Ortográficos
3 – Transcrição para prosa (texto narrativo: conto). Se for a primeira vez que os
alunos vão realizar essa transcrição da estrutura do texto, o professor deverá
fazer primeiro ou junto com os alunos na lousa, caso contrário cada um fará no
seu caderno. Em qualquer situação o texto, agora em forma de conto, será
transcrito no caderno.
4- Reconto – o professor solicita aos alunos que façam o reconto (produzir um
conto baseado na história que foi lida, usando as palavras que estarão no banco
de dados fixado na lousa):
BANCO DE PALAVRAS
Estas atividades podem e devem ser usadas desde que as palavras estejam
contextualizadas.
Por estas sugestões, o professor pode usar sua criatividade e desenvolver novas
atividades de acordo com seu planejamento. No caso de alunos com dificuldades
em outros grupos de dificuldades, diferente do grupo que o professor planejou
para a maioria da turma, ele deve dispor de atividade diversificada.
Não esquecendo que o mapa inicial é a base, e guardar os textos produzidos são
o norte do desenvolvimento e avanço, inclusive avaliação.
Erros de ortografia tem que ser trabalhados pelos grupos, o que não pode
acontecer é, no final do ano, reprovar um aluno porque “escreve muito errado”.
Por:
Júlia Virginia de Moura- Pedagoga
Fonte de Pesquisa:
Morais, Artur Gomes de. Ortografia: ensinar e aprender. Editora Ática, 1998,
128 p
Gramática Didática da Língua Portuguesa – Hermínio Sargentim –IBEP
Língua Portuguesa – Solução para dez desafios do professor – Rana e Augusto –
Edit. Ática
3- Analisando a Crônica
(levar um impresso com a transcrição da Crônica para cada aluno)
DETALHES
Luis Fernando Veríssimo
O velho porteiro do palácio chega em casa, trêmulo. Como sempre que tem baile
no
palácio, sua mulher o espera com café da manhã reforçado. Mas desta vez ele
nem
olha para a xícara fumegante, o bolo, a manteiga, as geleias. Vai direto à
aguardente. Atira-se na sua poltrona perto do fogão e toma um longo gole de
bebida, pelo gargalo.
___ Helmuth, o que foi?
___ Espera, Helga. Deixa eu me controlar primeiro.
Toma outro gole de aguardente.
___ Conta, homem! O que houve com você? Aconteceu alguma coisa no baile?
___ Co-começou tudo bem. As pessoas chegando, todo mundo de gala, todos
com
convite, tudo direitinho. Sempre tem, é claro, o filhinho de papai sem convite
que
quer levar na conversa, mas já estou acostumado. Comigo não tem conversa. De
repente, chega a maior carruagem que eu já vi. Enorme. E toda de ouro. Puxada
por três parelhas de cavalos brancos. Cavalões! Elefantes! De dentro da
carruagem,
salta uma dona. Sozinha. Uma beleza. Eu me preparo para barrar a entrada dela
porque mulher desacompanhada não entra no baile do palácio. Mas essa dona
tão
bonita, tão sei lá, radiante, que eu não digo nada e deixo ela entrar.
___ Co-começou tudo bem. As pessoas chegando, todo mundo de gala, todos
com
convite, tudo direitinho. Sempre tem, é claro, o filhinho de papai sem convite
que
quer levar na conversa, mas já estou acostumado. Comigo não tem conversa. De
repente, chega a maior carruagem que eu já vi. Enorme. E toda de ouro. Puxada
por três parelhas de cavalos brancos. Cavalões! Elefantes! De dentro da
carruagem,
salta uma dona. Sozinha. Uma beleza. Eu me preparo para barrar a entrada dela
porque mulher desacompanhada não entra no baile do palácio. Mas essa dona
tão
bonita, tão sei lá, radiante, que eu não digo nada e deixo ela entrar.
___ Bom, Helmuth. Até aí...
___ Espera. O baile continua. Tudo normal. Às vezes rola um bêbado pela
escadaria, mas nada de mais. E então bate a meia-noite. Há um rebuliço na
porta do
palácio. Olho para trás e vejo uma mulher maltrapilha que desce pela escadaria,
correndo. Ela perde uma sapato. E o príncipe atrás dela.
___ Bom, Helmuth. Até aí...
___ Espera. O baile continua. Tudo normal. Às vezes rola um bêbado pela
escadaria, mas nada de mais. E então bate a meia-noite. Há um rebuliço na
porta do
palácio. Olho para trás e vejo uma mulher maltrapilha que desce pela escadaria,
correndo. Ela perde uma sapato. E o príncipe atrás dela.
___ O príncipe?
___ Ele mesmo. E gritando para mim segurar a esfarrapada. “Segura! Segura!”
Me
preparo para segura-la quando ouço uma espécie de “vum” acompanhado de um
clarão. Me viro e...
___ E o quê, meu Deus?
O porteiro esvazia a garrafa com um último gole.
___ Você não vai acreditar.
___ O príncipe?
___ Ele mesmo. E gritando para mim segurar a esfarrapada. “Segura! Segura!”
Me
preparo para segura-la quando ouço uma espécie de “vum” acompanhado de um
clarão. Me viro e...
___ E o quê, meu Deus? 186
O porteiro esvazia a garrafa com um último gole.
___ Você não vai acreditar.
___ Conta!
___ A tal carruagem. A de ouro. Tinha se transformado numa abóbora.
___ Numa o quê?
___ Eu disse que você não ia acreditar.
___ Uma abóbora?
___ E os cavalos em ratos.
___ Helmuth...
___ Não tem mais aguardente?
___ Acho que você já bebeu demais por hoje.
___ Juro que não bebi nada!
___ Esse trabalho no palácio está acabando com você, Helmuth. Pede para ser
transferido para o almoxarifado.
VERÍSSIMO, L. F. O analista de Bagé. 100. ed. Porto Alegre: L&P Editore
4-Identificação: o narrador é um personagem – o porteiro do palácio do Rei.
Vejam o nome dele e da sua mulher:
Helmut e Helga então porque o Luis Fernando Veríssimo escolheu esses
nomes?
Esses nomes Alemães se referem a quem? - Ao Green. Isso ao Jacob Green, que
ele é a referencia no mundo do conto de fadas, aqui o é Jacob Grimm é o
sobrenome, ( Jacob grimm e Wilhelm Grimm -autores alemães dos contos de fadas
infantis). Então a escolha desses nomes foi intencional, do Luis Fernando.
6- INTERPRETAÇÃO
a)Trabalhar primeiro o título: Porque que o Luis Fernando Veríssimo
colocouDetalhes, porque que vocês acham que ele colocou esse título
Detalhes? No começo do texto fala dos detalhes da casa do porteiro, a mulher
colocou bolo, manteiga, totalmente detalhado o dia dele. Mas há também os
detalhes do conto da Cinderela: a abóbora, os ratinhos…
b)o que daria para identificar o humor aqui nesse texto porque que fica
engraçado?
c) Por que ele ficou espantado? (Ima moça chegar ao baile sozinha, os bêbados,
os que entram sem ingresso) Isso aqui vocês acham que poderia ter ocorrido
assim na atualidade ou em tempos lá da Cinderela, o que vocês acham?
Veja abaixo o Poema A Arte de Ser Feliz por Cecília Meireles e atividades de
interpretação de texto para 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental.
Cecília Meireles
Glossário
Aspersão – Substantivo feminino que significa ato ou efeito de aspergir água ou outro
líquido. Borrifar, espalhar, jogar água ou outro líquido. Na liturgia, no batismo por aspersão,
a água é borrifada, espalhada ou chuviscada sobre o batizando.
Félix Lope de Vega – Dramaturgo espanhol nascido em Madri, fundador da comédia
espanhola e um dos mais prolíficos autores da literatura universal.
Cecília Meireles – Cecília Benevides de Carvalho Meireles foi uma poetisa, pintora,
professora e jornalista brasileira. É considerada uma das vozes líricas mais importantes
das literaturas de língua portuguesa.
1 – No trecho ” E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que
caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.” A autora retrata
uma imensa felicidade motivada pela atitude do homem. Por que isso deixava a poetisa
feliz?
2 – Observando ao seu redor a cidade, a autora diz que “Tudo está certo, no seu lugar,
cumprindo o seu destino.” Explique:
3 – Segundo o escritor Henry Ward Beecher, “A arte de ser feliz está no poder de extrair
felicidade de coisas comuns.” Esta citação vem de acordo ao expressado no poema de
Cecília Meireles?
4 – Ao vir para a escola você já reparou no mundo ao seu redor? Que imagens ou atitudes
te fazem sentir-se feliz como a autora?