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Seis crianças perseguindo três gatos de sete vidas cada, que dá um total de vinte e uma, mais

seis, igual vinte sete. Que bosta, parece mais aquelas musiquinhas tipo catchy que cantavam
pra gente no primário, sempre odiei essas merdas. Eu tava no meio, então coloca aí mais uma:
vinte e oito. Agora elas ainda estão lá, eu consigo ouvi-las, mas eu estou aqui num quarto que
nem meu é, depois de fingir ser louco, gritar bem alto, embora aquilo não tenha liberado nem
um terço das minhas cargas internas que deixam meu corpo tão pesado, tão impuro. O que eu
disse pras crianças foi muito cruel, mas elas nem ligaram, porque eu vi com estes meus olhos
cansados que em cada rosto havia um sorriso, aquele tipo de sorriso que estranha, que revela
uma diversão interna tão estranha, tão esquisita, tanto que se comenta. Sim, se comenta. O
que me impressiona é que no fundo ainda ligo pra essas coisas. Acho que menos que antes,
mas ainda assim. É vergonhoso pra mim. Eu às vezes me sinto assim. Hoje tudo foi tão chato,
mas na chatice aprendi algumas coisas que não sabia. Ou não necessariamente. É impróprio
por desta maneira, acho. Talvez ‘descobri’ seja mais apropriado. Tem esse documentário sobre
América Latina que desde ontem tento assistir, sem sucesso. Como sou eu um rapaz latino-
americano é odiável a minha ignorância sobre minha terra. Eu estou tentando fazer um
esforço, não é o suficiente ainda. Tudo que sei sobre minha terra aprendi em antigas palavras
metafóricas de um grande autor que li no dia da morte de uma antiga louca. Curiosamente
este autor morreu depois que li sua obra maior. Resultado da loucura que anda por sobre a
face da Terra procurando uma mente para dela se alimentar, e o banquete não tem fim, não
tem fim porque sempre se renova. Loucura é o combustível que move o Universo, e o Universo
é o que mesmo? Eu sei lá! Eu sou o Universo. Porra, isso tá muito Clarisse Lispector? Tô lendo
Clarisse Lispector, primeira vez que a leio. É estranho pra cacete. Eu me sinto estranho lendo
aquele livro dos prazeres. Talvez ele ensine encontrar o prazer na tristeza? Nem sei, só sei que
nunca fui tão triste. Tristeza tem suas utilidades. A maior delas é apagar um pouco a
mediocridade gritante da felicidade sem motivos. Escrevo isto aqui ouvindo Radiohead, e aí?
Talvez eu goste da tristeza mesmo, ou talvez eu goste de não gostar dela, ou talvez ainda ela
goste de mim, ou talvez o caso não seja nada disso. Eu nem sei por que escrevo sobre mim.
Minha vida é uma bosta pálida, doente. Meu intestino funciona tão irregularmente! No que
diabos eu tô me tornando? Vou pegar minhas tintas. Que cansaço! Que falta de assunto, que
falta. Isto tá perto de acabar, eu sei. Nada vale coisa nenhuma, pra quê gastar tempo? Oh, eu
sei: Porque tempo também não vale nada! Nada vale nada hahaha! Calem-se dedos! Eu não
sei porra nenhuma, desculpa? Me desculpa? Meu ser, me desculpa? Vai se foder, cara. Vai
arrumar a tua cama; se trata, seu perturbado! Não, morre logo que é melhor. Ah, esqueci,
você dorme na rede hahaha. Devia dormir pra sempre, tenta isso next time, valeu? Você
parece o Thunderbird misturado com o Pc Siqueira, já te falaram isso? Já, tenho certeza, seu
covarde. Sei que você agora tenta comparar pessoas em sua aparência. Porque tudo te
traumatiza, né? Ridículo.

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