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CLINÍCA

CIRÚRGICA

2017
INTRODUÇÃO PARA UNIDADE DE CENTRO CIRÚRGICO

O Centro-cirúrgico (CC) pode ser considerado uma das unidades mais complexas do
hospital, pela constante presença de agente estressores, devido às possibilidades de risco
à saúde que os pacientes estão sujeitos ao serem submetidos à intervenção cirúrgica.
Trata-se de um setor de alto custo, tanto pela construção, que deve ser executada de
acordo com normas técnicas e assépticas. Nele são realizadas técnicas estéreis para
garantir a segurança do cliente quanto ao controle de infecção.
Conceito – Ministério da Saúde Conjunto de elementos destinados às atividades
cirúrgicas, bem como a recuperação anestésica e pós operatória imediata
Conceitos – Lamb (2000) “ É o conjunto de ambientes, devidamente localizados,
dimensionados, inter-relacionados e dotados de instalações e equipamentos, com pessoal
qualificado e treinado para a realização de procedimentos cirúrgicos, de forma a oferecer
o máximo de segurança aos pacientes e às melhores condições de trabalho para equipe
técnica”

FINALIDADE
Sendo um setor de circulação restrita, destacam-se, entre suas finalidades:
• Realizar procedimentos cirúrgicos e devolver os pacientes às suas unidades de
origem nas melhores condições possíveis de integridade;
• Servir de campo de estágio para a formação, treinamento e desenvolvimento de
recursos humanos;
• Servir de local para desenvolver programas e projetos de pesquisa voltados para
o desenvolvimento científico e especialmente para o aprimoramento de novas técnicas
cirúrgicas e assépticas.

LOCALIZAÇÃO
O centro cirúrgico deve estar localizado em área de fácil acesso para pacientes
críticos e próximo às áreas de suporte. ( unidades de internação cirúrgica, pronto socorro
e UTI).
Local de pouco ruído para reduzir os estímulos sonoros que possam interferir na
concentração da equipe cirúrgica e desencadear estresse do paciente;
O CC deve estar localizado em uma área do hospital que ofereça a segurança
necessária às técnicas assépticas, portanto distante de locais de grande circulação de
pessoas, de ruído e de poeira.
O principal e mais importante aspecto físico a ser considerado na localização do
C.C não é o seu local, e sim, a circulação geral interna, que deve ser livre para pessoas
internas e totalmente bloqueada para pessoal de fora.
O acesso ao C.C deve estar interligado de acordo com os profissionais que fazem
parte dele:

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• Pacientes: deve ter acesso pela porta/ entrada principal.
• Pessoal/equipe: deve ter acesso pela entrada dos vestuários que devem estar
interligadas ao C.C.
• Serviço de apoio: devem ter entradas auxiliares para roupas limpas, roupas sujas,
equipamentos, exames, material contaminados.

FLUXO

É de extrema importância que o fluxo interno seja perfeito, evitando que “cruze”
material e/ ou roupas.

Organização do fluxo
Para efeito de controle asséptico, o CC se divide em:
• Área restrita: Tem limites definidos para circulação de pessoal e equipamentos
com rotinas próprias para o controle e manutenção da assepsia; Uso de touca e gorro além
das roupas próprias são obrigatórias; = SO, SRPA, lavabos, CME, corredor interno.
• Área semi-restrita: Permite a circulação de pessoal e equipamentos de modo a
não interferir nas rotinas de controle e manutenção da assepsia; = Expurgo, copa, sala de
estar, sala de preparo de materiais.
• Área não restrita: Área de livre circulação no ambiente interno do CC. Uso de
roupas próprias. = Vestiários, secretaria, e corredor de entrada.

ESTRUTURA DO CENTRO CIRURGICO


Planta Física: Planejamento Físico Deve ser planejada em equipe: arquitetos,
engenheiros, enfermeiros, médicos e administradores considerar: Número de leitos Número
de cirurgias/dia Horário de utilização Taxa de ocupação especialidades. Um Centro
Cirúrgico deve dispor das seguintes dependências:

Vestiários masculinos e femininos: Devem oferecer acesso externo ( por fora


das instalações do Centro Cirúrgico) e interno ( pelo corredor cirúrgico). É importante que
eles disponham de sanitários e chuveiros ( para uso das equipes) e armários ( para a guarda
de uniformes, roupas e outros pertences).

Posto de enfermagem: Local destinado à chefia e à secretaria, que exercem o


controle administrativo da unidade.

Copa: Área reservada ao pessoal do centro cirúrgico, para lanches rápidos.


Sala de estar: Deve ficar localizada próximo aos vestiários e à copa, sempre que
possível, servindo de área de descanso para a equipe do centro cirúrgico.

Área de baldeação ou troca-macas: Localizada à entrada do Centro Cirúrgico,


onde se dá a transferência do paciente da maca em que veio para a maca privativa do
centro.

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Sala de material cirúrgico ou de estocagem de material esterilizado:
Destina-se à recepção, guarda e redistribuição de todo o material limpo e esterilizado a ser
usado no Centro Cirúrgico.

Lavabos: Destinados à lavagem e antissepsia das mãos e antebraços, antes da


operação. Por isso, devem ser equipados com recipientes para Antissépticos e torneiras
que possam ser manobradas sem o uso das mãos.

Sala de expurgo: Local equipado com tanque para o despejo de sangue,


secreções e outros líquidos provenientes da operação. Na sala de expurgo também de
depositam, inicialmente, instrumentos, roupas usadas e outros materiais, para posterior
lavagem. É considerada, portanto, área suja.

Sala de material de limpeza: Área para a reserva de materiais e de utensílios


usados na limpeza do Centro Cirúrgico.

Sala guarde equipamentos: área usada para guardar aparelhos como os de


anestesia, bisturi elétrico, aspiradores, focos portáteis, suportes de soro, mesas auxiliares
e materiais que, eventualmente, não estejam em uso. O aparelho de raio X móvel poderá
também ser guardado nessa sala, caso não haja local específico para ele.

Rouparia: Local destinado à guarda da roupa limpa não-estéril. Muitas vezes é


representada apenas por um armário.

Posto de enfermagem: Local destinado à chefia e à secretaria, que exercem o


controle administrativo da unidade.

Farmácia: A Farmácia Hospitalar é um órgão de abrangência assistencial, técnico


científica e administrativa, onde se desenvolvem atividades ligadas à produção,
armazenamento, controle, dispensação e distribuição de medicamentos e correlatos às
unidades hospitalares.

Sala de guarda de materiais estéreis e descartáveis: Local onde se


armazenam materiais descartáveis como seringas e agulhas, equipos de soro, fios de
sutura, frasco de soro, entre outros. Modelo atualizado de farmácia satélite.
Elementos de apoio técnico ADM.: O Centro-cirúrgico conta com o apoio
imprescindível de alguns setores ligados direta ou indiretamente a ele e que deve estar
prontamente preparados para atendê-lo para seu funcionamento, tais como: banco de
sangue, raio-x, laboratório e anatomia patológica, serviço de engenharia clínica e de
manutenção, farmácia, segurança e secretaria, e agendamento.

Sala DML: Área para a reserva de materiais e de utensílios usados na limpeza do


Centro Cirúrgico.

Portas: As portas das salas de cirurgia devem ser largas para facilitar a passagem
de macas e equipamentos cirúrgicos. Devem possuir metal na altura da maca para evitar
seu estrago, ser lavável. É indicado o uso de portas do tipo vaivém que impeçam o uso das
mãos para abri la. Que tenha visor de separação dos ambientes.
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Piso: Deve ser de superfície lisa, não porosa, resistentes a agentes químicos, sem
fendas ou fissuras, realçar a sujeira, não refletir a luz, impermeável.

Paredes: Devem ser revestidas de material liso, resistente, lavável, antiacústico e não
refletor de luz. É proibido o uso de cimento sem nenhum aditivo antiabsorvente para rejunte
de peças cerâmicas ou similares tanto nas paredes quanto nos pisos. Devem ser utilizados
cantos arredondados nas paredes.

Teto: Deve ser de material resistente, lavável, não deve conter ranhuras e não deve
ser poroso, para facilitar a limpeza e impedir a retenção de microorganismos. Deve ser
contínuo, não sendo permitido a utilização de forro falso-removível. É recomendado um
espaço útil de no mínimo 80 cm de altura livre entre a laje do forro e o piso do pavimento
superior, possibilitando assim a instalação de novos equipamentos e a entrada do pessoal
do serviço de manutenção.
Devido ao grande risco de incêndio, pelo elevado número de materiais de fácil
combustão, a sala cirúrgica, além de contar com os equipamentos de combate a incêndio
do centro-cirúrgico (extintores e mangueiras) a sala de cirurgia deve contar com um sistema
de segurança que, através da elevação da temperatura, produz fortes borrifos de água no
ambiente.

SALA OPERATÓRIA
Sala operatória: Dependência do Centro Cirúrgico destinada à realização das
intervenções cirúrgicas. Por isso, o trânsito a ela é restrito e a limpeza é feita com o máximo
rigor, pois deve ser a área mais limpa do centro.
• Tamanho da sala: Depende dos equipamentos necessários aos tipos de
cirurgias a serem realizadas; seu formato deve ser retangular ou oval.

• Número de Salas: Portaria 1884/94:


Uma sala para cada 50 leitos gerais
Uma sala para cada 25 leitos clínica cirúrgica
uma sala para cada 15 leitos cirúrgicos

• Dimensionamento das Salas: Segundo a RDC 307/2002,


Cirurgias Cirurgia Geral: mínimo de 25m²
Cirurgia especializada (neurocirurgia, cirurgia ortopédica, cardiovascular): mínimo de 36m²
Cirurgia de pequeno porte: Oftalmo, OTR, endoscopia: 20m²
EQUIPAMENTOS FIXOS E MÓVEL
Os equipamentos podem ser classificados em: fixos e moveis.
Fixos: são aquelas adaptadas à estrutura da sala cirúrgica. São eles:
• Interruptores e tomadas elétricas de 110 e 220V
• Negatoscopío
• Oxigênio e vácuo centralizado
• Foco central fixo ao teto
• Ar condicionado
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Moveis: são os que podem ser deslocados ou acrescidos na sala cirúrgica.
• Mesa cirúrgica e acessórios tais como: perneiras, suporte de ombro, estofado de
espuma, porta coxa.
• Mesas auxiliares como a mesa de mayo
• Mesa para instrumental cirúrgico com rodas
• Mesa fixa para lap, ou roupas estéreis
• Suporte de bacia
• Suporte de soro e alças
• Tala de suporte para braço
• Banco giratório
• Balde para lixo com suporte de rodinhas
• Suporte de hamper
• Foco auxiliar
• Escadinha com dois degraus
• Estrado
• Aparelho de anestesia / monitores
• Aspirador portátil
• Eletrotermocauterio
• Coxins
• Extensão
ILUMINAÇÃO
A iluminação do ambiente hospitalar é tratada legalmente pela NR-17 da portaria
n°3214/78, e através da NBR 5413/92 da Associação Brasileira de Normas técnicas (ABNT)
recomenda os níveis ideais de iluminação para o ambiente de trabalho.
Na sala de operação, o objetivo da iluminação é minimizar a tarefa visual das equipes
médicas e enfermagem e oferecer condições para que a operação se processe com
precisão, rapidez e segurança.

Iluminação de emergência: Devem existir sistemas interligados e automáticos,


para acionarem geradores reserva de imediato na eventualidade de uma interrupção do
fornecimento de força para o Centro-cirúrgico.

O foco cirúrgico: Deve-se levar em consideração os seguintes aspectos:


• Eliminação de sombras e reflexos;
• Eliminação do excesso de calor no campo operatório;
• Proteção contra ocasional interrupção devido a falta de energia elétrica.

RUIDOS: Os ruídos no centro cirúrgico podem ser provenientes de diferentes fontes -


desde aqueles decorrentes das conversas das pessoas até os produzidos pelos
instrumentais utilizados em determinadas cirurgias, como as ortopédicas e algumas
plásticas. Estes se caracterizam não pela intensidade, mas pela frequência. Assim, os
trabalhadores ficam muito expostos, tornando-se vulneráveis a desenvolver estresse, entre
outros distúrbios.

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SALA GASES / REDE DE GASES:
• Oxigênio: O sistema de abastecimento pode ser descentralizado (utilização de
cilindros avulsos, transportados até o local de utilização) ou centralizado (conduzido por
tubulação central até os pontos de utilização).

• Ar comprimido: Também pode advir de um sistema descentralizado (cilindros


com pressões entre 120 e 190 Kgf/cm , como o oxigênio) ou centralizado (compressor com
100% de consumo máximo provável, que funcione automaticamente ou manualmente).

• Vácuo clínico: Produzido por bombas, que devem ter capacidade de 100% do
consumo máximo provável, que funcione alternadamente ou em paralelo em caso de
emergência. É importante manter outro tipo de sistema de suprimento autônomo de
emergência, para manutenção da rede de vácuo ou pane da distribuição convencional.

• Óxido nitroso: O sistema de abastecimento pode ser escentralizado (alto


consumo – conduzido por tubulação dos cilindros até os pontos de utilização) ou
centralizado (utilizado em caso de baixo consumo utilização de cilindros transportáveis até
os pontos de utilização).

• Nitrogênio: É fornecido em cilindros com pressão variando entre 120 e 190


Kgf/cm, e também em forma líquida. Quando misturado com oxigênio medicinal, é chamado
de ar estéril.
De acordo com as normas nacionais e internacionais, os gases medicinais são
distribuídos com as seguintes cores, segundo a NBR nº 6493/94 e NBR nº 12188

Verde: oxigênio.
Azul marinho: óxido nitroso.
Amarela: ar comprimido medicinal.
Cinza claro: vácuo medicinal.

CENTRAL DE MATERIAL DE ESTERILIZAÇÃO – CME


Trata-se de um setor especifico, com serviço próprio, independente do CC,
com o objetivo de cuidar de todo material inerente à instituição.
Segundo o Ministério da Saúde, “centro de Material Esterilizado é o conjunto de
elementos destinados a lavagem, preparo e esterilização, guarda e distribuição de
material para as unidades do hospital”.

TERMOS:
• Desinfetar: é destruir apenas os germes.
• Desinfetante: substância química usada para esterilizar para realizar
desinfecção.
• Antisséptico: substância química que impede a proliferação de bactérias.
• Antissepsia: conjunto de medidas usadas para evitar a atividade e
proliferação de microorganismos.
• Bactericidas: agentes que destroem, matam as bactérias.
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• Bacteriostáticos: agentes que inibem o crescimento das bactérias.
• Degermação: é redução ou remoção das bactérias da pele, seja por meio da
limpeza química ou mecânica.
• Esterilidade: resultado da esterilização
• Viricida: agente que destruí os vírus.
LOCALIZAÇÃO
Pode estar vinculado ou não ao Centro Cirúrgico, respeitando as exigências das
Normas Técnicas.

• Centralizado – quando ocupa-se de todo o material do hospital.


• Parcialmente centralizado – cada unidade prepara o material e envia ao
CME.

•Descentralizado – cada unidade cuida do seu material.


VANTAGENS:
• Economia de pessoal e material;
• Controle de gastos e suprimentos;
• Controle adequado de todo material;
• Pessoal treinado, possibilitando maior confiabilidade no processo de
esterilização.

ÁREAS QUE COMPÕEM A C.M .E


RECEPÇÃO E EXPURGO: é área que recebe o material “sujo”, vindo do CC e das
outras unidades de interação, com o objetivo de fazer a limpeza, podendo ser por
maquinas ou material. O funcionário deve fazer uso de E.P.I.,bem como touca
descartável.

PREPARO DO MATERIAL: o material, após a lavagem, é passado para essa área


para secagem e preparo do seu acondicionamento, para ser encaminhado à
esterilização. Os pacotes são embalados em material próprio, como: tecido de algodão
cru, papel grau cirúrgico ou caixas metálicas. São identificados por clinica e tipo de
procedimento.

ÁREAS DE ESTERILIZAÇÃO: é o local reservado para esterilização propriamente


dita do material, por processo físico ou químico, com o objetivo de destruir todas as
formas de vida microbiana. Esse local conta com equipamentos como as autoclaves a
vapor.

ÁREA DE GUARDA E DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAIS: é a área destinada


ao armazenamento/acondicionamento dos materiais que já sofreram o processo de
esterilização, é também a área responsável pela distribuição do material entre as
demais unidades.

CLASSIFICAÇÃO DOS ARTIGOS


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CRÍTICOS: são os materiais que entram em contato direto com a mucosa íntegra do
paciente. Exemplo: termômetro, endoscópio, material de vídeo. Devem ser desinfetados
a alto nível, ocorrendo a destruição dos germes.

NÃO- CRÍTICOS: são os materiais que entram em contato direto com a pele íntegra.
Exemplo: foco, telefone, mesa cirúrgica, pisos, paredes. Devem ser desinfetados a baixo
nível, inativando algumas formas de germes.

LIMPEZA E DESINFECÇÃO

ÁREA DE EXPURGO:

PROCESSO MANUAL DE LIMPEZA DOS INSTRUMENTAIS:


1. colocar as pinças em solução desinfetante / desimática, abertas, por 15 minutos;
2. lavá-las em água corrente com escova;
3. seca-las com compressa
PROCESSO MECÂNICO:
1. lavar os materiais em maquinas próprias, de acordo com orientação do fabricante.
Material de vídeo:
1. colocar as pinças em solução desinfetante, abertas, por 15 minutos;
2. lavá-las em água corrente com escova;
3. seca-la com compressa Material de borracha:
1. colocar as pinças em solução desinfetante, abertas, por 15 minutos;
2. lavá-las em água corrente com escova;
3. seca-la com compressa.
ESTERILIZAÇÃO
Esterilizar: é a processo de destruição de todos os microorganismos
patogênicos e não patogênicos.

MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO:
• Calor úmido – vapor saturado sob pressão (autoclave)
• Calor Calor seco – ar quente (estufa)
• Físico Radiação Raio gama de cobalto 60
• Óxido de etileno
• Físico-Químico: Peróxido de hidrogênio, Glutaraldeido aquoso a 2%
• Químico Líquidos: Formaldeido aquoso a 10%, Formaldeido alcoólico a 8%
CONTROLE DE ESTERILIZAÇÃO
É a verificação se os materiais estão realmente esterilizados.
Segundo o Ministério da Saúde, são determinados três mecanismos de controle de
qualidade para esterilização: física, química e biológica.

• Física: através de termômetro e manômetro, que apontam a temperatura e


pressão na execução da esterilização. Não garante se o processo foi seletivo
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ou não.

• Química: através de tiras reagentes à temperatura, que são colocadas no


interior da autoclave, em locais diferentes.

• Biológica: através de indicador biológico: fitas ou ampolas com prazo


determinado para alteração. É a que mais assegura a esterilização.

Fluxo dos Funcionários


Da área de Limpeza (expurgo)
O funcionário que estiver alocado neste ambiente deverá dirigir-se ao vestiário
desta mesma área, paramentar-se com EPIs preconizadas para este ambiente: gorro e
máscaras descartáveis, avental impermeável de manga longa, luvas de borracha
antiderrapante de cano longo, óculos protetores, botas ou protetores de perna e pé
impermeáveis descartáveis e protetor auditivo, por conta da grande exposição a materiais
biológicos, a produtos químicos e pelo ruído das lavadoras.
Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os EPIs e as
vestimentas utilizadas em suas atividades.

Da área de Preparo e Esterilização (limpa)


O funcionário que estiver alocado neste ambiente deverá dirigir-se ao vestiário
desta mesma área, paramentar-se com EPIs preconizadas para este ambiente: (gorro,
máscara, luva de procedimento, sapatos fechados, luvas de amianto p/ carregamento
das autoclaves).

Da área de Armazenamento (arsenal)


Por este local ser exclusivo e de acesso restrito, o funcionário que estiver alocado
neste ambiente permanecerá na área de preparo durante sua jornada de trabalho,
somente tendo acesso a esta área nos horário de descarregamento das autoclaves,
guarda e distribuição de materiais.
EPIs preconizadas para este ambiente: luvas de amianto (risco queimaduras) ,
avental de mangas longas e gorro, sapatos fechados.

Observações:
A escala dos funcionários será em forma de rodizio de áreas, pré- determinado.
A escolha da utilização de paramentarão restrita ( pijama) será para limitar ou restringir
o acesso livre .

SEQUÊNCIA PARA MONTAR PACOTES DE CAMPOS CIRÚRGICOS =


HOSPITAL MATERNIDADE JARAGUÁ
PACOTE CAMPO GRANDE
2 CAMPOS ALGODÃO CRÚ (INVÓLUCRO)
3 CAMPOS TIPO OPM
1 CAMPO TIPO OPM
1 SACO MESA
2 AVENTAIS
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2 COMPRESSAS (P/ SECAR AS MÃOS)
PACOTE CAMPO PEQUENO
2 CAMPOS ALGODÃO CRÚ (INVÓLUCRO)
1 CAMPO TIPO FENESTRADO GRANDE
1 CAMPO TIPO O
1 CAMPO TIPO OPM
1 SACO DE MESA
2 AVENTAIS
2 COMPRESSAS (P/ SECAR AS MÃOS)
PACOTE CAMPOS AVULSOS
2 CAMPOS ALGODÃO CRÚ (INVÓLUCRO)
4 CAMPOS TIPO O
PACOTE CAMPO CURETAGEM
2 CAMPOS ALGODÃO CRÚ (INVÓLUCRO)
4 CAMPOS TIPO OPM
1 AVENTAL
1 COMPRESSA (P/ SECAR AS MÃOS)
PACOTE CAMPO SALA DE PARTO
2 CAMPOS ALGODÃO CRÚ (INVÓLUCRO)
5 CAMPOS
5 COMPRESSAS
1 AVENTAL
10 GAZES.

ELETROCAUTÉRIO OU BISTURÍ ELÉTRICO.


É um aparelho eletrônico que tem a capacidade de transformar a corrente elétrica
de alta tensão, mais que apesar da intensidade, não ocasiona alteração orgânica nem
excitação nervosa. Esta corrente de alta frequência de uma unidade de eletrocirurgia é
usada para cortar e coagular os tecidos.
Com a tecnologia avançada diminui muito a probabilidade de queimaduras e
riscos de choque que eram comuns.
Antes de cada uso a UEC aspectos de segurança devem ser observados sinais de
perigo testados para saber que está funcionando adequadamente.
Uma unidade eletrocirúrgica (bisturi eletrônico) produz efeitos no tecido biológico pela
concentração de uma corrente elétrica de alta densidade no tecido alvo.
A corrente elétrica é conduzida do gerador eletrocirúrgico através de um circuito
completo constituído de cabos isolados, eletrodos, do paciente e do próprio gerador
eletrocirúrgico. Os efeitos eletrocirúrgicos dependem de fatores como :
• Tipo do eletrodo;
• Modo de saída;
• Técnica cirúrgica.
FUNÇOES:
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• Eletrodisseção: secção de tecidos feito através de dissolução de estrutura
molecular celular dos tecidos, havendo desidratação e fusão das células próximas ao
eletrodo +.

• Eletrocoagulaçâo: a clusão de vasos sanguíneos e linfáticos, através da


solidificação das substâncias protéicas ou retração dos tecidos.
• Eletrofulguraçâo: consiste na oclusão dos vasos e capilares através de faíscas
elétricas a distancia.

OS RISCOS ELETROCIRÚRGICOS
• Choques;
• Queimaduras ;
• Fumaça cirúrgica;
• Incêndios;
• Interferência eletromagnética em outros equipamentos.
• Mau funcionamento do equipamento (operacional);
• Mau funcionamento do equipamento (falta de manutenção e/ou calibração
adequada);
• Mau uso do equipamento (desconhecimento do usuário);
• Desatenção do usuário.
MEDIDAS DE SEGURANÇA:
• A intensidade do paciente no local da placa deve ser avaliada antes e depois
da cirurgia particularmente nos pontos de pressão.
• A placa dispersiva deve ser colocada só depois do paciente já está na posição
definitiva para a cirurgia.
• A placa dispersiva deve ser colocada em área limpa, sem pelos e seca.
• Deve ser colocada (placa) mais perto possível do local da cirurgia e no mesmo
lado da cirurgia.
• Colocar a placa em ampla massa muscular evitando saliências ósseas,
próteses de metal sobre a pele, pontos depressa.
• Também tecidos escarificadas devem ser evitadas quando colocar a placa pois
diminui o contato com o corpo.
• Obs: se precisar de gel, placa, devem estar limpa evitando resíduos.
• Contato regular e homogênea da placa dispersiva com o corpo do paciente
para permitir a boa distribuição da corrente.
• Observar que não haja deslocamento da placa da região de contato, quando se
fizer necessário mobilizar o paciente durante o ato cirúrgico.

LOCAIS PARA COLOCAÇÃO DA PLACA


• Panturilha;
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• Face posterior da coxa;
• Região glútea.

INTENSIDADE
Quantidade de energia da UEC deve ser tão baixo quanto possível para cada
procedimento determinado pelo cirurgião em conjunto com as recomendações do
fabricante, confirmado pelo circulante. No sistema não isolado uma queda acidental de
energia pode causar queimaduras na área de contato.

VANTAGENS E DESVANTAGENS:
Vantagens:
• A incisão é esterilizante, impossibilitando a propagação de germes ou células
neoplásicas pelo bisturi.
• A obliteração dos capilares com os interstícios linfáticos diminuindo assim a
hemorragia capilar e a secreção pós-operatório da ferida.
• A hemostasia é rápida, permitindo melhor visão do campo operatório.
Desvantagens:
• Não serve para obliterar vasos medianos e grandes.
• Necrose de tecido não se consegue evitar a combustão das células mais
próximas a
• incisão, com o risco de haver complicações nas cicatrização.
COMPLICAÇÕES:
A queimadura é uma consequência do uso inadequado do bisturi elétrico.
• Quando ha contato insatisfatório entre a placa e o paciente.
• Quando ha conecção inadequada entre o aparelho e a placa dispersiva com a
UEC e o fio terra.
• Quando há contato do paciente com as partes metálicas da mesa.
OBS: Unidades modernas são capazes de identificar inadequada aplicação e redução
da área de contato do eletrodo, evitando a queimadura, esta segurança representa
aspecto vital para o paciente.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
• Evitar que a placa molhe com os campos cirúrgicos, com anti-sépticos que
poderão tornar-se condutores de eletricidade;
• Lembrar da incompatibilidade do eletrocautério com uso de gazes, anestésicos
explosivos (éter, ciclopropano);
Conectar a placa no aparelho assinalado: inativo, indiferente, paciente;
• Receber do instrumentador a ponta (estéril) liga-lo no: ativos, activos;
• Aproximar o pedal do bisturi elétrico para perto do cirurgião, se necessário
colocar uma compressa sob o pedal ou tira de esparadrapo para que não deslize no
chão durante o uso.
ROTINAS DO CENTRO CIRURGICO
ORGANIZAÇÃO DE PESSOAL
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O pessoal que atua na unidade pode ser dividido em 3 equipes: com suas
respectivas funções:
Equipe de anestesia
Equipe de cirurgia
Equipe de enfermagem
Estas três equipes prestam assistência direta através de um trabalho harmonioso,
visando a segurança do paciente e à eficiência do ato cirúrgico.
1º Equipe de anestesia: compõe-se de anestesiologista
2º Equipe Cirúrgica: formada pelo cirurgião, assistente e instrumentador
3º Equipe de Enfermagem: composta pela enfermeira, técnica de enfermagem e
auxiliar de enfermagem.

ANESTESISTA: é de sua responsabilidade prescrever a medicação pré


anestésica, planejar e executar a anestesia, bem como controlar o paciente no trans e
pós – operatório, até o restabelecimento de seus reflexos.

CIRURGIÃO: é da sua competência planejar e executar o ato cirúrgico,


comandar e manter a ordem no campo operatório.

1º ASSISTENTE: é sua função auxiliar no campo operatório e se necessário,


substituir o cirurgião

INSTRUMENTADOR: é o integrante da equipe que se responsabiliza pelo


preparo da mesa, fornece instrumentais ao cirurgião e assistente, mantém a mesa em
ordem desde o inicio até o termino da cirurgia.

EMFERMEIRA: é o profissional habilitado para coordenar o desenvolvimento


do ato anestésico cirúrgico em todas as suas etapas. Pode ser o chefe do setor, o
supervisor dependendo da organização estrutural adotada.

TECNICO DE ENFERMAGEM: é o profissional habilitado para exercer a


maioria das atividades de enfermagem no Centro Cirúrgico como cuidado direto ao
paciente, sendo subordinado ao enfermeiro. Auxiliar a enfermeira caso seja necessário;

AUXILIAR DE ENFERMAGEM: Exercer a função de circulante de sala e


outras que foram delegadas pela enfermeira. Revisar e repor diariamente o material da
sala cirúrgica.

ESCRITURÁRIA: Registrar os pedidos de cirurgia; Fazer estatísticas


diariamente das cirurgias realizadas e não realizadas; Executar tarefas solicitadas
pela enfermeira; Digitar diariamente a escala de cirurgia.

SERVIÇO DE LIMPEZA: Executar a limpeza e zelar pela manutenção


da ordem na unidade; Zelar pela ordem e limpeza também de banheiros e
vestuários.
O transporte do paciente da Unidade ou Clinica Cirúrgica para o CC.
Devemos observar alguns cuidados:
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• preparar a maca com roupa limpa;
• verificar na escala o nome do paciente, clinica, numero de quarto e leito,
cirurgia que ira realizar, cirurgião responsável;
• verificar se o paciente tem algum cuidado especifico do período pré-operatório
imediato,
• Verificar se o prontuário está completo, incluindo radiografias, exames
laboratoriais, autorizações do convênio.
• Verificar também se foi administrado medicação pré-anestésica e se esta foi
checada na prescrição;
• apresentar-se ao paciente, como funcionário do CC e ou responsável em
transporta-lo para referida Unidade;
• verificar a presença de esmalte e prótese
• Solicitar que esvazie a bexiga, caso não esteja com sonda vesical;
• encostar a maca ao leito e entregar a camisola própria do CC, ajudando-o a
vesti-la se necessário;
• ajudar o paciente a passar da cama para a maca;
• colocar o prontuário sob o colchão da maca;
• transportar o paciente para o CC, empurrando a maca pela cabeceira;
• entregar o paciente aos cuidados da enfermeira da Unidade.

O paciente deve ser recebido na Unidade de CC pela enfermagem.


E observar os seguintes cuidados:
• receber cordialmente, na sala de transferência de macas, identificando-o e
verificando se o prontuário está completo;
• verificar anotações referentes ao pré-operatório tais como:
• medicação pré – anestésica, sinais vitais, tricotomia ampla, retirada de jóias,
próteses e outros;
proteger os cabelos do paciente com gorro;
• transportar à sala cirúrgica entregando à circulante;

Na admissão do Paciente:
• Verificar sua identificação através do prontuário vindo com ele.
• Verificar condições de tricotomia, ou realiza-la
• Verificar se foram retiradas jóias e próteses, bem como óculos.
• Verificar se o preparo, quando necessário, foi realizado, e o tempo que houve
para finaliza-lo.
Verificar sondagens e seus efeitos
• Transporta-lo para a sala cirúrgica de acordo com o mapa local de cirurgia e
acomoda-lo na mesa cirúrgica.
• Anotar horário de entrada no CC, e horário de entrada na sala de operação.
Transferência do paciente para a mesa de operação:
Após a apresentação do paciente à equipe da sala de operação, ele deve ser
passado para a mesa cirúrgica, mantendo sua privacidade, segurança física e
15
emocional e seu conforto. Alguns cuidados devem ser tomados para a
transferência do paciente, como:
• Fazer o nivelamento da altura da mesa cirúrgica com a maca.
• Posicionamento da maca contra as laterais da mesa cirúrgica, evitando assim
• sua movimentação que pode ocasionar a queda do paciente.
• Solicitar ao paciente para que passe para a mesa cirúrgica, se fisicamente
capaz.
• Posicionar confortavelmente o paciente na mesa cirúrgica
Na sala de Cirurgia:
• Puncionar a veia ou auxiliar na instalação dos soros.
• Auxiliar o anestesiologista na indução e manutenção da anestesia.
• Auxiliar a equipe cirúrgica no posicionamento do paciente.
• Auxiliar na paramentação da equipe cirúrgica.
• Colocar o paciente na posição para receber a anestesia
• Em seguida à anestesia, colocar o paciente na posição em que ocorrerá o ato
• cirúrgico.
• Após o paciente ficar em posição, o circulante deve auxiliar a equipe médica
com a colocação dos aventais, deixando abertos os pacotes de luvas e os pacotes de
Lap.
Solicitar ao instrumentador que lhe seja informado sobre os fios e materiais
extras para a cirurgia.
• Abrir os pacotes de compressas e outros materiais que lhe foram solicitados, e
colocar na mesa do instrumentador, dentro das técnicas de abertura de pacotes.
Acender o foco.
Colocar o arco
• Realizar na antissepsia da área operatória
• Colocar a placa dispersiva do gerador eletro-cirúrgico (placa do bisturi).
• Auxiliar na colocação dos campos cirúrgicos.
• Prover as mesas do instrumentador e de cirurgião assistente com artigos e
equipamentos necessários ao ato operatório.
• Manter o ambiente asséptico.
• Acompanhar a cirurgia provendo ao instrumentador artigos necessários ao ato
operatório.
• Manter boa iluminação da área cirúrgica
Manter o ambiente calmo.
• Realizar controle de perda sanguínea por meio da pesagem das compressas e
gazes utilizadas.
• Preencher a ficha transoperatória, a fim de fornecer subsídios para
continuidade dos cuidados de enfermagem.
• Prover equipamento para monitoração (cardíaca, oximetria, pressão não-
invasiva, capnografia).
Verificando seus SSVV.
Manter a ordem e a limpeza da sala durante todo o tempo em que a cirurgia
16
estiver ocorrendo.
Suprir as necessidades de materiais e medicamentos que lhe forem solicitados.
• Após o inicio da cirurgia, anotar o gasto cirúrgico, anotando tudo de forma clara e
precisa, com atenção aos códigos e quantidades utilizados.
• Realizar a anotação de enfermagem,
• Encaminhar peças para anatomia, de acordo com a rotina local;
• Estar atento à quantidade de medicamentos utilizados, bem como os gases,
devem anotar inicio e termino deles.
• Anotar possíveis queixas do paciente e avisar a equipe, principalmente o
anestesista.
• Após o termino da cirurgia, o circulante deve retirar os campos de cima do
paciente, cobrindo-o com lençol e encaminhá-lo à SRPA de acordo coma orientação
médica.
Retirar da sala todo material, equipamento e roupas que foram utilizados, dando
destino a cada um, de acordo com a rotina do local.
• Solicitar ao serviço de apoio ou semelhante, a limpeza terminal/concorrente da
sala.
• Montar a sala para a próxima cirurgia; caso tenha cirurgia especifica, montar a
sala com equipamentos básicos.

NO FINAL DA CIRURGIA, O CIRCULANTE DEVE:


• Avisar o paciente do término do procedimento cirúrgico.
• Auxiliar o cirurgião no curativo cirúrgico.
• Retirar equipamentos, campos sujos e molhados que estão sobre o paciente.
• Colocar o paciente em posição dorsal.
• Verificar permeabilidade, fixação e drenagem de sondas, drenos e cateteres.
• Remover a placa dispersiva do gerador eletro-cirúrgico.
• Cobrir, aquecer e promover o conforto do paciente na mesa cirúrgica.
• Ajudar o anestesiologista a manter a permeabilidade das vias aérea superiores.
• Controlar a permeabilidade, fixação e gotejamento das infusões e irrigações.
• Fazer anotações de enfermagem e ordem no prontuário.
• Completar a ficha de débito.
• Avisar o enfermeiro da recuperação pós-anestésica (RPA) ou da unidade de
terapia intensiva das condições em que o paciente se encontra.
• Transportar o paciente à RPA ou à sua unidade de origem de acordo com a
rotina do CC.

FASE DE DESMONTAGEM DA SALA:


• Reunir todos os artigos não usados ( estéreis) e colocar no carrinho para
• devolução ao centro de material e esterilização e farmácia ou central de
suprimentos.
• Calçar luvas de procedimentos.
• Retirar da mesa de instrumentais artigos pérfurocortantes descartando em local

17
apropriado designado pela instituição.
• Desprezar artigos de uso único não cortantes em recipientes de lixo apropriados.
• Encaminhar ampolas e frascos vazios de medicamentos controlados ao destino
determinado pela instituição.
• Reunir campo de pano nos “hampers”, revisando-os.
Retirar instrumental das mesas e colocar em suas caixas apropriadas para
• devolução no CME verificando integridade, número de peças e colocando os
mais delicados sobrepostos aos mais pesados.
• Aspirar com o aspirador da sala todos os líquidos restantes em mesa cirúrgica e
encaminhá-lo para limpeza conforma rotina da instituição.
• Cânulas endotraqueais devem ser desprezadas após o uso.
• Conexões do aspirador de secreções devem ser retiradas, desprezadas ou
levadas ao expurgo.
• Frascos de aspiração devem ser descartados ou trocados e desinfetados antes
do uso da próxima cirurgia.
• Lâminas de laringoscópios devem sobre processo de limpeza com água e sabão
com pH neutro, utilizando-se uma escova para remoção da sujidade e desinfecção com
álcool a 70%.
• Recolher cubas e avulsos colocando-os no carrinho abastecedor de devolução.
Retirar luvas de procedimentos.
• Lavar as mãos.
• A roupa e o lixo devem ser retirados da sala de operação em carros fechados,
seguindo a rotina da instituição.
• Após as etapas anteriores, realizar a limpeza da sala de operação conforme
• Preconizado pela instituição.
Deve conter na sala cirúrgica:
• Acessórios para o posicionamento do paciente na mesa cirúrgica
• Soluções anti-sépticas (PVPI tópico e degermante, clorexidina).
• Soluções medicamentosas como Ringer simples e lactato, soro fisiológico e
Glicosado.
• Medicamentos de forma geral e anestésicos.
Adesivos (micropore, esparadrapo).
• Impressos, tais como: registro de anestesia, débito de sala, requisição de
exames, descrição de cirurgia, prescrição médica, requisição de hemoderivados, etc.

Artigos diversos em relação à equipe médica e à instrumentadora


cirúrgica:

• Controlar e orientar o uso correto do uniforme privativo, visando à segurança


do paciente.
• Auxiliar os elementos da equipe cirúrgica a vestirem o avental e as luvas.
• Iniciar a abertura dos pacotes em seqüência de uso e obediência à técnica
asséptica.
18
Luvas de todos os tamanhos (7,0; 7,5; 8,0; 8,5 e 9,0).
• Pacotes de campos cirúrgicos (LAP).
Pacotes de aventais.
Pacotes de compressas grandes de pequenas.
Pacotes de gazes (10 a 20 unidades).
• Fios de sutura comuns e específicos para o procedimento cirúrgico.
• Caixa de instrumental cirúrgico.
Seringas; agulhas; equipos e artigos para anestesia.
Sondas; drenos e cateteres.
• Cabo de bisturi elétrico e sistema de aspiração de secreção
Manoplas.
Bandejas de anestesia
• Artigos específicos de acordo com o procedimento cirúrgico.
• Checar a validade da esterilização e a integridade das embalagens dos artigos.
ANESTESIA
Sem anestesia, seria impossível a realização da maior parte dos procedimentos
cirúrgicos.(HOFFER,J.L.)

Anestesia (do grego antigo -, AN "ausência"; e ESTESIA, "sensação")


tradicionalmente significa a condição de ter a sensibilidade (incluindo a dor) bloqueada ou
temporariamente removida.
• Michell afirmava “morte da dor”.
• A palavra foi cunhada por Sr. Oliver Wendell Holmes em 1846, “sem sensação”;
• Anestesia é um estado farmacologicamente induzido de amnesia, analgesia, perda
de responsividade, perda de reflexos musculares esqueléticos e diminuída resposta a
estresse.
• Outra definição é uma "ausência de consciência reversível", seja uma ausência total
de consciência (e.g., uma anestesia geral) ou uma ausência de consciência de uma parte
do corpo como causam uma anestesia axial ou outro bloqueio de nervo.
• Isso permite que os pacientes passem por cirurgias e outros procedimentos sem a
angústia e a dor que experienciariam de outra maneira.

AVALIAÇÃO PRÉ- OPERATÓRIA


• Visita pré operatória;
• Determinação dos diagnósticos efetivos, riscos e probabilidades;
• Entrevista, exame físico, exames diagnósticos, dados laboratoriais, etc.;
O QUE SE AVALIA
• Avaliação do estado atual, processos patológicos, estado nutricional, função física,
cognitiva, emocional;
• Identificação dos fatores de risco cirúrgico, fatores que aumentem os riscos de
complicações intra e pós-operatórias;
• Plano de cuidados que diminua os riscos e aumente as possibilidades de
complicações
19
Aspectos da avaliação
• Idade;

• Estado geral de consciência, nutricional e emocional;

• Deformidades ou limitações físicas;

• Histórico de doenças ou complicações anteriores;

Obesidade: Obesidade IMC entre 26 e 29 estaria com excesso de peso; maior


que 30 seriam obeso; acima obesidade mórbida.
No caso destes últimos tem-se alterações fisiológicas severas: pulmonares,
cardíacas, doenças associadas, acúmulo de tecido adiposo em determinadas regiões
dificulta a intubação, punções, etc..

ANESTESTESIA LOCAL
Esta anestesia é empregada para procedimentos menores nos quais o local cirúrgico
é infiltrado com um anestésico local como lidocaína ou bupivacaína. Este tipo de anestesia
não envolve perda da consciência e depressão das funções vitais, produzindo perda da
sensibilidade temporária, causada pela inibição da condução nervosa.

ANESTESIA REGIONAL
BLOQUEIOS DE NERVOS PERIFÉRICOS
Através da administração de medicamentos obtemos anestesia de apenas algumas
áreas do corpo.
O anestesiologista administra o anestésico apenas ao redor dos nervos que irão para
o local da cirurgia a ser realizada. Por exemplo, cirurgias sobre a mão podem ser realizadas
com bloqueios dos nervos que inervam a mão, através da administração de anestésicos
próximos a estes, na altura da axila ou do pescoço.

Meninges: Membranas de tecido conjuntivo com função de proteger o encéfalo e a


medula espinha.
Divididas em: Dura-máter, Aracnóide, Pia-máter
• Liquido Cefálo Raquidiano: Esse líquido flui continuamente pelo espaço
subaracnóide (entre a aracnóide e a pia-mater), em torno do encéfalo e medula
espinhal.
• Sendo um meio de proteção, troca de nutrientes e de escórias entre o sangue e o tecido.

ANESTESIA EPIDURAL / RAQUIANESTESIA


Na epidural o anestésico é administrado no espaço peridural. Neste caso não há
perfuração da duramater e nem perda liquórica. O bloqueio segmentar é produzido nas
fibras sensoriais, espinhais e também nas fibras nervosas, podendo ser parcialmente
bloqueadas.

20
Na raquianestesia é geralmente administrada ao nível da coluna lombar, obtida
pelo bloqueio dos nervos espinhais do espaço subaracnóide. O anestésico é depositado
junto ao líquor, ocorrendo perfuração da duramater.
As diferenças entre raqui e peridural, são as quantidades totais de anestésicos, o
local onde cada anestésico é administrado e o tipo de agulha utilizada.

CATETER EPIDURAL
A analgesia epidural é administração de fármacos, analgésicos / anestésicos, e que
tem por fim o tratamento da dor.

ANESTESIA GERAL
Esse tipo de anestesia é administrado em cirurgias de grande porte.
Cabeça, pescoço abdome superior, entre elas: Gastroplastia, Gastrectomia,
Enterectomia, Abdominoplastia, Mamoplastia, Crianças.
A anestesia geral é obtida pela combinação de quatro elementos: hipnose, analgesia,
relaxamento muscular e bloqueio das respostas reflexas do organismo ao estresse e ao
trauma cirúrgico.
Um dos objetivos fundamentais da anestesia geral é conferir ao paciente um estado
de inconsciência de instalação suave e rápida, de maneira adequada, durante o tempo
necessário e, a seguir, permitir uma recuperação rápida da consciência.

TIPOS DE ANESTESIA GERAL


1 – Venosa: Anestesia obtida pela injeção de anestésicos numa veia do paciente. Atinge
diretamente a corrente sangüínea e em seguida alcança o cérebro, onde o anestésico
realiza sua ação principal.

2 – Inalatória: Anestesia feita pela inalação de gases e vapores anestésicos através das
vias aéreas. Nos pulmões, o anestésico é absorvido pela corrente sangüínea e daí
atinge o cérebro.

3 – Balanceada: Anestesia que combina o uso de medicamentos pelas vias inalatória e


venosa. A associação permite reduzir as doses e obter melhores resultados com
menos efeitos colaterais.
Antes mesmo de o paciente entrar na sala de cirurgia, o anestesiologista é responsável
pelo preparo de todos os equipamentos e materiais que serão utilizados na anestesia.
Esse preparo exige tempo. Os equipamentos hoje utilizados para a realização da
anestesia são complexos e sofisticados.
Durante a cirurgia vários monitores e aparelhos eletrônicos são utilizados: o aparelho
de anestesia, máquina de uso específico pelo anestesiologista; monitores como o aparelho
de pressão (mede a pressão arterial); o estetoscópio (serve para auscultar as batidas do
coração e os sons dos pulmões); eletrocardiógrafo (faz eletrocardiograma de forma
contínua); oxímetro de pulso (mede a oxigenação do sangue); capnógrafo (mede a
eliminação de gás carbônico pelos pulmões), termômetros (para verificar a temperatura
corporal); analisadores de gases (para medir a concentração de anestésicos inalados).

21
Profundidade da anestesia:
A profundidade da anestesia é determinada por sinais físicos, sendo classificado em quatro
estágios, cada um dos quais com grupo definido de sinais e sintomas.

Estágio I: estágio inicial da anestesia até a perda da consciência. No primeiro: no


início da anestesia onde o paciente respira a mistura anestésica no qual pode
experimentar sensação, calor, tontura, formigamento e movimentar-se. O pulso e a
respiração são irregulares

Estágio II: No segundo estágio, são caracterizados por agitação psicomotora, gritos,
falas, risos, ou mesmo choro, o pulso torna-se rápido e respiração irregular, pode ser
freqüentemente evitado através da administração do anestésico EV. Estágio de delírio e
desaparecimento do reflexo palpebral,pupilas dilatadas e responde ao reflexo da luz.

Estágio III: anestesia cirúrgica, obtida através da administração contínua de


vapor ou gás, onde o cliente encontra-se inconsciente.

Estágio IV: é atingido quando for administrada uma quantidade excessiva de


anestésico. Com necessidade de intubação.

Manejo de via aéreas: Intubação traqueal é a passagem de um tubo na traqueia


pelo nariz ou boca.

Vantagens da intubação
• Vias aéreas livres e desobstruídas;
• Redução do espaço morto;
• Diminuição do esforço respiratório;
• Não aspiração de corpos estranhos;
• Possibilidade de aspiração;
• Instalação de respiração artificial;
• Controle da pressão intrapulmonar;
• Prevenção de espasmos laríngeos;
• Maior êxito no caso de ressuscitação cardiopulmonar.

EXTUBAÇÃO
• Avaliar a respiração espontânea do paciente;
• Realizar uma boa oxigenação do paciente;
• Antes da extubação aspirar secreções;
• Retira-se a fixação do tubo;
• Desinsufla o balonete;
• Paciente deve respirar profundo;
• Tracionar a cânula ao final da inspiração –(favorecer a abertura das cordas vocais
evitando seu trauma)
PROBLEMAS COMUNS RELACIONADOS A ANESTESIA:
• Dor Laringite,
22
• Náuseas Vômitos,
• Retenção urinária,
• Flebite
COMPLICAÇÕES
Comumente são decorrentes do traumas e pressão:
• Manobras da intubação (traumatismos de dentes, língua , gengiva e lábios);
faringite, laringites, bronquites, etc...
• Pressão do balonete sobre a traquéia (isquemia, necrose, estenose traqueal)
SALA RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA
A sala de recuperação pós – anestésica destina-se exclusivamente ao paciente no
pós – operatório imediato. A (SRPA) deve fazer parte do mesmo bloco de centro
cirurgico, ter fácil acesso e contar também com equipe preparada na assistência pós –
operatória.
A unidade deve ser constituída pelos seguintes elementos:
• Área de preparo da medicação;
• Secretaria;
• Rouparia;
• Sala de utilidades;
• Área de tratamento do paciente
A fase de recuperação pós – anestésica requer:
• Medicação;
• Pessoal especializado;
• Equipamentos;
• Monitores cardíacos de cabeceira;
• Carro de emergência / Desfibrilador;
• Maquinas de ECG;
• Respiradores;
• Bandeja de traqueostomia
A sala deve conter:
• Camas com grade
• Colchão térmico
• Aparelho de PA não invasivo
• Iluminação indireta
• Material básico para higiene e conforto do paciente
• Material de urgência, preferencialmente um “carrinho de emergência”.
• Medicamentos como analgésico e antitérmicos
• Materiais descartáveis para uso nos procedimentos de enfermagem.
• Bandejas montadas: traqueostomia, dissecção venosa, curativos, passagem de
intracath, drenagens, cateterização e outros.
A SRPA deve ser silenciosa e seguir os mesmos parâmetros das salas de cirurgia, quanto
a paredes e pisos, e a temperatura ideal deve ser em torno de 20 a 22ºC, ter boa
23
ventilação e possuir luz própria.
Ao receber o paciente na SRPA, o auxiliar ou técnico de enfermagem deve
acompanhar e observar o seguinte:
• Diagnósticos médicos e tipo de cirurgia realizada;
• Histórico médico pregresso e alergias;
• Verificar a cirurgia realizada e a equipe que atuou;
• Idade e condição geral do paciente;
• Permeabilidade das vias aéreas;
• Anestésico e outros medicamentos empregados durante o procedimento;
• Quaisquer problemas que tenham ocorrido na sala de cirurgia que poderiam
influenciar o cuidado; Informações específicas sobre as quais o cirurgião ou
anestesiologista desejam ser notificados. Patologia encontrada;
• Líquidos administrados, perda sangüínea estimada e líquidos de reposição;
• verificar nível de consciência,
• SSVV, = Avaliação dos sinais vitais de 15/15 minutos na primeira hora e 30
minutos nas duas horas subsequentes. Depois disso, caso se mantenham
estáveis, serão verificados a cada 4 horas durante as primeiras 24 horas.
• local de incisão cirúrgica,
• tipo de curativo e aspecto,
• locais de dreno e condições dele,
• acesso venoso e tipo de medicamentos infundido.
• Verificar sondas e drenos;
• Controlar diurese;
• Anotar as intercorrências.
• Seguir a prescrição e orientação do anestesista.
O paciente permanece na SRPA até passar o efeito anestésico, ou parte dele, de
acordo com a evolução de seu quadro e avaliação do anestesiologista. Cada hospital tem
sua rotina própria para liberação do paciente da SRPA, fazendo uso de anotações em
impressos próprios da SRPA ou mesmo na folha de anotação de enfermagem.
Independentemente do local, os critérios de avaliação são os seguintes:
• atividade muscular
• respiração
• circulação
• consciência
• coloração da pele
Durante a permanência do paciente na SRPA, estar atento a
qualquer intercorrência, especificamente quanto a:
• Queda de PA e pulso – pois pode ser sinais de choque
• Náusea e o Vômito: A enfermagem deve intervir no primeiro relato de náusea
do paciente para controlar o problema em lugar de aguardar que ela progrida
até o vômito. (Smeltzer & Bare, 2005)
• Dor intensa:
24
• Desconforto generalizado
• Distensão abdominal
• Alteração no nível de consciência
• Bradicardia : FC< 60 ( severa <45) e taquicardia: FC> 100 .
• Hipotensão:PA< 90/60 e Hipertensão: PA>140/90
• Dessaturação : satO2 < 90%

Sinais clássicos de choque: = PEDIR AJUDA


• Palidez;
• Pele fria e úmida;
• Respiração rápida;
• Cianose dos lábios, gengivas e língua;
• Pulso rápido, fraco e filiforme
• Pressão arterial baixa e urina concentrada.
• Hipotermia e tremores pós-operatórios.
• Sangramentos e drenos.
• queda de PA e pulso – pois pode dizer sinais de choque
• taquicardia
• vômitos
• dor intensa
• desconforto generalizado
• distensão abdominal
• alteração no nível de consciência
• Parada cardio-respiratória

ATENÇÃO!
Toda e qualquer intercorrência deve estar bem anotada, e comunicar
imediatamente ao anestesista, para avaliar o paciente e tomar as medidas necessárias.

COMPLICAÇÕES PÓS – OPERATÓRIAS

Realizar cuidados específicos ao paciente de acordo com os sinais e sintomas que


vão surgindo no período de assistência na SRPA, onde cabe a equipe estar atenta e
saber realizar os cuidados sem dificuldade, evitando atrapalho aos demais membros
da equipe.Onde temos que saber algumas prevenções de complicações:

Complicações Respiratórias: Estão entre as mais freqüentes e sérias que a


equipe de cirurgia enfrenta, pode ser causada por:
• doença respiratória,
• efeitos anestésico,
• broncoaspiração,
• imobilidade PO prolongada,
• cânula endotraqueal,
25
• aumento da secreção na arvore brônquica =
AS complicações mais comuns são:
• hipoventilação,
• obstruçãoVAS,
• broncoespasmo ,
• pneumotórax ,
• hemotórax
• hipoxemia.

Complicações gastrointestinais:
As alterações digestivas durante a anestesia incluem:
• modificação do volume, conteúdo e motilidade das vísceras, favorecendo o
aparecimento das principais complicações como náuseas e vômitos e distensão
abdominal.
Complicações cardiovasculares: Problemas comuns incluem:
• hipotensão,
• hipertensão,
• arritmias,
• bradicardia,
• taquicardias,
• disritmias,
• parada cardíaca
• hipovolemia.

Complicações urológicas: Alterar a função renal de varias maneiras, a


anestesia geral diminui o fluxo sanguíneo renal, a filtração glomerular e o fluxo
urinário.Os efeitos ocorrem nos bloqueios, principalmente na raqueanestesia,
em função da extensão do bloqueio e da hipotensão resultante. As
complicações mais comuns são:
• oligúria
• retenção urinaria.

Complicações metabólicas: Alterações ácido-básico são provocados por déficit


ou excesso de bicarbonato ou acido carbônico no liquido extracelular. Os tipos de
alterações são:
• Acidose Metabólica, / Alcalose Metabólica,
• Acidose Respiratória / Alcalose. Respiratória.

Complicações hematológicas: A equipe deve estar preparada para


reconhecer as complicações hematológicas, entre elas:
• As reações transfunsionais como reações hemolíticas pós- transfusões( os
eritrócitos hemolisados liberam hemoglobina livre, provocando lesão renal). Causa:
transfusão de sangue incompatível.
26
Complicações neurológicas: Atingem o SNC são as mais temidas, entre elas:
• anoxia cerebral. = agitação, excitação, delírio e convulsões.

Outras complicações: São inúmeras, desde a interações medicamentosas com


os agentes anestésicos, até aqueles inerentes ao ato cirúrgico. Incluem:
• hipotermia,
• hipertermia,
• dor,
• soluços,
• hipertermia maligna,
• calafrios
• tremores e alergias.
ALTA DA SRPA:

O paciente permanece na SRPA até passar o efeito anestésico, ou parte dele, de


acordo com a evolução de seu quadro e avaliação do anestesiologista.
Só deve liberar o paciente da SRPA prescrita pelo anestesista; deve ser anotado o
horário de saída do paciente, bem como as condições em que ele se encontra, e
também para quem está sendo entregue.
Cada hospital tem sua rotina própria para liberação do paciente da SRPA, fazendo
uso de anotações em impressos próprios da SRPA ou mesmo na folha de anotação de
enfermagem. Independentemente do local, os critérios de avaliação são os seguintes:
• atividade muscular
• respiração
• circulação
• consciência
• coloração da pele

CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE ALTA

• Orientação no tempo e espaço


• Estabilidade dos sinais vitais há mais de 60 minutos
• Ausência de náusea e vômitos
• Ausência de dificuldade respiratória
• Capacidade de ingerir líquidos
• Capacidade de locomoção como antes, se a cirurgia permitir
• Sangramento mínimo ou ausente
• Ausência de dor de grande intensidade
• Ausência de sinais de retenção urinária
• Dar conhecimento ao paciente e ao acompanhante, verbalmente e por escrito,
das instruções relativas aos cuidados pós-anestésicos e no pós-operatório,
bem como a determinação da unidade para atendimento das eventuais
27
ocorrências.

Pontos importantes

• Avaliação do paciente no momento da recepção e comparação com os dados


obtidos no histórico do paciente pré-cirúrgico;
• Avaliação do local da incisão quanto a sinais de hemorragia visível;
• Aplicação imediata dos índices de Aldrete e Kroulik ou Stward (bromage ou
Saraiva);
• Atenção para o relato cirúrgico quanto a complicações intra-operatórias;
• Controle rigoroso dos sinais vitais e da dor;
• Controle rigoroso dos débitos e permeabilidade dos drenos, caso existam;
• Controle rigoroso do débito urinário;
• Controle da entrada e saída de líquidos no paciente;
• Anotar o relato da estada do paciente no prontuário para informação dos
profissionais das unidades.

NOMENCLATURAS / Terminologia Cirúrgica

São Vocábulos e expressões utilizadas na área médico-Cirúrgica


É de fundamental importância que os profissionais de saúde conheçam os termos
cirúrgicos para que não haja nenhum problema na interpretação de prontuários e
prescrições médicas.
As terminologias facilitam, principalmente, o trabalho dos profissionais de saúde que
trabalham: no centro de materiais esterilizados, e Centro Cirúrgico, pois eles podem
preparar os materiais necessários com mais agilidade e facilidade.
Nos setores, para realizar o preparo cirúrgico adequado.
Cabe ao pessoal de enfermagem entender os diversos aspectos que envolvem o
procedimento cirúrgico, em especial a terminologia pertinente.
Essa terminologia é formada por prefixos, que designam a parte do corpo relacionada à
cirurgia, e por sufixos, que indicam o ato cirúrgico referente. Os principais objetivos da
terminologia cirúrgica são:
• fornecer a definição do termo cirúrgico;
• descrever os tipos de cirurgia;
• facilitar o preparo dos instrumentais e equipamentos cirúrgicos apropriados para
cada tipo de cirurgia.
PREFIXOS DA TERMINOLOGIA CIRÚRGICA E SEUS SIGNIFICADOS:

PREFIXO = RELATIVO A

• Adeno = glândula
• Blefaro = pálpebra
• Cisto = bexiga
• Cole = vesícula
28
• Colo = colon
• Colpo = vagina
• Entero = intestino delgado
• Gastro = estômago
• Histero = útero
• Nefro = rim
• Oftalmo = olho
• Ooforo = ovário
• Orqui = testículo
• Osteo = osso
• Oto = ouvido
• Proto = reto
• Rino = nariz
• Salpingo = trompa
• Traqueo = traqueia
SUFIXOS DA TERMINOLOGIA CIRÚRGICA E SEUS SIGNIFICADOS

SUFIXO = SIGNIFICADO

• Ectomia = remoção parcial ou total

• Pexia = fixação de um órgão

• Plastia = alteração de forma e / ou função / plástica


• Rafia = sutura
• Scopia = visualização do interior do corpo em geral por meio de aparelhos com
lentes
• (s) tomia = abertura de um órgão ou de uma nova boca.

OPERAÇÕES DE REMOÇÃO (ECTOMIA)


• Apendicectomia - remoção do apêndice
• Cistectomia- remoção da bexiga
• Colecistectomia - remoção da vesícula biliar
• Colectomia - remoção do colo
• Embolectomia - extração de um êmbolo
• Esofagectomia - remoção do esôfago
• Esplenectomia - remoção do baço
• Fistulectomia - remoção de fístula
• Gastrectomia - remoção parcial ou total do estômago
• Hemorroidectomia - remoção de hemorróidas
• Hepatoectomia - remoção de parte do fígado
• Histerectomia- extirpação do útero
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• Lobectomia - remoção de um lobo de um órgão
• Mastectomia - remoção da mama
• Miomectomia - remoção de mioma
• Nefrectomia - remoção do rim
• Ooforectomia - remoção do ovário
• Pancreatectomia - remoção do pâncreas
• Pneumectomia - remoção do pulmão
• Prostatectomia - remoção da próstata
• Retossigmoidectomia - remoção do retossigmóide
• Salpingectomia - extirpação da trompa
• Tireoidectomia - remoção da tireoide
OPERAÇÕES DE ABERTURA (TOMIA)
• Artrotomia - abertura da articulação
• Broncotomia - abertura do brônquio
• Cardiotomia - abertura do cárdia (transição esôfago-gástrica)
• cistostomia - bexiga para drenagem da urina por sonda
• Coledocotomia - abertura e exploração do colédoco
• Duodenotomia - abertura do duodeno
• Flebotomia - dissecção (individualização e cateterismo) de veia
• Laparotomia - abertura da cavidade abdominal
• Papilotomia - abertura da papila duodenal
• Toracotomia - abertura da parede torácica
CONSTRUÇÃO CIRÚRGICA DE NOVAS BOCAS (STOMIA)
• Cistostomia - abertura da bexiga para drenagem de urina
• Colecistostomia - abertura e colocação de dreno na vesícula biliar
• Coledocostomia - colocação de dreno no colédoco para drenagem
• Colostomia - abertura do colo através da parede abdominal
• Enterostomia - abertura do intestino através da parede abdominal
• Flebotomia - dissecção de veia
• Gastrostomia abertura e colocação de uma sonda no estômago através da parede
abdominal
• Hepatotomia - fígado
• Ileostomia - formação de abertura artificial no íleo e colocação de uma sonda
• Jejunostomia - colocação de sonda no JeJuno para alimentação
• Nefrostomia - colocação de sonda no rim para drenagem de urina
• Toracostomia – parede torácica ( para drenagem)
• Traqueostomia – traqueia ( para facilitar a entrada de ar)
• Ureterolitotomia – ureter ( para retirada de cálculo)
OPERAÇÕES DE FIXAÇÃO ou REPOSICIONAMENTO (PEXIA)
• Histeropexia - suspensão e fixação do útero
• Nefropexia - suspensão e fixação do rim
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• Orquiopexia - abaixamento e fixação do testículo em sua bolsa
• Cistopexia – Fixação da bexiga geralmente á parede abdominal
OPERAÇÕES PARA ALTERAÇÃO DA FORMA E/OU FUNÇÃO
(PLASTIA)
• Piloroplastia - plástica do piloro para aumentar seu diâmetro
• Rinoplastia - plástica do nariz
• Artoplastia – articulação, para restaurar movimentos e função
• Blefaroplastia – pálpebras
• Mamoplastia - mama
• Salpingoplastia - plástica da trompa para sua recanalização
• Toracoplastia - plástica da parede torácica
OPERAÇÕES DE SUTURA (RAFIA)
• Colporrafia - sutura da vagina
• Gastrorrafia - sutura do estômago
• Herniorrafia - sutura da hérnia
• Perineorrafia - sutura do perineo
• Tenorrafia - sutura de tendão
TRATAMENTO CIRÚRGICO
É um método de tratamento de doenças, lesões ou deformidades internas e
externas executado através de técnicas geralmente realizadas com o auxílio de
instrumentos. A cirurgia abrange a abertura ou não do corpo com a finalidade diagnóstica,
terapêutica ou estética. À partir deste conceito, podemos dizer que enfermagem cirúrgica
é aquela que trata dos cuidados globais de enfermagem prestados
aos pacientes nos períodos pré-operatório, transoperatório ou
intra operatorio e pós operatório.
Esses cuidados objetivam minimizar os riscos cirúrgicos, dar maior segurança ao
paciente e reabilitá-lo para se reintegrar à família e à sociedade o mais rápido possível.
Histórico da cirurgia: escavações demonstram instrumentais sugestivos de
procedimentos cirúrgicos pelos povos primitivos, com técnicas que abrangiam tratamento
de feridas, correção de fraturas, trepanação, circuncisão, etc.
No século VI e V a.C. : Grécia com a Medicina dos Templos. Hipócrates deu o cunho
científico à medicina , onde desenvolveu técnicas cirúrgicas, vindo do grego: cirurgião (cheir
= mão, ergon = trabalho).
História da anestesia: nasce o grande fortalecedor da cirurgia, com os egípcios sendo
os representantes de maior destaque. Uso inicial pela odontologia.
CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS
• As cirurgias podem ser classificadas quanto à urgência cirúrgica que engloba:
Cirurgia eletiva: Tratamento cirúrgico proposto, mas cuja realização pode aguardar
ocasião mais propícia, ou seja, pode ser programado. Por exemplo: mamoplastia,
gastrectomia.

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Cirurgia de urgência: Tratamento cirúrgico que requer pronta atenção e deve ser
realizado dentro de 24 a 48 horas. Por exemplo: apendicectomia, brida intestinal.

Cirurgia de emergência: Tratamento cirúrgico que requer atenção imediata por se


tratar de uma situação crítica. Por exemplo: Ferimento por arma de fogo em região pré-
cordial, hematoma subdural.
• As cirurgias podem ser classificadas de acordo com a finalidade do tratamento
cirúrgico:

Cirurgia Curativa: Tem por objetivo extirpar ou corrigir a causa da doença, devolvendo
a saúde ao paciente. Para essa finalidade é necessárias as vezes a retirada parcial ou total
de um órgão. Este tipo de cirurgia tem uma significação menos otimista quando se trata de
câncer, neste caso, a operação curativa é aquela que permite uma sobrevida de alguns
anos.

Cirurgia Paliativa: Tem a finalidade de atenuar ou buscar uma alternativa para aliviar o
mal, mas não cura a doença.

Cirurgia Diagnóstica: Realizada com o objetivo de ajudar no esclarecimento da


doença.

Cirurgia Reparadora: Reconstitui artificialmente uma parte do corpo lesada por


enfermidade ou traumatismo.

Cirurgia Reconstrutora / cosmética / plástica: Realizada com objetivos estéticos


ou reparadores, para fins de embelezamento.

Cirurgia limpa: Primariamente fechada, sem a presença de dreno, não traumática.


Realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de
processo infeccioso e inflamatório local. Cirurgias em que não ocorreram penetrações
nos tratos digestivo, respiratório ou urinário.
Cirurgia potencialmente contaminada: Realizada em tecidos colonizados por
microbiota pouco numerosa ou em tecido de difícil descontaminação, na ausência de
processo infeccioso e inflamatório, e com falhas técnicas discretas no transoperatório.
Cirurgias com drenagem aberta enquadram-se nesta categoria. Ocorre penetração nos
tratos digestivo, respiratório ou urinário sem contaminação significativa.

Cirurgia contaminada: Cirurgia realizada em tecidos abertos e recentemente


traumatizados, colonizados por microbiota bacteriana abundante, de descontaminação
difícil ou impossível, bem como todas aquelas em que tenha ocorrido falha técnica
grosseira, na ausência de supuração local; presença de inflamação aguda na incisão e
cicatrização de segunda intenção ou grande contaminação a partir do tubo digestivo.
Obstrução biliar ou urinária também se inclui nesta categoria.

Cirurgia infectada: São todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer


tecido ou órgão em presença de processo infeccioso (supuração local), tecido necrótico,
corpos estranhos e feridas de origem suja. Por exemplo: cirurgias de reto e ânus com
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secreção purulenta.

PORTES E TEMPOS CIRURGICO


As cirurgias podem ainda ser classificadas quanto ao porte cirúrgico ou risco
cardiológico (pequeno, médio ou grande porte), ou seja, a probabilidade de perda de
fluidos e sangue durante sua realização.

Grande porte: Com grande probabilidade de perda de fluido e sangue. Por exemplo:
cirurgias de emergência, vasculares arteriais.

Médio Porte: Com média probabilidade de perda de fluido e sangue. Por exemplo:
cabeça e pescoço, ressecção de carcinoma, ortopedia prótese de quadril.

Pequeno porte: Com pequena probabilidade de perda de fluido e sangue. Por exemplo:
plástica mamoplastia e endoscopia.
Quanto ao tempo de duração as cirurgias ainda podem ser classificadas quanto a:
Porte I: com tempo de duração de até 2 horas.
Porte II: cirurgias que duram de 2 a 4 horas.
Porte III: de 4 a 6 horas de duração.
Porte IV: com tempo de duração acima de 6 horas.

POSIÇÕES PARA CIRURGIAS: Posições Cirúrgicas


É aquela em que o paciente é colocado, depois de anestesiado, para ser submetido
à intervenção cirúrgica, de modo a propiciar acesso fácil ao campo operatório. As
principais posições cirúrgicas são:
Decúbito dorsal
Trendelenburg
Decúbito lateral
Ginecológica
Decubito ventral
Posição dorsal - nesta posição, o paciente deve ser mentido em decúbito dorsal ou
supino, tendo as pernas esticadas e os braços estendidos ao longo do corpo. É a posição
mais comumente usada para as cirurgias abdominais supra e infraumbilical, algumas
torácicas, vasculares. De todas as posições cirúrgicas, é a mais utilizada é que menos
Complicações traz ao paciente.
Cuidados de enfermagem :
braços sob suporte < 90º (longo do corpo)
pernas: estendidas, descruzada
coxim sob cabeça e joelhos.
Complicações possíveis: lombalgia, dispnéia, opressão (hipóxia, palidez,) pressão
em proeminências ósseas, queda plantar, curvatura da coluna, contratura do pescoço,
tensão abdominal, rotação externa dos fêmures.

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Posição ventral - é a posição em que o paciente é colocado com o abdome para
baixo, tendo a cabeça voltada para um dos lados e apoiada num travesseiro, as pernas
estiradas, os braços ligeiramente flexionados e apoiados em suportes. Esta posição
exige, ainda a colocação, de coxins sob os ombros, para facilitar a expansão pulmonar,
sob a região infra-umbilical e sob a face anterior dos pés, para evitar a distensão
muscular, importante observar expansão pulmonar e liberação das mamas. É indicada
para cirurgias para a região posterior do corpo, (dorsal, lombar, sacrococcígea e occipital
), sendo que, nesta última, a cabeça precisa estar apoiada, pela região frontal, num
suporte acolchoado.

Cuidados de enfermagem :
travesseiros ou coxins no abdome, nos MMII
Complicações possíveis: deslocamento e superestendidos de ombro, compressão de
nervo radial, tensão abdominal, dispneia.

Posição lateral ou sims- nesta posição, o paciente é colocado sobre um dos lados,
tendo a perna inferior estendida e a superior flexionada, separadas por um coxim ou
travesseiro. Coloca-se também, um coxim sob a linha da cintura e, a seguir, fixa-se o
paciente transversalmente à mesa cirúrgica com uma faixa larga de esparadrapo,
passada sobre o quadril. Esta posição é utilizada para as intervenções cirúrgicas de
acesso aos rins.

Cuidados de enfermagem :
travesseiros: sob cabeça, entre as pernas (perna de baixa reta de cima
flexionada).
retorno à posição: lento!
Complicações possíveis: lombalgia, pressão proeminências ósseas (quadril, ombro).

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Posição ginecológica - Nesta posição, o paciente é colocado em decúbito dorsal,
tendo os membros inferiores elevados e colocados em suportes especiais, também
chamados perneiras, e fixados com correias. Deve-se ter o cuidado de evolver-lhe as
pernas com campos ou perneiras de tecido para lhe proporcionar conforto e segurança.
Esta posição está indicada para as cirurgias ginecológicas, proctológicas, algumas
urológicas e exames endoscópicos.

Cuidados de enfermagem :
bandagens, meias
cirurgias > 2h = atenção com:
uso de suportes MMII: flexão extrema coxas (função respiratória = pressão
abdominal contra diafragma).

Complicações possíveis: lombalgia, pressão proeminências ósseas (sacro),


maceração, parestesia, cianose, pressão poplítea, rotação externa e estiramento
múscular.

Posição de Trendelemburg - nesta posição a cabeça e o corpo são abaixados; é


usualmente empregada para a cirurgia da parte inferior do abdome e da pelve, visando
obter a boa exposição ao deslocar os intestinos para dentro da parte superiro do abdome,
as coxas flexionadas. A posição é mantida ao se colocar os pés nos estribos; é
empregada em quase todos os procedimentos cirúrgicos perineais, retais e abdominais.
Cuidados de enfermagem :
cisalhamento: cintas
retorno à posição: lento
Complicações possíveis: lombalgia, dispnéia, perfusão periférica, extremidades
frias, cianose de MMII, circulação prejudicada, hipotensão.

Posição Trendelemburg Reverso ou Proclive ou Anti Tren: posição


adequada para deixar as alças intestinais na parte inferior do abdômen, reduz pressão
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sanguínea cerebral, indicada para cirurgia de abdômen ,crânio, tórax.

Complicações possíveis: Na reversa: estase venosa, edema, sobrecarga sistema


cardiovascular.

Posição da mesa de Ortopedia: Posição utilizada para fratura de quadril ou


luxação femoral fechada, onde o corpo fica em contato com a mesa cirúrgica somente
na região dorsal e os membros inferiores fica fixa a região distal. Objetivo promover a
melhor exposição do sítio cirúrgico, acesso à ventilação e monitorização, manutenção
das funções fisiológicas, do conforto, segurança e da privacidade do paciente.

Cuidados de enfermagem :
As intervenções de enfermagem para o paciente submetido à cirurgia ortopédica
dependem do tipo de posição e a avaliação prévia deve ser realizada para conhecer as
especificidades de cada paciente. Checar se os equipamentos e mesa operatória estão
limpos e seguros, movimentar o paciente com cuidado, colocá-lo na posição desejada e
fixá-lo, ter cuidado com pontos de pressão,

Complicações possíveis: lesões de pele podem ser causadas pela longa


permanência na mesa, por mau posicionamento e/ou movimentação inadequada do
paciente, associados aos fatores como idade, peso, estado nutricional e controle da
temperatura

CUIDADOS COM PACIENTE NA POSIÇÃO CIRURGICA


Ao se colocar o paciente na posição cirúrgica, alguns
aspectos fundamentais devem ser lembrados:
• Atentar a evitar contato de partes do corpo do paciente com as superfícies
metálicas da mesa cirúrgica;
• Posicioná-lo de modo funcional e seguro, a fim de prevenir distensões musculares,
evitar compressão de vasos, nervos e saliências ósseas, e facilitar a dinâmica
respiratória;
• Possibilitar livre fluxo das infusões venosas e a adaptação dos eletrodos para.a
perfeita avaliação intra-operatória.

Ao se retirar o paciente da posição cirúrgica, alguns pontos


precisam observados:
• Manusear o paciente anestesiado com movimentos firmes e lentos, pois a
mudança repentina de posição pode levar à queda de pressão arterial;
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• Ao se retirar o paciente da posição ginecológica, deve-se ter o cuidado de descer,
alternadamente, as pernas, a fim de prevenir o afluxo rápido de sangue para os membros
inferiores, podendo causar hipotensão;
• Manter a cabeça voltada para um dos lados, quando o paciente permanecer em
decúbito dorsal;
• Observar o posicionamento correto das infusões;
Prevenindo lesão por posicionamento do paciente:
• As articulações em hiperextensão, as artérias comprimidas ou a pressão sobre
nervos e proeminências ósseas geralmente resultam em desconforto apenas porque a
posição deve ser sustentada por um longo período. Os fatores a considerar incluem os
seguintes:
• O paciente deve ficar na posição mais confortável possível, quer dormindo, quer
acordado.
• O campo operatório deve estar adequadamente exposto.
• Uma posição incómoda, pressão indevida sobre uma região do corpo ou uso de
estribos ou tração não devem obstruir o aporte vascular.
• A respiração não deve ser prejudicada por pressão dos braços sobre o tórax ou
por uma camisola que comprime o pescoço ou o tórax.
• Os nervos devem ser protegidos contra a pressão indevida. O posicionamento
inadequado de braços, mãos, pernas ou pés podem provocar lesão grave ou paralisia.
• Os suportes de braço devem ser bem acolchoados para evitar a lesão nervosa
irreparável, principalmente quando é necessária a posição de Trendelenburg.
• As precauções para a segurança do paciente devem ser observadas, em particular
no caso de pacientes magros, idosos ou obesos, ou naqueles com deformidade física.
• O paciente precisa da contenção suave antes da indução no caso de agitação.
ASSEPSIA CIRÚRGICA
Todo suprimento cirúrgico, como instrumentos, agulhas, luvas, campos e
soluções que entram em contato com a ferida cirúrgica devem ser esterilizados.
A assepsia cirúrgica previne contra infecção dos sítios cirúrgicos.
Medidas de assepsia cirúrgica e controle ambientais:
• Escovação das mãos e antebraços com sabão antisséptico (medida sendo
avaliada); tem por objetivo promover a eliminação da flora transitória residente e,
ainda, o retardamento da recolonização da flora residente pelo efeito residual. Estas
substâncias, como degermantes e antissépticas, devem agir rapidamente, ter efeito
residual e não ser irritantes para a pele. No Brasil, as soluções degermantes
antissépticas usadas para degermação das mãos são:
• solução detergente de polivinil-pirrolidona - iqdo a 10% (PVPI) com 1% de iodo
ativo (possui 4 horas de ação residual);
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• solução de detergente de clorexidina a 4%, contendo 4% de álcool etílico
(possui ação residual de 6-8 horas), no caso de alergia ao iodo.
• Cabelos e cabeça cobertos com gorro;
• Máscara sobre nariz e boca;
• Utilizar capotes e luvas esterilizadas. Os capotes da equipe cirúrgica são
considerados estéreis na frente do tórax até o nível do campo esterilizado. As mangas
são consideradas esterilizadas a partir de 5 cm do cotovelo até a borda elástica;
• Depois de uma embalagem aberta as bordas são consideradas não estéreis;
• Pele do paciente deve ser limpa, recebendo a aplicação de um agente
ahtimicrobiano;
• Remoção do pêlo imediatamente antes do procedimento para minimizar os
riscos de infecção;
• Cobrir o corpo do paciente com campos esterilizados, que devem colocados o
mais próximo possível da sua utilização;
• Todo material em contato com a ferida cirúrgica deve se manter esterilizado.
• Fluxo de ar laminar é desejado para cirurgias com mais possibilidade de
infecção como a de transplante de órgãos
• Restringir movimentos e pessoas na sala de cirurgia.
DEFINIÇÕES DAS FASES PRÉ E PÓS OPERATÓRIAS:

PRÉ-OPERATÓRIO

É o período de tempo que tem início no momento em que se reconhece a


necessidade de uma cirurgia e termina no momento em que o paciente chega à sala de
operação. Subdivide-se em mediato (desde a indicação para a cirurgia até o dia anterior
a ela) e em imediato (corresponde às 24 horas anteriores à cirurgia).

INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
• Atender o paciente conforme suas necessidades psicológicas (esclarecimento
de dúvidas);
• Verificar sinais vitais;
• Pesar o paciente;
• Colher material para exames conforme solicitação médica;
• Orientar higiene oral e corporal antes de encaminhar o paciente para o centro
cirúrgico;
• Manter o paciente em jejum, conforme rotina;
• Fazer tricotomia conforme rotina;
• Orientar o paciente a esvaziar a bexiga minutos antes da cirurgia;
• Retirar próteses dentárias, jóias, ornamentos e identificá-los;
• Encaminhar o paciente ao centro cirúrgico
- Trans-operatório: do momento em que o paciente é recebido no CC até o
momento em que é encaminhado para a sala pós-anestésica;

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- Intra-operatório: do início até o final da anestesia;
- Recuperação pós-anestésica: do momento da alta do paciente da sala de
operação até sua alta da sala de recuperação pós-anestésica;

PÓS OPERATÓRIO
É o período que se inicia a partir da saída do paciente da sala de cirurgia e perdura até
a sua total recuperação.
Subdivide -se em:
• Pós-operatório imediato: da alta do paciente da sala de recuperação pós
anestésica até as primeiras 48 horas pós operatórias.

• Pós- operatório mediato: Apos as primeiras 24 horas até a alta.


• Pós – operatório tardio: até 30 dias após a alta.
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
• Receber e transferir o paciente da maca para o leito com cuidado, observando
sondas e soro etc.
• Posicionar o paciente no leito, conforme o tipo de anestesia;
• Verificar sinais vitais;
• Observar o estado de consciência (sonolência);
• Avaliar drenagens e soroterapia;
• Fazer medicações conforme prescrição;
• Orientar movimentos dos membros superiores ou inferiores livres se possível;
• Encorajar a deambulação
• Controlar a diurese;
• Assistir psicologicamente o paciente e os familiares;
• Observar e relatar as seguintes complicações:
• Pulmonares: (cianose, dispnéia, agitação);
• Urinárias (infecção e retenção urinária);
• Gastrointestinais (náuseas, vômitos, constipação intestinal, sede);
• Vasculares (Cianoses e edemas);
• Ferida operatória (hemorragia, infecção e deiscência) e choque.
ANORMALIDADES E COMPLICAÇÕES NO PÓS-OPERATÓRIO
• Alterações dos SSVV,
• Alterações neurológicas,
• Alterações pulmonares,
• Complicações urinárias,
• Complicações gastrintestinais,
• Infecção da ferida cirúrgica
• Alterações dos SSVV
• Alterações térmicas levam a alterações cardiovasculares e respiratórias.
• Alteração da respiração por efeito do anestésico ou obstrução das vias aéreas
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por vômitos ou secreções Instabilidade orgânica hipotermia, hipertermia.
• Diminuição da PA e pulso: perda de sangue durante a cirurgia.
• Alterações neurológicas
• Dor - Afetada por ação do anestésico, do ato cirúrgico ou do posicionamento
inadequado. A dor é comum principalmente no alvo da cirurgia, não devemos
menosprezar a dor. Administrar analgesia prescrito pelo medico se necessário.
• Soluço Gerado por distensão abdominal e hipotermia. Condutas: Lavagem
gástrica (distensão abdominal) e/ ou deambulação. Aquecer o paciente durante o
transporte e mudança de decúbito. Inspirar e expirar em um saco de papel (CO2
diminui irritação nervosa). Enfim administrar Plasil quando prescrito com
prescrição medica.
COMPLICAÇÕES PULMONARES
• Acúmulo de secreções (vômitos, alimentos), ocorre principalmente obesos,
fumantes, idosos. Sinais e sintomas: Cianose, dispnéia, batimentos da asa do
nariz,agitação, dor torácica. Conduta: Expectorar a tosse (dedos ou travesseiro
sobre a incisão).
COMPLICAÇÕES URINÁRIAS
• Causada por falhas na sondagem vesical. Sintomas:
hipertermia,disúria,alterações nas características da urina

COMPLICAÇÕES GASTRINTESTINAIS
• Náuseas e vômitos efeitos colaterais dos anestésicos, diminuição do
peristaltismo ocasionam distensão abdominal, acúmulo de líquido e restos
alimentares
• Cuidados: Lateralizar a cabeça em caso de sonda nasogástrica: abrir e aspirar
• Reposição de líquidos, Dieta gradativa.
• Constipação intestinal = Ocorre pela diminuição do peristaltismo provocado
pelo anestésico,imobilidade no leito, exposição e manipulação do intestino.
• Sede = Provocada por perdas sanguíneas,de líquidos pela cavidade exposta
hipertermia.

COMPLICAÇÕES VASCULARES
Trombose, embolia.
Hemorragia
• Interna: sangramento não visível.
• Externa: sangramento visível, acontece nas 24h Sintomas: desconforto, palidez
intensa, mucosa descorada, taquicardia,dispnéia, dor.

INFECÇÃO DA FERIDA CIRÚRGICA


• Prevenção da infecção: preparo pré-operatóro adequado utilização de técnicas
assépticas técnica de curativo alerta para sinais de infecção.
• Deiscência = É o rompimento da sutura.
• Choque
• Suprimento inadequado de sangue para os tecidos. Sintomas: pulso
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taquicárdico e filiforme, hipotensão arterial, dispnéia, palidez, sudorese,
hipotermia, cianose, agitação.

PROCEDIMENTOS CIRURGICOS
Cirurgia é a parte do processo terapêutico em que o cirurgião realiza uma
intervenção manual ou instrumental no corpo do paciente.

CUIDADOS GERAIS DE PRÉ OPERATÓRIO


• Certificar de que o paciente está em jejum;
• Verificar se o paciente trouxe os exames;
• Anexar os exames no prontuário;
• Aferir SSVV e registrar;
• Encaminhar para banho de aspersão sem ou com auxilio;
• Colocar camisola, toca e propes;
• Retirar próteses dentário, esmalte nas unhas e jóias, e batom
• Medicar pré anestésico CPM;
• Observar nível de consciência;
• Se prescrito realizar tricotomia;
• Transferir o paciente da maca para a cama ou mesa;
• Avaliar estado emocional do paciente e tentar diminuir as ansiedades.
• Realizar anotação de enfermagem

CUIDADOS GERAIS DE PÓS OPERATÓRIO


• Aferir SSVV e registrar;
• Encorajar ou orientar para deambulação precose
• Avaliar os fatores de risco para a tromboembolia;
• Avaliar o estado pulmonar, complicações pulmonares de atelectasia,
pneumonia, pneumotórax.
• Estimular a micção mais breve possível
• Realizar evolução da FO e comunicar a presença de: dor, vermelhidão, edema,
sangramento, secreção purulenta, odor, área necrose tecidual.
• Monitorar e comunicar sinais e sintomas de embolia como: taquipneia,
dispnéia, relato de dor repentina no peito, taquisfigmia, hipertermia, agitação e
confusão mental.
• Verificar e anotar sinais e sintomas de neurovascular como: dormência ou
formigamento, pulsos podálicos diminuídos ou ausentes, tempo de enchimento
capilar excedente de três segundos, pele fria e palidez, cianose, incapacidade de
flexionar ou estender a extremidade.

CIRURGIAS DO APARELHO RESPIRATORIO


As cirurgias torácicas são procedimentos operatórios realizados para auxiliar no
diagnóstico e tratamento de determinadas doenças pulmonares. Os procedimentos
englobam toracotomia, lobectomia, pneumonectomia.
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Terminologia Especifica:
Anoxia: ausência de oxigênio
Apneia: parada respiratória
Atelectasia: colapso do parênquima pulmonar.
Bradispneia: diminuição da freqüência respiratória.
Cianose: coloração azul arroxeada da pele e mucosas por diminuição de oxigênio.
Complacência: capacidade de elasticidade pulmonar
Dispnéia: dificuldade respiratória
Eupnéia: expectoração:
Hemoptise: eliminação de sangue pela boca.
Hiperoxia: excesso de oxigênio.
Hipóxia: estado de deficiência de oxigênio nos tecidos.

LOBECTOMIA E PNEUMNECTOMIA
• Lobectomia: retirar uma lesão que está localizada em uma área determinada,
ou seja, em um lobo pulmonar.
• Pneumonectomia: retirada de todo um pulmão. Cirurgia indicada
principalmente em casos de câncer, quando a área afetada não pode ser
removida por meio de procedimentos anteriores.
CONDUTA PRÈ OPERATÓRIA /CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Esclarecer as duvidas;
• Manter a família informada sobre as etapas entre pré e o pós- operatório;
• Orientar e instruir o paciente com relação a exercícios respiratórios que devera
realizar no PO ( se não tiver na instituição fisioterapeuta);
• Comunicar a enfermeira caso observe qualquer sinal de infecção nas VAS,
amigdalite ou faringite , ou como na boca e dentes.
• Dar ao paciente liberdade para que expresse seus medos e suas duvidas
• Orientar o paciente sobre PO quanto aos drenos, a secreção sanguinolenta, a
dor e ao tempo de permanência na SRPA, de acordo com seu grau de entendimento.
• Evitar julgamento pessoal e não usar o momento para acusações ou
imposições, caso o paciente seja fumante.
• Manter o cuidados com oxigenioterapia.
CONDUTA PÓS OPERATÓRIA /CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Manter o paciente em posição prescrita (em geral , posição fowler, com
lateralizações alteradas);
• Aspirar as secreções de maneira correta e efetiva;
• Manter ambiente úmido e arejado;
• Realizar trocas de curativos, observando técnicas rigorosamente assépticas;
• Registrar a evolução da FO e comunicar: dor, vermelhidão, edema,
sangramento, secreção purulenta, mau cheiro, área de necrose tecidual;
• Observar e Comunicar: dispnéia, cianose, dor torácica;
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• Manter as medicações prescritas, controladas o gotejo das infusões venosas;
• Manter cuidado de higiene rigoroso;
• Estimular a ingesta hídrica;
• Incentivar a movimentação no leito e a deambulação precoce;
BRONCOSCOPIA
Broncoscopia: introdução do bronscoscopio através da laringe, traquéia e
brônquios, permitindo a visualização dessas vias.

CONDUTA PRÈ OPERATÓRIA /CUIDADOS DE ENFERMAGEM


• Manter jejum de 6 horas;
• Verificar SSVV e anotar;
• Retirar próteses dentários;
• Verificar o tipo de anestesia ( tópica ou geral) e dar a assistência especifica;
• Observar complicações tais como: cianose, hipotensão, taquicardia, hemoptise,
dispneia e laringoespasmo;

CONDUTA PÓS OPERATÓRIA /CUIDADOS DE ENFERMAGEM


• Verificar SSVV no quarto e anotar;
• Administrar líquidos somente após a volta da capacidade do paciente de tossir
e bem acordado
• Observar complicações tais como: cianose, hipotensão, taquicardia, hemoptise,
dispnéia e laringoespasmo;
• Deixar a campainha no alcance do paciente.
TORACOCENTESE
Toracocentese: punção torácica colocando-se agulha entre pleuras com o
objetivo de aspirar: sangue, ar e secreção purulenta.

CONDUTA PRÈ OPERATÓRIA /CUIDADOS DE ENFERMAGEM


• Esclarecer o paciente sobre o exame e coloca-lo sentado, com o braço do lado
a ser puncionado, elevado, e com a mão apoiada na nuca.
• Colocar o material na mesa auxiliar: anti-séptica, gaze e esparadrapo, agulha
de punção de grosso calibre, seringa de 20 a 50 cc ou ml, material para anestesia
local ( xylocaina, seringa de 10 ml e agulhas, tubos esterilizados para colheita de
material, luvas, campo fenestrado, torneirinha ( alguns medico utiliza para prevenir a
pneumotórax) , frasco a vácuo e equipo de soro).
CONDUTA PÓS OPERATÓRIA /CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Auxiliar o médico com o material;
• Orientar o paciente a parar de respirar no momento da punção;
• Observar acidentes que podem ocorrer na punção pelo medico;
• Fazer curativo compressivo após a retirada da agulha pelo medico;
• Colocar um recipiente ( frasco) para drenar o liquido e observar;

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DRENAGEM DE TÓRAX:
• Comunicar imediatamente sinais de: taquicardia, cianose, pressão torácica,
hemorragias, sinais de enfisema subcutânea.
• Atentar aos cuidados rigoroso com drenos, verificando se o sistema está
funcionando corretamente, comunicando: escape de ar pelo dreno, borbulho
excessivo no frasco de vedação com água.
• Observar para que o frasco permaneça bem-fechado;
• Manter o tubo de látex conectado ao dreno de tórax com folga suficiente para
permitir ao paciente movimentar-se no leito.
• Atentar a pinçar somente o dreno sob recomendação medica, ou para a troca
de frascos.
• Evitar formas de alças nas tubulações
• Estimular a mudança de decúbito;
• Estimular exercícios respiratórios; = Fisioterapia
• Proteger os frascos de drenagem contra acidentes, mantendo-os abaixo do
tórax do paciente sem coloca-lo no chão;
• Manter o leito semi-fowler para facilitar a drenagem;
• Realizar troca do curativo do local de inserção dos drenos uma vez ao dia.
• Anotar o aspecto do curativo e FO.
• Anotar a quantidade drenada e o aspecto
TRAQUEOSTOMIA
Traqueostomia: abertura externa feita na traqueia, indicada nos problemas
respiratórios, ou longa permanência de intubação.

CIRURGIAS CARDIACAS
A cirurgia do coração aberto é mais comumente realizada para a doença da
artéria coronariana, disfunção valvular e defeitos cardíacos congênitos.
POS DE CIRURGIA CARDÍACA:
• CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO: conhecida como
ponte de safena, consiste na implantação de um enxerto com veias da perna (
safena), onde uma extremidade é anastomosada na aorta e a outra é fixada a uma
parte distal de um vaso coronariano, de modo a restabelecer um eficiente fluxo
sanguíneo ao músculo cardíaco irrigado pela artéria.
• CIRURGIA DE VALVULOPLASTIA: reparo de uma válvula cardíaca é
conhecido como valvuloplastia, e reparo das comissuras entre os seus folhetos
chamadas de comissurotomia.
• CIRURGIA DE PERICARDIOTOMIA: é realizada quando ocorre o acumulo de
liquido no pericárdio conseqüente de doenças neoplásicas.

• CORREÇÃO DA DISSECÇÃO DA AORTA: propicia a roptura da artéria, com


extravasamento de sangue, tamponamento cardíaco e choque hipovolemico.

ANGIOPLASTIA: consiste num procedimento médico para a abertura do entupimento


44
de uma artéria do coração. Usa-se também um cateter que possui um pequeno balão na
sua ponta.
Trata-se assim de uma técnica que utiliza um pequeníssimo balão o qual, ao ser
inflado dentro de uma artéria estreitada, desobstrui o vaso e facilita a passagem do
sangue.
Também pode ser aplicada uma minitela de aço, chamada de "Stent", que,
liberada, ajuda a manter a artéria aberta. A técnica teve origem nos EUA e começou a
ser usada no Brasil na década de 90.
Em alguns casos específicos, pode haver necessidade, durante a operação, do
emprego de substâncias que impeçam a agregação de elementos do sangue no local da
obstrução.

CONDUTA PRÉ OPERATÓRIA /CUIDADOS DE ENFERMAGEM:


• Obter estudos laboratoriais pré-operatórios.
• Se fumar estimular o paciente a interromper o fumo.
• Cuidados gerais
CONDUTA PÓS-OPERATÓRIA /CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
• È frequente as primeiras horas de PO, os pacientes permanecem intubados e
VM na UTI.
• Observar, comunicar e registrar alterações no nível de consciência: agitação
psicomotora, confusão mental, déficit de resposta a estímulos verbais.
• Observar, comunicar e registrar alterações motoras: paresias, parestesias,
plegias.
• Observar, comunicar e registrar alterações na perfusão periférica: cianose,
extremidade fria.
• Observar, comunicar e registrar alterações no padrão respiratório: taquipneia,
competição com o respirador;
• Minimizar ansiedade;
• Promover uma troca gasosa adequada;
• Manutenção do débito cardíaco (DC) adequado;
• Mantendo o volume adequado de líquido;
• Aliviar a dor, oferecendo analgésicos CPM;
• Realizar aspiração endotraqueal com a técnica asséptica;
• Manter o paciente aquecido;
• Verificar e anotar SSVV de 15 em 15 minutos nas primeiras e segundas horas,
de 30 em 30 minutos nas terceiras e quartas horas próximas das duas horas, depois
para 2 em 2 horas.
• Realizar e anotar medida de diurese e comunicar diminuição de volume
urinário;
• Realizar controle hídrico
• Observar cuidados com o dreno em forma ordenha;
• Medir e anotar oximetria;
• Controlar gotejo das infusões venosas e manter permeabilidade das vias de acesso;
45
• Atentar para o funcionamento e o gotejo das bombas de infusão;
• Alternar o decúbito;
• Realizar a troca do curativo uma vez ao turno e sempre que houver
necessidade, como no caso de: excesso de sangramento, curativo sujo ou úmido.

CIRURGIA GASTRINTESTINAL Terminologias Especificas:


Aerofagia: deglutição de ar
Constipação: retenção de material fecal
Colonoscopia: procedimento que permite a visualização do cólon por meio de um
aparelho sem aberto de parede.
Diarréia: eliminação de fezes liquidas ou semi liquidas com frequência maior do normal.
Eructação:eliminação de gases sob forma ruidosa através da boca
Esteatorreia: fezes com gordura
Fecaloma: massa compacta de material fecal de consistência dura que se forma em
casos de constipação.
Flatulência: sensação desagradável de presença de gases em excesso no
intestino.
Hemorróidas: são varizes que ocorrem no segmento anorretal.
Melena: eliminação, pelo anus, de sangue digerido.
Tenesmo: sensação dolorosa no reto ou na bexiga com imperioso de defecar ou urinar.
DEFINIÇÕES
Gastrostomia: técnica cirúrgica que consiste em abrir o estomago
introduzindo uma sonda.

Gastrectomia: é a remoção cirúrgica total ou parcial do estomago. Cirurgia


indicada em casos de tumores, obstrução pilórica ou ulcera péptica perfurada que não
responde ao tratamento. Colostomia: é a exteriorização de uma porção do
cólon na parede abdominal.
Jejunostomia: é uma sonda introduzida no jejuno, através de um orifício na
parede abdominal, para alimentar e hidratar o paciente.

Ileostomia: é a exteriorização de uma porção do íleo na parede abdominal,


criando uma abertura para a saída de fezes após a remoção cirúrgica do cólon.
Colostomia: é a exteriorização de uma porção do cólon na parede abdominal,
criando uma abertura temporária ou permanente, para a saída de fezes pastosas.

Colecistectomia: remoção cirúrgica da vesícula biliar.


Hemorroidectomia: consiste na ligadura e ressecção dos mamilos ou
cauterização da hemorróida.

Fistulectomia: uma fistula anal é um trajeto fibroso e tubular que se estende


para dentro do canal anal.
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CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM GASTROSTOMIA /
GASTRECTOMIA
• Verificar SSVV;
• Manter a família informada sobre as etapas do pré e pós – operatório.
• Manter em jejum e drenagem da secreção gástrica por 24 horas;
• Iniciar a administração da dieta ( +/- 50 ml) a partir do 1º PO;
• Colocar o paciente sentado ou em posição semi fowler no momento da dieta;
• Retirar a tampa (rolha) do orifício da sonda, proteção a extremidade com gaze
e adaptar um funil ou introduzir a dieta através de uma seringa;
• Injetar lentamente a dieta, evitando-se a entrada de ar;
• Introduzir água após a introdução da dieta;
• Lavar diariamente a região com água e sabão e fazer o curativo;
• Observar lesões ao redor do orifício da gastrostomia;
• Orientar o paciente sobre o procedimento para que possa executa-lo sozinho;
• Anotar a quantidade, aceitação do paciente e intercorrências.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM JEJUNOSTOMIA


• Manter jejum e drenagem da secreção pela sonda por 24 horas ou mais;
• Iniciar administração da dieta após a suspensão do jejum;
• Colocar o frasco a uma altura de mais ou menos 50cm e conectar a sonda;
• Colocar o paciente em posição de fowler ou semi-fowler;
• Administrar a dieta gota a gota para melhor aproveitamento dos nutrientes;
• Observar técnica asséptica na administração, pois no duodeno e jejuno o
numero de bactérias é mínimo e o pH (7,2 a 7,8) é favorável ao crescimento
bacteriano;
• Injetar água na sonda após a administração da dieta para evitar obstrução e
mantê-la limpa;
• Fazer curativo ao redor da sonda;
• Observar lesões ao redor do orifício;
• Anotar a quantidade e aceitação do paciente;
• Controlar o peso e correlacionar com a aceitação da dieta.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM ILEOSTOMIA:
• Atentar para irritações cutâneas que são mais freqüentes devido a fezes ricas
em enzimas;
• Aplicar pasta de alumínio nos locais lesados – CPM;
• Atentar para sinais de desidratação;
• Estimular ingestão de líquidos e, em alguns casos, de alimentos com maior
teor de sal;
• Acrescentar os mesmos cuidados da colostomia.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM COLOSTOMIA:


• Aplicar os cuidados gerais;
• Trocar a bolsa de colostomia fechada SQN, ou seja, antes de encher de fezes
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para evitar que se desloque;
• Esvaziar as bolsas de colostomia drenáveis, retirando o clamp, limpando-o e
recolocando-o;
• Limpar o local, ao trocar a bolsa e após a higiene local. A partir do 7º dia, lavar
apenas com água e sabão sem esfregar.
• Orientar / deixar tomar sol no local ao redor do estoma, após a limpeza;
• Colocar pedaços de carvão vegetal e tabletes de clorofila no interior da bolsa
para diminuir o odor;
• Orientar para que o paciente evite alimentos que aumenta odor e a produção
de gases;
• Estimular a ingesta de alimentos que diminuam o odor;
• Estimular ingesta de líquidos;
• Anotar as frequências e as características das fezes;
• Demonstrar e orientar quanto aos procedimentos de troca da limpeza da bolsa
e da colostomia para o paciente e família;

CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM COLECISTECTOMIA:


• Aplicar os cuidados gerais;
• Esclarecer as duvidas;
• Aferir SSVV e pesar
• Se tiver SNG: Observar e registrar o volume e o aspecto das secreções drenadas
por SNG que, em geral, fica aberta em frasco; Manter cuidados em relação a
fixação da SNG, evitando lesão de narina;
• Manter paciente em posição de fowler;
• Observar e registrar rigorosamente o aspecto e os volumes drenados através do
dreno de Kehr, se houver;
• Orientar para que o paciente não tracione o dreno ao movimentar-se no leito;
• Realizar higiene oral sempre que necessário;
• Realizar troca do curativo, observar técnicas rigorosamente assépticas;
• Realizar a evolução da FO e comunicar a presença de: dor, vermelhidão, edema,
sangramento, secreção purulenta, odor, área de necrose tecidual.
• Proteger a pele ao redor do dreno de penrouse próximo na incisão cirúrgica.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM HEMORROIDECTOMIA E


FISTULECTOMIA:
• Verificar paciente em jejum para cirurgia;
• Aferir os SSVV e anotar;
• Manter cuidados gerais;
• Realizar tricotomia, conforme prescrição;
• Realizar enema de limpeza, CPM;
• Medicar o pré anestésico CPM;
• Auxiliar SN na higiene corporal;
• Colocar camisola cirúrgica, toca e propes;
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• Retirar próteses dentário, esmalte nas unhas, e jóias..;
• Verificar e levar ao CC os resultados de exames e anexar no prontuário do
paciente;

PÓS OPERATÓRIO
• Medicar para dor COM, pois é bastante intensa no PO;
• Observar e comunicar retenção urinaria;
• Observar e comunicar sangramento;
• Manter a individualidade e privacidade durante procedimentos como troca do
curativo;
• Manter a higiene da área perianal;
• Controlar e anotar a frequências das evacuações;
• Auxiliar nos banhos de assento, principalmente antes e/ou após as
evacuações;
• Estimular a deambulação precoce;
• Orientar para manter-se em decúbito lateral, com travesseiro entre os joelhos;
• Comunicar e orientar para que o paciente comunique a saída de secreção na
área operada.

CIRURGIA RENAL
Nefrectomia: (remoção do rim), transplante renal para insuficiência renal
crônica, procedimentos para remover obstrução, tal como cálculos ou tumores,
procedimentos para introduzir tubos de drenagem, (nefrostomia). As abordagens variam,
mas podem envolver o flanco, as regiões torácicas e abdominal. A nefrectomia é mais
utilizada, para tumores malignos do rim, mas também pode estar indicada para
traumatismo e rim que não mais funciona devido a distúrbios obstrutivos e outras doenças
renais. A ausência de um rim não leva a uma função renal inadequada quando o rim
remanescente é normal.
Nefrostomia: abertura do rim para colocação de um cateter com finalidade de
drenar a urina.

Cistostomia: técnica de introdução de uma sonda na bexiga, através da parede


abdominal. Tem a finalidade de drenar a urina desviando o fluxo urinário da uretra.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM NEFRECTOMIA


• Realizar cuidados gerais;
• Preparar o paciente para cirurgia, com informações a respeito da rotina da sala
de cirurgia,

Pòs Operatório
• Cuidados gerais
• Inspecionar a área da incisão quanto a indícios de sangramento ou hemorragia.
• Manter a permeabilidade dos tubos de drenagem urinária (nefrostomia, cateter
suprapubiano ou uretral) e extensores uretrais, quando indicados.
49
• Monitorar as extremidades inferiores e o estado respiratório quanto a
complicações trombólicas.
• Observar sons intestinais, distensão abdominal e dor que possa indicar íleo
paralítico e necessidade de descompressão nasogástrica.
• Monitorar e comunicar sinais e sintomas de hemorragias/ choque: hipotensão,
sudorese, palidez, pele fria, mal-estar, sede, taquicardia, oliguria, taquipneia, agitação,
inquietação.
• Observar FO e comunicar: sangramento, deiscência de sutura.
• Monitorara e comunicar sinais de infecção: calafrios, febre, aumento da dor na
FO, hiperemia e calor na FO.
• Promover a eliminação urinária, evitando a infecção.
• Realizar ou observar o equilíbrio hídrico;
CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM NEFROSTOMIA
• Ver os cuidados gerais;
• Aferir SSVV;
• Manter paciente tranqüilo, explicando todos os procedimentos;
• Lavar bem as mãos antes de todos os procedimentos;
• Observar o sangramento no local;
• Manter o cateter aberto;
• Realizar curativo utilizando técnica asséptica;
• Cuidar para não tracionar o cateter;
• Incentivar a ingesta hídrica;
• Controlar e anotar o volume drenado.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM CISTOSTOMIA
• Ver os cuidados gerais;
• Aferir SSVV;
• Manter paciente tranqüilo, explicando todos os procedimentos;
• Lavar bem as mãos antes de todos os procedimentos;
• Fixar a sonda com adesivo na parede do abdômen ( fazer rodízio);
• Conectar a sonda a um sistema estéril fechado;
• Observar se a sonda esta drenando adequadamente;
• Manter local da inserção da sonda limpo e protegido com curativo;
• Controlar e anotar volume drenado;
• Incentivar a ingestão hídrica.
CIRURGIAS NO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO
Vasectomia: ressecção do canal deferente, sendo bilateral e utilizada como
procedimento de esterilização.

Prostatectomia: retirada da próstata.


Postectomia: cirurgia de fimose Tem o objetivo de remover o prepúcio com a
finalidade de expor a glande. Indicação: consiste em um estreitamento do prepúcio que

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impede a exposição da glande, provocando dor, infecção devido a dificuldade de higiene
e predispõe ao câncer do pênis é considerada uma pequena cirurgia, em geral é feita
na infância.

Correção do prolapso uterino: devido ao enfraquecimento dos músculos de


sustentação, o útero pode descer através do canal vaginal (prolapso/ procedência).

Histerectomia: retirada total ou parcial do útero. O pan-histerectomia trata-se da


retirada total do útero.

Vulvectomia: remoção cirúrgica da vulva, geralmente acompanha da remoção de


vasos linfáticos locais.

Mastectomia: retirada da mama ou de parte dela.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM VASECTOMIA:


Nesse caso, paciente vem de casa diretamente para a realização do
procedimento, cabendo ao técnico de enfermagem:
• Certificar de que o paciente está em jejum;
• Verificar se o paciente trouxe os exames;
• Anexar os exames no prontuário;
• Aferir SSVV;
• Certificar que o paciente realizou higiene corporal; tricotomia escrotal
• Colocar na maca com a camisola, toca e propes para CC;
Pós Operatório
• Aplicar bolsas de gelo no PO ( para diminuir o edema e a dor);
• Utilizar suspensório escrotal, COM; ou manter os escrotos elevados com a
cueca.
• Reiniciar a vida sexual conforme orientação medica;

CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PROSTATECTOMIA

Pré Operatório

• Certificar de que o paciente está em jejum;


• Verificar se o paciente trouxe os exames;
• Anexar os exames no prontuário;
• Aferir SSVV;
• Encaminhar para banho de aspersão sem ou com auxilio;
• Colocar camisola, toca e propes;
• Retirar próteses dentário, esmalte nas unhas e jóias;
• Medicar pré anestésico CPM;

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Pós Operatório

• Incentivar ingesta hídrica;


• Incentivar mudança de decúbito;
• Evitar que o paciente permaneça muito tempo setado;
• Manter cuidados com irrigação continua.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM CORREÇÃO DO PROLAPSO


UTERINO:
* Cuidados Gerais
* Caso a cirurgia seja por via abdominal, ver cuidados com histerectomia.
• Manter assepsia nos procedimentos, como curativos;
• Atentar e comunicar caso o abdômen pareça distendido;
• Estimular a micção o mais breve possível. = Caso não ocorra nas primeiras
seis horas, comunicar o medico, e conforme prescrição medica passar sonda
vesical de alivio ( SVA);
• Lavar o períneo após cada micção e evacuações;
• Aplicar sprays com combinação de anestésicos e antissépticos, CPM;
• Aplicar bolsas de gelo no local podem aliviar a dor, CPM;
CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM HISTERECTOMIA
• Cuidados Gerais
• Estimular a micção mais breve possível; * Caso não ocorra nas primeiras seis
horas, comunicar o medico, e conforme prescrição medica passar sonda
vesical de alivio ( SVA);
• Manter cuidados com a sonda vesical, caso a paciente já esteja sondada:
anotar o volume e características da diurese, desprezar sempre a bolsa
coletora estiver com o Maximo de sua capacidade, manter bolsa coletora em
local adequado, nunca no chão, observar a extensão para que não esteja
tracionando a sonda, cuidar para que não haja dobras ou obstrução que
impeçam a passagem da urina.
• Realizar trocas de curativos, observando técnicas rigorosamente assépticas;
• Registrar evolução FO e comunicar a presença de: dor, vermelhidão, edema,
secreção purulenta, odor, área necrose tecidual.
• Solicitar que a paciente comunique caso não consiga evacuar;
• Estimular a deambulação, logo que liberada;
• Caso a cirurgia seja realizada por via vaginal, manter os cuidados
recomendados a cirurgia de prolapso uterino.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM VULVECTOMIA


• Cuidados Gerais
• Mesmos cuidados com o pós operatório da histerectomia;
• Manter os cuidados recomendados a cirurgia de prolapso uterino.

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• Controlar e anotar o volume de drenagem caso sejam colocados drenos
(portovac) nas regiões inguinais.
• Orientar que a dieta rica em fibras facilitando evacuações;
• Orientar a higiene domiciliar;
• Manter a sonda fixa na coxa com fita adesiva.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM MASTECTOMIA
• Cuidados Gerais
• Observar e lembrar a equipe para jamais utilizar o braço do lado onde foi
realizado o procedimento cirúrgico para: aferir SSVV, aplicar IM, EV ou qualquer
infusão venosa.
• Medir e anotar a drenagem, quando houver dreno (porto-vac);
• Manter a paciente em posição semi-fowler;
• Manter o braço do lado operado levemente e apoiado, para facilitar a
drenagem linfática;
• Observar sinais de cianose de extremidades no braço do lado operado;
• Realizar trocas de curativo, observando técnicas rigorosamente assépticas;
• Observar sinais de edema no local após a retirada do dreno;
• Utilizar o termo incisão ao referir-se a cicatriz, pois é menos agressivo;
• Incentivar o autocuidado e inicio dos exercícios o mais breve possível, com
especialista ( fisioterapeuta).

CIRURGIAS ORTOPEDICAS
Amputação: remoção de uma extremidade em geral devido a doença
vascular periférica, ou traumatismo.

Fixação externa: pela transfixação óssea em varias alturas com fios de


Kirschner tensionados onde ocorre a intercepção de dois ou mais fios no eixo axial do
osso.
Fraturas:
A fratura é a ruptura dos ossos, ou seja, quando acontece uma perda da
continuidade óssea. Após um traumatismo, o osso se divide em dois ou mais fragmentos.
Há vários tipos de fratura, as que melhoram antes de serem diagnosticada e as que
precisam de emergência médica.

Classificação das fraturas quanto ao ferimento: Fechada


(simples): a pele não foi perfurada pelas extremidades ósseas.
Aberta (exposta): o osso se quebra, atravessando a pele, ou existe uma ferida associada
que se estende desde o osso fraturado até a pele. A fratura exposta é a mais perigosa.
Quando a fratura exposta não é bem tratada pode provocar uma infecção.

Sinais e sintomas de fraturas


• Dor: geralmente o local da fratura está muito sensível, a vítima pode
relatar mal-estar intenso.

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• Edema: inchaço provocado pelo aumento de líquido entre os tecidos.
• Deformidade: a fratura produz uma posição anormal ou angulação num
local que não possui articulação.
• Impotência funcional: a lesão impede ou dificulta os movimentos, devido
à dor e à alteração musculo - esquelética.
• A vítima geralmente protege o local fraturado.
Luxação: é um termo que descreve uma lesão onde as extremidades ósseas que
formam uma articulação ficam deslocadas. Em outras palavras: luxação é o desencaixe
de um osso da articulação.

Substituição total de quadril: em geral por um componente femoral


metálico coberto por bolsa esférica encaixada dentro de uma cavidade acetabular
plástica.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PRÉ-OPERATÓRIO


• Se fratura exposta, realizar cuidados para diminuir infecção poderia contribuir
para o surgimento de osteomielite após cirúrgica.
• Preparar o paciente para as rotinas pré-operatórias: tosse e respiração
profunda, checagem freqüente dos sinais vitais.
• Pedir ao paciente que pratique como urinar na comadre ou no compadre na
posição de decúbito dorsal, antes da cirurgia.
• Familiarizar o paciente com o aparelho de tração e a necessidade de uma tala
ou um aparelho gessado, conforme indicado pelo tipo de cirurgia.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM AMPUTAÇÃO:


• Monitorar sinais vitais ( R, T, P, PA) e anotar;
• Atentar ao quanto choque e hemorragia;
• Realizar troca do curativo no coto dos MMIIs;
• Anotar sinais de infecção;
• Realizar balanço hídrico;
• Oferecer dieta CPM;
• Estimular ingesta hídrica;
• Estimular deambulação com auxilio de muleta com supervisão, após liberação
medica;
• Orientar para não sair do leito sozinho.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM FIXAÇÃO EXTERNA COM


FIXADOR DE ILIZAROV (fios de Kirschener):
• Realizar os cuidados gerais;
• Estimular ingesta hídrica;
• Manter vigilância constante sobre a pele, principalmente em locais de risco,
como: cotovelos, quadril, região coccígea, calcanhar, outros locais que possam estar
sendo usados como apoio.
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• Oferecer condições adequadas ( leito com trapézio);
• Realizar troca do curativo;
• Estimular exercícios ativos e passivos;
• Auxiliar e estimular na deambulação;
• Realizar banho de leito, nos primeiros dias de PO;
• Supervisionar e/ ou auxiliar no banho de chuveiro, logo que permitido.
• Monitorar e comunicar sinais e sintomas de embolia como: taquipneia, dispnéia,
relato de dor repentina no peito, taquisfigmia, hipertermia, agitação e confusão
mental.
• Verificar e anotar sinais e sintomas de neurovascular como: dormência ou
formigamento, pulsos podálicos diminuídos ou ausentes, tempo de enchimento
capilar excedente de três segundos, pele fria e palidez, cianose, incapacidade de
flexionar ou estender a extremidade.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM SUBSTITUIÇÃO TOTAL DE


QUADRIL:

• Monitorar sinais vitais ( R, T, P, PA) e anotar;


• Atentar ao quanto choque e hemorragia;
• Verificar no prontuário medicação (analgésico) para dor e administra, caso não
estiver prescrito comunicar o medico a situação, da dor intensa (forte) e constante;
• Realizar mudança de decúbito dentro das limitações;
• Observar e comunicar sinais de comprometimento neurovascular no membro
afetado: palidez, pele fria, cianose, edema, dor profunda, parestesia, incapacidade
de movimentar o pe e os artelhos, ausência de pulso.
• Manter cuidados para evitar a luxação da prótese:
• manter posição prescrita,
• utilizar tala abdutora ou travesseiros,
• evitar flexões aguda do quadril ( cabeceira mais de 45º),
• não cruzar as pernas.
• Observar e comunicar imediatamente sinais de luxação como:
• Extremidade mais curta,
• rotação interna ou externa,
• dor intensa no quadril,
• Incapacidade de movimentar a extremidade afetada.
• Monitorar e comunicar sinais de infecção FO;
• Encorajar e auxiliar nos exercícios ensinados pelo medico, ou fisioterapeuta;
• Orientar para que o paciente não saia do leito sozinho, logo que liberado;

CUIDADOS COM SONDAS E DRENOS NO CENTRO CIRURGICO:

DRENOS

São usados em cirurgia com objetivo de drenar líquido acumulados em


55
cavidades, tais como: sangue, suco pancreático, plasma, exsudatos diversos.
A drenagem evita o espaço morto com acúmulo de secreções e a presença de
processo infeccioso.
Deve ser retirado, gradualmente, alguns centímetros de cada vez, assim que
termina sua função, ou seja, cesse a drenagem.
Os mais usados são:
• Dreno flexível de penrose;
• Cateteres de borracha e polivinil flexível;
• Sondas fendidas;
• Drenos de cigarrete de vários calibres;
• Dreno de Kher ou em T.
SONDAS
São usadas tanto em clinica medica como em cirúrgica com objetivo de:
• Esvaziar cavidade
• Lavagens
• Alimentação
• Hemostasia.

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REFERENCIA

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