Anda di halaman 1dari 22

59:


GEOGRAFIAS E IMAGENS:
NOTAS DECOLONIAIS PARA UMA AGENDA
DE PESQUISA

 LEO NAME*

Resumo: Com vistas a esboçar uma agenda preliminar de pesquisa, primeiramente será feito um cotejamento das
“geopolíticas do conhecimento”, conforme às conceituações decoloniais, com duas abordagens geográficas
interessadas em imagens: o debate produzido por intelectuais da geopolítica crítica a respeito das “geopolíticas
populares” e a discussão a respeito das “geografias pop”. Depois, serão apresentadas algumas das abordagens
decoloniais que, mais recentemente, têm dado ênfase à análise de imagens. Frente à exposição deste leque de
contribuições, finalmente serão delineadas geografias nas imagens e geografias das imagens dispostas a
desencobrir o eurocentrismo e a colonialidade do poder que desenham e movimentam representações geo-
historicamente reproduzidas a respeito do Outro e seus espaços.
Palavras-chaves: imagens, decolonialidade, geografias pop, geopolíticas populares, geopolíticas do conhecimento.

Introdução________________________ apresentando vasta literatura (CABALLO


e HERRERA, Orgs., 2015; CASTRO-
Nas últimas décadas, o chamado GOMEZ e GROSFOGUEL, CLÍMACO,
giro decolonial latino-americano vem Org., 2014; Orgs., 2007; GANDARILLA,

ESPAÇO E CULTURA, UERJ, RJ, N. 39, P.59-80,JAN./JUN. DE 2016


http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/
60:
Org., 2016; KEATING, Org, 2009; cultural e pedagógico, iniciado com a
LANDER, Org., 2000; MIGNOLO e invasão à América e indissociável da
ESCOBAR, Orgs., 2010; PALERMO e colonialidade do poder. Assim, dizem não
QUINTERO, Orgs., 2014; QUIJANO, ser possível referir-se tão somente à
Org., 2014; RESTREPO e ROJAS, 2010; “modernidade” – o que há, na verdade, é a
SEGATO, 2015; VALLEGA, 2014; “modernidade-colonialidade” impositiva
WALSH, Org., 2005) que aponta a de um pensamento único a respeito de
permanência da chamada “colonialidade do uma superioridade europeia “branca”,
poder” em várias instâncias da vida social. masculina, heterossexual e burguesa. No
O conceito, defendido por autores como entanto, esta crença não é exclusividade
Quijano (1992; 2000a e 2000b), Mignolo de mentes europeias: manteve-se na
(2000, 2011) e Grosfoguel (2006), diz condução do colonialismo e do
respeito às várias dimensões de poder imperialismo por potências da Europa, nos
constitutivas do colonialismo e de seus “colonialismos internos” (GONZÁLEZ-
legados, ainda presentes. Refere-se, mais CASANOVA, 2006 e [1969] 2015), e
especificamente, a um conjunto de práticas ainda é presente no globalismo
e discursos inerentes à fabulação de uma contemporâneo de grande centralidade
distinção da Europa em relação a outros estadunidense. Auxilia na condução deste
lugares e culturas a partir de uma projeto moderno-colonial uma
classificação social associada à ideia de “geopolítica do conhecimento”
“raça: a “branquitude” é geo- (MIGNOLO, 2002) que legitima e
historicamente posta como traço mantém estas assimetrias de poder.
identitário e civilizatório da ética As abordagens decoloniais dão
capitalista, sobredeterminada por uma centralidade política e analítica à América
aparência europeia norte-ocidental alçada Latina, em si mesma um conjunto de
a estatuto de “brancura racial e cultural” representações conflitivas (MIGNOLO,
(ECHEVERRÍA, 2010, p. 57-86) – [2005] 2007); e normalmente se voltam
codificado em discriminações “étnicas”, contra o racismo epistêmico que é
“culturais”, “nacionais”, “climáticas”, componente estrutural da modernidade-
“regionais” e “paisagísticas”, por exemplo. colonialidade e sua racionalidade
Escritos decoloniais assinalam instrumental dita objetiva e neutra. No
também que a modernidade é um projeto entanto, ainda que a ideia de “raça”
eurocêntrico, militar, político, social, claramente se sustente sobre dados visuais
ESPAÇO E CULTURA, UERJ, RJ, N. 39, P.59-80,JAN./JUN. DE 2016
http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/
61:
(NAME, 2013a, p. 134-143; ver também: fazer uso do debate autocrítico a respeito
BOAS, [1894] 2004 e [1931] 2005), são do apego às imagens nos processos de
poucos e recentes os escritos atentos ao teorização e transmissão de
papel do ocularcentrismo moderno- conhecimentos geográficos (COSGROVE,
colonial – e, mais especificamente, das 2001, 2003 e 2008; DRIVER, 2003;
imagens,1 na instituição e legitimação de GOMES, 2013; NOVAES, 2010, 2011 e
colonialidades (BARRIENDOS, 2008 e 2013a; ROSE, 2003 e 2004; RYAN, 2003),
2011; LEÓN, 2012 e 2015; SCHIWY, o que auxiliaria a problematização da
2009). Além disso, a dimensão espacial visualidade na teoria decolonial.
tem pouca centralidade nos textos De modo a contribuir com estas
decoloniais, na medida em que também questões, apresentarei uma discussão
são raros os debates a respeito dos sobre imagens conduzida ao mesmo tempo
discursos e das práticas que geo- pela geografia e pela decolonialidade.
historicamente ensejam os modos de Cotejarei as ideias sobre geopolíticas do
produzir, conceber e representar os conhecimento no debate colonial com as
diferentes lugares e paisagens (FREIRE- definições sobre geopolíticas populares e
MEDEIROS e NAME, 2017; NAME, geografias pop por intelectuais da
2017; NAME e FREIRE-MEDEIROS, geografia interessados em imagens. Em
2017; RODRÍGUEZ, 2013). A par e seguida, apresentarei algumas das
passo, com raras exceções (CRUZ e DE abordagens decoloniais, relacionadas à
OLIVEIRA, 2017; PORTO- visualidade, que as tensionam ou
GONÇALVES, 2011; ROCHA, 2015; complementam, para enfim traçar um
SILVA E ORNAT, 2016) é notória a esboço de agenda decolonial de pesquisa
ausência de intelectuais com filiação à sobre geografias de imagens e nas
geografia nos debates sobre a imagens: atenta aos entrecruzamentos
decolonialidade. Geógrafas e geógrafos entre as representações do espaço nos
têm renunciado à possibilidade de populares objetos das culturas de massa,
tensionar, a partir da centralidade que é seu conteúdo (geo)político e o legado
dada ao espaço como seu objeto distintivo colonial que as institui e põe em
da investigação, a recorrente enunciação movimento.
de metáforas espaciais sem o devido
adensamento conceitual pelos escritos Um emaranhado de geopolíticas e
decoloniais.2 Vêm renunciando, também, geografias pop(ulares)_______________
ESPAÇO E CULTURA, UERJ, RJ, N. 39, P.59-80,JAN./JUN. DE 2016
http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/
62:
colonialidades; desvelar a parcialidade e o
O filósofo argentino Walter D. provincianismo do racionalismo científico;
Mignolo tem argumentado que a e estabelecer interseções com outros
modernidade-colonialidade ativa uma conhecimentos e racionalidades afincados
estrutura de saberes concebidos e em lugares subalternizados e
utilizados para promover a naturalização marginalizados, em especial na América
de específicas visões de mundo, saberes e Latina. Em sua conceituação, no entanto,
técnicas, assim mantidos como Mignolo utiliza o termo “geopolítica” sem
hegemônicas. Para isso, desqualificam a respeito dele instaurar discussão mais
outras cosmovisões e expropriam ou aprofundada. Além disso, é bastante
descartam outros saberes. As chamadas secundário nos seus escritos e nos de
“geopolíticas do conhecimento” demais intelectuais decoloniais o papel
(MIGNOLO, 2000, 2002, 2011, [2003] conferido às imagens na produção e
2015a, [2013] 2015b; MIGNOLO e transmissão de conhecimentos conduzidas
WALSH, [2003] 2015), isto é, os modos pela colonialidade.
de conceber, produzir e transmitir saberes A geografia pode nos ajudar a
na modernidade-colonialidade, alçam a preencher estas duas importantes lacunas.
produção científica de base racionalista O conceito de geopolítica que a
como conhecimento “neutro” e “universal”, partir do século XIX foi crescentemente
ocultando seu caráter de conhecimento incorporado ao saber dito geográfico toma
situado (HARAWAY, 1988, p. 313-346) – como base a ação do estado-nação,
maiormente eurocêntrico e poucas vezes compreendido como entidade viva que
livre das construções elaboradas nas necessita de territórios, liberdade de
experiências de conquista, nos desejos de movimentos e coesão interna para a sua
distinção e nas vontades de dominação de sobrevivência (BRAGA, 2011;
um “homem branco” geo-historicamente CHAUPRADE, 2001). Nesse sentido,
construído. Mignolo (2000) também nos Vesentini (2000) e Lacoste (1993 e [1976]
informa que é tarefa da decolonialidade 2002) afirmam que ao considerar o Estado
delinear certa gnose que, longe de acima dos interesses sociais, obliterando a
desprezar conhecimentos pré-existentes, divisão social, a geopolítica converte-se
pretende refletir sobre as localizações em instrumento de dominação – o
epistemológicas – com base em lugares discurso geopolítico serviu e vem servindo
centrais – que engendram as admiravelmente ao expansionismo
ESPAÇO E CULTURA, UERJ, RJ, N. 39, P.59-80,JAN./JUN. DE 2016
http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/
63:
colonial e imperial, afinal (AZEVEDO, reforça antigas rivalidades entre as
1955; CLAVAL, 1994; NAME, 2010a). geografias francófonas e anglófonas – que
Além disso, o estado-nação não pode ser também dizem respeito a embates e
compreendido como a única representação estratégias concernentes às geopolíticas
espacial possível da geopolítica, na medida do conhecimento geográfico – ao ignorar
em que há inúmeros outros agentes que os escritos de intelectuais com base no
estabelecem relações de poder com os Reino Unido e nos Estados Unidos que, ao
territórios – e que, por isso, menos desde a década de 1990,
constantemente os redesenham. apresentam argumentos similares.
Nessa direção e em texto mais Os escritos da chamada
recente, Lacoste (2004) debateu o papel de “geopolítica crítica” (DALBY e Ó
uma “geopolítica do inglês”. Para o TUATHAIL, Orgs., 1998; DODDS et al.,
geógrafo francês, a difusão do idioma em Orgs., 2013; Ó TUATHAIL, 1999) vêm
escala mundial é resultada da combinação refletindo sobre a história, os significados,
de diferentes contextos em diferentes os conceitos e os termos dos estudos
tempos-espaços, que o alçaram, no quadro geopolíticos. Informam que a geopolítica
de todos os países, ao campo das mais ortodoxa é irreflexivamente
rivalidades de poderes e de influências. eurocêntrica e estreitamente ligada às
Sendo assim, o inglês geo-historicamente estruturas de poderosas instituições do
ganhou contornos geopolíticos e produziu Ocidente – de universidades a burocracias
efeitos geopolíticos: tenha sido a partir de militares; e que há, na verdade, diferentes
sua imposição pelas autoridades coloniais formas e expressões geopolíticas: além das
britânicas sobre os povos e territórios “geopolíticas formais” de expertos ligados
conquistados e pela precoce difusão da a um ou mais estados-nação e à Academia,
imprensa colonial em língua inglesa; seja, há as “geopolíticas práticas” dos chefes de
mais contemporaneamente, no rastro de estado e dos executores das políticas
uma dominância cultural e territorial de internacionais e as “geopolíticas
produtos midiáticos como os filmes populares” ligadas a conteúdos
hollywoodianos, a pop music e o rock „n‟ geográficos e políticos criados e
roll, por exemplo. O autor, contudo, difundidos pelos diversos dispositivos das
exime-se de comentar práticas mídias visuais transnacionais. A
colonizadoras de difusão da língua samblagem destas distintas geopolíticas
francesa muito similares. Além disso, influencia, segundo tais escritos, as ações
ESPAÇO E CULTURA, UERJ, RJ, N. 39, P.59-80,JAN./JUN. DE 2016
http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/
64:
cotidianas da política externa dos países, legitimam toda sorte de intervenções
espacializa fronteiras e perigos, ensejam arbitrárias ou violentas e, mais
compreensões geográficas sobre eventualmente, dão suporte a discursos de
identidade nacional, pessoas e lugares e resistência (NOVAES, 2012, 2013b,
cria representações geopolíticas, em 2014a, 2014b; RODRIGUES, 2014 e
grande medida efetuadas com o auxílio de 2017).
imagens (Ó TUATHAIL, 1999, p. 109- No que diz respeito ao
123; Ó TUATHAIL e DALBY, 1998; p. delineamento e à análise das geopolíticas
4-5). populares, a literatura tem lançado foco
A geopolítica crítica, portanto, põe sobre o imaginário geopolítico presente
em evidência a constituição de uma em filmes hollywoodianos (CARTER e
cultura visual fundamental desde as DODS, 2011; CARTER e
primeiras teorizações geopolíticas MCCORMACK, 2006; DODDS, 2003,
(HUGUES, 2007; NOVAES, 2015; Ó 2005, 2008 e 2010; FUNNELL e DODDS,
TUATHAIL, 1996). Especial atenção tem 2017; Ó TUATHAIL, 2005; SAUNDERS,
sido dada aos mapas, que quando 2012; SHARP, 1998), quadrinhos de
utilizados por autores como Friedrich super-heróis (DITTMER, 2005 e 2007) e
Ratzel, Karl Haushofer, Halford no fotojornalismo (CAMPBELL, 2007;
Mackinder, Alfred T. Mahan e Carlos de MCDONALD, 2006). No entanto, uma
Meira Mattos, por exemplo, não eram análise mais cuidadosa faz perceber que
objetivas descrições visuais da “realidade”, esses trabalhos contemplam basicamente
mas imagens extremamente sedutoras que dois temas: representações da Guerra Fria
implicitamente sugeriam ou exigiam e representações da Guerra ao Terror
tomadas de decisão atendentes aos contemporânea. Ao dar mais centralidade
interesses políticos de quem as utilizava: a estes dois momentos históricos,
derrota de inimigos, conquista e proteção restringir-se à escala global e voltar
de territórios ou ampliação de poderes de atenção quase exclusiva a representações
um ou mais estados-nação, por exemplo de produtos da cultura de massa made in
(BRAGA, 2011). A partir do século XX, USA, por um lado reforçam a centralidade
os mapas ganham espaço na imprensa e de pontos de vista estadunidenses sobre as
nas diversas mídias e ainda atualmente relações internacionais do presente e do
mantêm e renovam preconceitos em passado; por outro, expõem um
relação ao Outro e seus espaços, entendimento de que geopolíticas
ESPAÇO E CULTURA, UERJ, RJ, N. 39, P.59-80,JAN./JUN. DE 2016
http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/
65:
populares se limitam a representações que geógrafo estadunidense John K. Wright
reencenam apenas os conflitos (1947), que em sua época discutiu a
reconhecidos como geopolíticos por uma geograficidade de trabalhos não científicos
visão mais ortodoxa. Assim reificam, – livros de viagem, revistas e jornais,
lamentavelmente, o que a geopolítica livros de ficção e poesias, pinturas e filmes
crítica exigiu ser superado. – que para ele faziam com que nenhum
Com resultados um pouco lugar fosse completamente desconhecido.
diferentes, há a defesa de certa “geografia O olhar sobre as geografias pop
pop” (NAME, 2008, 2010b e 2013a), tem exigido, no entanto, uma análise mais
efetuada pela reprodutibilidade seriada e contundentemente diacrônica, apontando
mimética das inúmeras representações da genealogias de longa duração nas imagens
cultura de massa – em guias e revistas de do presente. Afinal, muito antes dos guias
viagem, cartões-postais, panoramas, de viagens e dos filmes sobre lugares
filmes, videoclipes, séries de televisão, inóspitos serem produzidos, já circulavam
telenovelas, quadrinhos e videogames, por mapas, pinturas e desenhos de viajantes e
exemplo –, que circulam globalmente e exploradores coloniais, que atuavam como
estão mormente alinhadas a poderes prolongamentos da zoologia, da
dominantes e reforçadoras de estereótipos, antropologia, da botânica, da entomologia,
hierarquias e subalternidades de gênero, da biologia e da medicina coloniais
raça, classe e lugar. A discussão tem como (SHOHAT e STAM, [1994] 2006, p.
premissa a afirmação de Denis Cosgrove 153). Além disso, cumpriam uma função
([1989] 1998) de que “a geografia está em narrativa sobre os lugares, com base na
toda parte”, concentra atenção na noção imaginação geográfica europeia
benjaminiana de “reprodutibilidade (COSGROVE, 2001 e 2008; DYM e
técnica” (BENJAMIN, [1936] 1994) e OFFEN, Orgs., 2011; MIGNOLO,
segue a trilha aberta por trabalhos [1995] 2010, p. 219-313) que classificava
centrados em imagens tributárias da diferentes como “primitivos”. As
cultura de viagem (AMANCIO, 2000; representações midiáticas contemporâneas
FREIRE-MEDEIROS, 2000, 2002 e não podem, por isso, ser analisadas em
2007; FREIRE-MEDEIROS e NAME, desconexão com este repertório narrativo
2003; NAME, 2003, 2004 e 2007; e imagético sobre o Outro e seus espaços,
SHOHAT e STAM, [1994] 2006). que é parte do legado colonial que ainda
Referencia, também, os argumentos do reforça assimetrias de poder.
ESPAÇO E CULTURA, UERJ, RJ, N. 39, P.59-80,JAN./JUN. DE 2016
http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/
66:
Para lançar seu olhar crítico a uma respeito das geografias pop, por sua vez,
geopolítica de imagens que é também de início apoiou-se nas chamadas novas
geopolítica do conhecimento, a análise das geografias culturais anglófonas e
geografias pop se interessa tanto por francófonas, cujos alicerces foram
representações de paisagens geo- construídos desde a década de 1980 tanto
historicamente difundidas e muitas vezes sobre teorias pós-modernas como
reducionistas (NAME, 2012 e 2013b) e acepções pós-coloniais: as primeiras não
coteja-as com as de “personagens rompem efetivamente com o projeto
geográficos” (NAME, 2013a, p. 73-79; ver moderno-colonial, mas as segundas são
também: DO NASCIMENTO, 2017; críticas a discursos e práticas de uma
RODRIGUES, 2017), isto é, as eurocentralidade formulada, no decurso do
representações que contêm corpos imperialismo, não a partir das relações
(humanos ou não humanos, reais ou geo-históricas conflitivas da Europa com a
fictícios) a partir dos quais se desenham América Latina, mas com a Ásia e a
narrativas que inextricavelmente lhes África.
associam a um ou mais espaços e práticas Esta atenção à diacronia e à longa
socioespaciais. Com este movimento, duração, contudo, é o elemento mais
mostra-se que, devido a sua condição distintivo da análise com base nas
visual, ideias sobre paisagem, corpo e geografias pop em relação aos escritos
“raça” podem se sobrepor. interessados nas geopolíticas populares. Se
ambos têm interesse nos contextos
Contribuições decoloniais___________ político, social, econômico e cultural que
no presente ajudam a moldar uma
A filiação teórica a escritos representação imagética, a investigação a
anglófonos da geopolítica crítica e a respeito das geografias pop também visa a
centralidade deferida a imagens revelar um acúmulo de representações
relacionadas a políticas externas geo-historicamente reproduzidas, em
estadunidenses, além da barreira especial as narrativas do colonialismo e do
linguística – nem todos os escritos imperialismo que construíram
decoloniais foram escritos em inglês ou inteligibilidades, estereótipos e sensos
receberam tradução – afastam os escritos a comuns várias vezes apresentados como
respeito das geopolíticas populares da “conhecimento”. Desse modo, a análise
teorização decolonial. A conceituação a interessada nas geografias pop evoca o
ESPAÇO E CULTURA, UERJ, RJ, N. 39, P.59-80,JAN./JUN. DE 2016
http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/
67:
passado para a análise do presente, não XX (FOUCAULT, [1975] 2006; ver
como uma simples releitura da História, também: LEÓN, 2015). No entanto, a
mas como um método espaciotemporal análise decolonial também lança o olhar
necessariamente não linear. Assim, se o sobre a profusão de imagens que desde
interesse na construção de uma episteme 1492 sintetizava a América por meio de
latino-americana e nas diversas imagens mapas, paisagens e corpos – os primeiros
que vêm ao longo do tempo representando registros visuais da colonialidade do
corpos e paisagens da América Latina poder.
aproximou a análise das geografias pop da Nessa direção, é fundamental a
decolonialidade (NAME, 2017), na análise do historiador mexicano Joaquín
verdade sua “incerteza se o passado é de Barriendos (2008 e 2011; ver também:
fato passado, morto e enterrado, ou se CHICANGANA-BAYONA, 2011) a
persiste, mesmo que talvez de outras respeito da “colonialidade do ver”. Tendo
formas” (SAID, [1993] 1995, p. 33), como ponto de partida a cartografia e os
sempre lhe conferiu uma atitude registros visuais etnográficos da
decolonial. colonização hispânica na América, ele
A opção decolonial não ignora disserta sobre a predileção por imagens
conhecimentos acumulados, apenas os reducionistas, estereotipadas e
reinterpreta. Valoriza o entendimento a degradantes dos povos indígenas. Dente
respeito de um regime óptico instaurado os processos instaurados no período
pela construção de arquiteturas de colonial, há o regime visual eurocêntrico e
controle, como os presídios, os conventos universalizante que fez com que tierras
e as escolas, cujo o apogeu ocorreu entre caribes – onde se escondiam riquezas, mas
os séculos XVII e XVIII, a qual sobre as quais inicialmente nada se sabia –
sucederam mais duas etapas: uma fossem alvo de representações imagéticas
midiática, entre os séculos XIX e XX, de sobre o canibalismo, uma prática
um regime visual instaurado a partir da realmente existente em alguns grupos
reprodutibilidade técnica conseguida por indígenas, mas que passou a ser enunciada
inúmeros dispositivos audiovisuais, em sobre quaisquer grupos indígenas. Seja
especial a fotografia e o cinema; e outra, ritualizado no caso de aliados, seja
digital, de regime marcado pela desumanizado no caso de inimigos, o
informática, pela mobilidade e pela canibalismo reinventado e difundido em
virtualidade, iniciado no final do século imagens contribuiu para que ordens
ESPAÇO E CULTURA, UERJ, RJ, N. 39, P.59-80,JAN./JUN. DE 2016
http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/
68:
diferenciais de rebaixamento e em processos atravessados pelos pontos de
conspurcação pudessem justificar a vista de grupos dominantes – não
evangelização, a escravidão e a somente, mas especialmente, da América
expropriação dos territórios pelos Latina.
colonizadores. No entanto, se estas É necessário destacar, contudo, que
imagens têm início nos primeiros nestas imagens, quem representa nunca
momentos da invasão europeia, elas está presente na representação, sempre é
resistiram ao tempo: o canibal manteve-se externo à imagem. A “branquitude” é
como personagem geográfico recorrente invisível – e em alguma medida
em imagens estereotípicas de corpos demiúrgica:
indígenas ameaçadores que de forma
abjeta comem carne humana ou cozinham ao mesmo tempo em que estas
homens “brancos” civilizados em um imagens inferiorizam o Outro,

caldeirão gigante, ainda bastante comuns. também desterritorializam o self


daquele que lança o olhar. Oculta-se o
É por isso que Christian León
ponto de vista – e, portanto, de
(2012) afirma que a colonialidade do ver se
enunciação – que as produziu, e, por
renova, na atualidade, a partir do que ele
isso, a autoria das imagens – de
nomeia como “telecolonialidade”. O
corpos a paisagens – apresenta-se
sociólogo equatoriano insiste que os como se desprovida de qualquer dado
dispositivos audiovisuais ainda vêm de etnicidade, gênero e classe (NAME
realizando uma incorporação moderno- e FREIRE-MEDEIROS, 2017).
colonial do Outro que atualiza a
colonialidade; e que no contexto de uma Alex Schlenker (2010, 2011 e
sociedade do espetáculo extensivamente 2012) invoca, por isso, a necessidade de
midiática, os meios audiovisuais vêm desentranhar das imagens a relação entre
administrando as imagens em circulação representação e classificação. Para o
para um controle geopolítico da intelectual marroquino radicado no
alteridade. Ao mesmo tempo, a Equador, há maneiras de representar o
reprodutibilidade, a simultaneidade e a que é subalterno – com base em requisitos
instantaneidade crescentes no mundo “raciais”, culturais, de gênero, de classe ou
contemporâneo contribuem para a maior de lugar – que em verdade são sínteses
difusão destas imagens geo- visuais de processos geo-históricos do
historicamente produzidas e consumidas capitalismo na América Latina. São mais
ESPAÇO E CULTURA, UERJ, RJ, N. 39, P.59-80,JAN./JUN. DE 2016
http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/
69:
onipresentes por conta de sua aderência a apresentar certas indefinições em seus
discursos em auxílio às condições de postulados espaciais permite que
dominação social de determinados grupos geógrafas e geógrafos, que têm o espaço
sobre outros e porque naturalizam sensos como objeto de um tipo de investigação
comuns conduzidos pela colonialidade. O usualmente apoiado por imagens,
autor exige uma análise crítica de modo a contribuam com a teorização decolonial
desmontar a universalidade, a propondo conceituações mais robustas. A
neutralidade e a objetividade atribuídas decolonialidade também incita uma
aos pontos de vista da “branquitude”. autorreflexão a respeito das colonialidades
Exige, também, que quem venha a do saber e do poder inerentes às
analisar imagens, as leia como objetos- geografias acadêmicas, que variadas vezes
representações compostos por várias colaboraram para que distinções de classe,
camadas de discursos geo-históricos; gênero, “raça” e, sobretudo,
explicite sua própria localização hierarquizações entre espaços atendessem
epistemológica, necessariamente a interesses dominantes. No que diz
instituinte de suas elucubrações, de modo respeito especificamente ao conhecimento
a borrar o eurocentrismo e a geopolítico, a decolonialidade tensiona
“branquitude” por trás de suas maneiras visões mais ortodoxas, na medida em que
de produzir ou classificar conhecimentos. desencobre o fato de que não há estado-
Sem isso, o conjunto de imagens geo- nação ou identidade nacional que não
historicamente produzidas dificilmente sejam amalgamados com a “branquitude”,
será percebido como parte das dívidas da qual os valores de outros atores
históricas, sociais e, sobretudo, territoriais geopolíticos, que recebem atenção de
e “raciais” ainda não superados. análises mais críticas, na maioria das vezes
também não estão isentos.
Notas decoloniais finais para um Ao longo deste trabalho visei a
esboço de agenda de pesquisa________ demonstrar que imagens efetuam,
representam e legitimam assimetrias do
A teoria decolonial reúne um poder. No entanto também tentei
conjunto de reflexões e conceitos demonstrar a necessidade de compreendê-
potencialmente profícuo para a las como parte do legado da colonialidade,
investigação geográfica. Amplia o escopo isto é, como práticas e discursos que
do que é considerado “conhecimento” e ao pensam e organizam a totalidade do
ESPAÇO E CULTURA, UERJ, RJ, N. 39, P.59-80,JAN./JUN. DE 2016
http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/
70:
tempo e do espaço, e toda a humanidade, a dispostos os objetos no espaço
partir de uma experiência eurocentrada enquadrado, mantendo que relações entre
que desde a invasão da América é o padrão si e a partir de que ideologias, traduzidas
de referência superior e universal por que linguagens e estéticas. Assim se
(LANDER, 2000). pode decodificar os sentidos que
A partir destas notas iniciais, posso hierarquizam espaços e fazem com que
finalizar este trabalho lançando determinados poderes se naturalizem ou
indagações que podem orientar futuras se consolidem.
pesquisas capazes de articular sincronias e Há que se perguntar, também,
diacronias inerentes ao que podemos quais são suas “escalas de representação”
chamar de geografias nas imagens e (NAME, 2004, 2005 e 2006): o Outro e
geografias das imagens, respectivamente. seus espaços são usualmente
As geografias nas imagens dizem respeito representados em imagens que são ou
ao conteúdo produzido pela colonialidade contêm mapas, que são ou contêm
do ver, ou seja, pelo olhar que se posiciona paisagens e que contêm corpos, não
fora da imagem, produzindo uma havendo relações de exclusão entre elas.
representação com um específico Especificamente os corpos, quando em
enquadramento de objetos. As geografias imagens, podem ser de personagens
das imagens tomam como base o conceito geográficos: o branco civilizador, o
de telecolonialidade de modo a perceber os indígena canibal, o bom selvagem, o latino
movimentos no tempo e no espaço das ardente, o mexicano bandido ou ilegal, o
imagens, e os poderes que as organizam e colombiano narcotraficante, a odalisca, o
difundem, a partir delas narrando seu árabe ardiloso, o muçulmano terrorista, o
mundo e o mundo do Outro a partir de carioca malandro, o baiano preguiçoso, o
seus próprios interesses. negro primitivo, escravo ou bestial e a
Sobre as primeiras, cabem mulata voluptuosa3 são alguns dos
indagações a respeito de quem converte exemplos impregnados de colonialidades –
quem ou o quê em imagens, e como; e a simplificações da realidade em auxílio a
partir de que premissas, valores ou estratégias de rebaixamento do Outro e
estereótipos se articula o olhar que as seus espaços. Sua análise pode fazer ver a
constrói. Tendo em conta que as maneiras articulação entre as geografias nas
de ver e representar jamais são neutras, é imagens e as geografias das imagens, pois
fundamental a análise de como estão se estes personagens são resultados de
ESPAÇO E CULTURA, UERJ, RJ, N. 39, P.59-80,JAN./JUN. DE 2016
http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/
71:
maneiras de ver e representar. que têm caso de naturalistas europeus produzindo
graus de repetição ao longo do tempo pinturas de corpos e paisagens das
muito mais intensos e difusão geográfica colônias; antropólogos fotografando ou
bem mais abrangente do que de outras filmando seus “objetos”, não
imagens – fatores que facilitam sua leitura, necessariamente com sua autorização;
identificação, aceitação e naturalização. nativos sendo fotografados para a coleção
Em outras palavras, a reprodutibilidade Archives de la Planète; gringos
técnica (BENJAMIN, [1936] 1994), no fotografando e filmando a pobreza
tempo e no espaço, concede pregnância a turística da favela contemporânea; turistas
determinadas imagens e faz com que fotografando a tudo e a todos
efeitos de escala legitimem verdades, indiscriminadamente.
agudizem alteridades e redesenhem e Se por um lado ao se indagar sobre
ressignifiquem espaços. onde, por quem e por que razão estas
Um outro ponto a ser indagado a imagens são arquivadas incita-se uma
respeito de geografias das imagens diz investigação a respeito da relação entre
respeito aos contextos e lugares que concentração de informação e acúmulo de
determinadas imagens são produzidas e a poder; por outro, o onde (no cinema, em
como e onde ocorrem tanto seu registro, exposições universais, em museus, na
representação, transmissão, exibição, televisão, na imprensa) e o para quem são
recepção e arquivamento. As imagens exibidas (grupos hegemônicos ou
marcadas pela colonialidade muitas vezes subalternizados, que se indentificam ou se
têm seu momento de registro e contrapõem à representação) são fatores
representação técnica nas chamadas que amplificam ou limitam as
“zonas de contato”, ou seja, nos “espaços colonialidades presentes nas imagens. Em
sociais onde culturas díspares se ambos os casos, ilumina-se a
encontram, se chocam, se entrelaçam uma argumentação sobre os instrumentos
com a outra, frequentemente em relações ópticos não terem sua origem no
assimétricas de dominação e entretenimento de massa, mas junto a
subordinação” (Pratt, [1992] 1999, p. 27). estratégias e ações de guerra (CRARY,
O conceito nos ensina que em [1990] 2012; KITLER, [1999] 2016;
determinados contextos socioespaciais o LACOSTE 1990; VIRILIO, [1984];
ato de capturar a imagem do Outro, é 2005); e põe-se em relevo o fato de que
sempre um exercício de poder: este é o imagens circulam – localmente,
ESPAÇO E CULTURA, UERJ, RJ, N. 39, P.59-80,JAN./JUN. DE 2016
http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/
72:
regionalmente, globalmente; no espaço e NOTAS ________________________________

no tempo – e que, cada vez mais


* Mestre e Doutor em Geografia (UFRJ).
simultâneas e instantâneas, atuam na
Professor do Centro Interdisciplinar de Território,
consagração do que é tomado como Arquitetura e Design e do Programa de Pós-
moderno e cosmopolita (SZERSZYNSKI Graduação em Literatura Comparada da
e URRY, 2002 e 2006; URRY, 2002). É Universidade Federal da Integração Latino-

tarefa decolonial mostrar seu papel na Americana (UNILA).


leonardo.name@unila.edu.br
hierarquização de modos de vida e modos
1 Compreende-se como imagem o resultado de
de habitar (CHARNEY e SCHWARTZ, técnicas visuais (ópticas, mecânicas ou digitais) de
[1995] 2001; FARRÉS-DELGADO, registro, representação (estática ou em
2013; FARRÉS-DELGADO e movimento), reprodução e transmissão de um

MATARÁN-RUIZ, 2012 e 2014; NAME, objeto obervado; e que media relações de pessoas e
grupos sociais entre si e com objetos e espaços.
2016 e 2017; NAME e MOASSAB, 2014;
2 “Pensamento fronteiriço”, “mapas linguísticos”,
SOUZA, 2017). “pluriverso”, “pluriversalidade”, “hermenêutica
Na busca de geografias nas pluritópica” e “geopolítica do conhecimento”
imagens ou das imagens, o esforço com sãotermos comumente acionados por intelectuais

vistas à decolonialidade empreende decoloniais. No entanto, sua enunciação poucas


vezes vem acompanhada de discussões mais densas
genealogias conflitivas de longue durée e
sobre os espaços e as espacialidades, questão para a
não ignora aportes precisos da literatura qual a geografia poderia contribuir.
consagrada, mas desvia suas análises de 3 A teorização decolonial é maiormente conduzida
possíveis armadilhas eurocêntricas por intelectuais de países da América Hispânica e

recorrendo a aportes contrapontísticos por isso é influenciada pelo debate a respeito do


racismo contra grupos indígenas, que é central na
que deem centralidade epistemológica aos
região. Sendo assim, há muitos silêncios a respeito
lugares subalternizados pela racionalidade das comunidades afro-latino-americanas, inclusive
moderno-colonial, em especial a América sobre das imagens a seu respeito. Intelectuais do
Latina. Desencobrindo as localizações Brasil certamente são capazes de diminuir a

epistemológicas ocultas e assumindo as incidência destas ausências, seguindo a trilha já


aberta por Araújo (2000) e Lima (2017), que
que movem sua análise, geografias podem
analisam a representação de negras e negros na
tornar-se decoloniais e auxiliar a revelar teledramaturgia do país.
as intencionalidades que engendram as
representações, assim como as influências REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS _________

e consequências geopolíticas que lhes dão


AMANCIO, T. O Brasil dos gringos. Niterói,
movimento no tempo e no espaço. Intertexto, 2000
ESPAÇO E CULTURA, UERJ, RJ, N. 39, P.59-80,JAN./JUN. DE 2016
http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/
73:
ARAÚJO, J.Z. A negação do Brasil. São Paulo: CHARNEY, L. e SCHWARTZ, V. O cinema e a
Editora SENAC São Paulo, 2000. invenção da vida moderna. São Paulo: Cosac &
Naify, (1995) 2001.
AZEVEDO, A. Geografia a serviço da política. CHAUPRADE, A. Géopolitique: constantes et
Boletim Paulista de Geografia, n. 21, p. 42-68, 1955. changements dans l’histoire. Paris: Ellipses, 2001

BARRIENDOS, J. Apetitos extremos. La CHICANGANA-BAYONA, Y.A. Visões de terras,


colonialidad del ver y las imágenes-archivo sobre canibais e gentios prodigiosos. ArtCultura, v. 12, n.
el canibalismo de Indias. Transversal Multilingual 21, p. 35-53, 2011.
Webjournal, p. 1-20, 2008.
CLAVAL, P. Géopolitique et géostratégie: la pensée
BARRIENDOS, J. La colonialidad del ver. Hacia politique, l’espace et le territoire au XXe siècle. Paris:
un nuevo diálogo visual interepistémico. Nómadas, Nathan, 1994.
n. 35, p. 13-30, 2011.
CLÍMACO, D.A. (Org.). Cuestiones y horizontes: de
BENJAMIN, W. A obra de arte na era de sua la dependencia histórico-estructural a la
reprodutibilidade técnica. In: Obras escolhidas: colonialidad/descolonialidad del poder. Buenos Aires:
magia, técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, CLACSO, 2014.
(1936) 1994, p. 165-196.
COSGROVE, D. A geografia está em toda parte:
BOAS, F. A capacidade humana conforme cultura e simbolismo das paisagens humanas. In:
determinada pela raça. In: STOCKING JR., G.W. CORRÊA, Roberto Lobato & ROSENDAHL,
(Org.). Franz Boas: A formação da antropologia Zeny (Orgs.). Paisagem, tempo e cultura. Rio de
americana, 1883-1911. Rio de Janeiro: Janeiro: EdUERJ, (1989) 1998, p. 92-123.
Contraponto/Editora da UFRJ, (1894) 2004.
COSGROVE, D. Apollo’s eye. Baltimore: The John
BOAS, F. Raça e progresso. In: CASTRO, C. Hopkins University Press, 2001.
(Org.). Franz Boas: Antropologia cultural. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar Editor, (1931) 2005, p. 67-86. COSGROVE, D. Landscape and the European
sense of sight-eyeing nature. In: ANDERSON, K.,
BRAGA, S.R. Sensos, consensos e dissensos: DOMOSH, M., PILE, S. e THRIFT, N. (Orgs.).
itinerários geopolíticos de Ratzel à Lacoste. Revista Handbook of Cultural Geography. London: Sage,
de Geopolítica, v. 2, n. 1, p. 146-163, 2016. 2003, p. 249-268.

CABALLO, F. e HERRERA, L.A.R. Habitar la COSGROVE, D. Geography and vision.


frontera: sentir y pensar la descolonialidad (Antología, London/New York: I.B. Tauris, 2008.
1999-2014). Barcelona: CIDOB/UACJ, (2003)
2015. CRARY, J. Técnicas do observador. Contraponto,
(1990) 2012.
CAMPBELL, D. Geopolitics and visuality:
sighting the Darfur conflict. Political geography, v. CRUZ, V.C. e DE OLIVEIRA, D.A. Geografia e
26, n. 4, p. 357-382, 2007. giro descolonial: experiências, ideias e horizontes de
renovação do pensamento crítico. Rio de Janeiro:
CARTER, S. e DODDS, K. Hollywood and the Letra capital, 2017.
„war on terror‟: genre-geopolitics and
„Jacksonianism‟ in The Kingdom. Environment and DALBY, S. e Ó TUATHAIL, G. (Orgs.).
Planning D: Society and Space, v. 29, n. 1, p. 98-113, Rethinking geopolitics. London/New York:
2011. Routledge, 1998.

CARTER, S. e MCCORMACK, D.P. Film, DITTMER, J. Captain America's empire:


geopolitics and the affective logics of intervention. reflections on identity, popular culture, and post-
Political Geography, v. 25, n. 2, p. 228-245, 2006. 9/11 geopolitics. Annals of the Association of
American Geographers, v. 95, n. 3, p. 626-643, 2005.
CASTRO-GÓMEZ, S. e GROSFOGUEL, R.
(Orgs.). El giro decolonial. Bogotá: Siglo del DITTMER, J. The tyranny of the serial: popular
Hombre Editores, 2007. geopolitics, the nation, and comic book discourse.
Antipode, v. 39, n. 2, p. 247-268, 2007

ESPAÇO E CULTURA, UERJ, RJ, N. 39, P.59-80,JAN./JUN. DE 2016


http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/
74:
DODDS, K. Licensed to stereotype: geopolitics, FREIRE-MEDEIROS, B. Cultura de viagem: uma
James Bond and the spectre of Balkanism. visita à produção acadêmica anglo-americana.
Geopolitics, v. 8, n. 2, p. 125-156, 2003. Interseções, v. 2, p. 187-198, 2000.
DODDS, K. Screening geopolitics: James Bond
and the early Cold War films (1962–1967). FREIRE-MEDEIROS, B. The traveling city: U.S.
Geopolitics, v. 10, n. 2, p. 266-289, 2005. representations of Rio de Janeiro in travel accounts,
films and scholarly writing (1930s-1990s). Tese
DODDS, K. Hollywood and the Popular (Doutorado em História e Teoria da Arte e da
Geopolitics of the War on Terror. Third World Arquitetura) – Binghamton University,
Quarterly, v. 29, n. 8, p. 1621-1637, 2008. Binghamton, 2002.

DODDS, K. Jason Bourne: gender, geopolitics, and FREIRE-MEDEIROS, B. A favela e seus trânsitos
contemporary representations of national security. turísticos. Revista Acadêmica Observatório de
Journal of Popular Film & Television, v. 38, n. 1, p. Inovação do Turismo, v. 2, p. 2-13, 2007.
21-33, 2010.
FREIRE-MEDEIROS, B. e NAME, L. Como ser
DODDS, K., KUUS, M. e SHARP, J. (Orgs.). The estrangeiro no Rio: paisagens cariocas no cinema
Ashgate Research Companion to Critical Geopolitics. brasileiro e norte-americanos dos anos 90. Estudos
Farnham: Ashgate, 2013. Históricos, v. 31, P. 201-219, 2003.

DO NASCIMENTO, F.C. Afetividades em FREIRE-MEDEIROS, B. e NAME, L. Does the


enquadramentos: os discursos das experiências de future of the favela fit in an aerial cable car?
lugaridade em “O Senhor dos Anéis: a Sociedade do Examining tourism mobilities and urban
Anel”. 2017. Dissertação (Mestrado em Geografia) inequalities through a decolonial lens. Canadian
– Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Journal of Latin American and Caribbean Studies, v.
2017. 42, n. 1, p. 1-16, 2017.

DRIVER, F. On geography as a visual discipline. FUNNELL, L e DODDS, K. Geographies, genders


Antipode, v. 35, n. 2, p. 227-231, 2003. and geopolitics of James Bond. London: Springer,
2016.
DYM, J. e OFFEN, K. (Eds.) Mapping Latin
America: a cartographic reader. University of GANDARILLA, J.G.S. (Org.). La crítica en el
Chicago Press, 2011. margen. México D.F.: Akal/Inter Pares, 2016.

ECHEVERRÍA, B. Modernidad y blanquitud. GOMES, P.C.C. O lugar do olhar. Rio de Janeiro:


México D.F.: Editorial Era, 2010. Bertrand Brasil, 2013.

FARRÉS-DELGADO, Y. Críticas decoloniales a la GONZÁLEZ-CASANOVA, P. Colonialismo


arquitectura, el urbanismo y la ordenación del interno (una redefinición). In: BORON, A.A.,
territorio: hacia una territorialización de ambientes AMADEO, J. e GONZÁLEZ, S. La teoría marxista
humanos en Cuba. Tese (Doutorado) – Universidade hoy: problemas y perspectivas. Buenos Aires:
de Granada, Granada, 2013. CLACSO, 2006, p. 409-434, 2006.

FARRÉS-DELGADO, Y e MATARÁN-RUIZ, A. GONZÁLEZ-CASANOVA, P. El colonialismo


Colonialidad territorial: para analizar a Foucault interno. In: ROITMAN-ROSENMANN, M.
en el marco de la desterritorialización de la (Org.). De la sociología del poder a la sociología de la
metrópoli. Notas desde la Habana. Tabula Rasa, n. explotación: pensar América Latina en el siglo XXI.
16, p. 139-159, 2012. México, D. F./ Buenos Aires: Siglo XXI
Editores/CLACSO, (1969) 2015, p. 129-156.
FARRÉS-DELGADO, Y e MATARÁN-RUIZ, A.
Hacia una teoría urbana transmoderna y GROSFOGUEL, R. La descolonización de la
decolonial: una introducción. Polis, v. 13, n. 37, p. economía-política y los estudios poscoloniales:
339-361, 2014. transmodernidad, pensamiento fronterizo y
colonialidad global. Tabula Rasa, n. 4, p. 17-48,
FOUCAULT, M. Vigiar e punir. Petrópolis: Vozes, 2006.
(1975) 2006.
HARAWAY, D. Situated knowledges: the science
question in feminism and the privilege of partial
ESPAÇO E CULTURA, UERJ, RJ, N. 39, P.59-80,JAN./JUN. DE 2016
http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/
75:
perspective. Feminist studies, v. 14, n. 3, p. 575-599, MIGNOLO, W.D. The geopolitics of knowledge
1988. and the colonial difference. The South Atlantic
Quarterly, v. 101, n. 1, p. 57-96, 2002.
HUGHES, R. Through the looking blast:
geopolitics and visual culture. Geography Compass, MIGNOLO, W.D. La idea de América Latina.
v. 1, n. 5, p. 976-994, 2007. Barcelona: Geodisa Editorial, (2005) 2007.

KEATING, A.L. (Org.). The Gloria Anzaldúa MIGNOLO, W.D. The darker side of Renaissance.
Reader. Durham: Duke University Press, 2000. Michigan: The University of Michigan Press,
(1995) 2010.
KITTLER, F. Mídias ópticas. São Paulo:
Contraponto, (1999) 2016. MIGNOLO, W.D. The darker side of Western
Modernity. Durham/Londres: Duke University
LACOSTE, Y. Paysages politiques. Paris: Librairie Press, 2011.
Général Française, 1990.
MIGNOLO, W.D. Espacios geográficos y
LACOSTE, Y. Dictionnaire de géopolitique. Paris: localizaciones epistemológicas: la ratio entre la
Flammarion, 1993. localización geográfica y la subalternización de
conocimientos. In: CABALLO, F. e HERRERA,
LACOSTE, Y A Geografia: isso serve, em primeiro L.A.R. Habitar la frontera: sentir y pensar la
lugar, para fazer a guerra. Campinas: Papirus, descolonialidad (Antología, 1999-2014). Barcelona:
(1976) 2002. CIDOB/UACJ, (1999) 2015a, p. 117-139.

LACOSTE, Y. Pour une approche géopolitique de MIGNOLO, W.D. Geopolítica de la sensibilidad y


la diffusion de l'anglais. Hérodote, n. 4, p. 5-9, 2004. del conocimiento: sobre descolonialidad,
pensamiento fronterizo y desobediencia epistémica.
LANDER, E. Ciencias sociales: saberes coloniales In: CABALLO, F. e HERRERA, L.A.R. Habitar la
y eurocéntricos. In: LANDER, E. (Org.). La frontera: sentir y pensar la descolonialidad (Antología,
colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales. 1999-2014). Barcelona: CIDOB/UACJ, (2013)
Buenos Aires: CLACSO, 2000. 2015b, p. 173-189.

LANDER, E., Org. La colonialidad del saber: MIGNOLO, W.D. e ESCOBAR, A. (Orgs).
eurocentrismo y ciencias sociales. Buenos Aires: Globalization and the decolonial option. Londres:
CLACSO, 2000. Routledge, 2010.

LEÓN, C. Imagen, medios y telecolonialidad: hacia MIGNOLO, W.D e WALSH, C. Las geopolíticas
uma crítica decolonial de los estudios visuales. del conocimiento y la colonialidad del poder:
Aisthesis, v. 51, p. 109-123, 2012. conversación con Catherine Walsh. In: CABALLO,
F. e HERRERA, L.A.R. Habitar la frontera: sentir y
LEÓN, Christian. Regímenes de poder y pensar la descolonialidad (Antología, 1999-2014).
tecnologías de la imagen, Foucault y los estudios Barcelona: CIDOB/UACJ, (2003) 2015, p. 191-
visuales. Post(s), v. 1, n. 1, p. 32-57, 2015. 218.

LIMA, E.A. O canto da sereia: melodia do paraíso NAME, L. Rio de cinema – made in Brazil, made in
racial. Congresso Internacional da Associação everywhere: o olhar norte-americano construindo e
Brasileira de Literatura Comparada, 15, 2017. singularizando a capital carioca. 2004. Dissertação
Anais... Rio de Janeiro: UERJ, 2017. (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal
do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2004.
MACDONALD, F. Geopolitics and „the vision
thing‟: regarding Britain and America's first NAME, L. Apontamentos sobre a relação entre
nuclear missile. Transactions of the Institute of cinema e cidade. Arquitextos, v. 4, n. 037.02, 2003.
British Geographers, v. 31, n. 1, p. 53-71, 2006.
NAME, L. Cidades em movimento: sobre cinema,
MIGNOLO, W.D. Local histories/Global designs. percursos e acelerações. Cadernos de Antropologia e
Princenton: Princenton of University Press, 2000. Imagem, v. 18, n.1, p. 115-134, 2004.

ESPAÇO E CULTURA, UERJ, RJ, N. 39, P.59-80,JAN./JUN. DE 2016


http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/
76:
NAME, L. Escalas da masculinidade e da Latina: um debate sobre tipos e paisagens
feminilidade na cidade: imagens e palavras da dominantes e subalternos. Encontro Nacional de
capital carioca em “Bossa Nova” e “A Senhorita Ensino de Paisagismo nas Escolas de Arquitetura e
Simpson”. Interseções, v. 7, p. 87-100, 2005. Urbanismo no Brasil, 12, 2014. Anais... Vitória:
ENEPEA, 2014.
NAME, L. Escalas de representação: sobre filmes e
cidades, paisagens e experiências. RUA. Revista de NOVAES, A.R. Fronteiras mapeadas: geografia
Arquitetura e Urbanismo, v. 18, p. 44-54, 2006 imaginativa das fronteiras sul-americanas na
cartografia da imprensa brasileira. 2010. Tese
NAME. L. “Rio for Partiers”: como ser um jovem (Doutorado em Geografia) – Universidade Federal
estrangeiro na capital carioca. Cadernos de do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010.
Antropologia e Imagem, v. 25, p. 79-96, 2007.
NOVAES, A.R. Uma geografia visual?
NAME, L. Por uma geografia pop: personagens Contribuições para o estudo do uso das imagens na
geográficos e a contraposição de espaços no cinema. difusão do conhecimento geográfico. Espaço e
2008. Tese (Doutorado em Geografia) – Cultura, n. 30, p. 6-18, 2011.
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, 2008. NOVAES, A.R. Um mapa do tráfico de drogas no
livro didático: encontros e desencontros entre
NAME, L. A natureza como o Outro de diferentes geografia escolar e cartografia midiática.
partes: uma discussão sobre Ratzel e alteridade. Geograficidade, v. 2, p. 134-154, 2012.
Biblio 3w, v. 15, p. 1-15, 2010a.
NOVAES, A.R. Geografia e História da Arte:
NAME, L. 2010b. Geopolítica da Imagem e a Apontamentos para uma crítica a Iconologia.
Geografia de Indiana Jones. Abordagens geográficas, Espaço e Cultura, v. 3, p. 43-64, 2013a.
v. 1, p. 43-70, 2010b.
NOVAES, A.R. Geopolítica e imprensa: Richard
NAME, L. Jogos de imagens: notas sobre o Dossiê Edes Harrison e o papel dos mapas midiáticos na
de Candidatura do Rio de Janeiro à Sede dos Jogos história da geopolítica. Geonorte, v. 7, p. 131-146,
Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. Revista 2013b.
Intratextos, v. 4, p. 277-297, 2012.
NOVAES, A.R. Map art and popular geopolitics:
NAME, L. Geografia pop: o cinema e o Outro. Rio de mapping borders between Colombia and
Janeiro: Apicuri/PUC-Rio, 2013a. Venezuela. Geopolitics, p. 1-21, 2014a.
NAME, L. Existe amor na Baixada Fluminense:
espaço, (homo)afetividade e dois casais em NOVAES, A.R. Favelas and the divided city:
“Senhora do Destino”. Espaço e Cultura, v. 33, p. mapping silences and calculations in Rio de
111-126, 2013b. Janeiro's journalistic cartography. Social &
Cultural Geography, v. 15, p. 201-225, 2014b.
NAME, L. Paisagens para a América Latina e o
Caribe famintos: paisagismo comestível com base NOVAES, A.R. A Geopolítica pelas imagens:
nos direitos humanos e voltado à justiça alimentar. linguagem cartográfica e circulação de ideias
In: Encontro Nacional de Ensino de Paisagismo geopolíticas no Brasil. Terra Brasilis, v. 6, p. 1-19,
nas Escolas de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, 2015.
13, 2016. Anais... Salvador: ENEPEA, 2016.
Ó TUATHAIL, G. Understanding critical
NAME, L. Caracas e Mérida, Venezuela: geopolitics: geopolitics and risk society. The
colonialidade territorial e gênero no filme “Azul y Journal of Strategic Studies, v. 22, n. 2-3, p. 107-124,
no tan rosa”. Revista Latino-Americana de Geografia 1999.
e Gênero, 2017 (no prelo).
Ó TUATHAIL, G. The frustrations of geopolitics
NAME, L e FREIRE-MEDEIROS, B. Teleféricos and the pleasures of war: „Behind Enemy Lines‟
na paisagem da “favela” latino-americana: and American geopolitical culture. Geopolitics, v.
mobilidades e colonialidades. Geografia e 10, n. 2, p. 356-377, 2005.
Ordenamento do Território, 2017 (no prelo).
Ó TUATHAIL, G. e DALBY, S. Introduction:
NAME, L. e MOASSAB, A. Por um ensino de rethinking geopolitics. In: DALBY, S. e Ó
paisagismo crítico e emancipatório na América
ESPAÇO E CULTURA, UERJ, RJ, N. 39, P.59-80,JAN./JUN. DE 2016
http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/
77:
TUATHAIL, G. (Orgs.). Rethinking geopolitics. Buenos Aires: Fundación Rosa Luxemburg/Abya
London/New York: Routledge, 1998, p. 1-15. Yalla/Ediciones América Libre, 2013, p. 225-257.

PALERMO, Z e QUINTERO, P. (Orgs.). Aníbal ROCHA, O.G. Narrativas cartográficas


Quijano: textos de fundación. Buenos Aires: Del contemporâneas nos enredos da colonialidade do poder.
Signo, 2014. Dissertação (Mestrado em Geografia) –
PORTO-GONÇALVES, C.W. A globalização da Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2015.
natureza e a natureza da globalização. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2011. ROSE, G. On the need to ask how, exactly, is
geography „visual‟? Antipode, v. 35, n. 2, 2003, p.
PRATT, M.L. Os olhos do império. Bauru/São 212-221.
Paulo : EDUSC, (1992) 1999.
ROSE, G. On the importance of asking the right
QUIJANO, A. Colonialidad y questions, or what is the power of powerpoint,
modernidad/racionalidad. Perú Indígena, v. 13, p. exactly? Antipode, v. 36, nº 5, p. 795-797. 2004.
11-29, 1992. RYAN, J.R. Who‟s afraid of visual culture?
Antipode, v. 35, n. 2, p. 232-237, 2003.
QUIJANO, Aníbal. ¡Qué tal raza! Revista SAID, E.W. Cultura e imperialismo. São Paulo:
Venezolana de Economía y Ciencias Sociales, v. 6, n. 1, Companhia das Letras, (1993) 1995.
p. 37-45, 2000a. SAUNDERS, R.A. Undead spaces: fear,
globalisation, and the popular geopolitics of
QUIJANO, A. Colonialidad del poder, zombiism. Geopolitics, v. 17, n. 1, p. 80-104, 2012.
eurocentrismo y America Latina. In: LANDER, E.
(Org.) La colonialidad del saber: eurocentrismo y SEGATO, R.L. 2015. La crítica de la colonialidad en
ciencias sociales, Buenos Aires: CLACSO, 2000b, p. ocho ensayos: y una antopología por demanda. Buenos
201-246. Aires: Prometeo.

QUIJANO, A. Colonialidade do poder, SCHLENKER, Alex. Cartografía visual del poder.


globalização e democracia. Novos Rumos, v. 17, n. El retrato de la Ibarra semiperiférica y sus
37, p. 4-28, 2005. relaciones sociales de poder/producción. In: LA
TRONKA (Org.). Desenganche: visualidades y
QUIJANO, A. (Org.). Des/colonialidad y bien vivir: sonoridades otras, 2010, p. 76-109.
un nuevo debate en América Latina. Lima:
Universidad Ricardo Palma, 2014. SCHLENKER, A. Epistemologías de frontera: la
RESTREPO, E. e ROJAS, A. Inflexión decolonial: filosofía mesoamericana como “paradigma-otro”
fuentes, conceptos y cuestionamientos. Instituto de para el análisis de la representación fotográfica de
Estudios Sociales y Culturales Pensar: Popayan, género. Prosopopeya, n. 7, p. 85-110, 2011.
2010.
SCHLENKER, Alex. Hacia una memoria
RODRIGUES, L. Urbanismo do Apocalipse: a favela decolonial: breves apuntes para indagar por el
carioca como um filme de ficção científica. 2014. acontecimiento detrás del acontecimiento
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em fotográfico. Calle14, v. 6, n. 8, p. 128-142, 2012.
Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Federal
Fluminense, Niterói, 2014. SCHIWY, Freya. Indianizing film: Decolonization,
the Andes, and the question of technology. New
RODRIGUES. L. A Unidade de Polícia Pacificadora Brunswick/New Jersey/London: Rutgers
através dos mapas do jornal “O Globo”: uma narrativa University Press, 2009.
da conquista territorial da favela carioca. 2017.
Dissertação (Mestrado em Geografia) – SHARP, J. Reel geographies of the new world
Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de order: staging post-Cold War geopolitics in
Janeiro, 2017. American movies. In: DALBY, S. e Ó
TUATHAIL, G. (Orgs.). Rethinking geopolitics.
RODRÍGUEZ, M. Resignificando la ciudad London/New York: Routledge, 1998, p. 152-169.
colonial y extractivista. In: GRUPO
PERMANENTE DE TRABAJO SOBRE SHOHAT, E. e STAM, R. Crítica da imagem
ALTERNATIVAS AL DESARROLLO (Org.). eurocêntrica. São Paulo: Cosac Naify, [1994] 2006
Alternativas al capitalismo/colonialismo del siglo XXI.

ESPAÇO E CULTURA, UERJ, RJ, N. 39, P.59-80,JAN./JUN. DE 2016


http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/
78:
SILVA, J.M. e ORNAT, MJ. Transfeminism and VALLEGA, A.A. Latin American philosopphy form
decolonial thought: the contribution of Brazilian identity to radical exteriority.
travestis. TSQ: Transgender Studies Quarterly, v. 3, Bloomington/Indianopolis: Indiana University
n. 1-2, p. 220-227, 2016. Press, 2014.

SOUZA, L.H. El lado oscuro de Brasilia: análisis VESENTINI, J.W. Novas geopolíticas. São Paulo:
del conflicto territorial en el distrito federal Contexto, 2000.
brasileño a través de la producción documental
sobre la región. Cine Documental, v. 16, 2017 (no VIRILIO, P. Guerra e cinema. São Paulo: Boitempo,
prelo). (1984) 2005
SZERSZYNSKI, B. e URRY, J. Cultures of
cosmopolitanism. The Sociological Review, v. 50, n. WALSH, C. (Org.). Pensamiento crítico y matriz
4: p. 461-481, 2002. colonial. Quito, UASB-Abya Yala, 2005.

SZERSZYNSKI, B. e URRY, J. Visuality, mobility WRIGHT, J.K. Terrae incognitae: The place of
and the cosmopolitan: inhabiting the world from the imagination in geography. Annals of the
afar. The British Journal of Sociology, v. 57, n. 1, p. Association of American Geographers, v. 37, n. 1,
113-131, 2006. p. 1-15, 1947.

URRY, J. Mobility and proximity. Sociology, v. 36,


n. 2, p. 255-274, 2002.

ESPAÇO E CULTURA, UERJ, RJ, N. 39, P.59-80,JAN./JUN. DE 2016


http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/
79:

GEOGRAPHY AND IMAGE: DECOLONIAL NOTES FOR A RESEARCH AGENDA


ABSTRACT: IN ORDER TO OUTLINE A PRELIMINARY RESEARCH AGENDA, FIRSTLY THE "GEOPOLITICS OF KNOWLEDGE",
ACCORDING TO DECOLONIAL CONCEPTS, WILL BE COMPARED WITH TWO GEOGRAPHICAL APPROACHES INTERESTED IN
IMAGES: THE DEBATE PRODUCED BY INTELLECTUALS OF THE CRITICAL GEOPOLITICS ON "POPULAR GEOPOLITICS" AND THE
DISCUSSION ABOUT "POP GEOGRAPHIES”. THEN, SOME OF THE DECOLONIAL APPROACHES THAT MORE RECENTLY HAVE
EMPHASIZED THE IMAGE ANALYSIS WILL BE PRESENTORG. FACED WITH THE EXPOSITION OF THIS RANGE OF
CONTRIBUTIONS, GEOGRAPHIES IN THE IMAGES AND GEOGRAPHIES OF THE IMAGES READY TO UNCOVER EUROCENTRISM AND
THE COLONIALITY OF THE POWER THAT DESIGN AND MOVE REPRESENTATIONS GEO-HISTORICALLY REPRODUCED REGARDING
THE OTHER AND ITS SPACES WILL BE FINALLY DELINEATED.
KEYWORDS: IMAGES, DECOLONIALITY, POP GEOGRAPHIES, POPULAR GEOPOLITICS, GEOPOLITICS OF KNOWLEDGE.

GEOGRAFÍA E IMAGEN: NOTAS DECOLONALES PARA UNA AGENDA DE INVESTIGACIÓN

ESPAÇO E CULTURA, UERJ, RJ, N. 39, P.59-80,JAN./JUN. DE 2016


http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/
80:
RESUMEM: CON EL FIN DE DELINEAR UNA AGENDA DE INVESTIGACIÓN PRELIMINAR, EN PRIMER LUGAR LA "GEOPOLÍTICA
DEL CONOCIMIENTO", SEGÚN CONCEPTOS DECOLONIALES, SE COMPARARÁ CON DOS ENFOQUES GEOGRÁFICOS INTERESADOS
EN LAS IMÁGENES: EL DEBATE PRODUCIDO POR INTELECTUALES DE LA GEOPOLÍTICA CRÍTICA SOBRE LAS "GEOPOLÍTICAS
POPULARES" Y LA DISCUSIÓN ACERCA DE LAS "GEOGRAFÍAS DEL POP". DESPUÉS, ALGUNOS DE LOS ENFOQUES
DECOLONIALES QUE MÁS RECIENTEMENTE HAN ENFATIZADO EL ANÁLISIS DE LAS IMÁGENES SERÁN PRESENTADOS. FRENTE A
LA EXPOSICIÓN DE ESTE RANGO DE CONTRIBUCIONES, SERÁN FINALMENTE DELINEADAS GEOGRAFÍAS EN LAS IMÁGENES Y
GEOGRAFÍAS DE LAS IMÁGENES DISPUESTAS A DESENCUBRIR EL EUROCENTRISMO Y LA COLONIALIDAD DEL PODER QUE
DISEÑAN Y MUEVEN LAS REPRESENTACIONES GEO-HISTÓRICAMENTE REPRODUCIDAS CON RESPECTO AL OTRO Y SUS ESPACIOS.
PALABRAS CLAVE: IMÁGENES, DECOLONIALIDAD, GEOGRAFÍAS POP, GEOPOLÍTICA POPULAR, GEOPOLÍTICA DEL CONOCIMIENTO.

ESPAÇO E CULTURA, UERJ, RJ, N. 39, P.59-80,JAN./JUN. DE 2016


http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/

Anda mungkin juga menyukai