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TECNOLOGIA

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Em novo livro, James Gleick
faz arqueologia da era da
informação a partir do
advento do bit
‘A informação’ narra as revoluções científicas que levaram à
enxurrada de dados da atualidade

POR RENNAN SETTI  


 
24/05/2013 11:56

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RIO — Uma coincidência temporal e geográfica marca o ponto de

virada do que hoje chamamos de era da informação. Em 1948,


cientistas do Bell Labs — centro de pesquisas da AT&T, mastodonte da
telefonia nos Estados Unidos — inventaram um componente

minúsculo e barato para substituir as enormes válvulas que, à época,


controlavam o fluxo de energia em eletrônicos. O transistor, como o
EM DESTAQUE advento
Apple foi batizado, rendeu aos seus criadores o Nobel de Física oito
e Facebook
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anos depois e proporcionou a miniaturização dos computadores nas
décadas seguintes. “Mas esse foi apenas o segundo avanço mais

importante daquele ano” a surgir no mesmo Bell Labs, escreve James


Gleick em “A informação: uma história, uma teoria, uma enxurrada”

(tradução de Augusto Calil; Companhia das Letras, R$ 59,50), que


chega ao Brasil nesta sexta-feira.

Poucos meses depois de o transistor ser apresentado, um tímido

matemático de 32 anos com experiência em criptografia de guerra


publicou na revista técnica do Bell Labs artigo intitulado “Uma teoria

matemática da comunicação”. Em 79 páginas, Claude Shannon propôs um


método para mensurar a informação, grandeza conhecida de todos mas que

ninguém conseguira definir até então. Assim, medir o volume de informação


transmitido em uma linha telefônica seria tão possível quanto calcular
distâncias, massas e tempo. À unidade básica dessa grandeza Shannon deu o
nome de “bit”, que carrega a menor informação possível, uma escolha

binária entre 1 ou 0, verdadeiro ou falso etc.

Leia neste link um trecho de “A informação”

— É a capacidade de medir grandezas que as torna adequadas à ciência. Isso


aconteceu em vários momentos da história. Há 400 anos, energia era uma
palavra de uso geral mas, enquanto não se podia medi-la, a ciência não podia

progredir nem entender aquilo que conheceríamos como termodinâmica —


conta Gleick ao GLOBO, por telefone.

De tambores africanos a um tipo desconhecido de telégrafo

Shannon morreu em 2001 sem ter ganho um Nobel, mas é a ascendência de

sua teoria sobre o transistor que guia “A informação”. O livro — um best-


seller do “New York Times” e vencedor do prêmio Winton da prestigiosa
Royal Society — concentra esforços em esmiuçar as ideias científicas que
impulsionaram a revolução digital, não os incrementos de hardware. Em vez

de Steve Jobs, Bill Gates ou mesmo do “pai da internet” Vint Cerf, os heróis
da história são figuras obscuras para o público, como o próprio Shannon
(protagonista), o matemático Alan Turing, o inventor Charles Babbage, o
biólogo James Watson e o físico John Archibald Wheeler.

À semelhança do assunto fugidio de que trata, a narrativa percorre vasto

período da história com pouco apreço pela cronologia. Depois de um prólogo


sobre a pedra fundamental lançada por Shannon, o leitor é transportado ao
Congo para entender como nativos recorriam à redundância para, apenas
com o batucar de seus tambores, propagar mensagens complexas por longas

distâncias. Por incrível que pareça, explica Gleick alguns capítulos depois, a
técnica tonal dos africanos perdurou como o método mais sofisticado do
mundo para transmissão de informações à distância até o fim do século

EM DESTAQUE XVIII,
Apple quando o francês Claude Chappe inventou o telégrafo.
e Facebook
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Mas não se tratava do telégrafo que conhecemos — que Samuel Morse

popularizaria na década de 1840, história que “A informação” também conta


em detalhes. O engenho que Chappe lançou durante a Revolução Francesa
consistia em braços mecânicos localizados no topo de torres de 20 metros de
altura, podendo ser vistos de muito longe. As posições desses braços

sinalizavam palavras ou frases inteiras em um elaborado código criado por


Chappe. A mensagem era transmitida em revezamento entre as torres,
localizadas cerca de dez quilômetros umas das outras. Quando chegou ao
poder, Napoleão adotou a ideia.

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Também merece muitas páginas no livro histórias sobre a origem da

escrita, o nascimento de dicionários, o conceito de “meme” —


inusitadamente forjado nas observações do biólogo Richard Dawkins
— e o entendimento do DNA como arquivo de dados. Amarra a
sequência de temas aparentemente desconexos a lógica por trás da

transmissão e do acúmulo de informação.

Obra trata de temas complexos enquanto conta histórias


saborosas

Aos 58 anos, Gleick é um jornalista habituado a temas áridos. Ex-editor e


repórter do “New York Times”, em 1987 ele publicou “Caos, a criação de uma

nova ciência”, obra finalista do Pulitzer que apresentou tópicos complexos


como fractais e teoria do caos. É dele também uma concisa biografia de Isaac
Newton e um longo relato sobre a vida do físico Richard Feynman, precursor
da computação quântica e da nanotecnologia.

Em “A informação” não seria diferente. Um dos capítulos mais complicados

explica as propriedades físicas da informação por meio da entropia, conceito


da termodinâmica que, como o matemático John von Neumann teria

aconselhado a Shannon, poderia ser usado “para ganhar qualquer debate


porque ninguém o compreenderia”. Há também muitas páginas sobre a

perseguição matemática pela aleatoriedade e sobre como os físicos quânticos


começaram a enxergar o bit como a partícula fundamental, mais importante

do que a matéria, e o universo como um computador cósmico.

Esses trechos arcanos, no entanto, são escritos de modo compreensível e

podem ser gratificantes a leitores dispostos a se concentrar. Mas Gleick é


também famoso pela forma humana e anedótica como retrata cientistas. É

saboroso o capítulo sobre Charles Babbage, o matemático e inventor inglês

que percorria obsessivamente as fábricas da Inglaterra do século XIX para


entender como as máquinas funcionavam.

Não resta dúvida de que Babbage foi um homem à frente do seu tempo: na

era do vapor e a um século dos mainframes, ele projetou os primeiros


computadores programáveis da história, cujo objetivo era automatizar o

cálculo numérico. Perseguindo seu sonho, Babbage cruzou com um gênio à


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sua altura:
removem Ada
conteúdo deLovelace, filha do célebre poeta Lorde Byron, que largou sua
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mãe quando ela tinha apenas um mês e nunca mais a viu. Ada era um
prodígio matemático em uma sociedade que vetava às mulheres a ciência.

Entusiasmada com as máquinas do amigo inventor, a jovem condessa

escreveu algoritmos para operá-las, transformando-se na primeira


programadora de computador da história.

Babbage e Ada Lovelace, à frente da história

Engenhocas mecânicas formadas por milhares de peças metálicas, Babbage

jamais concluiu a construção da Máquina Diferencial e da Máquina Analítica

— a última era tão complexa que pesquisadores do Museu de Ciência de


Londres estão gastando hoje milhões de dólares na tentativa de colocá-la de

pé, em projeto que só deve terminar em 2021.

Babbage só viria a ser reconhecido mundialmente por suas invenções no

século XX. Apaixonado pelo futuro, morreria frustrado com o que não foi
capaz de vislumbrar. Gleick lembra que, pouco antes de sua morte, ele teria

escrito a um amigo que “trocaria com alegria o tempo que lhe restava pela
oportunidade de viver por três dias num período cinco séculos distante no

futuro.”

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— A vida de Babbage foi mesmo fascinante e triste ao mesmo tempo.

Mas, se ele pudesse viajar no tempo e viver na atualidade, acho que se


sentiria vingado pela presença dos computadores — especula o autor,

que está começando a escrever um livro justamente sobre o sonho de

viagem no tempo, façanha científica na qual ele próprio não acredita.

O sacrifício do sentido

Além de contar a história da informação, a obra de Gleick trata do


excesso de dados que parece nos esmagar e de como é preciso

recuperar o sentido dessa enxurrada. Isso porque, para mensurar a

informação, Claude Shannon precisou sacrificar seu significado, decisão que


custou a ser compreendida por um mundo que sempre achou que

informação era sinônimo de conhecimento. Para a ciência, os bits de uma


biblioteca inteira de filosofia valem tanto quanto os bits de um filme

pornográfico. Mas, ao mesmo tempo em que reconhece que ignorar o

sentindo foi essencial para o avanço da sociedade da informação, o autor


defende que não devemos nos contentar com a definição de informação dada

pela ciência.

— Meu livro leva a um paradoxo. Por um lado, temos mais informação do

que jamais existiu. Por outro, não nos sentimos mais inteligentes do que
antes. Na verdade, nos sentimos esmagados pela enxurrada de informação —

afirma Gleick, que ainda não sabe qual solução a ciência dará para o excesso
de dados: — Não há fórmula mágica para extrair o significado desse volume

de dados. Eu não acredito que algoritmos, supercomputadores e Big Data


EM DESTAQUE sejam
Apple capazes disso. Esse é um problema com o qual já lidamos, por
e Facebook
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exemplo, quando a imprensa escrita surgiu. Nós não resolvemos o problema,
apenas aceitamos o fato.

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