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Resenha: Perspectiva de Educação Intercultural Bilíngue para Surdos

Lucas Rafael da Silva Giugni


RA - 182679
Giugni.lucasrafael@gmail.com

O artigo escrito por Ivani Rodrigues Silva aborda alguns pontos sobre
bilinguismo em uma perspectiva surda tratando de aspectos que revelam um desprezo
da sociedade em relação à linguagem brasileira de sinais, o que de certa forma obstrui o
avanço da construção de um projeto intercultural de educação bilíngue para estudantes
surdos.
A autora inicia com algumas justificativas para a abordagem de tal tema, a
primeira delas diz respeito à relação da sociedade ouvinte para com o surdo e a surdez,
relação essa que expõe de maneira clara a falta de compreensão das pessoas sobre a
realidade dos surdos, que possuem uma língua diferente e colocam-se confusos quando
expostos e pressionados a aprender o português sem a LIBRAS como primeira língua.
Outra justificativa se dá no fato desse tema tratar-se de uma minoria que é prejudicada,
sinal claro para tal afirmação mostra-se na precariedade de trabalhos a respeito do
assunto. É enfatizada também a importância de levantar questões sobre conteúdos como
esse para que sejam mais refletidos e que tenham maior visibilidade, o que pode trazer
várias melhorias na a área de educação para surdos.
Diante disso, dando seguimento ao texto, a linguista introduz uma
fundamentação teórica para levantar questões reflexivas da forma como se encontra o
aluno surdo dentro do contexto escolar, onde são expostos, com citações de alguns
pesquisadores, os avanços feitos no Brasil entre as décadas de 80 e 90 diante das várias
pesquisas realizadas com o enfoque na língua de sinais juntamente a comunidade surda,
visando assimilar o processo de aprendizagem da linguagem por crianças surdas, entre
outros aspectos importantes para a área, pesquisas que sem sombra de dúvida foram
significativas, porém, não suficientes na visão da autora, onde assume que em sua visão
ainda há muito a se fazer.
Segundo a autora, ainda é viva e ideia de que um conjunto de competências
individuais baliza o sucesso ou o fracasso da criança no ambiente escolar. Isso implica
no fato de que o aluno surdo, por normalmente ter dificuldades ou não atingir a
aquisição do português, é classificado como incapaz de ser alfabetizado pela inabilidade
da fala. Sendo assim, infelizmente são descartadas discussões de vários outros pontos
que influenciam diretamente no aprendizado, como por exemplo, a falta de uma língua
comum na escola, juntamente com fato de os surdos não terem uma grande
representatividade no meio, por ser uma minoria linguística. Esse e outros fatos deixam
claro o panorama e a complexidade dos aspectos necessários tratando-se de Educação
Bilíngue para Surdos e fortalece a afirmação da autora de que ainda há muitos
problemas para serem resolvidos. São citadas também, algumas pesquisas significativas
como as de Souza (2001) e Kleiman (1998), trabalhos esses que juntamente com o
esforço de outros pesquisadores da área, contribuirão para que fosse cada vez mais
insustentável o argumento de que haveria prejuízos cognitivos para os surdos que
usassem a língua de sinais ao invés de se forçarem a aprender o português, ideia que foi
trazida no Congresso de Milão em 1880. Também é acesa uma reflexão a respeito
reprovação da língua de sinais, que acaba tendo uma interpretação negativa em relação
ao português como língua dominante.
Um ponto muito importante que é trazido para o artigo diz respeito aos
cuidados necessários no momento de se planejar programas educacionais voltados para
minorias linguísticas, onde a autora traz a reflexão feita por Maher (2007) onde enfatiza
que não podemos deixar de privilegiar três aspectos importantes, a saber, (i) o
empoderamento desses grupos, (ii) a legislação favorável e (iii) a educação do entorno,
visto que, segundo a autora, “o empoderamento desses grupos depende não apenas de
seu fortalecimento político ou da existência delegislações a eles favoráveis, mas
também da educação de seu entorno para garantir esse respeito” (SILVA, 2014)
Por fim são feitas algumas ponderações a respeito do português como
segunda língua para os alunos surdos o que facilita enormemente o aprendizado,
partindo do ponto que o aluno já possui a aquisição da LIBRAS, isso gera grandes
resultados tanto para o aprendizado do português como para outras matérias.

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