(TRF5-V – 14/08/03 – Direito Civil – Questão n.º 42 – Gabarito “A”)
3)Pedro edificou, de boa-fé, casa em terreno que acreditava lhe pertencer na
totalidade. Constatou, porém, após o término da construção, que por um erro da
descrição das linhas limítrofes de seu registro, parte da edificação invadiu metade
do terreno de seu vizinho. Assim, parte da casa encontra-se em terreno próprio e
parte ocupa metade do terreno alheio. Marque, a seguir, a alternativa CORRETA.
(A) Pedro adquirirá a propriedade da área invadida, devendo pagar o décuplo do valor
do terreno perdido e o da desvalorização da área remanescente.
(B) Pedro, embora esteja de boa-fé, terá que demolir a parte da construção que
invadiu o terreno alheio, ainda que com grave prejuízo para a edificação.
(C) Pedro, independentemente de sua boa ou má-fé, adquire a propriedade da parte do
solo invadido, mediante o pagamento de indenização correspondente ao valor do terreno
objeto da invasão.
(D) Pedro adquirirá a propriedade da parte do solo invadido apenas se o valor da
construção exceder o valor do terreno.
(E) Estando Pedro de boa-fé, adquire a propriedade da parte do solo invadido, e
responde por perdas e danos que abranjam o valor que a invasão acrescer à
construção, mais o da área perdida e o da desvalorização da área remanescente.
(TJ-MG-2003/2004 – Civil – Questão nº 11 – Gabarito “E”)
AULA 13
CASO 01
Joana compra uma bela casa na cidade do Rio de Janeiro. Duas semanas após a compra,
tendo se mudado para a casa, Joana e sua família começam a se sentir incomodados com
uma janela da casa vizinha, aberta a 80 cm da linha divisória entre os dois terrenos.
Embora a família vizinha seja sociável, Joana se sente invadida em sua privacidade e
decide tomar uma providência. Os vizinhos argumentam que aquela situação já existia
em relação aos antigos proprietários da casa de Joana, com quem conviveram ao longo
de 8 anos. Joana, pesquisando o Código Civil, vê que os artigos 1301 e 1302 proíbem
janelas abertas a menos de metro e meio da linha divisória entre dois imóveis
urbanos. Ela também percebe que o Código dá ao prejudicado o prazo de um ano e um dia
para reclamar.
Pergunta-se:
1) O direito previsto no artigo 1302 do Código Civil é subjetivo ou potestativo?
Sugestão de gabarito
O direito de fechar janela em casa vizinha, sem a participação ou até mesmo contra a
vontade de seu dono é potestativo. Um dos envolvidos tem um direito-poder o outro se
encontra em estado de sujeição. Quando um direito potestativo tem prazo para ser
exercido trata-se de prazo decadencial. O prazo decadencial é fatal, não se
suspende, não se interrompe. Não seria razoável que o dono da casa vizinha se visse
em estado de sujeição a cada vez que o imóvel contíguo mudasse de proprietário.
DES. JORGE LUIZ HABIB - Julgamento: 11/05/2004 - DÉCIMA OITAVA CÂMARA CÍVEL
POSSIBILIDADE
ABERTURA DE JANELAS A MENOS DE METRO E MEIO DO VIZINHO
AUSÊNCIA DE PREJUÍZO
Sugestão de gabarito
REVISÃO