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Sankofa 08
Apresent ação
Chamada para a próxima
Racismo e Dominação Psíquica em
edição
Expedient e
Frantz Fanon
Orient ações para aut ores
Sankofa 01
A Linguagem do 'Am or
Dossiê – II Seminário Sankofa
Colonial': o discurso do
poder pastoral na
justificação da escrav idão “Descolonização e Racismo: atualidade e crítica”
Da `Nbandla à Um banda:
Transform ações na Cultura “Racismo e dominação Psíquica em Frantz Fanon”
Afro-Brasileira
Docum entação: La
presencia de población
negra en Santa Maria de la Thiago C. Sapede[1]
Antigua del Darién, 1 51 0-
1 52 5
Entrev ista 01 Este trabalho pretende explorar as ideias do psiquiatra Frantz
Eurocentrism o, História e Fanon sobre o colonialismo, focando-se na esfera psicológica da
História da África
dominação colonial. Este autor enxerga o racismo como elemento
Resenha: Donald Woods -
Hom em de conv icções e central, operador psíquico da dualidade entre colono e colonizador,
coragem !
branco e negro, no colonialismo. Esse sistema profundo e complexo
Um a Reprodução Sim bólica
do Univ erso Social: o será observado como alicerce fundamental para a empreitada colonial e
sepultam ento de escrav os
no cem itério dos Pretos
a manutenção da dominação europeia sobre “outros” povos. Esta
Nov os, no Rio de Janeiro dos discussão será importante para compreensão do racismo como
séculos XVII a XIX
elemento fundante do processo histórico de construção do ocidente.
Sankofa 02
As Raízes dos Conflitos entre
o Norte e o Sul do Sudão: O
Frantz Fanon nasceu em 1925, na ilha da Martinica, colônia
processo de form ação do francesa desde o século XVII. Era uma ilha povoada majoritariamente
Estado-Nação (1 9 3 0-1 9 56 )
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06/10/13 Racismo e Dominação Psíquica em Frantz Fanon - SANKOFA
Docum entação - Um Olhar por descendentes de africanos escravizados. Aos dezoito anos, Fanon
sobre a "Am érica":
experiências afro- alistou-se no exército francês durante a segunda guerra mundial, lutando
am ericanas nas páginas de no norte da África. Após o fim da guerra, partiu para a França,
O Clarim da Alv orada
Ensaios & Debates: Abolição buscando estudar medicina em Lyon. Fanon recebeu diversas influências
- Rupturas e Perm anências: intelectuais em sua temporada na França. Dialogou intensamente com o
políticas sociais de inclusão
e o sistem a de cotas no movimento da Negritude, sobretudo com seu conterrâneo Aimé Cesaire
ensino univ ersitário
e o senegalês S. Senghor. Sua interlocução com Jean-Paul Sartre foi
Entrev ista 02
Iá Mi Oxorongá: As Mães
também relevante. Recebeu influência decisiva teórica da psicanálise,
Ancestrais e o Poder muito em voga na França no período, com os seminários de Jacques
Fem inino na Religião
Africana Lacan. Logo após formar-se em psiquiatria foi trabalhar na Argélia,
Roger Bastide e a Identidade onde se tornou importante ativista na luta de libertação argelina.
Nagocêntrica
Sob o Rigor da Lei: os Seus trabalhos fundamentais foram “Pele Negra, Máscaras
Africanos e a Legislação
Baiana no século XIX Brancas”, de 1952 - que escreveu inicialmente como tese para habilitar-
Sankofa 03 se em psiquiatria, mas foi recusado -, e “Os condenados da Terra” de
A Discrim inação do Negro
com o Fato Estruturador do
1961[2]. Abordarei aqui uma das facetas do trabalho de Fanon sobre o
Poder colonialismo: a esfera psicológica, dando ênfase à questão do racismo.
De Indígena a Im igrante: o
“Pele Negra, Mascaras Brancas” será nossa principal fonte, pois dialoga
lugar da África e dos
africanos no univ erso mais intensamente com os objetivos desta pesquisa.
im aginário português dos
séculos XIX ao XXI
Tratarei inicialmente da conceituação de Fanon do termo
Docum entação: 1 000 liv ros
sobre a História da África racismo, feita através do debate com outro psiquiatra estudioso das
Em ancipação, Expulsão e relações coloniais, Octave Manonni.
Exclusão: v isões do negro no
Brasil e nos Estados Unidos
nos anos 1 86 0 Manonni abordou o racismo colonial como uma atitude de
Em ancipação, Expulsão e indivíduos ou classes específicas. Estudando o caso da África do sul,
Exclusão: v isões do negro no
Brasil e nos EUA nos anos afirmou que o proletariado branco (que competia por trabalho com
1 86 0 africanos diariamente) assumia uma postura muito mais racista do que a
Ensaios & Debates: A Lei
1 0.6 3 9 /03 com o elite colonial. Defendeu assim a possibilidade de existirem diversos
instrum ento legalizador de “graus” de racismo, dependendo do tipo de exploração e da cultura
práticas educativ as sobre a
m em ória negra local. Em Manonni, o “racismo” aparece numa concepção mais elástica
Feitiçaria: Term inologia e e superficial, vinculado às atitudes discriminatórias que nascem da
Apropriações
Resenha
“cultura” de uma classe social ou de um povo. O tipo de exploração
Sankofa 04 colonial, para ele, portanto, difere dos outros tipos de exploração.
A Participação das Assim como o racismo colonial não se equivale a outras formas de
Mulheres na Luta de
Libertação Nacional de racismo[3].
Moçam bique em Notícias
(Rev ista Tem po 1 9 7 5-1 9 85) A partir das críticas às ideias deste autor, Fanon coloca-se num
Autos de Rei Congo em
Fortaleza: um a prática
polo oposto. Para ele, o proletariado branco da África do Sul é racista
cultural negra na dinâm ica não por uma especificidade cotidiana ou cultural, mas pelo fato do
socioespacial da cidade
(1 87 3 -1 9 00) racismo existir como elemento estrutural na sociedade sul-africana.
Cosm e de Farias e os Tratar-se-ia de uma estrutura muito profunda, que envolve as esferas
Capoeiras da Bahia: um
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06/10/13 Racismo e Dominação Psíquica em Frantz Fanon - SANKOFA
capítulo de história e econômica, social e psicológica. Dentro dessa concepção, uma
cultura afro-brasileira
Docum entação: O Uso de sociedade que é racista é racista por inteiro, não dependendo dos
Fotografias de Africanos no setores sociais ou culturais nos quais a discriminação emergirá com mais
estudo etnográfico de
Manuel Quirino evidência. As atitudes de discriminação diretas são apenas sintomas de
Entrev ista 04 um sistema muito mais profundo.
Resenha
Soberania e Escrav idão Para Fanon, portanto, aqueles que assumem uma atitude
Sankofa 05 discriminatória não são necessariamente mais racistas do que àqueles
As Origens do Reino do
Kôngo Segundo a Tradição que assumem o papel de cumplices passivos dessas ações. A
Oral discriminação direta seria apenas a “ponta do iceberg”.
Ensaios & Debates:
Form ação e Retenção de
Inv estigadores Africanos
Essas idéias apresentada por Fanon como contraponto a
Legislação Portuguesa para Manonni, não foram inéditas quando apresentadas. Ele recebeu
o Ultram ar
influência significativa das discussões sobre o racismo feitas por Sartre,
Mov im entos na História:
Notas sobre a Historiografia que tratou profundamente do antissemitismo europeu em Reflexões
da Costa dos Escrav os
sobre o racismo. Afinal, Sartre já trazia, ali, a noção de racismo como
Resenha: "De olhos bem
abertos" fato estrutural da sociedade. Veremos que a novidade em Fanon será
Resenha: Guerreiras de levar esta tese sartriana para o campo psicológico e para a sociedade
Natureza
África, Arte e Liberdade: a
colonial.
poesia de Cruz e Sousa no
contexto do Atlântico Negro O autor, após desmontar as ideias de Manonni, apresenta seu
Sankofa 06 ponto de partida, bastante incisivo: “Dizíamos a pouco que a África
A Inserção dos Africanos na
Zona da Mata - Minas
do Sul tem uma estrutura racista. Agora vamos mais longe, dizendo
Gerais, Século XIX que a Europa tem uma estrutura racista”[4].
Conceição das Crioulas:
Terra, Mulher e Política Apoia esta afirmação no fato do europeu ter no inconsciente da
Ensaios & Debates - História
da África: Ética e Ciência coletividadeo que chama de “complexo de autoridade”. Ou seja, a ideia
Entrev ista 06 de si mesmo como um tipo superior de homem.
Liberdade, Liberdades:
Dilem as da Escrav idão na Fanon diz:
Sabinada (Bahia, 1 83 7 -
1 83 8)
“Há na Martinica duzentos brancos que se julgam
Resenha: O Mistério do superiores a trezentos mil elementos de cor. Na África
Sim onal do Sul devem existir dois milhões de brancos para
Sangradores Africanos na aproximadamente treze milhões de nativos, e nunca
Bahia do Século XIX (1 82 5- passou pela cabeça de nenhum nativo sentir-se
1 82 8) superior a nenhum branco.”[5]
Sankofa 07
As Concepções Através do complexo de autoridade, justifica-se a sujeição de
Etnocêntricas do Genocídio
outros grupos humanos, nascendo também a necessidade de
de Ruanda: a Negação do
Sujeito Histórico Ruandês classificação e hierarquização dos mesmos em “raças” ou etnias. A
Educação e Saúde:
partir desta demanda, segundo Fanon, é criada a idéia do “negro”, pela
Perspectiv as para a
Autoestim a de Crianças dicotomia com o branco. Afirma que: “Precisamos ter a coragem de
Negras no Processo de
Escolarização dizer: é o racista que cria o inferiorizado”.[6]
Ensaios & Debates
Entrev ista 07
Apesar de Fanon não tratar dessa invenção do negro na
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gorilas.
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[17] Idem, Os condenados da Terra. Juíz de Fora: Editora Ufjf. 2010, p. 50-65.
Č
Ċ Racismoedomina… flav io9397 able ., 1 6/1 2/201
v .1 1 05:1 1 ď
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