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Allan Kardec e os Druidas - Parte 1 - Introdução

Os druidas eram os sacerdotes do povo celta, uma etnia


que habitava várias extensões da antiga Europa.
Essa área compreendia Portugal e Espanha a oeste, a
Cordilheira dos Cárpatos a leste, a Bélgica ao norte e a
Itália ao sul, passando pela Irlanda, Inglaterra, País de
Gales, Escócia, França, Dinamarca, Suíça, Áustria e
Alemanha.

Os druidas não limitavam sua ação à religião, acumulando


a função de juízes, professores, médicos, conselheiros
militares e guardiões da cultura céltica. O cargo não era
exclusivo dos homens, pois também existiam druidesas.
Viviam integrados na comunidade e podiam se casar.
Estimulavam os homens a combater o mal e a praticar
bravuras e as mulheres a serem o ponto de união entre o
céu e a terra. Júlio César os perseguiu duramente porque
insuflavam a resistência ao domínio romano. Segundo o
próprio Imperador, foi na Gália que ele viveu a mais
árdua de suas campanhas.
Os celtas dominavam diversas áreas do conhecimento
humano, como a fitoterapia, a agricultura, a tecelagem, a
mineração, a cerâmica, a pecuária, a metalurgia e a
astronomia. Inventaram a roda de madeira, o barril e a
carroça.
No campo artístico, cultivavam a música, a poesia, a
escultura, a ourivesaria e a joalheria.
O que unia os povoados, vencendo as grandes distâncias
que os separavam, não era a obediência a um único rei,
mas a língua, a arte e a religião.
A filosofia religiosa dos celtas era muito avançada.
Acreditavam numa Divindade única, que podia ser
cultuada como homem (Deus ou o céu) ou mulher (Deusa
ou a terra). Como não admitiam templos, seus
cerimoniais eram realizados ao ar livre, nos campos e
florestas, debaixo de grandes carvalhos.
Os celtas não eram reencarnacionistas do mesmo modo
que são os espíritas. Para os celtas, a alma era imortal e
podia viver muitas vidas, sim, mas não havia o conceito
de carma, recompensas ou punições como no espiritismo
cristão. Para os celtas não havia um julgamento e nem
uma ênfase na necessidade de fazer reparações ao
reencarnar. A ênfase era em passar por novas
experiências e o impulso da alma não era o dever imposto
por um carma, mas sim o desejo e a necessidade natural
de reviver até entrar em sintonia com o mundo dos
deuses - lugar perfeito em si.
Além disso, criam no livre-arbítrio, na lei de causa e
efeito, na evolução espiritual, na inexistência de penas
eternas, nas esferas espirituais, na existência de
elementais (duendes, fadas, gnomos, etc.) e na proteção
dos Espíritos superiores.
Um celta não morria, pois a morte era apenas um ponto
no meio da estrada.
Um aspecto negativo da história: os druidas proibiram a
palavra escrita como instrumento de preservação da
história céltica, por temerem que textos escritos caíssem
em mãos escusas.
Por isso, todo o conhecimento desse povo era
transmitido oralmente e se perdeu muito no decorrer dos
séculos.
A Gália nos tempos de Júlio César (58 a.C.)
Com a queda do grande chefe Vercingetórix, no ano de 52
a.C., toda a Gália acabou rendendo-se, pouco a pouco,
aos exércitos romanos, mais treinados e portadores de
armas mais leves e manejáveis. No final do Século I a.C.,
todos os domínios celtas, exceto a Irlanda e a Escócia,
estavam submetidos a Roma. A falta de unificação
política, geográfica e militar das tribos também colaborou
para o sucesso de Júlio César.

Com a forte repressão política aos druidas, movida pelo


Imperador, a cultura céltica foi perdendo sua força e, no
final do Século I d.C., a quase totalidade dos celtas estava
"romanizada" ou misturada à multidão de povos que
invadiu o continente europeu.
O druidismo passou então a ser uma prática fechada e
esotérica. Isso, porém, não impediu que muitos druidas
aceitassem as ideias de Jesus de Nazaré, quando o
Cristianismo primitivo chegou à Europa. No entanto, o
nascente Catolicismo romano não aceitou esse
sincretismo e ajudou a perseguir os sacerdotes celtas.
Pode-se dizer que o desaparecimento dos druidas é
diretamente proporcional ao crescimento e
fortalecimento da Igreja Católica.
Como os grandes druidas eram conhecidos como as
serpentes da sabedoria, São Patrício regozijava-se de ter
acabado com as "serpentes" da Bretanha.
A vitória final teria sido de Roma se não existisse a
reencarnação.
Utilizando-se desse mecanismo natural, o druida Allan
Kardec renasceu no Século XIX para dar continuidade ao
seu trabalho no campo científico, filosófico e religioso.
O local escolhido foi a cidade de Lyon, na atual França,
antiga Gália, no ano de 1804. Seu novo nome seria
Hippolyte Léon Denizard Rivail. Educado na Suíça, mudou-
se, depois, para Paris, capital cultural do mundo.
Durante muitos anos, o ex-druida dedicou-se ao estudo e
prática da Educação. Todavia, aos 50 anos, atraído pelos
fantasmagóricos fenômenos que invadiram o globo, sua
atenção voltou-se integralmente para as questões
transcendentais da vida.
Convencido que os estranhos acontecimentos eram
produzidos por espíritos, Rivail começou a fazer-lhes
várias perguntas sobre as causas e características das
coisas. Desse material saiu sua primeira obra sobre o
assunto, O Livro dos Espíritos, lançada em 18 de abril de
1857. Estava inaugurada a nova filosofia espiritualista,
que ele chamou de Espiritismo.
Já sabendo que era um druida reencarnado, através da
revelação do Espírito Zéfiro, Rivail preferiu assinar o Livro
com seu antigo nome celta, a fim de separar seu trabalho
de educador do de autor espírita. Fechava-se, assim, um
ciclo palingenético*pessoal e histórico.
O espírito Kardec/Rivail completava sua tarefa de
condutor de almas e as grandes teses druídicas
ressurgiam no bojo da novel Doutrina Espírita. Tudo sobre
o mesmo solo gaulês. E eis aí uma questão a ser levada
em consideração: Por que dentro do mesmo solo gaulês?
Esses fatos, porém, não aconteceram sem a resistência de
uma velha inimiga dos druidas. Os mandatários da Igreja
Católica tentaram denegrir o Espiritismo de várias
maneiras, o que, dentro de um contexto maior, auxiliou
na divulgação das Obras de Kardec.
O Espiritismo prega a liberdade do ser frente a si mesmo
podendo agir de acordo com seu livre arbítrio e herdando
as consequências de seus atos, deixando de permanecer
sob o jugo dos pseudo-detentores do Reino de Deus. A
reencarnação é fator de progresso do espírito,
eliminando de vez a ideia das penas eternas.
Hoje em dia, os modernos druidas não possuem
necessariamente etnia celta, da mesma forma que não é
necessário ser hebreu para seguir o judaísmo ou
cristianismo, e nem hindu para seguir o budismo.
Léon Denis (1846 - 1927), contemporâneo de Kardec,
enfatiza em sua Obra "Le Génie Celtique et le Monde
Invisible" - "O Gênio Celta e o Mundo invisível" - "Que os
celtas se destacaram dentre todos os povos europeus por
suas crenças espirituais. Convictos da imortalidade e da
reencarnação, iam para as batalhas como para uma
festa, sem temer a morte, que sabiam não existir. Seus
sacerdotes, os druidas, possuíam conhecimentos
iniciáticos elevados sobre a evolução da alma, os planos
da existência, os astros e o Cosmo, que coincidem com a
tradição da Sabedoria Oculta, inclusive na concepção do
Deus único e da Lei do Carma. Não por acaso povoaram a
Gália, e nela deixaram as sementes profundas dessas
crenças, as energias imponderáveis de seus ritos
sagrados, e a tradição mediúnica de suas sacerdotisas
afeitas ao contato com o Além. Era a preparação para a
futura chegada do espiritismo, cujos primeiros seguidores
foram, na França, os antigos adeptos da doutrina céltica,
que já traziam na alma a convicção das Leis Eternas que a
doutrina dos espíritos veio restabelecer. Também por isso
o Codificador adotou seu antigo nome druídico Allan
Kardec - o druida-chefe, pontífice máximo de um povo."
(*) - Palingenesia - "palin" (de novo) e "gênesis" (geração) - o que quer dizer ‘regresso à vida depois da morte’, ou
seja, ‘de novo em geração’. É o espírito ‘em nova geração’, isto é, a mesma identidade espiritual em nova
reencarnação

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