Técnicas
de
Redação
2013
Dickson Cosseti
Curso de Técnicas de Redação para Concursos
Sumário
Apresentação ..................................................................................................................................... 3
1. A avaliação discursiva .................................................................................................................. 4
O que é um texto?........................................................................................................................................ 5
Como são os enunciados das avaliações discursivas? .................................................................................. 10
O que é necessário para fazer uma boa dissertação? ................................................................................... 23
O que são argumentações? ........................................................................................................................ 30
Quais os tipos de argumentação? ............................................................................................................... 30
O que fazer quando não se sabe muito a respeito do tema? ........................................................................ 40
Critérios de avaliação das provas discursivas .............................................................................................. 41
Exercícios ................................................................................................................................................... 56
Dicas de Gramática .................................................................................................................................... 69
Contudo, não queremos alunos mecanizados. Mesmo porque a mecanização não lhes
serviria para nada, pois cada ato de escritura exigi-lhes uma nova postura. Queremos que
os alunos utilizem todos os recursos que dispõem para construir não apenas um parágrafo,
mas principalmente um texto real, fruto conciso e coerente com a funcionalidade que o seu
redator lhe atribui.
No entanto, não basta fazer o curso, ler a apostila e pronto. O candidato deve
treinar. E muito! Ler bastante, fazer exercícios aplicando as técnicas e elaborar as redações
é fundamental.
Dessa forma, para o sucesso desse curso é essencial que o candidato não falte a
nenhuma das cinco aulas, bem como elabore e entregue as quatro redações solicitadas e
os exercícios propostos em sala. A sequência correta na elaboração das redações é
necessária para a mensuração do progresso do candidato com relação à evolução da
capacidade de redigir bons textos e ao gerenciamento do texto.
Todos sabem que a Administração Pública se manifesta por meio dos seus atos. A
publicidade é um dos princípios da Administração Pública. E para se tornarem públicos,
esses atos, são exteriorizados pelos seus servidores. Quando são escritos, devem obedecer
a um padrão. Sobretudo, no tocante ao uso formal e culto da língua portuguesa.
É essencial o entendimento da língua escrita por parte dos servidores públicos. São
contratos, declarações, notas técnicas, editais e todo o tipo de documentos de abrangência
– muitas vezes – nacional.
Agora, imagine escrever algo errado e repassar para a chefia um documento que
será publicado e lido por centenas ou milhares de pessoas? É, realmente, constrangedor.
Além disso, percebemos que o peso dessas avaliações cresceu nos últimos anos. Em
alguns concursos chegam a valer até 50 % da nota.
Quebrando paradigmas
Para iniciar essa conversa, ou melhor, essa obra, quebraremos três paradigmas de
provas de concursos. Mas antes de tudo, o que são paradigmas? São modelos
estabelecidos; são padrões. Pois bem, vamos a eles:
Escrever muito
Para se tirar uma boa nota não é essencial escrever o número máximo de linhas
permitidas na prova. Pelo contrário, quem escreve muito tem a possibilidade de se perder
no assunto ou ser prolixo, assim como, tem a chance de errar mais (gramaticalmente).
Todavia, isso não quer dizer que deve escrever pouco. Sempre deverá ir além do número
mínimo de linhas.
Escrever difícil
O candidato deve utilizar apenas palavras que conheça e que saiba o significado. A
linguagem técnica (juridiquês e outras formações técnicas) deve ser empregada somente
quando exigido, a depender do cargo almejado.
Os textos das provas de concursos devem ser redigidos de forma simples e objetiva,
facilitando a sua leitura e seu entendimento. Isso não quer dizer que deve ser coloquial – a
linguagem usada no nosso cotidiano. A dissertação deve orientar-se pelo uso formal e culto
da Língua Portuguesa, quer dizer, respectivamente, uso da linguagem dos meios
acadêmicos e trabalhistas (Administração Pública e Privada) e o respeito às normas das
gramáticas referenciais.
O que é um texto?
A palavra texto vem do Latim e significa tecido. Literalmente, quer representar que
ao produzir um texto estamos entrelaçando fios de ideias como na indústria têxtil se
entrelaçam fios de linha para se fazer o tecido. O bom texto, portanto, é uma ampla
unidade clara, com coerência de sentido e com frases relacionadas umas às outras.
Tipologia Textual
Atenção! Caso o candidato não respeite o tipo textual exigido em sua prova, será
punido pela banca com “nota zero”.
O que é dissertação?
É a forma de redação que expões ideias próprias do seu autor sobre determinado
tema. Dissertar é discutir, refletir, analisar, avaliar determinado assunto.
Atenção! Caso o candidato coloque título em sua prova – quando não exigido – ou
qualquer outra marca identificadora como frases, desenhos, números, nomes ou
assinaturas, será punido pela banca com “nota zero”.
2. Tema: é o assunto a ser tratado no texto. Existem três tipos de temas classificados
assim por esse autor:
I. Temas específicos
O examinador monta uma situação e exige que o candidato aplique a lei ao caso
apresentado, ou seja, traga a aplicação ao caso prático. O candidato não deve apenas
atentar-se às legislações, normas, leis e doutrinas na sua resposta, mas, sobretudo, aos
costumes, ensinamentos, jurisprudências e à situação apresentada no comando da
questão.
São temas que abordam tópicos atuais e relevantes de diversas áreas, tais como
desenvolvimento sustentável, ecologia, tecnologia, energia, política, economia, sociedade,
relações internacionais, educação, saúde, segurança e artes e literatura e suas vinculações
históricas. Era costume aparecerem em quase todos os tipos de concursos, independente
do nível ou cargo. Atualmente, são temas cobrados em provas de alguns cargos de
tribunais, alguns ministérios, Policias Militares e Detrans.
São temas que versam a respeito de assuntos mais abstratos e exigem uma reflexão
por parte do candidato, ou seja, exigem que o candidato vá além daquilo que está escrito e
demonstrado no comando da questão. A interpretação de texto é essencial nesse contexto.
É um tipo de tema muito utilizado em vestibulares do CESPE e em vários concursos da
FGV.
A ideia desse tema foi apresentada por um artigo do colunista do The New York
Times, Roger Cohen, reproduzido no jornal Folha de São Paulo. O candidato não consegue
escrever às cegas sobre esse tema. Precisa refletir antes se somos uma sociedade de
conformistas, medrosos, ou de pessoas que se mobilizam e se esforçam para transformar
as situações. Faz até o candidato refletir sobre sua própria situação.
3. Tese: é a abordagem dada pelo autor ao tema; é o ponto de vista do autor a respeito
do tema; é algo que o autor quer provar.
4. Problemas: são tópicos a serem abordados no texto. São obrigatórios. Eles aparecem
de forma genérica na introdução e são detalhados durante o desenvolvimento da
dissertação. O normal é tratarmos cada um em - pelo menos - um parágrafo do
desenvolvimento. Quando eles já são dados no comando da prova, chamamos de
redação roteirizada, devendo assim, serem desenvolvidos naquela ordem proposta.
Quando não, o candidato deve, por sua conta, criá-los e tratá-los no desenvolvimento
do seu texto.
6. Texto motivador: é dado na maioria das provas. Pode ser apenas um ou mais.
Servem para instigar o candidato a pensar a respeito do tema da redação. São meras
referências ao tema. Erro muito comum é o candidato deixar levar-se pelo teor dos
textos motivadores e esquecer o tema da redação, dessa forma, poderá ser penalizado
indicando o tangenciamento do tema ou a fuga ao tema.
Introdução
Desenvolvimento
É onde o candidato comprova a sua tese por meio de argumentos, ideias, fatos,
dados, informações, elaborações, notícias, afirmações, legislações etc. É a parte da
redação onde se detalham os problemas (aspectos a serem abordados no texto).
No desenvolvimento o candidato não pode apenas citar os problemas. Erro dos mais
comuns nos textos dissertativos de concursos. Isso pode caracterizar o tangenciamento do
tema o que representaria perda de pontos importantes. O candidato deve detalhar de
forma precisa e acrescentar novos argumentos ao tópico de modo a utilizar todos os
artifícios para comprovar seu ponto de vista. Entretanto, a subjetividade deve ser evitada.
O candidato deve ser objetivo.
O candidato jamais deve, também, fugir ao tema. Isso implicaria em “nota zero”. Um
exemplo de fuga ao tema é quando o comando da redação apresenta o tema Princípios da
Administração Pública e o candidato escreve a respeito dos Princípios Constitucionais. Ou
ainda, quando o comando solicita que se redija um texto que aborde como ocorrerá a
política de combate à fome no Brasil e o candidato aborda o combate à fome no Nordeste.
Percebe-se, claramente, o condão pessoal dispensado pelo autor nas suas palavras.
Além disso, o texto é repleto de julgamentos, frases de efeito e ditados, coisas que sempre
devem ser evitadas, na conclusão ou em qualquer outro parágrafo da redação.
Tema: Educação
Portanto, constata-se que a efetividade da nova Lei Seca será possível, sobretudo, no
aspecto relacionado à comprovação da embriaguez. No entanto, fica claro que o aumento
da fiscalização - por parte dos Detrans e das PMs – é necessário. Ampliar o efetivo e
intensificar as blitzes poderia trazer melhorias no caso em questão. Afinal, de que vale uma
lei se não há fiscalização nas ruas para cumpri-la?
ANATEL/2012 - Analista
Secretaria Educação/2012
CETRO - Bibliotecário/2013
ESAF
PROVA DISCURSIVA
A respeito do processo administrativo federal e tendo por base a disciplina que lhe foi dada
pela Lei n. 9.784/99 e respectivas alterações, discorra sobre os seguintes aspectos:
O candidato deve ler e estudar a respeito das matérias ou conhecimentos que serão
cobrados na sua avaliação discursiva. Avalie bem o seu edital, pois em alguns concursos,
mesmo que seja afirmado que a dissertação versará a respeito de alguma(s) matéria(s) da
parte básica, a banca pode exigir conceitos da parte específica na prova discursiva. Fique
atento para isso!
3. Praticar a leitura
O candidato deve ler bastante. Um pouco de tudo: jornais, revistas, colunas, artigos,
sites de notícias e livros. Muitos livros. Só consegue escrever bem aquele que lê bastante.
4. Praticar a escrita
É muito comum o candidato dizer que “entende o tema abordado na prova, mas não
consegue passar a ideia para o papel”. Isso se deve ao fato de que, infelizmente, a escrita
não faz parte do seu dia a dia. Com as modernidades de hoje, quase não escrevemos e
quando o fazemos apenas utilizamos códigos: “o q vc qr fzr hj?” O máximo que fazemos
com relação à escrita são mensagens de texto de celular, redes sociais, e-mails etc.
Além das redações, o candidato pode – a partir de agora – ter atenção especial em
todo o momento do dia que precisar se comunicar utilizando a modalidade escrita. Seja na
hora de enviar um e-mail para um amigo, ou mesmo na hora de falar no trabalho ou em
casa, ou seja, na hora de fazer uma correspondência. Atente-se para as dicas que são
dadas no curso.
5. Conhecer o inimigo
O edital é a lei do concurso. Ele disciplina todas as normas e informações que são
importantes para o candidato.
I) ANVISA
f) estiver em branco;
O candidato deve, ainda, raciocinar como o examinador. Deve ter em mente que
será avaliado como um futuro servidor daquele órgão/entidade para realizar as atividades
desempenhadas por aquele cargo específico; deve escrever o que o examinador quer ler.
Assim, conseguirá pensar e elaborar temas similares aos da sua prova.
É muito comum que o candidato comece seu texto dissertativo sem nenhum
planejamento, sem nenhuma estratégia de ataque. É um erro grave e já ocasionou a
reprovação de vários candidatos em diversas provas.
I. Interpretar o enunciado
O candidato deve entender o que o examinador quer. Tem um ditado que diz que:
“90% dos problemas traz no enunciado a sua resposta”, é maios ou menos essa a ideia.
Mais à frente apresentaremos uma série de enunciados de provas de concursos para
que o candidato se torne íntimo desse tipo de questão. Mas agora, veja esse enunciado:
Qual é o tema da questão? Se o comando pede para dissertar sobre direitos fundamentais,
logo no começo, e todas as outras coisas do comando tem a ver com isso, só pode ser o
tema.
Se o tema é esse, vamos separar o restante em problemas, pois é a única coisa que
sobra do comando: uma série de problemas.
Ficou simples agora. Traduzimos um enunciado complexo para uma forma mais
conhecida. É só seguir adiante.
Nesse item, o candidato deverá decidir a respeito da sua tese e escolher a forma e
os argumentos para cada parágrafo do seu texto. Mais à frente, estudaremos o que é
argumentação e quais os seus tipos.
É aqui que o candidato de fato começa e escrever. Utilize seu roteiro como guia e
desenvolva seu texto. Não há problema em errar. Ainda é o rascunho. Tente ser objetivo
no seu texto. Escreva o essencial de forma simples.
V. Passar a limpo
Nessa fase o candidato deve ter muita atenção. As rasuras têm de ser evitadas. Elas
podem tirar pontos preciosos. Contudo, às vezes cometemos enganos e o que deveria ser
“exceção” vira “excessão”. O que fazer nesse caso? Simples: o candidato deverá apenas
(eu disse: apenas!) passar um risco horizontal por toda a palavra, termo, frase ou linha e
escrevê-la imediatamente à sua frente. Supondo um texto qualquer, essa é a forma correta
de se rasurar: “vários feriados brasileiros tem origem religiosa, à excessão exceção de um
feriado que – todos sabem – faz parte da cultura de outra...”
Além disso, o candidato deve estar se perguntando a respeito da sua letra na hora
de passar o texto a limpo. Poderá ser cursiva ou de fôrma, ou até misturar as modalidades
de letras. Todavia, deve distinguir as maiúsculas das minúsculas. Isso é feito não pelo
tamanho, mas sim pelo fato da letra maiúscula estar sob a forma de “caixa alta”.
Desde que legível, não há problema que a letra não seja a mais bela. Assim, é
essencial que seja legível, entendível, caso contrário poderá ser o candidato punido com
“nota zero”. Para aqueles que escrevem garranchos indecifráveis, a dica é ser cuidadoso e
caprichar nessa hora. Dê o seu melhor e treine muito para melhorar.
I. Contextualização
Esse tipo de argumentação é muito utilizada para a introdução, não sendo tão útil
para parágrafos de desenvolvimento. Pode ser utilizada para quase qualquer tipo de tema.
Ela é muito eficaz quando estamos com pouco tempo para fazer a redação, pois ela já está
quase pronta no enunciado.
a) Exemplo de Introdução
Nos próximos anos, o país sediará dois grandes eventos esportivos: a Copa do
Mundo e os Jogos Olímpicos. No entanto, a ameaça de ataques terroristas ganha contornos
preocupantes e assuntos como: o que é terrorismo?; a presença de grupos terroristas no
Brasil; e a segurança nas fronteiras dominam os debates nas forças responsáveis pela
segurança nacional.
Vamos dificultar um pouco mais as coisas. Bolei um tema que não é tão acessível a
esse tipo de introdução. Como falei acima: “Pode ser utilizada para quase qualquer tipo de
tema.”. Quase qualquer tipo de tema. Cabe a o candidato analisá-lo e ver qual o tipo de
argumentação se encaixa no tema e qual ficará melhor.
Exemplo de Introdução
Tema: Os costumes
No país, desde os tempos mais remotos, vários tipos de costumes fazem parte da
rotina das pessoas. Alguns têm origem religiosa, como é o caso da privação de algum
alimento ou de algo que traga prazer à pessoa, ou ainda, dos rituais para santos e seres
místicos. Muito comum durante a quaresma. O fato é que por representarem regras sociais
resultantes de uma prática reiterada dominam a vida dos brasileiros.
b) Exemplo de desenvolvimento
Tema: Energia
Utilize para compor sua introdução: Nos dias atuais/em 2012, nos anos 80/na última
década, semana, ano, evento, século... É assunto frequente/relevante/de grande
importância; são temas frequentes na mídia/nos jornais/na tv/nos meios de comunicação;
são temas que trazem grande preocupação para todos/para o governo/para o
executivo/para os três poderes/para o judiciário/para o executivo/para a Presidenta...
II. Exemplificação
O candidato poderá iniciar a introdução com a sua tese e logo após apresentar um
ou mais exemplos de fatos, dados, elaborações, ideias que tenham a ver com o tema.
Podem ser os problemas. O candidato deve analisá-los, tema e problemas, e ver como
podem se encaixar. Cuidado para a introdução não ficar muito cumprida. O candidato pode
inverter a ordem. Primeiro dê os exemplos, depois apresente a tese.
a) Exemplo de Introdução
b) Exemplo de desenvolvimento
No Brasil, o melhor exemplo de respeito às leis, às vezes, vem daqueles que são
mais humildes. É comum encontrarmos nas classes com menos renda, pessoas que
seguem as regras da vida em civilização sem jamais se deixar levar para o outro lado. É a
honestidade em questão.
III. Controvérsia
Esse método é utilizado quando o tema apresenta dois lados opostos. Podem ser
duas perspectivas, dois momentos, dois conceitos, aspectos positivos e negativos,
favoráveis e contrários, prós e contras etc. Muito útil para aqueles temas com teor
polêmico.
É mais utilizado (na introdução) quando os problemas não são dados. O candidato é
quem os delimita e os estabelece. O candidato poderá iniciar a introdução com a sua tese e
logo após apresentar os dois lados. Daí, durante o desenvolvimento, o candidato deve
detalha-los. Um de cada vez, é claro, e um em cada parágrafo, pelo menos. Eles podem
ser os problemas, ou ainda, o candidato poderá acrescentar outro(s) problema(s).
a) Exemplo de Introdução
b) Exemplo de desenvolvimento
Tema: Economia
A economia brasileira passa, desde 2011, por uma crise com efeitos – por enquanto
– não tão graves. Sob a ótica econômica, o Planalto deu incentivos para as empresas
reduzindo e prorrogando uma série de impostos o que devolveu certo fôlego ao consumo.
Sob a ótica social, o governo manteve a política assistencialista mantendo e, em alguns
casos, ampliando os programas sociais.
O candidato poderá iniciar a introdução com a sua tese e logo após apresentar as
causas e as consequências que dizem respeito ao tema. Daí, durante o desenvolvimento, o
candidato deverá detalha-las, cada uma, em pelo menos um parágrafo. Elas podem ser os
problemas, ou ainda, o candidato poderá acrescentar outro(s) problema(s).
a) Exemplo de Introdução
Tema: Economia/Desemprego
b) Exemplo de Desenvolvimento
V. Conceituação
Vamos explicar o “tema”. Isso. Colocaremos o conceito do tema. É claro que esse
método deve ser utilizado naquele tema que se encaixa em sua estrutura. Mas ele se
encaixa na maioria dos temas.
O candidato poderá iniciar a introdução com a sua tese como conceito. Não esqueça
os elementos obrigatórios da introdução. Cuidado para não ficar muito extensa.
a) Exemplo de Introdução
A energia renovável é a energia que vem de recursos naturais, que são recursos
renováveis (naturalmente abastecidos). A energia solar (obtida pela luz do sol) é captada
por meio de painéis. A energia eólica (obtida pela ação dos ventos) também é produzida
pelo sol e já é utilizada em vários países, sobretudo para o transporte marítimo. Já a
energia geotérmica é produzida pelo calor interno da terra que chega até a crosta
terrestre.
Exemplo de desenvolvimento
Tema: Educação
No seu sentido mais amplo, educação significa o meio em que os hábitos, costumes
e valores de uma comunidade são transferidos de uma geração para a geração seguinte. A
educação vai se desenvolvendo por meio de situações presenciadas e experiências vividas
por cada indivíduo ao longo da sua vida.
Tema: Saúde
VI. Enumeração
O candidato deverá iniciar a introdução com uma enumeração de fatos que tenha a
ver com o tema. Podem ser os problemas. Cuidado para a introdução não ficar muito
extensa.
a) Exemplo de Introdução
Um projeto que virou lei, acabou com a exigência dos 6 (seis) decigramas de álcool
por litro de sangue para comprovar a embriaguez do motorista. A nova Lei Seca é a
b) Exemplo de desenvolvimento
Tema: saúde
Embora o Brasil tenha avançado na área social nos últimos anos, ainda persistem
muitos problemas que afetam a vida dos brasileiros. Violência e criminalidade, poluição,
desemprego, serviços de saúde ruins, educação de má qualidade, desigualdade social e
falta de moradia são alguns deles.
VII. Citação
O candidato poderá iniciar a introdução com uma citação de alguém, um estudioso,
um pensador, um livro, uma reportagem, uma lei, um artigo etc. Deve ser uma citação
objetiva, pois deverá comportar – ainda - os componentes obrigatórios da introdução.
Deixe espaço para eles. Daí, apenas cite os problemas envolvendo-os em um, dois ou três
pequenos argumentos. Cuidado para a introdução não ficar muito extensa.
a) Exemplo de Introdução
b) Exemplos de Desenvolvimento
Tema: Política
Tema: Economia
Tema: Violência
Antonio Paiva Rodrigues já dizia que “a violência é o maior câncer da sociedade, seu
crescimento transformasse em neoplasia de tristezas e queixumes e somente a paz e o
amor podem dizimá-la.” A violência urbana é um problema que afeta a ordem pública e
toda a sociedade, independente de classe social, englobando diversos tipos de violência:
doméstica, escolar, dentro das empresas, contra idosos, crianças, entre outras.
VIII. Questionamento/Pergunta
Esse método é muito utilizado para temas polêmicos. O candidato poderá iniciar ou
finalizar a introdução com uma pergunta. Apresente sua tese a respeito do tema e, logo
após, apresente os problemas e os argumentos. Em seguida, faça um questionamento a
respeito do tema.
a) Exemplo de Introdução
A nova Lei Seca é a afirmação de que a sociedade não aguenta mais a impunidade e
o grande número de acidentes e mortes que resultam da combinação de bebida e direção.
Nesse contexto, várias são as questões acerca do tema: Quais as diferenças entre a antiga
e a nova lei? Quais as novas provas aceitas na comprovação da embriaguez? Qual a
efetividade do novo diploma?
b) Exemplo de Desenvolvimento
Guerra nuclear, pandemia viral, mudança climática: a suposta profecia maia não
será cumprida, mas o apocalipse já começou e a agonia será lenta, alertam os cientistas.
Será que essas teorias do fim do mundo realmente tem algum fundamento científico?
IX. Declaração
O candidato poderá iniciar a introdução com uma declaração a respeito do tema
(afirmação). Deve ser uma declaração objetiva, pois deverá comportar – ainda - os
componentes obrigatórios da introdução. Deixe espaço para eles. Daí, apenas cite os
problemas envolvendo-os em um, dois ou três pequenos argumentos. Cuidado para a
introdução não ficar muito extensa.
a) Exemplo de Introdução
b) Exemplo de Desenvolvimento
Tema: Demissão
Tema: Educação
Dessa forma, diversos são os elementos que participam desta competência, tais
como a prática assídua da leitura, dentre outros. E como dito anteriormente, essa busca
pelo aperfeiçoamento deve ser constante, e um procedimento de extrema importância, e
que merece destaque, é a reescrita textual.
Reescritura
“A mente de Deus é como a Internet: ela pode ser acessada por qualquer um, no
mundo todo.” (Américo Barbosa, na Folha de São Paulo).
Resumindo: escrever bem para passar na prova significa compor um texto objetivo e
impessoal, atentando-se para a forma e o conteúdo; requer que se coordenem as ideias de
forma lógica e clara e que elas sejam expressas por meio de um bom estilo.
1. Aspectos Macroestruturais
I. Clareza
É a capacidade de transmitir uma ideia com exatidão, que não permita uma
interpretação equivocada pelo leitor. Ser claro é não dar margem à ambiguidade. O
candidato deve ser objetivo e preciso nas suas colocações.
II. Coerência
É construir seu texto baseado numa mesma lógica. É fazer todo o texto falar uma
mesma língua. Ser coerente é ser organizado.
Bom texto expressa boa relação entre as ideias. Todas as ideias apresentadas devem
estar envolvidas em torno de uma ideia principal: a tese.
Apresentar seu texto com coerência, seguindo uma ordem de ideias, cadenciando
introdução, desenvolvimento e conclusão é essencial para o entendimento do texto.
III. Concisão
IV. Coesão
As palavras destacadas têm o papel de ligar as partes do texto. Podemos dizer que
elas são responsáveis pela coesão do texto.
O uso correto de conectores permite uma maior coesão textual e envolve uma
compreensão facilitada da globalidade do texto.
Tempo (freqüência, duração, Então, enfim, logo, logo depois, imediatamente, logo após, a
ordem, sucessão, princípio, pouco antes, pouco depois, anteriormente, posteriormente,
anterioridade, posteridade) em seguida, afinal, por fim, finalmente, agora, atualmente, hoje,
freqüentemente, constantemente, às vezes, eventualmente, por
vezes, ocasionalmente, sempre, raramente, não raro, ao mesmo
tempo, simultaneamente, nesse ínterim, nesse meio tempo,
enquanto, quando, antes que, depois que, logo que, sempre que,
desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas.
Condição, hipótese Se, caso, eventualmente, desde que, contanto que, a não ser que,
salvo se, como, conforme, segundo, de acordo com, em
conformidade com, consoante, para, em consonância.
Explicação Pois, porque, por, porquanto, uma vez que, visto que, já que, em
virtude de.
Fazer concessão Apesar de, embora, ainda que, se bem que, por mais que,por menos
que, por melhor que, por muito que, mesmo que.
Adição, continuação Além disso,outrossim, ainda mais, ainda por cima, por outro lado,
também e as conjunções aditivas (e nem, não só…mas também e,
nem, também, ainda além de, não apenas…como também, não
só…bem como, também, inclusive igualmente, até, bem como, não
só… mas ainda, não somente mas também, alem de, com efeito, por
outro lado, ainda, realmente, ora, acrescentando-se que, acrescente-
se que, saliente-se ainda que, paralelamente, ademais, alem do que,
tanto…quanto, como se não bastasse,tanto… como.
Ilustração, esclarecimento Por exemplo, isto é, quer dizer, em outras palavras, ou por outra, a
saber.
Lugar, proximidade, Perto de, próximo a ou de, junto a ou de, dentro fora, mais adiante,
distância além,acolá, lá, ali, algumas preposições e os pronomes
demonstrativos.
Causa, conseqüência e Assim, de fato, com efeito, que, já que, uma vez que, visto que, por
explicação conseguinte, logo, pois (posposto ao verbo), então
conseqüentemente, em vista disso, diante disso, em vista do que, de
(tal) sorte que, de (tal) modo que de, (tal) maneira que…, por
conseqüência, como resultado, tão…que, tanto…que,
tamanha(o)…que, tal … que…,decorrente de, em decorrência de,
conseqüentemente, com isso, que, porque, pois, como, por causa
de, já que, uma vez que, porquanto; na medida em que, visto que.
Contraste, oposição, Pelo contrário em contraste com, salvo, exceto, menos, mas,
restrição, ressalva contudo, todavia, entretanto, embora, apesar, ainda que, mesmo
que, posto que, conquanto que, se bem que, por mais que, por
menos que, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não
obstante, senão, opor-se, contrariar, negar, impedir, surgir em
oposição, surgir em contraposição apresentar em oposição, ser
contrário.
Finalidade Visar, ter em vista, objetivar, ter por objetivo, pretender, tencionar,
cogitar, tratar, servir para, prestar-se para.
Palavras de transição Palavras responsáveis pela coesão do texto por estabelecem a inter-
relação entre os enunciados (orações, frases, parágrafos), são
preposições, conjunções alguns advérbios e locuções adverbiais.
Inicialmente (começo introdução) desde já (começo introdução) a
principio, a priori (começo), em primeiro lugar (começo)além disso
(continuação), do mesmo modo (continuação), acresce que
(continuação), ainda por cima (continuação), bem como
(continuação), outrossim (continuação), enfim (conclusão), dessa
forma (conclusão), em suma (conclusão), nesse sentido, nesse
âmbito (conclusão), portanto (conclusão), afinal (conclusão),logo
após (tempo), ocasionalmente (tempo), posteriormente
(tempo)atualmente (tempo), enquanto isso (tempo), imediatamente
(tempo), não raro (tempo), concomitantemente (tempo), igualmente
(semelhança, conformidade), segundo (semelhança, conformidade),
conforme (semelhança conformidade) assim também (semelhança,
conformidade), de acordo com (semelhança, conformidade), daí
(causa e conseqüência), por isso (causa e conseqüência), de fato
(causa e conseqüência), em virtude de (causa e conseqüência),
assim (causa é conseqüência) naturalmente (causa e
conseqüência), então (exemplificação esclarecimento), por exemplo
(exemplificação, esclarecimento) isto é (exemplificação
esclarecimento), a saber (exemplificação, esclarecimento), em
outras palavras (exemplificação esclarecimento), ou seja
(exemplificação esclarecimento) quer dizer (exemplificação
esclarecimento) rigorosamente falando (exemplificação,
esclarecimento).
Coesão por substituição Substituição de um nome (pessoa, objeto, lugar etc) verbos períodos
ou trechos do texto por uma palavra ou expressão que tenha sentido
próximo, evitando a repetição no corpo do texto.Ex.: Porto Alegre
pode ser substituída por “a capital gaucha;Castro Alves pode ser
substituído por “O Poeta dos Escravos ;João Paulo II: Sua Santidade;
Vênus: A Deusa da Beleza.
Além da tabela dos conectores, preparei, também, outra muito útil. Com estes
termos e frases o candidato nunca mais terá problemas para iniciar, desenvolver, conectar,
melhorar, clarificar ou concluir qualquer parágrafo da sua dissertação. Contudo, não é uma
fórmula fechada. O candidato deverá analisar bem o que quer dizer no seu parágrafo de
forma a escolher a que melhor se encaixa no contexto específico. Existem inúmeras. Essas
são apenas algumas delas. Utilize para:
2. Aspectos Microestruturais
2.1 Qualquer extensão de texto escrito nas linhas é considerada para efeito de
cálculo do número de linhas efetivamente escritas.
Observação: marcações inadequadas de parágrafo; desrespeito às margens
e rasuras são aspectos apenados.
2.4 A presença de título no texto não é apenada, a não ser que haja determinação
contrária expressa em comando da prova. Não é registrado como erro o emprego de letras
maiúsculas — ainda que todas — no título; são registrados como erros o emprego de letra
inicial minúscula na primeira palavra do título e o emprego aleatório de maiúsculas e
minúsculas.
b. Aspectos avaliados
Grafia/Acentuação Gráfica
Morfossintaxe
Propriedade vocabular
c. Critérios de avaliação
d. Grafia/Acentuação Gráfica
1 Legibilidade
1.1 A identificação dos erros de grafia e acentuação gráfica depende, muitas vezes,
da legibilidade, o que exige que o examinador esgote as possibilidades de decifração da
letra manuscrita e/ou do sinal gráfico empregado no texto.
2 Repetição de erro
3 Siglas
3.1 É correto o uso de siglas grafadas com letras maiúsculas (ONU, OAB) ou apenas
com a inicial maiúscula, no caso de serem pronunciadas como uma palavra (Petrobras,
Prodasen1 etc.).
3.2 Não é registrado como erro o uso de siglas que não tenham sido explicitadas
anteriormente por extenso; ou de siglas pronunciadas como uma palavra e grafadas com
letras maiúsculas (PETROBRAS, PRODASEN etc.); ou, ainda, de siglas com acréscimo de
“s” minúsculo ao final, sem apóstrofo, para indicar plural (CPIs, CPFs etc.).
4.1 É correto o uso de letra inicial maiúscula que indica a singularização de nomes,
tais como leis aprovadas pelo Congresso Nacional (Lei de responsabilidade Fiscal, Estatuto
do Idoso etc.); termos que representem conceitos políticos: Estado (no sentido de Nação),
União, Constituição, Ministério Público, Poder Executivo, Legislativo e Judiciário, Ministério
da Fazenda (ou qualquer outro); nomes das regiões brasileiras: Nordeste, Sudeste, Norte,
Sul; nomes de órgãos: Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, Câmara Municipal de
Formosa etc.
5 Abreviaturas
6 Translineação
6.3 É registrada como erro a colocação de hífen no início da linha, caso corresponda
a marca única de translineação.
6.4 Não é registrado como erro o emprego de dois hifens — um ao final da linha e o
outro no início da seguinte —, em se tratando de palavra simples. Também não é apenado
o emprego de hífen apenas ao final da linha, em se tratando de palavra composta.
6.5 Não são registrados como erros os seguintes casos, desde que as regras de
separação silábica tenham sido cumpridas: (i) uma única vogal deixada em uma das
linhas; (ii) formação, por efeito da translineação, de palavras estranhas ao contexto (des-
/peito).
7 Acentuação gráfica
e. Morfossintaxe
1 Pontuação
Parâmetros de avaliação: casos previstos nas gramáticas normativas de referência.
1.1 É registrado como erro o emprego de sinal de pontuação no início de uma linha.
1.2.3 É registrada como erro a ausência de vírgula nos casos em que essa pontuação
seja necessária para isolar locuções ou expressões adverbiais longas — assim consideradas
as expressões com três ou mais palavras — deslocadas, para o início da oração, ou
intercaladas.
Observação: Essa regra não se aplica a elementos adverbiais que expressem conclusão,
explicação, retificação ou ratificação. Esses adjuntos adverbiais devem ser
obrigatoriamente isolados por vírgula, como, por exemplo em: Afirmou, sim, que o caso
estava resolvido.
1.2.8 Não é registrada como erro a ausência de vírgula nos seguintes casos: (i) junto
a advérbio deslocado, a não ser que haja ambiguidade; (ii) antes de expressão adverbial
(adjunto ou oração, incluindo-se as reduzidas) em final de oração ou período, a não ser
que haja ambiguidade a ser sanada. Assim, considera-se correta a seguinte construção:
Estes dois elementos foram o estopim para que a bomba da violência explodisse no
interior do país.
1.3.1 É registrada como erro a ausência de ponto após palavras abreviadas: etc.; id.
(idem), Dr. (doutor).
1.3.3 É registrado como erro o emprego de ponto final após o ponto de abreviações.
Nesse contexto, de coincidência de emprego do ponto, apenas um ponto deve ser
empregado: Foram convidados para o debate: políticos, professores, engenheiros etc.
2.3 É registrado como erro o emprego do pronome relativo “cujo” que não expresse
relação de posse, bem como o emprego indevido de outro pronome relativo no lugar de
“cujo” (O relatório cujo eu revisei ontem./O relatório que o conteúdo revisei ontem./O
relatório cujo conteúdo revisei ontem.).
2.7 Não é registrada como erro a colocação, nas locuções verbais, do pronome átono
entre o verbo auxiliar e o principal (Devia lhe falar).
_ plural nos verbos impessoais fazer (em sentido de ‘tempo’) e haver (em sentido de
‘existir’): Fazia(m) muitos meses./Havia(m) muitos estudantes na manifestação.
_ plural em verbos seguidos de preposição, em construção impessoal com o pronome se:
Trata(m)-se dos melhores profissionais./Precisa(m)-se de empregados./Apela(m)-se para
todos.
_ plural quando o sujeito for composto pela expressão cada um de seguida de nome no
plural: Cada um dos processos tem (têm) respaldo legal distinto.
_ plural em relação a uma unidade: A obra custará R$1,25 bilhão (bilhões)./Ganhou
R$1,87 milhão (milhões).
_ plural quando o sujeito coletivo estiver junto ao verbo e não vier especificado: O grupo
veio (vieram) muito tarde.
_ singular nos verbos existir, bastar, faltar, restar, sobrar quando o sujeito estiver no
plural:Faltam (Falta) professores para o ensino médio.
4.1 É registrado como erro o emprego de construção com pronome relativo (que, o
qual, os quais etc.) em que não tenham sido respeitadas as regras de regência verbal (O
documento que fiz referência no processo é de grande importância./O documento a que fiz
referência no processo é de grande importância.).
4.2 É registrado como erro o emprego do pronome lhe como objeto direto (Nós o
(lhe) convidamos).
4.3 É registrado como erro o emprego do pronome o como objeto indireto (A posição
lhe (o) traz desconforto).
4.4 É registrado como erro o emprego do pronome se com passiva analítica (Sempre
(se) é cobrado o pedágio).
4.6 Não é registrado como erro o emprego, com regência transitiva direta, dos
verbos visar, lembrar/esquecer, obedecer/desobedecer, assistir (presenciar), dado o
registro de uso já consagrado nos dicionários de regência verbal (cf. Francisco Fernandes,
Dicionário de verbos e regimes, Porto Alegre, Globo, 1983).
f. Propriedade Vocabular
Exercícios
1) (Segurança) Com um PIB per capita de cerca de R$ 50 mil reais, um dos maiores
do país, Brasília completou 52 anos liderando, também, os índices de violência.
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2) (Educação) Como pode um país que alcançou a sexta posição entre as maiores
economias do planeta ostentar um constrangedor 88º lugar em um ranking mundial
publicado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (Unesco) em 2012?
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3) (Economia) A Inflação em janeiro de 2013 é a mais alta desde abril de 2005, diz
IBGE. Será o retorno do nosso velho inimigo?
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5) (Sociedade) A tolerância tem que ser zero: o Brasil não pode mais conviver com a
rotina de pequenas irregularidades que causam grandes prejuízos à sociedade.
Tema: Transição de uma cultura escrita para uma cultura mais digital e visual.
No mundo digital, tudo acontece rapidamente, vide o sucesso da obra “50 tons de
cinza”;
Causas e consequências dessa transição;
Alguns livros já não são mais impressos, pois é mais fácil utilizá-los e atualizá-los
digitalmente.
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4) O jogador nunca passou por outra cirurgia do joelho em nenhuma outra parte
do corpo.
5) O atleta não fez nenhuma cirurgia no joelho nem tão pouco em qualquer parte
do corpo.
6) Podemos abordar um tema que, creio eu, todos pensam e dissertam sobre o
próprio. A juventude e a velhice. A meu ver, entre essas duas faixas etárias cria-se uma
certa antagonização de desejos e interesses, que são ideias e sentimentos muito duvidosos
para corrigi-los e determiná-los ou não.
8) Existem várias campanhas conta doenças graves onde suas verbas são
desviadas para outras coisas, que é de inútil interesse para a população.
Seguem alguns exemplos de boas construções de textos dissertativos elaboradas por esse
autor:
Exemplo 1
Fazendo o planejamento:
1) Interpretar o enunciado:
2) Roteirizar o texto:
a) Introdução: conceituação (contribuinte-cidadão) + problemas.
b) Desenvolvimento
Total de linhas: 24
Exemplo 2
Texto I
“Todos os dias nos chegam, por meio da mídia, notícias dos mais variados tipos de
violência vivenciados na sociedade brasileira e mesmo em âmbito internacional.
Texto II
Tendo em vista que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente motivador,
redija um texto dissertativo a respeito da violência nas escolas. Ao elaborar seu texto
aborde, necessariamente, os seguintes aspectos:
Proposta de solução
Fazendo o planejamento:
1) Interpretar o enunciado:
2) Roteirizar o texto:
b) Desenvolvimento
Total de linhas: 23
Exemplo 3
Texto I
Texto II
Texto III
Proposta de solução
Fazendo o planejamento:
1) Interpretar o enunciado:
2) Roteirizar o texto:
Cuidado. Não se confunda. O tema não é a respeito dos Direitos Humanos e nem dos
Direitos Fundamentais, mas sim da ação policial e o respeito aos direitos dos cidadãos. Os
textos I e II trazem ideias complementares ao tema e, dessa forma podem levar o
candidato a fugir do tema proposto pela banca.
b) Desenvolvimento
Em seu artigo art. 4º, inciso II, a CF/88 estabelece que o Brasil adota o princípio da
prevalência dos Direitos Humanos na condução das suas relações internacionais. Ocorre
que a mídia noticia, com frequencia, casos abusivos envolvendo policiais. Quais são os
limites da atuação policial? Como a polícia pode atuar respeitando os direitos em questão?
O tema Direitos Humanos vem merecendo especial atenção em razão de haver
taxativa desaprovação da opinião pública internacional aos países que desrespeitam as
convenções e tratados que regulam essa matéria. Representam os direitos e liberdades
básicas de todos os seres humanos.
Com relação ao abuso de autoridade, caracteriza-se por qualquer conduta que atente
contra as liberdades e outros direitos inerentes à pessoa. As estatísticas mostram que os
policiais são responsáveis por uma morte a cada cinco horas em confrontos com bandidos.
Esses atos corrompem a estrutura policial e desencadeiam o envolvimento de seus
membros em vários crimes. Contudo, não podem encontrar lugar na atuação das forças de
segurança pública.
Total de linhas: 24
Texto I
Texto II
“As estatísticas mostram o quanto a violência cresce no DF. Todos os crimes contra a
vida, como homicídio, aumentaram em comparação ao ano passado. Foram 329
assassinatos, contra 290 contabilizados entre janeiro e maio de 2012. A mesma tendência
foi registrada pelos delitos contra o patrimônio, entre eles o roubo de carros que teve alta
de quase 80%. Foram 1.794 veículos tomados por assalto, enquanto no ano passado o
número foi de 999. Tentativa de latrocínio também subiu de 57 casos em 2012 para 101
em 2013, um crescimento de 77,2%.”
mapadaviolencia.org.br/pdf2012/mapa2012_df - Modificado
Texto III
Proposta de solução
Fazendo o planejamento:
5) Roteirizar o texto:
d) Desenvolvimento
6) Agora é só rascunhar, revisar e passar a limpo. No entanto, fique atento. Essa é uma
redação com problemas complexos e grandes. O candidato deverá usar bem as técnicas de
resumo e ser bem objetivo.
Total de linhas: 24
Dicas de Gramática
I. Pronomes demonstrativos
a. Em relação ao espaço (lugar), usamos este, esta, isto para representar qualquer
elemento que esteja próximo da pessoa que fala; esse, essa, isso, para elemento que
esteja próximo da pessoa com quem se fala; aquele, aquela, aquilo, para elemento
distante de ambos. Por exemplo:
"Em 1922 aconteceu a Semana de Arte Moderna; naquela época, havia muitos poetas
eminentes."
("Naquela época", pois observe o verbo no pretérito imperfeito do indicativo – havia)
"Em 1984 casei-me; esse foi um dos melhores anos de minha vida."
("esse", pois para mim, apesar de fazer 16 anos, é passado recente; para outra
pessoa poderia ser distante)
c. Em relação a citações orais ou escritas, usamos esse, essa, isso para retomar um
elemento ou uma frase anterior. Por exemplo:
Usamos este, esta, isto para apresentar um elemento ou uma frase que será escrita
ou falada. Por exemplo:
"Pode ser citado como exemplo comprobatório este fato: o policial não estava
armado".
Perceba que o pronome "esta" está retomando o substantivo "saúde", que está
imediatamente anterior a ele. Outro exemplo:
"Meu filho, não se envolva com os funcionários da empresa em que trabalha o nosso
vizinho; aliás, nem com este você deve envolver-se".
"Ao me encontrar com Florisberto perguntei por Abiduílson, apesar de saber que este
jamais conversa com aquele."
(este = Abiduílson; aquele = Florisberto)
"Machado de Assis e Carlos Drummond de Andrade são dois dos maiores nomes da
literatura brasileira. Este é conhecido por suas poesias; aquele, por seus brilhantes
romances."
(este = Carlos Drummond de Andrade; aquele = Machado de Assis)
II. Pontuação
Para o bom emprego dos sinais de pontuação, convém conhecer os casos em que o
uso de alguns deles é obrigatório (determinado pela sintaxe), mas levando em conta que
existem também razões de ordem subjetiva (a busca da melhor expressão, que se
transforma numa questão de estilística).
a. Ponto e vírgula
O ponto e vírgula marca uma pausa mais longa que a da vírgula, no entanto
menor que a do ponto. É empregado para:
- separar orações coordenadas que já venham quebradas no seu interior por vírgula
Ex.: Os indignados réus mostravam suas razões para as autoridades de forma firme;
alguns, no entanto, por receio de punições, escondiam detalhes aos policiais.
Ex.: Ela prefere cinema; eu, teatro.
Ex.: Não esperava outra coisa; afinal, eu já havia sido avisado.
Ex.: Os indignados réus protestaram; os severos juízes, no entanto, não cederam.
- dar início a uma seqüência que explica, esclarece, identifica, desenvolve ou discrimina
uma ideia anterior
Ex.: Descobri a grande razão da minha vida: você.
Ex.: Já lhe dei tudo: amor, carinho, compreensão, apoio.
Ex.: Tivemos uma ótima ideia: abandonar a sala.
Ex.: O resultado não se fez esperar: fomos chamados à diretoria.
c. Aspas
- isolar palavras ou expressões estranhas à língua culta, tais como: gírias, expressões
populares, estrangeirismos, neologismos, arcaísmos, etc.
Ex.: Ele era um "gentleman".
Ex.: Ele estava "numa boa".
Ex.: O rapaz ficou "grilado" com o resultado.
Ex.: Emocionado, o rapaz deu-lhe um "ósculo" ardente.
- mostrar que uma palavra está sendo utilizada em sentido diverso do habitual
(geralmente, expressando ironia)
Ex.: Fizeste "excelente" serviço.
Ex.: Sua ideia foi mesmo "fantástica".
O travessão simples ( — ) serve para indicar que alguém está falando de viva
voz (discurso direto). Emprega-se, pois, o travessão para marcar a mudança de
interlocutor nos diálogos. Ex.:
Pode-se usar o duplo travessão (— —) para substituir dupla vírgula, sobretudo quando se
quer dar ênfase ou destaque ao termo intercalado.
Ex.: Eu, disse o eminente jurista, não aceito tal decisão. / Eu — disse o eminente jurista
— não aceito tal decisão.
d. Reticências
f. Vírgula
Indica uma pausa de curta duração, que não marca o fim do enunciado. Pode
ser empregada para separar termos de uma oração ou para separar orações de um
período.
Usa-se vírgula:
4. Isolar expressões explicativas: isto é, ou melhor, quer dizer, melhor dizendo, etc.
12. Para separar orações coordenadas sindéticas (exceto as iniciadas por 'e' e 'nem':
14. As conjunções 'pois', 'porém', 'portanto', 'não obstante', 'contudo' quando vier depois
do verbo, deverá ser separada por vírgula:
18. Usa-se a vírgula nas orações coordenadas aditivas iniciadas pela conjunção e quando
os sujeitos forem diferentes e quando o e for repetido:
Alguns autores costumam usar a vírgula antes da abreviatura etc.. Esse é um termo latino
que significa e outras coisas, e assim sendo, não haveria necessidade de usar a vírgula, no
entanto, o seu uso é consagrado pela norma culta.
Uma frase pode ser formada de duas ou mais orações, constituindo, assim,um período. De
acordo com o modo que as orações se dispõem e se relacionam nele, podemos ter dois
tipos de processos sintáticos: por coordenação e por subordinação.
Por Coordenação
Orações Explicativas use a vírgula para separar as explicativas: que, porque, pois,
porquanto: Vamos logo, que o trem vai partir.
● Não falemos alto, porque as crianças estão dormindo.
Existem dois tipos de porquês: o coordenativo explicativo e o subordinativo casual. Antes
do explicativo sempre use a vírgula, pois ele introduz uma oração explicativa precedida
por uma pequena pausa.
Como reconhecer o [porque] explicativo?
Toda vez que você puder substituí-lo pela palavra que ele será explicativo:
● Não faça isso, (que) porque estamos aqui para ouvi-lo.
● Não corra, porque (que) você pode cair.
Já o porquê que introduz a oração causal não pode ser substituído pelo que e, neste
caso, a vírgula é facultativa: Maneco foi reprovado porque só estudava nas horas vagas.
Pois (introduzindo uma explicação) vem, sempre, após a vírgula que introduz a oração: O
exame era difícil, pois nem sequer havíamos estudado.
Vírgula após pois (explicativo) só se houver outra oração intercalada na seqüência da
frase:
● Os meninos jogaram bem, pois, como fora combinado, dariam tudo de si.
Note que esse último é o mesmo exemplo do item 3. Vê como sem a vírgula a frase
também fica correta? Mesmo não sendo apenas uma palavra, dificilmente algum professor
dará errado se você omitir a vírgula.
Não há vírgula:
Quando é construída na ordem direta, a oração não precisa de vírgulas. Chamamos ordem
direta à disposição mais usual dos termos da oração, ou seja, o sujeito no início, seguido
do verbo e de seus complementos e, no final, se houver, do adjunto adverbial (termo
acessório que indica a circunstância em que se dá a ação verbal). São esses os casos:
2. Entre o verbo e o seu objeto: Maria, seu marido e seus três filhos compraram um novo
terreno.
3. Entre o nome e o seu adjunto: Casa de pedra tomba, mas não desiste.
4. Entre o nome e o seu complemento: Eles queriam que tudo permanecesse favorável ao
deputado.
5. Entre oração principal e oração adjetiva restritiva: O homem que ajuda o próximo nunca
perde a esperança.
6. Antes da conjunção e quando ela introduz a última oração coordenada: Comprou jóias,
roupas, sapatos e brinquedos.
8. Adjuntos adverbiais curtos: não se exige vírgula com eles, salvo se for exigida pausa:
Depois disso tudo voltou ao normal. (ou Depois disso, tudo voltou ao normal)
No verão passado fomos à Paris. (ou No verão passado, fomos à Paris)
9. Oração adverbial, após a oração principal, não exige vírgula: Quebrou a perna quando
dançava.
III. Crase
A crase é a fusão de duas vogais da mesma natureza. Sua representação se dá por meio
do chamado acento grave sobre a letra “a”, tornando acentual essa vogal. Assim, o acento
grave é o sinal que indica a fusão de dois “aa”, e recebe o nome de crase. Observe:
1. A crase será obrigatória com nomes geográficos de cidades ou países, que exigem o
artigo definido feminino “a”:
Exemplo: dizemos “vou à França”, com o acento grave da crase. Por quê?
“França” é um nome que sempre vem acompanhado do artigo definido feminino singular
“a”, que, somado à preposição própria do verbo “ir”, provocará a fusão da crase. Em outras
palavras, é fácil perceber que falamos “A França é um país lindo”, e não simplesmente
“França é um país lindo”. Daí a decorrencial fusão da crase, como resultado da soma da
preposição com o artigo.
Observe outros exemplos de ocorrência da crase:
Vou à Colômbia – Vou à Argentina – Vou à Bahia – Vou à Gávea – Vou à Jordânia – Vou à
Síria – Vou à Holanda.
Memorize: quando o ponto geográfico (ou topônimo) vier acompanhado de qualificativo, a
crase será obrigatória. Exemplos:
Vou à Roma dos Césares.
Vou à Florianópolis das 42 praias.
Vou à Brasília das mordomias.
4. Com expressões “moda de” e “maneira de”, quando se apresentarem ocultas: Exemplos:
Foram dois gols à Pelé. [ Foram dois gols à (moda de) Pelé].
Escrevia à Machado de Assis [ Escrevia à (maneira de) Machado de Assis].
IMPORTANTE: quando subentender palavra feminina que determine nome de empresa ou
coisa, haverá a crase. Exemplos
Referiu-se à Apolo [ Referiu-se à (nave) Apolo].
Irei à Saraiva [ Irei à (Editora) Saraiva].
Fez menção à Veja [ Fez menção à (Revista) Veja].
5. A crase será obrigatória antes de palavra feminina, nas locuções adjetivas, adverbiais,
prepositivas, ou conjuntivas.
Aquele será um belo baile à fantasia.
Tudo foi feito às escondidas.
Seguiu à risca as dicas, embora tenha feito tudo às pressas.
Estava à procura de um profissional.
A temperatura aumenta à proporção que nos aproximamos dos trópicos.
O concursando evolui à medida que estuda mais.
7. A crase será obrigatória antes de pronomes relativos “que” (com elipse), “a qual” e “as
quais”:
A fusão da crase também ocorrerá entre a preposição “a” e certos pronomes relativos. Os
casos podem ser explicados um a um:
7.1. Pronome QUE: no geral, tal pronome repudia a crase. Todavia, quando se tratar de
elipse, isto é, a omissão propositada de um termo na oração, será possível a ocorrência da
crase. Exemplo:
Esta fala é anterior à que você fez.
Complementando-se a frase, teremos:
Esta fala é anterior à [fala] que você fez.
Portanto, note-se que a crase se justifica, na medida em que se evidencia a contração da
preposição “a”, própria do adjetivo “anterior”, com o artigo definido feminino “a”, que
acompanha o substantivo “fala”:
7.2. Formas Pronominais “A QUAL” / “AS QUAIS”: como tais formações pronominais vêm
acompanhadas do artigo definido feminino “a”, fica fácil perceber que, havendo a
ocorrência de preposição “a” no termo regente, despontará o fenômeno indicador da crase.
Exemplos: Esta é a viagem à qual me referi.
Observe que o verbo pronominal “referir-se” é regido pela preposição “a” (quem se refere,
refere-se a). Tal preposição será fundida com o artigo definido feminino próprio da
formação pronominal “a qual”, gerando a crase.
Como recurso mnemônico, procure substituir o substantivo feminino da frase por um nome
masculino. Se da troca resultar a formação pronominal “ao qual”, a crase será confirmada.
Exemplo: troque a palavra “viagem” por campeonato. Observe a troca:
Este é o campeonato AO QUAL me referi.
Diante disso, é fácil perceber que não ocorrerá crase na frase:
Esta é a jovem a qual ele ama.
Observe que o verbo “amar” não é regido pela preposição “a” (quem ama, ama alguém).
Se não há preposição, restará apenas a formação pronominal “a qual”, sem a ocorrência da
crase. Aliás, pelo recurso mnemônico sugerido, substituindo-se a expressão “a jovem” por
outra (“o rapaz”, por exemplo), será fácil perceber que não surgirá a forma “ao qual”.
Confira:
Este é o rapaz O QUAL ela ama.
Por fim, os pronomes relativos “quem” e “cujo” repudiarão a crase, sem ressalvas. Observe
as frases, sem a crase:
Este é o veículo a cuja marca ele se referiu.
Ali está a moça a quem todos se referiram.
4. Não ocorre a crase antes de genéricas expressões formadas por palavras femininas.
Exemplos: não dê ouvidos a discussões; referi-me a mulheres; não se prenda a
necessidades materiais; não se submeta a humilhações.
IMPORTANTE: a mesma regra se estende às genéricas locuções formadas por palavras
femininas. Exemplos: reunião a portas fechadas; agrediram-se a bofetadas.
CUIDADO: não perca de vista que haverá crase com os pronomes demonstrativos AQUELE,
AQUELA, AQUILO e AQUELOUTRO, se vierem acompanhados de uma preposição “a”.
Exemplos: Não me refiro àquele livro, nem àquela obra, mas àquilo tudo que conversamos;
Fez menção àqueloutro trabalho.
6. Não ocorre a crase antes das palavras “casa”, “terra” e “distância”, se não vierem
especificadas.
Exemplos: Voltei a casa. O marinheiro voltou a terra.
Em nível de e a nível de
No sentido de "no que diz respeito a", "em relação a", "em termos de", esta
expressão é um modismo, e de gosto duvidoso. Se optar por usá-la, empregue com a
preposição em. Exemplos:
Em nível de Brasil, verificam-se grandes diferenças regionais.
Não há outra opção melhor do que Gramado, em nível de turismo no Rio Grande do Sul.
A expressão a nível de deve ficar restrita ao sentido de nivelamento. Exemplo: Esta
cidade não fica ao nível do mar; As águas chegaram a um nível nunca antes visto.
Vale lembrar, ainda, que expressões como em termos de, no que concerne a, no que
diz respeito a são bem mais elegantes e apropriadas ao nível culto da língua do que a
nível de.
Haver/A ver
Nós temos muito a haver com nossos clientes, pois já efetuamos todas as entregas.
Constatamos que o sentido se atém a algo a receber, ou seja, algo relacionado a créditos
de uma foram geral.
Um aspecto bem interessante é que muitas pessoas empregam essa expressão de forma
errônea ao fazerem uso de: Eu tenho uma quantia em haver com você. Atente-se a forma
correta, que é esta supracitada.
Já no caso da expressão “tem a ver”, percebemos seu recorrente uso mediante as
conversas do cotidiano, não é mesmo? Situações como: Menino, o que você tem a ver com
os problemas alheios?
Concluímos que a noção agora se refere a ter relação com algo, dizer respeito a algo.
Pego e pegado
As duas formas convivem. A forma PEGADO só pode ser usada quando antecedida dos
verbos TER ou HAVER: “Ele tinha (ou havia) PEGADO os documentos”.
A forma irregular PEGO está consagrada entre nós e já é aceitável na língua padrão. Pode
ser usada com qualquer verbo auxiliar (ser, estar, ter ou haver):
TAXADO e TACHADO
TAXADO vem de taxa (=tributo): “A venda destes produtos foi TAXADA pelo governo.”
TACHADO significa “acusado, considerado, qualificado, rotulado”: “Ele foi TACHADO de
ladrão.”
Assento/Acento/Asscento
Ascenção ou ascensão
A forma correta de escrita da palavra é ascensão. A palavra ascenção está errada. Sempre
que quisermos referir que alguma coisa se elevou, subiu, devemos utilizar o substantivo
feminino ascensão.Exemplos:
Mau ou Mal
A e há
Para saber se você deve usar “a” ou “há” apresentamos aqui algumas dicas para facilitar a
eliminação de dúvidas a esse respeito:
Usa-se “há” quando o verbo “haver” é impessoal, tem sentido de “existir” e é conjugado na
terceira pessoa do singular.
Exemplo: Há um modo mais fácil de fazer essa massa de bolo.
Porquês
PORQUE
Vale lembrar que a palavra “porque” é uma conjunção, ou seja, serve para ligar duas
orações. Além de unir as duas ideias, o conectivo “porque” indica que a oração introduzida
por ele exprime a causa ou a explicação do que foi dito antes. Fazemos uso dessa estrutura
sintática o tempo todo. Basta precisarmos dar alguma explicação a alguém ou apontar a
causa de um fato.
POR QUE
Também empregamos muito a pergunta de causa, expressa por um tipo de palavra que
chamamos de advérbio interrogativo de causa. Esse é o popular “por que da pergunta”,
que se escreve em duas palavras (“por que”).
POR QUÊ?
A forma acentuada ocorre na chamada posição tônica, ou seja, no final da frase. Assim, se
invertermos a ordem usual da sentença, teremos o seguinte: “O jogo foi adiado por quê?”.
Há autores que admitem a forma “por quê” antes de orações de caráter adversativo (ideia
de oposição). Assim: “Não sei por quê, mas isso não me agrada”.
O advérbio interrogativo (“por que”) não aparece somente nas interrogações diretas,
nessas que terminam com o ponto de interrogação. Essa forma também aparece
encabeçando orações interrogativas indiretas. Veja os seguintes casos:
Ele gostaria de saber por que o jogo foi adiado. A diretora perguntou-lhe por que chegou
atrasado.
Os colegas queriam saber por que ele tinha sido promovido.
Note que, nessas construções, a pergunta está implícita. Embora não seja feita
diretamente, a pergunta existe (é uma interrogação indireta). Continuamos usando a grafia
“por que”.
As orações que completam o verbo “perceber” nas sentenças acima são introduzidas
poradvérbios interrogativos (como, quando, onde, por que). Vale lembrar que o verbo
“perceber” requer um complemento (objeto direto), afinal percebemos alguma coisa.
Essa coisa percebida pode ser expressa na forma de uma oração interrogativa indireta,
como acabamos de observar nos exemplos anteriores.
Note que o advérbio interrogativo de causa é sempre a forma “por que”. É importante
perceber que “por que”, nesse tipo de construção, permuta com outros advérbios (como,
quando, como), não com conjunções. Ao perceber isso, você compreende por que (por que
motivo) se usa a grafia “por que” nessas frases.
Caso ache difícil compreender a análise sintática, você poderá substituir “por que” por
expressões como “a razão pela qual” ou “por que motivo”. Essas locuções se equivalem,
portanto uma forma rápida de verificar se a frase está correta é fazer a substituição do
“por que” por uma delas. Vamos comparar duas outras sentenças:
Você já sabe como completar cada uma delas? Em (1), devemos usar a conjunção
“porque”, pois a segunda oração explica a primeira. Em (2), devemos usar o advérbio “por
que”, pois a segunda oração completa a primeira.
E a forma PORQUÊ?
Essa forma é um substantivo, cuja grafia se diferencia da grafia da conjunção apenas pelo
acento circunflexo. Essa palavra aparece normalmente depois de um artigo (o porquê de
alguma coisa), exatamente como os substantivos “motivo” ou “causa” (o motivo de, a
causa de).
É exatamente isso o que ocorre com a forma “porquê” (a diferença é que ela recebe um
acento). Assim: “Ninguém sabia o porquê da revolta dos estudantes” (o motivo da revolta).
Na condição de substantivo, a forma admite o plural: “Cada um tem seus porquês”.
A forma por que nem sempre será o advérbio interrogativo de causa. Ela poderá aparecer
quando a preposição “por” anteceder um pronome relativo, um pronome interrogativo ou
mesmo uma conjunção integrante. Vejamos alguns casos:
A resposta por que esperamos durante muito tempo chegou repentinamente. [pela qual =
preposição + pronome relativo]
Por que caminho você chegou lá? [por qual = preposição + pronome interrogativo]
Ansiávamos por que chegassem. [preposição + oração substantiva/ ansiávamos por algo]
Normalmente, a maior parte das dúvidas sobre o tema está ligada ao emprego do advérbio
interrogativo de causa na segunda oração de um período. São as frases do tipo
“Verifique por quea encomenda não chegou”, “Explique por que chegou tarde ontem”,
“Saiba por que o café faz bem à saúde”, “Entenda por que o investimento em poupança
ainda é o mais seguro” que suscitam dúvidas. Em todas, o advérbio introduz o objeto
direto de um verbo da oração anterior.
Nessa frase, estamos dizendo que não ficou claro o motivo pelo qual ele não veio. “Por que
ele não veio” é o sujeito de “não ficou claro”. Análise sintática, ela mesma. Se quiser, use
“a razão pela qual”, “o motivo pelo qual”. A ideia é a mesma, mas pode parecer mais fácil.
As duas expressões “à medida que” e “na medida em que” são locuções conjuntivas, ou
seja, juntas, possuem valor de conjunção. Portanto, essas locuções têm como objetivo
ligar duas orações.
a) Nós precisamos ler mais na medida em que crescemos, pois temos maior
entendimento ao passar dos anos. (visto que)
b) A pesquisa dever ser feita antes de dezembro na medida em que vamos estar de
férias nesse período. (porque)
Quanto às orações iniciais, as duas estão corretas gramaticalmente, mas, como vimos,
possuem sentidos diferentes: