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A doutrina entende diferentes acepções do conceito de
inteligência: como produto, sendo o resultado do processo
de produção do conhecimento; como organização,
representada pelos serviços secretos estatais e como
atividade, como processo de obtenção, análise e
disseminação do conhecimento.
Com base nessas informações, responda certo ou errado.
01 – A legislação brasileira adota como conceito de
inteligência a acepção de atividade.
02 – Inteligência é a informação trabalhada e voltada para
as necessidades do tomador de decisão.
03 – A ABIN trabalha como órgão de assessoramento
estratégico dos Poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário.
04 – Contrainteligência é a atividade que previne, detecta,
obstrui e neutraliza a inteligência adversa e ações de
qualquer natureza que constituam ameaça à salvaguarda
de dados, informações e conhecimentos de interesse da
segurança da sociedade e do estado, mas não da
infraestrutura que os retenham ou em que essas
informações transitem.
05 – O Departamento de Integração do Sistema Brasileiro
de Inteligência não mais existe, tendo sido substituído
pela Assessoria Executiva do SISBIN.
06 – À ABIN compete realizar o acompanhamento de
assuntos pertinentes ao terrorismo e às ações destinadas a
sua prevenção e neutralização e intercambiar subsídios
para avaliação de risco de ameaça terrorismo.
07 – À ABIN compete coordenar as atividades de
inteligência federal.
08 – À ABIN compete planejar e executar ações, inclusive
sigilosas, relativas à obtenção e análise de dados para
produção de conhecimentos destinados a assessorar o
Presidente da República.
09 – Compete ao Gabinete de Segurança Institucional
planejar, executar, coordenar, supervisionar e controlar as
atividades de inteligência no País.
10 – Compete ao Gabinete de Segurança Institucional
promover o desenvolvimento de recursos humanos e a
doutrina de inteligência, e realizar estudos e pesquisas
para o aprimoramento da atividade de inteligência.
11 – A Política Nacional de Inteligência é fixada pelo
Presidente da República, sua execução é a cargo da
ABIN, a supervisão cabe à Câmara de Relações
Exteriores e Defesa Nacional do Congresso Nacional e
antes da fixação pelo Presidente, deve ser submetida ao
exame e sugestões da Comissão de Controle das
Atividades de Inteligência da Presidência da República.
12 – A elaboração e edição do Regimento Interno da
ABIN compete ao seu Diretor Geral, que o submeterá à
aprovação do Presidente da República.
13 – Embora haja um aparente conflito de princípios
constitucionais, não há ilegalidade quanto à divulgação
das informações da ABIN em extrato, que independerão
se forem ostensivos ou sigilosos.
14 – As despesas decorrentes da atividade de inteligência
correrão à conta de dotações orçamentárias do Ministério
da Justiça.
15 – O controle interno da ABIN cabe à Secretaria de
Controle Interno da Presidência da República.
16 – O controle externo da ABIN cabe à Comissão de
Controle das Atividades de Inteligência do Senado,
composta pelo líder da maioria, líder da minoria e quatro
deputados titulares e quatro suplentes escolhidos por
votação em plenário.
17 – A Comissão de Relações Exteriores e Defesa
Nacional do Conselho de Governo, órgão do Executivo,
não se confunde com as Comissões de Relações
Exteriores e Defesa Nacional da Câmara e do Senado, do
Congresso Nacional.
18 – São fundamentos do Sistema Brasileiro de
Inteligência: preservação da soberania nacional,
dignidade da pessoa humana e defesa do Estado
Democrático de Direito.
19 – Os órgãos e entidades que compõem ou que possam
vir a compor o SISBIN serão regulados por lei ordinária
do Congresso Nacional, vedada sua delegação.
20 – Não é necessária autorização do órgão do controle
externo da atividade inteligência quando do ajuste e
convênios entre entes federados para composição do
SISBIN, embora o referido órgão deva ser ouvido.
21 – Os órgãos e entidades que compõem o SISBIN ficam
hierarquicamente subordinados à ABIN no que diz
respeito à atividade de inteligência.
22 – O órgão central do SISBIN é a Assessoria Executiva
da ABIN, que coordena a articulação do fluxo de dados e
informações entre os diversos órgãos que o compõem.
Marque Certo ou Errado quanto às atribuições e
características do Conselho Consultivo do SISBIN.
23 – Autorizar a entrada de novos parceiros públicos
mediante convênios entre entes da federação.
24 – Emitir pareceres sobre a execução da PNI.
25 – Estão entre seus componentes a SENASP, o DPF e
o DPRF, do Ministério da Justiça.
26 – O Conselho de Controle das Atividades Financeiras,
do Ministério da Fazenda, é um de seus integrantes.
27 – Não há órgãos militares dentre os seus componentes.
28 – É presidido pelo Diretor Geral da ABIN.
29 – Aos seus membros, serão concedidas credenciais em
grau “ultrassecreto”.
30 – Por questões de segurança, as reuniões do conselho
não podem ser realizadas fora da sede da ABIN.
31 – A participação no Conselho é considerada serviço de
natureza relevante para a Nação e não será remunerada.
32 – Somente o presidente do Conselho pode convidar
cidadãos de notório saber sobre os assuntos em pauta.
33 – Os demais membros do Conselho somente podem
convidar representantes de outros órgãos e entidades, na
qualidade de observadores e assessores.
34 – O quórum de presença da reunião é a maioria dos
membros.
35 – A ABIN não tem competência sobre a inteligência
operacional de planejamento e condução de campanhas e
operações militares das Forças Armadas.
8905
36 – A ABIN é o órgão central do SISBIN e integrante do
Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da
República.
37 – O Diretor Geral da ABIN é escolhido pelo Presidente
da República e depende de aprovação do Senado, dentre
os integrantes da carreira de inteligência.
38 – O Diretor Adjunto, cargo em comissão da ABIN, é
indicado pelo Diretor Geral e nomeado pelo Presidente da
República, dispensada aprovação pelo Senado.
39 – São órgãos de assistência direta e imediata do Diretor
Geral da ABIN: Gabinete, Corregedoria, Secretaria de
Planejamento e Gestão, bem com as seguintes
assessorias: Relações Institucionais, Relações
Internacionais, Jurídica e Assessoria Executiva.
40 – A Assessoria de Relações Institucionais e
Comunicação Social da ABIN exerce vínculo direto do
órgão com o Poder Legislativo federal.
41 – A Assessoria Jurídica da ABIN é órgão setorial da
AGU.
42 – A Assessoria Executiva da ABIN tem como missão
promover a integração dos diversos órgãos do SISBIN,
intercambiar informações entre eles além de promover
apoio técnico ao Conselho Consultivo do SISBIN.
43 – A Secretaria de Planejamento e Gestão é responsável
pelas atividades operacionais de inteligência na ABIN.
44 – Para cumprir sua missão, a Secretaria de
Planejamento e Gestão conta com diversos órgãos
subordinados a ela diretamente.
45 – O Presidente da República delegou a competência de
aprovar o Regimento Interno da ABIN ao seu Diretor
Geral.
46 – Os Departamentos de Inteligência Estratégica, de
Contrainteligência, de Contraterrorismo e Ilícitos
Transnacionais e Operações de Inteligência são os órgãos
da ABIN diretamente envolvidos em sua atividade fim.
47 – O Departamento de Inteligência estratégica é
responsável pelas operações de contrainteligência.
11776
48 – A principal diferença entre as competências de
oficial de inteligência e oficial técnico de inteligência é
que para aqueles, as atividades são principalmente de
suporte e apoio logístico.
49 – A carga horária padrão da ABIN é de 40 horas
semanais. Para os casos de turnos de revezamento ou
regimes de plantão, a carga horária será de 160 horas
mensais.
50 – É exigida dedicação exclusiva também do oficial
técnico de Inteligência.
51 – O exercício de magistério pelos cargos operacionais
da ABIN deve obedecer aos seguintes requisitos:
compatibilidade de horários, ausência de conflitos de
interesse e autorização específica do Diretor Geral.
52 – A lei 11.776 prevê possibilidade de designação para
adidos de inteligência no exterior somente para os cargos
de oficial de inteligência e agente de inteligência.
53 – Os requisitos de escolaridade para os cargos da
ABIN devem ser comprovados na data da posse.
54 – Os atos normativos de regulação do concurso público
para provimento de cargos da ABIN são editados pelo
Ministro chefe do GSI.
55 – É exigido interstício mínimo de 18 meses para
progressão funcional nos cargos da ABIN.
56 – Situação Hipotética: João realizou um curso de
aperfeiçoamento profissional junto ao serviço de
inteligência britânico que durou 9 meses, com ônus para
o governo brasileiro. Assertiva: logo após o curso, caso
queira deixar os quadros da ABIN, para não pagar
indenização ao erário, João deverá esperar o prazo de 18
meses.
57 – Para os cursos realizados na Escola Nacional de
Inteligência em Brasília, não é exigido interstício mínimo
após o curso para que o servidor deixe os quadros da
ABIN.
58 – Os cargos de oficial de inteligência e agente de
inteligência são remunerados por subsídio, logo não há o
que falar sobre valores a serem recebidos por serviço
extraordinário, adicional noturno ou atividades penosas,
perigosas ou insalubres, muito embora seja possível o
recebimento pecuniário de gratificação por exercício de
função de direção, chefia ou assessoramento.
59 – Servidores da ABIN não podem ser cedidos a cargos
de natureza especial.
Política Nacional de Inteligência
60 – O objetivo da PNI é estabelecer limites e parâmetros
de atuação da atividade de inteligência e seus executores.
61 - A PNI é fixada pelo Presidente da República após
exame e sugestões do órgão de controle externo da
atividade de inteligência.
62 – Segundo a PNI, há maior disponibilidade de
informações acerca de temas de interesse, exigindo dos
órgãos de inteligência atuação concorrente e competitiva,
bem como a produção de análises com maior valor
agregado.
63 - A crescente interdependência dos processos
produtivos e dos sistemas de controle da tecnologia da
informação e comunicações desperta preocupação quanto
à segurança do Estado e da sociedade, em decorrência da
vulnerabilidade a ataques eletrônicos, ensejando atenção
permanente da Inteligência em sua proteção.
64 – Há no cenário atual com crescente preocupação por
parte do governo brasileiro com temas relacionados com
espionagem, propaganda adversa, desinformação,
sabotagem e cooptação.
65 – A crescente complexidade das relações entre Estados
define o ambiente onde atua a inteligência, devendo o
foco dessa atividade se dar cada vez mais em seu aspecto
repressivo, de forma a atuar contra ameaças como o
terrorismo e o narcotráfico.
66 – Nenhum dos problemas transnacionais relacionados
à atividade de inteligência pode ser evitado ou enfrentado
sem a efetiva cooperação internacional.
67 – O ambiente internacional atual caracteriza-se pelo
multilateralismo convergente em temas econômicos e de
segurança, de forma a buscar o crescimento uniforme em
conjunto da comunidade internacional.
68 – Apesar de complexo o ambiente internacional, há
clara distinção entre ameaças internas e externas, sendo
possível a análise de cada uma delas em separado.
69 – A PNI deve estar em perfeita sintonia com a política
externa brasileira, e com os interesses estratégicos
definidos na Política Nacional de Defesa e na Estratégia
Nacional de Defesa.
São onze as ameaças definidas pela PNI à segurança da
sociedade e do Estado. Coloque Certo ou Errado nas
assertivas seguintes sobre essas ameaças.
70 – Bens de uso dual e tecnologia sensível são
diretamente relacionadas à indústria química, biológica e
nuclear. Organizações criminosas normalmente utilizam-
se de empresas “fantoches” para sua operação oculta.
71 – Ações contrárias à soberania nacional atentam contra
o pacto federativo, pluralismo político, a dignidade da
pessoa humana, o meio ambiente e infraestruturas críticas
do país, enquanto ações contrárias ao estado democrático
de direito atentam contra a autodeterminação, não
ingerência nos assuntos internos e respeito à Constituição
e às leis.
72 – A sabotagem é considerada somente aquela realizada
com efeitos físicos permanentes sobre instalações de
infraestruturas sensíveis necessárias à segurança e ao bem
estar da população.
73 – Crimes transnacionais e terrorismo são ameaças
previstas na PNI.
74 – Corrupção, narcotráfico e armas de destruição em
massa são ameaças previstas na PNI.
75 – Corrupção e ataques cibernéticos são ameaças
previstas na PNI.
76 – Interferência externa é tida pela PNI como ameaça e
é definida como a atuação deliberada de agentes e
organizações na condução de interesses privados em
detrimento de interesses públicos.
77 – Criminalidade organizada é uma ameaça prevista na
PNI.
78 – A espionagem é realizada apenas por estados
estrangeiros, diretamente relacionada à captura de
informações privilegiadas.
79 – O Brasil é signatário de todos os instrumentos de
combate ao terrorismo.
80 – São pressupostos fundamentais da atividade de
inteligência: obediência à CF e às leis, atividade
abrangente, especializada, permanente, de Estado, com
assessoramento oportuno e conduta ética.
6634 – Faixa de Fronteira
81 – Faixa de fronteira é faixa de até 150km de largura ao
longo das fronteiras terrestres, fundamental para a defesa
nacional.
82 – O Conselho de Defesa Nacional é órgão consultivo
da presidência nos assuntos de soberania e defesa
nacional, dele participando: Presidente e vice, Presidentes
do Senado e da Câmara, Ministros da Justiça,
Planejamento, Relações Exteriores e Defesa, além dos
comandantes das forças armadas.
83 – A opinião do CDN é vinculante sobre estado de sítio,
defesa e intervenção federal e não vinculante sobre
assuntos declaração de guerra e celebração da paz.
84 – O Gabinete de Segurança Institucional é o órgão que
exerce a função de secretaria executiva do CDN sobre
regulação e uso de áreas indispensáveis à segurança
nacional, em especial a faixa de fronteira.
Acerca das assertivas seguintes, marque certo ou errado
para aquelas atividades que dependerão ou não de
assentimento prévio do CDN quando da sua instalação,
construção ou funcionamento na faixa de fronteira
85 – Construção de fábricas e indústrias de bens de
capital.
86 – Construção de pontes, estradas internacionais e
campos de pouso.
87 – Abertura de estandes de tiro e lojas que
comercializem armas de fogo.
88 – Instalação de meios de comunicação de radiodifusão
e alienação ou concessão de terras públicas.
89 – Instalação de empresas que se dediquem à
colonização e loteamento rurais.
90 – Transações que envolvam a compra ou domínio de
imóvel rural por estrangeiro ou brasileiro naturalizado.
Sobre recurso de decisão denegatória do CDN, marque
certo ou errado.
91 – O prazo para interposição do recurso é de 90 dias.
92 – A competência para decisão em grau de recurso é do
presidente da república.
93 – O recurso é apresentado ao GSI, que disporá de 60
dias para encaminhá-lo.
94 – Caso algum ato que dependa de autorização for
praticado, este será nulo de pleno direito com imposição
e multa de 20% sobre o valor declarado do negócio.
95 – É proibida a alienação ou concessão de terras
públicas na faixa de fronteira superiores a 2000 hectares.
96 – A empresa exploradora de radiodifusão na faixa de
fronteira deve ter o capital social 100% nacional, seja de
brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 anos.
97 – Além de autorização especial, a empresa de
radiodifusão na faixa de fronteira deve ter, pelo menos,
2/3 de seus funcionários brasileiros e a responsabilidade
intelectual pelo conteúdo produzido também deve ser
necessariamente de brasileiro nato.
Empresas de pesquisa, lavra e exploração de recursos
minerais na faixa de fronteira dependem de autorização
especial para exercerem suas funções. Marque certo ou
errado para os demais requisitos exigidos dessas
empresas.
98 – A maioria dos seus funcionários deve ser composta
por brasileiros.
99 – Pelo menos 75% do capital social da empresa deverá
pertencer a brasileiros natos ou naturalizados há mais de
10 anos.
100 – Não é necessária que a administração da empresa
seja exercida por brasileiros natos ou naturalizados há
mais de 10 anos.
101 – Qualquer transação envolvendo imóvel rural ou
urbano na faixa de fronteira quando o adquirente for
estrangeiro não residente no Brasil ou pessoa jurídica com
sede no exterior deve ter assentimento prévio do CDN.
Estratégia Nacional de Inteligência
102 – A ENINT decorre do PNI e serve de base para o
Plano Nacional de Inteligência.
103 – A ABIN possui 5 formas de controle: o hierárquico
próprio, exercido pelo seu titular; o orçamentário,
exercido pelo TCU; o político executivo, exercido pela
Câmara de Relações Exteriores e Defesa Nacional do
Conselho de Governo; o interno, exercido pela CISET/PR
e o externo, exercido pela CCAI no Congresso Nacional.
104 – A ENINT é um documento rígido e inflexível, que
exige estrita observância de seus mandamentos no curto,
médio e longo prazos.
105 – Atualmente, a missão do SISBIN é: “desenvolver a
atividade de inteligência, de forma integrada, para
promover e defender os interesses do estado e da
sociedade brasileira”.
106 – Os valores básicos considerados pilares na visão do
SISBIN são a Excelência e a Integração.
107 – Os princípios éticos prescritos na ENINT para o
SISBIN são: respeito, discrição, senso crítico,
cooperação, imparcialidade e excelência.
108 – Os ataques cibernéticos desferidos no mundo
contemporâneo têm propósito preponderantemente
militar.
109 – Pode-se afirmar que atualmente há um padrão de
comportamento internacional em âmbito estratégico,
utilizando-se dos mesmos meios e mesmos alvos, com
finalidades semelhantes e cujas respostas podem ser
aprendidas e internalizadas pelos órgãos de Inteligência
em pouco tempo.
110 – A atividade inteligência deve ter um caráter
transcendental de atuação, não se restringindo à atuação
de defesa ou militar, sendo necessário que colabore com
as tomadas de decisão em nível estratégico em assuntos
internos relevantes, como a evolução da criminalidade,
projeção de comércio e atividades econômicas assim
como em questões ambientais, relacionadas
desenvolvimento sustentável e equilibrado.
111 – Conforme a ENINT, as oportunidades representam
potencial capacidade de posicionar o país em outro
patamar de competitividade. São eles: inserção no cenário
internacional, cooperação internacional,
desenvolvimento científico e tecnológico, inteligência
cibernética e consolidação da rede logística e de
infraestrutura nacional.
São quatro os eixos estruturantes da Estratégia
Nacional de Inteligência:
1. Atuação em rede;
2. Tecnologia e Capacitação;
3. Projeção Internacional;
4. Segurança da sociedade e do Estado.
Com base nesses parâmetros, marque certo ou errado
quanto à correlação entre esses eixos e os respectivos
desafios.
112 – Eixo: Atuação em rede. Desafio: Intensificação no
tratamento de grandes quantidades de dados, usando
tecnologias como Big Data e Analytics.
113 – Eixo: Projeção Internacional. Desafio: Combate à
corrupção, terrorismo, ilícitos transnacionais e
criminalidade organizada.
114 – Eixo: Tecnologia e Capacitação. Desafio: Maior
uso das tecnologias de ponta, especialmente cibernéticas.
115 – Eixo: Segurança da Sociedade e do Estado.
Desafio: Aprimoramento da legislação de inteligência.
116 – Eixo: Atuação em rede. Desafio: Ampliação e
aperfeiçoamento da capacitação profissional dos agentes
de inteligência.
117 – Eixo: Projeção Internacional. Desafio:
Fortalecimento do país no cenário internacional.
ao
118 – Eixo: Segurança da Sociedade e do Estado.
Desafio: ampliação da internacionalização da atividade
de inteligência brasileira.
119 – Eixo: Tecnologia e Capacitação. Desafio:
Fortalecimento da atuação integrada e coordenada da
atividade de inteligência.
120 – Eixo: Atuação em rede. Desafio: Fortalecimento da
cultura de proteção do conhecimento e proteção do sigilo.
121 – Eixo: Segurança da sociedade e do Estado. Desafio:
Monitoramento e enfrentamento eficaz de ações adversas
contra os interesses nacionais.
122 – É evidente a transversalidade entre eixos
estruturantes, desafios e objetivos estratégicos, não
devendo nenhum deles ser analisado de maneira isolada,
havendo uma interconexão entre os diversos segmentos.
123 – A ENINT estabelece orientações que devem ser
seguidas por ocasião dos seus objetivos estratégicos, a fim
de se elaborar o Plano Nacional de Inteligência.
124 – A elaboração do Plano Nacional de Inteligência
caberá à ABIN sob supervisão da Câmara de Relações
Exteriores e Defesa Nacional do Conselho de Governo.
125 – Os objetivos estratégicos na ENINT possuem uma
projeção temporal indefinida.
Nova lei de migração
126 – O residente fronteiriço pode ser um apátrida.
127 – O Brasil rege-se pelo princípio da não
criminalização da migração.
128 – Em casos excepcionais, são permitidas as
deportações e expulsões coletivas.
129 – Visto é o documento que dá direito de ingresso de
estrangeiro em território nacional.
130 – Autorização de retorno, carteira de identidade do
marítimo e o mero documento civil, quando admitido em
tratado, são documentos de viagem.
131 – Não será concedido visto a quem não preencher os
requisitos exigidos, ao menor de 18 anos viajando
desacompanhado ou sem autorização e àquele que
comprovadamente ocultar condição impeditiva de
ingresso em território nacional.
132 – O visto de visita será concedido para estadas de
curta duração, tais como turismo, negócios ou atividades
artísticas ou desportivas.
133 – O beneficiário de visto de visita poderá exercer
atividade remunerada no país, desde que dentro do
período que informar de estada no território nacional.
134 – Ao passageiro em trânsito ou escala em território
nacional não será exigido visto, não subsistindo mais esse
tipo específico de visto.
135 – O visto temporário é destinado ao imigrante, e não
ao visitante, em estada de duração determinada no
território nacional, enquadrado em uma das hipóteses
previstas em lei.
136 - O visto temporário para acolhida humanitária
poderá ser concedido ao apátrida ou ao nacional de
qualquer país em situação de grave ou iminente
instabilidade institucional, de conflito armado, de
calamidade de grande proporção, de desastre ambiental
ou de grave violação de direitos humanos ou de direito
internacional humanitário, ou em outras hipóteses, na
forma de regulamento.
137 – O refúgio não se confunde com a acolhida
humanitária, por pressupor algum tipo de perseguição.
138 - Os vistos diplomático e oficial poderão ser
transformados em autorização de residência, o que
garantirá a manutenção de todas as prerrogativas,
privilégios e imunidades.
139 – Não poderá ser concedida a autorização de
residência ao residente fronteiriço.
140 – Não poderá ser concedida a autorização de
residência ao imigrante em situação irregular.
141 - A posse ou a propriedade de bem no Brasil não
confere o direito de obter visto ou autorização de
residência em território nacional.
142 - Não se concederá a autorização de residência a
pessoa condenada criminalmente no Brasil ou no exterior
por sentença transitada em julgado, desde que a conduta
esteja tipificada na legislação penal brasileira, ressalvados
os casos em que a conduta caracterize infração de menor
potencial ofensivo ou a pessoa se enquadre nas hipóteses
previstas em lei.
143 – Concessão de asilo político é ato discricionário do
Estado, cabendo ao Estado asilante decidir se o crime em
questão foi político ou não. Já a concessão de refúgio é
obrigatória se preenchidos os requisitos legais.
144 – Segundo o STF, há incompatibilidade entre o asilo
político e a extradição passiva.
145 – Dadas as circunstâncias, poderá ser concedido asilo
político ao indivíduo que esteja sendo processo pelo
Tribunal Penal Internacional.
146 – A saída do país sem prévia comunicação do asilado
implica renúncia ao asilo.
147 – Somente pode ser concedido o refúgio ao imigrante
que tenha entrado regularmente no País.
148 – Aos membros da família do refugiado, que se
encontrem ou não em território nacional, não é concedido
refúgio automático, devendo haver um processos
individual para cada um.
149 – O Brasil adota o princípio do non-refoulement.
150 – O reconhecimento de refúgio não obsta pedido de
extradição.
151 – A constituição federal prevê quatro tipos de
naturalização: a ordinária, a extraordinária, a especial e a
provisória.
152 - Será concedida a naturalização ordinária àquele que
preencher as seguintes condições: ter capacidade civil,
segundo a lei brasileira; ter residência em território
nacional, pelo prazo mínimo de 4 anos; comunicar-se em
língua portuguesa, consideradas as condições do
naturalizando; e não possuir condenação penal ou estiver
reabilitado, nos termos da lei.
153 – Se o naturalizando tiver filho brasileiro ou houver
prestado serviço relevante para o país, o prazo de
residência mínima poderá ser reduzido.
154 – A naturalização extraordinária é
constitucionalmente prevista, ato vinculado do governo
brasileiro, possui status constitutivo, exigindo-se do
indivíduo tão somente 15 anos de residência no Brasil e
ausência de condenação penal, muito embora para sua
concessão, deva haver requerimento por parte do
naturalizando.
155 - A naturalização especial poderá ser concedida ao
estrangeiro que se encontre em uma das seguintes
situações: seja cônjuge ou companheiro, há mais de 5
anos, de integrante do Serviço Exterior Brasileiro em
atividade ou de pessoa a serviço do Estado brasileiro no
exterior; ou seja ou tenha sido empregado em missão
diplomática ou em repartição consular do Brasil por mais
de 10 anos ininterruptos.
156 - A naturalização provisória poderá ser concedida ao
migrante criança ou adolescente que tenha fixado
residência em território nacional antes de completar 12
anos de idade e deverá ser requerida por intermédio de seu
representante legal. A naturalização provisória será
convertida em definitiva se o naturalizando
expressamente assim o requerer no prazo de 1 ano após
atingir a maioridade.
157 - A naturalização somente produz efeitos após a
publicação no Diário Oficial do ato de naturalização.
158 - O naturalizado terá suspensa a sua nacionalidade em
razão de condenação transitada em julgado por atividade
nociva ao interesse nacional, nos termos do inciso I do §
4o do art. 12 da Constituição Federal, muito embora a
possível geração de situação de apatridia deva ser levada
em consideração.
159 - Todo emigrante que decida retornar ao Brasil com
ânimo de residência poderá introduzir no País, com
isenção de direitos de importação e de taxas aduaneiras,
os bens novos ou usados que um viajante, em
compatibilidade com as circunstâncias de sua viagem,
puder destinar para seu uso ou consumo pessoal e
profissional, sempre que, por sua quantidade, natureza ou
variedade, não permitam presumir importação ou
exportação com fins comerciais ou industriais.
160 - A repatriação consiste em medida judicial de
entrega de pessoa em situação de expulsão ou extradição
ao país de procedência ou de nacionalidade.
161 – Uma pessoa pode ser repatriada pelo cometimento
de crime culposo.
162 - A repatriação, a deportação e a expulsão serão feitas
para o país de nacionalidade ou de procedência do
migrante ou do visitante, ou para outro que o aceite, em
observância aos tratados dos quais o Brasil seja parte.
166 – Enquanto na deportação e na expulsão devem ser
garantidos os direitos à ampla defesa e contraditório, na
repatriação não há essa necessidade.
167 – Entende-se por deportação coletiva aquela que não
individualiza a situação migratória de cada pessoa, sendo
tipificada como crime contra a humanidade no Estatuto
de Roma.
168 – Um brasileiro nato que pratique crime contra a
humanidade não poderá ser entregue ao Tribunal Penal
Internacional, para lá ser processado e julgado.
169 – A expulsão é a penalidade de retirada compulsória
de migrante ou visitante do território nacional, conjugada
com o impedimento de reingresso por prazo determinado,
por ato contrário às leis nacionais ou internacionais.
170 – Ensejam a aplicação da expulsão: crime doloso
passível de pena restritiva de liberdade e os crimes
tipificados no Estatuto de Roma.
171 - O prazo de vigência da medida de impedimento
vinculada aos efeitos da expulsão será proporcional ao
prazo total da pena aplicada e será de, no mínimo, o dobro
de seu tempo.

163 – Não será aplicada a repatriação ao apátrida.

164 - A deportação é medida decorrente de procedimento

administrativo que consiste na retirada compulsória de
pessoa que se encontre em situação migratória irregular
em território nacional.

165 - A deportação comporta rompimento dos vínculos

jurídicos do estrangeiro em território nacional, cessando
todos os seus efeitos.
Considere a seguinte situação hipotética:
George Kambanda, angolano de nascimento, foi
identificado no Brasil, morando no interior da Bahia,
como um oficial do antigo exército de Ruanda,
responsável pelo genocídio de tutsis e hutus em 1994
próximo à fronteira norte com Uganda.
Levantamentos da ABIN findaram por um relatório
com as seguintes informações: George mora no Brasil
há 22 anos, mas não se naturalizou brasileiro, tem 64
anos de idade, é casado com uma brasileira, com quem
teve dois filhos, que estão vivos.
Munidos dessas informações, parlamentares da
Comissão de Direitos Humanos do Congresso nacional
solicitaram a imediata expulsão de Kambanda.
Ainda, o atual governo democrático de Ruanda, país
que Brasil não possui acordo de extradição, abriu
processo criminal contra George Kambanda e
solicitou a imediata prisão cautelar do coronel para
que não seja inviabilizada sua extradição, de forma
que ele possa ser julgado por crimes de guerra.
Com base nessa historinha e considerando totalmente
aplicável a Nova Lei de Migração (13.445/2017),
responda:
172 – George Kambanda não poderá ser expulso do Brasil
por possuir filhos brasileiros.
173 – Caso não tivesse filhos, ainda assim Kambanda não
poderia ser expulso por ser casado com uma brasileira.
174 – Mesmo se Kambanda não fosse casado nem tivesse
filhos, mesmo assim não poderia ser expulso por ter mais
de 60 anos de idade e residir no brasil há mais de 10 anos.
175 – Pelo princípio do non-refoulement, Kambanda não
poderá ser extraditado diretamente para Ruanda, visto que
lá será tratado como um prisioneiro político.
176 – George Kambanda não poderá ser extraditado do
Brasil por possuir filhos Brasileiros.
177 – George Kambanda não poderá ser extraditado para
Ruanda, visto que este país não possui acordo de
extradição com o Brasil.
178 – Caso George Kambanda tivesse se naturalizado
brasileiro, não seria possível sua expulsão, uma vez que
esse procedimento é destinado apenas para estrangeiros.
179 – O STF não tem competência para apurar o mérito
da acusação se Kambanda praticou ou não crime de
guerra, proferindo decisão que versa tão somente se é
possível ou não a extradição, contra a qual não cabe
recurso.
180 – Não é possível a prisão cautelar de Kambanda,
instituto incompatível com a extradição.
181 – O governo de Angola, considerando a situação
grave e por se tratar de um angolano nato, também
solicitou a extradição de Kambanda. Nesse caso, caso seja
efetivada a extradição, o destino de Kambanda deverá ser
Angola, visto que é o seu país de nascimento.
182 – Apesar de toda essa situação e grande comoção
acerca do fato, o advogado de Kambanda rapidamente
encerrou todo o processo de extradição e manteve a
liberdade de seu cliente, visto que o crime, ainda que seja
de genocídio, está prescrito de acordo com a lei brasileira,
não havendo margem alguma para extradição.
183 – O advogado de Kambanda também poderia alegar
que não seria possível a extradição tendo em vista que o
Brasil é competente para processar e julgar crimes de
genocídio praticados no exterior, quando o agente for
brasileiro ou aqui domiciliado.
184 – Os argumentos do advogado não seriam suficientes
para impedir a entrega de Kambanda ao Tribunal Penal
Internacional.
Lei 12.846 – Anticorrupção
185 – Uma pessoa jurídica informal, apenas de fato, ainda
que tenha sido constituída apenas temporariamente pode
ser responsabilizada ante a lei 12.846.
186 – A lei 12.846 estabelece sanções penais para a
pessoa jurídica e seus diretores, administradores e sócios.
187 – Para que a pessoa jurídica seja responsabilizada, é
necessário que uma pessoa natural, autora, coautora ou
partícipe de ato ilícito também o seja.
188 - Nas hipóteses de fusão e incorporação, a
responsabilidade da sucessora será restrita à obrigação de
pagamento de multa e reparação integral do dano
causado, até o limite do patrimônio transferido, não lhe
sendo aplicáveis as demais sanções previstas nesta Lei
decorrentes de atos e fatos ocorridos antes da data da
fusão ou incorporação, exceto no caso de simulação ou
evidente intuito de fraude, devidamente comprovados.
189 - As sociedades controladoras, controladas, coligadas
ou, no âmbito do respectivo contrato, as consorciadas
serão solidariamente responsáveis pela prática dos atos
previstos nesta Lei, restringindo-se tal responsabilidade à
obrigação de pagamento de multa e reparação integral do
dano causado.
190 – A ONU, a OEA e o Mercosul são equiparados a
organização pública estrangeira, para fins de aplicação da
lei 12.846.
191 – São penalidades impostas às pessoas jurídicas de
acordo com a lei 12.846: multa, no valor de 0,1% a 20%
do faturamento bruto do último exercício anterior ao da
instauração do processo administrativo; publicação
extraordinária da decisão condenatória e obrigação de
reparar o dano ao erário integralmente.
192 - A publicação extraordinária da decisão
condenatória ocorrerá na forma de extrato de sentença, a
expensas da pessoa jurídica, em meios de comunicação de
grande circulação na área da prática da infração e de
atuação da pessoa jurídica ou, na sua falta, em publicação
de circulação nacional, bem como por meio de afixação
de edital, pelo prazo mínimo de 30 dias, no próprio
estabelecimento ou no local de exercício da atividade, de
modo visível ao público, mas não há necessidade de
publicação na rede mundial de computadores.
193 – São fatores capazes de influenciar na aplicação de
sanções: a existência de um sistema de “compliance” na
pessoa jurídica, a descoberta dos crimes por ela cometido
ter gerado grandes manifestações de rua pelo país e os
valores altíssimos dos contratos fraudados.
194 – Um processo administrativo de responsabilização
por fraudes no âmbito do SUS poderá ser iniciado, por
provocação ou de ofício, pelo Ministro da Saúde, por
pessoa por ele delegada, ou pela Controladoria Geral da
União.
195 – Compete à Advocacia Geral da União o processo
de responsabilização de pessoas jurídicas por atos
cometidos contra a Administração Pública Estrangeira.
196 – A comissão processante poderá requerer
diretamente ao juiz busca e apreensão bem como
quaisquer outros meios de prova.
197 - A personalidade jurídica poderá ser desconsiderada
sempre que utilizada com abuso do direito para facilitar,
encobrir ou dissimular a prática dos atos ilícitos ou para
provocar confusão patrimonial, sendo estendidos todos os
efeitos das sanções aplicadas à pessoa jurídica aos seus
administradores e sócios com poderes de administração,
observados o contraditório e a ampla defesa.
198 – A comissão processante poderá celebrar acordo de
leniência com as pessoas jurídicas responsáveis pela
prática dos atos previstos nesta Lei que colaborem
efetivamente com as investigações e o processo
administrativo, sendo que dessa colaboração resulte: a
identificação dos demais envolvidos na infração, quando
couber; ou a obtenção célere de informações e
documentos que comprovem o ilícito sob apuração.
199 - A celebração do acordo de leniência isentará a
pessoa jurídica da publicação extraordinária da sentença
condenatória e da proibição de receber incentivos,
subsídios, subvenções, doações ou empréstimos públicos;
bem como reduzirá em até 2/3 o valor da multa aplicável.
200 - Em caso de descumprimento do acordo de leniência,
a pessoa jurídica ficará impedida de celebrar novo acordo.
201 - A Controladoria-Geral da União é o órgão
competente para celebrar os acordos de leniência no
âmbito do Poder Executivo federal, bem como no caso de
atos lesivos praticados contra a administração pública
estrangeira.
202 – É possível, em virtude da aplicação da lei 12.846,
ocorrer a dissolução compulsória da pessoa jurídica
infratora, porém somente na esfera judicial, que somente
será determinada quando comprovado ter sido a
personalidade jurídica utilizada de forma habitual para
facilitar ou promover a prática de atos ilícitos; ou ter sido
constituída para ocultar ou dissimular interesses ilícitos
ou a identidade dos beneficiários dos atos praticados.
203 – O Cadastro Nacional das Empresas Punidas –
CNEP - dará publicidade às sanções aplicadas pelos
órgãos ou entidades somente do Poder Executivo federal
e Administração Indireta federal, devendo cada ente da
federação constituir cadastro próprio.
204 – A lei 12.846 não se aplica aos atos lesivos
praticados por pessoa jurídica brasileira contra a
administração pública estrangeira cometidos no exterior.
205 – É correto inferir que a lei 8.429 de improbidade
administrativa busca punir as pessoas naturais que
cometem atos ilícitos, enquanto a lei 12.846 busca punir
as pessoas jurídicas que cometem atos ilícitos.
206 – Em nenhuma hipótese, deixará de ser aplicada a
obrigação de reparação integral do dano.
207 - A celebração do acordo de leniência suspende o
prazo prescricional dos atos ilícitos previstos na referida
lei.
Resolução 1373 do Conselho de Segurança
208 – Segundo esse documento, qualquer ato de
terrorismo é uma ameaça à paz e à segurança
internacional.
209 – Segundo esse documento, todos os países devem
congelar, sem demora, fundos e outros ativos financeiros
ou recursos econômicos de pessoas que perpetram, ou
intentam perpetrar, atos terroristas, ou participam em ou
facilitam o cometimento desses atos. Devem também ser
congelados os ativos de entidades pertencentes ou
controladas, direta ou indiretamente, por essas pessoas,
bem como os ativos de pessoas e entidades atuando em
seu nome ou sob seu comando, inclusive fundos advindos
ou gerados por bens pertencentes ou controlados, direta
ou indiretamente, por tais pessoas e por seus sócios e
entidades.
210 – Todos os países devem, antes de conceder o status
de refugiado a qualquer indivíduo, assegurar que não seja
concedido a solicitante que tenha planejado, facilitado ou
participado da execução de atos terroristas;
211 – Todos os países devem tomar todas as medidas
necessárias para prevenir e reprimir o financiamento de
atos terroristas, ainda que não estejam de acordo com a
legislação internacional, com base na doutrina conhecida
como Direito Penal do Inimigo.
Convenção Internacional sobre a Supressão de
Atentados Terroristas com Bombas
212 – O Brasil internalizou integralmente a referida
convenção.
213 - Comete um delito no sentido desta Convenção
qualquer pessoa que ilícita e intencionalmente entrega,
coloca, lança ou detona um artefato explosivo ou outro
artefato mortífero em, dentro ou contra um logradouro
público, uma instalação estatal ou governamental, um
sistema de transporte público ou uma instalação de
infraestrutura com a intenção de causar morte ou grave
lesão corporal ou com a intenção de causar destruição
significativa desse lugar, instalação ou rede que ocasione
ou possa ocasionar um grande prejuízo econômico, muito
embora a sua tentativa não seja considerada um delito.
214 – Também é considerado delito o financiamento e
apoio internacional a qualquer outro dos delitos previstos
na Convenção, ainda que a pessoa natural ou jurídica não
saiba do destino ilícito de ativos, valores e recursos.
215 – Nos termos da Convenção, não basta que cada
estado parte tipifique delitos que usem artefatos
explosivos, e sim que as penas cominadas devam ser
adequadas, levando em consideração a gravidade de sua
natureza.
216 – A Convenção exclui a jurisdição penal estabelecida
no direito interno de cada estado parte.
217 – Um terrorista em qualquer estado, quando preso ou
levado a interrogatório, terá direito a ser assistido por
representante do seu estado de origem.
218 – Um estado parte que não extradite nenhuma pessoa
a país com o qual não possua acordo de extradição,
respeitada a legislação interna, poderá utilizar a
Convenção como base jurídica para concessão da
extradição.
219 - Para o propósito da extradição ou da assistência
jurídica recíproca, nenhum dos delitos enunciados na
Convenção será considerado delito político, nem delito
conexo a um delito político, nem tampouco delito
inspirado em motivos políticos.
220 - Toda pessoa que estiver detida ou a respeito da qual
se adote qualquer medida ou procedimento com base
nesta Convenção terá a garantia de tratamento justo,
inclusive o usufruto de todos os direitos e garantias de
conformidade com a lei do Estado em cujo território
estiver, e os dispositivos aplicáveis do direito
internacional, inclusive o direito internacional em matéria
de direitos humanos.
221 – A Convenção autoriza um estado parte a exercer
sua jurisdição em outro quando houver vítimas nacionais
daquele estado ou dano a seu patrimônio.
222 – A Convenção é aberta somente aos estados que
corram grave e iminente risco de atentados terroristas em
seu território ou tenham seus nacionais sob ameaça de
grupo internacional.
223 - Artefato explosivo ou outro artefato mortífero é
arma ou artefato explosivo ou incendiário, que tenha o
propósito ou a capacidade de causar morte, lesões
corporais graves ou danos materiais substanciais; ou pela
emissão, a propagação ou o impacto de produtos químicos
tóxicos, agentes ou toxinas biológicas ou substâncias
semelhantes, ou radiação ou material radioativo.
Convenção Internacional para Supressão do
Financiamento do Terrorismo
224 - O Brasil internalizou integralmente a referida
convenção.
225 – Para fins de tipificação, mesmo que os recursos
oferecidos não tenham sido efetivamente empregados em
ações terroristas, ainda assim o delito de financiamento
do terrorismo estará configurado.
226 – De maneira geral, um estado parte estabelece
jurisdição sobre delitos, podendo assim processá-los e
julgá-los, e não jurisdição de atuação em outros estados.
227 – A Convenção prevalece sobre o direito interno de
cada estado parte quanto ao confisco, congelamento e
apreensão de bens, valores e recursos usados no
financiamento de atos terroristas.
228 - Os estados partes não poderão recusar solicitações
de assistência mútua sob a alegação de sigilo bancário.
229 - Nenhum dos delitos a que se refere a Convenção
será considerado, para fins de extradição ou assistência
jurídica mútua, infração fiscal.
230 - Os Estados Partes não poderão trocar informações
por intermédio da Organização Internacional de Polícia
Criminal (INTERPOL), e sim somente por meio
diplomático.
Convenção Interamericana Contra o Terrorismo
231 - O Brasil internalizou integralmente a referida
convenção.
232 - Cada estado parte deverá estabelecer e manter uma
unidade de inteligência financeira que seja o centro
nacional para coleta, análise e divulgação de informações
relevantes sobre lavagem de dinheiro e financiamento do
terrorismo.
233 – Não é possível o confisco, congelamento e
apreensão de bens, valores e recursos usados no
financiamento de delitos internacionais que não sejam
cometidos no estado parte.
234 - Os estados partes, em conformidade com seus
respectivos regimes jurídicos e administrativos internos,
promoverão a cooperação e o intercâmbio de informações
com o objetivo de aperfeiçoar as medidas de controle
fronteiriço e aduaneiro para detectar e prevenir a
circulação internacional de terroristas e o tráfico de armas
ou outros materiais destinados a apoiar atividades
terroristas.
235 - Os estados partes prestar-se-ão mutuamente a mais
ampla e expedita assistência judiciária possível com
relação à prevenção, investigação e processo dos delitos
estabelecidos nos instrumentos internacionais e dos
processos a eles relativos, em conformidade com os
acordos internacionais aplicáveis em vigor. Na ausência
ou ante a não ratificação de tais acordos, não será possível
essa assistência.
236 - Os estados partes promoverão programas de
cooperação técnica e treinamento em nível nacional,
bilateral, sub-regional e regional e no âmbito da
Organização dos Estados Americanos, para fortalecer as
instituições nacionais encarregadas do cumprimento das
obrigações emanadas desta Convenção.
237 - Nada do disposto nesta Convenção facultará um
Estado Parte a exercer jurisdição no território de outro
Estado Parte nem a nele exercer funções reservadas
exclusivamente às autoridades desse outro Estado Parte
por seu direito interno.
238 - Qualquer Estado Parte poderá denunciar esta
Convenção mediante notificação escrita dirigida ao
Secretário-Geral da OEA. A denúncia surtirá efeito um
ano após a data em que a notificação tiver sido recebida.
 Bagarito

1 C 2 C 3 E 4 E 5 C
6 E 7 E 8 C 9 E 10 E
11 E 12 C 13 C 14 E 15 C
16 E 17 C 18 C 19 E 20 C
21 E 22 E 23 E 24 C 25 C
26 C 27 E 28 E 29 E 30 E
31 C 32 C 33 C 34 C 35 C
36 C 37 E 38 E 39 C 40 C
41 C 42 C 43 E 44 C 45 E
46 C 47 E 48 E 49 E 50 E
51 C 52 C 53 C 54 E 55 E
56 E 57 E 58 C 59 E 60 C
61 C 62 E 63 C 64 C 65 E
66 C 67 E 68 E 69 C 70 C
71 E 72 E 73 E 74 E 75 C
76 E 77 C 78 E 79 C 80 C
81 C 82 C 83 E 84 C 85 E
86 C 87 E 88 C 89 C 90 E
91 E 92 C 93 C 94 C 95 E
96 C 97 C 98 E 99 E 100 E
101 E 102 C 103 C 104 E 105 C
106 C 107 C 108 E 109 E 110 C
111 C 112 E 113 E 114 C 115 C
116 E 117 C 118 E 119 E 120 C
121 C 122 C 123 C 124 E 125 E
126 C 127 C 128 E 129 E 130 C
131 C 132 E 133 E 134 C 135 C
136 C 137 C 138 E 139 E 140 E
141 C 142 C 143 C 144 E 145 E
146 C 147 E 148 E 149 C 150 E
151 E 152 C 153 C 154 E 155 C
156 E 157 C 158 E 159 C 160 E
161 E 162 C 163 C 164 C 165 E
166 C 167 C 168 E 169 E 170 C
171 E 172 C 173 C 174 E 175 E
176 E 177 E 178 C 179 C 180 E
181 E 182 C 183 C 184 C 185 C
186 E 187 E 188 C 189 C 190 C
191 E 192 E 193 C 194 C 195 E
196 E 197 C 198 E 199 C 200 E
201 C 202 C 203 E 204 E 205 C
206 C 207 E 208 C 209 C 210 C
211 E 212 E 213 E 214 E 215 C
216 E 217 C 218 C 219 C 220 C
221 E 222 E 223 C 224 E 225 C
226 C 227 E 228 C 229 C 230 E
231 C 232 C 233 E 234 C 235 E
236 C 237 C 238 C