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Processo Penal

Conceitos Introdutórios

Introdução ao Processo Penal

Papel do Estado:
O Estado é o produto da soma da vontade de todos os que vivem sob sua
jurisdição. O ser humano é um ser gregário, que necessita viver em comunidade.
Para que se possa viabilizar sua existência, sem que haja dominação, abuso e
violações por parte de outros indivíduos, em um sistema democrático, as pessoas se
sujeitam ao poder do Estado para que ele possa garantir o bem estar de todos. Para
tanto, os integrantes contribuem abrindo mão de parcela de sua liberdade e
entregando recursos financeiros em prol da viabilidade desse ente público para que
ele possa zelar pela paz social, sendo assim seu guardião. Quando o Estado é
efetivamente democrático, ou seja, com existências de liberdades individuais e
coletivas, respeito à dignidade da pessoa humana, permitindo o acesso ao poder e
existindo para promover o bem estar da maioria, as regras a serem obedecidas são
elaboradas e aprovadas por representantes do povo.
Visando a obtenção e manutenção da paz social, esses representantes aprovam
leis que definem todos os aspectos relevantes para a vida em sociedade, dentre eles
quais condutas são consideradas inaceitáveis, ou seja, quais não são socialmente
aceitas. Dentre elas, especial atenção é dada à proteção de bens jurídicos mais
relevantes que, quando agredidos, geram profundos prejuízos físicos, emocionais e
patrimoniais, sendo, em boa parte das vezes, irreparáveis.
Para que seja efetivada essa “proteção” o estado deve aprovar leis que visem
a proteção daquilo que a sociedade considera mais relevante, mais caro.

Direito Penal
É o ramo do direito público que tem por função selecionar os bens mais
relevantes para a sociedade, descrever as condutas consideradas agressões
insuportáveis a esses bens jurídicos (crimes e contravenções) juntamente com as
diversas circunstâncias que possam influenciar de alguma forma algum aspecto
relevante, além de estabelecer as sanções para aqueles que incorrerem na prática
das infrações penais.
Assim, as regras penais (princípios, Constituição, leis,) têm por função:
(1) Definir quais bens jurídicos são considerados mais caros, ou seja,
aqueles que devem ser protegidos com mais vigor: vida, incolumidade
física, honra, liberdade, patrimônio, dignidade sexual etc.
(2) Descrever as condutas consideradas agressões insuportáveis aos
bens jurídicos caros. Essas agressões são classificadas com infrações

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penais (crimes e contravenções) e, por consequência, punidas com maior


rigor. Seguem alguns exemplos:
Bem jurídico protegido: vida
Exemplos de condutas consideradas agressões à vida:
 “Matar alguém” (homicídio, art. 121);
Fique atento, pois a ocorrência do resultado não defini a existência de uma
infração penal. Quando não se age com dolo ou culpa, mesmo matando alguém,
por exemplo, não existirá o crime de homicídio.

Serve de exemplo alguém que, pretendendo suicidar-se, atire-se na frente de


um automóvel de um condutor que dirigia dentro dos limites de velocidade e tomando
as devidas cautelas, mas que, pela surpresa da conduta, não consegue parar a
tempo.

 “Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio


para que o faça”;

Bem jurídico protegido: liberdade


Exemplo de conduta considerada agressão liberdade:
 “Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere
privado”;

Bem jurídico protegido: patrimônio


Exemplo de conduta considerada agressão ao patrimônio:
 “Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel”.

Descrição de todos os outros fatores que podem tornar “pior” ou “melhor”


juridicamente essa conduta, como atenuantes, agravantes, causas de redução e
aumento de pena, ou ainda, situações que venham a justificar a agressão,
desqualificando-a como crime ou excluindo a pena. Servem de exemplo alguns
institutos previstos em nosso código penal abaixo relacionados:
 Excludentes de ilicitude:
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no
exercício regular de direito.

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 Excludente de culpabilidade
É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz
de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.

 Caso de diminuição de pena


Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou
moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação
da vítima, ou juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.

 Qualificadora
Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por
outro motivo torpe;
II - por motivo fútil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia,
tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar
perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante
dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a
defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a
impunidade ou vantagem de outro crime:
Estabelecimento de punições específicas para aqueles que incorrerem nas
condutas descritas, agredindo bens jurídicos protegidos:
Para fazer valer a vontade social, inibindo a prática dessas condutas, os
representantes do povo por meio de leis atribuem punições a quem às práticas,
que no Brasil, em tempo de paz, podem chegar à restrição total do direito de ir e vir,
a pena de prisão.
Art. 32 - As penas são:
I - privativas de liberdade;
II - restritivas de direitos;
III - de multa.
Definição dos diversos elementos necessários ao direito penal, como por
exemplo a definição técnica de crime.

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Segundo doutrina majoritária, pode-se definir crime como fato típico,


antijurídico e culpável:

1. Fato típico
Como primeiro elemento do crime, segundo a maioria da doutrina, para que
um fato seja considerado crime ele deve:
 Ser uma conduta (omissiva ou comissiva) humana;
 Produzir um resultado e que se ajusta formal e materialmente ao direito
penal;
 Existência de nexo causal entre a conduta e o resultado;
 Enquadramento perfeito à descrição legal, ou seja, deve conter
tipicidade.

2. Antijuridicidade
Ilicitude ou antijuridicidade é a afronta da conduta ao ordenamento jurídico, às
normas legalmente estabelecidas. É de se imaginar que toda agressão humana a um
bem jurídico caro possa ser considerada um crime, pois afrontaria o ordenamento
jurídico. Porém, existindo a agressão, se essa conduta ocorrer em razão de situações
definidas pela norma, ela passa a ser tolerada pela sociedade, o que lhe retira o
caráter criminoso.
No Brasil, segundo o Art. 23 do código penal, não há crime quando o
agente pratica o fato:
 Em estado de necessidade;
 Em legítima defesa;
 Em estrito cumprimento de dever legal ou
 No exercício regular de direito

3. Culpabilidade:
Culpabilidade é pressuposto para aplicação da pena, é definida como o
juízo de reprovação da conduta típica e antijurídica praticada. É o juízo de censura
social.
Segundo corrente majoritária (teoria normativa pura da culpabilidade, que se
relaciona coma teoria finalista da ação), a culpabilidade possui o seguinte elementos:
Imputabilidade;
São condições pessoais do agente para que o mesmo seja considerado capaz.
Essas condições tornam possível que lhes seja imputado o fato punível.
Considera-se imputável o agente com capacidade mental plena, desenvolvida,
capaz de entender o caráter ilícito do fato e determinar-se de acordo com esse
entendimento.

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O art. 26 do Código Penal estabelece as causas de exclusão da imputabilidade:


 Doença mental (art. 26, caput );
 Desenvolvimento mental incompleto (art. 26, caput);
 Desenvolvimento mental retardado (art. 26, caput);
 Embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior (art.
28, § 1º).
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental
ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao
tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender
o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Redução de pena
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a
dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde
mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado
não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou
de determinar-se de acordo com esse entendimento.(Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Menores de dezoito anos


Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são
penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas
estabelecidas na legislação especial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

Potencial consciência da ilicitude da conduta;


Potencial conhecimento de que a conduta afronta ao ordenamento jurídico, de
que conduta é um crime. É uma condição intelectual e também denominada erro de
proibição.
Segundo o art. 21 do CPP, o desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre
a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um
sexto a um terço. Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a
consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou
atingir essa consciência.
Exigibilidade de conduta diversa
É considerada inexigível a conduta quando não é possível para autor agir de
forma diversa, restando-lhe cometer o fato típico e antijurídico.

Jus puniendi
Como guardião da paz social, ao estado é deferida a responsabilidade por
aplicar a lei penal quando infrações penais são cometidas. Assim, cometido o ilícito
penal, surge para o Estado o Jus Puniendi Estatal, o direito de punir a pessoa

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que cometeu o crime. Em realidade é um poder dever, já que não há


facultatividade no desenvolvimento dessa atividade, ou seja, comprovada existência
da infração penal é obrigação do Estado punir.
O direito de punir (jus puniendi) concentra-se na figura do Estado, como
consequência do monopólio jurisdicional Penal, manifestando-se de maneira
abstrata ou concreta.
1. Poder dever de punir em abstrato
É representado pela previsão legal do tipo penal de crime, que se aplica a todas
as pessoas dentro de determinado espaço.
2. O poder dever de punir em concreto
O direito de punir em concreto é representado pela persecução penal exercida
em face da pessoa que comete qualquer fato definido como crime.

Persecução penal (persecutio criminis)


Persecução Penal é o conjunto de atividades estatais destinadas a propiciar ao
Estado o exercício do Jus Puniendi, ou seja, fazer cumprir em concreto a lei penal.
Diante da impossibilidade de o Estado “adivinhar” todos os elementos
necessários para aplicação da pena (existência da infração penal. Autoria, culpa,
dolo, circunstâncias etc.), sendo o estado Democrático, ou seja, com direitos e
garantias individuais, é necessário que se elucide todos os acontecimentos
relacionados ao fato para que, em primeiro lugar, se chegue a duas conclusões:
1. Existe prova da existência da infração penal;
2. Existem, ao menos, indícios suficientes de autoria
3. Quais foram as circunstâncias em que o fato aconteceu
Em um segundo momento, processar os acusados e aplicar a pena aquele que
comete conduta criminosa levando em consideração todas as circunstâncias
relacionadas.
Levando-se em consideração a existência de um estado democrático, o
desenvolvimento dessa atividade ter por fim:
 Aplicar a lei penal;
 Manter a paz social; e
 Preservar a dignidade da pessoa humana.
Pode-se entender a persecução penal em duas partes distintas:
1. Pré-processual, investigativa (extrajudicial).

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A persecução penal extrajudicial ocorre através da Investigação criminal. Por


isso, é que se pode afirmar que a persecução penal extrajudicial é uma atividade
preparatória da ação Penal, de caráter preliminar e informativo.
2. Processo, a Ação Penal (judicial)
A fase processual se inicia com a ação penal, em regra, após a fase
investigatória. Nessa etapa indispensável, o poder judiciário julga os acusados pelo
cometimento da infração penal.

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