Anda di halaman 1dari 5

À

GL.’. DO GR.’. ARQ.’. DO UNIV.’.

As seis perfeições
A Disciplina Moral do Budismo Mahayana.

Irm. Carlos Eduardo Bravo Peres Bouzada.


Iniciação celebrada em 20/03/2015.
CIM: Ainda não fornecido.
Email: alquimiapsi@gmail.com
Tels: 2571-0241 e 97148-1016
Há no Ritual do 1º Grau de Aprendiz Maçom do Rito Adonhiramita, uma importante questão.
Para que nos reunimos? A compreensão desta simples pergunta pode nos revelar todo o
sentido da Obra Maçônica. Então, este mesmo ritual nos responde: para levantar templos à
Virtude, forjar algemas ao vício e cavar masmorras ao crime. Eis porque nos reunimos.
Podemos dizer que insensato é o homem que deseja levantar templos ao que ele desconhece.

Para levantarmos templos a Virtude é preciso, em primeiro lugar, que conheçamos a Virtude,
que tenhamos intimidade com aquilo que é Virtuoso, que sejamos guardiães e protetores de
ações virtuosas e que as pratiquemos com todos os nossos esforços e dedicação. Só então,
poderemos ser chamados de Homens Virtuosos e honrar nossa qualidade de Iniciado Maçom.

Vieram aqui neste mundo, muitos Iniciados, portadores da Verdade e da Virtude, Homens que
tiveram como missão nos revelar as lições morais capazes de nos tornar seres altamente
virtuosos, libertos do vício e distantes do crime. Cristo, Budha, Confúcio, Lao Tsé, Maomé e
muitos outros que atingindo um alto grau de sabedoria, se tornaram Mestres da Virtude.

É preciso lembrar que nenhum deles é detentor de Virtudes maiores ou melhores que os
demais e muito menos, portadores de Virtudes exclusivas das escolas, tradições ou religiões
que foram fundadas em seu Nome. Em outras palavras, não existem Virtudes Cristãs, Budistas
ou Muçulmanas. A Virtude é imutável como a Luz e a Verdade! A verdadeira Virtude não
depende de raça ou cultura, não perece com o tempo nem com os povos, não é criada por
mitos, mas provém da Eterna Fonte, do Absoluto, do G.A.D.U., de causas e de Leis Universais.

A proposta deste trabalho é colaborar na compreensão que devemos ter a respeito das
Virtudes e das qualidades Morais Perfeitas que podemos atingir como seres humanos.
Precisamos aprender com quem já atingiu elevado grau de perfeição e se tornou um Mestre,
com quem já submeteu todas as suas falhas, vícios ou imperfeições à sua Vontade e
conquistou para si, o título de Iluminado ou portador da Luz, um Mestre da Moralidade.

Este trabalho trata de um dos principais ensinamentos sobre Disciplina Moral, daquele que é o
Mestre a quem tenho dedicado meus estudos e práticas espirituais. Trata-se de Sidarta
Gautama, aquele que se tornou conhecido como Budha Shakyamuni, o príncipe Iluminado do
Clã dos Shakyas, ou simplesmente Budha.

Lembro aos Irmãos, que a palavra Budha não significa uma Divindade, um Avatar ou um Deus.
Budha significa simplesmente desperto ou acordado, ou seja, qualquer um que despertou do
sono da ilusão ou que, como dizia o Cristo, conheceu a Verdade e por ela foi liberto, tornou-se
um Budha. Todos nós um dia estamos destinados a nos tornarmos Budhas. Para isso
precisamos atingir grandes Virtudes e subjugar grandes falhas em nosso caráter. Eis aqui, de
forma simplificada, o que nos ensina o Budha histórico sobre este processo.

São muitos os ensinamentos de Budha sobre nossas Virtudes e falhas. Vamos nos ater aqui
somente a um dos mais famosos ensinamentos da Disciplina Moral Budista, as Seis Perfeições.
As Seis Perfeições é um ensinamento do Budismo Mahayana ou Grande Veículo, tradição cujo
objetivo é nos elevar a perfeição Moral para então sermos capazes de socorrer ou aliviar todos
os seres vivos do oceano de sofrimento e ilusão conhecido como Samsara.

As seis perfeições, dentro do Budismo Mahayana, são: a generosidade, a disciplina ética, a


paciência, o esforço, a concentração e a sabedoria. Passaremos então, embora de maneira
breve, a analisar e a estudar cada uma dessas seis perfeições, que são práticas valiosíssimas
para aqueles que buscam construir em seu interior templos à Virtude e lapidar a pedra bruta.
Perfeição 1 – a prática da generosidade:

A Generosidade é a disposição para dar, e sua prática consiste em dar de boa vontade, posses
ou energias positivas para aqueles que delas necessitem. A generosidade se expressa na ação!
Muitas vezes agimos com mesquinhez por causa do firme agarramento que temos aos nossos
corpos e propriedades. Ao superar esse apego, nos livramos de grandes fontes de conflito.

É melhor afrouxarmos os laços de nosso apego agora, antes que a morte nos force a isso.
Ainda há tempo de extrair alguma essência do que possuímos mediante o seu uso para o bem
dos outros, desenvolvendo assim maior disposição para nos separarmos do que é nosso. Dê o
possível agora e deseje intensamente ser capaz de se desapegar do que lhe é mais difícil. Dar
não somente coisas materiais, mas também instrução e proteção é o auge da generosidade.

O que faremos se ao dar quando solicitados, o recebedor nos mostrar insatisfação com o
recebido, devolver o presente, pedir mais ou não agradecer e dar as costas? A prática das seis
perfeições é integrada e precisaremos aqui desenvolver outra perfeição, a paciência. Dê sem
humilhar o recebedor, sem condescendência, competitividade, orgulho ou vaidade.

O preconceito de querer dar apenas a amigos e pessoas queridas deve ser evitado. Pratique a
generosidade até mesmo e, sobretudo com pessoas que você não tem simpatia. Dê com
compaixão aos que não são éticos, dê sem inveja aos superiores e aos iguais sem tentar
impressionar. Quando der ensinamento ou instrução, com intenção pura, comunique tão
completamente possível tudo o que sabe, se como resultado a outra pessoa se tornar mais
instruída ou mais capaz que você, tanto melhor. A generosidade tem valor quando é sincera!

Por fim, não há necessidade de dar se o pedido for feito apenas para nos testar ou nos
explorar, se você sentir que a pessoa quer algo para propósitos ilegais ou fama, se
ensinamentos profundos e secretos forem requisitados por alguém que não está preparado ou
se a coisa a ser dada possa causar dano, sofrimento ou fortalecer o vício de quem a recebe. Em
todos os casos, a prática da generosidade requer o uso de outra perfeição, a Sabedoria.

Perfeição 2 – a disciplina ética:

A ética é sermos capazes de distinguir entre ações apropriadas e inapropriadas. Seguir


simplesmente nossos desejos e agir impulsivamente, sem tais considerações, leva-nos a
problemas e sofrimentos. O que nos prejudica ou prejudica a outros não é virtuoso e o que
beneficia a nós e aos outros é virtuoso.

Tendo estabelecido esses critérios, do que é uma ação ética e virtuosa, do que é uma ação
defeituosa ou corrupta, mantenha-se atento aos critérios e verifique repetidamente seus
pensamentos e ações durante o dia. É importante ter a intenção de deixar de fazer qualquer
ação capaz de causar sofrimento aos outros, especialmente às sete atividades nocivas de
matar, roubar, ter má conduta sexual, mentir, usar a fala áspera, a tagarelice e a intriga.

O primeiro passo é reconhecermos e admitirmos nossos pensamentos e ações faltosos como


tais, o que muito poucas pessoas estão dispostas a fazer. Purifique todas as faltas diariamente
antes de dormir, através da reflexão, de preces e orações e do arrependimento sincero. Se
comprometendo seriamente a não repetir os comportamentos faltosos identificados por você
e ao contrário, ter uma forte determinação de agir em ações opostas a essas faltas. Se você
tiver um mestre espiritual ao qual possa pedir conselhos ou a quem possa confessar suas
falhas isso será excelente em sua prática de disciplina ética.
Perfeição 3 – a prática da paciência:

A essência do ensinamento de Budha é evitar fazer o mal e ajudar os outros, impossível fazer
isso sem a prática da paciência. A paciência é a imperturbabilidade em face do prejuízo e da
adversidade. Quando alguém nos fere ou nos prejudica, no lugar da raiva ou da vingança, a
compaixão e a paciência são as únicas respostas apropriadas, pois os que nos ferem estão em
um estado infeliz, causando miséria aos outros e vítimas da ignorância. Se formos tentados a
retaliar assim que os outros nos ferem, ainda temos em nós o impulso de causar o mal.

Paciência é a arte de permanecermos calmos nos momentos difíceis e desagradáveis. Se algo


desagradável já está ocorrendo e não há como evitar, deveríamos aprender a aceitar com
tranquilidade as adversidades, transformando em adornos, as dificuldades que encontrarmos.
A paciência deve ser cultivada constantemente, essa é a única maneira de estarmos
preparados quando surgirem circunstâncias provocadoras.

Será que devemos ter raiva das pessoas que nos ferem? Provavelmente acharemos a raiva
nesse caso justificável, porque elas nos feriram intencionalmente, nos privaram da felicidade e
nos fizerem sofrer física ou mentalmente. Se examinarmos com profundidade o momento em
que uma pessoa nos feriu, nos incomodou ou nos ofendeu, veremos que muito provavelmente
ela não tinha escolha. A semente da raiva estava nelas, uma situação provocadora surgiu, a
resposta mental dela foi distorcida e como resultado a ação inapropriada surgiu. Visto que os
demais estão escravizados pela raiva e são na verdade vítimas desse sentimento, revidar com
mais raiva de seu lado é uma resposta totalmente inapropriada.

Quando for criticado, examine honestamente a si próprio e tente verificar se possui ou não
aquela falha. Se a possui pode tomar providencias para se livrar dela, se não a possui, a crítica
foi mal dirigida e não há nada para se enraivecer, pois com o tempo se mostrará equivocada. O
ensinamento de como praticar a paciência nos desafia a agir de uma forma totalmente oposta
às normas convencionais de comportamento, onde se estimula o orgulho e o revide.

A paciência é o mais belo adorno do poderoso, a melhor austeridade para acabar com
emoções perturbadoras. O antídoto e a vacina da raiva. Um escudo firme contra a linguagem
áspera. Sabendo disso, vista a armadura sólida da Suprema Paciência.

Perfeição 4 – o esforço:

Se quisermos nos aprimorar interiormente e atingirmos a perfeição, temos que estar


preparados para fazer o necessário e persistir pelo tempo necessário. O esforço surge quando
contemplamos os benefícios de conquistar nossa evolução moral, como a estabilidade
emocional e a firmeza de caráter. Estabilidade, alegria e descanso reforçam e estimulam a
prática do esforço. Verdadeiros heróis são os que combatem os vícios e não os que mergulham
neles com orgulho, quando na verdade são escravos de seus inimigos.

Três tipos de preguiça nos impedem de praticar o esforço: a procrastinação, o envolvimento


em atividades mundanas e triviais e a falta de coragem. É fácil sermos extremamente
ocupados e preguiçosos ao mesmo tempo. Somos vitimas do vício do ócio ou de dormir, o
apego ao prazer nos faz ficar lentos e sem determinação para causas mais importantes.
Sentimos prazer em atividades banais e nos dedicamos com intenso vigor a elas.

Lembre-se: uma pessoa inteligente sacrifica de boa vontade o que tem menos valor.
Perfeição 5 – A concentração:

Desenvolvido o esforço, ele deve ser aplicado ao cultivo da concentração. Pessoas cujas
mentes estão distraídas vivem entre as garras das emoções perturbadoras. Sem uma mente de
permanência serena é impossível atingirmos os mais altos graus de perfeição moral, ela age
como um receptáculo de todas as realizações superiores. A raiz da concentração é a atenção
plena, a habilidade de reter o foco em nosso objeto. Para tal, precisamos encontrar quietude
interna e evitar o excesso de atividade mental.

Ao desenvolvermos uma mente serena, as distrações interiores são superadas, mas primeiro
precisamos nos livrar das distrações externas grosseiras, criadas por atividades físicas e verbais
não saudáveis. Uma base essencial para desenvolver uma mente serena é a observância da
disciplina ética. Um estilo de vida ético é essencial, pois os ventos das ações não saudáveis cria
turbulência no lado da mente e dissipa nosso poder de concentração.

A permanência serena nos capacita a direcionar nossa mente aonde quisermos e manter nossa
atenção num objeto focal particular por quanto tempo desejarmos. Esta atenção intensa nos
traz resultados impressionantes. A concentração é importante não só em nossas práticas
espirituais, como também em nossa vida diária.

Perfeição 5 – Sabedoria:

O proposito principal de desenvolver a concentração e a permanência serena é que elas sirvam


de base de sustentação para a sabedoria. Os praticantes mais evoluídos usam a sabedoria para
a investigação da realidade. O entendimento completo da realidade nos livra inteiramente da
ilusão, mas mesmo uma compreensão parcial nos afasta em boa parte do sofrimento. Para o
budismo, a chave da verdadeira sabedoria, que nos leva a superação de todos os enganos e
estados ilusórios é a investigação profunda do nosso próprio Eu, a natureza de nosso Ego e de
nossas identificações. Enquanto permanecermos agarrados e apegados à concepção de nosso
próprio Eu, não conseguiremos apreender o Divino, as causas maiores que regem a vida, a
morte e o estado de iluminação.

A raiz de todas as qualidade visíveis e invisíveis é a sabedoria. Os muitos problemas do mundo


tem sua raiz na ignorância. São necessários inteligência, interesse e esforço para compreender
a realidade. A causa de nosso sofrimento presente é a ignorância em relação à realidade. Não
apenas não sabemos como as coisas realmente existem como distorcemos sua existência.

A Sabedoria é o olho que vê a realidade última. É o caminho que extirpa totalmente a


existência mundana. É o tesouro do conhecimento louvado em todas as escrituras. A luz mais
preciosa que dissipa a escuridão. Sabendo disso, o sábio segue o caminho com grande esforço.

Bibliografia:

RINCHEN, Geshe Sonan - As seis perfeições, como atingir o bem estar supremo.
1ª edição. São Paulo: Martinsfontes, 2009.

Anda mungkin juga menyukai