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Por Julien Toyer e Matthias Sobolewski
Depois, o Eurogroup, formado pelos ministros das finanças dos 17 países da zona do
euro, vão realizar uma outra teleconferência para discutir a aprovação do pedido, disseram
as fontes.
Se for confirmado o pedido, a Espanha será o quarto país a buscar assistência desde que
a crise da dívida da zona do euro começou.
"O anúncio é esperado para o sábado à tarde", disse uma das autoridades da UE.
A medida acontece depois que a Fitch Ratings reduziu na quinta-feira o rating do crédito
soberano de Madri em três notas, de A para BBB, destacando a exposição da Espanha à
inadimplência e ao contágio da crise da dívida da Grécia.
"O governo da Espanha percebeu a seriedade de seu problema", disse uma autoridade
alemã.
Ele acrescentou que um acordo tem que ser alcançado antes da eleição geral grega em 17
de junho, que pode causar pânico no mercado e elevar a possibilidade de Atenas deixar a
zona do euro se partidos contrários aos termos de um resgate do FMI e da UE vencerem.
"Se tal pedido for feito, os instrumentos estão lá, prontos para serem usados, em
concordância com os parâmetros acordados no passado", disse Altafaj. "Não estamos
nesse ponto."
Falando em Berlim, a chanceler alemã Angela Merkel afirmou que não está pressionando
nenhum país a pedir o resgate, afirmando que cabe à Espanha decidir o que quer fazer:
"Cabe aos países individualmente pedir o apoio", disse ela.
"Isso não aconteceu até agora, e portanto não vamos exercer qualquer pressão."
Em Madri, onde o gabinete espanhol realizava sua reunião semanal, uma porta-voz do
governo disse que não estava ciente de nenhum anúncio sobre um resgate bancário.
Ela lembrou que o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, tinha afirmado na quinta-feira que iria
aguardar o resultado de duas auditorias externas neste mês antes de falar com a Europa
sobre como recapitalizar os credores.
A zona do euro tem estado sob forte pressão dos Estados Unidos e de outros importantes
parceiros para tomar uma ação decisiva e assim impedir que a crise da dívida se espalhe
e cause danos maiores à economia mundial.