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CURSO DE LICENCIATURA EM MEDICINA

RELATÓRIO ANUAL
2004

ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


UNIVERSIDADE DO MINHO
Braga
Janeiro 2005
Preâmbulo

O presente relatório reporta-se ao ano lectivo de 2003-04 que correspondeu ao terceiro


ano de funcionamento do Curso de Medicina da Universidade do Minho.
O relatório consta de um inventário circunstanciado das actividades pedagógicas
desenvolvidas na Escola de Ciências da Saúde neste terceiro ano académico e dos
resultados da reflexão crítica que incidiu sobre essas mesmas actividades, visando o
aperfeiçoamento do funcionamento do curso nos próximos anos, especialmente no de
2004-05. (*)
O relatório está organizado em quatro capítulos. Os três primeiros centram-se no ano
lectivo 2003-04. Após uma primeira abordagem da estrutura e funcionamento global do
curso (Capítulo I), procede-se a uma apresentação do desenvolvimento e funcionamento
das respectivas áreas curriculares (Capítulo II). O terceiro capítulo é dedicado à
avaliação da experiência dos 1º, 2º e 3º anos. As duas primeiras partes deste capítulo
incluem uma análise sistematizada e retrospectiva dos resultados da monitorização
realizada ao longo do ano, sobre: (i) a aprendizagem dos alunos e respectivas
classificações e (ii) a avaliação pelos alunos sobre o desempenho do corpo docente e o
funcionamento das áreas curriculares, tendo como base as respostas a inquéritos de
opinião. A última parte deste capítulo diz respeito à avaliação interna conduzida pelos
docentes sobre as actividades de ensino desenvolvidas no ano lectivo 2003-04, tendo
como base os resultados dos inquéritos de opinião dos alunos acima referidos e uma
análise conjunta efectuada no âmbito das “Jornadas de Reflexão do Conselho
Científico”, com vista ao estabelecimento de padrões de funcionamento e de melhoria do
programa curricular. Com base nos resultados desta avaliação, apresenta-se a seguir
(Capítulo IV) a planificação pedagógica para o ano lectivo 2004-05, com ênfase nas
áreas centrais da formação clínica: Residências Hospitalares e Residências em Centros
de Saúde.

(*) O inventário completo das actividades realizadas consta dos dossiers específicos de cada uma
das diferentes áreas curriculares. Estes dossiers estão disponíveis na Unidade de Educação Médica
(UEM) da Escola de Ciências da Saúde e, on line, na intranet da página web da Escola:
www.ecsaude.uminho.pt
ÍNDICE Pág.

CAPÍTULO I ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO GLOBAL DO CURSO


NO ANO LECTIVO 2003-04

1.1. PLANO DE ESTUDOS …6

1.2. FUNCIONAMENTO …8
1.2.1. Estruturas de Coordenação e de Acompanhamento …8
1.2.2. Estruturas de Orientação Escolar dos Alunos e de Apoio Pedagógico …10
1.2.3. Metodologia de Ensino-Aprendizagem …10
1.2.4. Áreas Curriculares e Módulos: Calendarização Global …11
1.2.5. Docentes da ECS e Distribuição do Serviço Lectivo …11

1.3. ALUNOS DE INGRESSO EM 2003-04 E ANÁLISE RETROSPECTIVA …11


1.3.1. Candidatos …11
1.3.2. Perfil dos admitidos …12
Opção de candidatura …12
Classificações de entrada …12
Género …13
Proveniência geográfica …13
1.3.3. Síntese …14

CAPÍTULO II DESENVOLVIMENTO E FUNCIONAMENTO DAS ÁREAS CURRICULARES DO


CURSO NO ANO LECTIVO 2003-04
OBJECTIVOS, CONTEÚDOS, METODOLOGIA E BIBLIOGRAFIA, AVALIAÇÃO DOS ALUNOS E EQUIPAS
DOCENTES

A) 1ºANO CURRICULAR
2.1. INTRODUÇÃO AO CURSO DE MEDICINA …15
2.2. MOLÉCULAS E CÉLULAS …18
2.3. SISTEMAS ORGÂNICOS E FUNCIONAIS I …22
2.4. SOCORRISMO …25
2.5. PROJECTO DE OPÇÃO I …26
2.6. ESTÁGIO EM CENTRO DE SAÚDE …29

B) 2º ANO CURRICULAR
2.7. FAMÍLIA, SOCIEDADE E SAÚDE …30
2.8. SISTEMAS ORGÂNICOS E FUNCIONAIS II & III …33
2.9. ACOMPANHAMENTO DE UMA FAMÍLIA I …36
2.10. PROJECTO DE OPÇÃO II …39

C) 3º ANO CURRICULAR
2.11. BIOPATOLOGIA E INTRODUÇÃO À TERAPÊUTICA …41

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Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
2.12. INTRODUÇÃO À SAÚDE COMUNITÁRIA …47
2.13. INTRODUÇÃO À MEDICINA CLÍNICA …50
2.14. ACOMPANHAMENTO DE UMA FAMÍLIA II …51
2.15. PROJECTO DE OPÇÃO III …53

D) 1º, 2º e 3º ANOS CURRICULARES


2.16. DOMÍNIOS VERTICAIS “TOMAR O PULSO À VIDA” …55

CAPÍTULO III AVALIAÇÃO DO FUNCIONAMENTO DO CURSO NO ANO LECTIVO 2003-04

3.1. INTRODUÇÃO …58

3.2. APRENDIZAGEM DOS ALUNOS …58


3.2.1. Instrumentos de Avaliação dos Alunos …58
3.2.2. Classificações Obtidas pelos Alunos do 1º Ano …60
3.2.3. Classificações Obtidas pelos Alunos do 2º Ano …63
3.2.4. Classificações Obtidas pelos Alunos do 3º Ano …64
3.2.5. Avaliação de Atitudes …65

3.3. AVALIAÇÃO PELOS ALUNOS: RESULTADOS DOS INQUÉRITOS DE OPINIÃO …66


3.3.1. Percepções dos Alunos em Relação aos Professores …66
“Moléculas e Células” …67
“Sistemas Orgânicos e Funcionais I” …68
“Sistemas Orgânicos II & III” …69
“Biopatologia e Introdução à Terapêutica” …70
“Introdução à Saúde Comunitária” …71
“Introdução à Medicina Clínica” …72
3.3.2. Percepções dos Alunos em Relação ao Funcionamento das Áreas Curriculares …73
1º ANO CURRICULAR
“Introdução ao Curso de Medicina” …73
“Moléculas e Células” …74
“Sistemas Orgânicos e Funcionais I” …74
“Estágio em Centro de Saúde” …74
“Projecto de Opção I” …74
2º ANO CURRICULAR
“Família, Sociedade e Saúde” …75
“Sistemas Orgânicos e Funcionais II & III” …75
“Projecto de Opção II” …75
3º ANO CURRICULAR
“Biopatologia e Introdução à Terapêutica” …75
“Introdução à Saúde Comunitária” …76
“Introdução à Medicina Clínica” …76

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Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
“Projecto de Opção III” …78
1º, 2º e 3º ANOS CURRICULARES
“Domínios Verticais/Tomar o Pulso à Vida” …78

3.4. AVALIAÇÃO INTERNA PELOS DOCENTES E PROPOSTAS DE ALTERAÇÕES PARA 2004-05 …78
1º, 2º e 3º ANOS CURRICULARES
“Introdução ao Curso de Medicina “ …78
“Moléculas e Células” …79
“Sistemas Orgânicos e Funcionais I, II e III” …80
“Estágio em Centro de Saúde” …81
“Socorrismo” …82
“Projecto de Opção I, II e III” …82
“Família, Sociedade e Saúde” …82
“Acompanhamento de Uma Família I e II” …82
“Biopatologia e Introdução à Terapêutica” …83
“Introdução à Saúde Comunitária” …85
“Introdução à Medicina Clínica” …87
“Domínios Verticais / Tomar o Pulso à Vida” …88

CAPÍTULO IV PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO PEDAGÓGICA DO ANO LECTIVO


2004-05

4.1. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO GLOBAL …90


4.1.1. Plano de Estudos …90
4.1.2. Funcionamento …92
Metodologia de Ensino …92
Estruturas de Coordenação e Acompanhamento …92
Estruturas de Orientação Escolar dos Alunos e de Apoio Pedagógico …94
Calendarização Global das Áreas e Módulos Curriculares …94
Docentes da ECS …94

4.2. PROGRAMAÇÃO PEDAGÓGICA DO ANO LECTIVO 2004-05 …95


4.2.1. 1º , 2º e 3º Anos Curriculares …95
4.2.2. 4º Ano Curricular:
“Projecto de Opção IV”, “Domínios Verticais IV” e …95
“Da Clínica à Biologia Molecular I” …95
4.2.3. 4º Ano Curricular: Residências Clínicas
“Estratégias de Coordenação e Organização da Aprendizagem” …97
“Residências Hospitalares” …100
“Residências em Centros de Saúde” …100

Comentário Final …104


ANEXOS …105

5
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
CAPÍTULO I ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO GLOBAL DO CURSO
NO ANO LECTIVO 2003-04

1.1. PLANO DE ESTUDOS


O Plano de Estudos do curso no ano lectivo 2003-04 é o constante da Tabela I.1.
Este Plano de Estudos corresponde ao proposto no Relatório Anual de 2003, na sequência das
alterações introduzidas ao plano de estudos original, fruto da experiência dos anos anteriores de
funcionamento do curso e da reflexão que sobre ela recaiu a nível do Conselho Científico da Escola de
Ciências da Saúde.

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Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Tabela I.1. Plano de Estudos do Curso de Medicina da UM
2003-04

FASE ANO AREA UC *


ÁREAS CURRICULARES
CIENTÍFICA
CSH Introdução ao Curso de Medicina 4
CBB Moléculas e Células 11
CBB Sistemas Orgânicos e Funcionais I 12
SC Estágio em Centro de Saúde 1
1º SC Socorrismo 1
Projecto de Opção I 4

I
CBB Sistemas Orgânicos e Funcionais II e III 30
CSH+SC Família, Sociedade e Saúde 2
2º CSH+SC Acompanhamento de uma Família I 2
Projecto de Opção II 4

Total Fase I 71
P Biopatologia e Introdução à Terapêutica 23
SC Introdução à Saúde Comunitária 5
C Introdução à Medicina Clínica 5
CSH+SC Acompanhamento de uma Família II 2
Projecto de Opção III 4
II 3º

Total Fase II 39
SC Residência (s) em Centro (s) de Saúde 6
C Residências Hospitalares (Medicina 26
Interna, Cirurgia, Obstetrícia e Medicina
Fetal, Pediatria e Saúde Mental)
4º C+P+CBB Da Clínica à Biologia Molecular 2
CSH+SC Acompanhamento de uma Família III 2
Projecto de Opção IV 4
III

SC Residência (s) em Centro (s) de Saúde 6


C Residências Hospitalares (Medicina 26
Interna, Cirurgia, Obstetrícia e Medicina
Fetal, Pediatria e Saúde Mental)
5º C+P+CBB Da Clínica à Biologia Molecular 2
CSH+SC Acompanhamento de uma Família IV 2
Projecto de Opção V 4

Total Fase III 80


SC Residência (s) em Centro (s) de Saúde 6
C Residências Hospitalares 26
C+P+CBB Da Clínica à Biologia Molecular 2
IV 6º CSH+SC Acompanhamento de uma Família V 3
Projecto de Opção VI 8

Total Fase IV 45

Total (Fases I + II+ III +IV) 235


* Unidades de Crédito (1 UC corresponde a 24 horas de actividades de Ensino e Aprendizagem).
C – Clínica; CBB – Ciências Biológicas e Biomédicas; CSH – Ciências Sociais e Humanas; P – Patologia; SC – Saúde
Comunitária.

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Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
1.2. FUNCIONAMENTO
1.2.1. Estruturas de Coordenação e de Acompanhamento
A coordenação e acompanhamento do curso realiza-se aos seguintes níveis: Director do Curso;
Conselho Científico; Comissão de Curso; Coordenadores de Fases, Áreas e Módulos Curriculares.
Seguem-se as listas dos membros destes diferentes órgãos de coordenação e acompanhamento, no
ano lectivo 2003-04.
Director do Curso
- Joaquim Pinto Machado

Comissão de Curso
- Joaquim Pinto Machado, Director do Curso e Coordenador da área Domínios Verticais.
- Jorge Pedrosa, Coordenador da Fase I (1º e 2º anos)
- Cecília Leão, Coordenadora da Fase II (3º ano)
- Nuno Sousa, Coordenador da Fase III (4º e 5º anos)
- Joana Palha, até Janeiro 2004 (por delegação do Director da UEM)
- Manuel João Costa, após Janeiro de 2004 (Coordenador da UEM)
- Pedro Morgado (Estudante, 3º ano)
- Carla Marina Gonçalves (Estudante, 2º ano)
- Ana Raquel Franky Carvalho (Estudante, 2º ano)
- Pedro Azevedo (Estudante, 1º ano)
Conselho Científico
(Todos os Doutorados da ECS)
- Joaquim Pinto Machado, Presidente
- Cecília Leão, Vice-Presidente
- António Gil Castro
- Armando Almeida
- Fernando Rodrigues
- Isabel Palmeirim
- Joana Palha
- Jorge Correia Pinto
- Jorge Pedrosa
- Manuel João Costa
- Fátima Baltazar
- Nuno Sousa
- Patrícia Maciel
- Paula Ludovico
- Rui Reis
Convidados: António Alegre Sarmento; António Carlos Megre Eugénio Sarmento; Carlos Valério; Fernando Schmitt; Maria
Amélia Ferreira

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Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
COORDENADORES DE ÁREAS E MÓDULOS CURRICULARES
1º, 2º e 3ºAnos │2003-04

Área Curricular Coordenador Categoria


-Módulos

1º ANO
Introdução ao Curso de Medicina Joaquim Pinto Machado Prof. Cat. (ECS-UM)
- Introdução Pedagógica Cecília Leão Prof. Cat. (ECS-UM)
- Introdução Antropológica Rui Mota Cardoso Prof. Cat. (FM-UP)
Moléculas e Células Cecília Leão Prof. Cat. (ECS-UM)
- Da Anatomia à Fisiologia Celulares Isabel Palmeirim Prof. Aux. (ECS-UM)
- Fundamentos de Genética Molecular Fernando Rodrigues Prof. Aux. (ECS-UM)
- Células e Proliferação Celular Paula Ludovico Prof. Aux. (ECS-UM)
Sistemas Orgânicos Funcionais I Maria Amélia Ferreira Prof. Cat. (FM-UP)
Nuno Sousa Prof. Aux. (ECS-UM)
- Introdução Geral e
Sistema Músculo-esquelético e Pele Nuno Sousa Prof. Aux. (ECS-UM)
- Sistema Digestivo Jorge Correia-Pinto Prof. Aux. (ECS-UM)
Estágio em Centro de Saúde Joaquim Pinto Machado Prof. Cat. (ECS-UM)
Socorrismo Fernando Rodrigues Prof. Aux. (ECS-UM)
Projecto de Opção I Isabel Palmeirim Prof. Aux. (ECS-UM)

2º ANO
Sistemas Orgânicos Funcionais II & III Maria Amélia Ferreira Prof. Cat. (FM-UP)
Nuno Sousa Prof. Aux. (ECS-UM))
- Sistema Circulatório e Respiratório Jorge Correia-Pinto Prof. Aux. (ECS-UM)
- Sistema Urinário Patrícia Maciel Prof. Aux. (ECS-UM)
- Sistema Reprodutor, Crescimento,
Desenvolvimento e Envelhecimento Armando Almeida Prof. Aux. (ECS-UM)
- Sistema Nervoso Nuno Sousa Prof. Aux. (ECS-UM)
- Sistema Endócrino Joana Palha Prof. Aux. (ECS-UM)
- Sinopse SOFs Maria Amélia Ferreira Prof. Cat. (FM-UP)
Família, Sociedade e Saúde Joaquim Pinto Machado Prof. Cat. (ECS-UM)
- Família e Saúde Teresa McIntyre Prof. Ass. Agr. (IEP-UM)
- A Vida em/na Família Teresa McIntyre Prof. Ass. Agr. (IEP-UM)
- Família e Sociedade Engrácia Leandro Prof. Cat. (ICS-UM)
Acompanhamento de Uma Família I Joaquim Pinto Machado Prof. Cat. (ECS-UM)
Projecto de Opção II Armando Almeida Prof. Aux. (ECS-UM)

3º ANO
Biopatologia e Introdução à Terapêutica Fernando Schmitt Prof. Aux. (FM-UP)
Jorge Pedrosa Prof. Aux. (ECS-UM)
- Fundamentos de Biopatologia e Farmacologia Fernando Schmitt Prof. Aux. (FM-UP)
- Patologia Geral Fernanda Milanezi Assist. (ECS-UM)
- Imunopatologia Jorge Pedrosa Prof. Aux. (ECS-UM)
- Patologia Infecciosa António Gil Castro Prof. Aux. (ECS-UM)
- Patologia Genética e Ambiental Rui Reis Prof. Aux. (ECS-UM)
- Neoplasias Fernando Schmitt Prof. Aux. (FM-UP)
- Introdução à Saúde Comunitária Carlos Valério MD (ECS-UM)
- Introdução à Medicina Clínica Nuno Sousa Prof. Aux.(ECS-UM)
- Acompanhamento de Uma Família II Joaquim Pinto Machado Prof. Cat. (ECS-UM)
- Projecto de Opção III António Gil Castro Prof. Aux. (ECS-UM)

1º, 2º e 3º ANOS
Domínios Verticais/Tomar o Pulso à Vida Joaquim Pinto Machado Prof. Cat. (ECS-UM)

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Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
1.2.2. Estruturas de Orientação Escolar dos Alunos e de Apoio Pedagógico
Tal como referido nos Relatórios dos anos anteriores, para além das estruturas de apoio
institucionalizadas na UM para todos os seus alunos, a nível da ECS os alunos do Curso de Medicina
beneficiam de apoios específicos, essencialmente estruturados nos seguintes níveis:
- Unidade de Educação Médica (UEM);
- Tutorial.
No que concerne ao apoio tutorial, é afecto a cada professor um grupo de alunos que acompanha
desde o 1º ano do curso (Lista de Tutores 2003-04 disponível na página da ECS:
www.ecsaude.uminho.pt).

As funções do tutor são essencialmente:


- orientar o aluno na planificação dos seus estudos;
- acompanhar a evolução do aluno ao longo do curso.

Cada tutor estabelece, com o respectivo grupo de alunos, a dinâmica a seguir durante a
aprendizagem. As relações tutor-aluno estabelecem-se individualmente com base nas necessidades
de cada aluno.
Cada aluno poderá solicitar entrevistas com o seu tutor directamente, ou através da UEM.

1.2.3. Metodologia de Ensino-Aprendizagem


Mantém-se a metodologia que a ECS adoptou, desde o seu início, do “Ensino por Módulos de
Objectivos” que é aplicada sempre que a natureza e especificidade da área o permite. Nesta
metodologia, resumidamente e conforme apresentado nos Relatórios dos anos anteriores, cada um
dos módulos de ensino-aprendizagem incluiu o desencadear de cinco fases distintas:

Fase 1 – Apresentação e discussão de objectivos pelos alunos (que assumem papeis distintos dentro
do grupo), de forma a elaborar (em colaboração com os docentes) um mapa conceptual e
identificar os recursos disponíveis para atingir os objectivos definidos.
Fase 2 – Auto-aprendizagem tutorizada. Nesta fase, a mais longa, os alunos, divididos por grupos e
acompanhados pelos docentes, trabalham os recursos pedagógicos disponibilizados em
diferentes ambientes (laboratorial, sala tutorial, biblioteca). A aprendizagem dos conteúdos
cognitivos e o treino das competências ocorre essencialmente nesta fase.
Fase 3 – Certificação de que os objectivos foram atingidos: exposição e debate da evolução registada e
identificação das insuficiências de aprendizagem. Durante esta fase, os grupos de alunos em
conjunto com os docentes partilham e discutem os conteúdos associados aos objectivos
definidos, num ambiente interactivo. Permite ainda a preparação, por parte do docente, de
tutorias específicas (a decorrer na fase 4) para colmatar as lacunas detectadas.
Fase 4 – Auto-aprendizagem tutorizada (práticas e outras actividades complementares). Precede a

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Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
avaliação e nela ocorrem as tutorias referidas na fase 3; estes trabalhos podem ter lugar em
ambiente laboratorial ou em sala tutorial e, em regra, destinam-se a grupos de alunos
reduzidos. Decorrem, em paralelo, tutorias individuais por via electrónica.
Fase 5 – Avaliação do Módulo. Período dedicado à avaliação de competências e de aquisição cognitiva.

1.2.4. Áreas Curriculares e Módulos: Calendarização Global


Em concordância com o plano de estudos apresentado na Tabela I.1., no ano lectivo 2003-04
decorreram todas as áreas curriculares que constam do 1º e 2º anos da Fase I e do 3º ano da Fase II
do curso, de acordo com o calendário que se encontra disponível na página da ECS:
www.ecsaude.uminho.pt

1.2.5. Docentes da ECS e Distribuição do Serviço Lectivo


Em anexo (Anexo I.1) apresenta-se a lista do pessoal docente que em Janeiro de 2005 se encontra
afecto à ECS.
No Capítulo II, respeitante ao funcionamento das áreas e módulos curriculares do curso em 2003-04,
apresentam-se as equipas docentes que asseguraram o respectivo serviço lectivo. Tal como no ano
anterior, em termos de média anual, a cada docente correspondeu uma carga horária lectiva
presencial de cerca de 6-7 horas/semana. As actividades lectivas, para cada docente, concentraram-
se, tanto quanto possível, num semestre, ficando o outro essencialmente disponível para actividades
de investigação.
Adicionalmente, o curso beneficiou do contributo de vários docentes convidados que asseguraram
Sessões Temáticas, Seminários e Debates/Mesas Redondas sobre as várias matérias versadas nas
diferentes áreas (ver Capítulo II). Os docentes eram provenientes de outras Escolas da Universidade
do Minho, bem como de outras Instituições (Universitárias, Hospitalares e Centros de Saúde, entre
outras)

1.3. ALUNOS DE INGRESSO EM 2003-04 E ANÁLISE RETROSPECTIVA


1.3.1. Candidatos
No ano lectivo de 2003-04, concorreram, a nível nacional, 1009 candidatos para 50 vagas do Curso
de Licenciatura em Medicina da UM, o que correspondeu a 20 candidatos por vaga. Na tabela que se
segue compara-se a evolução das prioridades de escolhas dos candidatos entre os anos lectivos 2001-
02, 2002-03 e 2003-04.

Tabela I.2. Número de candidatos em 2001-02, 2002-03 e 2003-04: distribuição segundo opção
de candidatura.

Nº de Candidatos (%) Opção 1ª 2ª 3ª à 6ª Total

2003-04 146 (14%) 178 (18%) 685 (68%) 1009

2002-03 168 (15%) 202 (18%) 746 (67%) 1116

2001-02 381 (17%) 350 (16%) 1470 (67%) 2201


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Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
1.3.2. Perfil dos admitidos
Opção de candidatura
No ano lectivo de 2003-04 foram admitidos no Curso de Medicina da UM, pelo Concurso Nacional de
Acesso, 55 candidatos, distribuídos do seguinte modo:
- Contingente Geral: 41
- Contingente especial para candidatos provenientes das Regiões Autónomas: 4
- Contingente especial para candidatos emigrantes portugueses e familiares que com eles
residam: 4
- Contingente especial para candidatos que se encontrem a prestar serviço militar efectivo no
regime de contrato: 0
- Contingente especial para estudantes com deficiência: 1
- Empate: 1
- Regimes Especiais de Acesso (por decisão ministerial): 2
- Concursos Extraordinários (Portaria nº 754-A/2003): 2

Na tabela que se segue, comparam-se os dados relativos à distribuição das escolhas dos alunos
admitidos nos anos lectivos de 2001-02, 2002-03 e 2003-04.

Tabela I.3. Número de alunos admitidos em 2001-02, 2002-03 e 2003-04: distribuição segundo
opção de candidatura.
Nº de Alunos
Opção 1ª 2ª 3ª à 6ª Total
alunos (%)
2003-04* 41 (76%) 3 (5%) 10 (19%) 54*
Ano lectivo
2002-03 33 (66%) 9 (18%) 8 (16%) 50

2001-02 19 (37%) 5 (10%) 28 (53%) 52

*não inclui informação de 1 estudante (Regimes especiais de acesso)

Classificações de entrada
Na Tabela I.4. apresentam-se as médias de classificações de entrada (limites de variação) dos alunos
admitidos em 2003-04 pelos diferentes contingentes de acesso.
A média das classificações de entrada, incluindo os alunos que ingressaram pelo contingente
especial, foi de 18,25. As classificações de entrada oscilaram entre 19,60 e 14,35, correspondendo a
mais baixa ao contingente especial para candidatos emigrantes portugueses e familiares que com eles
residam.

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Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Tabela I.4. Classificações dos alunos admitidos em 2003-04: distribuição segundo contingentes.
Contingente Nº de Classificação Média Parcelar Média Geral
alunos (máxima – mínima)
Geral 42 196,0 – 184,5 187,4
Açores 2 174,8 – 161,8 168,3
Madeira 2 183,0 – 169,5 176,3
Emigrantes 4 157,3 – 143,5 149,7 182,5*
Deficientes 1 144,8
Concursos
2 184,3 – 184,0 184,2
Extraordinários

*não inclui informação de 2 estudantes (Regimes especiais de acesso)

Na tabela abaixo podem ser comparadas as médias de entrada dos alunos, nos anos lectivos de 2001-
02, 2002-03 e 2003-04.

Tabela I.5. Médias globais de entrada e médias dos alunos admitidos pelos contingentes geral:
comparação 2001-02, 2002-03 e 2003-04
Ano lectivo Média Global Média do Contingente Geral
2003-04* 182,5 187,4
2002-03 185,7 188,4

2001-02 185,6 187,4

*não inclui informação de 2 estudantes (Regimes especiais de acesso)

Género

Em relação ao género dos alunos admitidos em 2003-04, 60% são do sexo feminino, não se
observando uma diferença significativa entre os anos lectivos.

Proveniência geográfica

A origem geográfica dos alunos que ingressaram no curso fornece indicadores acerca da mobilidade
da camada estudantil e da área de influência do curso.
Conforme apresentado na Tabela I.6, em termos percentuais, a maioria dos estudantes provinha do
distrito de Braga (63%), situação recorrente dos anos lectivos anteriores. Dos 55 alunos admitidos,
83% são de distritos do Norte do país, como Braga, Porto, Viana do Castelo (2%) e Vila Real (7%), 13%
dos alunos são das Regiões Autónomas e os restantes vêm de países estrangeiros (4%). Da mesma
forma, verifica-se uma clara predominância de alunos oriundos de distritos do litoral do país (89%)
sobre os do interior.

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Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Tabela I.6. Distribuição dos alunos admitidos em 2001-02, 2002-03 e 2003-04 segundo a
proveniência geográfica

Número de Alunos (%) Braga (Distrito) Porto (Distrito) Outros Distritos

2003-04* 34 (63%) 6 (11%) 14 (26%)

2002-03 26 (52%) 12 (24%) 12 (24%)

2001-02 23(44%) 19 (37%) 10 (19%)

* não inclui informação de 1 aluno (desistência)

1.3.3. Síntese
No ano lectivo 2003-04 e à semelhança do ano anterior, o número de candidatos ao curso foi cerca de
vinte vezes superior ao número de vagas disponibilizado. No universo dos alunos admitidos em 2003-
04, registou-se um aumento de 11 pontos na percentagem de alunos que opta em 1ªlugar pelo curso
da Universidade do Minho. Quanto à proveniência geográfica, os alunos admitidos provieram
fundamentalmente do distrito de Braga (63%). Tal perfil é congruente com o facto da proximidade
geográfica ser um factor de peso na seriação das preferências de muitos alunos. Esta relativa
exiguidade da zona geográfica de influência do curso é concordante com os padrões reduzidos de
mobilidade da população portuguesa.

14
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
CAPÍTULO II DESENVOLVIMENTO E FUNCIONAMENTO DAS ÁREAS CURRICULARES DO
CURSO NO ANO LECTIVO 2003-04
OBJECTIVOS, CONTEÚDOS, METODOLOGIA E BIBLIOGRAFIA, AVALIAÇÃO DOS ALUNOS E EQUIPAS
DOCENTES

A) 1ºANO CURRICULAR
2.1. INTRODUÇÃO AO CURSO DE MEDICINA
Conforme referido no Relatório de 2003, no ano lectivo 2003-04 a área curricular “Introdução ao
Curso de Medicina” passou a constar de dois módulos: Introdução Pedagógica e Introdução
Antropológica.
O módulo “Introdução Pedagógica”, de 3 semanas, manteve os conteúdos da área curricular no ano
lectivo anterior, excepto os referentes à instituição universitária e à Universidade do Minho, que
passaram para “Tomar o Pulso à Vida”, e passou a incluir também sessões de Bioestatística Básica e
o tema “Educação de Atitudes”.
O módulo “Introdução Antropológica”, de 1 semana, incluiu temas da área curricular “O Ser
Humano, a Saúde e a Doença”. Os restantes temas desta área foram incluídos nas áreas curriculares
“Família, Sociedade e Saúde” e “ Acompanhamento de uma Família” e ainda em “Tomar o Pulso à
Vida”, pelo que a área curricular “O Ser Humano, a Saúde e a Doença” foi extinta.

Objectivos e Conteúdos
Objectivos
- Conhecer e compreender a identidade do Curso de Medicina da Universidade do Minho.
- Iniciar a aprendizagem por módulos de objectivos.
- Promover a iniciação ao uso de computadores, à bioestatística e à prática laboratorial.
- Compreender genericamente as situações de saúde, doença e estar doente, bem como da medicina,
do médico e da relação médico-doente.
Tal como nos anteriores anos lectivos, a área iniciou-se por uma apresentação dos Alunos (os
“companheiros de viagem”) e dos Docentes (os seus “guias”), seguida de visita às instalações da
Escola de Ciências da Saúde.

Conteúdos
Módulo I: Introdução Pedagógica

- Finalidade e objectivos globais do Curso de Medicina da Universidade do Minho, organização


curricular, estratégias educativas, plano de estudos e métodos de avaliação, educação de atitudes,
Unidade de Educação Médica.
- Fases da aprendizagem cognitiva por módulos de objectivos.
- Conceitos básicos e programas fundamentais de informática.
- Estatística descritiva e inferencial, variáveis, medidas de tendência central e de dispersão,
população e amostra, probabilidade, distribuição normal e binomial, testes de hipóteses,

15
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
comparação de grupos de dados, testes de significância, tabelas de sobrevida e análise estatística.
- Treino básico em técnicas e metodologias de laboratório e sua utilização, cálculos de concentração
de produtos, princípios de microscopia óptica, modelos experimentais em biomedicina, técnicas de
biologia molecular.
Módulo II: Introdução Antropológica

- Singularidade biopsicossocial do Ser Humano, saúde (modelos biomédico e biopsicossocial,


promoção da saúde e qualidade de vida), doença (paradigmas, causas, “nature” versus “narture”,
ecologia), dolência (dor e sofrimento, efeitos psicossociais da doença), doente (categorias
existenciais), médico (categorias existenciais) e medicina clínica (a “situação médica fundamental”).

Metodologia e Bibliografia
Tema “o Curso de Medicina da Universidade do Minho”: sessões de exposições interactivas seguidas
de discussão.
Tema “Iniciação à aprendizagem cognitiva”: sessões de prática orientada.
Tema “Iniciação ao uso do computador”: sessões de treino em computador individual e análise e
discussão de manuais de software.
Tema “Iniciação à bioestatística”: sessões de exposições interactivas, seminários e exemplificação do
uso do software estatístico SPSS.
Tema “Iniciação à Prática Laboratorial”: sessões de prática laboratorial com abordagens interactivas
de algumas regras de utilização.

A metodologia dos temas do módulo antropológico foi a seguinte: exposição interactiva ou filme, a que
se seguiu trabalho em grupo e depois discussão geral e síntese.

Da bibliografia salienta-se:
- Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho: O Curso de Medicina da Universidade do
Minho www.ecsaude.uminho.pt
- Bland M.(2000): An Introduction to Medical Statistics. New York, Oxford Univesity Press, 3rd Edition.
- Bonifacino J.S. et al.(2001) : Current Protocols in Cell Biology. New York, John Wiley & Sons, Inc.
- McIntyre T.(1994): Psicologia da Saúde: Áreas de Intervenção e Perspectivas Futura. Braga, Edição
do Autor.
- Allchin D. (1999) The tragedy & triumph of Minamata. A paradigme for understanding ecological
human-environmental & cultural-technology interactions. The American Biology Teacher 61:413-
419.
- Edelmen R.J.(2000): Psychosocial Aspects of the Health Care Process. England, Prentice Hall, cap.1.
- Cassel E.J.(1982): The nature of suffering and goals of medicine. New England Journal of Medicine
306:639-645.
- Lanine C., Davidoff F. (1996): Patient-centered medicine. A professional evolution. Journal of the

16
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
American Medical Association 275: 152-156.
Avaliação dos Alunos
Os alunos realizaram três provas escritas de avaliação:
- bioestatística: exercícios de tratamento estatístico aplicado a dados recolhidos em estudos com
relevância para a clínica;
- prática laboratorial: teste incluindo resolução de problemas associados à prática laboratorial;
- desenvolvimento de um tema indicado do módulo antropológico e de um outro tema de entre três
propostos.

A classificação final foi a média aritmética das três provas, corrigida pela avaliação contínua das
atitudes.
A distribuição das classificações finais obtidas nesta área curricular, a respectiva média final, bem
como a análise comparativa com as restantes áreas, encontram-se no Capítulo III (3.2.).

Equipa Docente
Coordenador de Área
Joaquim Pinto Machado (Prof. Cat./ECS-UM)
Módulo 1: Módulo Pedagógico
Coordenadora
Cecília Leão (Prof. Cat./ECS-UM)
Docentes
O Curso de Medicina da UM, Educação de Atitudes
Joaquim Pinto Machado (Prof. Cat./ECS-UM)
Aprendizagem por Módulos de Objectivos
M. Teresa Alfonso Roca (Assessora UEM-ECS-UM/Univ. Castilla-la-Mancha)
Iniciação ao Uso de Computadores
J. Maia Neves (Prof. Cat./E Eng-UM)
Nuno Sousa (Prof. Aux./ECS-UM)
Iniciação à Bioestatística
Paula Ludovico (Prof. Aux. /ECS-UM)
Fernando Rodrigues (Prof. Aux. /ECS-UM)
Pedro Oliveira (Prof. Assoc./EEng-UM)
Iniciação à Prática Laboratorial
António Gil Castro (Prof. Aux. /ECS-UM)
Armando Almeida ((Prof. Aux. /ECS-UM)
Isabel Palmeirim (Prof. Aux. /ECS-UM)
Patrícia Maciel (Prof. Aux. /ECS-UM)
Rui Reis (Prof. Aux. /ECS-UM)
Filipe Sansonetty (Prof. Aux. /ECS-UM)

Modulo 2: Módulo Antropológico


Coordenador
Rui Mota Cardoso (Prof. Cat. /FM-UP)
Docentes
O Ser Humano

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Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Joaquim Pinto Machado (Prof. Cat. /ECS-UM)
Saúde, Dolência
Vera Soares (Assist./IEP-UM)
Doença, Doente, Médico, Medicina Clínica
Rui Mota Cardoso (Prof. Cat. /FM-UP)

2.2. MOLÉCULAS E CÉLULAS


A área curricular “Moléculas e Células” (MCs) decorre durante o primeiro semestre do primeiro ano
do curso de Medicina e tem a duração de 11 semanas. Tem como finalidade proporcionar aos alunos
conhecimentos básicos e treino experimental em biologia celular e molecular. Na sequência da
reflexão da experiência do ano anterior e conforme justificado no Relatório Anual de 2003, a área
MCs, no ano 2003-04, sofreu reestruturação ao nível da planificação dos módulos, mantendo-se no
entanto subdividida em três módulos complementados por sessões experimentais que decorreram ao
longo de toda a área:
- MÓDULO 1: DA ANATOMIA À FISIOLOGIA CELULARES (5 SEMANAS)

- MÓDULO 2: FUNDAMENTOS DE GENÉTICA MOLECULAR (3 SEMANAS)

- MÓDULO 3:CÉLULAS E PROLIFERAÇÃO CELULAR (3 SEMANAS)

- SESSÕES EXPERIMENTAIS (AO LONGO DE TODA A ÁREA)

Objectivos e Conteúdos
No decurso da área, para além dos objectivos específicos de cada módulo (ver dossier de área),
pretende-se que os alunos sejam capazes de:
- adquirir conhecimentos que constituem as bases para a prática de uma medicina celular e
molecular;
- compreender que a genómica, a proteómica e a metabolómica estão na base da medicina celular e
molecular;
- aprender e compreender as alterações bioquímicas nos sistemas celulares e suas implicações nas
doenças, o que obriga a uma constante aprendizagem e actualização em medicina molecular;
- adquirir treino experimental em técnicas de biologia celular e molecular. Os temas desta área
centraram-se nos domínios da biologia celular, bioquímica metabólica, genética molecular e
proliferação celular, distribuídos pelos três módulos que se apresentam a seguir, de forma
resumida.

MÓDULO 1: DA ANATOMIA À FISIOLOGIA CELULARES


Noções básicas de Química Orgânica. Biomoléculas. Organização sub-celular. Estrutura e função do
citoesqueleto. Cinética enzimática. Mecanismos de transporte de nutrientes através de
biomembranas. Metabolismo celular. Respiração mitocondrial. Glicólise e ciclo de Krebs. Oxidação
completa da glicose em condições aeróbias e anaeróbias. Gluconeogénese. Ciclo de Cori. Via das
pentoses-fosfato. Metabolismo do Glicogénio. β-Oxidação dos ácidos gordos. Biossíntese dos ácidos

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Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
gordos. Cetogénese. Corpos cetónicos. Catabolismo das proteínas. Relação entre o Ciclo de Krebs, o
catabolismo e a síntese de aminoácidos. Ciclo da ureia. Integração do metabolismo. O metabolismo
em situação de jejum.

MÓDULO 2: FUNDAMENTOS DE GENÉTICA MOLECULAR

Organização molecular dos ácidos nucleicos. Cromossomas de células eucarióticas. Replicação do


genoma. Do DNA às proteínas: a transcrição e maturação do RNA, a tradução e modificações pós-
tradução. Controlo da expressão genética. Genética e biodiversidade: elementos de transposição,
vírus, plasmídeos. Recombinação, mutação e reparação. DNA recombinante. Da mutação à genética
funcional. Genómica, transcriptómica, proteómica e metabolómica como bases de uma medicina
molecular.

MÓDULO 3. CÉLULAS E PROLIFERAÇÃO CELULAR

Organização do ciclo celular e complexos moleculares que regulam a progressão nas diferentes fases
do ciclo celular. Mecanismos reguladores que modulam a actividade destes complexos e alguns dos
seus substratos. Mitose, estruturas celulares que participam neste processo e mecanismos
moleculares que regulam os eventos mitóticos. Meiose e diversidade genética dos gâmetas.
Fenómenos de recombinação genética e de “não disjunção”. Morte celular programada. Necrose
versus Apoptose. Principais características morfológicas e bioquímicas da morte celular programada e
os seus diferentes níveis de regulação intracelular. Importância fisiológica dos processos de morte
celular programada. Patologias associadas a desvios nos processos normais de morte celular
programada.

SESSÕES EXPERIMENTAIS
A componente experimental consistiu, na sua grande maioria, na realização de um “mini-projecto”
científico, que teve como objectivo a determinação de “Respostas Celulares a Estímulos Externos”.
Neste âmbito, o trabalho experimental debruçou-se sobre a avaliação da bioenergética celular, da
localização celular de proteínas, de actividades enzimáticas e da expressão génica, quer ao nível da
transcrição, da tradução e da estabilidade do mRNA, utilizando a levedura Saccharomyces cerevisiae
como modelo de célula eucarionte. Por outro lado, foram utilizadas linhas celulares humanas para a
observação de fenómenos de mitose/meiose, elaboração de um cariótipo, bem como para a avaliação
morfológica e bioquímica de alterações decorrentes de processos de morte celular programada. No
decurso deste “mini-projecto” os alunos realizaram relatórios das diferentes actividades
experimentais e elaboraram um projecto de investigação científica num tema proposto pelo docente
responsável.
De forma geral, a componente experimental pretendeu o desenvolvimento das seguintes aptidões:
- manipulação de reagentes e equipamentos de acordo com as regras de segurança laboratorial
estabelecidas;
- utilização de protocolos experimentais para resolver problemas, aplicando diversas técnicas
19
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
experimentais e manipulando diferentes organismos modelo;
- planeamento de protocolos experimentais na procura de respostas a problemas concretos;
- utilização de ferramentas de Bioinformática.

Metodologia e Bibliografia
Nesta área curricular procedeu-se à aplicação da metodologia do “Ensino por Módulos de Objectivos”,
referida em 1.2.3.

Da bibliografia recomendada salientam-se os seguintes livros de texto:


- Devlin T. M. (1997): Textbook of Biochemistry with Clinical Correlations (4ª Edição).
- Alberts B., Johnson A., Lewis J., Raff M., Roberts K., Walter P. (2001) Molecular Biology of the Cell,
4ª Edição, Garland Science Publishing.
- Lodish H., Berk A., Zipursky L., Matsudaira, P. Baltimore D., Darnell J. (2000): Molecular Cell
Biology, 4ª Edição, Freeman and Company Publishing.
- Nelson D. L. Worth Publishers (2000): Lehninger Principles of Biochemistry (3ª Edição).
- Stryer L. W. H. (1995): Biochemistry (4ª Edição) Freeman and Company

Avaliação dos Alunos


Os alunos foram avaliados pelo processo acumulativo que resulta das avaliações efectuadas em cada
um dos módulos e no final da área curricular.
Os instrumentos de avaliação utilizados foram exames tipo PREM (perguntas de escolha múltipla).
São realizadas avaliações parcelares correspondentes aos módulos que constituem a área, que
incluem exames com perguntas do tipo PREM, tendo como objectivo principal a avaliação de
conhecimentos teóricos e laboratoriais. No que diz respeito ao exame final de área, as perguntas
correspondem ao tipo PREM favorecendo aspectos de integração dos conhecimentos dos diferentes
módulos.
No que se refere à avaliação das atitudes, todos os docentes com intervenção no programa de
ensino/aprendizagem, no final dos módulos, preenchem para cada aluno uma “Ficha de Avaliação de
Atitudes”.
O cálculo da Classificação Acumulativa da área (CAMCs) obedece à fórmula a seguir apresentada,
correspondendo 0.90 ao “somatório da avaliação obtida nos módulos”, à “avaliação da componente
das sessões experimentais” e à “avaliação integrada de área”, tendo individualmente o peso de 0,60,
0,10 e 0,30 respectivamente. Por outro lado, a “avaliação das atitudes” tem um peso final de 0,10 da
classificação acumulativa da área.
 n



∑ fi × C modi 
CAMCS = 0.9 × 0.6 × i =1
+ 0.1× CLI + 0.3 × Cárea + 0.1× CAT
 n 
 
 

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Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
A distribuição das classificações finais obtidas nesta área curricular, a respectiva média final, bem
como a análise comparativa com as restantes áreas, encontram-se no Capítulo III (3.2.).

Equipa Docente
Coordenador da Área Curricular
Cecília Leão (Prof. Cat. / ECS-UM)

MÓDULO 1: DA ANATOMIA À FISIOLOGIA CELULARES


Coordenador
Isabel Palmeirim (Prof. Aux. / ECS-UM)
Docentes
Isabel Palmeirim (Prof. Aux. / ECS-UM
Paula Ludovico (Prof. Aux. / ECS-UM)
Fernando Rodrigues (Prof. Aux. / ECS-UM)

MÓDULO 2: FUNDAMENTOS DE GENÉTICA MOLECULAR


Coordenador
Fernando Rodrigues (Prof. Aux. /ECS-UM)
Docentes
Fernando Rodrigues (Prof. Aux. /ECS-UM)
Rui Reis (Prof. Aux. /ECS-UM)
Patrícia Maciel (Prof. Aux. /ECS-UM)

MÓDULO 3: CÉLULAS E PROLIFERAÇÃO CELULAR


Coordenador
Paula Ludovico (Prof. Aux. /ECS-UM)
Docentes
Claúdio Sunkel (Prof. Ass. c/ Agreg./ICBAS-UP)
Fernando Rodrigues (Prof. Aux. /ECS -UM)
Paula Ludovico (Prof. Aux. /ECS-UM)

SESSÕES EXPERIMENTAIS
Coordenador
Raquel Andrade (PhD / ICVS-ECS/UM)
Docentes
Raquel Andrade (PhD /ICVS-ECS/UM)
Agostinho Carvalho (Investigador/ICVS-ECS/UM)
Joana Carvalho (Investigador/ICVS-ECS/UM))
Seminários (Inclui Docentes Convidados)
- Fibrose Quística (Carla Moreira - MD/Serviço de Pediatria do Hospital de São Marcos, Braga).
- Doenças Mitocôndriais (Laura Vilarinho - MD/Chefe da Unidade de Biologia Clínica do Instituto de Genética Médica Dr.
Jacinto Magalhães – Porto).
- Doenças do Metabolismo dos Hidratos de Carbono (Almerinda Barroso - MD/Chefe do Serviço de Pediatria do Hospital de São
Marcos, Braga).
- Métodos de análise de mRNA. Estudo da expressão do gene hairy1 (Raquel Andrade - PhD /ICVS-ECS).
- Engenharia genética e investigação (Fernando Rodrigues - Prof. Aux. / ECS).
- Microarray (Rui Reis - Prof. Aux. / ECS-UM ).
- Síndrome de Rett: Aspectos clínicos (Teresa Temudo - MD/Hospital Santo António, Porto).
- Métodos moleculares de diagnóstico (Patrícia Maciel - Prof. Aux. / ECS-UM).
- Síndrome de Rett: Diagnóstico molecular (Mónica Santos - Estudante doutoramento/ICVS-ECS/UM).
- Anomalias cromossómicas (Patrícia Maciel -Prof. Aux./ECS-UM).
21
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
2.3. SISTEMAS ORGÂNICOS E FUNCIONAIS I
No Plano de Estudos do curso de Medicina, os “Sistemas Orgânicos e Funcionais” são leccionados no
2º semestre do 1º Ano (SOF I), no 1º semestre do 2º Ano (SOF II) e no 2º semestre do 2º Ano (SOF III).
No que respeita aos SOF I e com base na experiência do 1º ano, tal como justificado no Relatório
Anual, foram introduzidas algumas alterações em relação à programação iniciada no ano lectivo
2001-02, essencialmente decorrentes da identificação de problemas e desajustes de conteúdo e
planificação temporal. Esta experiência foi positiva, conforme descrito no relatório de 2002-03 e, por
conseguinte, a estruturação foi mantida. Assim, o Módulo 1 é dedicado à aprendizagem do sistema
músculo-esquelético e pele e o Módulo 2 ao sistema digestivo.

Objectivos e Conteúdos
No decurso do ano lectivo de 2003-04 não foram introduzidas alterações significativas nos SOF I.
Deste modo, tal como anteriormente, os objectivos de aprendizagem foram contemplados de modo
coordenado e sequencialmente integrado.
Foram assim considerados os seguintes objectivos globais:
- habilitar os estudantes com os meios de aquisição de conhecimentos científicos das áreas
designadas de “básicas”, incluindo desempenhos e atitudes;
- promover a compreensão dos alunos para a importância desses conhecimentos, desempenhos e
atitudes na sua prática médica futura;
- avaliar de modo correcto e adequado o grau de aquisição desses conhecimentos, desempenhos e
atitudes;
- dar apoio pedagógico (e pessoal) aos alunos na prossecução da finalidade dos SOFs;
- promover as capacidades de aprendizagem individual e independente dos alunos no decurso dos
SOFs;
- avaliar e desenvolver de modo activo e flexível os programas dos sistemas orgânicos numa
metodologia de investigação-acção.

Os conteúdos programáticos de cada um dos sistemas foram seleccionados tendo em consideração a


sua relevância para a compreensão da medicina clínica.

MÓDULO 1: INTRODUÇÃO GERAL E SISTEMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO E PELE (8 SEMANAS)


Introdução geral (1 semana). Durante esta semana, procedeu-se a uma primeira abordagem aos vários
sistemas orgânicos e funcionais. De modo coordenado, foram apresentados os fundamentos das
diferentes áreas que constituem o cerne das abordagens – anatómica, histológica, embriológica,
fisiológica e bioquímica – e a sua integração com áreas clínicas no âmbito de cada sistema. A
perspectiva da organização geral do corpo humano, a terminologia anatómica como base fundamental
da terminologia médica, a noção do “normal” e a importância da aplicação dos conhecimentos
“básicos” para a aquisição do “pensamento clínico” foram os temas nucleares.

22
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Sistema Músculo-Esquelético/Pele (7 Semanas). Os temas abordados incluíram a organização bioquímica e
estrutural (macroscópica e microscópica) dos ossos, articulações e músculos, e o seu modo de
funcionamento. A coordenação dos temas decorreu com integração dos aspectos clínicos relevantes
para a compreensão dos temas básicos que permitiram aos alunos compreender as
dismorfias/disfunções resultantes de alterações deste sistema.

MÓDULO 2: SISTEMA DIGESTIVO (4 SEMANAS)


Este módulo aborda a estrutura macroscópica e microscópica do tubo digestivo e das glândulas
anexas, a digestão, a função gastrointestinal, aspectos da nutrição e da produção de energia. O
ensino integra aspectos clínicos relevantes para este sistema como a obesidade e diabetes, requisitos
nutricionais na gravidez, crescimento e envelhecimento.

Metodologia e Bibliografia
A metodologia adoptada foi a de “Ensino por módulos de objectivos”, descrita em 1.2.3.
Não foram introduzidas alterações significativas nas referências bibliográficas gerais recomendadas.

Avaliação dos Alunos


Os alunos foram avaliados pelo processo acumulativo de avaliação que resulta das avaliações
obtidas: i) em cada um dos módulos, ii) no exame integrado realizado no final da área curricular e iii)
nas atitudes e comportamentos. Os instrumentos de avaliação utilizados são exames tipo PEM
(perguntas de escolha múltipla) e PRAC (perguntas de resposta aberta curta).
i) Cada avaliação parcelar, correspondente aos módulos que constituem a área, inclui uma Prova
prática (50%) e uma Prova teórica (50%). A prova prática avalia de modo muito particular os
desempenhos (“Skills”) referentes ao programa do respectivo módulo. A prova teórica avalia
conhecimentos e a sua integração.
ii) O Exame Integrado da área inclui uma prova teórica onde é feita a integração da globalidade dos
conteúdos dos diferentes módulos e das respectivas sub-áreas do conhecimento, estando
particularmente focalizada na capacidade de resolução de problemas (“casos clínicos”). Estes são
preparados conjuntamente pelos responsáveis das diferentes sub-áreas.
iii) As atitudes dos discentes são aferidas com base numa “Ficha de Avaliação de Atitudes”,
preenchida para cada aluno por todos os docentes com intervenção no processo de ensino /
aprendizagem, no final da área curricular.
O cálculo da Classificação Acumulativa da área (CA) obedece à fórmula abaixo apresentada, em que
os valores dos pesos atribuídos ao “somatório da avaliação obtida nos módulos”, à “avaliação
integrada de área” e à “avaliação das atitudes” são, respectivamente, 0,63, 0,27 e 0,10.

23
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Consequentemente, a Classificação Acumulativa da área (CASOFs) é obtida pela fórmula:
n 1, se C mod ≥ 7,5
∑ fi × C mod fi = 
em que 0, se C mod < 7,5
CA SOFs = 0,9 × ( 0,7 × i =1 + 0,3 × fa × C área ) + 0,1 × C atitudes
n 1, se Cárea ≥ 7,5
fa = 
0, se Cárea < 7,5

A distribuição das classificações finais obtidas nesta área curricular, a respectiva média final, bem
como a análise comparativa com as restantes áreas, encontram-se no Capítulo III (3.2.).

Equipa Docente
Coordenador da Área Curricular
Maria Amélia Ferreira (Prof. Cat. /FM-UP)
Nuno Sousa (Prof. Aux. / ECS-UM)
Coordenadores de Módulos
MÓDULO 1: INTRODUÇÃO GERAL E SISTEMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO E PELE
Nuno Sousa (Prof. Aux. /ECS-UM)
MÓDULO 2. SISTEMA DIGESTIVO
Jorge Correia Pinto (Prof. Aux. /ECS-UM)
Docentes envolvidos
Nuno Sousa (Prof. Aux. /ECS-UM)
Jorge Correia-Pinto (Prof. Aux. /ECS-UM)
Armando Almeida (Prof. Aux. /ECS-UM)
Joana Palha (Prof. Aux. /ECS-UM)
Patrícia Maciel (Prof. Aux. /ECS-UM)
André Carvalho (Assist. Conv. /ECS-UM)
João Cerqueira (Monitor /ECS-UM)
Sónia Magalhães (Assist. Conv. /ECS-UM)
Vítor Moreira (Assist. Conv. /ECS-UM)
José Miguel Pego (Monitor /ECS-UM)
Isabel Ribeiro (Assist. Conv. /ECS-UM)
Manuel Lima Rodrigues (Assist. Conv. /ECS-UM)
Filipa Pinto Ribeiro (Assist. Conv. /ECS-UM)
Leonor Gonçalves (Monitora /ECS-UM)
António Santos (Assist. Conv. /ECS-UM)
Luís Torrão (Assist. Conv. /ECS-UM)
Carla Rolanda (Assist. Conv. /ECS-UM)
Gustavo Melo-Rocha (Monitor /ECS-UM)
Pedro Bastos (Monitor /ECS-UM)
João Paulo Fernandes (Monitor /ECS-UM)
José Mário Roriz (Monitor /ECS-UM)
João Carlos Sousa (Monitor /ECS-UM)

Seminários (Inclui Docentes Convidados)


MÓDULO 1
- A anatomia humana e as anatomias (Nuno Sousa/ECS-UM)
- Imagiologia do esqueleto axial (Nuno Sousa/ECS-UM)
- Desenvolvimento do crânio/face óssea (Nuno Sousa/ECS-UM)

24
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
- Anatomia cirúrgica do ombro e cotovelo (J. Espregueira-Mendes/H.S. Sebastião–Vila da Feira)
- Anatomia cirúrgica da coxo-femoral e joelho (J. Espregueira-Mendes/H.S. Sebastião–Vila da Feira)
- Anatomia radiológica do esqueleto apendicular (R.Sampaio/C.Campos Costa)
- Anatomia funcional do esqueleto apendicular (Nuno Sousa/ECS-UM)
- Histopatologia da pele: perspectivas clínicas (António Santos/ECS-UM – H.S. João-Porto)
- Distrofias musculares (Maria do Rosário Santos/Instituto Genética Médica-Porto)
- Fibrose quística (Sebastian Beck/Centro de Genética Clínica)
- Fisiologia celular (J. Correia Pinto/ECS-UM)
- Osteoporose (J. Soares-Fortunato – FMUP)
- Fisiologia da remodelagem óssea (J. Cibrão Coutinho/H.S. Marcos-Braga)
- Electromiografia (Fernando Silveira/H.S. João-Porto)
- Regulação da função muscular pelo cálcio (J. Correia Pinto/ECS-UM)
- Adaptação músculo-esquelética ao exercício (Josué Pereira/H.S. João-Porto)
- Fisiopatologia do envelhecimento da pele (Cristina Vasconcelos/H.S. Marcos-Braga)

MÓDULO 2
- Anatomia clínica da cavidade oral (João Correia Pinto/ H.S.João-Porto)
- Endoscopia digestiva (alta e baixa). CPRE. (José Cotter/H.Senhora da Oliveira-Guimarães)
- Anatomia cirúrgica da cavidade abdominal. Laparoscopia. (Mesquita Rodrigues/H.S.Marcos-Braga)
- Cirurgia hepática e das vias biliares. (A. Falcão/H.S.Marcos-Braga)
- Glândulas anexas (Armando Almeida/ECS-UM)
- Aspectos clínicos derivados de perturbações na embriologia digestiva (J. Correia Pinto/ECS-UM)
- Refluxo Gastro-Esofágico (Estêvão-Costa/FMUP/H.S. João-Porto)
- Úlcera Péptica (Raquel Gonçalves/H. S. Marcos-Braga).
- Má-absorção Intestinal e Intestino Curto (Paula Guerra/H.S. João-Porto)
- Doença Hepática (Jorge Areias/ICBAS/H.S. António-Porto)
- Doença Inflamatória Intestinal (Carla Rolanda/ECS-UM, H.S. Marcos-Braga)

2.4. SOCORRISMO
O curso de Medicina integra no currículo do primeiro ano a área curricular “Socorrismo”, com a
duração de vinte e quatro horas de actividades de ensino e aprendizagem, o equivalente a 1 unidade
de crédito. Tal como em 2002-03, esta área curricular foi assegurada pela “Cruz Vermelha
Portuguesa-Direcção de Ensino de Socorrismo”. Assumindo o formato de um Curso de Formação de
Socorristas (curso FOR; Cruz Vermelha Portuguesa), teve como objectivo central o desenvolvimento
das habilidades necessárias para executar as manobras de socorrismo que estabilizem uma vítima de
acidente ou de doença súbita no seu local de trabalho. A área curricular decorreu de 24 de Maio a 6
de Junho em simultâneo com a área curricular “Estágio em Centro de Saúde”. Dada a natureza
específica desta área curricular, com forte componente prática, os alunos foram divididos em quatro
grupos. Desta forma, enquanto decorria para dois grupos o “Socorrismo” (um de manhã e outro de
tarde), para os outros dois grupos decorria o “Estágio em Centro de Saúde”. Este calendário inverteu-
se na semana seguinte, de modo a todos os alunos frequentarem ambas as áreas curriculares.

Objectivos e Conteúdos
Mantêm-se os objectivos e conteúdos referidos nos Relatórios de 2003 e que, resumidamente, se

25
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
apresentam de seguida (para uma descrição mais detalhada, consultar dossier da área).
Objectivos. Aquisição dos conhecimentos, práticas e atitudes indispensáveis à prestação de ajuda a
pessoas que, por doença súbita ou acidente, necessitem de socorro imediato.
Conteúdos. Apresentação/Plano de acção. Exame da vítima/Introdução ao Serviço Integrado de
Emergência Médica (SIEM). Hemorragias. Choque. Alterações cardio-respiratórias. Alterações do
estado de consciência. Intoxicações. Lesões da pele: feridas e queimaduras. Efeitos do ambiente.
Lesões das articulações, músculos e ossos. Traumatismos. Situações de sinistro múltiplo.

Metodologia
Esta área curricular funcionou sob forma de um Curso de Socorrismo do tipo “FOR” da Cruz
Vermelha Portuguesa. A metodologia específica para cada um dos temas abordados, bem como a
informação completa respeitante à bibliografia, encontra-se disponível no dossier específico da Área,
podendo igualmente ser consultada em http://portal.ecsaude.uminho.pt.

Avaliação dos Alunos


A avaliação dos alunos incluiu uma prova oral-prática (P1) visando verificar as capacidades do
formando realizar correctamente as manobras de socorrismo e de explanar o respectivo suporte
teórico. A classificação final da área curricular Socorrismo correspondeu à classificação obtida pelo
desempenho da cada aluno na prova P1.
Dada a especificidade desta área curricular consideraram-se reprovados os formandos que tenham
obtido: 1) um “não apto” nas classificações parciais dos temas relativos às situações de socorro
essencial, ou 2) dois “não apto” nas classificações parciais dos temas relativos a situações de socorro
secundário, ou 3) um valor inferior a 10 valores na nota da área curricular.
A distribuição das classificações finais obtidas nesta área curricular, a respectiva média final, bem
como a análise comparativa com as restantes áreas, encontram-se no Capítulo III (3.2.).

Equipa Docente
Coordenador de Área
Fernando Rodrigues (Prof. Aux. /ECS-UM)
Coordenador da Cruz Vermelha Portuguesa
Conceição Horta (Direcção de Ensino de Socorrismo da Cruz Vermelha Portuguesa)
Docentes
Carlos Afonso (Cruz Vermelha Portuguesa)
Mário Fernandes (Cruz Vermelha Portuguesa)
Gabriel Campos (Cruz Vermelha Portuguesa)
Fernando Gonçalves (Cruz Vermelha Portuguesa)

2.5. PROJECTO DE OPÇÃO I


A área curricular “Projecto de Opção I” consiste num trabalho individual de livre escolha do aluno. No
ano lectivo 2003-04, esta área curricular decorreu de 14 de Junho a 9 de Julho e o congresso final foi
realizado nos dias 8 e 9 de Julho.

26
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Objectivos e Conteúdos
A introdução desta área no plano de estudos no curso de Medicina tem em vista os seguintes
objectivos:
- conduzir o aluno a um esforço de reflexão, quer sobre si mesmo (aspirações e interesses), quer
sobre a experiência do curso de Medicina entretanto adquirida;
- reforçar a consciência do aluno de que ele é o construtor da sua própria formação;
-contribuir para que o aluno realize uma aprendizagem activa (que é uma das principais estratégias
pedagógicas do curso);
- proporcionar ao aluno a satisfação e a responsabilidade de fazer o que gosta;
- facultar ao aluno uma experiência diversificada em temas e domínios que não fazem parte do
currículo obrigatório, mas que são de grande importância para a formação do médico;
- preparar o aluno na redacção, pela primeira vez, de um trabalho científico, respeitando todas as
partes que o integram, de acordo com as regras de forma e conteúdo;
- treinar o aluno para expor oralmente o conteúdo do trabalho científico realizado, simulando uma
reunião científico-profissional;
- estimular a mobilidade dos alunos, nacional e internacional.

Metodologia
A realização dos projectos de opção implica um trabalho exaustivo feito através de vários contactos
directo entre o coordenador da área e os alunos. Esta organização passou pelas seguintes etapas:
- informar os alunos sobre os tipos de projecto que podem realizar e os objectivos desta área
curricular, reforçando a ideia da necessidade de uma atitude activa na escolha dos temas de
trabalho;
- conversas com os alunos, individuais ou em grupo, para acompanhar e apoiar as suas escolhas,
clarificando as dúvidas dos alunos e incentivando o despertar de ideias inovadoras;
- trabalho de pesquisa feito pelo orientador da área para encontrar, para cada aluno e cada projecto,
o sítio e o orientador mais indicado;
- estabelecimento de um contacto oficial, feito via carta enviada ao orientador e ao responsável pela
entidade em causa;
- reunião geral, a realizar antes do início da área curricular, para esclarecer todas as dúvidas e
entregar as regras de documentação para o aluno e respectivo orientador(es).

Dada a grande variedade no tipo de projectos desenvolvidos pelos alunos, a organização do trabalho,
distribuição horária e tipo de actividades a realizar, são da inteira responsabilidade dos orientadores
do projecto.

Em 2004 foram organizados 53 projectos de opção. No Anexo II.1. apresenta-se, de forma sumária,
para cada aluno e para cada projecto, o tema, o local de realização do projecto e o respectivo

27
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
supervisor.
Nas figuras que se seguem, apresenta-se a distribuição temática dos projectos de Opção I realizados
em 2004, bem como a respectiva distribuição geográfica.

Figura II.1. Distribuição temática dos projectos

13%
Observação Clínica

Investigação laboratorial
8%
Intervenção social e comunitária
54%
Observação Técnicas para-
19% médicas
Organização de Instituições de
Saúde

6%

Figura II.2. Distribuição geográfica dos projectos

1 2
Área do Porto
1 2
1 Minho
1 20 Lisboa
Coimbra
Vila Real
Madeira
Açores
Estrangeiro

25

Avaliação dos Alunos


No final do projecto de opção cada aluno elaborou um relatório escrito (com extensão previamente
definida) e preparou uma apresentação oral do seu trabalho (10 minutos), dirigida aos seus colegas
de curso e aos docentes da Escola, seguida de uma discussão geral (5 minutos). Para o efeito, foi
organizado um “Congresso Interno” que decorreu nos dias 8 e 9 de Julho.
Para efeitos de avaliação, foi criado um júri de três professores da ECS (que incluíu sempre o
professor coordenador da área curricular) que avaliou a apresentação oral dos trabalhos. Cada
relatório foi analisado e classificado por dois professores da ECS sendo que um deles fez parte do júri
de avaliação da apresentação oral, enquanto que o outro não pertenceu a esse júri.
A distribuição das classificações finais obtidas nesta área curricular, a respectiva média final, bem
como a análise comparativa com as restantes áreas, encontram-se no Capítulo III (3.2.).

28
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Equipa Docente
Coordenador de Área
Isabel Palmeirim (Prof. Aux. /ECS-UM)
Outros Docentes da ECS
Dado o coordenador da área ter estado em licença de parto durante parte do ano lectivo, a Docente Patrícia Maciel
(Prof. Aux. /ECS-UM) contribuiu activamente na organização dos projectos de Opção I deste ano.
Docentes Exteriores à ECS
Supervisores dos trabalhos (Ver Anexo II.1)

2.6. ESTÁGIO EM CENTRO DE SAÚDE


A finalidade da área curricular “Estágio num Centro de Saúde”, integrada no 1ºano do curso de
Medicina, é proporcionar aos alunos uma experiência pessoal iniciática de vivência de prestação de
cuidados primários de saúde a que a ECS atribui grande importância na formação do futuro médico.
No ano lectivo de 2003-04 procurou-se atender às críticas pertinentes feitas pelos alunos
relativamente ao estágio realizado no ano lectivo de 2002-03, indicadas no Relatório Anual 2003,
felizmente de carácter esporádico: alguns profissionais de saúde não devidamente informados acerca
da razão da presença dos alunos; desacerto de informação quanto a horários; algumas permanências
demasiado teóricas; não permanências em alguns serviços.
O estágio decorreu nos três Centros de Saúde de Braga, na Unidade de Saúde de Gualtar (extensão
do Centro de Saúde Braga I) e na Unidade Operativa de Saúde Pública.

Objectivos e Conteúdos
A finalidade visada integra os seguintes objectivos:
- compreender o papel, organização e importância dos Centros de Saúde enquanto prestadores de
cuidados primários de saúde integrados;
- compreender as características (científicas, técnicas, psicológicas e sociais) das diversas funções dos
Centros de Saúde e das dificuldades ao seu exercício.
O “Estágio em Centro de Saúde” (com texto de apoio prévio que consta do Relatório específico da
Área) desenvolveu-se com a permanência dos alunos nos seguintes serviços: Administrativo, Saúde
Pública, Social, Nutrição, Psicologia, Consultas de Medicina Geral e Familiar, Atendimento de
Consultas Urgentes e Enfermagem.

Metodologia e Bibliografia
A metodologia só no estritamente necessário incluiu exposições teóricas. Essencialmente, passou
pela observação directa pelos alunos das actividades em curso nos Centros de Saúde e, na medida do
aconselhável e do possível, pela sua participação nelas.
Para o efeito, os alunos tiveram uma curta experiência do trabalho realizado nos diversos serviços do
Centro de Saúde.
O estágio terminou com uma reunião geral, para partilha de experiências e reflexões pessoais e para
prestação dos esclarecimentos necessários.

29
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
A bibliografia limitou-se a um texto expressamente elaborado pela coordenadora das actividades,
relativo ás atribuições, organização e importância dos Centros de Saúde enquanto prestadores de
cuidados primários de saúde e de acompanhamento de doentes crónicos.

Avaliação dos Alunos


Cada aluno elaborou um relatório escrito (extensão previamente definida) no qual apreciou o estágio
realizado. A avaliação final dos alunos incluiu, quer a sua participação nas actividades (assiduidade,
interesse, comportamento), quer a classificação obtida no relatório.
A distribuição das classificações finais obtidas nesta área curricular, a respectiva média final, bem
como a análise comparativa com as restantes áreas, encontram-se no Capítulo III (3.2.).

Equipa Docente
Coordenador de Área
Joaquim Pinto Machado (Prof. Cat. /ECS-UM)
Coordenadora das actividades realizadas nos Centros de Saúde
Margarida Lima (MD/Responsável da Unidade de Saúde de Gualtar-Braga)
Supervisores das actividades
Profissionais de saúde (medicina, enfermagem, nutrição e psicologia) de serviço social e administrativos dos Centros
de Saúde de Braga.

B) 2º ANO CURRICULAR
2.7. FAMÍLIA, SOCIEDADE E SAÚDE
Esta área curricular tem por finalidade a aprendizagem cognitiva indispensável à iniciação da área
curricular “Acompanhamento de uma Família”.

Objectivos e Conteúdos
Orientada para a finalidade descrita no item anterior, esta área curricular tem uma diversidade de
objectivos em relação aos quais foram organizados os três módulos a seguir resumidamente
apresentados.

MÓDULO 1: FAMÍLIA E SAÚDE


Objectivos:
- perspectivar o nascimento e a parentalidade no quadro da família;
- descrever as competências parentais e compreender a sua importância para o desenvolvimento da
criança;
- estudar os factores que prejudicam o desenvolvimento das competências parentais e os que o
beneficiam;
- conhecer e compreender o paradigma sistémico em Medicina Familiar, a interacção familiar e
dimensão temporal do processo familiar;
- avaliar a estrutura e padrões familiares;

30
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
- avaliar o impacto da doença na estrutura familiar e compreender o seu impacto no processo
familiar;
- compreender as noções de promoção de saúde e prevenção em saúde e a sua complementaridade e
a intervenção do Médico de Família nestes domínios.

Conteúdos: Nascimento e parentalidade. Estrutura e processo familiar. Dinâmica familiar e doença.


Promoção da saúde em contexto familiar.

MÓDULO 2: A VIDA EM/NA FAMÍLIA


Objectivos:
- reconhecer os factores sociais, culturais e económicos subjacentes ao desenvolvimento e
estruturação da família e avaliar o seu impacto na vida familiar;
- analisar as relações entre características e dinâmicas das instituições/sistemas sociais e a criação
de dificuldades sociais;
- averiguar os conhecimentos acerca do papel que os factores sociais, culturais e económicos
desempenham na vivência da saúde e da doença e da relação desses factores na interacção
utentes/profissionais de saúde;
- analisar e caracterizar as relações intergeracionais no âmbito da família e os factores que as
influenciam;
- caracterizar a emergência de conflitos intergeracionais no seio das famílias;
- analisar as implicações sociais da asserção do espaço família como um “espaço privado”;
- introduzir os conceitos da psicologia do desenvolvimento do ciclo da vida e as suas bases biológicas
e culturais;
- estimular a reflexão e o sentido crítico dos alunos relativamente a: coordenação da família como
sistema multicomponencial e multideterminado; papel do médico na identificação de práticas sócio-
culturais e familiares desajustadas e suas correcções.

Conteúdos: Factores sociais, culturais e económicos. As relações intergeracionais. O “Espaço


Privado”. Psicologia do desenvolvimento ao longo do ciclo da vida.

MÓDULO 3: FAMÍLIA E SOCIEDADE


Objectivos:
- identificar e analisar as transformações e as permanências no seio da família, sobretudo desde o
último cartel do século XX;
- analisar a família enquanto instância socializadora, transmissora de valores e de sistemas de
significação.
Conteúdos: A noção de família, teorias sociológicas acerca da família. Perspectiva sociológica sobre
trabalho doméstico e saúde.

31
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Metodologia e Bibliografia
A metodologia-padrão foi a seguinte:
- exposições interactivas;
- trabalho em grupo sobre questões apresentadas pelo docente;
- apresentação dos resultados, discussão, síntese e perspectivas de desenvolvimento e
aprofundamento no decurso de “Acompanhamento de uma Família”.

Da bibliografia recomendada salienta-se:


- Baltes P.B. (1997): On the incomplete architecture of human ontogeny: selection, optimization, and
compensation as foundation of developmental theory. Amer. Psychol. 52: 366-380.
- Georg C. and Salomon J. (1999): Attachment and caregiving: The caregiving behavioural system. I :
J. Cassidy and P. Shaver (Eds), Handbook of Attachment: Theory, Research and Clinical
Applications. New York, The Guilford Press, págs. 649-670.
- Kligman E.W. and Hale F.A. (1998): Clinical prevention. In: Robert B. Taylor (Ed.) Family -Medicine,
5th ed., New York, Springer, págs. 37-55.
- Leandro M.E. (2001): Sociologia da Família nas Sociedades Contemporâneas. Lisboa, Universidade
Aberta, págs. 38-46, 68-111 e 277-294.
- Rolland J. (1994): Families, Illness & Disability: An Integrative Treatment Model. New York, Basic
Books, cap.4.
- Zimmerman R. K. (1998): Health promotion. In: Robert B. Taylor (Bd). Family Medicine, 5th ed.,
New York, Springer, págs 56-63.

Avaliação dos Alunos


A avaliação inclui uma prova escrita que contempla análise de casos e questões de reflexão pessoal.
A distribuição das classificações finais obtidas nesta área curricular, a respectiva média final, bem
como a análise comparativa com as restantes áreas, encontram-se no Capítulo III (3.2.).

Equipa Docente
Coordenador da Área
Joaquim Pinto Machado (Prof. Cat./ECS-UM)
Docentes
MÓDULO 1: FAMÍLIA E SAÚDE
Coordenadora
Teresa McIntyre (Prof. Ass. Agr. /IEP-UM)
Docentes
Inês Jongnelen (Assist. /IEP-UM)
Maria da Graça Pereira (Prof. Aux./IEP-UM)
Teresa Macedo (MD/Unidade de Saúde de Gualtar-Braga)
MÓDULO 2: VIDA EM/NA FAMÍLIA
Coordenador
Teresa McIntyre (Prof. Ass. Agr. /IEP-UM)

32
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Docentes
Carlos Barbosa (Assist. /IEP-UM)
José Ferreira Alves (Prof. Aux. /IEP-UM)
Sofia Neves (Assist. /IEP-UM)
MÓDULO 3. FAMÍLIA E SOCIEDADE
Maria Engrácia Leandro (Prof. Cat. /ICS-UM)

2.8. SISTEMAS ORGÂNICOS E FUNCIONAIS II & III


Com base na experiência do 1º ano, e conforme justificado no Relatório Anual de 2001-02, foram
introduzidas algumas alterações em relação à programação iniciada no ano lectivo 2001-02,
essencialmente decorrentes da identificação de problemas e desajustes de conteúdo e planificação
temporal. Neste sentido, para os alunos do 2º ano curricular que iniciaram o curso no ano lectivo
2002-03, a estruturação global dos SOFs obedeceu à Figura II.3.

Figura II.3. Estruturação global dos módulos dos SOFs II & III para o ano lectivo 2003-04

2º Ano – 2003-04
Sistema Circulatório e
Respiratório
(8 semanas)
1º Semestre
(SOF II)

Sistema Urinário
(3 semanas)
Sistema Reprodutor, Crescimento,
Desenvolvimento e Envelhecimento
(4 semanas)
Avaliação Integrada

2º Ano – 2003-04

Sistema Nervoso
(8 semanas)
2º Semestre
(SOF III)

Sistema Endócrino
(4 semanas)

Sinopse dos SOFs


(2 semanas)
Avaliação Integrada

Objectivos e Conteúdos
Em consonância com os objectivos globais dos SOFs apresentados em 2.3. e com a planificação
apresentada na Figura II.3., no ano lectivo de 2003-04 as actividades científico-pedagógicas do 2º ano
curricular, (1º e 2º semestres) (SOF II & III) foram distribuídas pelos módulos que a seguir, de um
modo resumido, se apresentam.

SOF II: 1º SEMESTRE


MÓDULO 3: SISTEMA CIRCULATÓRIO E RESPIRATÒRIO (8 SEMANAS)

Neste módulo os alunos aprendem os conceitos fundamentais relativos à estrutura macro- e


microscópica, embriologia, bioquímica e fisiologia dos sistemas cardiovascular e respiratório e das
33
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
suas inúmeras interacções. Aborda-se ainda a estrutura e função dos sistemas linfático e imunitário
nas suas correlações anátomo-clínicas e na articulação com as áreas abordadas nos SOFs e, ainda, a
constituição e fisiologia do sangue.

MÓDULO 4: SISTEMA URINÁRIO (3 SEMANAS)

Este módulo aborda a estrutura e função do rim e dos outros componentes do aparelho urinário, com
ênfase nos mecanismos fisiológicos e bioquímicos básicos da filtração, secreção e reabsorção tubular,
e mecanismos intrínsecos para o controlo da função renal. Aspectos clínicos (médicos e cirúrgicos)
referentes ao sistema urinário são discutidos para melhor compreensão dos conhecimentos “básicos”.

MÓDULO 5: SISTEMA REPRODUTOR, CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E ENVELHECIMENTO (4 SEMANAS)

Este módulo aborda a organização geral e os aspectos funcionais do sistema reprodutor masculino e
feminino. Para ambos os sexos, é feita a integração com aspectos clínicos relacionados com os
mecanismos reprodutores, sexualidade e patologia dos órgãos genitais. No sexo feminino, é ainda
efectuada a integração com aspectos clínicos relacionados com a mama e gravidez. A pelve e períneo
serão aqui revisitados e abordados de modo anatómico e imagiológico. Nos processos essenciais à
continuidade da espécie são abordados os aspectos básicos relacionados com o desenvolvimento,
crescimento pós-natal e envelhecimento; neste sentido, este módulo envolve ainda a integração de
áreas clínicas muito abrangentes como a pediatria, a geriatria, a psicologia e a genética.

SOF III: 2º SEMESTRE


MÓDULO 6: SISTEMA NERVOSO (8 SEMANAS)
Este módulo aborda o estudo do primeiro dos sistema de coordenação. A abordagem é efectuada
numa perspectiva neurobiológica multidisciplinar incluindo aspectos da neuroanatomia,
neurofisiologia, neuroquímica e neurologia. Neste módulo, o sistema nervoso autónomo é abordado
de modo discriminado retomando os conhecimentos que previamente foram sendo distribuídos ao
longo de outros SOF (e.g. cardiovascular e respiratório, digestivo, urinário, reprodutor). Os órgãos dos
sentidos são abordados numa perspectiva de integração anátomo-clínica. A neurobiologia do
desenvolvimento, incluindo a neurobiologia do envelhecimento, é um dos importantes tópicos
tratados de modo multidisciplinar neste módulo.
MÓDULO 7: SISTEMA ENDÓCRINO (4 SEMANAS)

O sistema endócrino, em íntima relação com o sistema nervoso, contempla o estudo coordenado das
glândulas endócrinas e das hormonas produzidas por essas glândulas. Articula-se funcionalmente
com o sistema nervoso na manutenção da homeostasia, de crucial importância na fisiologia dos
sistemas orgânicos.

MÓDULO 8: SINOPSE DOS SISTEMAS ORGÂNICOS E FUNCIONAIS (2 SEMANAS)


Este módulo visa a integração dos diversos sistemas, numa abordagem de ensino baseado em
problemas, onde a morfologia, fisiologia e bioquímica concorrem para a abordagem de situações
clínicas apresentadas sob a forma de casos a serem “resolvidos” pelos alunos.
34
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Metodologia e Bibliografia
Foi seguida a metodologia do “Ensino por Módulos de Objectivos”, em que cada um dos módulos
incluiu o desencadear de cinco fases distintas, a última das quais dedicada à avaliação. No caso das
sinopses optou-se pelo método de “Aprendizagem baseada na resolução de problemas”.
A bibliografia geral recomendada não sofreu alterações significativas.

Avaliação e Classificações dos Alunos


O sistema de avaliação da área curricular é idêntico ao descrito para os “Sistemas Orgânicos e
Funcionais I”.
A distribuição das classificações finais obtidas nesta área curricular, a respectiva média final, bem
como a análise comparativa com as restantes áreas, encontram-se no Capítulo III (3.2.).

Equipa Docente
Coordenadores da Área Curricular
Maria Amélia Ferreira (Prof. Cat. /FM-UP)
Nuno Sousa (Prof. Aux. /ECS-UM)
Coordenadores de Módulos
MÓDULO 3: SISTEMA CIRCULATÓRIO E RESPIRATÒRIO
Jorge Correia-Pinto (Prof. Aux. /ECS-UM)
MÓDULO 4: SISTEMA URINÁRIO
Patrícia Maciel (Prof. Aux. /ECS-UM)
MÓDULO 5: SISTEMA REPRODUTOR, CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E ENVELHECIMENTO
Armando Almeida (Prof. Aux. /ECS-UM)
MÓDULO 6: SISTEMA NERVOSO
Nuno Sousa (Prof. Aux. /ECS-UM)
MÓDULO 7: SISTEMA ENDÓCRINO
Joana Palha (Prof. Aux. /ECS-UM)
MÓDULO 8: SINOPSE DOS SISTEMAS ORGÂNICOS E FUNCIONAIS
Maria Amélia Ferreira (Prof. Cat. /FM-UP)
Docentes envolvidos
A mesma equipa referida em 2.3.
Seminários (Inclui Docentes Convidados)
- Anatomia cirúrgica das vias urinárias. Transplante renal (Carlos Silva/H.S. Marcos-Braga)
- Correlações anátomo-clínicas da patologia urinária (Joana Santos/H.S. Marcos-Braga)
- Embriologia urogenital (Armando Almeida/ECS-UM)
- Doenças do metabolismo de aminoácidos, nucleótidos e ácidos orgânicos (Maria Luís Cardoso/Instituto de Genética-Médica
Jacinto de Magalhães)
- Regulação da continência urinária e bexiga neurogénica (Carlos Mariz - H.S. João-Porto)
- Nefropatia de refluxo (Helena Jardim/FMUP/H.S. João-Porto)
- Nefropatia diabética (Gerardo Oliveira/FMUP/H.S. João)
- Distribuição da água corporal (Manuel Pestana/FM-UP/H.S. João-Porto)
- Insuficiência renal crónica (Isabel Ribeiro/ECS-UM/H. Pedro Hispano-Matosinhos)
- Anatomia radiológica do sistema reprodutor (R.Machado/H.S. João-Porto)
- Carcinoma da mama (J.M. Oliveira/H. Pedro Hispano-Matosinhos)
- Anatomia clínica do sistema reprodutor masculino. Andrologia (Carlos Silva/H.S. Marcos-Braga)

35
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
- Anatomia clínica do sistema reprodutor feminino (P.Vieira Castro/H. Senhora da Oliveira-Guimarães)
- Anatomia fetal – ecografia e RM fetal (Matos Cruz/H.S. Marcos-Braga)
- Abordagem clínica de intersexos (Cidade Rodrigues/H. Maria Pia-Porto)
- Disfunção eréctil (Estêvão Lima/H. S. António-Porto)
- Mecanismos de contracepção (Cristina Godinho/H. Senhora de Oliveira-Guimarães)
- Reprodução medicamente assistida (Cristina Godinho/H. Senhora de Oliveira- Guimarães)
- Anatomia cirúrgica do Sistema Nervoso (Carlos Alegria/H.S. Marcos-Braga)
- Anatomia imagiológica do Sistema Nervoso Central (Nuno Sousa/ECS-UM)
- Radiculopatias (Paulo Pereira/H.S. João-Porto)
- Etiologia da esquizofrenia: os genes e o ambiente (Joana Palha/ECS-UM)
- Doenças poliglutamínicas (Patrícia Maciel/ECS-UM)
- Doenças desmielinizantes: Esclerose múltipla (Maria José Sá/FMUP/H.S. João-Porto).
- Degeneração do nervo periférico: polineuropatia amiloidótica familiar. (Mónica Sousa/IBMC-UP)
- Epilepsia (João Campos Pereira - Centro Hospitalar do Alto Minho)
- Vida vegetativa e morte cerebral (Mónica Marta/H.S. António-Porto)
- Surdez e formas de correcção (Manuel Lima Rodrigues/ECS-UM e Centro Hospitalar do Alto Minho)
- Regulação central do sistema nervoso autónomo (Silva Carvalho/FML.-Lisboa)
- Fototransdução: Aplicações clínicas (Amândio Rocha-Sousa/FMUP/H.S. João-Porto)
- Alterações morfológicas associadas a endocrinopatias (Nuno Sousa/ECS-UM)
- Doenças metabólicas lisosomiais (Clara Sá Miranda/IBMC/I. Jacinto Magalhães)
- Distúrbios das hormonas tireoideias na grávida e consequências para o recém-nascido (Maria José Costeira/H. Senhora de
Oliveira-Guimarães)
- Transporte de hormonas para os tecidos (Joana Palha/ECS-UM)
- Distúrbios hipofisários (Castor Pereiras/H.S. Marcos-Braga)
- Distúrbios da tireóide (Claudia Horta/H.S. António-Porto)
- Diabetes Mellitus (Olinda Marques/H. S. Marcos-Braga)
- Obesidade (Leonilde Coelho/H.S. Marcos-Braga)

2.9. ACOMPANHAMENTO DE UMA FAMÍLIA I


No relatório de 2003 indicaram-se as razões pelas quais as visitas dos alunos às famílias só puderam
ter início a partir do mês de Abril.
No ano lectivo de 2003-04 foi possível que esse início ocorresse em Fevereiro, o que possibilitou a
realização de 4 a 5 visitas.
Os alunos foram tutorizados por 12 médicos dos centros de saúde da Sub-Região de Saúde de Braga,
mantendo-se como seus coordenadores os quatro médicos que exerceram essas funções no ano
lectivo anterior.
A Escola de Ciências da Saúde está profundamente grata a estes médicos que, sem redução das suas
actividades profissionais e sem qualquer remuneração, acederam em participar nesta área curricular.
Gratidão merecem também as 52 famílias que, compreendendo o que estava em causa, aceitaram
esta “intromissão” dos nossos alunos nas suas vidas.

Objectivos e Conteúdos
Como foi referido nos Relatórios Anuais anteriores, a área curricular “Acompanhamento de Uma
Família” visa proporcionar aos estudantes de Medicina um conhecimento testemunhal de como vive e

36
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
se relaciona um agregado familiar plurigeracional e a compreensão da influência desse contexto, e
dos factores externos que o afectam, no desenvolvimento, realização e bem-estar – portanto na saúde
– de cada um dos seus membros.
Trata-se de uma experiência estruturante de um saber, de uma ética e de um agir, isto é,
estruturante do ser.
Deste objectivo geral decorrem diversos objectivos particulares, nomeadamente:
- compreensão da influência da vida em família no desenvolvimento, realização e bem-estar de cada
um dos seus membros;
- identificação das condicionantes endógenas e exógenas da vida em família e compreensão da sua
importância;
- observação do desenvolvimento ao longo do ciclo de vida, identificação dos factores que o
influenciam e compreensão da sua importância;
- desenvolvimento integrado das dimensões reflectiva, afectiva, social e ética dos alunos;
- aprendizagem a partir da experiência.

Em ordem à prossecução destes objectivos específicos, são atendidas as seguintes questões básicas,
tidas em consideração desde o início e progressivamente aprofundadas:
- inserção do estudante na família (quem é esta família? que faço eu aqui?);
- conhecimento da família (estrutura familiar, dinâmica e processo familiar, contexto sócio-
económico, relação com o exterior);
- a saúde na família (hábitos de saúde; factores de risco ou factores protectores; práticas de saúde).

Indicam-se de seguida os conteúdos correspondentes aos objectivos e questões básicas em causa.

INSERÇÃO GRADUAL NA FAMÍLIA

Sessão 1 – Tutoria (Dezembro-Janeiro) “Preparação do aluno para o 1º encontro com a família”


Sessão 2 – Tutoria/Visita 1 (Janeiro) “1º encontro com a família”
Aulas 1-3 – Oficinas (Novembro-Janeiro): Aplicação dos conhecimentos sobre comunicação à gestão dos
primeiros encontros com a família.
CONHECENDO MELHOR A FAMÍLIA: COMO É COM ESTA REALIDADE?

Sessão 3 – Tutoria/Visita 2 (Fevereiro) – Conhecendo a família: Contexto socioeconómico


Aula 4 – Oficinas (Fevereiro): Observação da comunicação verbal e não-verbal na família;
desenvolvimento de postura empática.
Sessão 4 – Tutoria/Visita 3 (Março) – Conhecendo a família: Estrutura familiar
Aula 5 – Oficinas (Março)
- Observação da comunicação, cultura, relações sociais; desenvolvimento de postura empática.
Sessão 5 – Tutoria/Visita 4 (Abril) – Conhecendo a família: Dinâmica e processo familiar
Aula 6 – Oficinas (Abril): Comunicação intercultural e erros de comunicação; Preparação de entrevista
breve.
Sessão 6 – Tutoria/Visita 5 (Maio) – Conhecendo a família: Dinâmica e processo familiar

37
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Metodologia e Bibliografia
As famílias foram escolhidas de acordo com os seguintes critérios:
- inscrição num Centro de Saúde de Braga;
- casal estável, com um filho recém-nascido ou prestes a nascer;
- ausência de problemas graves (por exemplo, violência doméstica, alcoolismo, toxicodependência,
psicopatia);
- consentimento informado.

Factores de preferência:
- Haver mais filhos;
- Haver pelo menos um idoso vivendo com a família ou com ela convivendo frequentemente.
Os médicos (clínicos gerais/médicos de família) de Centros de Saúde de Braga foram informados
(“Guião dos Docentes”) dos objectivos, actividades e metodologias desta área curricular e,
obviamente, do seu papel como “Tutores” (orientadores de um grupo de quatro alunos que visitam
famílias inscritas no seu ficheiro clínico) ou como “Coordenadores dos Tutores” (coordenam a acção
dos tutores do respectivo Centro de Saúde).
Informação idêntica foi prestada aos alunos (“Guião dos Alunos”).

Actividades dos alunos no âmbito das visitas às famílias:


- Visitas periódicas (mensais no 2º ano curricular);
- Reunião de grupo com o tutor após cada visita (partilha de experiências, reflexão, aconselhamento).

A preceder a primeira visita, todos os alunos foram apresentados à “sua” família pelos respectivos
médicos, quer em consulta no Centro de Saúde, quer deslocando-se expressamente aos domicílios.
O desenvolvimento de competências de comunicação interpessoal decorreu em seis oficinas, em que
foram utilizadas técnicas de observação e de registo no contexto familiar, vídeos temáticos e
exercícios práticos de treino das várias competências de comunicação interpessoal. A partir destes
meios foi promovida a reflexão crítica e a integração dos conteúdos, preparando-se assim os alunos
para os sucessivos momentos de acompanhamento das famílias.
O suporte cognitivo básico para as visitas às famílias foi proporcionado na área curricular “Família,
Sociedade e Saúde”.

Quanto às oficinas, a bibliografia recomendada foi a seguinte:


- Ivey A.(1994): International Interviewing and Counseling: Facilitating. Client Development. 2nd ed.
California, Books/Cole Publishing Co.
- Dewey J. and Hall E.T. (1993): Interpersonal Communication. In Deaux K, Dane F.C. and
Wrightsman S.(Eds): Social Psycology in the 90´s. California, Brooks/Cole Publishing Co.
- Jandt F.E. (1998): Intercultural Communication. An Introduction. London, Sage Publications.

38
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Avaliação dos Alunos
A avaliação consistiu na elaboração de (i) um trabalho escrito sobre as visitas às famílias e (ii) um
trabalho escrito sobre as oficinas. Para efeito de classificação final, foram atribuídos os coeficientes
de ponderação de 0,7 e de 0,3, respectivamente.
A distribuição das classificações finais obtidas nesta área curricular, a respectiva média final, bem
como a análise comparativa com as restantes áreas, encontram-se no Capítulo III (3.2.).

Equipa Docente
Coordenador da Área
Joaquim Pinto Machado (Prof. Cat. /ECS-UM)
Docentes
Maria Engrácia Leandro (Prof. Cat./ICS-UM)
Teresa McIntyre (Prof. Ass. Agr. /IEP-UM)
Teresa Macedo (MD/Unidade de Saúde de Gualtar-Braga)
Coordenadores de Tutores
António Pimenta Marinho (MD/Centro de Saúde de Braga I)
Lopo Antunes (MD/Centro de Saúde de Braga II)
Luísa Carvalho (MD/Centro de Saúde de Braga III)
Teresa Macedo (MD/Unidade de Saúde de Gualtar-Braga)
Tutores
Adelaide Alves (MD/Centro de Saúde de Braga I)
Filomena Carvalho (MD/Centro de Saúde de Braga I)
Olga Silva (MD/Centro de Saúde de Braga I)
Pelaes Carones (MD/Centro de Saúde de Braga I)
Fernanda Maria Vieira (MD/Centro de Saúde de Braga II)
Jessi Anita Oliveira Silva (MD/Centro de Saúde de Braga II)
Maria José Alves Menezes (MD/Centro de Saúde de Braga II)
Maria Teresa Almeida Gonçalves (MD/Centro de Saúde de Braga II)
Aparício Barbosa Silva Braga (MD/Centro de Saúde de Braga III)
Maria da Conceição Sameiro Ferreira Cruz (MD/Centro de Saúde de Braga III)
Eugénia Esteves (MD/Unidade de Saúde de Gualtar - Braga)
Márcia Milet (MD/Unidade de Saúde de Gualtar - Braga)
Oficinas
Teresa Freire Albuquerque (Prof. Aux. / IEP-UM)

2.10. PROJECTO DE OPÇÃO II


A Área Curricular “Projecto de Opção II” desenrolou-se entre 28 de Junho e 23 de Julho de 2004.
Um ano depois da Área “Projecto de Opção I”, que decorre no 1º ano do curso, o “Projecto de Opção
II” possibilita aos estudantes fortemente motivados para um assunto em especial retomar ou
melhorar a sua experiência anterior clínica, social ou de investigação durante mais 4 semanas. No
entanto, a grande maioria dos estudantes prefere realizar um projecto diferente e com novos
objectivos específicos daquele realizado no ano anterior.

39
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Objectivos e Conteúdos
Os principais objectivos desta área são idênticos aos atribuídos ao Projecto de Opção I (2.5.)
A completa liberdade e flexibilidade na escolha do tema para Projecto de Opção por parte dos
estudantes durante as 4 semanas (3 semanas de estágio propriamente dito + 1 semana para
preparar o relatório final e a apresentação oral) permitiu-lhes escolher um tópico que geralmente
pode ser incluído numa das seguintes actividades principais: (1) observar a actividade associada a
uma unidade de Emergência Médica ou a uma especialidade médica num departamento médico de
uma Instituição pública ou privada; (2) preparar uma revisão actualizada sobre um assunto médico
pertinente e actual; (3) conhecer a realidade actual de instituições ligadas à saúde (funcionamento,
gestão e interacção com a sociedade); (4) proceder à análise do funcionamento de Instituições sociais
com a função de apoiar populações carenciadas (por exemplo: Instituições que recebem, tratam e
apoiam pessoas com défice sensorial, motor ou mental ou Institutos de apoio ao toxicodependente ou
a pessoas sujeitas a violência doméstica); (5) desenvolver um plano de investigação e executá-lo
numa instituição laboratorial; (6) desenvolver um estudo epidemiológico; (7) conhecer a realidade de
outras metodologias de tratamento, nomeadamente aquelas desenvolvidas pelas medicinas
alternativas (complementares). No Anexo II.2 encontram-se sumariados, para cada estudante do 2º
ano do curso de Medicina, o tema do Projecto, o local de estágio e o nome do orientador.

Metodologia
Dada a grande variedade de temas desenvolvidos pelos estudantes, a organização dos trabalhos, o
calendário e o tipo de actividades realizadas foram da responsabilidade dos Orientadores de cada
Projecto de Opção.

Nas figuras que se seguem, apresenta-se a distribuição geográfica dos projectos de Opção II
realizados em 2004, bem como a respectiva distribuição temática.

Figura II.4. Distribuição Geográfica dos locais de realização dos Projectos de Opção II
2003-04

2
4 2

8
32

Porto
Braga
Madeira
Lisboa
Trás-os-Montes
Açores

52

40
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Figura II.5. Distribuição temática dos Projectos de Opção II
2003-04

6
8
Observação Clínica
4
Investigação Laboratorial
8
Intervenção Social e
Comunitária
Medicinas
Complementares

74 Revisão Bibliográfica

Avaliação dos Alunos


No final da Área Curricular a avaliação de cada estudante baseou-se em:
- Avaliação do Orientador (65 % da nota final)
- Comunicação Oral (20 % da nota final)
- Relatório Escrito (15 % da nota final)

A Comunicação oral de cada Projecto (10 minutos) e a respectiva Discussão (5 minutos) realizaram-
se perante os colegas e professores num mini-congresso, denominado “Congresso dos Projectos de
Opção II” – os 50 estudantes apresentaram os seus projectos durante a manhã e tarde dos dias 27 e
28 de Julho de 2004.
A distribuição das classificações finais obtidas nesta área curricular, a respectiva média final, bem
como a análise comparativa com as restantes áreas, encontram-se no Capítulo III (3.2.).

Equipa Docente
Coordenadores da Área Curricular
Armando Almeida (Prof. Aux. /ECS-UM)
Júri de Avaliação
Armando Almeida (Prof. Aux. /ECS-UM)
Joana Palha (Prof. Aux. /ECS-UM)
Docentes
Supervisores dos trabalhos (Anexo II.2.)

C) 3º ANO CURRICULAR
2.11. BIOPATOLOGIA E INTRODUÇÃO À TERAPÊUTICA
No plano de estudos do curso de Licenciatura em Medicina a “Biopatologia e Introdução à
Terapêutica” constitui uma área curricular da FASE II (3º ano), com 23 semanas de duração, o que
corresponde a 23 Unidades de Crédito e 552 horas de actividades lectivas.

41
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Trata-se de uma área nuclear do ensino médico e que irá estender-se nos anos seguintes através da
prática clínica. Os temas gerais de anatomia patológica, genética, imunologia, microbiologia /
parasitologia e farmacologia são abordados de modo coordenado e integrado, numa articulação
horizontal dentro do projecto educativo adoptado pela Escola de Ciências da Saúde para o seu Curso
de Licenciatura em Medicina.
De acordo com o programado, e conforme consta no Relatório Anual de 2003, a estruturação global
da Biopatologia para os alunos que ingressaram em 2001-02 obedeceu a uma organização por
módulos temáticos, integrando horizontalmente as diversas sub-áreas científicas, numa associação
permanente com a componente clínica. A distribuição dos módulos obedeceu à estrutura que a seguir
se apresenta.
3º Ano 2003-04 – Biopatologia e Introdução à Terapêutica
Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março

Fundamentos
Mód: 1 Biopatologia e

(4 sem) Farmacologia

Mód: 2 Patologia
(4 sem) Geral

Mód: 3 Imunopatologia
(4 sem)

Mód: 4 Patologia
(4 sem) Infecciosa
Mód. 5 Patologia
(4 sem) Genética e
Ambiental
Mód. 6 Neoplasias
(3 sem)

Objectivos e Conteúdos
• Habilitar os estudantes com os meios de aquisição de conhecimentos científicos, desempenhos e
atitudes nas áreas de anatomia patológica, genética, imunologia, microbiologia/parasitologia e
farmacologia de forma integrada e coordenada e identificando a sua importância na prática
médica.
• Avaliar de modo correcto e adequado, com técnicas apropriadas, o grau de aquisição desses
conhecimentos, desempenhos e atitudes.
• Dar apoio pedagógico (e pessoal) aos alunos no decurso de toda área curricular.
• Promover as capacidades de aprendizagem individual e em grupo dos alunos no decurso da área
curricular.
• Avaliar e desenvolver de modo activo e flexível os programas da área curricular de Biopatologia e
Introdução à Terapêutica, numa metodologia de investigação-acção.

Conforme referido atrás, a organização da área curricular de Biopatologia e Introdução à Terapêutica

42
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
é feita por módulos. Os módulos foram desenvolvidos tematicamente, a partir das sub-áreas
científicas que integram a área curricular, sendo conduzidos sequencialmente. As diferentes
vertentes curriculares complementaram-se, tendo estado em constante associação com a componente
clínica.
Abaixo, descrevem-se sumariamente os diferentes módulos e seus objectivos específicos.

MÓDULO 1: FUNDAMENTOS DE BIOPATOLOGIA E FARMACOLOGIA (4 semanas) – Este módulo teve como


objectivo abordar os fundamentos das sub-áreas científicas envolvidas no estudo da Biopatologia,
com ênfase na importância do ensino integrado para a aprendizagem médica. No final deste módulo,
foi discutido um caso clínico completo que conjugava aspectos relacionados com todas as vertentes
da biopatologia, para demonstrar aos alunos a importância do estudo integrado de todas as sub-
áreas científicas, relativamente aos módulos subsequentes e, sobretudo, para a sua prática clínica
futura.
MÓDULO 2: PATOLOGIA GERAL (4 semanas) – O objectivo deste módulo foi demonstrar as alterações
morfológicas secundárias à morte e adaptação celular, inflamação e distúrbios hemodinâmicos, suas
consequências funcionais e princípios terapêuticos.
MÓDULO 3: IMUNOPATOLOGIA (4 semanas) – Este módulo teve dois grande objectivos: (i) integrar os
componentes celulares e moleculares do sistema imunológico e compreender a sua relevância na
homeostasia e nas respostas adequadas aos estímulos e desafios externos, por contraponto à sua
desregulação e consequente imunopatologia; e (ii) nas situações de imunopatologia, descrever a base
celular e molecular das hipersensibilidades, autoimunidades, reacções a transplantes e
imunodeficiências e conhecer as ferramentas diagnósticas e as abordagens terapêuticas disponíveis.
MÓDULO 4: PATOLOGIA INFECCIOSA (4 semanas) Os objectivos deste módulo foram: (i) conhecer e
compreender a interacção entre os agentes infecciosos e seus factores de virulência e os mecanismos
de resistência do hospedeiro; e (ii) demonstrar as alterações morfológicas secundárias às doenças
infecciosas; e - conhecer os princípios terapêuticos das doenças infecciosas.
MÓDULO 5: PATOLOGIA GENÉTICA E AMBIENTAL (4 semanas) – Este módulo teve como objectivos: (i)
identificar e caracterizar os diversos tipos de doenças genéticas, suas causas e implicações
patológicas, assim como possíveis modalidades terapêuticas; (ii) integrar a diversidade genética do
hospedeiro e a sua resposta ao ambiente em que está inserido; (iii) reconhecer as principais doenças
de origem ocupacional e nutricional; e (iv) identificar os diferentes agentes exógenos tóxicos e seu
tratamento específico.
MÓDULO 6: NEOPLASIAS (3 semanas) – Neste módulo os objectivos foram: (i) adquirir conhecimentos de
nomenclatura tumoral e capacidades para identificar as alterações morfológicas neoplásicas; (ii)
conhecer os diversos mecanismos moleculares e celulares subjacentes ao desenvolvimento do cancro;
(iii) identificar os agentes carcinogénicos e seus mecanismos de acção; (iv) compreender a relação
sistema imunológico-cancro; e (v) identificar estratégias terapêuticas antitumorais.

43
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Metodologia e Bibliografia
Na sequência das anteriores áreas curriculares do Curso de Medicina, a metodologia de
ensino/aprendizagem adoptada na área de “Biopatologia e Introdução à Terapêutica”, desenvolve-se
segundo um modelo baseado na integração de áreas de conhecimento, aqui referidas como sub-áreas
científicas, na aprendizagem por módulos de objectivos, sendo orientado para a resolução de
problemas. No que respeita à resolução de problemas, nesta fase da formação dos alunos de
medicina foi dado particular ênfase ao uso de casos/problemas clínicos. As actividades de
aprendizagem em cada módulo, foram compostas por cinco fases distintas, a última delas dedicada à
avaliação (ver metodologia de ensino da ECS em 1.2.3.).
Cada sub-área científica (anatomia patológica, genética, imunologia, microbiologia/parasitologia e
farmacologia) teve, no mínimo, um livro base que esteve disponível para os alunos nas salas de
ensino tutorial e auto-aprendizagem, assim como na Unidade de Educação Médica. Sempre que
apropriado, textos de apoio e representações esquemáticas foram atempadamente disponibilizados na
intranet.

- Anatomia Patológica: Kumar V, Cotran RS, Stanley L. Robbins (2003), Basic Pathology, 7th Edition, WB
Saunders Company.
- Genética: Thompson & Thompson (2001) Genetics in Medicine, 6th Edition, WB Saunders Company.
- Imunologia: Godsby R.A., Kindt T.J., Osborne B.A., Kuby J. (2003), Immunology, 5th Edition, WH Freeman and
Company.
- Medical Microbiology: Murray PR, Rosenthal KS, Kobayashi GS, Pfaller MA. (2002), 4th Edition, Mosby
- Clinical Immunology: Rich R., Fleisher T., Shearer W., Kotzin B., Scroeder Jr H. (2001), 2nd Edition, Mosby.
- Farmacologia: Oswald W, Guimarães S. (2001), Terapêutica Medicamentosa e suas Bases Farmacológicas, 4ª
edição, Porto Editora.

Avaliação dos Alunos


A avaliação da aprendizagem na área curricular de “Biopatologia e Introdução à Terapêutica” é
efectuada em duas fases: avaliação parcelar dos módulos (processo acumulativo de avaliação) e
avaliação integrada. A participação no processo acumulativo de aprendizagem (avaliações efectuadas
no final de cada módulo) é obrigatória e dá direito a dispensa de exame final, desde que o aluno
cumpra cumulativamente os seguintes requisitos: participar activamente nos diferentes módulos de
aprendizagem; realizar as provas e demais actividades correspondentes a cada módulo; realizar o
exame integrado e ter classificação positiva. A classificação acumulativa atribuída ao estudante no
final da área curricular é a média ponderada das classificações referidas, para a qual contam os
módulos com classificação superior a 7,5 valores, sendo atribuída classificação de zero, para efeitos
de cálculo da média, nos módulos em que o estudante não supere o respectivo exame. Foram
dispensados do exame final os estudantes que obtiveram uma classificação acumulativa mínima de
9,5 valores. Na avaliação parcelar dos módulos foi efectuado um teste teórico com 50 perguntas de
resposta múltipla (5 opções) em que apenas uma opção estava correcta. Foi igualmente aplicado um

44
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
teste prático que constou de avaliação composta por questões de escolha múltipla e por perguntas de
resposta curta sobre material – peças anatómicas, animais de experimentação, lâminas de histologia,
diapositivos, géis, placas de cultura – relacionado com as sessões práticas. Cada teste (teórico e
prático) valeu 50% e a nota final foi obtida pela média do somatório de ambas as notas. Para
aprovação foi necessário que a classificação fosse superior ou igual a 9,5 valores. Ao finalizar a área
curricular foi realizado um exame final integrado. Este exame foi constituído por dois problemas
clínicos, cada um deles com cinco questões a serem respondidas por escrito, tocando aspectos do
conteúdo global dos seis módulos. Para aprovação no exame integrado foi necessário uma
classificação superior ou igual a 9,5 valores.

A distribuição das classificações finais obtidas nesta área curricular, a respectiva média final, bem
como a análise comparativa com as restantes áreas, encontram-se no Capítulo III (3.2.).

Equipa Docente
Coordenadores da Área Curricular
Fernando Schmitt (Prof. Aux./FM-UP)
Jorge Pedrosa (Prof. Aux. /ECS-UM)
Coordenadores de Módulos:
MÓDULO 1: FUNDAMENTOS DE BIOPATOLOGIA E FARMACOLOGIA
Fernando Schmitt (Prof. Aux./FM-UP)
MÓDULO 2: PATOLOGIA GERAL
Fernanda Milanezi (Assistente/ECS-UM)
MÓDULO 3: IMUNOPATOLOGIA
Jorge Pedrosa (Prof. Aux. /ECS-UM)
MÓDULO 4: PATOLOGIA INFECCIOSA
António Gil Castro (Prof. Aux/ECS-UM)
MÓDULO 5: PATOLOGIA GENÉTICA E AMBIENTAL
Rui Reis (Prof. Aux. /ECS-UM)
MÓDULO 6: NEOPLASIAS
Fernando Schmitt (Prof. Aux/FM-UP)
Docentes
Adhemar Longatto (PhD, Post-doc/ECS-UM)
Ana Horta (Assistente Convidada/ECS-UM)
António Gil Castro (Prof. Aux/ECS-UM)
António Sarmento (Professor Assoc. Agr. /FM-UP)
Elisabete Sousa (Assist./ECS-UM)
Fátima Baltazar (Prof. Aux./ECS-UM)
Fernanda Milanezi (Assist./ECS-UM)
Fernando Pardal (Assist./ECS-UM)
Fernando Schmitt (Prof. Aux/FM-UP)
Isabel Mesquita (Assist./ECS-UM)
Jorge Pedrosa (Prof. Aux/ECS-UM)
Rui Reis (Prof. Aux./ECS-UM)
Tiago Teixeira (Monitor/ECS-UM)

45
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Seminários (Inclui docentes convidados):
MÓDULO 1
- Genética Médica – Teoria Mendeliana I (Rui Reis/ECS-UM)
- Hematopoiese (Alexandra Mota /H. S. António)
- Igs, TCR Genética; Igs-estrutura, função (Manuel Vilanova /ICBAS)
- Genética Médica -Teoria Mendeliana II (Rui Reis/ECS-UM)
- Modelos e Métodos em Imunologia (Gil Castro/ECS-UM)
- O Mundo Microbiano – Biodiversidade (Cecília Leão/ECS-UM)
- Genética Médica – Do genótipo ao fenótipo (Rui Reis/ECS-UM)
- Introdução à Farmacologia (António Sarmento/FM-UP)
MÓDULO 2
- Envelhecimento Celular (Pedro Moradas-Ferreira ICBAS-UP)
- Hormonas e Hiperplasia (Fernando Schmitt/FM-UP)
- Tuberculose e inflamação crónica (Jorge Pedrosa/ECS-UM)
- Regeneração e Cicatrização (Fernando Schmitt/FM-UP)
- Insuficiência Cardíaca (Jorge Correia-Pinto/ECS-UM)
- Choque e Tromboembolismo Pulmonar (António Sarmento/FM-UP)
MÓDULO 3
- Respostas Imunológicas dependentes de células B e T (Jorge Pedrosa/ECS-UM)
- Ontogenia de linfócitos B (João Pedro Pereira/ICVS-UM)
- Células NK e γδ (Margarida Lima /H. S. António)
- Imunodeficiências secundárias (Carlos Vasconcelos /H.S. António)
- Asma (António Sarmento/FM-UP)
- Patologias autoimunes, sistémicas e específicas de órgãos (Carlos Vasconcelos /H. S. António)
- Transplantes (José Fernando Teixeira /H. S. João)
MÓDULO 4
- Doenças exantemáticas/víricas próprias da infância (Ana Horta/ECS-UM)
- HIV (Rui Sarmento /H. Joaquim Urbano)
- Introdução às doenças causadas por vírus (Narciso Oliveira /H. S. Marcos)
- Infecções Respiratórias (Maria João Regadas /H. S. Marcos)
- Zoonoses (Ana Horta/ECS-UM)
- Pneumonias Atípicas (Rosário Araújo/H. S. Marcos)
- Antibioticoterapia (António Sarmento/FM-UP)
- Malária (Marta Azevedo/H. S. Marcos)
- Micoses (Agostinho Almeida/ICVS-UM)
- Priões (Ana Horta/ECS-UM)
- Doenças Infecciosas Emergentes (Henrique Lecourt/FM-UP)
MÓDULO 5
- Genética Populacional (Jorge Rocha/FC-UP)
- Terapia Génica (Henrique Faneca/FCT-UC)
- Diagnóstico pré-natal e aconselhamento genético (Jorge Sequeiros/ICBAS)
- Interacção genético-ambiental (José Rueff/FM-UNL)
- Doenças Ocupacionais (António Alegre Sarmento/ECS-UM)
- Antifúngicos e anti-parasitários (Fátima Baltazar/ECS-UM)
- Ambiente e resposta imunológica (Artur Aguas/ICBAS)
- Tóxico-dependências (Tice de Macedo/ FM-UC)
MÓDULO 6
- Cancro: conceitos gerais (Manuel Sobrinho-Simões/FM-UP)

46
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
- HPV e cancro do colo uterino (Adhemar Longatto/ICVS-UM)
- H.Pilory e cancro do estômago (Fátima Carneiro/FM-UP)
- Citologia aspirativa por agulha fina (Fernando Schmitt/FM-UP)
- Angiogénese Tumoral (Fernando Schmitt/FM-UP)
- Terapias Convencionais no tratamento do cancro (Silva Leal/IPO-Porto)
- Novas terapias no tratamento do cancro (Fernanda Milanezi/ECS-UM)
- Manifestações clínicas das neoplasias (Luís Costa/FM-UL)

2.12. INTRODUÇÃO À SAÚDE COMUNITÁRIA


A planificação pedagógica da área curricular “Introdução à Saúde Comunitária” teve como base os
princípios a seguir apresentados.
- A Saúde Comunitária representa um avanço na evolução da Saúde Pública, ao introduzir as
importantes áreas da “responsabilidade” e da “participação” das populações, entendidas como
“comunidade”, na planificação, administração, gestão e controle das acções que conduzem ao
óptimo estado de saúde dos seus integrantes.
- A Saúde Comunitária consta de duas vertentes principais, uma tecnocrática e outra participativa
(Connill y O´Neill). A vertente tecnocrática é sustentado por conhecimentos acerca da Saúde Pública
no sentido mais lato, e da Epidemiologia, Bioestatística, Medicina Social e Preventiva/Comunitária,
Organização, Administração e Gestão dos Serviços de Saúde, no sentido mais restrito.
- A vertente participativa, inserida no âmbito dos modelos políticos mais recentes, centra-se no
conceito de “Promoção da Saúde”, no sentido de se obter um novo movimento de Saúde Pública, a
nível mundial (Carta Ottawa, 1986). A “Promoção da Saúde” é um processo que visa aumentar a
capacidade dos indivíduos e das comunidades para controlarem a sua saúde, com o objectivo de a
melhorarem.
- A Saúde, assim, traduz um conceito positivo, que acentua os recursos sociais e pessoais, bem como
as capacidades físicas. A “saúde é entendida como um recurso para a vida e não como uma
finalidade de vida” (Carta Ottawa, 1986).
Esta área curricular, anteriormente designada como “Medicina Comunitária”, teve assim como
finalidade principal fornecer aos alunos o “estado da arte” actual sobre estas matérias, quer na
forma de informação necessária para o melhor entendimento do “mundo” da saúde, em especial na
comunidade, quer como complemento ao modelo clínico tradicional (muito vocacionado para a
doença), com uma conceptualização de Saúde Global, implicada no processo de desenvolvimento e,
necessariamente, associado às dinâmicas sociais.
Pretendeu-se, assim, dotar os alunos de instrumentos, ferramentas e conhecimentos que lhes
permitam adquirir capacidades e competências no domínio da Saúde Comunitária, preparando-os
para intervir e melhorar o nível de saúde das populações, de uma forma participada e organizada,
nas estruturas prestadoras de cuidados de saúde.
Do ponto de vista do plano de estudos, as temáticas a abordar nesta área curricular serão
retomadas, desenvolvidas e aplicadas nas “Residências em Centros de Saúde”, nos 4º, 5º e 6º anos do
Curso, num total de 18 semanas.
47
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Objectivos
- Descrever o enquadramento do conceito “bio-psico-social” no binómio “saúde/doença”, na
perspectiva “comunitária” ou de grupos populacionais.

- Compreender a importância da “prevenção da doença” e da “promoção da saúde”.

- Compreender o papel da “saúde pública” utilizando os instrumentos da “epidemiologia” e da


“bioestatística” no diagnóstico de saúde das comunidades e na medição dos níveis de saúde e de
doença das populações.
- Conhecer a configuração do “sistema de saúde português” e as diferenças com outros sistemas de
saúde.
- Explicar a utilidade da “qualidade em saúde” e da “economia/gestão” no contexto da saúde
comunitária.

Conteúdos
A área curricular “Introdução à Saúde Comunitária”, teve uma duração de 5 semanas,
correspondente a 5 UC (Unidades de crédito) e 120 horas de actividades lectivas e está estruturada
num único módulo que, por sua vez, contempla dois sub-módulos que a seguir, resumidamente, se
apresentam.

SUB-MÓDULO 1
SAÚDE, DOENÇA E DEFICIÊNCIA: Saúde Comunitária versus saúde pública, medicina comunitária,
preventiva e curativa. A Organização Mundial de Saúde (OMS); Saúde e Doença. A psicologia e a
sociologia da saúde. Deficiência: conceito, tipos e causas.
SAÚDE PÚBLICA: Conceito de Saúde Pública. Meio Ambiente e Saúde Humana. Programas de Saúde.
Vigilância Epidemiológica. Sistemas de notificação e de alerta. Classificação Internacional de Doença
(CID-10). Estatísticas médicas e de saúde. Indicadores de Saúde: Portugal, União Europeia e outros.
Saúde Pública e Cuidados Primários de Saúde. Saúde Pública num Centro de Saúde.
MEDICINA PREVENTIVA: Noção de Medicina Preventiva e Promoção da Saúde. Prevenção da Doença.
Níveis de Prevenção. Acidentes. Doenças transmissíveis e não transmissíveis. Medicina preventiva
clínica (Saúde Grupal) Alimentação Saudável.
SUB-MÓDULO 2

DEMOGRAFIA SANITÁRIA: Conceito e objecto de estudo. Fenómenos vitais. Nascimento e óbito. Fontes de
informação. Estrutura e evolução da população. Pirâmide de população. Projecções populacionais.
EPIDEMIOLOGIA: Conceito e definição. Notas históricas. Usos e objectivos da epidemiologia. Método
científico e epidemiológico. Noção de “causalidade” e de “risco”. Medição dos fenómenos de saúde e de
doença. Incidência e prevalência. Mortalidade e morbilidade. Estudos epidemiológicos. Noção de
Epidemiologia Clínica.
BIOESTATÍSTICA BÁSICA E APLICAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA: Distribuição, medidas de tendência e de
dispersão. Estimação: Populações, amostras e Intervalos de confiança. Inferência estatística: Teste de
hipóteses, erros tipo I e II, significância estatística. Relação entre variáveis.

48
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
SISTEMAS DE SAÚDE: Sistemas de Saúde. Conceitos, tipos e políticas de saúde: Sistemas de Informação:
o Sistema de Saúde em Portugal e noutros países. A União Europeia e os programas de saúde
comunitária.
ECONOMIA/GESTÃO EM SAÚDE: Conceitos da economia da saúde. Eficácia, eficiência, efectividade e
equidade. Custo (…/benefício, .../efectividade, .../oportunidade, …/utilidade). A saúde em dimensão
económica. Os custos sociais da doença em Portugal. Noções básicas do planeamento em saúde.
Gestão, direcção e execução. Gestão participativa por objectivos.
QUALIDADE EM SAÚDE: Introdução ao conceito da Qualidade: evolução e perspectivas. Qualidade e
gestão da qualidade. Sistema Português da qualidade em saúde. Certificação e processos de melhoria
contínua da qualidade.

Metodologia
A “Aprendizagem por Módulos de Objectivos” é desenvolvida em 5 fases, conforme plano
pedagógico da Escola. Em complemento, inclui-se a realização de “Aulas Práticas” e de
“Seminários Temáticos”, externos e internos.
As aulas práticas foram desenvolvidas na Fase 2, em ambiente tutorizado, e constaram da
resolução prática de problemas, casos epidemiológicos simulados ou adaptados, exercícios de
bioestatística aplicada, exercícios sobre gestão, administração e qualidade em saúde.

Avaliação dos Alunos


A avaliação incluíu:
- Teste escrito (PEM e PRAC ) - (70%)
- Poster: elaboração de poster sobre um tema livre de Educação para a Saúde/ /Promoção da
Saúde, em grupos de 6 alunos - (20%)
-Atitudes e comportamentos: (10%)
A distribuição das classificações finais obtidas nesta área curricular, a respectiva média final, bem
como a análise comparativa com as restantes áreas, encontram-se no Capítulo III (3.2.).

Equipa Docente
Coordenador de Área
Carlos Valério (MD/ECS-UM)
Docentes
Carlos Valério (MD/ECS-UM)
António Sarmento (MD/ECS-UM)

Seminários (Inclui docentes convidados)


- Saúde: Que País? Que Reformas? Que Futuro? Os Processos da Governação da Saúde (Constantino
Sakellarides /ENSP-UNL)
- Prevenção em Saúde Pública e Medicina Geral e Familiar (Jaime C. Sousa; Maciel Barbosa/MDs –Medicina
Geral e Familiar e de Saúde Pública)

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Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
- A perspectiva Psicológica da Saúde: A Promoção da Saúde (Teresa Macintyre; Vera Soares/ IEP-UM)
- A Visão Sociológica da Saúde: Valores, Saúde e Condições Sociais (Engrácia Leandro /ICS-UM)
- Ganhos em Saúde (Pereira Miguel/Director Geral da Saúde)
- ONSA (Observatório Nacional de Saúde) e Estatísticas de Saúde (Marinho Falcão/ONSA-Lisboa)
- Epidemiologia Clínica (Henrique de Barros/FM-UP)
- Saúde Ocupacional e Ambiental (António Calheiros/ICBAS-UP)
- Evolução dos Custos da Doença em Portugal (Menezes Correia/Economista da Saúde)
- Qualidade em Saúde (Margarida França/Inst. Qualidade em Saúde)

2.13. INTRODUÇÃO À MEDICINA CLINICA


No ano lectivo de 2003-04 deu-se início ao funcionamento da área Curricular “Introdução à Medicina
Clínica” que decorreu no 2º semestre do 3º ano do Curso de Medicina com a duração de 5 semanas.
Importa relembrar (ver Relatório Anual de 2003) que a estratégia de base para o ensino-
aprendizagem da clínica assenta num modelo de formação multicêntrica. Para esse efeito, a ECS
recorreu à Rede Hospitalar e de Centros de Saúde da Região, possibilitando aos seus alunos o
contacto com diferentes realidades assistenciais.
Enquanto as Fases I e II do plano de estudos do curso de Medicina decorrem predominantemente no
Campus universitário, o ensino/aprendizagem de competências e atitudes nas Fases III e IV implica
o contacto com doentes em ambiente Hospitalar/Centros de Saúde. Ao invés, e por forma a permitir
uma maior uniformização, o ensino-aprendizagem cognitivo das Fases III e IV decorre nas instalações
da ECS.

Objectivos, Conteúdos e Metodologia


Conforme programado e referido no Relatório Anual de 2003, a área curricular “Introdução à
Medicina Clínica” versou essencialmente a antropologia da relação médico-doente e o seu
processamento em interrogatório, exame e acompanhamento do doente, que constituem os
elementos chave do “Método Clínico”.
A abordagem dos temas neste componente do ensino-aprendizagem foi dividida em seminários
orientados por problemas (PBL) e em seminários temáticos. A sua organização, da responsabilidade
do corpo docente da ECS, envolveu “Painéis de Discussão” compostos por docentes da própria Escola
e outros convidados.
A metodologia para alcançar tais objectivos envolveu aquisição de conhecimentos mas foi, sempre
que possível, contextualizada na realidade clínica, no contacto directo com pessoas doentes e em
relação com cada uma delas.
Decorrendo em ambiente hospitalar, a área curricular de “Introdução à Medicina Clínica”
proporcionou aos alunos o conhecimento e compreensão do que é um hospital (funções, organização,
gestão, custos, problemas) e a vivência do seu dia-a-dia, com especial ênfase no trabalho dos
médicos, nas relações deste trabalho com o dos outros profissionais de saúde e na condição
existencial do “estar ali” dos doentes internados.

50
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Durante esta área curricular os alunos cumpriram os seguintes tipos de tarefas:
- colheita da anamenese, realização do exame físico de doentes e respectivo registo, sob supervisão
médica;
- execução correcta das actividades/competências previstas;
- acompanhamento das actividades do supervisor/tutor;
- assistência às reuniões clínicas do Serviço com participação activa sempre que adequado à
sua formação.
A situação de charneira desta área curricular contou com os objectivos pedagógicos já alcançados,
bem como com os que serão alvo de ensino-aprendizagem no futuro (fornecendo aos alunos as
“ferramentas-base” para os alcançarem).
A comprová-lo, 89% dos alunos considera que os conhecimentos prévios os preparam
adequadamente para esta área curricular.

Os objectivos educacionais a prosseguir situaram-se essencialmente nos seguintes domínios:


- vivência hospitalar;
- relação com os doentes;
- colheita e interpretação da semiologia clínica.

Avaliação dos Alunos


A classificação final nesta área curricular é a média aritmética de três classificações parcelares,
respeitantes a “Comportamento” (feito pelo tutor hospitalar, através do preenchimento de uma
grelha), “Execução de tarefas” (desempenho registado em caderno pessoal, sancionado pelo
supervisor) e a um teste final (principalmente de escolha múltipla). A aprovação na área curricular
exige classificação positiva em qualquer um destes três componentes.
A distribuição das classificações finais obtidas nesta área curricular, a respectiva média final, bem
como a análise comparativa com as restantes áreas, encontram-se no Capítulo III (3.2.).

Equipa Docente
Coordenadores de Área
Joaquim Pinto Machado (Prof. Cat. /ECS-UM)
Mário Cerqueira Gomes (Prof. Cat. /FM-UP)
Óscar Rolão Candeias (MD/Chefe de Serviço de Medicina Interna)
Damião Cunha (MD, PhD/ Chefe de Serviço de Cardiologia)
Abel Rua (MD/Director de Serviço de Medicina Interna /Hospital S. Marcos)
Jorge Cotter (MD/Director de Serviço de Medicina Interna /Hospital Sª. Oliveira)
Nuno Sousa (Prof. Aux. /ECS-UM)

2.14. ACOMPANHAMENTO DE UMA FAMÍLIA II


Dado o início tardio do “Acompanhamento de uma Família” no 2º ano, os conteúdos no 3º ano foram
concebidos de modo a recuperar os aspectos que não foram tratados.

51
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Objectivos e Conteúdos
Os objectivos são os que foram definidos no 2º ano, agora a prosseguir em maior profundidade e
incluindo questões então não abordadas.
O programa foi o seguinte:
Sessão 1 – Tutoria (Novembro) “ Preparação do aluno para o reencontro com a família”
Aula 1 - Oficinas (Novembro): Revisão das competências básicas de atendimento;Estrutura básica da
entrevista.
CONHECENDO MELHOR A FAMÍLIA: COMO É CONTACTAR COM ESTA REALIDADE?

Sessão 2 – Tutoria/Visita 1 (Novembro/Dezembro) – Conhecendo a família: Contexto socioeconómico


Aula 2 - Oficinas (Dezembro): Treino de competências de reflexão de conteúdo; Estrutura básica de
uma entrevista.
Sessão 3 – Tutoria/Visita 2 (Janeiro) – Conhecendo a família: Dinâmica e processo familiar
Aula 3 - Oficinas (Janeiro): Treino de competências de reflexão de sentimento e de significado; Treino
de entrevista breve ao casal.
Sessão 4 – Tutoria/Visita 3 (Março) – Conhecendo a família: Relações com o meio
Aula 4 - Oficinas (Abril): Treino de competências de influência: informação, conselhos e feedback;
Entrevista breve à família sobre factores de vulnerabilidade.
Sessão 5 – Tutoria/Visita 4 (Maio) – Questões de saúde e doença na família
Seminários:
- Introdução à psicologia da gravidez e maternidade
- Maternidade, Prestação de Cuidados e Vinculação

Metodologia
Actividades dos alunos no âmbito das visitas ás famílias:
- visitas periódicas (trimestrais);
- reunião de grupo com o tutor após cada visita (partilha de experiências, reflexão, aconselhamento).
O suporte cognitivo básico para as visitas às famílias foi proporcionado na área curricular “Família,
Sociedade e Saúde”.
Quanto às oficinas, a bibliografia recomendada foi a indicada em “Acompanhamento de uma Família
I”.
Quanto aos seminários:
- Canavarro M.C. (2001): Psicologia da Gravidez e da Maternidade. Coimbra, Quarteto.
- Soares I (1996): Representação da Vinculação na Idade Adulta e na Adolescência: Estudo
Intergeracional Mãe-Filho (a). Braga, Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho.

Avaliação dos Alunos


A avaliação consistiu na elaboração de (i) um trabalho escrito sobre as visitas às famílias e (ii) um
trabalho escrito sobre as oficinas. Para efeito de classificação final, foram atribuídos os coeficientes
de ponderação de 0,7 e de 0,3, respectivamente.

52
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
A distribuição das classificações finais obtidas nesta área curricular, a respectiva média final, bem
como a análise comparativa com as restantes áreas, encontram-se no Capítulo III (3.2.).

Equipa Docente
Coordenador da Área Curricular
Joaquim Pinto Machado (Prof. Cat. /ECS-UM)
Docentes
Maria Engrácia Leandro (Prof. Cat. /ICS-UM)
Teresa McIntyre (Prof. Ass. Agr./IEP-UM)
Teresa Macedo (MD/Unidade de Saúde de Gualtar-Braga)
Coordenadores dos Tutores
António Pimento Marinho (MD/Centro de Saúde Braga I)
Lopo Antunes (MD/Centro de Saúde Braga II)
Luísa Carvalho (MD/Centro de Saúde Braga III)
Teresa Macedo (MD/Unidade de Saúde de Gualtar- Braga)
Tutores
Adriana Dias (MD/Centro de Saúde Braga I)
Cristina Lopes (MD/Centro de Saúde Braga I)
Isabella Chorão (MD/Centro de Saúde Braga I)
Maria Augusta Pereira (MD/Centro de Saúde Braga I)
Maria Madalena Graça (MD/Centro de Saúde Braga II)
Maria dos Anjos Vieira Ribeiro (MD/Centro de Saúde Braga II)
Maria do Carmo Pais Machado (MD/Centro de Saúde Braga II)
Paula Marques (MD/Centro de Saúde Braga II)
Luísa Carvalho (MD/Centro de Saúde Braga III)
Maria de Fátima Pinto (MD/Centro de Saúde Braga III)
Maria José Cabrita (MD/Centro de Saúde Braga III)
Eugénia Esteves (MD/Unidade de Saúde de Gualtar- Braga)
Teresa Macedo (MD/ Unidade de Saúde de Gualtar- Braga)
Oficinas
Eugénia Fernandes (Prof. Aux./IEP -UM)
Seminários
Isabel Soares (Prof. Assoc. Agreg./IEP-UM)

2.15. PROJECTO DE OPÇÃO III


Objectivos e Conteúdos
A área curricular desenvolveu-se de acordo com a estrutura e os objectivos definidos para a Área
“Projecto de Opção I” apresentados em 2.5. Em algumas situações considerou-se pertinente que o
trabalho fosse executado por grupos de 2 ou 3 alunos. Tal situação teve em consideração a
profundidade do tema proposto pelos alunos.
Esta área curricular decorreu de 21 de Junho a 16 de Julho de 2004.
No relatório específico desta área (Dossier disponível na UEM) constam os relatórios completos dos
projectos realizados pelos alunos. No Anexo II.3. apresenta-se, de forma sumária, para cada aluno, o
tema, local onde foi desenvolvido o projecto e respectivo supervisor.

53
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Nas figuras que se seguem, apresenta-se a distribuição temática dos projectos de Opção III realizados
em 2004, bem como a respectiva distribuição geográfica.

Figura II.7. Distribuição Temática dos Projectos de Opção III


2003-04

Indústria Farmacêutica

52% Laboratório de Investigação

12%
Laboratório Clínico

4%
Hospital
4%
6% 22%

Hospital & Laboratório de


Investigação

Associações Humanitárias

Figura II.8. Distribuição Geográfica dos locais de realização dos Projectos de Opção III
2003-04

28%

Minho
6% Área do Porto
Coimbra
2%
Área de Lisboa
2%
2% Algarve
60%
Madeira

Avaliação dos Alunos


A avaliação foi feita de acordo com o estipulado no regulamento estabelecido para os projectos de
opção relativos ao ano lectivo de 2003 – 04.
A apresentação oral foi avaliada por um júri constituído por 3 elementos, sendo que dois eram fixos,
e um dos elementos era escolhido de acordo com a especificidade dos temas a apresentar. A avaliação
dos relatórios foi feita por dois elementos, um deles o coordenador dos PO III, e um outro elemento
escolhido de acordo com a especificidade do tema dos relatórios. No final, cada aluno foi avaliado por
pelo menos 6 elementos (o(s) supervisor(s), 3 elementos no júri da apresentação oral do relatório, e
dois elementos na avaliação do relatório escrito.

54
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
A distribuição das classificações finais obtidas nesta área curricular, a respectiva média final, bem
como a análise comparativa com as restantes áreas, encontram-se no Capítulo III (3.2.).
A avaliação, global dos alunos apresenta resultados excelentes, os quais se ficam a dever a dois
factores:
- elevada qualidade demonstrada pelos alunos nas apresentações orais e textos escritos;
- elevado rigor com que executaram as tarefas atribuídas pelos orientadores, o que fica claro pelas
referências dadas pelos orientadores.

Metodologia
Dada a grande variedade de temas desenvolvidos pelos estudantes, a organização dos trabalhos, o
calendário e o tipo de actividades realizadas foram da responsabilidade dos Orientadores de cada
Projecto de Opção.

Equipa Docente
Coordenador de Área
António Gil Castro (Prof. Aux. /ECS-UM)
Docentes
Supervisores dos trabalhos (ver Anexo II.3)

D) 1º 2º e 3º ANOS CURRICULARES
2.16. DOMÍNIOS VERTICAIS: “TOMAR O PULSO À VIDA”
No Relatório Anual de 2003 indicou-se a razão de ser de “Tomar o Pulso à Vida”, integrando
“Domínios verticais” contemplados do 1º ao 6º anos do curso e que incluem a ciência, a filosofia, a
ética, o direito, a história, a literatura, a arte e a religião.
Tem-se em vista a formação de médicos cultos com saberes, percepções, sensibilidades, posturas e
valores de que resulte uma argúcia esmerada em compreender e decidir, uma delicadeza apurada em
escutar, acompanhar e cuidar, uma força magnética em serenar e transmitir confiança e esperança,
uma coragem inabalável em aceitar a possibilidade do erro e assumir a consequente
responsabilidade, um sentido requintado de humildade a exigir contínuo aperfeiçoamento pessoal,
uma consciência esclarecida do carácter eminentemente moral do exercício da medicina e da
intolerabilidade das agressões à dignidade das pessoas.

Objectivos e Conteúdos
Os objectivos foram expressos no item anterior.
Os temas desenvolvidos em 2003-04 para o 1º,2º e 3º anos, bem como o respectivo calendário,
encontram-se disponíveis na página da ECS: www.ecsaude.uminho.pt
Os “Casos do Mês” disseram respeito a acontecimentos distinguidos pelos alunos que, que pelo seus
aspectos positivos ou negativos, mereceram especial atenção, análise e reflexão.
Em “Manta de Retalhos” foram apresentados e comentados extractos de obras de ficção, poemas e
composições musicais da escolha dos alunos.

55
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
A partir de Fevereiro de 2004, iniciou-se a introdução na intranet de uma “Refeição Literária Mensal”,
seleccionada pelo coordenador e constando de pensamentos (“Aperitivos”), extracto de literários
(“Prato”) e poema (“Sobremesa”).

Metodologia e Bibliografia
A metodologia variou com natureza e características do tema, mas implicou sempre a participação
activa dos alunos.
Da bibliografia referente aos temas no domínio de “Ciência”, “Ética” e “História da Medicina” destaca-
se:
- Santos S.M. (2002): Universidade do Minho – missão a revisitar? FORUM 31:29-62.
- Cervo, A.L. e Bervian P.A. (1983): Metodologia Científica (3ª edição). Mcgraw-Hill.
- www.almaz.com/nobel /medicina
- Fox E., Arnold R.M., Brody B. (1995). Medical ethics education: Past, present, and future. Academic
Medicine 70:761-769.
- Archer L., Biscaia J., Osswald W., Renaud M.(Coords.): Novos Desafios à Bioética. Porto Editora,
Porto, 2001.
- Lain Entralgo P. (2002): O que é o Homem. Editorial Notícias, Lisboa, 2002.
- Sournia J. – Ch.(1995): História da Medicina. Instituto Piaget, Lisboa.

Avaliação dos Alunos


Foi considerado que não é fácil, nem talvez possível, conceber um modo de avaliação que permita
verificar se os objectivos em vista foram atingidos, e em que medida. Ainda por cima ter que lhes
atribuir uma notação numa escala de 0-20.
O que está em causa situa-se no plano do “ser”, no seu crescimento, que é um processo íntimo, de
desenvolvimento progressivo e jamais terminado.
É estimulando o gosto, o “sabor”, pessoal por tal crescimento, pela vivência de experiências
partilhadas e não por discursos, que esse desiderato pode ser atingido. Avaliar o que se está a passar
no recôndito de cada aluno é impossível e “medi-lo” por uma nota numérica é uma insensatez.
Se o crescimento em vista estiver a ocorrer, forçosamente que tal se reflectirá no modo de estar dos
alunos, não só nas áreas curriculares com avaliação expressa mas também nas suas actividades
extra-curriculares. Ora não é temerário afirmar que, no que a estes últimos respeita, o “Tomar o
Pulso à Vida” tem contribuído significativamente para o seu desenvolvimento.
Por tudo isto, optou-se por uma estratégia “liberal” de proporcionar aos alunos interessados e aos
que venham a interessar-se (actuando nas tutorias e em “conversas de corredor”) a imersão num
“caldo de cultura” que, espera-se, os venha a influenciar nos seus olhares sobre o mundo e sobre si
próprios, de modo a alargar e aprofundar as suas perspectivas, a aperfeiçoar as suas atitudes e a
desenvolver o seu sentido de responsabilidade para com a sociedade.
Procedendo assim, seja qual for o resultado final, estamos pelo menos a demonstrar que, quanto a

56
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
nós, Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho, não se aplica a seguinte severa
censura:
“This attitude – that nothing is worth attending if it does not contribute
directly towards examinable knowledge – is a most serious reproach both to
the students who hold it and to the system which encourages it. The object
of attending a university is to obtain an education and not merely to pass
examinations.”
David S. Sinclair (A Student´s Guide to Anatomy, Oxford, Blackwell, 1964)

Equipa Docente
Coordenador da Área Curricular
Joaquim Pinto Machado (Prof. Cat./ECS-UM)
Temas
- Ciência, Ética, História da Medicina, Criação Artística, Literatura, Filosofia
(ver docentes na página da ECS: www.ecsaude.uminho.pt)
- Uma Pessoa Confessa-se
Moderador: Joaquim Pinto Machado (Prof. Cat./ECS-UM)
Convidados
Daniel Serrão (Prof.Jubilado/FM-UP)
Rui Mota Cardoso (Prof. Cat./FM-UP)
Cecília Leão (Prof.Cat./ECS-UM)
- Casos do Mês e Manta de Retalhos
Moderador: Joaquim Pinto Machado (Prof. Cat./ECS-UM)

57
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
CAPÍTULO III AVALIAÇÃO DO FUNCIONAMENTO DO CURSO
NO ANO LECTIVO 2003-04

3.1. INTRODUÇÃO
O presente Capítulo debruça-se sobre o funcionamento das áreas curriculares que decorreram no
ano lectivo de 2003-04. Os itens 3.2. e 3.3. incluem uma análise sistematizada e retrospectiva dos
resultados da monitorização realizada pela Unidade de Educação Médica ao longo do ano, sobre as
duas vertentes a seguir apresentadas.
(i) Aprendizagem dos alunos e respectivas classificações.
(ii) Avaliação pelos alunos sobre o desempenho do corpo docente e o funcionamento das áreas
curriculares, tendo como base as respostas a inquéritos de opinião dirigidos aos alunos. A UEM
procurou envolver gradualmente os Docentes na concepção destes inquéritos, de forma a que os
mesmos se responsabilizem cada vez mais na evolução das áreas curriculares. Deste modo,
alguns questionários passaram a incluir questões específicas da respectiva área (Disponíveis no
relatório da UEM para consulta). Os questionários foram distribuídos na sequência da afixação
das pautas finais de cada disciplina e deram origem a três tipos de documentos: 1) fichas de
apreciação do funcionamento das áreas curriculares; 2) fichas de apreciação do corpo Docente
associado a cada área curricular; 3) fichas de apreciação individual dos Docentes, remetidas
confidencialmente à Presidência da ECS.

A última parte deste capítulo (item 3.4.) diz respeito à avaliação interna conduzida pelos docentes
sobre as actividades de ensino desenvolvidas no ano lectivo 2003-04, tendo como base os resultados
dos inquéritos de opinião dos alunos acima referidos e uma análise conjunta efectuada no âmbito
das “Jornadas de Reflexão do Conselho Científico”, com vista ao estabelecimento de padrões de
funcionamento e de melhoria do programa curricular.

3.2. APRENDIZAGEM DOS ALUNOS


3.2.1. Instrumentos de Avaliação dos Alunos
Testes e Tipos de Perguntas
Deu-se cumprimento ao estipulado no Regulamento Interno de Avaliação. Assim, a avaliação da
aprendizagem é assumida como integrada no processo de formação do aluno e tem em consideração
os critérios de pertinência, justiça e responsabilidade partilhada.
Os instrumentos de avaliação utilizados (tipos de provas ou exames) foram desenhados em função
dos critérios mencionados. Foram utilizados exames tipo PEM (perguntas de escolha múltipla), PRAC
(perguntas de resposta aberta curta) e Relatórios. Para todos estes exames estão definidos os critérios
de correcção (ver Dossiers de Área).
Os exames tipo PEM foram utilizados nas áreas curriculares “Moléculas e Células”, “Sistemas
Orgânicos e Funcionais”, “Biopatologia e Introdução à Terapêutica”, “Introdução à Medicina Clínica” e
“Introdução à Saúde Comunitária”.
58
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
O critério de objectividade cumpriu-se mediante a correcção automática dos exames tipo PEM e a
correcção pelos docentes dos exames PRAC. No caso das perguntas tipo PEM, depois da realização de
cada um dos exames procedeu-se a uma análise docimológica do mesmo. A confrontação das
respostas dos alunos com a chave de correcção, permitiu a computação dos denominados "índice de
dificuldade" e "índice de discriminação" (descrição detalhada em Relatório da UEM).
A tabela seguinte (Tabela III.1.) apresenta os resultados médios dos índices de discriminação e de
dificuldade, respeitantes às perguntas dos testes de avaliação utilizados em 2003-04. Os mesmos
foram úteis fundamentalmente para a identificação imediata de erros no processamento automático
das correcções e para a catalogação das questões no banco de perguntas da Escola.

Índices de Dificuldade e de Discriminação das Perguntas dos Testes

Tabela III.1. Resultados médios dos índices de discriminação e de dificuldade, respeitantes às


perguntas dos testes de avaliação utilizados em 2003-04.

Módulos Exame integrado


Áreas Módulos
Índice Índice Índice Índice
dificuldade discriminação dificuldade discriminação
Módulo 1 73,99 25,36

MC’s Módulo 2 69,41 28,57 68,53 24,05

Módulo 3 69,68 23,72


Módulo 1 –
Submódulo1
59,93 31,60
SOF I Módulo 1 – 59,86 28,29
Submódulo2
59,60 30,40
Módulo 2 59,29 30,29
Módulo 1 –
Submódulo1
60,31 27,38
Módulo 1 –
57,69 30,77
SOF Submódulo2
57,20 32,88
II
SOF
Módulo 2 64,33 30,67
II
Módulo 3 60,61 29,85
&
SOF
Módulo 4 –
III Submódulo1
71,00 36,33
SOF
Módulo 4 – 67,36 35,95
III Submódulo2
66,33 40,00

Módulo 5 73,00 26,36

Módulo 1 66,93 28,43

Módulo 2 69,69 26,77

Módulo 3 57,38 32,31


Biopatologia Não se aplica Não se aplica
Módulo 4 62,22 37,78

Módulo 5 71,46 29,08

Módulo 6 72,08 27,54


Int. Saúde Sub-Módulos 1 e
2
64,54 22,92 Não se aplica Não se aplica
Comunitária
Int. Med.
Módulo 1 56,67 16,15 Não se aplica Não se aplica
Clínica

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Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
3.2.2. Classificações Obtidas pelos Alunos do 1º Ano
Análise global, segundo áreas curriculares
Na tabela que se segue apresenta-se a distribuição das classificações obtidas pelos alunos do 1º ano
(Tabela III.2.) nas várias áreas curriculares leccionadas no ano lectivo 2003-04, assim como a média
e desvio padrão dessas classificações. Nos mesmos, as classificações surgem sistematizadas em cinco
categorias – Reprovado, Razoável, Bom, Muito Bom e Excelente.
Ao analisar-se o rendimento escolar dos alunos do 1ºano, destacam-se os seguintes aspectos.
Em primeiro lugar, é de sublinhar o facto das taxas de aprovação serem superiores a 90% em todas
as áreas. Note-se também que a generalidade das médias das classificações das áreas corresponder a
valores de Bom, Muito Bom ou Excelente. Um aspecto negativo, é o facto de se terem registado
reprovações em todas as áreas curriculares ao nível do universo de alunos admitidos. É, no entanto,
de referir que os resultados são penalizados pela existência de uma estudante que deixou de
frequentar o curso ainda em 2003, tendo sido reprovada a todas as áreas.

Tabela III.2. Distribuição das classificações obtidas pelos alunos do 1ºano curricular em 2003-04,
segundo as áreas curriculares

Alunos (%)
nº de Média das
ÁREA
alunos Classificações
CURRICULAR
* 0-9 10-13 14-15 16-17 18-20 ± Desvio Padrão

Reprovado Razoável Bom Muito bom Excelente

Introdução ao
54 1 (2%) 7 (13%) 31 (57%) 15 (28%) 0 14 ± 1
Curso de Medicina

Moléculas e
53 2 (4%) 17 (32%) 22 (41%) 12 (23%) 0 14 ± 2
Células

Sistemas
56 Orgânicos e 5 (9%) 32 (57%) 19 (34%) 0 0 12 ± 2
Funcionais I

Estágio em Centro
54 1 (2%) 1 (2%) 1 (2%) 46 (85%) 5 (9%) 17 ± 1
de Saúde

54 Socorrismo 1 (2%) 1 (2%) 5 (9%) 14 (26%) 33 (61%) 18 ± 2

54 Projecto de Opção I 1 (2%) 4 (8%) 18 (33%) 18 (33%) 13 (24%) 16 ± 2

*- número de alunos inscritos por área curricular (inclui os reprovados em anos anteriores)

A análise global dos resultados revela heterogeneidade entre as classificações das áreas. À
semelhança do ano lectivo de 2002-03, as classificações registadas em “Estágio em Centro de Saúde”,
“Socorrismo” e “Projecto de Opção I” foram as mais elevadas, com respectivamente 94, 87 e 57% dos
alunos a obterem classificações de Muito Bom ou de Excelente. A área “Sistemas Orgânicos
Funcionais I” regista novamente a percentagem mais elevada de reprovações 9%, o dobro da

60
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
registada no ano anterior.
Um ponto dominante, resultado da análise retrospectiva de todas as áreas, é a diminuição geral nas
médias registadas para as classificações dos alunos, a que se associa uma quebra notória nas
percentagens de alunos com classificação de Excelente (quebras de 26 e 24%, respectivamente em
“Introdução ao Curso de Medicina” e “Moléculas e Células”) e de Muito Bom. Em “Sistemas Orgânicos
e Funcionais”, as notas máximas situaram-se no nível de Bom. No seu conjunto, a análise
retrospectiva das classificações destes alunos, aponta para um afastamento dos mesmos para faixas
inferiores, o que poderá dever-se a um menor empenho deste conjunto de alunos ou maior
dificuldade na sua adequação à formação promovida pela Escola.

Análise comparativa com 2002-03


Na Tabela III.3. e para efeitos comparativos, apresentam-se as classificações finais de ano que os
alunos têm obtido no 1º ano curricular, desde o início do funcionamento do curso.

61
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Tabela III.3. Distribuição, segundo as áreas curriculares, das classificações obtidas pelos alunos no
1ºano curricular em 2003-04, comparativamente com os anos lectivos anteriores.

(%)

0-9 10-13 14-15 16-17 18-20


Média das
ÁREA
Reprovado Razoável Bom Muito Bom Excelente Classificações
CURRICULAR
± Desvio Padrão
2001-02 2001-02 2001-02 2001-02 2001-02
2002-03 2002-03 2002-03 2002-03 2002-03
2003-04 2003-04 2003-04 2003-04 2003-04

* * * * * *
Introdução ao
0 2 12 60 26 17 ± 1
Curso de Medicina
2 13 57 28 0 14 ± 1

* * * * * *
O Ser Humano, a
0 6 20 18 56 17 ± 2
Saúde e a Doença
** ** ** ** ** **

4 23 46 27 0 14 ± 3
Moléculas e Células 0 24 24 38 14 15 ± 2
4 32 41 23 0 14 ± 2

4 73 15 8 0 12 ± 2
Sistemas Orgânicos
4 50 36 10 0 14 ± 2
e Funcionais I
9 57 34 0 0 12 ± 2

0 0 0 38 62 18 ± 1
Estágio em Centro
0 0 0 83 17 17 ± 1
de Saúde
2 2 2 85 9 17 ± 1

0 4 23 67 6 16 ± 1
Socorrismo 0 2 13 33 52 17 ± 1
2 2 9 26 61 18 ± 2

0 0 0 48 52 18 ± 1
Projecto de Opção I 0 2 6 46 46 17 ± 2
2 8 33 33 24 16 ± 2

* não funcionou no ano lectivo 2001-02; ** não funcionou no ano lectivo 2003-04

A análise da evolução das classificações das diferentes áreas curriculares, desde o arranque do curso,
revela que nas duas áreas curriculares com o nº de unidades de crédito mais elevado (“Moléculas e
Células” e “Sistemas Orgânicos e Funcionais”), a evolução positiva que se havia registado em 2002-
03, se dissipou em 2003-04. É também notória a quebra registada em “Introdução ao Curso de
Medicina” na média das classificações e no espectro que as mesmas abrangem. As três restantes
áreas que funcionaram em 2003-04, mantiveram as suas médias, com alterações no espectro de
distribuição das suas classificações. Entre estas, a mais notória ocorreu na área “Projecto de Opção
I”, na qual diminuiu para metade a percentagem de alunos avaliados com Excelente e aumentou
quatro vezes a percentagem de alunos classificados com Razoável. A análise é congruente com a ideia

62
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
de que o conjunto de alunos do 1º ano curricular do ano lectivo 2003-04 se afasta do padrão definido
por anos anteriores.

3.2.3. Classificações Obtidas pelos Alunos do 2º ano


Análise global, retrospectiva, segundo áreas curriculares
Na tabela que se segue apresenta-se a distribuição das classificações obtidas pelos alunos do 2º ano
(Tabela III.4.) nas várias áreas curriculares leccionadas no ano lectivo 2003-04, assim como a média
e desvio padrão dessas classificações. Nos mesmos, as classificações surgem sistematizadas em cinco
categorias – Reprovado, Razoável, Bom, Muito Bom, Excelente.

Tabela III.4. Distribuição das classificações obtidas pelos alunos do 2ºano curricular em 2003-04,
segundo as áreas curriculares

Nº de Alunos
(%)
nº de Média das
alunos ÁREA CURRIULAR Classificações
* 0-9 10-13 14-15 16-17 18-20 ± Desvio Padrão
Muito
Reprovado Razoável Bom Excelente
Bom

Sistemas Orgânicos e
2 18 17 11
48 Funcionais II (1º e 2º 0 14 ± 2
(4%) (38%) (35%) (23%)
semestres)

Família, Sociedade e 18 23 7
48 0 0 14 ± 1
Saúde (37%) (48%) (15%)

Acompanhamento de Uma 1 1 7 23 16
48 17 ± 1
Família I (2%) (2%) (15%) (48%) (33%)

1 1 6 18 24
50 Projecto de Opção II 17 ± 1
(2%) (2%) (12%) (36%) (48%)

*- número de alunos inscritos por área curricular (inclui os reprovados em anos anteriores)

Numa análise sucinta, destacam-se as taxas de aprovação, iguais ou superiores a 98% em todas as
áreas. Note-se também que as médias das classificações da generalidade das áreas correspondem a
valores de Bom ou Muito Bom. As classificações registadas para as áreas “Acompanhamento de uma
Família I” e “Projectos de Opção II” foram elevadas, tendo registado, respectivamente, 33 e 48% de
classificações de Excelente. A área restante, com menos de 5 Unidades de Crédito, registou
classificações inferiores e abaixo dos registos até agora realizados para as áreas mais pequenas. O
conjunto de classificações da área “Sistemas Orgânicos e Funcionais” enquadra-se no que tem sido o
padrão desta área. Uma análise retrospectiva mais aprofundada poderá ser feita a partir da tabela
que se segue (Tabela III.5.), onde foi incluida a distribuição das classificações obtidas em 2002-03,
nas áreas curriculares do 2º ano. As mesmas surgem sistematizadas em cinco categorias –
Reprovado, Razoável, Bom, Muito Bom, Excelente.

63
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Tabela III.5. Distribuição das classificações obtidas pelos alunos no 2º ano curricular, segundo as
áreas curriculares: análise retrospectiva.

(%)

0-9 10-13 14-15 16-17 18-20 Média das


ÁREA
Classificações
CURRICULAR Reprovado Razoável Bom Muito Bom Excelente
± Desvio Padrão
2002-03 2002-03 2002-03 2002-03 2002-03
2003-04 2003-04 2003-04 2003-04 2003-04

Sistemas Orgânicos
0 46 40 12 2 14 ± 2
e Funcionais II (1º e
4 38 35 23 0 14 ± 2
2º semestres)

Família, Sociedade e 0 42 40 18 0 14 ± 2
Saúde 0 37 48 15 0 14 ± 1

Acompanhamento 0 0 26 60 14 16 ± 1
de Uma Família I 2 2 15 48 33 17 ± 1

0 0 22 38 40 17 ± 2
Projecto de Opção II
2 2 12 36 48 17 ± 1

Uma análise da evolução das classificações das diferentes áreas curriculares relativamente ao ano
transacto, não revela alterações significativas nas médias gerais. Na área “SOF II”, registou-se uma
evolução favorável na distribuição das classificações, tendo duplicado a faixa de alunos classificados
com Muito Bom em detrimento da percentagem de alunos classificados com Razoável. Igualmente
notório é o duplicar da percentagem de alunos classificados com Excelente na área
“Acompanhamento de uma Família I”. Globalmente, os resultados sugerem que teve lugar uma
adaptação mútua entre alunos e as áreas, o que denota um funcionamento bem conseguido.

3.2.4. Classificações Obtidas pelos Alunos do 3º ano


Análise global, segundo áreas curriculares
Na tabela que se segue (Tabela III.6) é apresentada a distribuição das classificações obtidas pelos
alunos nas áreas curriculares do 3º ano que decorreram no ano lectivo 2003-04, assim como a média
e desvio padrão dessas classificações. As mesmas surgem sistematizadas em cinco categorias –
Reprovado, Razoável, Bom, Muito Bom, Excelente.

64
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Tabela III.6. Distribuição das classificações obtidas pelos alunos do 3ºano curricular em 2003-04,
segundo as áreas curriculares.

Alunos (%) Média das


Nº de ÁREA Classificações
0-9 10-13 14-15 16-17 18-20
alunos* CURRICULAR ± Desvio

Reprovado Razoável Bom Muito Bom Excelente


Padrão

Biopatologia e
50 Introdução à 0 17 (34%) 19 (38%) 12 (24%) 2 (4%) 14 ± 2
Terapêutica

Introdução à
50 Saúde 0 14 (28%) 22 (44%) 12 (24%) 2 (4%) 15 ± 2
Comunitária

Introdução à
50 0 2 (4%) 29 (58%) 19 (38%) 0 15 ± 1
Medicina Clínica

Projecto de Opção
50 0 0 0 4 (8%) 46 (92%) 19 ± 1
III

Acompanhamento
51 0 5 (10%) 10 (20%) 22 (43%) 14 (27%) 16 ± 2
de uma Família II

*- número de alunos inscritos por área curricular

Uma análise ao rendimento escolar dos alunos na primeira experiência de funcionamento do 3º ano
curricular permite constatar o seu adequado funcionamento. Destacam-se os factos da taxa de
aprovações ser 100% em todas as áreas e das médias das classificações nas áreas com 5 ou mais
unidades de crédito se terem situado no nível Bom.

Merecem especial atenção os desempenhos dos alunos na área “Projectos de Opção III”, em que 92%
das prestações atingiram nível Excelente. Em todas as restantes áreas, o desempenho da maior parte
dos alunos foi apreciado como Bom. Entre as áreas com cinco ou mais unidades de crédito, as
prestações em “Introdução à Medicina Clínica” foram as mais positivas, havendo apenas 4% dos
alunos classificados com Razoável, em contraste com as outras em que essa percentagem tomou
valores vizinhos de 30%. As classificações finais da área “Acompanhamento de uma Família II” foram
semelhantes – apenas ligeiramente inferiores - às que os mesmos alunos obtiveram na área
“Acompanhamento de uma Família I” do 2ºAno.

Em suma, as classificações registadas neste primeiro ano de funcionamento do 3º ano curricular


sugerem um elevado nível de aproveitamento dos alunos.

3.2.5. Avaliação de Atitudes e classificações obtidas pelos Alunos


A avaliação de atitudes - com peso na avaliação das áreas de 10% da nota final – é efectuada por
preenchimento dum instrumento especificamente construído para o efeito, com os seguintes
65
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
parâmetros: 1) assiduidade; 2) comportamento e 3) participação pertinente. Este último parâmetro
subdivide-se em “curiosidade científica e iniciativa”, “capacidade comunicativa e trabalho de grupo”.

Classificações obtidas pelos alunos do 1º, 2º e 3º anos


No ano lectivo de 2003-04 as atitudes fizeram parte dos critérios de avaliação das áreas “Moléculas e
Células”, “Sistemas Orgânicos I & II”, “Biopatologia e Introdução à Terapêutica” e “Introdução à
Saúde Comunitária”.
Nos gráficos seguintes pode ser observada a distribuição global das classificações atribuídas aos
alunos que frequentaram o curso de Medicina no ano lectivo 2003-04, em função do ano curricular.

Figura III.1. Atitudes: distribuição das classificações atribuídas aos alunos, em função do ano
curricular
1º ANO 2º ANO 3º ANO

35 35

35 33
30 30

30
25
27 25

21 25
19 20
20 20
alunos alunos
18
20 17
% alunos % 15
14 15
15
% 13
15
11
10 9 11 10
9 8
7 10
5 5 5 6
5 4 5 5 3 3
5 2
2
2 1 1
0 0 0 0 0
0 0 0 0
0
0-9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 0-9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
0-9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Média 15 Média 14 Média 16


Desvio padrão 2 Desvio padrão 2 Desvio padrão 2
Sem avaliação 2% Sem avaliação 2% Sem avaliação 0%

Embora as avaliações de atitudes registadas para os três anos curriculares tenham padrões de
distribuição diferentes, as médias convergem para valores próximos - entre 14 a 16 valores.

3.3. AVALIAÇÃO PELOS ALUNOS: RESULTADOS DOS INQUÉRITOS DE OPINIÃO


3.3.1. Percepções dos Alunos em Relação aos Professores
As percepções dos alunos relativas a cada professor das áreas curriculares com mais de 5 unidades
de crédito foram avaliadas a partir das suas respostas a inquéritos, nos quais eram contemplados os
8 itens discriminados na Tabela III.7.

66
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Tabela III.7. Questões incluídas nos inquéritos de apreciação à actividade Docente
Ajuda a desenvolver de forma adequada as distintas etapas da Aprendizagem por
a
Módulos de Objectivos

b Ajuda a identificar e analisar os pontos fundamentais dos objectivos de aprendizagem

c Domina os conceitos e fenómenos implicados nos distintos objectivos

d Interessa-se pela evolução do meu processo de aprendizagem

e Realiza perguntas chave que me permitem reflectir sobre a coerência dos conhecimentos adquiridos

f Motiva no sentido do alcance dos objectivos propostos

g Ajuda-me a clarificar, sintetizar e integrar os conceitos que apresentam grande complexidade

h É um excelente professor

O volume de dados recolhidos, correspondeu a cerca de 14 mil inquéritos (área x docente x alunos),
cada um com uma combinação das 40 hipóteses de resposta. Por forma a produzir uma análise
coerente entre Docentes, optou-se por definir regras para a análise dos mesmos, que resultaram num
formato tipo de apreciação da actividade individual dos Docentes. As apreciações globais do Corpo
Docente associado a cada área foram computadas a partir dos valores individuais. A qualidade dos
Corpos Docentes foi classificada com base nas tendências positivas – soma das percentagens
correspondentes às opções “sempre” e “frequentemente” - verificadas na resposta à questão h.,
segundo o quadro seguinte.

Critério para definir a avaliação qualitativa do Docente

90-100% 75-89% 50 – 74% 25 – 49 0 – 25%


Excelente Muito Bom Bom Fraco Muito Fraco

Os quadros e figuras seguintes reportam-se ao Corpo Docente de cada área, apreciado no seu
conjunto. A sua interpretação deve, assim, ter em consideração que os mesmos não permitem avaliar
prestações individuais de Docentes. As tabelas seguintes apresentam, para cada área curricular, o
nome dos Docentes envolvidos, o número de anos de leccionação nessa áreas e a percentagem de
inquéritos recolhidos (100 X nº inquéritos/nº total de alunos).

“Moléculas e Células”
O trabalho dos docentes da área (Figura III.2.) é reconhecido pelos alunos como excelente, com
poucas excepções. De realçar que a opção “sempre” foi seleccionada para todas as respostas por um
intervalo de 35 a 41 % dos alunos, atingindo o valor de 51% na resposta c). As tendências positivas
estão compreendidas entre 73% - “interessa-se pelo meu processo de aprendizagem” - e 94 % -
”domina conceitos e fenómenos implicados nos distintos objectivos). Uma análise retrospectiva
sumária sugere considerável melhoria face aos indicadores recolhidos no ano lectivo 2002-03
(consultar o Relatório Anual de 2003).

67
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
O aspecto que recolheu as impressões menos favoráveis – as percentagens de alunos que o apontam
“nunca”, “raramente” e “às vezes” são, respectivamente, 2, 5 e 20% – foi o interesse pelo processo de
aprendizagem individual dos alunos demonstrado pelo corpo docente. Este será com certeza, um dos
pontos prioritários para reflexão futura ao nível da coordenação.

Figura III.2. Docentes de Moléculas e Células: avaliação global

Anos de docência Inquéritos


Corpo Docente
100%
na área recolhidos (%)
90%
31 33 3 98
39 39 41 39
80%
51 47 sempre Fernando Rodrigues
70%

60% frequentemente 3 98
Isabel Palmeirim
50% às vezes
40% 55 34 48
40
2 98
46 46 raramente
30% 45 Paula Ludovico
43
20% nunca 2 98
20
10% 12 13
15 17 12
Cláudio Sunkel
5 6 1 98
0%
a b c d e f g h Joana Carvalho
s e m pre 31 39 51 39 33 41 39 47 1 98
fre que nte m e nte 55 46 43 34 48 40 46 45 Agostinho Carvalho
à s ve ze s 12 13 5 20 15 17 12 6 1 98
ra ra m e nte 2 2 1 5 3 2 3 2 Raquel Andrade
nunc a 2 1

“Sistemas Orgânicos e Funcionais I”


O trabalho dos docentes da área é reconhecido pelos alunos como excelente com poucas excepções.
De realçar que a opção “sempre” foi seleccionada para todas as respostas por um intervalo de 35 a 41
% dos alunos, atingindo o valor de 55% na resposta c). As tendências positivas estão compreendidas
entre 74% - “interessa-se pelo meu processo de aprendizagem” - e 91 % - ”domina conceitos e
fenómenos implicados nos distintos objectivos. Uma análise retrospectiva sumária, revela que estes
resultados são muito semelhantes aos recolhidos no ano lectivo 2002-03 (Relatório Anual de 2003).
O ponto menos conseguido – 4% dos alunos escolhem “raramente” e 21% escolhem “às vezes” – foi o
interesse pelo processo de aprendizagem dos alunos demonstrado pelo corpo docente, o que constitui
um dos pontos prioritários a atender ao nível da coordenação.

68
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Figura III.3. Docentes de Sistemas Docentes Anos de Inquéritos
Orgânicos e Funcionais I: avaliação global docência na recolhidos
área (%)
100% Nuno Sousa 3 95
90%
35
80% 40 35 41 39 39
50 sempre Jorge Correia Pinto 3 95
70%
55

60% frequentemente Armando Almeida 3 95


50%
39
às vezes
40% 50 43 42 41 45 raramente
Joana Palha 3 95
30% 39
36
20% nunca Isabel Ribeiro 3 93
21 16
10% 14 15 14 14
7 10
0% 1 1 1 4 2 3 2 1 Carla Rolanda 3 95
a b c d e f g h

s e mpre 35 40 55 35 41 39 39 50 Gustavo Melo


frequenteme nte 50 43 36 39 42 41 45 39 Rocha 3 95
às veze s 14 15 7 21 14 16 14 10
ra ra me nte 1 1 1 4 2 3 2 1 Pedro Bastos 3 95
nunca 0 1 1 1 1 1 0 0
André Carvalho 3 93

João Cerqueira 3 91

Vítor Moreira 3 93

José Miguel Pêgo 3 93

Manuel Lima
Rodrigues 3 93

Filipa Pinto Ribeiro 3 95

João Paulo
Fernandes 2 95

João Carlos Sousa 2 95

“Sistemas Orgânicos II & III”


É de realçar que, em virtude de nesta avaliação se encontrarem representadas as actividades de
docência referentes a um extenso intervalo temporal de 31 semanas, a apreciação dos alunos
constitui um exercício difícil.
O trabalho dos docentes é avaliado de forma excelente pelos alunos. Sendo esta a nota dominante,
registam-se excepções individuais.
No seu conjunto, os indicadores recolhidos acerca dos docentes de SOF II & III, são claros quanto à
sua qualidade. De realçar que são avaliados como “sempre” num intervalo de 26 a 35% das questões
e que no caso do seu domínio de conceitos este valor atinge 46%. Feita uma análise de tendências
positivas, elas estão compreendidas entre 65% (“interessa-se pelo meu processo de aprendizagem” e
91% ”domina conceitos e fenómenos implicados nos distintos objectivos).

Permanece como ponto menos conseguido a percepção que os alunos têm do interesse dos docentes
pela sua aprendizagem individual – os valores encontrados para “nunca”, “raramente” e “às vezes”são
respectivamente 4, 9 e 22% – sendo este um dos pontos prioritários, diagnosticados por este
questionário, a atender ao nível da coordenação.

69
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Docentes Anos de docência na Inquéritos
área recolhidos (%)
Figura III.4. Docentes de Sistemas Nuno Sousa 2 98
Orgânicos e Funcionais II & III: avaliação
Jorge Correia Pinto 2 98
global
Armando Almeida 2 98
Joana Palha 2 98
Patrícia Maciel
2 98
100%

90%
Sónia Magalhães 2 98
30 26 27 30 31 33
80%
35
46 sempre
70%
Pedro Leão 2 98
60% frequentemente
39 Leonor Gonçalves 2 60
50% 48 46 48
às vezes
54 47 50
40%
45
raramente Manuel Lima Rodrigues 2 98
30%
22 nunca
20%
22 20 19
Filipa Pinto Ribeiro 2 94
10% 14 16 9 15
8 2 3
2 2 1 2 2
0%
a b c d e f g h Maria João Batista 2 98
s e m pre 30 35 46 26 27 30 31 33
João Carlos Sousa 2 98
fre que nte m e nte 54 47 45 39 48 46 48 50
14 16 8 22 22 20 19 15
à s ve ze s João Mário Roriz 1 96
ra ra m e nte 2 2 1 9 2 3 2 2
nunc a 0 0 0 4 1 1 0 0 Carla Rolanda 2 96

Gustavo Melo Rocha 2 85

Pedro Bastos 2 98
João Paulo Fernandes 2 98

António Santos 2 98
Luís Torrão 2 98

João Bessa 2 98
Mário Oliveira 2 98

Hugo Tavares 2 98

“Biopatologia e Introdução à Terapêutica”


Esta área curricular teve no presente ano a sua primeira experiência de leccionação. Uma
panorâmica geral sobre os resultados indica que é reconhecida qualidade ao trabalho dos docentes
desta área curricular, porém, com relevantes excepções. A heterogeneidade no desempenho do corpo
de docentes é grande, co-existindo docentes avaliados como excelentes e outros com fragilidades
evidentes.
Feita uma análise de tendências positivas, elas estão compreendidas entre 50% “interessa-se pelo
meu processo de aprendizagem” e 82% ”domina conceitos e fenómenos implicados nos distintos
objectivos”. Este último é claramente o ponto mais forte, sendo avaliado como “sempre” por 44% dos
alunos; os restantes aspectos merecem esta avaliação num intervalo de 17 a 26%. São evidentes
alguns aspectos merecedores de pronta correcção. Assim, as somas de percentagens respeitantes às
opções “raramente” e “nunca” registam valores superiores a 5% em 7 das 8 opções, havendo mesmo
um valor de 11% e outro de 21%. Não tanto pelos valores em si, mas sim pelo facto dos mesmos
serem recorrentes, estes indicadores recomendam cuidado. No entanto, as avaliações individuais dos
membros deste corpo docente denotam uma clara heterogeneidade, pelo que é possível identificar um
reduzido número de docentes responsável por estes valores, aspecto que deve ser corrigido para
desempenhos mais favoráveis, tomando como referênica os docentes com muita qualidade.

70
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Docentes Anos de Inquéritos
docência na área recolhidos (%)
Figura III.5. Docentes de Biopatologia e Fernando Schmitt 1 98
Introdução à Terapêutica: avaliação global
Fernanda Milanezi 1 98

Jorge Pedrosa 1 98
António Gil Castro
1 98
100%

90% 17 23 21 19
25 24 26
Rui Reis 1 98
80% 44 sempre
70%
Ademar Longatto 1 98
29 frequentemente
60% 50 44 35
50%
49 45 42
às vezes
Ana Horta 1 98
40%
38 raramente
30%
29 António Sarmento 1 98
29 nunca
20% 27 30 23 26
22
15 16 Elisabete Sousa 1 98
10%
6 9 7
5 5 2 5
0%
a b c d e f g h Fátima Baltazar 1 98
s empre 17 23 44 21 19 25 24 26
fre que ntemente 50 49 38 29 44 35 45 42
Fernando Pardal 1 98
às ve zes 27 22 15 29 30 29 23 26
Isabel mesquita 1 98
raramente 5 5 2 16 6 9 7 5
1 1 1 5 1 2 1 1
nunca Tiago Teixeira 1 98
Pedro Monteiro 1 98

O ponto menos conseguido permanece o “interessa-se pelo meu processo de aprendizagem” – 5,16 e
29% dos alunos escolhem, respectivamente, “nunca”, “raramente” e “às vezes” – sendo este um dos
pontos prioritários de intervenção a atender ao nível da coordenação.

“Introdução à Saúde Comunitária”


Trata-se duma área curricular que também teve no presente ano a sua primeira experiência de
leccionação. Não obstante, o trabalho dos docentes é avaliado de forma excelente ou muito boa pelos
alunos.

Figura III.6. Docentes de Introdução à Saúde Comunitária: Avaliação global

100%
15 15 11 11 15 17
90%
27 20
80%
sempre
70%
45 Anos de docência Inquéritos
31 52 frequentemente Docentes
60%
57 59
51 52 na área recolhidos (%)
50% às vezes
58
40%
raramente
Carlos Valério 1 98
30% 35
36 António Sarmento 1 98
20% 29 24 nunca
26 24 30
10% 14 11
8 8 10
0% 2 2 1 1
a b c d e f g h

s e m pre 15 15 27 20 11 11 15 17
fre que nte m e nte 57 59 58 31 45 52 51 52
à s ve ze s 26 24 14 35 36 29 24 30
ra ra m e nte 2 2 1 11 8 8 10 1
nunc a 0 0 0 3 0 0 0 0

Globalmente, os indicadores recolhidos acerca dos docentes de ISC são claros quanto à sua
qualidade. Feita uma análise de tendências positivas, elas estão compreendidas entre 51%
(“interessa-se pelo meu processo de aprendizagem” e 85%”domina conceitos e fenómenos implicados
nos distintos objectivos”). São avaliados como “sempre” em 6 dos 8 aspectos por um universo de 11 a

71
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
17%. A regularidade das prestações excelentes poderá ser melhorada, no sentido de aumentar a % de
classificações “sempre”.
As apreciações mais favoráveis dos alunos são as respeitantes ao desempenho geral e ao processo de
análise dos objectivos de aprendizagem. O menos favorável é o desempenho no que se refere a
intervenções que induzam os alunos a reflectirem sobre a sua aprendizagem ou a abordar assuntos
complexos. Nas questões relativas a competências de relação interpessoal, os alunos declaram que
“às vezes/raramente/nunca” houve por parte dos docente interesse pela aprendizagem de 35/11/3 %
dos alunos, sendo este um dos pontos prioritários de intervenção a atender ao nível da coordenação.

“Introdução à Medicina Clínica”


No presente ano, recolheu-se a apreciação dos alunos relativamente aos tutores que colaboraram na
área. Para o efeito, foi preparado um inquérito, que solicitou aos alunos a escolha de uma entre
quatro opções que traduzem o seu parecer relativamente às catorze questões que constam da
seguinte.

Tabela III.8. Questões incluídas nos inquéritos de apreciação aos tutores


a o tutor promoveu discussões pertinentes
b o tutor incentivou a participação nas discussões
c o tutor aceitou outros pontos de vista como válidos
d o tutor pareceu preocupado com a minha aprendizagem
e o tutor preparou-me para me relacionar convenientemente com os docentes
f o tutor expôs claramente as suas expectativas
g o tutor efectuou demonstrações claras
h o tutor avaliou de forma consistente com os objectivos da área
i o tutor forneceu-me feedback construtivo acerca do meu desempenho e progresso
j o tutor dominava os conceitos e fenómenos implicados nos distintos objectivos
k o tutor realizou perguntas chave que me permitem reflectir sobre a coerência dos conhecimentos adquiridos
l o tutor motivou no sentido do alcance dos objectivos propostos
m o tutor ajudou-me a clarificar, sintetizar e integrar os conceitos que apresentam grande complexidade
n é um excelente tutor

A área foi leccionada em 2003-04 pela primeira vez, pelo que esta foi a primeira experiência em
tutorias clínicas no curso de medicina. Uma análise global (figura III.7) às respostas dos alunos
relativas à acção dos tutores, revelou que estes são considerados excelentes pela esmagadora maioria
(87%). O domínio de conceitos e fenómenos dos tutores foi reconhecido por todos os alunos e 98%
consideraram que os seus tutores promoveram discussões pertinentes, evidenciando preocupação
com a aprendizagem dos tutorandos. Os aspectos potencialmente mais carenciados na actividade dos
tutores relacionaram-se com a comunicação das expectativas aos alunos, avaliação e comentários
fornecidos aos trabalhos realizados – não detectados respectivamente por 23, 25 e 27% dos alunos.
Globalmente, os resultados demonstram o apreço que foi votado à actividade dos tutores.

72
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Figura III.7. Tutores de Introdução à Medicina Clínica: Avaliação global

100%

90%

80% 44
50 48 49 48 52 53
70%
54 58 55 60 54
63 concordo total mente
71
60%
concordo
50%

40% 33
discordo
27 21
35 33
30%
38
34 33 discordo total mente
44 32 40
38
20% 35
19 21 27 29
10%
15 19 11 13
11 9 6
0% 2
0 4
0 0 2
0 0 4 2 4 0 0 0 0 0 0
a b c d e f g h i j k l m n
c o nc o rdo to ta lm e nte 54 58 50 63 48 44 49 48 52 71 55 60 53 54
c o nc o rdo 44 38 35 35 33 33 38 27 21 29 34 32 40 33
dis c o rdo 2 4 15 2 19 19 11 21 27 0 11 9 6 13
dis c o rdo to ta lm e nte 0 0 0 0 0 4 2 4 0 0 0 0 0 0

Síntese
De forma geral, poder-se-á afirmar que foi reconhecida qualidade à actividade dos diferentes docentes
de cada área curricular, pois as percepções recolhidas foram claramente favoráveis. A construção de
inquéritos com questões de maior especificidade será conveniente a fim dos mesmos se tornarem em
instrumentos úteis para a evolução Docente.

3.3.2. Percepções dos Alunos em Relação ao Funcionamento das Áreas Curriculares


As percepções dos alunos relativas ao funcionamento das áreas curriculares no ano 2003-04, foram
avaliadas a partir das suas respostas a inquéritos que, pela primeira vez, assumiram formatos e
incluíram questões específicas para algumas áreas. Não obstante, manteve-se a opção de aplicar os
inquéritos utilizados em anos anteriores para avaliar todas as áreas com cinco ou mais unidades de
crédito, à excepção de “Introdução à Medicina Clínica”. Da computação da avaliação de cada área
curricular, surgiu um documento estruturado, remetido ao respectivo coordenador. O presente sub-
capítulo resume os documentos produzidos pela UEM ao longo do ano lectivo, incluídos no respectivo
Relatório. Não são feitas referências às áreas “Acompanhamento de uma Família I e II”, pois os fins
que se propõem atingir e a natureza e a diversidade de experiências que criam e dinamizam tornam a
construção de métodos e instrumentos para uma avaliação objectiva, uma desafio que, embora esteja
no horizonte da ECS, se tem revelado um exercício difícil de superar.

1º ANO CURRICULAR
“Introdução ao Curso de Medicina”
A avaliação refere-se aos resultados de um questionário preparado pelo Coordenador da área em
articulação com a UEM. Os indicadores recolhidos revelam um funcionamento francamente bom da
área. As observações que mais se destacam nos resultados da análise das respostas dos discentes,

73
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
são a quase ausência de apreciações no extremo negativo da escala, o número diminuto de
apreciações “excelente” e a homogeneidade entre os módulos leccionados. Os temas “O médico” e
“Práticas laboratoriais” mereceram as apreciações mais favoráveis. Os temas “Bioestatística” e
“Informática” recolheram apreciações situadas num espectro satisfatório. As apreciações mais baixas
incidiram no item “Importância para a integração no curso de medicina”, sugerindo que a ligação dos
mesmo aos requisitos curriculares do curso não tenha sido inteiramente conseguida.

“Moléculas e Células”
Os indicadores recolhidos revelam um funcionamento muito bom da área, tendo 88% dos alunos
declarado ter aprendido muito com a área. Os alunos consideram menos conseguidas as “FASES 4”,
designadamente ao nível da sua planificação, adequação aos objectivos propostos e duração. Ao nível
dos conteúdos, os alunos consideraram que deveria ser feito um esforço no sentido de melhorar as
FASES 3, tornando-as mais esclarecedoras da relação entre os conceitos abordados e a sua aplicação
prática. Ao nível das competências técnicas de ensino, o aspecto mais sensível foi a clarificação da
profundidade dos objectivos de aprendizagem.

“Sistemas Orgânicos e Funcionais I”


Os indicadores recolhidos revelam um funcionamento bom da área, tendo 88% dos alunos declarado
que aprenderam muito com a mesma. As apreciações obtidas para oito, dos vinte e seis aspectos
indagados, foram muito boas. Não obstante, existe espaço para melhorias em todos os aspectos. A
FASE 1 é a que exibe o conjunto de indicadores mais desfavorável. As FASES 2 e 5 englobam a maior
parte dos aspectos melhor apreciados, embora os alunos lhes apontem carências, designadamente o
grau de dificuldade e duração do exame e o tempo reservado para a auto-aprendizagem. Não podem
deixar de ser mencionadas as diferenças de prestação - normalmente menos boas - da área em si e de
alguns docentes nesta área, relativamente a Sistemas Orgânicos e Funcionais II.

“Estágio em Centro de Saúde”


A avaliação refere-se aos resultados de um questionário preparado pelo Coordenador da área com o
apoio da UEM. Os indicadores recolhidos revelam que os alunos reconhecem terem sido atingidos os
objectivos da área. Os alunos não apresentaram comentários relevantes, como resposta à questão
aberta incluída no inquérito. Na quase ausência de comentários adicionais e perante a natureza
generalista das questões apresentadas, não é possível realizar uma análise mais aprofundada.

“Projecto de Opção I”
Os indicadores recolhidos revelam um funcionamento excelente da área, tendo 98% dos alunos
declarado que aprenderam muito com a mesma. O funcionamento da área é merecedor dos maiores
elogios, pois recolheu indicadores excelentes ou muito bons para a generalidade dos aspectos
indagados. É de sublinhar que os alunos reconhecem como atingidos três dos principais motivos
para a existência da área curricular: a percepção que os alunos manifestaram do contributo da área
74
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
para a sua identidade profissional, do contributo que o mesmo prestou para uma responsabilização
perante o seu percurso curricular e pela associação da aprendizagem desenvolvida a aspectos menos
proporcionados pelo ensino na ECS.

2º ANO CURRICULAR
“Família, Sociedade e Saúde”
A avaliação refere-se aos resultados de um questionário preparado pelo Coordenador da área com o
apoio da UEM. As respostas dos alunos concentraram-se nas duas opções intermédias da escala,
notando-se uma quase ausência de apreciações extremas - positivas ou negativas. As percentagens
registadas de apreciações negativas foram incipientes. A outra nota dominante no conjunto das
respostas é a homogeneidade nas apreciações recolhidas para os distintos módulos. No módulo
“Família e Sociedade” dois aspectos recolheram apreciações de “muito bom” ou “excelente” por parte
de apenas 6% dos alunos: a clareza nas exposições e a estimulação da participação dos alunos. No
cômputo geral, os indicadores sugerem que a área poderá evoluir na sua qualidade técnica ou no
interesse dos conteúdos propostos, para melhorar a excelência das apreciações que lhe foram
devotadas.

“Sistemas Orgânicos e Funcionais II & III”


Os indicadores recolhidos revelam um funcionamento muito bom da área (onze dos vinte e seis
indicadores recolhidos foram de nível Muito Bom), tendo 94% dos alunos declarado que aprenderam
muito com a mesma. Na perspectiva dos alunos, o Corpo docente é dotado de várias das
competências necessárias ao ensino e usa-as com frequência. Porém, a heterogeneidade relativa a
alguns dos itens sondados ou a FASES –neste caso a FASE 1 surge como a mais carenciada –
diagnostica alguns aspectos prioritários para intervenção. A identificação das melhores estratégias
que melhorem a qualidade desta área, depende particularmente do envolvimento activo do Corpo
Docente, constituído por 22 elementos.

“Projecto de Opção II”


Os indicadores recolhidos revelam um funcionamento excelente da área, tendo 100% dos alunos
declarado que aprenderam muito com a mesma. A análise realizada conduz aos comentários
apresentados a “Projectos de Opção I”.

3º ANO CURRICULAR
“Biopatologia e Introdução à Terapêutica”
Os indicadores recolhidos revelam um funcionamento muito bom da área, tendo 77% dos alunos
declarado que aprenderam muito com a mesma.
Tendo em consideração que se tratou do primeiro ano de experiência de funcionamento da área, que
a mesma se desenvolve como área integradora de aspectos fundamentais da aprendizagem de
ciências biológicas na base da medicina e ainda o considerável número de docentes envolvido (num

75
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
total de catorze), o primeiro comentário deverá ser um elogio perante o desempenho conseguido. Não
obstante, existe espaço para melhorias em todos os aspectos indagados, o que depende em grande
medida do empenho do corpo docente.
Os indicadores revelaram que a importância dos temas e conteúdos abordados transpareceu para os
alunos. A disponibilidade dos professores foi o outro aspecto global mais apreciado. A respeito deste
último, é de referir que as avaliações individuais denunciam alguma heterogeneidade entre docentes,
aspecto que deve ser corrigido para desempenhos mais favoráveis.
A maior parte dos indicadores situa as características da área em padrões francamente bons, com
algumas excepções. Ao nível dos conteúdos, foi evidenciada a necessidade de evoluir no
relacionamento com outros exteriores à área. Ao nível das competências técnicas de ensino, deverá
ser feito um investimento nas que se relacionam mais directamente com as necessárias à FASE 3.
Estas envolvem competências como a planificação, gestão e liderança de discussões presenciais, para
além de outras, como as associadas ao esclarecimento de complexidades ao nível de objectivos, cuja
carência foi diagnosticada na FASE 1 de aprendizagem. Evoluções nestas competências dependem da
identificação de pontos críticos na forma de trabalhar deste Corpo Docente possível em exercícios de
auto-reflexão, que o Corpo Docente é convidado a realizar e a partilhar com a UEM.

“Introdução à Saúde Comunitária”


Os indicadores recolhidos revelam um funcionamento bom da área, tendo 68% dos alunos declarado
que aprenderam muito com a mesma. Os indicadores identificaram a promoção de um clima e
ambiente de trabalho adequados à aprendizagem como sendo o factor de maior sucesso da área. A
definição dos recursos de aprendizagem e a determinação de conteúdos novos a assimilar foram
igualmente merecedores de retornos francamente favoráveis.

A maior parte dos indicadores situa as características da área em padrões bons, com algumas
excepções. Ao nível dos conteúdos, foi evidenciada a necessidade de evoluir no relacionamento dos
conteúdos com outros exteriores à área. Ao nível das competências técnicas de ensino, o aspecto
mais sensível foi a clarificação da profundidade dos objectivos de aprendizagem. Tendo em
consideração que se tratou do primeiro ano de experiência de funcionamento da área, deverá ser
elogioso perante o desempenho conseguido.

“Introdução à Medicina Clínica”


Os indicadores recolhidos (disponíveis no Relatório da Unidade de Educação Médica) revelam um
bom funcionamento da área, ainda que bastante heterogéneo entre alguns dos seus itens; as
percentagens de estudantes que seleccionaram as opções “concordo” ou “concordo totalmente” estão
compreendidos entre 27 e 100%. 87% dos alunos declara ter aprendido muito com a área.
O primeiro comentário é elogioso perante o funcionamento da área, pois resultou num bom nível
global de satisfação dos alunos. Os indicadores revelam que os alunos interiorizaram a importância
da área para o seu desenvolvimento pessoal e profissional. Assim, a área terá sido reveladora em

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Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
termos de construção da sua identidade profissional, inclusivé ao nível das dificuldades inerentes. A
área conquistou o empenho de todos os alunos, dos quais 85% aferiram que o seu empenho nesta
área a um nível superior comparativamente às demais.
No que concerne à aprendizagem realizada em contexto hospitalar, deverá ser evidenciada a opinião
favorável da generalidade dos alunos recolhida para os três indicadores utilizados. O aspecto que
poderá merecer alguma reflexão será o das oportunidades proporcionadas aos alunos para
demonstrar a sua aprendizagem, não reconhecido por 29% dos alunos. Se tal pode significar uma
aferição perante expectativas excessivas, também poderá apontar para uma insuficiência de
oportunidades disponibilizadas por tutores. Realizada esta primeira experiência, parece oportuno
repensar os indicadores usados para monitorizar o componente hospitalar da área.
Os alunos manifestaram o seu agrado perante os recursos materiais disponibilizados para o treino na
Escola e consideraram-se na sua maioria adequadamente preparados pelas actividades escalonadas.
De igual forma, transparece com bastante clareza a opinião de que o número de momentos para
treino a disponibilizar deverá ser aumentado em experiências futuras – 60% dos alunos “discorda”
que ele tenha sido suficiente.
As tendências observadas com os indicadores que se referem aos seminários, denunciam alguns
pontos a ter em atenção em anos vindouros. Assim, são reduzidas as percentagens de seminários que
a globalidade dos alunos considerou relevantes para os objectivos da área (13%), úteis para lhes
permitir atingir objectivos da área (10%) ou influentes na sua aprendizagem (13%). A percepção da
generalidade dos seminários como pouco estruturados sugere a importância de trabalhar com os
docentes a este respeito.
Juntamente com os seminários, a avaliação dos alunos foi o aspecto a que foram associadas as
maiores carências, tendo sido identificada uma debilidade clara nas respostas recolhidas para sete
dos indicadores utilizados. Em primeiro lugar, refira-se a comunicação do sistema aos discentes,
pouco conseguida no que concerne à exposição de objectivos e do sistema em si mesmo. Tal sugere
que os alunos sentem não ter tido oportunidades suficientes para ver esclarecidas as suas questões
relativamente aos mesmos, o que poderá e deverá ser ultrapassado no futuro com esclarecimentos no
início do ano. Igualmente merecedores de atenção são a inadequação do sistema implementado e do
exame, relativamente aos objectivos da área, sentida pela maioria dos alunos. Deste modo, 51% não
revê o seu desempenho na classificação conseguida. A quantidade de informação abordada, o volume
e diversidade de trabalhos e competências a que a área faz apelo, são considerados exagerados por
percentagens significativas de alunos, nomeadamente tendo em conta o número de unidades de
crédito que correspondem à área. No seu conjunto, os indicadores apontam para a conveniência de
repensar a avaliação da área.
Como demais aspectos francamente positivos relacionados com a avaliação, refiram-se as tarefas
escritas propostas aos alunos e o livro de apoio seleccionado. Já as tarefas associadas à leitura do
mesmo mereceram um acolhimento que, embora positivo, foi menos generalizado. O valor
reconhecido ao treino de competências clínicas, ao contacto directo com os doentes e à própria

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Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
vivência hospitalar, é sublinhado como fundamental para os alunos em respostas recolhidas a
questões abertas (não apresentadas). Em si mesmas, estas afirmações sugerem que os alunos se
sentem suficientemente confiantes, já neste seu quarto ano de curso, para enfrentarem elementos da
prática clínica, em contexto exterior à Escola. Tal é congruente com o facto de 89% dos alunos ter
assentido quando questionado se a preparação dos anos anteriores se tinha revelado adequada ao
seu desempenho. Intervenções adequadas sobre os aspectos diagnosticados deverão conduzir à
melhoria dos indicadores em futuras experiências de funcionamento da área.

“Projecto de Opção III”


Os indicadores recolhidos revelam um funcionamento excelente da área, tendo 100% dos alunos
declarado que aprenderam muito com a mesma. A análise realizada conduz aos comentários
apresentados a “Projectos de Opção I”.

1º, 2º e 3º ANOS CURRICULARES


“Domínios Verticais / Tomar o Pulso à Vida”
Os alunos foram solicitados a preencher um questionário com duas questões: importância dos
“Domínios Verticais” no seu desenvolvimento pessoal e indicação do(s) tema(s) mais apreciado(s).
Responderam 57% dos alunos: 43% afirmaram-se muito valorizados e 52% moderadamente
valorizados. As sessões mais apreciadas foram os de “Uma Pessoa Confessa-se” (indicado por 69%,
59% e 43% dos alunos) e a do filme “Dead Poets Society” e debate sequente.
Estes resultados evidenciaram a justeza da introdução dos “Domínios Verticais”. Há, contudo, que
fazer um esforço em ordem a tornar mais participadas pelos alunos sessões de temas mais teóricos.

3.4. AVALIAÇÃO INTERNA PELOS DOCENTES E PROPOSTAS DE ALTERAÇÕES PARA 2004-05


Nos itens anteriores (3.2. e 3.3.) apresentamos os resultados da avaliação, conduzida pela UEM, do
funcionamento do curso em 2003-04. Neste processo, os elementos avaliados foram os Estudantes,
os Professores e o Programa de Ensino, tendo como base os resultados dos inquéritos de opinião
dirigidos aos alunos, adaptados ao modelo pedagógico, no final de cada área curricular. Por sua vez e
com base nos resultados destes inquéritos, os Coordenadores das diferentes áreas curriculares
procederam a uma avaliação interna das actividades de ensino desenvolvidas. Os resultados desta
análise foram apresentados nas “Jornadas de Reflexão do Conselho Científico”, no âmbito das quais
se procedeu a uma discussão e análise global das diferentes áreas curriculares, de modo a
estabelecer padrões de funcionamento e de melhoria do programa curricular.
Segue-se a apresentação resumida dos resultados desta avaliação interna, com referência às
propostas de alterações que dela resultaram para o ano lectivo 2004-05.

“Introdução ao Curso de Medicina”


Da análise dos resultados dos Inquéritos de Opinião apresentada no item anterior, verifica-se que:

78
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
- Quanto ao módulo antropológico, não houve praticamente classificações negativas.
- Quanto ao módulo pedagógico, foi generalizada a crítica de tempo insuficiente para os temas de
iniciação à informática, à bioestatística e à prática laboratorial e também para o exame de
bioestatística (neste caso, não por dificuldade ou excesso de questões, mas pela utilização de
software informático para as respostas, que também incluíam elaboração de gráficos).
Consideram-se genericamente pertinentes estas críticas, tanto mais que se trata do mês inicial de
adaptação à Universidade, aos métodos pedagógicos e ainda, para a maioria dos alunos, à cidade.
Não sendo possível aumentar de 4 para 5 semanas esta área curricular (o que alargaria o ano lectivo
ou obrigaria a reduzir de uma semana “Moléculas e Células” ou “SOF’s I” o que não é possível),
optou-se por suprimir o módulo antropológico, mantendo-se contudo as respectivos temas,
integrados em “Tomar o Pulso à Vida”, “Introdução à Saúde Comunitária” e “Introdução à Medicina
Clínica”.
No que respeita ao módulo pedagógico, que passará a constituir a totalidade da área curricular, foi
introduzida, na apresentação do Curso de Medicina, uma sessão sobre a importância da dimensão
psicossocial, integrada em diversas áreas curriculares das quatro fases do curso.

“Moléculas e Células”
Com base na avaliação interna do processo pedagógico, foram identificados aspectos (Mais e Menos
positivos) que a seguir se apresentam de forma resumida.

Aspectos mais positivos


- Reestruturação do módulo 1, com a introdução de duas semanas interdisciplinares conduzidas por
todos os docentes envolvidos na área. Este módulo passou a ser constituído por 5 semanas.
- Reestruturação do módulo 3, com a introdução de noções básicas de Meiose (tema introduzido a
pedido dos docentes dos SOFs).
- Reestruturação da componente laboratorial, com a introdução de um projecto contínuo, com mais
sessões experimentais e menos alunos por sessão. Foi ainda realizada uma avaliação multi-
factorial, da qual se destaca a avaliação das aptidões técnicas (o saber fazer) e a análise da
elaboração de um projecto de investigação científica num tema proposto pelo docente responsável.
- Introdução de fases 2 tutorizadas, com a apresentação e discussão de artigos científicos.
- Melhoria nos índices docimológicos, tanto nas perguntas dos exames dos módulos como nas
perguntas do exame integrado, devido à contribuição da Unidade de Educação Médica na
elaboração de perguntas.
- Aumento do número de seminários e maior adaptação destes às temáticas leccionadas.

Aspectos menos positivos


- A reestruturação já efectuada no módulo 3 foi positiva. No entanto, os docentes sentem que os
vários temas/objectivos necessitam de uma maior integração.

79
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
- Calendarização semanal de 2h de Fase 4 que, por não serem utilizadas pelos alunos nos módulos 1
e 2, conduziram a uma alteração desta calendarização feita no módulo 3.
- Os docentes continuam a sentir dificuldades na elaboração de perguntas integradas.

Propostas de alterações para 2004-05


Com base na avaliação feita pelos alunos e nesta avaliação interna foram propostas, para o ano
2004-05, as seguintes alterações:
- Melhoria na estruturação do módulo 3 com a introdução de “Bases Moleculares de Biologia do
Desenvolvimento”. Consequentemente, propõe-se que no próximo ano a sequência temática deste
módulo seja: Ciclo Celular, Mitose, Meiose, Bases Moleculares de Biologia do desenvolvimento e
Morte Celular Programada.
- Alteração na calendarização das Fases 4, de 2 horas semanais para 4-6 horas no final de cada
módulo.
- Aumento na percentagem de perguntas de exame de grau 2 e 3.

“Sistemas Orgânicos e Funcionais I, II e III”


A avaliação interna do processo pedagógico da área permitiu identificar aspectos (Mais e Menos
positivos). Da sua análise crítica, decorrem propostas de alteração para o ano lectivo de 2004-05,
conforme a seguir se explicita.
Mais positivos
- Perfil dos docentes
- Integração de componentes clínicos
- Modelo pedagógico adaptável a processo educacional de investigação-acção
- Capacidade de mudança
- Melhoria de relação tempo/extensão de conteúdos
- Planificação específica das actividades
- Selecção criteriosa do apoio bibliográfico
- Melhor ratio aluno/docente nos trabalhos laboratoriais
- Melhor organização da avaliação
- Relações estabelecidas entre docentes e alunos

Menos positivos
- Reduzido espaço de debate/reflexão
- Individualidade/discrepâncias metodológicas (noção de corpo)
- Predominância de objectivos de ensino
- Avaliação de competências ainda “insuficiente”
- Insuficiente “integração”

80
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Propostas de alterações para 2004-05
Com base nesta Avaliação Interna foram propostas, para o ano 2004-05, as seguintes alterações:
- Reuniões periódicas com todos os docentes – maior envolvimento/responsabilização dos
docentes mais jovens
- Melhor comunicação com outras áreas curriculares (antes e após SOFs)
- Redefinição de objectivos de aprendizagem, e definição de competências específicas
- Reorganização temas/corpo docente – novas “receitas” para assuntos recorrentes
Fase 1 – Maior integração com base em objectivos de aprendizagem
Fase 2 – Maior interpenetração das sub-áreas
Fase 3 – Espaços de discussão comuns
Fase 4 – Melhor definição de actividades
- Reestruturação da avaliação
Fase 5 – Revisão de banco de perguntas
“OSCE” – Maior peso das “competências”

“Estágio em Centro de Saúde”


Para avaliação pelos Alunos do “Estágio em Centro de Saúde” foi utilizado em inquérito com três
itens: 1-Grau de atingimento dos dois objectivos em causa; 2- Percepção do serviço(s) de particular
importância; 3- Comentário(s) adicionais.
Em termos globais, da análise destes inquéritos verifica-se que, embora em graus diferentes de
expressividade, todos os alunos avaliaram positivamente ― na grande maioria, muito positivamente ―
o seu estágio em Centros de Saúde.
Não é de admirar que, nos seus relatórios, os alunos exprimam a sua gratidão pelo modo como foram
acolhidos no Centro de Saúde por todos quantos lá trabalham.
Não passou despercebido aos alunos as dificuldades que os Centros de Saúde enfrentam para bem
cumprir as suas funções (aliás, esta percepção é um dos objectivos do questionário), nomeadamente
obrigações burocráticas impostas aos médicos cujo cumprimento é verdadeiramente indispensável,
poderiam ser muito facilitadas pelo recurso à informática (eles sabem do que falam, pois cada um
tem o seu computador na ECS).
No que respeita à percepção dos Profissionais de Saúde, embora não tenha sido formalmente
solicitada, em reuniões com os médicos, no âmbito de “Acompanhamento de uma Família”, foi
considerada positiva, embora houvesse quem tivesse declarado insuficiente esclarecimento a respeito
dos objectivos do estágio e do papel dos orientadores dos alunos.

Propostas de alterações para 2004-05


O esforço feito em corrigir as deficiências apontadas pelos alunos nos anos lectivos anteriores tem
produzido os efeitos desejados, pois foi muito menor o número dos alunos a formular reparos e foi
unânime o reconhecimento mais fundamental: o de que os objectivos do estágio foram atingidos.

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Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
“Socorrismo”
Em 2003-04, a área curricular “Socorrismo”, tal como nos anos anteriores, foi assegurada sob a
forma de um curso básico de formação de socorristas (FOR), ministrado pela Cruz Vermelha
Portuguesa. Este curso continua a revelar-se de particular importância para a formação dos alunos,
culminando na atribuição ao aluno aprovado, de Diploma de curso FOR e Cartão de Socorrista.
A experiência deste 3º ano de funcionamento da área continua, assim, a ser considerada por
professores e alunos como muito positiva, pelo que se irá manter nos anos seguintes.

“Projecto de Opção I, II e III”


Os resultados da experiência do 1º, 2º e 3º anos continuam a ultrapassar em muito as expectativas,
continuando a ser de destacar:
- o “Congresso Interno do Curso de Medicina” que, para além da relevância científica e pedagógica,
reforçou de forma notória a já existente boa relação entre os estudantes, bem como entre estudantes
e docentes;
- o “Desafio à Mobilidade dos Alunos”; a oportunidade de realização de trabalhos num tão variado
número de Instituições distintas (ver Anexo II.3), funcionou como um excelente motor à mobilidade
dos alunos, intra-UM e inter-Instituições, nacionais e estrangeiras.

Estes resultados constituem um forte estímulo à continuação desta área com o formato
implementado desde o seu início.
Consequentemente, a finalidade e formato de organização desta área manter-se-á no ano lectivo
seguinte.

“Família, Sociedade e Saúde”


As apreciações negativas dos alunos foram idênticas às apresentadas no ano lectivo de 2002-03, com
a diferença de serem em muito menor número, o que indica que as medidas correctivas
empreendidas tiveram resultado positivo. Contudo, tem-se consciência de que é necessário que os
conteúdos sejam mais pertinentes relativamente à finalidade desta área curricular e que a
participação dos alunos seja mais activa.

“Acompanhamento de Uma Família I e II”


No que respeita ao Acompanhamento de uma Família I, o principal obstáculo ao desejado
desenvolvimento desta área tem sido o seu início tardio no 2º ano do curso, embora neste ano lectivo
não tão acentuado como em 2002-03.
No relatório de 2003 referiram-se as causas de tal atraso que, com o decorrer da experiência, se irá
atenuando. Tudo se fará para que no próximo ano lectivo a primeira visita dos alunos do 2º ano
ocorra em Novembro.
Verificou-se também ser necessária uma informação mais pormenorizada e melhor explicada aos
alunos, antes do início desta área, a que deverá seguir-se uma reunião conjunta com os seus tutores.

82
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Quanto às oficinas de comunicação interpessoal, a docente responsável reconheceu que os resultados
alcançados ficaram muito aquém dos esperados, o que teve como causa principal o desfasamento
ente oficinas e visitas (estas devendo preceder aquelas), pelo que as oficinas ficaram privadas do
suporte prático constituído pela experiência dos alunos na visita anterior.
No que respeita ao Acompanhamento de uma Família II, os conteúdos das visitas e tutorias foram
condicionados pelo facto de umas e outras terem sido em escasso número no 2º ano. Em 2004-05 os
conteúdos já poderão ser os, de modo geral, definitivos.
Quanto aos seminários de “Introdução à psicologia da gravidez e da maternidade”, os seus conteúdos
serão incluídos na área curricular “Família, Sociedade e Saúde” (2º ano) bem como na residência
hospitalar de Obstetrícia e Pediatria (4º ano) e nas residências em Centros de Saúde (4º,5º e 6º
anos).

Propostas de alterações para 2004-05


Foi decidido não prosseguir o “Acompanhamento de uma Família” além do 3º ano. Um curso de
medicina como o da Universidade do Minho, em que a aprendizagem dos saberes e dos desempenhos
obriga a trabalho permanente dos alunos e a avaliações frequentes para classificação, não deve
incluir o que não é indispensável. Ora conseguindo-se que as visitas às famílias se iniciem no 2º ano
antes do Natal e podendo os alunos continuar a visitar as “suas” famílias no âmbito das residências
em Centros de Saúde (4º, 5º e 6º anos), é desnecessário sujeitá-los a tutorias e a avaliações
independentes.

“Biopatologia e Introdução à Terapêutica”


O desenvolvimento do programa da “Biopatologia e Introdução à Terapêutica” foi cumprido, de acordo
com o programado. Com base na avaliação interna do processo pedagógico da área, foram
identificados aspectos (Mais e Menos positivos) que permitem, pela sua análise crítica, retirar
conclusões e adiantar propostas de alteração para o ano lectivo 2004-05, conforme a seguir se
apresenta.

Mais positivos
- Relevância dos objectivos propostos
- Importância dos temas e conteúdos abordados
- Estruturação global da área curricular, com elevada integração das sub-áreas científicas (na
maioria dos módulos e das fases de aprendizagem) e introdução de conteúdos clínicos,
incluindo seminários clínicos.
- Disponibilidade dos professores
- Práticas laboratoriais, relativamente à adequação dos temas abordados, à articulação com as
restantes actividades de ensino/aprendizagem e ao seu peso na carga horária
- Avaliação globalmente adequada, com o exame integrado a complementar as avaliações

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Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
parcelares de módulo e a representar uma real integração das sub-áreas científicas
- Os alunos consideram ter aprendido muito com a área

Menos positivos
- Reduzida integração das sub-áreas científicas no Módulo 1
- Tempo insuficiente destinado à auto-aprendizagem
- Tempo insuficiente em alguns dos módulos
- Tempo livre insuficiente de preparação para o exame integrado
- Número de avaliações parcelares elevado
- Clarificação da profundidade dos objectivos (FASE 1)
- A FASE 3, ao nível dos seus vários aspectos
- O relacionamento dos conteúdos desta, com outras áreas

Propostas de alterações para 2004-05


No decorrer do ano lectivo de 2003-04 foi possível responder a alguns aspectos que necessitavam de
correcção, fazendo pequenos ajustamentos relativamente à programação inicial, nomeadamente no
que se refere ao tempo de preparação para o exame integrado e à duração de alguns módulos. Este
desenvolvimento flexível do programa da área curricular está de acordo com o objectivo da
“Biopatologia e Introdução à Terapêutica” em adoptar uma metodologia de investigação-acção.
Com base na auto-avaliação interna são propostas, para o ano lectivo 2004-05, as seguintes
alterações:

- Reestruturação dos módulos, que passam a ser em menor número e, em alguns casos, a ter maior
duração. Assim, procura-se optimizar o tempo de duração de cada módulo, de acordo com a
extensão dos conteúdos abordados e dos objectivos propostos. Esta reestruturação tem como
vantagem adicional reduzir o número de avaliações parcelares, considerado elevado. Deste modo,
em 2004-05, os módulos terão a seguinte distribuição e ordenação: PATOLOGIA GERAL E INTRODUÇÃO À

FARMACOLOGIA (5 semanas); GENÉTICA E AMBIENTE (4 semanas); IMUNOPATOLOGIA (4 semanas); DOENÇAS

INFECCIOSAS (5 semanas) e NEOPLASIAS (4 semanas).

- Na Fase 1, enfatizar a relevância dos objectivos e a profundidade com que estes devem ser
explorados pelos alunos
- Aumentar o tempo disponível para auto-aprendizagem, reduzindo a carga horária semanal,
sobretudo no que respeita à fase II
- Optimizar a integração das sub-áreas científicas, sobretudo na Fase III
- Reestruturação da Fase 3 que passa a ser feita com número menor de alunos em menor tempo
contínuo e com maior periodicidade
- Introdução de, pelo menos, uma pergunta aberta nos exames de módulo, preferencialmente
relacionada como um caso/problema clínico

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Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO PEDAGÓGICA PARA O ANO LECTIVO 2004-2005
Com base na experiência do ano lectivo 2003-04 e tendo em conta os resultados da avaliação interna
da área, conforme justificado anteriormente, foram introduzidas alterações na organização e
estrutura da área. O antigo Módulo 1 (Fundamentos de Biopatologia e Farmacologia) foi redefinido.
Os conteúdos abordados neste Módulo foram distribuídos nos demais módulos, sendo que os
elementos básicos de cada área serão agora abordados dentro dos diversos módulos temáticos, com
excepção da Farmacologia, cujos princípios básicos serão abordados no novo Módulo 1 (Patologia
Geral e Introdução à Farmacologia).

A distribuição dos módulos obedecerá à estrutura a seguir apresentada.


3º Ano 2004/05 – Biopatologia e Introdução à Terapêutica

Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março

Mód. 1 Patologia Geral


5 sem e Introdução à
Farmacologia
Mód. 2 Genética e
4 sem Ambiente

Mód. 3 Imuno
4 sem patologia

Mód. 4 Doenças
5 sem Infecciosas

Mód. 5 Neoplasias
4 sem

Para além dos objectivos e conteúdos do ano anterior, pretende-se reforçar a vertente clínica na
Genética e adicionar conteúdos especificamente relacionados com os fármacos opiáceos na área da
Farmacologia.

“Introdução à Saúde Comunitária”


Em termos gerais, considera-se que foi atingido o objectivo global de evitar a recorrente
“estigmatização” que estas áreas curriculares e afins costumam ser alvo nos curricula das escolas de
Medicina e que a importância actual da Saúde Comunitária foi interiorizada com sucesso e com
agrado pela maioria dos alunos.
A finalidade e os objectivos - gerais e específicos – enunciados e preconizados para esta área
curricular foram basicamente cumpridos.
Tendo em conta quer “As apreciações de funcionamento da área curricular e da actividade docente”
efectuada pela Unidade de Educação Médica, quer esta “primeira” experiência de docência, foram
identificados pontos que mereceram uma atenção mais reflectida, no sentido do aperfeiçoamento
técnico e pedagógico e melhor adequação e integração desta área curricular no contexto deste curso
de Medicina.

85
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Os conteúdos e os objectivos propostos foram cumpridos; os Seminários, que na generalidade foram
tratados por profissionais de referência e de excelência nacional, realizaram-se na íntegra, com
enorme sucesso, tendo sido atingidas as expectativas iniciais e, em muitos casos, até ultrapassadas.
A elaboração dos Posters consumou o alto nível da prestação dos alunos, reflectindo na íntegra a
intencionalidade que lhes foi proposta; e finalmente
a Avaliação que nos pareceu adequada, mas trabalhosa, poderá e deverá ser mais cuidadosamente
ajustada no que se refere ao teste, reflexo da experiência vivida.

Apesar de algumas falhas sentidas, algumas reflectidas no Inquérito dos alunos e outras por nós
percepcionadas, talvez próprias quer de um pioneirismo assumido nos seus conteúdos, quer de um
novo modelo de ensino/aprendizagem, foi perceptível uma empatia crescente docentes/discentes,
manifesto pelas conclusões do Inquérito ”existência de clima e ambiente de trabalho adequados à
aprendizagem”, só não totalmente consumada devido ao relativo pouco tempo de contacto
correspondente à duração desta área curricular.
Assim, descrevem-se de seguida os aspectos mais e menos positivos, bem como algumas propostas
de trabalho para o próximo ano lectivo, no sentido de facilitar o planeamento e melhorar a prestação.

Mais Positivos
- Estrutura consistente na selecção e organização dos conteúdos/objectivos.
- Adequada complementaridade entre os objectivos e os Seminários efectuados por individualidades
de elevada craveira técnico-científica.
- Referências bibliográficas adequadamente seleccionadas.
- A inclusão de aulas práticas.
- A inclusão do “poster” no processo formativo, com repercussão na avaliação final.
- Bom relacionamento inter-pessoal e adequada socialização entre docentes e alunos.

Menos Positivos
- Algum excesso de conteúdos/objectivos para a duração da área.
- Pouca carga horária dedicada às fases 1 e 3 e relativo pouco aproveitamento da fase 4 com
reduzida utilização dos alunos.
- Número algo excessivo de Seminários atendendo à duração da área.
- Desenvolvimento da área curricular prejudicada pelo período intercalar das férias da Páscoa.
- Pouco relacionamento com outras áreas curriculares afins, designadamente de anos precedentes.
- Teste de Avaliação Final não completamente bem conseguido.
- Número insuficiente de docentes, em particular no âmbito das sessões práticas.

Propostas de alterações para 2004-05


Com base naquelas apreciações propomos as seguintes alterações:

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Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
- Reduzir os objectivos sem prejuízo dos conteúdos, e consequentemente diminuir o número de
Seminários;
- Proporcionar mais tempo e melhorar a estratégia do planeamento e execução das tarefas para as
fases 1 e 3 e tentar maior mobilização para a fase 4;
- Melhorar o relacionamento com áreas afins, quer com as dos anos precedentes quer com as
subsequentes;
- Ajustar a elaboração do teste final ,sendo desejável uma maior aproximação com a UEM no
sentido de apoio técnico - pedagógico nesta matéria;
- Aumentar o número de colaboradores docentes em especial para apoio às aulas práticas.

“Introdução à Medicina Clínica”


Em conformidade com os objectivos educacionais os alunos consideraram que os aspectos mais
relevantes para a sua aprendizagem foram:
- treino de competências clínicas (42%)
- contacto directo com os doentes (31%)
- a vivência hospitalar (31%)

Entre os aspectos menos relevantes destacam-se:


- alguns seminários (33%)
- limitação temporal (8%)
- avaliação
A reflexão sobre esta área curricular por parte da equipa docente evidencia um grau de satisfação
elevado, uma vez que é globalmente considerado que os objectivos educacionais centrais foram
alcançados. Em última análise o corpo docente considera que a aprendizagem durante esta área
curricular preparou bem os alunos para as Residências Hospitalares dos anos subsequentes.
Este aspecto é ainda mais relevante se considerarmos que: “a) se tratou do primeiro ano de
experiência de funcionamento da área; b) a mesma constituiu o primeiro momento do curso em que
os estudantes se depararam com uma área de matriz quase exclusivamente clínica; c) o plano
adoptado para o desenrolar da área era novo, para docentes e para estudantes; d) o envolvimento de
um número substancial de elementos exterior à Escola; e) pela primeira vez, uma parte fulcral da
aprendizagem tinha lugar no exterior da Escola; f) correspondendo à nova matriz clínica, foi exigida a
adaptação de docentes e alunos, a novos métodos e formas de avaliação. Em suma, a área encerrava
matérias e processos novos em diversidade e quantidade suficiente, para se tornar numa fonte de
problemas que parecem ter sido, globalmente, ultrapassados.” (ver Relatório UEM).
É também importante salientar que o modelo inovador de estratégia de implementação se veio a
revelar muito interessante, quer na perspectiva dos intervenientes internos à Escola, quer na visão
daqueles que participaram a convite, na medida em que cria um fórum de discussão multidisciplinar.
Mais, esta experiência veio confirmar a tese de que a formação clínica multicêntrica é um aspecto

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Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
crucial para uma formação holística do Médico, ainda que se tenha de ultrapassar um conjunto de
dificuldades inerentes à falta de uniformização dos diferentes cenários – como nota de rodapé,
podemos afirmar que essa perspectiva já foi assimilada pelos alunos nas Residências Hospitalares do
4º ano, que obrigatoriamente realizaram noutro Hospital. Contribuiu também de forma importante a
estratégia integradora de coordenação das residências num supervisor por Hospital e do ensino
cognitivo na figura dos moderadores.
Propostas de Alterações para 2004-05
Com base na experiência de 2003-04, são vários os aspectos a merecer revisão num futuro próximo.
Entre estes destacam-se:
- A “fragmentação” do ensino cognitivo por múltiplos intervenientes, tanto mais que numa
percentagem significativa não possuíam experiência pedagógica pré-graduada prévia,
nomeadamente em cenários interactivos multidisciplinares. No próximo ano lectivo está
programada maior concentração de intervenções em menor número de pessoas.
- A questão, talvez a mais problemática, da limitação temporal da área curricular porque
obviamente este é um aspecto recorrente. A este propósito há que referir que a experiência
revelou que alguns dos tópicos abordados poderão, com vantagem, ser abordados noutros
momentos formativos e que outros deverão ser redefinidos.
- A questão da avaliação. Importa enfatizar que se tratou da implementação de um conjunto de
estratégias de avaliação inovadores, nomeadamente na avaliação das competências clínicas e
do profissionalismo. Este padrão inovador em domínios tão sensíveis criou obviamente
ansiedade, para a qual contribuiu a inexperiência do corpo docente. Uma vez mais é claro que
os ensinamentos acumulados vão permitir ultrapassar com maior serenidade esta etapa nos
anos vindouros. Do mesmo modo, a estratégia de envolver os vários intervenientes do ensino
cognitivo na avaliação cognitiva não resultou em pleno por deficiência organizativa, que
entretanto foi revista, nomeadamente com a contratação de um elemento da UEM com funções
de apoio logistíco/pedagógico a estas áreas curriculares.

“Domínios Verticais / Tomar o Pulso à Vida”


A experiência no ano lectivo de 2003-04 reforçou a convicção do Conselho Científico sobre a
importância de “Tomar o Pulso à Vida” na formação e desenvolvimento dos alunos enquanto futuros
médicos, pelo que entendeu que, com a designação de “Domínios Verticais”, passe a constar do plano
de estudos oficial, do 1º ao 5º anos, com a atribuição de 1UC/1 ECTS em cada ano. Tal obriga a que
a cada estudante seja atribuída uma nota final individual. Depois de cuidadosa reflexão em sede de
Comissão de Curso e de Conselho Científico, foi considerado como mais em harmonia quer com a
estratégia perfilhada para esta área proporcionar experiências diversificadas em diferentes domínios
das “humanidades”, quer com os seus objectivos quanto a perspectivas, valores, comportamentos,
que seria utilizada a média aritmética da classificação correspondente à assiduidade nesta área e da
classificação atribuída a atitudes nas outras áreas curriculares do mesmo ano.

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Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Quanto ao formato, modifica-se a metodologia de “Casos do Mês”, com vista a conseguir-se
participação mais ampla quanto ao número quer de alunos, quer de acontecimentos. Para o efeito,
será pedido aos alunos, logo no início da sessão, que indiquem os casos que gostariam de ver
discutidos, estabelecendo-se depois por votação a ordem por que serão debatidos.
No 4º ano do curso e nos anos subsequentes as sessões dos “Domínios Verticais / Tomar o Pulso à
Vida” decorrem em simultâneo com as residências hospitalares e em centros de saúde.
A ocupação da manhã das 4as feiras com estas sessões interromperia sistematicamente as
residências, o que foi considerado inconveniente. Mas como, por outro lado, na tarde desses dias não
há, em princípio, actividades escolares na Universidade, foi decido, quanto às sessões dos “Domínios
Verticais / Tomar o Pulso à Vida” no 4º, 5º e 6º anos do curso:
- que a utilização das manhãs e das tardes de 4as feiras será excepcional;
- que a maioria dos temas serão incluídos nos seminários das residências.
Os temas previstos para o ano lectivo de 2004-05, bem como os respectivos docentes e calendário,
encontram-se na página da ECS: www.ecsaude.uminho.pt

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Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
CAPÍTULO IV PLANIFICAÇÃO E PROGRAMAÇÃO PEDAGÓGICA
DO ANO LECTIVO 2004-05

4.1. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO GLOBAL


4.1.1. Plano de Estudos
O plano de estudos do curso no ano lectivo 2004-05 corresponde ao apresentado na Tabela IV.1
As alterações introduzidas no plano de estudos de 2003-04 são mínimas e resultam:
a) da experiência e da avaliação do desenvolvimento (estrutura e funcionamento) das áreas
curriculares do 1º , 2º e 3º anos;
b) do reflexo das alterações propostas para o 3º ano nos dois anos imediatamente subsequentes.

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Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
TABELA IV.1. Plano e Estudos do Curso de Medicina da UM
2004-05

FASE ANO AREA UC * ECTS


ÁREAS CURRICULARES
CIENTÍFICA
CSH Introdução ao Curso de Medicina 4 2
CBB Moléculas e Células 11 25
CBB Sistemas Orgânicos e Funcionais I 12 27
SC Estágio em Centro de Saúde 1 1
1º SC Socorrismo 1 1
Projecto de Opção I 4 3
CSH Domínios Verticais I 1 1
I
CBB Sistemas Orgânicos e Funcionais II 15 26
CBB Sistemas Orgânicos e Funcionais III 15 26
2º CSH+SC Família, Sociedade e Saúde 2 2
CSH+SC Acompanhamento de uma Família I 2 2
Projecto de Opção II 4 3
CSH Domínios Verticais II 1 1

Total Fase I 73 120


P Biopatologia e Introdução à Terapêutica 23 45
SC Introdução à Saúde Comunitária 5 5
C Introdução à Medicina Clínica 5 5
CSH+SC Acompanhamento de uma Família II 2 1
Projecto de Opção III 4 3
II 3º CSH Domínios Verticais III 1 1

Total Fase II 40 60
SC Residência (s) em Centro (s) de Saúde 7 11
C Residências Hospitalares (Medicina 26 44
Interna, Cirurgia, Obstetrícia e Medicina
Fetal, Pediatria e Saúde Mental) 2 1
4º C+P+CBB Da Clínica à Biologia Molecular I 4 3
CSH Projecto de Opção IV 1 1
Domínios Verticais IV
III
SC Residência (s) em Centro (s) de Saúde 7 11
C Residências Hospitalares (Medicina 26 44
Interna, Cirurgia, Obstetrícia e Medicina
Fetal, Pediatria e Saúde Mental) 2 1
5º C+P+CBB Da Clínica à Biologia Molecular II 4 3
CSH Projecto de Opção V 1 1
Domínios Verticais V

Total Fase III 80 120


SC Residência (s) em Centro (s) de Saúde 6 11
C Residências Hospitalares 26 43
C+P+CBB Da Clínica à Biologia Molecular III 2 1
IV 6º Projecto de Opção VI 8 5

Total Fase IV 42 60

Total (Fases I + II+ III +IV) 235 360


* Unidades de Crédito (1 UC corresponde a 24 horas de actividades de Ensino e Aprendizagem).
C – Clínica; CBB – Ciências Biológicas e Biomédicas; CSH – Ciências Sociais e Humanas; P – Patologia; SC – Saúde
Comunitária.

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Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
4.1.2. Funcionamento
● Metodologia de Ensino
Sempre que a natureza e especificidade da área o permitam, a ênfase continuará a ser na aplicação
da metodologia de “Ensino por Módulos de Objectivos”.

● Estruturas de Coordenação e Acompanhamento


No ano lectivo 2004-05 mantêm-se as estruturas de coordenação e acompanhamento de 2003-04
referida no Capítulo I (1.2.1.) com a composição, actualizada em Janeiro de 2004, a seguir
apresentada.

a) Director do Curso
- Joaquim Pinto Machado
b) Comissão de Curso
- Joaquim Pinto Machado, Director do Curso e Coordenador da área Domínios Verticais.
- Jorge Pedrosa, Coordenador da Fase I (1º e 2º anos)
- Cecília Leão, Coordenadora da Fase II (3º ano)
- Nuno Sousa, Coordenador da Fase III (4º e 5º anos)
- Manuel João Costa (coordenador da Unidade de Educação Médica)
- Pedro Morgado (Estudante, 4º ano)
- Carla Marina Gonçalves (Estudante, 3º ano)
- Pedro Azevedo (Estudante, 2º ano)
- Fábio Amaral (Estudante, 1º ano)
c) Conselho Científico
(Todos os Doutorados da ECS)
- Joaquim Pinto Machado, Presidente
- Cecília Leão, Vice-Presidente
- António Gil Castro
- Armando Almeida
- Fernando Rodrigues
- Isabel Palmeirim
- Joana Palha
- Jorge Correia Pinto
- Jorge Pedrosa
- Manuel João Costa
- Fátima Baltazar
- Nuno Sousa
- Patrícia Maciel
- Paula Ludovico
- Rui Reis

Convidados: António Alegre Sarmento; António Carlos Megre Eugénio Sarmento; Carlos Valério; Fernando Schmitt; Clara
Costa Oliveira

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Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
TABELA IV.2. Coordenadores das Áreas Curriculares e Módulos
1º, 2º, 3º e 4º ANOS|2004-05
Área Curricular Coordenador Categoria
-Módulos

1º ANO
Introdução ao Curso de Medicina Manuel João Costa Prof. Aux. (ECS-UM)
Moléculas e Células Cecília Leão Prof. Cat. (ECS-UM)
- Da Anatomia à Fisiologia Celulares Paula Ludovico Prof. Aux. (ECS-UM)
- Fundamentos de Genética Molecular Fernando Rodrigues Prof. Aux. (ECS-UM)
- Células e Proliferação Celular Isabel Palmeirim Prof. Aux. (ECS-UM)
Sistemas Orgânicos Funcionais I Nuno Sousa Prof. Aux. (ECS-UM)
- Introdução Geral e
Sistema Músculo-esquelético e Pele Armando Almeida Prof. Aux. (ECS-UM)
- Sistema Digestivo Jorge Correia-Pinto Prof. Aux. (ECS-UM)
Estágio em Centro de Saúde António Alegre Sarmento MD (ECS-UM))
Margarida Lima MD (Centro Saúde Gualtar)
Socorrismo Fernando Rodrigues Prof. Aux. (ECS-UM)
Projecto de Opção I Isabel Palmeirim Prof. Aux. (ECS-UM)
Domínios Verticais I/Tomar o Pulso à Vida Joaquim Pinto Machado Prof. Cat. (ECS-UM)

2º ANO
Sistemas Orgânicos Funcionais II & III Nuno Sousa Prof. Aux. (ECS-UM)
- Sistema Circulatório e Respiratório Jorge Correia-Pinto Prof. Aux. (ECS-UM)
- Sistema Urinário Armando Almeida Prof. Aux. (ECS-UM)
- Sistema Reprodutor, Crescimento,
Desenvolvimento e Envelhecimento Armando Almeida Prof. Aux. (ECS-UM)
- Sistema Nervoso Nuno Sousa Prof. Aux. (ECS-UM)
- Sistema Endócrino Joana Palha Prof. Aux. (ECS-UM)
- Sinopse SOFs Nuno Sousa Prof. Cat. (FM-UP)
Família, Sociedade e Saúde Carlos Valério MD (ECS-UM)
- Família e Saúde Teresa McIntyre Prof. Ass. Agr. (IEP-UM)
- A Vida em/na Família Teresa McIntyre Prof. Ass. Agr. (IEP-UM)
- Família e Sociedade Engrácia Leandro Prof. Cat. (ICS-UM)

Acompanhamento de Uma Família I Carlos Valério MD (ECS-UM)


-Oficinas Teresa MacIntyre Prof. Ass. Agr. (IEP-UM)
- Acompanhamento da Família Teresa Macedo MD (Centro de Saúde Gualtar)
Projecto de Opção II Armando Almeida Prof. Aux. (ECS-UM)
Domínios Verticais II/Tomar o Pulso à Vida Joaquim Pinto Machado Prof. Cat. (ECS-UM)

3º ANO
Biopatologia e Introdução à Terapêutica Jorge Pedrosa Prof. Aux. (ECS-UM)
- Patologia Geral e Introdução à Farmacologia Fernanda Milanezi Prof. Aux. (FM-UP)
- Genética e Ambiente Rui Reis Assist. (ECS-UM)
- Imunopatologia Jorge Pedrosa Prof. Aux. (ECS-UM)
- Patologias Infecciosas António Gil Castro Prof. Aux. (ECS-UM)
- Neoplasias Fernando Schmitt Prof. Aux. (FM-UP)

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Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Tabela IV. 2. (Cont.)

Área Curricular Coordenador Categoria


-Módulos

Introdução à Medicina Clínica Nuno Sousa Prof. Aux. (ECS-UM)


Introdução à Saúde Comunitária Carlos Valério MD (ECS-UM)
António Alegre Sarmento MD (ECS-UM)
Acompanhamento de Uma Família II Carlos Valério MD (ECS-UM)
-Oficinas Teresa MacIntyre Prof. Ass. Agr. (IEP-UM)
- Acompanhamento da Família Teresa Macedo MD (Centro de Saúde Gualtar)
Projecto de Opção III António Gil Castro Prof. Aux. (ECS-UM)
Domínios Verticais III/Tomar o Pulso à Vida Joaquim Pinto Machado Prof. Cat. (ECS-UM)

4º ANO
Residência (s) em Centro (s) de Saúde António Jaime Correia de Sousa MD / MPH (ECS-UM)
Residências Hospitalares Nuno Sousa Prof. Aux. (ECS-UM)
Da Clínica à Biologia Molecular Cecília Leão Prof. Cat. (ECS-UM)
Projecto de Opção IV Patrícia Maciel Prof. Aux. (ECS-UM)
Paula Ludovico Prof. Aux. (ECS-UM)
Domínios Verticais IV/Tomar o Pulso à Vida Joaquim Pinto Machado Prof. Cat. (ECS-UM)

● Estruturas de Orientação Escolar dos Alunos e de Apoio Pedagógico


Mantêm-se as estruturas de apoio referidas no Capítulo I (1.3.2.).
O ano 2004-05 continuará a ser marcado por um apoio crescente da UEM ao desenvolvimento e
funcionamento das actividades pedagógicas com ênfase na vertente clínica.
O apoio Tutorial será continuado, mantendo-se o esforço na formação dos docentes através de
Cursos de Tutorização inseridos no programa de Formação Contínua em Educação Médica promovido
pela ECS através da UEM.
A lista de Tutores dos alunos no ano lectivo 2004-05 está disponível na página da ECS:
www.ecsaude.uminho.pt

● Calendarização Global das Áreas e Módulos Curriculares


No ano lectivo 2004-05 irão decorrer as áreas curriculares da Fase I (1º e 2º anos), da Fase II (3º ano)
e de parte da Fase III (4º ano) que constam do plano de estudos da Tabela IV.1., de acordo com o
calendário já disponível na página da ECS: www.ecsaude.uminho.pt

● Docentes da ECS
Em Anexo I.1, apresenta-se a lista de pessoal docente que em Janeiro de 2005 se encontra afecto à
ECS, incluindo os docentes associados à vertente clínica (4º ano curricular), designadamente
supervisores clínicos, coordenadores do ensino cognitivo e dos tutores clínicos da Residências
Hospitalares em curso.
A ECS continuará a fazer todos os esforços no sentido de viabilizar que, em termos de média anual, a
cada docente corresponda uma carga horária lectiva presencial de cerca de 6-7 horas/semana,

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Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
concentrando as actividades lectivas, para cada docente, tanto quanto possível, num semestre,
ficando o outro essencialmente disponível para actividades de investigação.
Tal como se verificou nos anos anteriores, o curso continuará a beneficiar do contributo de vários
docentes convidados para assegurar Sessões Temáticas, Seminários e Debates/Mesas Redondas
sobre as várias matérias versadas nas diferentes áreas.

4.2. PROGRAMAÇÃO PEDAGÓGICA DO ANO LECTIVO 2004-05


4.2.1. 1º , 2º e 3º ANOS CURRICULARES
Face à experiência, na sua globalidade positiva, dos anos anteriores, o funcionamento em 2004-05
das áreas curriculares dos três primeiros anos do Plano de Estudos do Curso de Medicina, obedecerá
basicamente ao formato do ano lectivo 2003-04 apresentado no Capítulo II do presente relatório. As
alterações introduzidas são essencialmente as decorrentes dos resultados da avaliação do
funcionamento das várias áreas curriculares do curso de Medicina que foram referidas no Capítulo
III.

4.2.2 4º ANO CURRICULAR: “PROJECTO DE OPÇÃO IV”, “DOMÍNIOS VERTICAIS IV” E “DA CLÍNICA
À BIOLOGIA MOLECULAR”
“Projecto de Opção IV e Domínios Verticais IV”
Face à experiência, na sua globalidade muito positiva, dos anos anteriores, o funcionamento em
2004-05 destas áreas curriculares obedecerá basicamente ao formato do ano lectivo 2003-04
apresentado no Capítulo II do presente relatório.
No caso particular dos Domínios Verticais serão introduzidas as alterações decorrentes dos
resultados da avaliação interna do funcionamento da área. Deste modo, como referido no capítulo
anterior (3.4.12. ), a área “Tomar o Pulso à Vida” passa a constar com a designação de “Domínios
Verticais”, como área curricular do Plano de Estudos oficial do curso de Licenciatura em Medicina, do
1º ao 5º anos, com a atribuição de 1UC/1 ECTS em cada ano. Como se referiu em 3.11.12, haverá
temas verticais que terão de ser integrados na aprendizagem cognitiva das residências.

“Da Clínica à Biologia Molecular I”


No plano de estudos da Licenciatura em Medicina, a área curricular “Da Clínica à Biologia Molecular”
integra-se nas FASES III e IV (4º, 5º e 6º anos), e tem 10 semanas de duração, o que corresponde a
10 Unidades de Crédito e 240 horas de actividades lectivas.
Nesta área curricular, integrada numa fase do curso de medicina orientada sobretudo para
conteúdos de natureza clínica, será promovida a aprendizagem e a discussão crítica em torno de
temas emergentes de investigação biomédica, promovendo a formação de uma nova geração de
futuros médicos/investigadores. Todo o processo de aprendizagem será centrado em painéis de
discussão, envolvendo especialistas internacionais de mérito reconhecido nas áreas temáticas
seleccionadas.

95
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Objectivos Gerais
• Habilitar os estudantes com os meios de aquisição de conhecimentos científicos no que concerne
a Temas Emergentes em Investigação Biomédica, identificando as suas Aplicações, Actuais e
Potenciais, na Prática Clínica.
• Avaliar o grau de aquisição desses conhecimentos.
• Promover as capacidades de análise crítica de resultados experimentais relativamente a modelos
de investigação fundamental em biomedicina e a investigação clínica, identificando a sua
importância para o desenvolvimento de novas estratégias de intervenção, assim como as suas
limitações.

Objectivos Específicos
Promover a discussão sobre Temas Emergentes em Investigação Biomédica com Aplicações Clínicas,
de que são exemplo: Doenças auto-imunes; Terapia Génica; Células estaminais; Terapia anti-
angiogénica; Modulação esterogénica; Asma e hipersensibilidades; Transplantação;
Framacogenómica; Novas estratégias de vacinação; Obesidade; Epidemiologia molecular.

Estrutura Pedagógica
Em cada um dos três anos curriculares 4º, 5º e 6º serão organizadas três ciclos de conferências
temáticas, de acordo com a listagem indicada acima. Cada ciclo terá a duração de três dias,
correspondendo a 24 horas de actividades de ensino/aprendizagem.
Cada ciclo de conferências incluirá seminários proferidos por médicos/investigadores convidados,
que serão especialistas de renome internacional nas respectivas áreas de conhecimento, assim como
a apresentação e discussão de artigos científicos pelos alunos.

Metodologia
Serão fornecidos aos alunos artigos científicos sobre investigação biomédica, na base dos quais
decorrerão:
- Painéis de apresentação e discussão de artigos científicos pelos alunos.
Para cada tema seleccionado, os artigos serão da autoria do conferencista convidado ou de outros
grupos a desenvolver trabalho relacionado. Será promovida uma participação activa dos alunos,
envolvendo também o corpo docente da ECS e o conferencista convidado.
- Seminários proferidos pelo conferencista convidado, incluindo seminários abertos à comunidade
científica e médica da região e do País.

Equipa de Docentes Coordenadores


Cecília Leão (Prof. Cat/ECS-UM)
Jorge Pedrosa (Prof. Aux/ECS-UM)
Joana Palha (Prof. Aux/ECS-UM)
Jorge Correia-Pinto (Prof. Aux/ECS-UM)
Fernando Schmitt (Prof. Aux/FM-UP)
96
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
4.2.3. 4º ANO CURRICULAR: RESIDÊNCIAS CLÍNICAS
“Estratégias de Coordenação e Organização da Aprendizagem”
Conforme consta do Relatório Anual de 2003, a estratégia de base para o ensino-aprendizagem da
vertente clínica do curso de medicina assenta num modelo de formação multicêntrica, recorrendo-se
para o efeito à Rede Hospitalar e de Centros de Saúde da Região, possibilitando aos seus alunos o
contacto com diferentes realidades assistenciais.
Tal obriga a ajustes de aprendizagem bastante complexos, exigindo uma rede de coordenação que
assegure a integração dos processos de aprendizagem durante todo este período, conforme esquema
que se segue.

Grupo de Coordenação Clínica

Grupo de Grupo de Grupo de Grupo de Grupo de


Coordenação Coordenação de Coordenação Coordenação Coordenação
de Medicina Saúde Materno- de Saúde de Cirurgia de Saúde
Infantil Mental Comunitária e
Família

Coordenadores Coordenadores Supervisores


Tutores dos
Coordenadores Supervisores Coordenadores Supervisores
da Supervisores da do Centros de
da do da do
ECS Do ECS Hospital ECS Hospital ECS Hospital Saúde
Hospital

Tutores Tutores Tutores Tutores


do do do do
Hospital Hospital Hospital Hospital

Grupo de Coordenação Clínica


Este grupo, constituído por seis docentes da ECS, tem como missão principal assegurar a
coordenação global da rede de residências clínicas, sendo responsável pela:
- definição da estratégia global da ECS para o ensino clínico;
- aprovação das propostas dos grupos designados para coordenar cada residência clínica
(Medicina, Saúde Materno-Infantil, Saúde Mental, Cirurgia e Medicina da Família);
- aprovação da designação dos Coordenadores, dos Supervisores Clínicos e dos Tutores Clínicos;
- avaliação global das residências;
- elaboração dos planos gerais a fim de melhorar os processos de aprendizagem.

Grupos de Coordenação das Residências Hospitalares


A composição dos grupos de coordenação de residências Hospitalares reflecte a aproximação
multifacetada definida pela ECS para a fase III do Curso de Medicina. Consequentemente, inclui os
membros indicados pela ECS e os membros seleccionados pelos Hospitais com afiliação ao ensino
clínico. Estes grupos de coordenação são responsáveis pelas seguintes tarefas:
- definição de objectivos de aprendizagem e deveres clínicos (habilidades e tarefas) para os

97
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
estudantes durante a residência;
- definição do processo da avaliação;
- recomendação das rotações mais apropriadas dentro de cada hospital;
- designação do Coordenador responsável por cada módulo de ensino cognitivo dentro da
residência;
- convite aos participantes à leccionação dos seminários cognitivos;
- preparação dos materiais do curso (incluindo indicação da bibliografia) que estarão disponíveis
para os estudantes.

Grupos de Coordenação das Residências em Centros de Saúde


O grupo de coordenação da medicina da família não inclui a equipa dos hospitais, mas inclui os
médicos que trabalham em centros da saúde.

Supervisores Clínicos
O supervisor:
- tem a responsabilidade do ensino das práticas clínicas dentro da residência;
- assegura o funcionamento adequado das actividades de aprendizagem em cada objectivo para a
residência;
- assegura a participação de toda a equipa clínica (médicos e enfermeiros) designada para a
residência;
- selecciona tutores, além da equipa clínica, que supervisionam directamente cada grupo de
alunos;
- conduz o exame final em cada hospital.

Tutores Clínicos
Os tutores clínicos:
- são responsáveis por supervisionar as actividades do aluno incluindo a aprendizagem e o treino
das práticas clínicas atribuídas a essa residência;
- asseguram a integração dos estudantes nas actividades dos serviços, como "residentes";
- avaliam o profissionalismo e o desempenho clínico do aluno.

Seguem-se as listas dos membros destes diferentes grupos de coordenação para ano lectivo 2004-
05.

Grupo de Coordenação Clínica


Joaquim Pinto Machado (Prof. Cat. /ECS-UM)
Mário Cerqueira Gomes (Prof. Cat. Cardiologia/FM-UP)
Óscar Rolão Candeias (MD /Chefe de Serviço de Medicina Interna)
Damião Cunha (MD-PhD /Chefe de Serviço de Cardiologia)
António Jaime Correia de Sousa (MD-MPH /Unidade Local de Saúde-Matosinhos)

98
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Nuno Sousa (Prof. Aux. /ECS-UM)

Grupo de Coordenação de Medicina


Joaquim Pinto Machado (Prof. Cat. /ECS-UM)
Mário Cerqueira Gomes (Prof. Cat. Cardiologia/FM-UP)
Óscar Rolão Candeias (MD /Chefe de Serviço de Medicina Interna)
Damião Cunha (MD-PhD /Chefe de Serviço de Cardiologia)
Abel Rua (Director Medicina Interna/H. S. Marcos-Braga)
Jorge Cotter (Director Medicina Interna/H. Sra. Oliveira-Guimarães)
Nuno Sousa (Prof. Aux. / ECS-UM)

Grupo de Coordenação de Saúde Materno-Infantil


Jorge Correia-Pinto (Prof. Aux. /ECS-UM)
Helena Jardim (Prof. Aux. /FM-UP)
Lucinda Antunes (Director Serviço de Obstetrícia/H. S. Marcos-Braga)
Pedro Vieira de Castro (Director Serviço de Obstetrícia/H. Sra. Oliveira-Guimarães)
Almerinda Pereira (Directora Serviço de Pediatria/H. S. Marcos-Braga)
Pedro Freitas (Director Serviço de Pediatria/H. Sra. Oliveira-Guimarães)
Nuno Sousa (Prof. Aux. /ECS-UM)

Grupo de Coordenação de Saúde Mental


Rui Mota Cardoso (Prof. Cat. /FM-UP)
Alberto Bessa-Peixoto (MD/H. S. Marcos-Braga)
João Guerra (Director Serviço Psiquiatria/H. S. Marcos-Braga)
Mário Lourenço (Director Serviço Psiquiatria/H. Sra. Oliveira-Guimarães)

Grupo de Coordenação da Saúde Comunitária e Saúde da Família


- Carlos Valério (Chefe Serviço Clínica Geral)
- António Jaime Correia Sousa (Assistente de Clínica Geral - MPH/Unidade Local Saúde - Matosinhos)
- António Sarmento (Chefe Serviço de Saúde Pública)
- Ana Mateus (Assistente de Clínica Geral/ Unidade Local Saúde - Matosinhos)
- Luís Laranjeiro (Chefe de Serviço de Clínica Geral/Centro Saúde Guimarães)
- Margarida Lima (Chefe de Serviço de Clínica Geral/Unidade de Saúde de Gualtar)
- Mário Freitas (Assistente de Saúde Pública/Unidade Operativa de Saúde Pública de Braga)

Grupo Coordenação de Cirurgia


A designar

Planeamento global das actividades de aprendizagem clínica


A tabela que segue mostra o planeamento das actividades de aprendizagem clínica para os estudantes no
4º ano do curso de Medicina no ano lectivo 2004-05.

99
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Ano Área Local Horário Data Designação da Sub-especialidade
Curricular Curricular Residência
Residências Hospitais 08:30 – 2004 Medicina I Medicina Interna
Hospitalares 12:30 20/9 –
4º Todos os 20/12 Pneumologia
dias Cardiologia
Gastroenterologia
Endocrinologia
2005 Saúde Obstetricia
03/01 – Materno- Pediatria
23/03 Infantil
30/03 – Saúde Mental Psiquiatria
29/04
Residências em Centros de 08:30 –
Centros de Saúde 12:30 02/05 –
Saúde Todos os 26/06
dias

“Residências Hospitalares”
Implementação
As Residências Hospitalares entraram em funcionamento pela 1º vez no ano lectivo 2004-05 e
tiveram início em Outubro de 2004, pelo que o respectivo relatório de actividades e funcionamento
será apresentado no Relatório do próximo ano. No entanto e dada a importância que esta vertente
clínica desempenha na formação dos alunos, apresentamos em Adenda o relatório respeitante às
Residências Clínicas que tiveram já lugar à data da elaboração do presente Relatório.
Em termos globais, a sua implementação decorreu de acordo com os princípios acima definidos para
a Estratégia Global de Coordenação e Organização das Residências Clínicas. As listas dos
Supervisores Clínicos, dos Coordenadores do ensino cognitivo e dos Tutores clínicos das Residências
Hospitalares em curso constam do Anexo I.1. respeitante aos docentes afectos à ECS no ano lectivo
2004-05.

É de salientar que, como já foi referido no capítulo anterior (item 3.4.11.), a experiência da área
curricular Introdução à Medicina Clínica em 2003-04 veio confirmar a tese de que a formação clínica
multicêntrica é um aspecto crucial para uma formação holística do Médico, ainda que se tenha de
ultrapassar um conjunto de dificuldades inerentes à falta de uniformização dos diferentes cenários e
poder-se-á afirmar que essa perspectiva já foi assimilada pelos alunos nas Residências Hospitalares
do 4º ano, que obrigatoriamente realizaram noutro Hospital relativamente aquele em que realizaram
a aprendizagem prática em “Introdução à Medicina Clínica” em 2003-04. Contribuiu também de
forma importante a estratégia integradora de coordenação das residências num supervisor por
Hospital e do ensino cognitivo na figura dos moderadores.

“Residências em Centros de Saúde”


O plano de estudos do Curso de Licenciatura em Medicina prevê que as temáticas inseridas na área
curricular “Introdução à Saúde Comunitária” (3ºano) sejam retomadas, desenvolvidas e aplicadas nas

100
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
“Residências em Centros de Saúde”, nos 4º, 5º e 6º anos do Curso, num total de 18 semanas,
equivalente a 432 horas lectivas.
No Relatório de 2003 apresentou-se uma primeira planificação das Residências em Centros de Saúde.
Mantendo os princípios fundamentais então referidos, apresenta-se de seguida a programação que
resultou do trabalho aprofundado que, ao longo deste ano lectivo, foi levado a cabo pelo Grupo
Coordenador e que estará na base do funcionamento da área com início previsível em Maio de 2005.

Implementação
As residências serão realizadas em Centros de Saúde urbanos e rurais e em Unidades Operativas de
Saúde Pública (UOSP), localizados nas áreas geográficas do concelhos de Braga, Guimarães e
limítrofes.
Os alunos serão integrados, na medida possível, em equipas de saúde (um ou dois por equipa)
coordenadas por médicos de Medicina Geral e Familiar (tutores), onde estão presentes outros
profissionais de diferentes aptidões e competências, designadamente enfermeiros, assistentes sociais,
nutricionistas, psicólogos, administrativos e pessoal auxiliar. Nas unidades de Saúde Pública, os
alunos serão tutorizados por médicos de Saúde Pública, com a colaboração dos técnicos de saúde
ambiental e outros.

Carga Horária Lectiva

RESIDÊNCIAS EM CENTROS DE SAÚDE


Nº semanas, Nº horas lectivas
Ano Lectivo Medicina Geral e Familiar Saúde Pública
4º ano 7 sem = 168 h -

5º ano 5 sem = 120 h 2 sem = 48 h


6º ano 6 sem = 144 h 2 sem = 48 h
4º+5º+6º anos 18 sem = 408 h 4 sem = 96 h
(81%) (19 %)

Objectivos Gerais
No final do programa os alunos deverão:
- Ter experimentado a vivência prática num Centro de Saúde.
- Ser capazes de desenvolver uma abordagem mais empenhada e holística aos pacientes.
- Compreender as dimensões do papel do médico de família e da abordagem de resolução de
problemas da medicina geral e familiar, que incluí: capacidade e facilidade de lidar com a
ambiguidade; uso de raciocínio probabilístico na tomada de decisões; uso de intuição na tomada de
decisões; recolha de informação; compreender os marcadores de risco; compreender a função e
disfunção familiares; uso do tempo no diagnóstico e gestão de doenças; compreender a necessidade
da auto-percepção na tomada de decisões; compreender a abordagem centrada no paciente.

101
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
- Estar familiarizados com a morbilidade, apresentação de problemas e padrões de sintomas e
queixas da comunidade.
- Conhecer os fármacos e tratamentos utilizados com maior frequência.
- Saber o significado, a dimensão e a importância das actividades de saúde pública, de promoção da
saúde e prevenção da doença, nos níveis de saúde de uma população.
- Participar de forma orientada e tutelada em actos médicos e outros actos de saúde individual, no
contexto da Medicina Geral e Familiar e em actividades de Saúde Comunitária e de Saúde Pública.
- Ser iniciados na metodologia de investigação nas áreas de Saúde Pública e de Medicina Geral e
Familiar.
- Ser introduzidos no trabalho em equipa e na aprendizagem ao longo da vida.
- Ter um contacto prático com as problemáticas da ética, da deontologia, da qualidade, da
economia/gestão e da administração de saúde.
- Ser iniciados na avaliação crítica (critical appraisal) como um método de desenvolvimento
profissional e de desenvolvimento da qualidade.

Objectivos Educacionais
- Proporcionar aos estudantes a vivência prática num Centro de Saúde.
- Participação presencial (orientada e tutelada) em actos médicos e outros actos de saúde individual,
no contexto da Medicina Geral e Familiar.
- Explicar o significado, a dimensão e a importância das actividades de saúde pública, de promoção
da saúde e prevenção da doença, nos níveis de saúde de uma população.
- Participação em actividades de saúde comunitária e de saúde pública.
- Iniciação na metodologia de investigação nas áreas de Saúde Pública e de Medicina Geral e
Familiar.
- Tomar contacto prático com as problemáticas da ética, da deontologia, da qualidade, da
economia/gestão e da administração de saúde.

Conteúdos
Organização e funcionamento dos Centros de Saúde. A Consulta em Medicina Geral e Familiar.
Introdução à entrevista clínica, a consulta centrada no paciente, conteúdo e processo da consulta, as
tarefas da consulta, comunicação médico-paciente. As doenças e os problemas de saúde mais
comuns em Medicina Geral e Familiar; gestão da doença, raciocínio clínico, metodologia de registo da
informação clínica, referenciação, gestão da doença crónica. Treino de aptidões na consulta de
Medicina Geral e Familiar (medição de TA, uso de um debitómetro, escrever uma receita, elaborar
uma carta de referência, participar numa visita domiciliária, etc.). Programas Nacionais de Saúde
(Saúde Materno-Fetal e Planeamento Familiar, Saúde Infantil, Doenças Cárdio-Vasculares e
Hipertensão Arterial, Diabetes Mellitus, Rastreio Oncológico, Saúde Mental e Asma). PNV (Plano
Nacional de Vacinação). Autoridade de Saúde, Epidemiologia, Estatísticas de Saúde, Saúde
Ocupacional, Educação para a Saúde. Programas regionais e nacionais de Saúde
102
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Pública/Comunitária. Planeamento e gestão em saúde. Orçamentos e custos da saúde. Ética e
deontologia médica. Inter-relação pessoal e profissional. Trabalho em equipa de saúde. Os direitos e
os deveres dos doentes/utentes. Sistema de informação em Cuidados de Saúde Primários.
Seminários temáticos (obrigatórios). Visitas de estudo (obrigatórias). A Competência nas aptidões ou
procedimentos clínicos foi definida em três níveis: 1 – percepção e compreensão das razões para
executar a aptidão/ procedimento ou tê-la visto demonstrada; 2 – Capacidade para executar a
aptidão/ procedimento sob supervisão; 3 – Capacidade para executar a aptidão/ procedimento sem
supervisão ou como rotina.

Metodologia
O ensino/aprendizagem terá por base a implementação dos “GUIÔES”, que se constituem como
“Manuais de orientação e registo, cujos objectivos serão organizados de acordo com a natureza de
conhecimentos, aptidões e atitudes, e que representam a aquisição de competências do aluno quando
finalizar a residência, nomeadamente “Conhecimentos de cuidados primários”, “Conhecimentos e
aptidões clínicas” e “Atitudes”. Contêm grelhas e suportes de avaliação.
As actividades a desenvolver pelos alunos terão uma componente prática prioritária, incluindo
actividade clínica e não clínica, sempre com supervisão e tutela pedagógica.

Tutores
A ECS está a promover a cooperação com a Sub-Região de Saúde de Braga através da concretização
de um protocolo que irá permitir o recrutamento de tutores dos centros de saúde da Região,
nomeadamente de Braga e Guimarães. Estes tutores serão médicos de família e de saúde pública
que aceitaram participar no ensino pré-graduado e que correspondem a critérios pré-definidos. Os
docentes da Saúde Comunitária promoveram uma série de reuniões com os profissionais/médicos
dos Centros de Saúde que serão envolvidos no programa com o objectivo de apresentar o projecto de
ensino e para sensibilizar os futuros tutores. Será igualmente criada uma bolsa de potenciais
tutores, uma vez que nos próximos anos mais colaboradores virão a ser necessários.

Coordenação
A coordenação será assegurada pelos docentes da ECS - área Saúde Comunitária, em interligação
com os coordenadores e tutores locais (Centros de Saúde e UOSP).
Nesta fase de programação, estão envolvidos os seguintes elementos:
- Carlos Valério (Chefe Serviço Clínica Geral)
- António Jaime Correia Sousa (Assistente de Clínica Geral - MPH/Unidade Local Saúde - Matosinhos)
- António Sarmento (Chefe Serviço de Saúde Pública)
- Ana Mateus (Assistente de Clínica Geral/ Unidade Local Saúde - Matosinhos)
- Luís Laranjeiro (Chefe de Serviço de Clínica Geral/Centro Saúde Guimarães)
- Margarida Lima (Chefe de Serviço de Clínica Geral/Unidade de Saúde de Gualtar)
- Mário Freitas (Assistente de Saúde Pública/Unidade Operativa de Saúde Pública de Braga)

103
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Comentário Final

1. O presente relatório exprime, inequivocamente, que a ECS vem seguindo com rumo certo
para a prossecução dos objectivos educacionais visados pelo seu Curso de Medicina. Desse rumo faz
parte essencial a avaliação sistemática, pormenorizada e objectiva do andamento do curso e a
introdução, em devido tempo, das modificações aconselhadas em resultado da avaliação feita.
Este modo de estar, que traduz uma atitude indeclinável de responsabilidade, constitui um dos
elementos mais valiosos de comportamento institucional da ECS.

2. No ano lectivo de 2003-04 iniciou-se a formação clínica dos alunos (3º ano) em meio
hospitalar (área curricular de “Introdução à Medicina Clínica”). Este evento constituiu um novo
passo, a diversos títulos diferente, no seguimento do caminho até aí percorrido: diferente, porque os
alunos entraram no âmago da sua vivência de formação de futuros médicos; diferente, porque
saíram do aconchego já familiar da ECS para entrar num ambiente até então estranho, com docentes
até então desconhecidos.
Por outro lado, o controlo da ECS sobre o processo educativo passou a ser menos próximo pois toda
a supervisão directa do funcionamento da prática hospitalar esteve a cargo de médicos dos hospitais
de acolhimento: o de São Marcos, em Braga, e o da Senhora da Oliveira, em Guimarães.
Os bons resultados obtidos, apesar da complexidade organizativa, exprimem que o modelo adoptado
foi bem concebido, quer quanto ao regime de articulação institucional entre a ECS e aqueles dois
hospitais, quer quanto à concepção dual do método pedagógico (prática hospitalar de manhã e
aprendizagem cognitiva de tarde, na ECS).

3. A qualidade e pertinência das concepções, dos planeamentos, das metodologias são, sem
dúvida, indispensáveis. Mas para que os caminhos assim traçados sejam devidamente percorridos,
são imprescindíveis as pessoas certas: competentes, dedicadas, com gosto em educação, que é
ajudar a aprender a ser. Reside aqui, sem dúvida, a grande riqueza desta Escola. E não se trata
apenas dos docentes, investigadores e funcionários que nela trabalham, mas também dos médicos
dos Hospitais e Centros de Saúde que colaboram na docência e ainda das muitas pessoas
pertencentes a outras Escolas da UM, outras Escolas Médicas e Institutos de Investigação que têm
acedido a cooperar na docência deste Curso de Medicina.

4. Finalmente, é de toda a justiça reafirmar o maior apreço pelo comportamento dos nossos
alunos, que pelo seu empenho, participação, dedicação, generosidade e alegria têm merecido
plenamente serem os destinatários de todo esforço feito pela Escola, e que pelo seu lúcido espírito
têm sido parceiros valiosos na construção – jamais concluída – da ECS como alfobre de Médicos de
autenticidade.

Escola de Ciências da Saúde


Janeiro 2005
104
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
ANEXOS

Anexo I

Lista do Pessoal Docente afecto à ECS em Janeiro de 2005

Anexo II

Lista de Projectos Desenvolvidos pelos Alunos nas Áreas Curriculares “Projecto de Opção I, II e III”

105
Curso de Medicina
Relatório Anual
Janeiro 2005
Anexo I.1

Lista do Pessoal Docente afecto à ECS em Janeiro de 2005


Lista do Pessoal Docente afecto à ECS em Janeiro de 2005 Anexo I.1

Nome Qualificações Categoria Investigação Área

Joaquim G. Pinto Machado C. Silva MD, PhD, Prof. Catedrático Eméritos CSH,S
Agregação C,C

Maria Cecília L.P. Estrela Leão PhD, Agregação Prof. Catedrático Exc. Doenças Infecciosas MC

António Gil Pereira de Castro PhD Prof. Auxiliar Exc. Doenças Infecciosas BP

Armando A.N. Pinto de Almeida PhD Prof. Auxiliar Exc. Neurociências SOF

Fernando J. dos Santos Rodrigues MD, PhD Prof. Auxiliar Exc. Doenças Infecciosas MC

Isabel M.M.M. Palmeirim A. Esteves MD, PHD Prof. Auxiliar Exc. Desenvolvimento e Neoplasias MC

Joana Almeida S. Pacheco Palha PhD Prof. Auxiliar Exc. Neurociências SOF

Jorge Manuel Rolo Pedrosa PhD Prof. Auxiliar Exc. Doenças Infecciosas BP

Nuno Jorge Carvalho de Sousa MD, PhD Prof. Auxiliar Neurociências SOF, C

Patrícia Espinheira Sá Maciel PhD Prof. Auxiliar Exc. Neurociências SOF

Paula Cristina C.A.M. Ludovico PhD Prof. Auxiliar. Exc. Doenças Infecciosas MC

Manuel João T. Mendes Costa PhD Prof. Auxiliar Exc CSH


(Requisitado)

Maria de Fátima M. Baltazar PhD Prof. Auxiliar Conv. Exc. Desenvolvimento e Neoplasias BP

Rui Manuel Vieira Reis PhD Prof. Auxiliar Conv. Exc. Desenvolvimento e Neoplasias BP

Jorge Manuel Correia Pinto MD, PhD Prof. Auxiliar Conv. 50% Desenvolvimento e Neoplasias SOF

António José Alegre Sarmento MD Chefe Serviço Saúde Pública SC


(Requisição 50%)

Ana Maria Lacerda A. Horta MD Assistente Conv 30% BP

André Filipe Couto Carvalho MD Assistente Conv. 40% Neurociências SOF

Carla Rolanda Rocha Gonçalves MD Assistente Conv. 40% Desenvolvimento e Neoplasias SOF

Elisabete Guimarães de Sousa MD Assistente Conv. 20% BP

Fernando Pardal de Oliveira MD Assistente Conv. 20% BP

Filipa Santos Costa Pinto Ribeiro Licª Biologia Assistente Conv. 50% Neurociências SOF

Isabel Maria S.S. Ribeiro Oliveira MD Assistente Conv. 40% Desenvolvimento e Neoplasias SOF

Luís Miguel Gonçalves Torrão MD Assistente Conv. 40% Desenvolvimento e Neoplasias SOF

Manuel José L. Costa Rodrigues MD Assistente Conv. 50% Neurociências SOF

Maria Fernanda Grillo Milanezi MD Assistente Conv. 40% Desenvolvimento e Neoplasias BP

Maria João R. Leite Baptista MD Assistente Conv. 40% Desenvolvimento e Neoplasias SOF

Sónia M. Rodrigues Magalhães MD Assistente Conv. 40% Desenvolvimento e Neoplasias SOF


Lista do Pessoal Docente afecto à ECS em Janeiro de 2005 Anexo I.1 (cont.)

Nome Qualificações Categoria Investigação Área

Gustavo Filipe M. Alves Rocha MD Monitor Desenvolvimento e Neoplasias SOF

Hugo Miguel B. Almeida Tavares MD Assistente Conv. 40% Neurociências SOF

Isabel Margarida M. Mesquita MD Monitor BP

João Carlos Cruz Sousa MD Monitor Neurociências SOF

João José F.C. Araújo Cerqueira MD Assistente Conv. 40% Neurociências SOF

João Miguel S. Bessa Peixoto MD Assistente Conv. 40% Neurociências SOF

João Paulo Soares Fernandes MD Monitor Desenvolvimento e Neoplasias SOF

José Mário Coutinho Roriz MD Monitor SOF

José Miguel G. Moreira Pego MD Assistente Conv. 40% Neurociências SOF

Maria Leonor Barbosa Gonçalves Licª Biologia Monitor Neurociências SOF

Mário Jorge Alves Oliveira MD Monitor Neurociências SOF

Pedro Alexandre L.A.G. Teixeira MD Monitor Neurociências SOF

Rui Pedro da Rocha Bastos MD Monitor Desenvolvimento e Neoplasias SOF

Tiago da Silva Pinto Teixeira MD Monitor SOF

Colaboradores Permanentes

Ana Maria Resende Morais Mateus MD Assist. Clínica Geral / Unidade SC


Local de Saúde - Matosinhos

António C. Megre Eugénio MD, PhD, Prof. Auxiliar /FM-UP BP


Sarmento Agregação

António Jaime B. Correia Sousa MD, MPH Assist. Clínica Geral / Unidade SC
Local de Saúde - Matosinhos

Carlos Alberto Almeida Valério MD Chefe Serviço Clínica Geral SC

Clara Costa Oliveira PhD Prof. Aux. /IEP-UM (Sabática CSH


na ECS)

Claudio H. Sunkel Cariola PhD, Agregação Prof. Assoc. /ICBAS-UP MC

Damião Lourenço da Cunha MD, PhD Chefe Serviço Cardiologia C


(Aposentado)

Fernando Carlos L. Schmitt MD, PhD Prof. Aux. /FM-UP BP

Luís Filipe F. Lima Laranjeiro MD Chefe de Serviço Clínica Geral SC


/ Centro Saúde Guimarães

Margarida Conceição Lima MD Chefe de Serviço Clínica Geral


/ Unidade Saúde Gualtar

Maria Amélia Ferreira Duarte MD, PhD, Prof. Catedrático/FM-UP SOF


Agregação

Mário José Cerqueira Gomes MD, PhD, Prof. Cat. Cardiologia C


Agregação (Jubilado/FM-UP)

Mário Nélson Morais Freitas MD Assist. Saúde Pública / SC


Unidade Operativa de Saúde
Pública de Braga

Óscar Ferreira Rolão Candeias MD Chefe Serviço Medicina Interna C

Roger Thomas MD, PhD Universidade Calgary-Canadá UEM


(Sabática na ECS)
Maria Teresa Alfonso Roca PhD Prof. Cat. Univ. Castilla de La UEM
Mancha (Assessoria)
Outros colaboradores
A ECS beneficia ainda do contributo de vários docentes convidados (de outras Escolas da UM, bem como de outras Instituições -
Universitárias, Hospitalares e Centros de Saúde) que asseguram Sessões Temáticas, Seminários e Debates/Mesas Redondas sobre
as várias matérias versadas nas diferentes áreas (ver Capítulo II).
Residências Hospitalares: Supervisores clínicos Anexo I.1 (cont.)

HSM-Braga HSO-Guimarães

Medicina I Abel Rua Jorge Cotter

Medicina Interna Abel Rua Jorge Cotter


Pneumologia Mariano Machado Maria Manuel
Cardiologia Adelino Correia João Almeida
Gastrenterologia Mário Marcelino José Cotter
Endocrinologia Olinda Cruz ---
Saúde Materno-Infantil

Obstetrícia Lucinda Antunes Pedro Vieira de Castro


Pediatria Almerinda Pereira Pedro Freitas
Saúde Mental

Psiquiatria João Guerra Mário Lourenço

Ensino Cognitivo: Supervisores

Residência Supervisor
Medicina I
Sistema Respiratório Óscar Candeias
Sistema Cardiovascular Mário Cerqueira Gomes
Sistema Digestivo José Cotter & Nuno Sousa
Sistema Endócrino Nuno Sousa
Saúde Materno-Infantil
Saúde Materna Pedro Vieira Castro & Lucinda Antunes
Pediatria Jorge Correia Pinto & Helena Jardim
Saúde Mental
Saúde Mental Rui Mota Cardoso
Tutores Clínicos – Hospital São Marcos (2004-05) Anexo I.1 (cont.)

Residência/Sub-Especialidade Tutores (MDs)

Introdução à Medicina Clínica


Medicina Interna Maria Adelina Ferreira
Sameiro Ferreira
Narciso Oliveira
Juan Rafael G. Sanchez-Reyes Garcia
Sameiro Neves
Maria João Nogueira Costa
Medicina I
Medicina Interna Maria Adelina Ferreira
Narciso Oliveira
Juan Rafael G. Sanchez-Reyes Garcia
Sameiro Neves
Maria João Nogueira Costa
Pneumologia João Cunha
Manuel Macedo Gonçalves
Lurdes Ferreira
José Eduardo Oliveira

Cardiologia Jorge Marques


Alberto Salgado
Márcia Torres
Sérgio Rocha
Rui André Rodrigues

Gastrenterologia José Barata


Raquel Gonçalves
Vera Dias

Endocrinologia Olinda Amélia Pinho Marques


Cástor G. Pereira
Maria Lopes Pereira
Saúde Materno-Infantil
Obstetrícia Maria Luísa Cardoso
Domingos Ribeiro
Luís Carvalho
Manuela Araújo
Paula Pinheiro
Pedro Cabrita

Pediatria Almerinda Pereira


Ana Maria Antunes
Augusta Gonçalves
Esmeralda Silva
Henedina Antunes
Helena Silva
Isabel Cunha
Tutores Clínicos – Hospital Senhora da Oliveira (2004-05) Anexo I.1 (cont.))

Residência/Sub-Especialidade Tutors (MDs)


Introdução à Medicina Clínica
Medicina Interna Maria Helena Jacinto Sarmento Pereira
Maria da Glória Sousa Alves
Maria Elisa Barroso Torres
Maria Emília Castro Lopes
Pedro Miguel Guimarães Cunha
Lurdes Natália Mendes Oliveira
Medicina I
Medicina Interna Maria Helena Jacinto Sarmento Pereira
Maria da Glória Sousa Alves
Maria Elisa Barroso Torres
Maria Emília Castro Lopes
Pedro Miguel Guimarães Cunha
Lurdes Natália Mendes Oliveira

Cardiologia António Rodrigo Miranda Lourenço

Gastrenterologia Salomé Bruno Costa Gonçalves Lima


Saúde Materno-Infantil
Obstetrícia Isabel Maria Dória Reis Buhier
José Manuel Mira Mendes Furtado
Maria Sofia Dantas Pinto Xavier
Maria José Gonçalves Pires Costa
Rosa Maria Freitas Fernandes
Maria Odosinda Rosmaninho Lopes Sousa

Pediatria Fernando Eduardo Meireles Maio Graça


Maria José Teixeira Costeira Paulo
Clara Sofia Domingues Paz Dias
Ana Cláudia de Castro Tavares
Susana Noites de Brito Peres
Cristina Maria Gonçalves Ferreira
Anexo II.1

Lista de Projectos Desenvolvidos pelos Alunos na Área Curricular “Projecto de Opção I”


Lista dos Projectos desenvolvidos pelos estudantes Anexo II.1
na Área Curricular “Projectos de Opção I”

Aluno Tema Supervisor Instituição de


Acolhimento

Adelaide Marlene de Um Olhar sobre a Deficiência Jacinta Kellen CERCIGUI (Cooperativa


Araújo Abreu para a Educação e
Reabilitação de Crianças
Inadaptadas) - Guimarães

Alírio de Gouveia Miranda Cuidados de Saúde Primários nos Centros de Dolores Quintal, José Casa de Saúde do Bom
Saúde Urbano e Periférico na RAM Manuel Coelho, Teresa Jesus - Braga
Remédio Centro de Saúde do Faial –
Açores
Ana Inês Domingues A Criança Diabética Catarina Limbert Hospital Pediátrico D.
Marques Estefânia – Lisboa

Ana Isabel Gonçalves O Vínculo entre os Pais e o Bebé Maria José Costeira Hospital Senhora da
Moutinho Oliveira – Guimarães

Joana Isabel Costa Dias Desenvolvimento da Criança Isabel Palmeirim Agrupamento de Escolas
António Correia de Oliveira
- Concelho de Esposende
André Fernandes Pinto Desenvolvimento da Criança Isabel Palmeirim Agrupamento de Escolas
António Correia de Oliveira
- Concelho de Esposende
Lara dos Santos Machado Descobrir uma Instituição Mental: o Centro Luísa Ramos Centro Hospitalar Conde
Hospitalar Conde de Ferreira Ferreira - Porto

Lúcia Manuela de "Vaguear pela Esquizofrenia" Nivaldo Duarte de Marins Centro Hospitalar Conde
Vasconcelos Maria Ferreira - Porto

Ângela Daniela Salgueiro O Serviço de Ortopedia do CHAM: Fracturas do Celso Crispim Centro Hospitalar do Alto
Coelho Punho e sua Incidência Minho - Viana do Castelo

Babila Rafaela da Cunha O Dia-a-Dia na Unidade de Cuidados Intensivos do José Artur Paiva Hospital de São João - Porto
Carvalho Serviço de Urgência do Hospital de São João

Ana Catarina da Silva Paramiloidose: Os Avanços no Combate a uma Maria do Rosário Almeida; IBMC (Unidade Amilóide);
Ramos Gomes Marques Doença sem Cura, numa Perspectiva Bio-Psico- Teresa Coelho IBMC (Centro de Genética
Social Preditiva e Preventiva) –
Porto
Joaquim Costa e Maia Clínica Fisiátrica Bracara
Augusta - Braga
Tânia Maria Silva Ribeiro Utilidade do Boletim da Grávida para a Avaliação Joana Moura Centro Hospitalar do Alto
de Almeida do Recém-Nascido Licínia Lima Minho - Viana do Castelo

Bruno Daniel Nunes Serra Investigação em Dor Crónica Neuropática Armando Almeida ICVS/ECS-UM
Filipa Pinto-Ribeiro

Nuno Jorge Ramos Abreu Investigação em Dor Crónica Neuropática Armando Almeida ICVS/ECS-UM
da Silva Lamas Filipa Pinto-Ribeiro
Carlos Eduardo Dias O Contributo da Medicina Nuclear no Estudo do Luís Pereira Hospitais da Universidade
Afonso Sistema Osteoarticular de Coimbra - Coimbra

José Pedro Rocha de Abreu Estudo dos Efeitos da Cirurgia Bariátrica na Maria Helena Cardoso Hospital Geral de Santo
Qualidade de Vida dos Doentes Obesos Pereira da Silva António - Porto

Dália Alexandra Alves Natação para Bebés Susana Soares Fac. de Ciências do
Fernandes Desporto e de Ed. Física -
UP
Eduardo Jorge Cacima Saúde e Higiene Judite Jorge Escola B 2-3 Monsenhor
Ferreira Elísio de Araújo - Pico dos
Regalados, Vila Verde

Zita da Costa Ferraz Saúde e Higiene Judite Jorge Escola B 2-3 Monsenhor
Elísio de Araújo - Pico dos
Regalados, Vila Verde

Daniel Gomes Miranda Comparação entre dois Hospitais da União Jens Encke Medizinische
Europeia no Serviço de Gastrenterologia Universitatsklinik
Heidelberg - Alemanha;
Hospital de São Teotónio -
Viseu
Desiree Alexandra Esquizofrenia António Palha Casa de Saúde de Bom
Ambrósio Farinha Beatriz Miguens Jesus - Braga

Francisca Emanuel Reis de Educação para a Saúde: As Mães Adolescentes e a Maria do Rosário Rodrigues; Associação de São José -
Sá Silva e Costa Importância dos Primeiros Anos de Vida Teresa Dantas da Silva Lar das Mães Solteiras -
Braga
Henrique Carlos Acciaiuoli Conhecer Ortopedia António Miranda Hospital de São Sebastião -
Doria de Sottomayor Paulo Amado Santa Maria da Feira
Espregueira Mendes
Jaime Ribeiro Leal Conhecer Ortopedia António Miranda Hospital de São Sebastião -
Pamplona Paulo Amado Santa Maria da Feira
Espregueira Mendes
Irene Miranda Medeiros Internamento: Nível de Satisfação do Utente Carlos Vilela Hospital da Senhora da
Oliveira - Guimarães

Inês Gomes de Amorim O Percurso da Criança na Pediatria Oncológica Sodré Borges Instituto Português de
Oncologia - Porto

Isabel Maria Antunes Silva Do Vazio da Vida ao Prazer de Viver José Carlos Veloso Projecto Homem - Braga

Isabel Maria de Oliveira Reflexologia – um Estudo de Caso Alice Palha Alpha Clinic - Porto
Santos

André Filipe Viana Sá O Mundo por Trás da Cirurgia Tiago Pimenta Serviço de Cirurgia B -
Rodrigues Hospital de São João - Porto

Sérgio Davide de Oliveira Serviço de Pediatria do Hospital da Senhora da Cristina Ferreira Hospital da Senhora da
Teixeira Oliveira – Guimarães Oliveira – Guimarães

Ana Isabel Torres Oliveira Os Sem-Abrigo Instituição Particular de


Solidariedade Social - Porto

Joana Sofia Gonçalves Stress em Estudantes de Medicina Teresa McIntyre IEP-UM


Soares Ferreira

Joana Vanessa dos Reis Braquiterapia Lurdes Trigo Instituto Português de


Ferreira Oncologia - Porto

Joana Catarina Vaz Lima O Centro de Saúde no Meio Rural Henrique Botelho Centro de Saúde de Terras
da Silva de Bouro

João Nélson Magalhães P.O. No Centro de Saúde de Terras de Bouro Henrique Botelho Centro de Saúde de Terras
Teixeira de Bouro

Cláudio Gabriel Pacheco O Centro de Saúde no Meio Rural Henrique Botelho Centro de Saúde de Terras
Branco de Bouro

Jorge Fernando Ferreira de Estágio em Ortopedia Carlos Guerra Hospital Conde de São
Carvalho Bento – Sto. Tirso

Juliana da Silva Carvalho Hiperactividade João Lopes IEP – UM


Sónia Figueirôa Hospital de Santo António –
Porto
Juliana dos Reis Pires "Viver a Geriatria" Andreia Silva Centro de Dia São Cristovão
Martins de Mafamude de Gaia -
Gaia
Luís Miguel Alves Carvalho Fobias Específicas - Terapêutica Jorge Silvério IEP-UM
dos Santos Carlos Coelho
Luís Miguel Dias Seara Apresentação do "Centre des Côtes", Centro de Vincent Lucet Centre des Côtes – França
Afonso Cardiologia Infantil e Pediatria Geral
Maria Manuel Alves A Surdez e a Educação José Alberto Dias APECDA – Aveleda/Braga
Peixoto

Marina Isabel Rocha A Pediatria no Hospital Sónia Aires Hospital de São Sebastião -
Rodrigues Santa Maria da Feira

Mónica Filipa Caires Sousa Infecção Urinária na Criança Cátia Cardoso Hospital Central do Funchal
- Madeira
Nuno André de Barros Tratamento da Hepatite crónica B Ana Clara Grams
Pedro Miguel Oliveira Violência Doméstica: O Caminho da Vítima Instituto Nacional de
Azevedo Medicina Legal - Delegação
do Porto
Rafael José Velho de Primeiro Contacto com a Realidade Hospitalar - Hospital de Vila Real
Sousa Serviço de Cirurgia Geral
Roberto Jorge Alves Couto A Medicina no Desporto José Ramos Centro Nacional de
Medicina Desportiva-
Delegação do Porto
Rute de Paula Monteiro Saúde na Prisão de Custóias Rui Morgado Prisão de Custóias - Porto
Martins
Rute Pacheco Alves Vigilância Pré-Natal Maria Armas Hospital de Santo Espírito -
Angra do Heroísmo - Açores
Sérgio Ernesto Campos Saúde Infantil: Factores que Podem Influenciar o Gabriela Oliveira Centro de Saúde do
Mucamba Desenvolvimento Inicial da Criança Carandá - Braga

Thais Hitomi Nomi Quiropraxia como um Modo Complementar de Cura Falcão Coutinho Clínica Dr. Falcão - Porto

Viviana Manuel Magno de Diabetes e Gravidez Ângela Magalhães Hospital de São João - Porto
Azevedo
Anexo II.2

Lista de Projectos Desenvolvidos pelos Alunos na Área Curricular “Projecto de Opção II”
Lista dos Projectos desenvolvidos pelos estudantes Anexo II.2
na Área Curricular “Projectos de Opção II”

Aluno Tema Supervisor Instituição de


Acolhimento

Ana Filomena Martins Infertilidade e Reprodução Medicamente Assistida Mário Sousa Hospital São João - Porto
Alberto Barros

Ana Isabel Carvalho História da Medicina: Medicina de Choque e de Romero Bandeira ICBAS - Porto
Trauma

Ana Raquel Franky Morfologia do Núcleo Accumbens em Pedro Leão ICVS/ECS-UM


Hipocortisolemia Nuno Sousa

Ana Sofia Marinho Nódulos da Tiróide Olinda Marques Hospital de São Marcos–
Cástor Gil Pereira Braga

Ana Sofia Cardoso Anorexia Nervosa Lúcia Soares Hospital de São Marcos–
Braga

António Pedro Fonte Um Projecto de Prevenção Óscar Ribeiro Infantário/Lar Stª Estefânia
- Guimarães

Alexandra Malheiro Terapêuticas para Perda da Função Renal José Araújo Hospital do Funchal -
Gil Silva Madeira
Alves Teixeira
Artur Vieira Acidente Vascular Cerebral: Causas e Ramalho Fontes Hospital São Marcos -
Consequências Ricardo Maré Braga

Bárbara Pimentel Insuficiência Renal Terminal: a Realidade dos Teresa Azevedo Hospital de Angra Heroísmo
Doentes Lourdes Dias - Açores

Carla Garcês Prestação de um Serviço Adelino Correia Hospital de São Marcos -


Braga

Carla Oliveira Polineuropatia Amiloidótica Familiar (PAF) Teresa Coelho CEP, Hospital Santo
António - Porto
IBMC - Porto
Carla Marina Gonçalves Por um Sorriso - Operação Nariz Vermelho Rute Moreira IPO - Porto
3 Hospitais de Lisboa

Sílvio Carvalho Estágio no Serviço de Neurocirurgia Carlos Alegria Hospital de São Marcos -
Braga

Cláudia Melo Estágio no Serviço de Dermatologia Filomena Azevedo Hospital de São João - Porto

Cindy Tributa Uma Vida em Evolução Luís Carvalho Hospital de São Marcos -
Manuel Saleiro Braga

Marisa Carvalho Uma Vida em Evolução Luís Carvalho Hospital de São Marcos -
Manuel Saleiro Braga

Cristina Oliveira A História de uma Técnica Cirúrgica Inovadora Jorge Correia-Pinto Hospital de São João - Porto

Cláudia Bento Águas Termais e Terapias Associadas Vicente Termas de Chaves - Chaves
Lurdes

Carla Sofia Peixoto Tratamentos Termais – Termas de Caldelas Sampaio Duarte Termas de Caldelas -
Amares

João Cabral Síndrome de Dilles de la Tourette Nuno Sousa ICVS/ECS – UM

Daniela Freitas Epilepsia Esmeralda Lourenço Hospital de São Marcos -


Ramalho Fontes Braga

Emanuel Dias Embriologia da Atrésia Esofágica: Clínica e Jorge Correia-Pinto Hospital de São João - Porto
Tratamento Cirúrgico

Frederic Ramalho Esclerose Múltipla José Figueiredo Hospital de São Marcos -


Ramalho Fontes Braga

André Melo A Dinâmica na Obstetrícia Fernando Ricardo Hospital de São Marcos -


Braga
Inês Dias Engenharia de Tecidos Rui Reis 3B´s & Engenharia de
Manuela Gomes Polímeros - UM

Isaac Braga Tratamento da Hérnia Discal Lombar José Figueiredo Hospital de Santo António -
Porto

Joana Chaves Carvalho Oncologia Pneumológica Mª Bárbara Parente Hospital Eduardo Santos
Silva– Vila Nova de Gaia

Maria Luísa Loureiro Obesidade Mórbida – Gastrobandoplastia e Celso Silva Hospital do Funchal–
Qualidade de Vida Alberto Berenguer Madeira

Mariana Rodrigues Observação de um Serviço de Cirurgia Cárdio- João Manuel Rodrigues Hospital do Funchal–
Torácica António Brazão Madeira

Fernando Leal Medicina Legal Tanatológica Agostinho Santos Instituto de Medicina Legal
- Porto

Nuno Losa Medicina Legal Tanatológica Agostinho Santos Instituto de Medicina Legal
- Porto

Joana Lopes Tabaco - do Início ao Fim Adelino Correia Hospital de São Marcos -
Braga

Vítor Pereira Tabaco - do Início ao Fim Manuel Macedo Hospital de São Marcos
Susana Ferreira Clínica Não fumo mais -
Braga
Joana Miranda Péptido Natriurético Cerebral: Potenciais Aplicações Jorge Correia-Pinto Hospital de São João - Porto
em Pediatria

Marta Nunes Endocrinologia Pediátrica: o Fenómeno da Maria Helena Cardoso Hospital de Santo António -
Obesidade Infantil Porto

Joaquim Tinoco Acupunctura e Hipnoterapia Nuno Santiago Clínicas Nuno Santiago &
José Pimentel Fitosalus

Leandro Ribeiro Acupunctura e Hipnoterapia Nuno Santiago Clínicas Nuno Santiago &
José Pimentel Fitosalus

Maria Conceição Alves Os Insucessos da Noite - Distúrbios do Sono Idália Esteves Hospital Eduardo Santos
Silva– Vila Nova de Gaia

Rita Maciel Diagnóstico Genético Pré-Implantação Alberto Barros Hospital de São João - Porto

Sandrina Costa Patologias e Técnicas em Neurocirurgia Carlos Alegria Hospital de São Marcos -
Braga

Tânia Pereira Transplante Autólogo da Mucosa Olfactiva em Carlos Lima Hospital Egas Moniz, IHMT,
Lesões Medulares ECBio, Centro Rovisco Pais
- Lisboa
Pedro Silva Pesquisa de Dermatófitos em Piscinas e Ginásios Sousa Basto Hospital de São Marcos -
Teresa Pereira, Braga
Mª Luz Duarte
Ana Daniela Marques Pesquisa de Dermatófitos em Piscinas e Ginásios José Alberto Dias Hospital de São Marcos -
Braga

Teresa Torres Estágio num Serviço de Neurocirurgia Óscar Luís Alves Hospital Eduardo Santos
Silva – Vila Nova de Gaia

Tiago Oliveira Neuroimagiologia: Perspectivas Futuras Nuno Sousa ICVS/ECS – UM

Óscar Barros Desenvolvimento Psicomotor em Crianças Luísa Morais Hospital de São Marcos -
Braga

Daniel Soares Esquizofrenia Joana Palha Casa de Saúde Bom Jesus –


Braga
ICVS/ECS-UM
Mafalda Souzela Esquizofrenia - a Psicopatologia: Estudo de um Maria Luísa Silva Casa de Saúde Bom Jesus -
Caso Prático e Teoria Joana Palha Braga
ICVS/ECS – UM
Luís Ferreira Perturbação Obsessiva-Compulsiva António Palha Casa de Saúde Bom Jesus -
Mário Lourenço Braga
Hospital da Senhora da
Oliveira – Guimarães
Ana Raquel Gonçalves Perturbação Obsessiva-Compulsiva António Palha Casa de Saúde Bom Jesus -
Mário Lourenço Braga
Hospital da Senhora da
Oliveira – Guimarães
Anexo II.3

Lista de Projectos Desenvolvidos pelos Alunos na Área Curricular “Projecto de Opção III”
Lista dos Projectos desenvolvidos pelos estudantes Anexo II.3
na Área Curricular “Projectos de Opção III”

Aluno Tema Supervisor Instituição de


Acolhimento

Cristina Raquel C. Como "Nasce" um Medicamento Maria do Pilar Gonçalves Labesfal, Lab. Almiro S.A
Freitas

Lara Daniela F. Ribeiro Como "Nasce" um Medicamento Maria do Pilar Gonçalves Labesfal, Lab. Almiro S.A

António Gustavo Pereira Antibióticos e Resistências Alberta Faustino Hospital de S. Marcos - Braga
(Serviço de Patologia Clínica)

José Rui Garcia Antibióticos e Resistências Alberta Faustino Hospital de S. Marcos - Braga
(Serviço de Patologia Clínica)

Cláudia Bulhões Resistência aos Antibióticos Fátima Baltazar Laboratório de S. Lázaro-Braga

Maria João Magalhães Resistência aos Antibióticos Fátima Baltazar Laboratório de S. Lázaro-Braga

Vânia Peixoto Resistência aos Antibióticos Fátima Baltazar Laboratório de S. Lázaro-Braga

David Alexandre Silva Avaliação da Citotoxicidade de Polímeros à Base Rui Reis 3B´s & Engenharia de
de Amido de Milho A P Marques
Polímeros – UM
Paula Sales Fidalgo Estudo de uma Estratégia de Engenharia de Rui Reis 3B´s & Engenharia de
Tecidos baseada no Uso de “Acaffolds” á base de M M Gomes Polímeros - UM
Amido e Células da Medula Óssea de Rato
Tiago Domingues B. Escoliose Idiopática do Adolescente António Oliveira Hospital Geral de Sto. António -
Frada Porto

Manuela Eça Araújo Fenilcetonúria: uma Abordagem Multi- Márcia Martins Instituto de Genética Médica
disciplinar
Jacinto Magalhães - Porto
Filipa Gomes Rodrigues Diagnóstico Pré e Pós-Natal e Síndrome de Natália Teles Instituto de Genética Médica
Down Lília Rosmaninho
Jacinto Magalhães – Porto
APPACDM - Aveiro
Ana Sofia Moutinho Síndrome de Rett – Dois Casos Clínicos com Patrícia Maciel ICVS/ECS-UM
Confirmação Molecular Teresa Temudo
Hospital Geral de Sto. António –
Porto
Sofia Gomes Muller Cirurgia Laparoscópica Celso Silva Aires Teixeira Hospital Central do Funchal -
Pereira Miguel Pestana Madeira

António Manuel Cunha Serviço de Cirurgia Plástica H. S. Marcos: Joaquim Moreira da Costa Hospital de S. Marcos - Braga
Relato das Nossas Vivências

Jean Pierre Gonçalves Serviço de Cirurgia Plástica H. S. Marcos: Joaquim Moreira da Costa Hospital de S. Marcos - Braga
Relato das Nossas Vivências

Ana Isabel Silva Quelhas Unidade de Cuidados Intensivos António Sarmento Hospital Pedro Hispano -
Paulo Reis Matosinhos

Daniela Ferreira Falência Respiratória - Ventilação Mecânica Juan Soler Hospital de S Marcos – Braga

Joana Catarina da Silva A Toxicologia da Grávida e o Primeiro Exame Joana Moura Hospital do Alto Minho – Viana
Cardoso Físico doRecém-Nascido do Castelo

Diana Teixeira Tuberculose Pulmonar: Casuística do Pedro Freitas Hospital Senhora da Oliveira -
Internamento de Pediatria Guimarães

Luís Vasco Louro Psiconeuroimunologia e a Humanização dos Ana Jorge Hospital Garcia de Orta -
Cuidados de Saúde
Almada

Filipa Sousa Percurso Intra-Hospitalar de um AVC Vítor Moreira Hospital de S. Marcos - Braga

Luísa Queiroz Percurso Intra-Hospitalar de um AVC Vítor Moreira Hospital de S. Marcos - Braga

Marina Pereira Alcoolismo – Patologias e Reabilitação Helena Sarmento Hospital Senhora da Oliveira -
Fernandes Pedro Monteiro Guimarães
Beatriz Santos Hospital de S. Marcos - Braga
Sandra Maria Garrido Alcoolismo – Patologias e Reabilitação Helena Sarmento Hospital Senhora da Oliveira -
dos Santos Pedro Monteiro Guimarães
Beatriz Santos Hospital de S. Marcos - Braga
Sofia Moreira Neves Caracterização da Resposta Inflamatória na
Marques Maia Infecção Experimental do Ratinho por Estirpes
Jorge Pedrosa ICVS/ECS-UM
de Mycobacterium avium de Diferentes Graus de
Virulência
Nelson Oliveira Prevenção e Tratamento do Tabagismo Mariano Machado Hospital de S. Marcos - Braga
Manuel Macedo

Emanuel Lima Silva Cancro do Pulmão João Cunha Hospital de S. Marcos - Braga

Luís Manuel da C. P. Glioblastoma Multiforme: Do bloco ao Carlos Alegria Hospital de São Marcos - Braga
Figueiredo Laboratório Rui Reis ICVS/ECS-UM

Vítor Gomes Lima Ramos Glioblastoma Multiforme: Do bloco ao Carlos Alegria Hospital de São Marcos - Braga
Laboratório Rui Reis ICVS/ECS-UM

Eugénia Maria Monteiro Abordagem Clínica e Laboratorial de Tumores Rui Reis ICVS/ECS-UM
de Sousa Gliais Rui Vaz Hospital de São João - Porto

Maria Inês Ribeiro Rangel Abordagem Clínica e Laboratorial de Tumores Rui Reis ICVS/ECS-UM
Gliais Rui Vaz Hospital de São João - Porto

Susana Nobre Fernandes Cancro Gástrico em Portugal A Vasconcelos Teixeira Hospital de São João - Porto
Tavarela Veloso

Luciana Barbosa Expressão de CDX-2, MUC-2 e P-Caderina em Paula Soares IPATIMUP - Porto
Carcinomas Mucoepidermóides

Filipa Castro Expressão de CDX-2, MUC-2 e P-Caderina em Paula Soares IPATIMUP - Porto
Carcinomas Mucoepidermóides

Fátima Silva Determinação do Número de Cópias do Gene Fernando Schmitt IPATIMUP - Porto
EGFR nos Carcinomas Metaplásicos da Mama Fernanda Milanezi
por Hibridização in situ Cromogénica (CISH) Sílvia Carvalho
Ana Teresa Neves Prevenção do Cancro da Mama Vítor Veloso IPO-Porto
Magalhães

Rosa Isabel Morais Acompanhamento do Serviço de Anatomia Fernando Pardal Hospital de São Marcos - Braga
Sardinha Patológica Fernanda Milanezi IPATIMUP - Porto
Amélia Lino Hospital Distrital de Faro
Pedro Ventura Aguiar Determinação das Aferências Encefálicas do Armando Almeida ICVS/ECS-UM
Núcleo Paraventricular do Hipotálamo(PVN) Filipa Pinto-Ribeiro
Leonor Gonçalves
Pedro Morgado Efeitos da Activação dos Receptores de CRF2 Nuno Sousa ICVS/ECS-UM
tipo 2

Ana Cristina Braga da Doenças Infecto-Contagiosas – Seguimento de Ana Aboim Horta Hospital Joaquim Urbano -
Rocha um Doente com Hepatite C Porto

Luís Filipe Melo Braga Estágio no Laboratório de Micologia Clínica do Fernando Rodrigues ICVS/ECS-UM
ICVS Agostinho Carvalho

Cristina Isabel Nogueira Expressão de IL-6 e TNF no Desenvolvimento Jorge Correia Pinto ICVS/ECS-UM
da Silva Fetal do Pulmão Normal e Hipoplásico José Mário Roriz
Sílvia Gonzaga
Marta Resende Achando Caracterização da Resposta Imune Envolvida na Jorge Pedrosa ICVS/ECS-UM
Rejeição de Aloenxertos em Modelo de Ratinho

Magda Alexandra P. L. Hemodiálise e Transplante Renal Castro Henriques Fresenius Medical Care – Braga
Cardoso José Fernandes Hospital de São João - Porto

Maria João Pimenta Hemodiálise e Transplante Renal Castro Henriques Fresenius Medical Care – Braga
Ferreira da Silva José Fernandes Hospital de São João - Porto

Ana Sofia Aires Um Seguro de Vida? – Criopreservação de Luís Gomes Crioestaminal – Coimbra
Células Estaminais do Sangue do Cordão
Umbilical
Catarina Mendonça Identidade Sonora Fátima Sequeira Espaço T – Conde Ferreira -
Porto

Teresa Ágata G. de Comple(men)tar a Medicina (bio)lógica Cristina Sales Consultório de Medicina


Carvalho Biológica Dra Cristina Sales -
Porto
Sandra Ferreira Construindo os Alicerces da Saúde Clara Oliveira IEP-UM
Associação Humanitária
Habitat

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