Objetivos
Através do programa de História Económica e Empresarial visa-se proporcionar aos alunos uma
visão panorâmica das principais tendências da evolução das organizações empresariais e do
pensamento sobre a gestão, integrando-a no contexto da evolução das principais economias de
mercado, desde meados do século XVIII até finais do século XX.
Exige-se dos alunos clareza de exposição escrita e oral, coerência na argumentação aduzida,
capacidade de síntese dos materiais de apoio à realização de provas de avaliação e capacidade
para apresentar uma perspectiva/tese/ponto de vista/um trabalho sobre um determinado tema.
Bibliografia Obrigatória
Amatori, F. & Colli, A. ; Business History. Complexities and Comparisons, Routledge, 2011
Cunha, M. P., Rego, A., Cabral-Cardoso, C. ; Tempos Modernos. Uma História das
Organizações e da Gestão, Edições Sílabo, 2007
Friedman, M. & Friedman, R. ; Liberdade para Escolher, Publicações Europa América, 1980
Friedman, M. & Friedman, R.;; Free to choose, Harcourt, 1980
Heilbroner, R. and Milberg, W.; The Making of Economic Society, Prentice Hall, 2008
Jones, G.; Multinationals and Global Capitalism, from the Nineteenth to the Twenty-First Century,
Oxford University Press, 2005
Kenwood, A.G. & Lougheed, A.L. ; The Growth of the International Economy 1820-2000, George
Allen & Unwin, 1999 [1971]
Maddison, A ; Dynamic Forces in Capitalist Development , Oxford University Press, 1991
Maddison, A.; “Fluctuations in the momentum of growth within the capitalist epoch”, Cliometrica,
1, pp. 145-175, 2007
Maddison, A.; Contours of the World Economy, 1-2030 AD, Oxford University Press, 2007
Neale, W. C.; “The market in theory and history”, in Trade and Market in the Early Empires, K.
Polanyi, C. M. Arensberg & H. Pearson (eds.), pp.357-372, The Free Press, 1957
Supple, B. ; “The State and the Industrial Revolution”, in The Fontana Economic History of
Europe, vol. 3, C. Cipolla (ed.),pp. 301-357, Collin, 1977
The Cambridge Economic History of Modern Europe Broadberry, S. and O'Rourke K. (eds.),
Cambridge University Press, 2010
The Oxford Handbook of Business History Jones, G. and Zeitlin, J. (eds.), Oxford University
Press, 2007
Wolf, M. ; Why Globalization Works, Yale University Press, 2005
Wren, D. A.; The History of Management Thought , John Wiley & Sons, Inc., 2005
Revolução Industrial
A Revolução Industrial foi um processo de grandes transformações econômico-sociais que
começou na Inglaterra no século XVIII.
A Revolução Industrial se espalhou por grande parte do hemisfério norte durante todo o século
XIX e início do século XX.
Resumo
O processo histórico que levou à substituição das ferramentas pelas máquinas, da energia
humana pela energia motriz e do modo de produção doméstico pelo sistema fabril constituiu a
Revolução Industrial.
O advento da produção em larga escala mecanizada deu início às transformações dos países da
Europa e da América do Norte.
Trabalhadores na Fábrica
A expansão do comércio internacional dos séculos XVI e XVII trouxe um extraordinário aumento
da riqueza, permitindo a acumulação de capital capaz de financiar o progresso técnico e o alto
custo da instalação nas indústrias.
A burguesia europeia, fortalecida com o desenvolvimento dos seus negócios, passou a investir
na elaboração de projectos para aperfeiçoamento das técnicas de produção e na criação de
máquinas para a indústria.
Logo, verificou-se que maior produtividade e maiores lucros para os empresários poderiam ser
obtidos acrescentando-se o emprego de máquinas em larga escala.
O longo caminho de descobertas e invenções foi uma forma de distanciar os países entre si, no
que diz respeito ao poder económico e político.
Também tinha colônias na África e na Ásia que garantiam fornecimento de matéria-prima com
mão de obra barata.
A Primeira Revolução Industrial que ocorreu em meados do século XVIII e do século XIX teve
como principal característica o surgimento da mecanização que operou significativas
transformações em quase todos os setores da vida humana.
Era o início de uma nova época, onde a política, a ideologia e a cultura gravitavam em dois
polos: a burguesia industrial e financeira e o proletariado.
Nessa fase o Estado passou a participar cada vez mais da economia, regulando crises
económicas e o mercado e criando uma infra-estrutura em setores que exigiam muitos
investimentos.
A partir do final do século XIX, período conhecido como a fase da livre concorrência fica para
trás e o capitalismo se tornava cada vez menos competitivo e mais monopolista. Empresas ou
países monopolizavam o comércio. Era a fase do capitalismo financeiro ou monopolista,
marcada pela Segunda Revolução Industrial.