Ergonomia, Saúde
e Segurança do
Trabalho
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Ergonomia, Saúde e
Segurança do Trabalho, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendiza-
do dinâmico e autônomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar
aos(às) alunos(as) uma apresentação do conteúdo básico da disciplina.
A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis-
ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail.
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br,
a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso,
bem como acesso a redes de informação e documentação.
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple-
mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para
uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!
Unisa Digital
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................................5
1 SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO.................................................................................7
1.1 Doença do Trabalho na Antiguidade........................................................................................................................7
1.2 Doença do Trabalho: a Revolução Industrial..........................................................................................................8
1.3 Organização Internacional do Trabalho (Oit).......................................................................................................9
1.4 Acidentes de Trabalho....................................................................................................................................................9
1.5 Indenizações por Acidentes do Trabalho - Teorias........................................................................................... 10
1.6 Conceito Técnico Prevencionista do Acidente do Trabalho.......................................................................... 11
1.7 Risco, Acidente e Lesão............................................................................................................................................... 15
1.8 Fatores de Acidentes.................................................................................................................................................... 15
1.9 Causas de Acidentes..................................................................................................................................................... 19
1.10 Predisposição a Acidentes ...................................................................................................................................... 19
1.11 Eliminação das Causas de Acidentes................................................................................................................... 20
1.12 Investigação e Análise de Acidentes .................................................................................................................. 21
1.13 Prevenção de Perdas.................................................................................................................................................. 25
1.14 Implantação de Programas de Segurança....................................................................................................... 26
1.15 Exemplos de Técnicas de Análise de Risco........................................................................................................ 28
1.16 Resumo do Capítulo.................................................................................................................................................. 32
1.17 Atividades Propostas................................................................................................................................................. 33
2 ERGONOMIA............................................................................................................................................ 35
2.1 Áreas de Especialização ............................................................................................................................................. 36
2.2 Objetivos da Ergonomia ............................................................................................................................................ 37
2.3 Antecedentes Históricos da Ergonomia .............................................................................................................. 38
2.4 Modalidades de Atuação ........................................................................................................................................... 39
2.6 Ergonomia Física ........................................................................................................................................................... 40
2.7 Ergonomia Cognitiva................................................................................................................................................... 43
2.7 Ergonomia Organizacional ....................................................................................................................................... 45
2.8 Ergonomia Prática ........................................................................................................................................................ 46
2.9 Termos e Definições ..................................................................................................................................................... 48
2.10 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................. 51
2.11 Atividades Propostas................................................................................................................................................. 52
A Ergonomia, Saúde e Segurança do Trabalho são imprescindíveis para o sucesso das organizações,
constituindo-se em áreas do conhecimento desenvolvidas e praticadas por profissionais em todo o mun-
do. Essa importância deve-se principalmente aos benefícios que podem ser alcançados nas intervenções
ergonômicas e na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.
Esta apostila tem o objetivo de proporcionar aos estudantes de Engenharia um conhecimento ini-
cial e básico sobre a Ergonomia, Saúde e Segurança do Trabalho. Inicial porque a ciência é dinâmica e
desenvolve-se atualmente com uma velocidade muito rápida. E básica porque essa área do conhecimen-
to é ampla, existem muitas facetas, campos de atuação e formas de intervenção. Dessa maneira, não se
pretende com esta apostila esgotar o assunto, na verdade, pretende-se desenvolver a curiosidade dos
estudantes. A curiosidade de buscar o aprofundamento do tema e finalmente, convidar os futuros enge-
nheiros a atuarem com competência e determinação nas questões ergonômicas e de saúde e segurança
do trabalho nas organizações que possam vir a exercer o seu ofício.
O certo é que aqueles que dominarem os conhecimentos de Ergonomia, Saúde e Segurança do
Trabalho terão um diferencial adicional em relação aos que não dominarem tal especialidade. Isso pode
sem dúvida ser o motivo e a porta de entrada para efetivamente o engenheiro se desenvolver e alcançar
a excelência profissional no mundo do trabalho, havendo ainda a possibilidade de, após a conclusão
da graduação, o profissional recém-formado especializar-se nessa área, tornando-se um Engenheiro de
Segurança do Trabalho.
Apenas para fins didáticos, dividiu-se em 2 blocos esta apostila. O primeiro bloco discorre sobre
os princípios de Saúde e Segurança do Trabalho e o segundo sobre a Ergonomia. Optou-se também por
evitar a transcrições na íntegra de normas regulamentadoras e outras bases legais, visto que o acesso a
elas é gratuito e facilitado no site1 do Ministério do Trabalho e Emprego do governo brasileiro.
Que todos os estudantes possam sentir o doce sabor de alcançar seus objetivos profissionais. A
Ergonomia, Saúde e Segurança do Trabalho serão grandes parceiras nessa jornada.
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentaDORAS/Default.asp.
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1 SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
Prezado(a) aluno(a), neste capítulo, estuda- todo o país de estradas de ferro e mesmo assim a
remos a evolução da saúde e segurança do traba- Inglaterra continuou a construir ferrovias, só que
lho, histórico e atualidades. Estudaremos ainda os dessa vez em outros países. Com isso conseguiu
desafios modernos da relação homem e trabalho. também exportar locomotivas, vagões, navios e
Descreveremos ainda as principais técnicas utili- máquinas industriais.
zadas para a prevenção de acidentes e doenças No Brasil, pode-se relacionar a Revolução In-
ocupacionais. dustrial à Era Vargas. Getúlio Vargas criou a Justiça
Desde o início do homem no mundo o tra- do Trabalho (1939), instituiu o salário-mínimo, a
balho esteve presente em suas atividades. Devi- Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Getúlio
do às suas características únicas em relação aos Vargas investiu também na área de infraestrutura:
demais animais, o homem obteve sucesso no de- criou a Companhia Siderúrgica Nacional (1940), a
correr da história ao criar tecnologias que o possi- Vale do Rio Doce (1942), e a Hidrelétrica do Vale
bilitaram a sobreviver frente às adversidades exis- do São Francisco (1945). E, em 1938, criou o Ins-
tentes em sua época e sobrepô-las, partindo de tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
atividades de caça até a era industrial. O grande marco da legislação acidentá-
Uma das principais características da Revo- ria no país foi o Decreto-lei nº 036, de 10 de no-
lução Industrial foi a utilização de máquinas em vembro de 1944, regulamentado pelo Decreto nº
larga escala para a produção voltada para o mer- 18.809, de 05 de maio de 1945. Com a revogação
cado em todo o mundo. A Inglaterra foi o primei- do Decreto-lei nº 7.036/1944, iniciou-se o pro-
ro país da Revolução Industrial, gerando um cres- cesso de estatização do seguro de acidentes do
cimento da economia desse país a partir de 1780, trabalho, com inequívocos retrocessos e prejuízos
e, em 1840, a indústria já estava praticamente me- aos acidentados do trabalho.
canizada em sua totalidade; havia uma rede em
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outras sequelas, oriundas dos abusos praticados Segundo Costa (2007), naquela época o tra-
pelos empregadores em seus trabalhadores. balho recebia uma conotação vil, era tido como
A ideia de trabalho pesado e de sofrimento uma atividade destinada aos pobres. Talvez por
decorrente da atividade laborativa (trabalhado, isso que o trabalho na época não merecesse uma
relacionado a laborar) é muito antiga e tem in- proteção aos trabalhadores.
fluenciado os critérios para a escolha e elabora-
ção de métodos de trabalho até os dias de hoje.
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A análise das teorias a respeito do funda- em juízo que o patrão era o culpado pelos seus
mento jurídico da obrigação de indenizar as le- danos. O empregador tinha a possibilidade de se
sões decorrentes de acidentes do trabalho é de exonerar de responsabilidades e comprovar sua
suma relevância doutrinária, pois ela representa ausência de culpa, ou culpa do próprio emprega-
a histórica origem da proteção aos infortúnios do do, caso fortuito (casual, acidental), força maior,
trabalho e dimensiona o ciclo evolutivo desde a culpa de terceiros e ainda outras excludentes de
responsabilidade civil até o seguro social. Visto responsabilidade (ANSP, 2007).
que o assunto é bastante vasto, limitou-se, aqui, a O trabalhador tinha que provar que a culpa
algumas considerações. era do patrão e comumente isto era quase que
Salienta-se que as normas anteriores à pre- inalcançável pela própria condição do obreiro.
gressa “Lei de Acidentes do Trabalho”, datada de Com isso, perpetuavam-se as causas dos aciden-
1919, constituíam-se em Direito Privado, dessa tes e os direitos dos trabalhadores não se faziam
forma ressalta-se que era fundamentada na teoria valer. Esse cenário também era comum em outros
da culpa, significando que para se obter a repa- países do mundo civilizado (ANSP, 2007).
ração de danos, deveriam os acidentados provar
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Essa ideia de diagnosticar a culpa do aci- A teoria do risco social defendia que a res-
dente à própria vítima causava estagnação nas ponsabilidade pelos danos decorrentes dos aci-
propostas de prevenção dessas ocorrências, visto dentes de trabalho deveria ser de todos, ou seja,
que bastaria substituir o trabalhador para elimi- estava fundamentada na Seguridade Social, cujo
nar os acidentes de trabalho. Demonstrando que proveito toda a sociedade se beneficia (ANSP,
essa teoria era infrutífera quanto à necessidade 2007).
de redução dos acidentes, Surge a teoria do risco
profissional, ou responsabilidade civil objetiva, a Com essa teoria confere-se ao seguro
qual se baseava na eliminação de qualquer ideia acidentário a natureza de seguro genui-
de culpa, mesmo do empregado e empregador namente social. Parece equívoco supor
(ANSP, 2007). que o seguro só possa revestir-se de so-
cial se operado por um órgão público.
Com essa teoria, iniciou-se um seguro com- Preconiza-se, assim, que o pagamento do
pulsório pela transferência do risco do empresário seguro-acidente seja feito pela socieda-
para o segurador com a finalidade eminentemen- de. No entanto, tal teoria não trouxe mu-
danças práticas, uma vez que o repasse
te social. Surge, também, a primeira lei especí-
do prêmio, via preço aos consumidores,
fica de acidentes do trabalho do mundo, a qual já os coloca como reais pagadores deste.
é seguida por diversos países, inclusive o Brasil (ANSP, 2007).
(Decreto Legislativo nº 3.274, de 15 de janeiro de
1919) (ANSP, 2007).
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A definição prevencionista não limita o aci- relação entre acidentes com danos materiais (sem
dente à ocorrência de uma lesão física no traba- lesão) e acidentes com lesão incapacitante (inap-
lhador, visto que todo acidente deve ser conside- to, incapaz, inaptidão, inabilidade). A pesquisa
rado importante, mesmo aqueles em que não há realizada concluiu que há sempre um causador
lesão. Busca-se dessa maneira eliminar a ocorrên- anterior, ou seja, uma causa pregressa. Descobriu
cia destes, ampliando o registro das ocorrências também que nem sempre o homem se encontra
com ou sem lesão. preparado para executar a atividade, e acaba por
cometer atos inseguros. Além disso, existem con-
Causa dos Acidentes dições inseguras que comprometem a segurança,
portanto, segundo a pesquisa de Heinrich, os atos
inseguros e as condições inseguras constituem
As causas dos acidentes sempre foram tema o fator principal na causa dos acidentes (AEDB,
de debates no âmbito da segurança do trabalho. 2000).
Entretanto, as discussões se restringiam muitas Sua pesquisa apresentou os seguintes re-
vezes ao campo dos custos econômicos dos aci- sultados:
dentes. Em 1930, entretanto, H. W. Heinrich ini-
ciou alguns estudos mais aprofundados sobre o
tema, sendo que sua teoria pode ser considerada
precursora das que atualmente são utilizadas no
mundo da segurança do trabalho.
Teoria de Heinrich
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Segundo Gomes (2003), caso não se consi- os quais poderão ocasionar acidentes de trabalho
ga eliminar alguns traços de personalidade nega- (com ou sem lesões). Caso isso ocorra, tomba-se a
tivos, poderá ocorrer, como consequência dessas pedra “personalidade” e ela ocasionará a queda, em
dificuldades atitudinais do homem no trabalho, a sucessão, de todas as seguintes.
produção de atos inseguros e condições inseguras,
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Cada indivíduo está sujeito a algum tipo de confusão, e estas não devem ser utilizadas para
risco de origem hereditária, ou a algum risco es- designar lesões graves ou leves.
pecífico durante a execução de sua atividade de Nesse sentido o termo ‘Lesão’ serve como
trabalho, ou ainda, à soma desses dois tipos de ris- ponto inicial para se descobrir a característica dos
cos, de acordo com as circunstâncias de trabalho e acidentes. O reconhecimento e a caracterização
comportamentais. de suas causas podem ser simples (ex.: um degrau
Os riscos inerentes à indústria necessitam da quebrado de uma escada). Entretanto, cabe aqui
verificação das condições e dos métodos de traba- salientar que a maioria dos acidentes é multicau-
lho na organização. Um exemplo é a comparação sal, ou seja, na maior parte deles, os acidentes são
entre duas fábricas que, apesar de produzirem o ocasionados por mais de uma causa (PEREIRA; PI-
mesmo tipo de produto, possuem estatísticas dis- NHEIRO, 2003).
crepantes de acidentes e doenças ocupacionais,
consequência muitas vezes das condições tecno- Atenção
lógicas, comportamentais e de gestão.
Não existe “acidente grande” ou “acidente peque-
Não existe “acidente grande” ou “acidente no”. E sim acidentes com lesões graves ou aciden-
pequeno”. O uso dessas expressões pode causar tes com lesões leves.
Didaticamente podemos dividir em cinco os que causa efetivamente a lesão. Exemplo: alguns
tipos de informações que podemos coletar numa materiais com características agressivas, ou uma
investigação a partir das características dos casos ferramenta, a ponta de uma máquina. A lesão e
de acidentes. Estes são os chamados fatores de o local da lesão é o ponto inicial na identificação
acidentes importantíssimos para elucidação das do agente da lesão. É importante que se obser-
causas dos acidentes e com isso sua prevenção. ve os tipos e as características do agente causa-
Eles são o agente da lesão, a condição in- dor da lesão. Alguns tipos de agentes são muito
segura, o acidente tipo, o ato inseguro e o fator agressivos, como, por exemplo, os ácidos, outros
pessoal de insegurança. produtos químicos, a energia elétrica, entre ou-
tros. Outros tipos de agentes da lesão podem
determinar ferimentos por atritos mais acentua-
Agente da Lesão dos, ou por batidas contra a pessoa ou ainda da
pessoa contra eles. Há ainda agentes da lesão de
Agente da lesão é definido como o que natureza diferenciada, como, por exemplo, por
entra em contato com o indivíduo acidentado e prensamento ou queda. Importante ressaltar que
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a dureza de um material pode não ser essencial- tes. Ou seja, é a caracterização de certo tipo de
mente agressiva, mas, de outra maneira, pode comportamento que promove ou facilita a ocor-
ocasionar algum tipo de lesão quando entra em rência de um acidente. Na maioria das vezes está
contato violento com o indivíduo. O mesmo caso vinculado a uma violação de um procedimento
pode ocorrer se o peso de objetos, os quais, em si, seguro consagrado, consequentemente, favore-
não constituem agressividade, mas que aliados à cendo a ocorrência do acidente de trabalho.
dureza do objeto podem determinar ferimentos
Os atos inseguros são considerados como
ao cair sobre as pessoas.
uma das principais causas de acidentes (conjun-
tamente com as condições inseguras). Estes são
Condição Insegura identificados, por exemplo, no momento em que
o trabalhador se serve de ferramentas inadequa-
das de trabalho, pelo “jeitinho brasileiro”, por pre-
Condição insegura é definida como uma ou
guiça de praticar procedimentos de segurança na
mais não conformidades ou falhas no ambiente
execução de uma ou mais atividades etc.
físico que comprometem a segurança do traba-
lhador. Pode-se dizer que as falhas, defeitos, irre- São exemplos de atos inseguros:
gularidades técnicas, carência de dispositivos de
segurança e outros que expõem algum tipo de a) esforço físico incorreto;
risco à integridade física das pessoas e também b) permanecer embaixo de cargas sus-
à segurança das instalações e dos equipamentos pensas;
são considerados condições inseguras. Importan- c) executar manutenção, lubrificação ou
te ressaltar que há atividades que possuem ris- limpeza de máquinas em movimento;
cos inerentes ao tipo de natureza das atividades, d) praticar abusos, brincadeiras grosseiras
que não devem ser confundidas com condições etc.;
inseguras de trabalho. Por exemplo, trabalho em e) realizar operações para as quais não es-
altura, trabalho com eletricidade. O trabalho em teja devidamente autorizado e/ou trei-
si é perigoso, podendo apresentar ou não conco- nado;
mitantemente uma ou mais condições inseguras f) remover dispositivos de proteção de
durante a execução da atividade em si. máquinas ou alteração em seu funcio-
Exemplos de condições inseguras: namento;
g) operação de máquinas em velocidades
muito rápidas ou inseguras;
a) proteção mecânica inadequada;
h) uso de equipamento inadequado, inse-
b) condição defeituosa do equipamento,
guro ou de forma incorreta;
escadas mal projetadas, pisos escorre-
i) uso incorreto do Equipamento de Pro-
gadios ou mal sinalizados, tubulações;
teção Individual (EPI).
c) projeto ou construções inseguras;
d) processos, operações ou arranjos ina-
dequados ou perigosos; Acidente-tipo
e) iluminação e ventilação inadequadas
ou incorretas. O acidente-tipo é utilizado para facilitar a
definição de como as pessoas no ambiente de tra-
Ato Inseguro balho se acidentam, ou seja, como a lesão se ori-
ginou, qual a forma de contato entre a pessoa e o
agente de lesão, independentemente do grau de
Define-se o ato inseguro como a forma em
violência dessa interação ou contato. Salienta-se
que o trabalhador se expõe (consciente ou in-
que uma correta compreensão do acidente-tipo
conscientemente) a um ou mais riscos de aciden-
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irá contribuir na identificação dos atos inseguros tra qualquer obstáculo durante uma
e das condições inseguras. Usualmente classifi- queda ou escorregão, tropeção. A que-
cam-se os acidentes-tipo da seguinte maneira: da é quase sempre proveniente de con-
dições inseguras no local de trabalho,
Batida contra: é caracterizado quando ou seja, um trabalhador pode cair ou se
uma pessoa bate seu corpo ou parte do desequilibrar na quebra de uma escada
seu corpo contra um ou mais obstácu- ou andaime, num piso escorregadio,
los: isto ocorre mais frequentemente num objeto no meio de um trajeto no
nos movimentos bruscos, descoorde- chão de fábrica, etc.
nados ou imprevistos, ou quando ainda Prensagem entre: ocorre quando o
predomina um ato inseguro ou, ainda, trabalhador tem um segmento corporal
nos movimentos normais, quando há prensado entre um objeto fixo e outro
condições inseguras, tais como: coisas móvel, ou ainda entre dois objetos mó-
fora do lugar, má arrumação, pouco es- veis. É comum essa ocorrência em tra-
paço etc. (AEDB, 2000); balhos executados de maneira insegu-
Batida por: caracteriza-se nas oca- ra, principalmente durante o manuseio
siões em que o trabalhador, ao contrá- de peças, embalagens etc., que devido
rio da “batida contra”, não bate contra, ao fato de se colocar ou descansar as
mas, sim, sofre uma batida de algum mãos em pontos perigosos de equipa-
objeto, ou peça, por exemplo. A “bati- mentos pode gerar a prensagem. Previ-
da por” pode ocasionar alguma lesão ne-se a ocorrência desse acidente-tipo
(ou ferida), às vezes pelo trabalhador com o auxílio de dispositivos de segu-
acabar colocando-se em algum lugar rança nos equipamentos (EPC), através
perigoso, ou ainda por não usar o equi- de instruções, treinamentos, capacita-
pamento adequado de proteção (EPI, ções etc. em assuntos relacionados às
por exemplo) e, outras vezes, por não regras de segurança;
haver quaisquer protetores que isolem Esforço excessivo ou “mau jeito”:
as partes perigosas dos equipamentos nesse acidente-tipo o trabalhador so-
(Equipamento de Proteção Coletiva – fre de lesões relacionadas a aspectos
EPC, por exemplo) ou que retenham musculoesqueléticos (distensões, en-
em suas fontes os estilhaços ou outros torses etc.), como, por exemplo: disten-
elementos potencialmente causadores são lombar, lesões na coluna vertebral
de lesão ou perigosos; etc. É consequência da manutenção
Queda de objetos: caracteriza-se nos de uma postura corporal incorreta, do
casos em que o trabalhador é atingido movimento brusco, de más condições
por objetos que caem; essas quedas po- ergonômicas no ambiente de trabalho,
dem ocorrer, por exemplo, no momento ou ainda de grande esforço emprega-
em que o trabalhador está manusean- do, principalmente utilizando-se para
do, levantando ou carregando uma car- tal da coluna vertebral como se fosse
ga com suas mãos e braços, ombro, etc., uma alavanca.
ou essa queda poderá ocorrer a partir Exposição a temperaturas extremas:
de qualquer lugar em que o objeto es- como o próprio nome diz, a exposição
teja apoiado. a temperaturas extremas caracteriza-
Queda da pessoa: caracteriza-se na -se nos casos em que o trabalhador é
situação em que uma pessoa ou traba- exposto a temperaturas muito altas ou
lhador sofre alguma lesão ao bater con- baixas na execução de suas atividades
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Essa teoria deu origem a sofisticados traba- duos. Para prevenir os acidentes, era necessário
lhos de forte cunho psicológico, que identifica- afastar esses “tipos” do trabalho.
vam em alguns indivíduos “predisposição a aci- Entre os aspectos interessantes observados
dentes”, sendo essa predisposição tida como uma pelos estudiosos dessa teoria, resultam os pontos
propriedade biológica particular de certos indiví- a seguir.
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a) Na ocasião do acidente, era comum que das causas relacionadas aos fatores humanos, e que
operários mais especializados e mais em ordem decrescente de importância são:
experientes fizessem repentinamente
coisas que um novato normalmente a) deficiências físicas (principalmente ór-
não faria. gãos do sentido);
b) Comumente algumas das diretrizes de b) deficiências psicofísicas;
segurança foram infringidas ao mesmo c) deficiências mentais e nervosas;
tempo.
d) preocupações com outros problemas;
c) Enquanto esse esforço autodestrutivo
e) insatisfação com o trabalho da empre-
era processado, alguns operários obri-
sa;
gavam a ir embora do local os seus co-
legas que tentavam protegê-los. f) atitude contrária à segurança.
Esses aspectos demonstram em parte as Dessa forma, intervenções devem ser feitas
questões biopsicossociais relacionadas à segu- a fim de reduzir aspectos facilitadores de aciden-
rança do trabalho, aspectos estes difíceis de inter- tes de trabalho. Para que essas intervenções te-
venção, pois tratam da complexidade da mente nham maior chance de sucesso, uma equipe for-
humana. mada por profissionais da área da Segurança do
Trabalho, Saúde, Psicologia e Sociologia deve
A “predisposição a acidentes” na realidade
ser montada e gerida em prol do alcance desses
não existe segundo alguns estudiosos (principal-
objetivos prevencionistas.
mente Selling), mas ela encobre em parte algumas
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Voltando um pouco na linha do tempo, até controle. Na escala hierárquica, receberão priorida-
a época da Revolução Industrial, percebe-se que de aqueles incidentes críticos que, por sua ocorrên-
basicamente a preocupação era em reparar mo- cia, possam afetar a integridade física dos recursos
netariamente o dano causado à integridade física humanos do sistema de produção (CICCO; FANTAZ-
do trabalhador, mas não havia a preocupação em ZINI, 1994).
ações para que tais danos não ocorressem. Não se Risco: como sinônimo de Hazard; uma ou
discutia a prevenção. mais condições de uma variável com potencial
Isso ficou bem caracterizado com os estu- necessário para causar danos como: lesões pes-
dos de Heinrich (1930), que, trabalhando em uma soais, danos a equipamentos e instalações, danos
companhia de seguros, observou os altos custos ao meio ambiente, perda de material em pro-
representados pelas indenizações decorrentes de cesso ou redução da capacidade de produção.
acidentes e doenças do trabalho. Pelo resultado A existência do risco implica a possibilidade de
dos estudos que efetuou, Heinrich desenvolveu existência de efeitos adversos. Como sinônimo
uma série de ideias e formas de gerenciamento de Risk: expressa uma probabilidade de possíveis
dos problemas relativos à ocorrência dos aciden- danos dentro de um período específico de tem-
tes e doenças dentro das empresas, enfocando po ou número de ciclos operacionais, podendo
a prevenção acima de tudo. Como Ramazzini ser indicado pela probabilidade de um acidente
(1700), há aproximadamente 230 anos, deu início multiplicada pelo dano em valores monetários,
aos estudos que conhecemos hoje como Medici- vidas ou unidades operacionais; risco pode ain-
na do Trabalho; Heinrich (1930) pode ser conside- da significar a incerteza quanto à ocorrência de
rado o precursor do prevencionismo. um determinado evento (acidente), ou, ainda, a
Capitaneado pelos trabalhos de Heinrich chance de perda que uma empresa pode sofrer
(1930), Frank Bird Jr. (1966) efetuou novos estu- por causa de um acidente ou série de acidentes
dos, partindo da ideia de que as empresas deve- (CICCO; FANTAZZINI, 1994).
riam enfocar também os danos às instalações, aos Perigo: como sinônimo de danger, expres-
equipamentos e bens em geral, e não somente sa exposição relativa a um risco que favorece a
nos danos aos trabalhadores. A esse novo enfo- sua materialização em danos; se existe um risco,
que, Bird Jr. chamou de Controle de Danos (Loss face às precauções tomadas, o nível de perigo
Control). Quatro anos depois, o canadense John pode ser baixo ou alto, e, ainda, para riscos iguais,
Fletcher (1970) amplia o enfoque dado por Bird podem-se ter diferentes tipos de perigo (CICCO;
Jr., englobando aspectos para a proteção ambien- FANTAZZINI, 1994).
tal, segurança patrimonial e segurança do produ- Dano: é a gravidade da perda, seja ela hu-
to, acrescentando a palavra “total” no sentido de mana, material, ambiental ou financeira que pode
Controle Total de Perdas (Total Loss Control). ocorrer caso não se tenha controle sobre um ris-
co: o risco – possibilidade – e o perigo – exposição
Definições Básicas em Segurança do Trabalho – podem manter-se inalterados e mesmo assim
haver diferença na gravidade do dano (CICCO;
FANTAZZINI, 1994).
Incidente Crítico (ou quase acidente): é
qualquer evento ou fato negativo com potenciali- Causa: é a origem, de caráter humano ou
dade para provocar dano. Também chamado qua- material, relacionada com o evento catastrófico,
se acidente, caracteriza uma situação em que não acidente ou falta, resultante da materialização de
há danos macroscópicos ou visíveis. Dentro dos um risco, provocando danos (CICCO; FANTAZZINI,
incidentes críticos, estabelece-se uma hierarqui- 1994).
zação na qual se basearão as ações prioritárias de Perda: é o prejuízo sofrido por uma organi-
zação sem garantia de ressarcimento por meio de
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Ergonomia, Saúde e Segurança do Trabalho
Antes da implantação de um método ou mesmo deve ser dividido em seções que conte-
programa novo, seja de que área ele for, é impor- nham os vários itens ou pontos que possam ser
tante que seja feito primeiramente um mapea- abrangidos pelo programa de prevenção.
mento da situação inicial da organização (diag- Para esses itens, são formuladas algumas
nóstico organizacional), a fim de verificar quais questões, as quais quando respondidas permiti-
são as reais necessidades da empresa. rão determinar o grau de execução ou de implan-
Se já existe algum programa em andamen- tação em que se encontra o programa analisado.
to, deve-se analisar para ver se o mesmo está É necessário, portanto, adotar uma escala de ava-
sendo realizado de forma correta e eficaz. Isso é liação a qual permita a gradação do item que foi
possível por meio da caracterização de perfis dos
implantado. A escala sugerida por Fletcher (apud
programas de prevenção existentes. Para que um
CICCO; FANTAZZINI, 1994) está apresentada no
perfil possa fornecer de forma adequada essas in-
Quadro 2.
formações, segundo Cicco e Fantazzini (1994), o
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IDENTIFICAÇÃO DO SUBSISTEMA:
Segundo Alberton (1996) a APR é um méto- sistemas de trabalho. É também uma ferramenta
do de análise inicial, qualitativa, desenvolvida na muito útil de revisão geral de segurança em sis-
fase de projeto e desenvolvimento de qualquer temas já operacionais, revelando aspectos que às
processo, produto ou sistema, a qual possui espe- vezes passam despercebidos.
cial importância durante a investigação de novos
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Ainda de acordo com Alberton (1996), a o que envolve? quem envolve? como
APR não é uma técnica aprofundada de análise será desenvolvida?
de riscos, visto que seu objetivo principal é deter- c) Determinação dos riscos principais:
minar os riscos e as medidas preventivas antes da devem-se identificar os riscos potenciais
fase operacional de trabalho. e as probabilidades destes de causarem
As metodologias da APR consistem em se lesões diretas e imediatas, perda de fun-
realizar uma revisão padronizada dos aspectos ção, danos a pessoas, a equipamentos e
de segurança, descrevendo os riscos e fazendo perda de materiais.
sua categorização. A partir da descrição desses d) Determinação dos riscos iniciais e con-
riscos, são identificadas as causas (agentes) e efei- tribuintes: consiste em elaborar uma
tos (consequências) dos mesmos, o que permitirá série de riscos possíveis, determinando,
atingir metas de ações e medidas de prevenção para cada risco principal detectado, os
ou correção das possíveis falhas detectadas (AL- riscos iniciais e contribuintes que estão
BERTON, 1996). associados.
e) Revisão dos meios de eliminação ou
Atenção controle de riscos: através de um brains-
torming, deve-se descobrir os meios pas-
A priorização das ações é determinada pela gra-
vidade dos riscos, ou seja, quanto mais prejudicial síveis de eliminação e controle de riscos,
ou maior for o risco, mais rapidamente o mesmo a fim de estabelecer as melhores opções,
deverá ser solucionado (ALBERTON, 1996). desde que compatíveis com as exigên-
cias do sistema.
Segundo Alberton (1996), a APR tem sua f) Analisar os métodos de restrição de
maior importância na determinação de medidas danos: pesquisar os métodos possíveis
de controle e prevenção de riscos já a partir do iní- que sejam mais eficientes para restrição
cio operacional do sistema, permitindo revisões de geral, ou seja, para a limitação dos danos
projeto em tempo hábil, no sentido de oferecer a gerados, caso ocorra perda de controle
maior segurança possível, além de definir respon- sobre os riscos.
sabilidades no que se refere ao controle de riscos. g) Indicação de quem levará a cabo as
ações corretivas e/ou preventivas: in-
Etapas Básicas para Realização de uma APR dicar claramente os responsáveis pela
execução de ações preventivas e/ou cor-
a) Revisão de problemas conhecidos: é retivas, designando, também, para cada
a busca de analogias ou similaridades unidade, as atividades a desenvolver.
com outros sistemas, para se determinar
os riscos que podem estar presentes no
sistema que está sendo desenvolvido, A APR possui importância no seu campo de
tomando como base a experiência pas- atuação, mas necessita ser complementada por
sada. outras técnicas mais detalhadas e apuradas. Em
b) Revisão da missão a que se destina: sistemas que sejam já bastante conhecidos, cuja
foco nos objetivos, nas exigências de experiência acumulada conduz a um número de
desempenho, nas principais funções e informações satisfatório sobre riscos, essa técnica
procedimentos, nos ambientes onde pode ser colocada em by-pass e, nesse caso, partir-
se darão as operações etc. Consiste fi- -se diretamente para aplicação de outras técnicas
nalmente em estabelecer os limites mais específicas de análise (ALBERTON, 1996).
de atuação e delimitar o sistema que a
missão irá abranger: a que se destina?
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Análise de Modos de Falha e Efeitos (AMFE) as formas pelas quais a tecnologia envolvida num
sistema pode falhar e quais efeitos poderão advir,
A Análise de Modos de Falha e Efeitos estimando ainda as taxas de falhas, com o objeti-
(AMFE) constitui-se em outra metodologia de vo de aumentar a confiabilidade no sistema (Qua-
análise detalhada, podendo ser qualitativa ou dro 4).
quantitativa, a partir da qual se permite analisar
Efeitos nos
Causa de Categoria de Probabilidade Métodos de Ações
Item Modo de falha componentes no
falha risco de ocorrência detecção possíveis
sistema
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Palavra-guia Desvio
Nenhum Ausência de fluxo ou fluxo reverso.
Mais, em relação a um parâmetro físico importante. Ex.:
Mais
mais vazão, maior temperatura, mais pressão etc.
Menos, em relação a um parâmetro físico importante. Ex.:
Menos
menos vazão, temperatura menor, menos pressão.
Alguns componentes em maior ou menor proporção, ou
Mudanças na composição
ainda, um componente faltando.
Componentes a mais em relação aos que deveriam existir.
Componentes a mais
Ex.: fase extra presente, impurezas etc.
Partida, parada, funcionamento em carga reduzida, modo
Outra condição operacio-
alternativo de operação, manutenção, mudança de cataliza-
nal
dor etc.
A técnica ou método HAZOP é indicado alheios à sua área de trabalho. Dessa forma, o
principalmente durante a implantação de novos desenvolvimento do HAZOP alia a experiência e
processos (por exemplo: na fase de projeto ou de competência individual às vantagens do trabalho
modificações de processos já existentes). O ideal em equipe (ALBERTON, 1996).
é que no desenvolvimento dessa técnica o estudo Para evitar que algum detalhe seja omitido,
já esteja desenvolvido, ainda melhor que seja an- a reflexão deve ser implementada de maneira sis-
tes da fase de detalhamento e construção do pró- temática, ou seja, para cada ponto analisado, são
prio projeto. Com isso evita-se que modificações aplicadas as séries de palavras-guias, identifican-
tenham que ser feitas no detalhamento ou ainda do os desvios que podem ocorrer caso a condição
nas instalações (ALBERTON, 1996). proposta pela palavra-guia ocorra. Em seguida
Vale ressaltar que o HAZOP é conveniente são identificadas as palavras-guias e os desvios
tanto para projetos e modificações grandes quan- respectivos.
to pequenas. Às vezes, muitos acidentes ocorrem Segundo Alberton (1996), pode-se ainda
porque se subestimaram os efeitos secundários partir para a elaboração de alternativas cabíveis
de pequenos detalhes ou modificações, que à pri- para que o problema não ocorra novamente, para
meira vista pareceram insignificantes e é impossí- que seja minimizado. Convém, no entanto, anali-
vel, antes de se fazer uma análise completa, saber sar as alternativas quanto ao custo e à operacio-
se existem efeitos secundários graves e difíceis de nalidade.
prever.
A aplicação e o desenvolvimento do HAZOP Análise da Árvore de Eventos (AAE)
requerem o envolvimento de equipes inter e mul-
tidisciplinares, favorecendo o trabalho em equipe
e contribuindo para a criatividade da equipe e o A Análise da Árvore de Eventos (AAE) consiste
ganho de compreensão dos problemas das áreas em outro método de análise de processos, o qual
e interfaces do sistema; por exemplo, é comum pode ou não ser usado na área da segurança do
que uma pessoa que trabalhe sozinha acabe es- trabalho. Caracteriza-se por ser um método lógico-
quecendo ou desconhecendo alguns aspectos -indutivo, que serve principalmente para identificar
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Nas aplicações de uma análise de risco, o cada ramo do sistema que conduz a al-
evento inicial da árvore de eventos é geralmen- guma falha (acidente).
te uma falha de um componente ou ainda de um
subsistema, sendo os eventos seguintes deter-
Segundo os elaboradores dessa metodo-
minados pelas características do sistema (ALBER-
logia, a árvore de eventos deve ser lida sempre
TON, 1996).
a partir da esquerda para a direita. Encontra-se
Para o traçado da árvore de eventos, as se- na parte esquerda o evento inicial e em seguida
guintes etapas devem ser seguidas: os demais eventos (eventos seguintes ou subse-
quentes). A linha superior é “não” e significa que
a) Definir o evento inicial que pode con- o evento não ocorre, a linha inferior é “sim” e sig-
duzir ao acidente; nifica que o evento realmente ocorre (ALBERTON,
b) Definir os sistemas de segurança (ações) 1996).
que podem amortecer o efeito do even- É bom lembrar que os exemplos aqui apre-
to inicial; sentados não contemplam a gama total das téc-
c) Combinar em uma árvore lógica de de- nicas existentes, que a cada dia são renovadas
cisões as várias sequências de aconte- em seus conceitos e dinâmicas. Para cada técnica,
cimentos que podem surgir a partir do uma metodologia deverá ser aplicada no que o
evento inicial; aluno deverá se aprofundar por meio de estudos
d) Uma vez construída a árvore de eventos, em literatura específica.
calcular as probabilidades associadas a
Acidente do Trabalho será aquele que decorrer pelo exercício do trabalho, a serviço da empre-
sa, provocando lesão corporal, perturbação funcional ou doença que cause a morte, ou a perda
total ou parcial, permanente ou temporária da capacidade para o trabalho.
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Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo
exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, provocando le-
são corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente
ou temporária, da capacidade para o trabalho.
Vimos que o conceito prevencionista caracteriza o acidente de trabalho como: Toda ocorrência
não programada, estranha ao andamento normal do trabalho, da qual possa resultar danos físicos e / ou
funcionais, ou morte do trabalhador e / ou danos materiais e econômicos à empresa.
Estudamos que os principais fatores causadores de acidentes:
Lemos ainda que não existem “acidente grande” ou “acidente pequeno”. E sim acidentes com lesões
graves ou acidentes com lesões leves e que os Fatores de Acidentes são:
O agente da lesão;
A condição insegura;
O acidente tipo;
O ato inseguro;
Fator pessoal de insegurança.
Algo importante que estudamos foi o conjunto composto pelo indivíduo – tarefa – material e
meio, o qual define uma unidade de análise, que é a ATIVIDADE.
1. Qual foi a relação entre a Revolução Industrial e as doenças dos trabalhadores? A ideia de tra-
balho pesado e sofrimento decorrente da atividade laborativa é algo novo?
2. É prática comum em algumas empresas a atribuição da culpa dos acidentes ao próprio traba-
lhador que foi acidentado. Quais as consequências geradas por esta prática de culpabilizar a
vítima como o único fator causador do acidente?
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2 ERGONOMIA
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operários realizavam os trajetos, que seguiam os produtividade, ela pode ser considerada como a
materiais, que utilizavam a colocação e o tipo das primeira tentativa de gestores em pesquisar as re-
ferramentas etc., chegando à conclusão de que lações do trabalhador com o trabalho (IIDA, 2003).
existe um número ótimo de movimentos para A Ergonomia pode ser considerada um
cada trabalho, mediante o qual se obtém o má- marco na história do trabalho. Ela não visa mo-
ximo de eficácia em um menor tempo possível dificar o homem e sim as condições de seu tra-
(IIDA, 2003). balho. A Ergonomia se orienta principalmente na
A característica principal dessa Organização proteção do trabalhador, e não no aumento da
Científica do Trabalho foi a de estabelecer normas produtividade, razão pela qual a Ergonomia valo-
rotineiras de trabalho de acordo com um certo rit- ra também os aspectos subjetivos do homem, ou
mo regular de operação, baseado nos movimen- seja, ela vai muito além da identificação de não
tos do indivíduo, em grande parte adaptados às conformidades físicas (como, por exemplo, a tem-
necessidades da máquina e não o inverso (GUE- peratura, o ruído, a iluminação, a carga física de
RIN, 2002). trabalho etc.); ela entende que aspectos relacio-
O taylorismo e suas escolas teóricas relacio- nados à Psicologia são tão importantes quanto o
nadas têm sido alvo de críticas durante a maior estudo da Fisiologia Humana no âmbito do indi-
parte de sua existência, e às vezes de maneira ge- víduo interagindo com um ambiente de trabalho
nial, como na comédia de Chaplin em seu filme (FALZON, 2007).
intitulado Tempos Modernos. Apesar da Organiza-
ção Científica do Trabalho objetivar o aumento da
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Antropometria
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Atenção
É uma disciplina científica que tem por objetivo As duas figuras a seguir ilustram exemplos
descrever e explicar os aspectos cognitivos da re- de modelos explicativos (de Gagné e de Richard
lação entre a ação humana e os elementos físicos – Figuras 4 e 5) para processos mentais. Verifica-
e materiais do ambiente, mediados pelo uso de
artefatos (CRUZ, 2006). -se que as entradas ocorrem no sistema sensorial
humano, esses estímulos são processados cogni-
tivamente e em seguida tem-se uma resposta, a
qual pode ser um simples pensamento até uma
resposta motora.
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satisfatória, e, portanto, mais eficaz. To- gonomia a intervenção deve ser global,
das as questões apontadas neste exem- integrando variáveis e respondendo para
plo são importantes. As ações sugeridas aquela situação específica, tendo como
pelo ergonomista irão contribuir para a objeto de estudo o ser humano. (VIDAL,
melhoria desta situação de trabalho. O 2002).
ergonomista deve abstrair estes conheci-
mentos e olhar para a atividade de trabalho
como um todo, buscando compreendê-
-la. É a partir desta compreensão que ele
decompõe a atividade em dimensões
parciais e produz suas análises. Em er-
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2
Para as ciências da saúde, “braço” corresponde apenas ao segmento corporal que vai do ombro até o cotovelo. Do cotovelo ao
punho (e não pulso) não é “braço”, é “antebraço”.
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O trabalho muscular estático caracteriza-se por Posto de Trabalho: definido como a menor
uma contração prolongada da musculatura (ma- unidade produtiva em um sistema de produção.
nutenção de uma postura ou membro contra a Envolve o conjunto de elementos, ferramentas,
gravidade). Dessa forma, o músculo não alonga máquinas, equipamentos, softwares, processo de
seu comprimento e permanece em estado de alta produção etc. que constituem para um trabalha-
tensão, produzindo força durante longo período. dor a base de onde parte a atuação deste para a
Os efeitos fisiológicos dos esforços estáticos es- execução de tarefas e também para onde fluem
tão ligados à compressão dos vasos sanguíneos. informações relacionadas com essas tarefas. O
O sangue deixa de fluir e o músculo não recebe posto de trabalho pode ser adequado, adequado
oxigênio nem nutrientes, os resíduos metabólicos parcialmente e inadequado, sempre consideran-
não são retirados, acumulando-se e provocando do a adaptação às características psicofisiológicas
dor e fadiga musculares. O tempo de manuten- do trabalhador.
ção da contração é em função da tensão. Superfície e Área de Trabalho: para cada
Variabilidade: está associada ao imponde- posição do corpo existe um determinado espaço,
rável, ou àquilo que não foi previsto, manifesto que pode ser alcançado pelos membros superio-
dentro das situações produtivas. Significa com- res ou inferiores para executar um trabalho. Todos
preender como os trabalhadores enfrentam as os controles manuais ou pedais devem estar loca-
diversidades e as variações de situações e quais lizados dentro desse espaço para que o operador
consequências elas acarretam para a saúde e para possa trabalhar usando um mínimo de movimen-
a produção. tos corporais. Os limites desse espaço constituem
Modo Operatório: é um termo próprio da a superfície de trabalho.
Ergonomia que visa a caracterizar as diferentes Ambiente de Trabalho/Dados Ambien-
maneiras de se executar uma mesma tarefa. A es- tais: muitas vezes, o equipamento em si não re-
colha pelo sujeito de um modo operatório espe- presenta riscos à integridade física de seu usuá-
cífico, deriva das possibilidades de regulação da rio, mas o ambiente que o cerca sim. Nesse caso, a
atividade e de uma competência. análise e projeto do posto devem garantir a pro-
Percentis: determina o limite da faixa de teção do operador em relação aos fatores exter-
utilizadores de um projeto de posto de trabalho, nos agressivos, tais como ruído, calor, frio, ilumi-
objetivando a adaptação às características di- nação deficiente etc.
mensionais de no mínimo 90% dos utilizadores, Aspectos de Layout: a disposição dos mó-
ou seja, pessoas cujas dimensões variam entre veis, máquinas e equipamentos em uma unidade
padrões 5% e 95%. de trabalho pode determinar ou não o conforto
Conceito Pessoa Padrão: dividido em pes- aos seus ocupantes. Na elaboração do projeto
soas padrão 5%, pessoas padrão 95% e pessoas para um ambiente de trabalho, a dimensão física,
padrão médio. Pessoas padrão 5%, significa que a altura do pé-direito, a iluminação, a propagação
95% das pessoas desse mesmo levantamento do som, os revestimentos do piso e paredes, a
possuem dimensões ou capacidades físicas su- existência de forro no teto, aeração, climatização,
periores a desse padrão 5%. Da mesma forma o limpeza, ventilação, cor predominante, entre ou-
percentual pessoa 95% significa que apenas 5% tros aspectos deverão ser considerados, sempre
têm dimensões ou capacidades físicas superio- destacando o número de pessoas que ali irão tra-
res a esse padrão. Já as pessoas padrão médio balhar e ainda quais as características desse tra-
significa que 90% das pessoas do levantamento balho a ser realizado.
considerado atingem a altura média das pessoas Fatores Humanos no Trabalho: quan-
envolvidas. Lembrando que o indivíduo médio é do a capacidade funcional do nosso organismo
uma abstração matemática e o mesmo não existe é ultrapassada, há sinais de sobrecarga e o seu
de fato. funcionamento é diminuído. A fadiga física e/
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ou psíquica frequentemente é responsável por sendo o sono noturno fator regulador orgânico.
“erros” que determinam acidentes no trabalho, Quando existe uma alteração desse ritmo, de-
provocando prejuízos aos trabalhadores e a pro- terminado pela luz solar, trabalhando-se à noite
dução. A importância do conhecimento da limi- e dormindo de dia, impomos ao nosso organis-
tação orgânica do homem e a instalação de pro- mo um desgaste energético para essa adaptação,
cesso produtivo que respeite as necessidades de com débito na sua parcela de sono diária, pois
descanso são medidas preventivas e inteligentes o sono diurno é de má qualidade. Esse débito é
à manutenção dos resultados produtivos positi- cumulativo e a fadiga crônica aparece. Outro fator
vos. importante é saber que o ciclo circadiano acom-
Sistema de Trabalho: é um ambiente físi- panha o ciclo social do ambiente e não o ritmo do
co e social onde uma ou mais pessoas interagem indivíduo.
entre si e por meio de artefatos, em função de ta- Trabalho Repetitivo e Monótono: assim
refas e necessidades de resultados. como a repetitividade pode gerar trauma cumu-
Interação: é o processo mútuo de relacio- lativo de ordem física ao membro submetido à
namento e comunicação entre pessoas e os de- determinada ação seriada, a monotonia é uma
mais componentes de um sistema de trabalho. reação do nosso organismo a um ambiente ou tra-
Situação de Trabalho/Contexto do Traba- balho sem estímulos. Suas consequências diretas
lho: relação entre exigências (físicas, psicológicas são o aparecimento do sono, a perda de atenção
e sociais), competências e resultados. e o aumento de reação quando surge o estímulo.
Ambientes quentes, ruidosos, atividades prolon-
Artefatos: são meios materiais (tecnolo-
gadas e sem criatividade e o isolamento (perda
gias) ou simbólicos produzidos pela cultura hu-
de contato social com outros indivíduos) são as
mana que afetam, interferem ou modificam as
principais causas da monotonia. As pessoas sub-
capacidades humanas para realizar operações
metidas durante longos períodos a tarefas monó-
cognitivas.
tonas sofrem redução da capacidade física e men-
Tarefa: é o que está prescrito em um siste- tal, provocadas pela falta de estímulos. O cérebro,
ma de trabalho; são os objetivos, metas, regras, por não receber novos desafios aos quais teria de
funções que determinam modos operatórios, responder com ordens, reagindo, passa a tornar-
criação e uso de artefatos. -se apático, atrofiado. O número de erros cometi-
Atividade: no sentido psicológico, significa dos aumenta e o risco de acidentes é maior.
atos conscientes visando aos objetivos. Enfoque Taylorista: visa preponderante-
Atividade de Trabalho: o trabalho tal como mente aos resultados sem considerar as neces-
ele é realizado, ou seja, as características das ope- sidades dos trabalhadores. É baseado no estudo
rações humanas nos sistemas de trabalho. dos movimentos corporais para realizar uma ta-
Interface: é o meio que possibilita a comu- refa e no tempo gasto em cada um desses movi-
nicação entre pessoas e artefatos. mentos. O melhor método de trabalho é escolhi-
Modelo: é uma redução da realidade, uma do pelo menor tempo consumido na realização
elaboração intelectual que tem por objetivo des- das tarefas.
crever, de forma sucinta, determinadas relações Enfoque Ergonômico Tradicional: basea-
ou funções entre fenômenos ou conceitos, ou, do no princípio da redução das exigências bio-
ainda, uma formulação teórica específica. mecânicas no intuito de minimizar a fadiga física,
Trabalho de Turno: nosso organismo apre- ou seja, considera os limites e capacidades do in-
senta oscilações de suas funções durante o perío- divíduo e as características antropométricas dos
do de 24 horas. Esse período é chamado Circadia- usuários/operadores, em que o posto de trabalho
no, do latim Circa Die (cerca de um dia). O homem é considerado prolongamento do corpo do traba-
é, por definição biológica, ser de hábitos diurnos, lhador.
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Enfoque Ergonômico Global: abrange o uma empresa, são fatores ergonômicos deci-
enfoque tradicional acrescentando aspectos psi- sivos, determinando o nível de satisfação e a
cológicos e cognitivos do indivíduo, bem como qualidade no ambiente laboral. A organização
os sistemas de produção (incluindo os hardwares do trabalho engloba as normas de produção,
e softwares). No enfoque ergonômico global, o determinação das jornadas de trabalho, divisão
posto de trabalho é considerado um prolonga- de turnos, sistema de qualidade adotado, regras
mento do corpo e da mente humana, pois trata, e procedimentos de segurança, ritmo das ativi-
além dos fatores físicos do posto de trabalho, os dades, entre outros. Os processos de produção
aspectos cognitivos (na interface homem x má- são caminhos entre o início do trabalho até a
quina e processo de produção), bem como as conclusão do produto final. Não raro, a evolução
relações pessoais e motivacionais no ambiente tecnológica possibilita alterações no processo
de trabalho. O enfoque ergonômico global é apli- produtivo das empresas, favorecendo e simpli-
cado na concepção e/ou adaptação de postos de ficando tarefas, diminuindo custos e riscos com
trabalho e/ou ambientes de trabalho informati- aumento da produtividade. A organização do
zados e automatizados em ambientes industriais, trabalho pode ser caracterizada pelas modali-
fabris, operacionais e administrativos. dades de repartir as funções entre operadores e
Projeto Ergonômico de Posto de Traba- as máquinas: é o problema da divisão do traba-
lho: o projeto ergonômico para o posto de traba- lho (LEPLAT; CUNY, 1977). Ela define quem faz o
lho, em enfoque global, funciona como processo quê, como e em quanto tempo. É a divisão dos
de engenharia simultânea para desenvolvimento homens e das tarefas.
do projeto, onde tudo se integra e interage, aspec- Ritmo de Trabalho: a imposição de ritmos
tos antropométricos, biomecânicos, psicológicos extenuantes, ou o estímulo a competitividade
e cognitivos, aspectos estruturais e operacionais, através da bonificação por aumento de produti-
aspectos organizacionais e ainda ambientais (ilu- vidade, encontra-se como principal agente cau-
minação, ruído, velocidade e qualidade do ar, sador do stress físico e mental nos ambientes de
temperatura, umidade etc.). trabalho. A determinação do ritmo de trabalho
Organização do Trabalho e Processos deverá ser condizente com as características e li-
de Produção: a organização (ou não) do tra- mitações do trabalhador, respeitando-se as dife-
balho, bem como o processo de produção em renças naturais entre um e outro indivíduo, bem
como a estrutura laboriosa constituída.
Ergonomia do Produto
Ergonomia de Produção
Ergonomia de Intervenção
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Ergonomia, Saúde e Segurança do Trabalho
Ergonomia de Concepção
Ergonomia de Correção
Ergonomia de Remanejamento
Ergonomia de Modernização
2. O que é antropometria?
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RESPOSTAS COMENTADAS DAS
ATIVIDADES PROPOSTAS
Capítulo 1
1.
a) Durante a Revolução Industrial as atividades laborais em geral geravam inúmeras sobrecar-
gas físicas e cognitivas ao trabalhador. As doenças e acidentes de trabalho eram comuns.
Entretanto, pouco se fazia para eliminá-los ou até mesmo registrá-los.
b) Em resposta à pergunta das consequências de culpabilizar o trabalhador como única causa
de acidentes, essa prática restringe uma análise mais profunda e detalhada dos acidentes
que em geral é multicausal (fatores humanos, tecnológicos e organizacionais), estagnan-
do a eliminação dos riscos reais geradores dos acidentes, promovendo a perpetuação dos
mesmos nas empresas e onerando toda a sociedade.
Capítulo 2
2. A antropometria é uma disciplina que tem por objetivo a medida precisa das diferentes dimen-
sões corporais, o estudo da variabilidade entre indivíduos, assim como sua evolução ao passar
do tempo.
53
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ANEXOS
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dicina do Trabalho, inclusive as instruções de que municipais darão imediato apoio às medidas de-
trata o item II do artigo anterior; terminadas pelo Delegado Regional do Trabalho.
II - colaborar com a empresa na aplicação § 2º - A interdição ou embargo poderão ser
dos dispositivos deste Capítulo. requeridos pelo serviço competente da Delegacia
Parágrafo único - Constitui ato faltoso do Regional do Trabalho e, ainda, por agente da ins-
empregado a recusa injustificada: peção do trabalho ou por entidade sindical.
a) à observância das instruções expedidas § 3º - Da decisão do Delegado Regional do
pelo empregador na forma do item II do artigo Trabalho poderão os interessados recorrer, no
anterior; prazo de 10 (dez) dias, para o órgão de âmbito
b) ao uso dos equipamentos de proteção nacional competente em matéria de segurança e
individual fornecido pela empresa. medicina do trabalho, ao qual será facultado dar
efeito suspensivo ao recurso.
Art 159 - Mediante convênio autorizado
pelo Ministro do Trabalho, poderão ser delegadas § 4º - Responderá por desobediência, além
a outros Órgãos Federais, estaduais ou municipais das medidas penais cabíveis, quem, após deter-
atribuições de fiscalização ou orientação às em- minada a interdição ou embargo, ordenar ou per-
presas quanto ao cumprimento das disposições mitir o funcionamento do estabelecimento ou de
constantes deste Capítulo. um dos seus setores, a utilização de máquina ou
equipamento, ou o prosseguimento de obra, se,
em conseqüência, resultarem danos a terceiros.
SEÇÃO II - DA INSPEÇÃO PRÉVIA E DO EMBAR-
GO OU INTERDIÇÃO § 5º - O Delegado Regional do Trabalho, in-
dependente de recurso, e após laudo técnico do
Art 160 - Nenhum estabelecimento pode- serviço competente, poderá levantar a interdição.
rá iniciar suas atividades sem prévia inspeção e § 6º - Durante a paralisação dos serviços, em
aprovação das respectivas instalações pela auto- decorrência da interdição ou embargo, os empre-
ridade regional competente em matéria de segu- gados receberão os salários como se estivessem
rança e medicina do trabalho. em efetivo exercício.
§ 1º - Nova inspeção deverá ser feita quan-
do ocorrer modificação substancial nas instala- SEÇÃO III - DOS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA E DE
ções, inclusive equipamentos, que a empresa fica MEDICINA DO TRABALHO NAS EMPRESAS
obrigada a comunicar, prontamente, à Delegacia
Regional do Trabalho. Art 162 - As empresas, de acordo com nor-
mas a serem expedidas pelo Ministério do Traba-
§ 2º - É facultado às empresas solicitar pré-
lho, estarão obrigadas a manter serviços especia-
via aprovação, pela Delegacia Regional do Traba-
lizados em segurança e em medicina do trabalho.
lho, dos projetos de construção e respectivas ins-
Parágrafo único - As normas a que se refere este
talações. artigo estabelecerão:
Art 161 - O Delegado Regional do Trabalho, a) classificação das empresas segundo o
à vista do laudo técnico do serviço competente número de empregados e a natureza do risco de
que demonstre grave e iminente risco para o tra- suas atividades;
balhador, poderá interditar estabelecimento, se- b) o numero mínimo de profissionais espe-
tor de serviço, máquina ou equipamento, ou em- cializados, exigido de cada empresa, segundo o
bargar obra, indicando na decisão, tomada com a grupo em que se classifique, na forma da alínea
brevidade que a ocorrência exigir, as providências anterior;
que deverão ser adotadas para prevenção de in- c) a qualificação exigida para os profissio-
fortúnios de trabalho. nais em questão e o seu regime de trabalho;
§ 1º - As autoridades federais, estaduais e d) as demais características e atribuições
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dos e as condições especiais a que estão sujeitas à equipamentos, especialmente quanto à proteção
operação e a manutenção desses equipamentos, das partes móveis, distância entre estas, vias de
inclusive exigências de pessoal habilitado; acesso às máquinas e equipamentos de grandes
II - as exigências similares relativas ao ma- dimensões, emprego de ferramentas, sua ade-
nuseio e à armazenagem de materiais, inclusive quação e medidas de proteção exigidas quando
quanto às condições de segurança e higiene re- motorizadas ou elétricas.
lativas aos recipientes e locais de armazenagem e
os equipamentos de proteção individual; SEÇÃO XII - DAS CALDEIRAS, FORNOS E RECI-
III - a obrigatoriedade de indicação de carga PIENTES SOB PRESSÃO
máxima permitida nos equipamentos de trans-
porte, dos avisos de proibição de fumar e de ad- Art 187 - As caldeiras, equipamentos e re-
vertência quanto à natureza perigosa ou nociva à cipientes em geral que operam sob pressão de-
saúde das substâncias em movimentação ou em verão dispor de válvula e outros dispositivos de
depósito, bem como das recomendações de pri- segurança, que evitem seja ultrapassada a pres-
meiros socorros e de atendimento médico e sím- são interna de trabalho compatível com a sua re-
bolo de perigo, segundo padronização interna- sistência.
cional, nos rótulos dos materiais ou substâncias
Parágrafo único - O Ministério do Trabalho
armazenados ou transportados.
expedirá normas complementares quanto à se-
Parágrafo único - As disposições relativas ao gurança das caldeiras, fornos e recipientes sob
transporte de materiais aplicam-se, também, no pressão, especialmente quanto ao revestimento
que couber, ao transporte de pessoas nos locais interno, à localização, à ventilação dos locais e
de trabalho. outros meios de eliminação de gases ou vapo-
Art 183 - As pessoas que trabalharem na res prejudiciais à saúde, e demais instalações ou
movimentação de materiais deverão estar fami- equipamentos necessários à execução segura das
liarizados com os métodos raciocinais de levanta- tarefas de cada empregado.
mento de cargas. Art 188 - As caldeiras serão periodicamen-
te submetidas a inspeções de segurança, por en-
SEÇÃO XI - DAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS genheiro ou empresa especializada, inscritos no
Ministério do Trabalho, de conformidade com as
Art 184 - As máquinas e os equipamentos instruções que, para esse fim, forem expedidas.
deverão ser dotados de dispositivos de partida e § 1º - Toda caldeira será acompanhada de
parada e outros que se fizerem necessários para “Prontuário”, com documentação original do fa-
a prevenção de acidentes do trabalho, especial- bricante, abrangendo, no mínimo: especificação
mente quanto ao risco de acionamento acidental. técnica, desenhos, detalhes, provas e testes rea-
Parágrafo único - É proibida a fabricação, a lizados durante a fabricação e a montagem, ca-
importação, a venda, a locação e o uso de máqui- racterísticas funcionais e a Pressão Máxima de
nas e equipamentos que não atendam ao dispos- Trabalho Permitida (PMTP), esta última indicada,
to neste artigo. em local visível, na própria caldeira.
Art 185 - Os reparos, limpeza e ajustes so- § 2º - O proprietário da caldeira deverá or-
mente poderão ser executados com as máquinas ganizar, manter atualizado e apresentar, quando
paradas, salvo se o movimento for indispensável exigido pela autoridade competente, o Registro
à realização do ajuste. de Segurança, no qual serão anotados, sistemati-
camente, as indicações das provas efetuadas, ins-
Art 186 - O Ministério do Trabalho estabe-
peções, reparos e quaisquer outras ocorrências.
lecerá normas adicionais sobre proteção e me-
didas de segurança na operação de máquinas e § 3º - Os projetos de instalação de caldei-
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ras, fornos e recipientes sob pressão deverão ser de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cen-
submetidos à aprovação prévia do órgão regional to) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da re-
competente em matéria de segurança do traba- gião, segundo se classifiquem nos graus máximo,
lho. médio e mínimo.
Art 193 - São consideradas atividades ou
SEÇÃO XIII - DAS ATIVIDADES INSALUBRES OU operações perigosas, na forma da regulamenta-
PERIGOSAS ção aprovada pelo Ministério do Trabalho, aque-
las que, por sua natureza ou métodos de trabalho,
impliquem o contato permanente com inflamá-
Art 189 - Serão consideradas atividades ou
veis ou explosivos em condições de risco acen-
operações insalubres aquelas que, por sua natu-
tuado.
reza, condições ou métodos de trabalho, expo-
nham os empregados a agentes nocivos à saúde § 1º - O trabalho em condições de pericu-
acima dos limites de tolerância, fixados em razão losidade assegura ao empregado um adicional
da natureza e da intensidade do agente e do tem- de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os
po de exposição aos seus efeitos. acréscimos resultantes de gratificações, prêmios
ou participações nos lucros da empresa.
Art 190 - O Ministério do Trabalho aprovará
o quadro das atividades e operações insalubres e § 2º - O empregado poderá optar pelo adi-
adotará normas sobre os critérios de caracteriza- cional de insalubridade que porventura lhe seja
ção da insalubridade, os limites de tolerância aos devido.
agentes agressivos, meios de proteção e o tem- Art 194 - O direito do empregado ao adicio-
po máximo de exposição do empregado a esses nal de insalubridade ou de periculosidade cessará
agentes. com a eliminação do risco à sua saúde ou integri-
Parágrafo único - As normas referidas neste dade física, nos termos desta Seção e das normas
artigo incluirão medidas de proteção do organis- expedidas pelo Ministério do Trabalho.
mo do trabalhador nas operações que produzem Art 195 - A caracterização e a classificação
aerodispersóides tóxicos, irritantes, alérgicos ou da insalubridade e da periculosidade, segundo as
incômodos. normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão atra-
Art 191- A eliminação ou a neutralização da vés de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou
insalubridade ocorrerá: Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministé-
rio do Trabalho.
I - com a adoção de medidas que conser-
vem o ambiente de trabalho dentro dos limites § 1º - É facultado às empresas e aos sindi-
de tolerância; catos das categorias profissionais interessadas re-
quererem ao Ministério do Trabalho a realização
II - com a utilização de equipamentos de
de perícia em estabelecimento ou setor deste,
proteção individual ao trabalhador, que dimi-
com o objetivo de caracterizar e classificar ou de-
nuam a intensidade do agente agressivo a limites
limitar as atividades insalubres ou perigosas.
de tolerância.
§ 2º - Argüida em juízo insalubridade ou
Parágrafo único - Caberá às Delegacias Re-
periculosidade, seja por empregado, seja por
gionais do Trabalho, comprovada a insalubrida-
Sindicato em favor de grupo de associado, o juiz
de, notificar as empresas, estipulando prazos para
designará perito habilitado na forma deste artigo,
sua eliminação ou neutralização, na forma deste
e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão
artigo.
competente do Ministério do Trabalho.
Art 192 - O exercício de trabalho em condi-
§ 3º - O disposto nos parágrafos anteriores
ções insalubres, acima dos limites de tolerância
não prejudica a ação fiscalizadora do Ministério
estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, asse-
do Trabalho, nem a realização ex officio da perícia.
gura a percepção de adicional respectivamente
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Art 196 - Os efeitos pecuniários decorren- SEÇÃO XV - DAS OUTRAS MEDIDAS ESPECIAIS
tes do trabalho em condições de insalubridade DE PROTEÇÃO
ou periculosidade serão devidos a contar da data
da inclusão da respectiva atividade nos quadros Art 200 - Cabe ao Ministério do Trabalho
aprovados pelo Ministro do Trabalho, respeitadas estabelecer disposições complementares às nor-
as normas do artigo 11. mas de que trata este Capítulo, tendo em vista as
Art 197 - Os materiais e substâncias empre- peculiaridades de cada atividade ou setor de tra-
gados, manipulados ou transportados nos locais balho, especialmente sobre:
de trabalho, quando perigosos ou nocivos à saú- I - medidas de prevenção de acidentes e os
de, devem conter, no rótulo, sua composição, re- equipamentos de proteção individual em obras
comendações de socorro imediato e o símbolo de de construção, demolição ou reparos;
perigo correspondente, segundo a padronização
II - depósitos, armazenagem e manuseio
internacional.
de combustíveis, inflamáveis e explosivos, bem
Parágrafo único - Os estabelecimentos que como trânsito e permanência nas áreas respecti-
mantenham as atividades previstas neste artigo vas;
afixarão, nos setores de trabalho atingidas, avisos
III - trabalho em escavações, túneis, galerias,
ou cartazes, com advertência quanto aos mate-
minas e pedreiras, sobretudo quanto à prevenção
riais e substâncias perigosos ou nocivos à saúde.
de explosões, incêndios, desmoronamentos e so-
terramentos, eliminação de poeiras, gases, etc. e
SEÇÃO XIV - DA PREVENÇÃO DA FADIGA
facilidades de rápida saída dos empregados;
IV - proteção contra incêndio em geral e as
Art 198 - É de 60 kg (sessenta quilogramas) o
medidas preventivas adequadas, com exigências
peso máximo que um empregado pode remover
ao especial revestimento de portas e paredes,
individualmente, ressalvadas as disposições espe-
construção de paredes contra-fogo, diques e ou-
ciais relativas ao trabalho do menor e da mulher.
tros anteparos, assim como garantia geral de fácil
Parágrafo único - Não está compreendida circulação, corredores de acesso e saídas amplas e
na proibição deste artigo à remoção de material protegidas, com suficiente sinalização;
feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre
V - proteção contra insolação, calor, frio,
trilhos, carros de mão ou quaisquer outros apa-
umidade e ventos, sobretudo no trabalho a céu
relhos mecânicos, podendo o Ministério do Tra-
aberto, com provisão, quanto a este, de água po-
balho, em tais casos, fixar limites diversos, que
tável, alojamento profilaxia de endemias;
evitem sejam exigidos do empregado serviços
superiores às suas forças. VI - proteção do trabalhador exposto a subs-
tâncias químicas nocivas, radiações ionizantes e
Art 199 - Será obrigatória a colocação de as-
não ionizantes, ruídos, vibrações e trepidações ou
sentos que assegurem postura correta ao traba-
pressões anormais ao ambiente de trabalho, com
lhador, capazes de evitar posições incômodas ou
especificação das medidas cabíveis para elimina-
forçadas, sempre que a execução da tarefa exija
ção ou atenuação desses efeitos limites máximos
que trabalhe sentado.
quanto ao tempo de exposição, à intensidade da
Parágrafo único - Quando o trabalho deva ação ou de seus efeitos sobre o organismo do
ser executado de pé, os empregados terão à sua trabalhador, exames médicos obrigatórios, limi-
disposição assentos para serem utilizados nas tes de idade controle permanente dos locais de
pausas que o serviço permitir. trabalho e das demais exigências que se façam
necessárias;
VII - higiene nos locais de trabalho, com dis-
criminação das exigências, instalações sanitárias,
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São as instruções normativas sobre os as- NR-24 Condições sanitárias e de conforto nos lo-
suntos definidos na Lei nº 6.514. É de competên- cais de trabalho
cia do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). NR-25 Resíduos industriais
Para os vários itens da lei há uma Norma Regula- NR-26 Sinalização de segurança
mentadora específica, determinando limites, es-
NR-27 Registro profissional do técnico de segu-
tabelecendo procedimentos e realizando gestão
rança do trabalho no Ministério do Trabalho
sobre o assunto.
NR-28 Fiscalização e penalidades
NR-29 Segurança e saúde no trabalho portuário
LISTA DAS NORMAS REGULAMENTADORAS
NR-30 Segurança e saúde no trabalho aquaviário
NR-31 Norma Regulamentadora de Segurança e
NR-1 Disposições gerais
Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária
NR-2 Inspeção prévia e Silvicultura, Exploração Florestal e Aqui-
NR-3 Embargo ou Interdição cultura.
NR-4 Serviços especializados em Engenharia de NR-32 Segurança e Saúde no Trabalho em Esta-
Segurança e Medicina do Trabalho belecimentos de Saúde.
NR-5 Comissão Interna de Prevenção de Aciden- NR-33 Segurança e Saúde no Trabalho em Espa-
tes (CIPA) ços Confinados
NR-6 Equipamento de proteção individual (EPI)
NR-7 Programa de Controle Médico e Saúde Ocu- Nota: as normas regulamentadoras rurais, NRR, em
pacional função da implantação da NR-31 foram revogadas
NR-8 Edificações pela Portaria nº 191, de 15 de abril de 2008 (DOU de
NR-9 Programa de Prevenção de Riscos Ambien- 16/04/08 – Seção 1 – p. 102).
tais (PPRA)
NR-10 Instalações e serviços em eletricidade BREVE DESCRIÇÃO DAS NORMAS REGULA-
NR-11 Transporte, movimentação, armazenagem MENTADORAS
e manuseio de materiais.
NR-12 Máquinas e equipamentos Neste item será feita uma breve descrição,
NR-13 Caldeiras e vasos de pressão sem, no entanto, se estender sobre cada uma das
NR-14 Fornos normas regulamentadoras, para dar uma visão
geral e situar o leitor quanto às exigências da le-
NR-15 Atividades e operações insalubres
gislação e dos órgãos de controle sobre a segu-
NR-16 Atividades e operações perigosas rança do trabalho no Brasil.
NR-17 Ergonomia Você pode conferir o texto original das nor-
NR-18 Condições e meio ambiente de trabalho mas regulamentadoras direto no site do Ministé-
na indústria da construção rio do Trabalho e Emprego: www.mte.gov.br
NR-19 Explosivos
NR-20 Líquidos e combustíveis inflamáveis AS NORMAS REGULAMENTADORAS SÃO (ATUA-
NR-21 Trabalho a céu aberto LIZAÇÃO – Outubro de 2008):
NR-22 Trabalhos subterrâneos
NR-23 Proteção contra incêndios NR1- Disposições GERAIS:
Estabelece o campo de aplicação de todas
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galmente tal enquadramento, na medida em que to jurídico à existência desta NR, é o artigo 200
não existe lei autorizadora para tal. inciso IV da CLT.
NR17 - Ergonomia: NR22 - Segurança e Saúde Ocupacional na
Visa estabelecer parâmetros que permitam Mineração:
a adaptação das condições de trabalho às con- Estabelece métodos de segurança a serem
dições psicofisiológicas dos trabalhadores, de observados pelas empresas que desenvolvam
modo a proporcionar um máximo de conforto, trabalhos subterrâneos de modo a proporcionar
segurança e desempenho eficiente. A fundamen- a seus empregados satisfatórias condições de Se-
tação legal, ordinária e específica, que dá emba- gurança e Medicina do Trabalho. As fundamenta-
samento jurídico à existência desta NR, são os ar- ções legais, ordinárias e específicas, que dá em-
tigos 198 e 199 da CLT. basamento jurídico à existência desta NR, são os
NR18 - Condições e Meio Ambiente de Tra- artigos 293 a 301 e o artigo 200 inciso III, todos
balho na Indústria da Construção: da CLT.
Estabelece diretrizes de ordem administra- NR23 - Proteção Contra Incêndios:
tiva, de planejamento de organização, que objeti- Estabelece as medidas de proteção contra
vem a implementação de medidas de controle e Incêndios, estabelece as medidas de proteção
sistemas preventivos de segurança nos processos, contra incêndio que devem dispor os locais de
nas condições e no meio ambiente de trabalho na trabalho, visando à prevenção da saúde e da in-
industria da construção civil. A fundamentação tegridade física dos trabalhadores. A fundamen-
tação legal, ordinária e específica, que dá emba-
legal, ordinária e específica, que dá embasamen-
samento jurídico à existência desta NR, é o artigo
to jurídico à existência desta NR, é o artigo 200
200 inciso IV da CLT.
inciso I da CLT.
NR24 - Condições Sanitárias e de Conforto
NR19 - Explosivos:
nos Locais de TRABALHO:
Estabelece as disposições regulamentado-
Disciplina os preceitos de higiene e de con-
ras acerca do depósito, manuseio e transporte
forto a serem observados nos locais de trabalho,
de explosivos, objetivando a proteção da saúde e
especialmente no que se refere a: banheiros, ves-
integridade física dos trabalhadores em seus am-
tiários, refeitórios, cozinhas, alojamentos e água
bientes de trabalho. A fundamentação legal, ordi-
potável, visando à higiene dos locais de trabalho
nária e específica, que dá embasamento jurídico à
e a proteção à saúde dos trabalhadores. A fun-
existência desta NR, é o artigo 200 inciso II da CLT.
damentação legal, ordinária e específica, que dá
NR20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis: embasamento jurídico à existência desta NR, é o
Estabelece as disposições regulamentares artigo 200 inciso VII da CLT.
acerca do armazenamento, manuseio e transpor- NR25 - Resíduos Industriais:
te de líquidos combustíveis e inflamáveis, objeti-
Estabelece as medidas preventivas a serem
vando a proteção da saúde e a integridade física
observadas, pelas empresas, no destino final a ser
dos trabalhadores m seus ambientes de trabalho.
dado aos resíduos industriais resultantes dos am-
A fundamentação legal, ordinária e específica,
bientes de trabalho de modo a proteger a saúde
que dá embasamento jurídico à existência desta
e a integridade física dos trabalhadores. A fun-
NR, é o artigo 200 inciso II da CLT.
damentação legal, ordinária e específica, que dá
NR21 - Trabalho a Céu Aberto: embasamento jurídico à existência desta NR, é o
Tipifica as medidas prevencionistas relacio- artigo 200 inciso VII da CLT.
nadas com a prevenção de acidentes nas ativida- NR26 - Sinalização de Segurança:
des desenvolvidas a céu aberto, tais como, em mi-
Estabelece a padronização das cores a se-
nas ao ar livre e em pedreiras. A fundamentação
rem utilizadas como sinalização de segurança
legal, ordinária e específica, que dá embasamen-
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nos ambientes de trabalho, de modo a proteger cançar as melhores condições possíveis de se-
a saúde e a integridade física dos trabalhadores. A gurança e saúde aos trabalhadores portuários.
fundamentação legal, ordinária e específica, que As disposições contidas nesta NR aplicam-se aos
dá embasamento jurídico à existência desta NR, é trabalhadores portuários em operações tanto a
o artigo 200 inciso VIII da CLT. bordo como em terra, assim como aos demais
NR27 - Registro Profissional do Técnico de trabalhadores que exerçam atividades nos portos
Segurança do Trabalho no Ministério do Trabalho: organizados e instalações portuárias de uso pri-
Estabelece os requisitos a serem satisfeitos vativo e retroportuárias, situadas dentro ou fora
pelo profissional que desejar exercer as funções da área do porto organizado. A sua existência ju-
de técnico de segurança do trabalho, em espe- rídica está assegurada em nível de legislação or-
cial no que diz respeito ao seu registro profissio- dinária, através da Medida Provisória n° 1.575-6,
nal como tal, junto ao Ministério do Trabalho. A de 27/11/97, do artigo 200 da CLT, o Decreto n°
fundamentação legal, ordinária e específica, tem 99.534, de 19/09/90 que promulga a Convenção
seu embasamento jurídico assegurado través do n° 152 da OIT.
artigo 3° da lei n° 7.410 de 27 de novembro de NR30 - Norma Regulamentadora de Segu-
1985, regulamentado pelo artigo 7° do Decreto rança e Saúde no Trabalho Aquaviário:
n° 92.530 de 9 de abril de 1986. Aplica-se aos trabalhadores de toda embar-
NR28 - Fiscalização e Penalidades: cação comercial utilizada no transporte de mer-
Estabelece os procedimentos a serem ado- cadorias ou de passageiros, na navegação maríti-
tados pela fiscalização trabalhista de Segurança e ma de longo curso, na cabotagem, na navegação
Medicina do Trabalho, tanto no que diz respeito à interior, no serviço de reboque em alto-mar, bem
concessão de prazos às empresas para no que diz como em plataformas marítimas e fluviais, quan-
respeito à concessão de prazos às empresas para do em deslocamento, e embarcações de apoio
a correção das irregularidades técnicas, como marítimo e portuário. A observância desta Norma
também, no que concerne ao procedimento de Regulamentadora não desobriga as empresas do
autuação por infração às Normas Regulamenta- cumprimento de outras disposições legais com
doras de Segurança e Medicina do Trabalho. A relação à matéria e outras oriundas de conven-
fundamentação legal, ordinária e específica, tem ções, acordos e contratos coletivos de trabalho.
a sua existência jurídica assegurada, a nível de le- NR31 - Norma Regulamentadora de Segu-
gislação ordinária, através do artigo 201 da CLT, rança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuá-
com as alterações que lhe foram dadas pelo ar- ria Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura:
tigo 2° da Lei n° 7.855 de 24 de outubro de 1989, Estabelece os preceitos a serem observa-
que institui o Bônus do Tesouro Nacional (BTN), dos na organização e no ambiente de trabalho,
como valor monetário a ser utilizado na cobrança de forma a tornar compatível o planejamento e
de multas, e posteriormente, pelo artigo 1° da Lei o desenvolvimento das atividades da agricultura,
n° 8.383 de 30 de dezembro de 1991, especifica- pecuária, silvicultura, exploração florestal e aqui-
mente no tocante à instituição da Unidade Fiscal cultura com a segurança e saúde e meio ambien-
de Referência (UFIR), como valor monetário a ser te do trabalho. A sua existência jurídica é assegu-
utilizado na cobrança de multas em substituição rada por meio do artigo 13 da Lei nº. 5.889, de 8
ao BTN. de junho de 1973.
NR29 - Norma Regulamentadora de Segu- NR32 - Segurança e Saúde no Trabalho em
rança e Saúde no Trabalho Portuário: Estabelecimentos de saúde:
Tem por objetivo Regular a proteção obri- Tem por finalidade estabelecer as diretri-
gatória contra acidentes e doenças profissionais, zes básicas para a implementação de medidas de
facilitar os primeiro socorros a acidentados e al- proteção à segurança e à saúde dos trabalhado-
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Ergonomia, Saúde e Segurança do Trabalho
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