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A seguir, temos um resumo de um artigo com o mesmo título a ser publicado em breve.

Este resumo
foi apresentado como uma palestra on-line na sala Chama Trina, no Terra, em 07 / 10 / 2005. O
artigo, muito mais completo e rico em detalhes, substituirá este resumo.

A LINHAGEM SAGRADA
J. R. Araújo

INTRODUÇÃO

Heresia, se refere a uma doutrina destoante da oficialmente aceita. Não significa, necessariamente,
que esteja errada. Considerar que Vincente Pinzón visitou o Brasil antes de Pedro Álvares Cabral
constitui uma “heresia” à história do Brasil, embora esse seja um fato perfeitamente comprovado !

É bastante relativo considerar uma idéia ou doutrina como sendo herética.

Os ensinamentos de Jesus de Nazaré, por exemplo, constituíam-se uma verdadeira heresia ao


sistema religioso/social no ambiente judaico da Galiléia, durante o primeiro século d.C.

As idéias a seguir constituem uma heresia, por estarem em aberto conflito com a interpretação ou
posicionamento oficial sobre a história da vida e ensinamentos de Jesus de Nazaré, mas não se
revestem de meios ofensivos nem difamatórios, não sendo, portanto, blasfêmias. Muito pelo
contrário, procuram fortificar o conceito de santidade e enaltecer a figura espiritualmente elevada
do Mestre da Galiléia,

Ao final desta exposição, espero que os tópicos aqui abordados estejam, pelo menos, razoavelmente
entendidos, sem que isso importe, necessariamente, a concordância de todos.

DE REI A PASTOR

O Livro dos Reis, no Antigo Testamento, narra como o profeta Samuel ungiu a Saul, entronando-o
como rei de Israel, ao derramar sobre sua cabeça o óleo contido em um vaso. Saul foi, pois, ungido
rei por Samuel.
Rei Davi

Um jovem pastor de ovelhas, chamado Davi, conquistou a amizade do rei e, ao matar o gigante
Golias, tornou-se herói, conquistando a graça do rei e o respeito do povo. Davi cresceu em prestígio
e isso finalmente causou a inveja de Saul que tentou, inclusive, matá-lo mais de uma vez. Davi,
entretanto, manteve-se sempre fiel ao seu rei, Saul, o qual, mais tarde, reconheceu essa fidelidade.

Após a morte de Saul e seu filho Jônatas, Davi foi ungido rei de Judá em Hebron e algum tempo
depois, os anciãos de Israel ungiram-no rei de toda Israel. Davi permaneceu em Judá onde reinou
por sete anos e seis meses, indo depois para Jerusalém, onde reinou toda a Israel por mais trinta e
três anos. O reinado de Davi, não obstante ter ocorrido num período de muitas guerras, foi
próspero e muitas conquistas foram efetuadas. Davi foi sucedido por Salomão, seu filho.

O reinado de Salomão, como o do seu pai, foi muito próspero nas Finanças, Construções, Ciências e
Artes, Literatura, Agricultura, bem estar geral da população e o Império de Israel era unificado.

Templo de Salomão

Foi durante o reinado de Salomão que foi construído o magnífico Templo, no qual foi guardada a
Arca da Aliança. Nessa tarefa de construção, colaborou o rei de Tiro chamado Hiram e vieram
muitos artífices nas diferentes artes de construção liderados pelo artífice-mestre, Hiram Abiff,
vindo de Tiro, que reputava-se como sendo conhecedor de inúmeras artes, desde a Geometria,
conhecimento de como utilizar os blocos de pedra, madeiras diversas, e moldagem de pilares
usando-se bronze. Era conhecedor das ligas metálicas, dos mistérios da Natureza e toda sua ciência
era mergulhada em segredos.
Fez construir as duas magníficas colunas de bronze, Boaz e Jaquim, ricamente decoradas e
descritas no Terceiro Livro dos Reis.

Após a morte de Salomão, quando reunidos em Siquém, as tribos do norte solicitaram ao monarca
constituído, Roboão, filho de Salomão, que diminuísse a carga de tributos imposta pelo seu pai.
Roboão, não agindo com a devida prudência, insultou pesadamente aos membros das tribos do
norte, que se rebelaram contra ele e se apartaram das do sul, no que resultou nos reinos de Israel
(separados da Casa de Davi) e de Judá, sob o comando de Roboão.

Esta foi uma ruptura permanente, no que enfraqueceu o povo judeu. Em conseqüência, o Reino de
Israel foi destruído, após o reinado de Salomão, com a tomada de Judá e Jerusalém pelos assírios,
durante o sexto ano do reinado de Ezequias (como rei de Judá) e nono de Oséias como rei de Israel.

Alguns séculos depois, em 63 a.C, Pompeu investiu contra Jerusalém, conquistando-a por definitivo
e pondo um fim na Dinastia de Israel.

Em 37 a.C. Herodes Idumeu ocupou o trono de Israel, de forma ilegítima, com a colaboração dos
romanos. Reinou despoticamente, contra os interesses de seu povo até o ano 4 a.C. Nesse período,
houve uma enorme ascendência dos Fariseus na Judéia e em toda Israel, que davam total apoio a
Herodes que não passava de uma marionete nas mãos dos astutos romanos.

SITUAÇÃO DOS JUDEUS / Contexto histórico

O povo judeu era cativo, estava disperso e enfraquecido; submetidos a uma autoridade estrangeira
(não judaica) ou exilados em terras distantes, os judeus perdiam aos poucos contato com sua
própria tradição religiosa.

Havia, também, muita inconsistência interna, dentro do povo judeu, com muitas seitas ou doutrinas
extremas e concorrentes.

No cenário judaico havia os Fariseus, os Saduceus, os Essênios, os Zelotes e os Sicários, entre outros
grupos políticos de menor importância.

Como a monarquia judaica era eminentemente teocrática, baseada na Torah (cinco primeiros livros
do Antigo Testamento), esses grupos tinham interpretações diferentes sobre a Lei das Escrituras e
cada qual tinha conceitos e expectativas próprias de como seria e deveria agir o Messias prometido.

Era esse o contexto político, social e religioso que aguardava ansiosamente pela vinda desse
salvador, o Messias.

O MESSIAS ESPERADO

O que exatamente era o Messias ?


Segundo as expectativas dos judeus da época, o Messias deveria ser alguém que pudesse liderar seu
povo tornando-o livre da submissão e da humilhação de serem subordinados aos romanos, de serem
uma nação sem pátria.

Uma das funções do Messias seria a de restituir a genuína Dinastia de Davi, e isso apenas seria
possível com a ocupação do trono por parte de um descendente legítimo dessa dinastia.

É exatamente por essa razão que os Evangelhos mencionam a descendência de Davi até Jesus, como
uma comprovação da linhagem genuína de Jesus e da continuidade dessa linhagem.

Em outras palavras, a menção à genealogia de Jesus, nos Evangelhos, reflete a ênfase dada por seus
seguidores sobre a origem dinástica de seu mestre, numa tentativa de legitimá-lo como pretendente
ao trono, pois caso a missão de Jesus fosse apenas religiosa/espiritual, esse detalhe (menção a sua
descendência) não teria qualquer relevância.

O nascimento de um legítimo herdeiro do trono de Davi, foi um evento muito significativo,


atraindo a visita até de reis estrangeiros vindos do Oriente para homenagear a chegada do futuro
rei de uma nação importante, como Israel. Herodes estava consciente desse evento e tentou
persuadir aos três reis visitantes a informá-lo do lugar onde a criança estava. Eles entendendo a
intenção de Herodes, retornaram por outro caminho. Foi então que Herodes vendo-se enganado,
mandou que matassem todas os meninos com menos de dois anos na cidade de Belém, como está
narrado em Mateus, Capítulo 2.

A Linhagem de Iaohushus (Jesus)

Jesus, ao começar o seu ministério, tinha cerca de trinta anos; sendo (como se cuidava) filho de José, filho de Eli;
24 Eli de Matate, Matate de Levi, Levi de Melqui, Melqui de Janai, Janai de José,
25 José de Matatias, Matatias de Amós, Amós de Naum, Naum de Esli, Esli de Nagai,
26 Nagai de Maate, Maate de Matatias, Matatias de Semei, Semei de Joseque, Joseque de Jodá,
27 Jodá de Joanã, Joanã de Resa, Resa de Zorobabel, Zorobabel de Salatiel, Salatiel de Neri,
28 Neri de Melqui, Melqui de Adi, Adi de Cosão, Cosão de Elmodã, Elmodão de Er,
29 Er de Josué, Josué de Eliézer, Eliézer de Jorim, Jorim de Matate, Matate de Levi,
30 Levi de Simeão, Simeão de Judá, Judá de José, José de Jonã, Jonã de Eliaquim,
31 Eliaquim de Meleá, Meleá de Mená, Mená de Matatá, Matatá de Natã, Natã de Davi,
32 Davi de Jessé, Jessé de Obede, Obede de Boaz, Boaz de Salá, Salá de Nasom,
33 Nasom de Aminadabe, Aminadabe de Admim, Admim de Arni, Arni de Esrom, Esrom de Farés, Farés de Judá,
34 Judá de Jacó, Jacó de Isaque, Isaque de Abraão, Abraão de Tará, Tará de Naor,
35 Naor de Seruque, Seruque de Ragaú, Ragaú de Faleque, Faleque de Eber, Eber de Salá,
36 Salá de Cainã, Cainã de Arfaxade, Arfaxade de Sem, Sem de Noé, Noé de Lameque,
37 Lameque de Matusalém, Matusalém de Enoque, Enoque de Jarede, Jarede de Maleleel, Maleleel de Cainã,
38 Cainã de Enos, Enos de Sete, Sete de Adão, e Adão de Deus.

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Como Messias, a situação política de Jesus era muito delicada. Ele era reconhecido e por isso
temido como o genuíno pretendente ao trono, uma vez que Herodes sabia ser ele o verdadeiro
herdeiro do trono de Davi. Os antepassados de Herodes haviam usurpado o trono com a
colaboração mútua entre eles e os romanos. A ascendência de José e Maria era conhecida por todos,
o que fazia de Jesus uma séria ameaça aos planos de Herodes. Na verdade, desde seu nascimento
que Herodes o queria eliminar.
Como poderia Jesus lutar contra o poder constituído da época sem exércitos e sem recursos?

Jesus tinha o apoio do povo, embora não tivesse o apoio da classe dominante, isto é, os parceiros e
amigos de Herodes e os sacerdotes do Templo, bem como os Fariseus e os Saduceus. Tampouco ele
interessava aos romanos.

Ele preferiu concentrar-se no povo, e era nesse povo que ele estabelecia sua posição como Messias,
com ênfase em seu aspecto espiritual, e isto sem prejuízo de sua posição de rei por direito.

A prisão e morte de Jesus estava sendo planejada por Herodes, Caifás, os príncipes dos sacerdotes,
os magistrados e todos os usurpadores.

O Sinédrio decretou a prisão e morte de Jesus com astúcia e desespero político como podemos
observar em João (11:47). “Caifás disse: se o deixarmos fazer milagres todo povo crerá nele e os
romanos virão e tirarão nossos lugares”.

Todos os parentes e seguidores de Jesus corriam perigo, pois os sacerdotes planejavam matar a
todos, inclusive, também, a Lázaro porque (após ser ressuscitado) muitos acreditavam nele e (por
causa de seu testemunho) seguiam Jesus (João 12:10).

A sua prisão e morte foi um evento essencialmente político. A interpretação dada pela Igreja de que
a condenação e a morte de Jesus foi motivada por fatores ligados a sua doutrina, não coaduna com
o que está claramente disposto nos Evangelhos.

Em Marcos (15:26) lemos “E a causa de sua condenação estava escrita nesta inscrição: O REI DOS
JUDEUS”. Ou Mateus (27:37) “E puseram por cima de sua cabeça uma inscrição indicando a causa
de sua morte: ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS”.

Esta inscrição não apenas tinha o propósito de humilhar, mas era também uma clara ameaça. Tanto
que Pilatos a escreveu em Hebraico, Grego e Latim (Lucas 23:38) e (João 19:19-20).

Jesus estava consciente de seu papel espiritual como Rei-Santo. Como santo pregava e ensinava as
coisas do espírito e como Rei, por demais conhecia os perigos dessa missão, e, portanto se precavia,
o que incluía planejamento, estratégias e cuidados, tais como agir de modo a ser identificado como o
Messias prometido à luz das escrituras e dos profetas, evitar certos movimentos, certos percursos e,
também, a necessidade do uso de armas.

Quando da prisão de Jesus pelos enviados dos sacerdotes juntamente com os soldados romanos no
Horto das Oliveiras, é por demais conhecido o episódio em que se fez uso da espada numa tentativa
de evitar a investida contra Jesus.

Todos os quatro Evangelhos mencionam esse episódio. Mateus (26:51) e Marcos (14:47) não
identificam qual dos discípulos usou da espada e feriu um dos servos do sumo sacerdote. Lucas
(22:50) menciona que os que estavam com Jesus, vendo o que ia acontecer, disseram-lhe: Senhor se
os feríssemos à espada ? E um deles feriu um servo do sumo sacerdote, e cortou-lhe a orelha direita.
Embora não diga qual foi o discípulo que usou a espada, Lucas, não obstante, diz que alguns deles
queriam fazer uso da espada!

João faz referência a Pedro, como o discípulo que empunhou a espada (João 18:10).

Notemos, todavia, que Jesus não ficou horrorizado ou indignado, diante da atitude de Pedro ou de
alguns discípulos, apenas entendeu a desnecessidade do ato, naquele momento. Isto não é nenhuma
surpresa, visto que o próprio Jesus exortava a seus seguidores para que utilizassem os recursos
disponíveis (vendendo bens, objetos e até suas túnicas) para utilizarem o dinheiro na compra de
espadas ! ( Lucas 22:36 ).

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Estava previsto que o Messias também garantisse a continuidade dessa linhagem. Para que isso
fosse possível, era imperativo o estabelecimento dessa linhagem segundo regras específicas.

As regras estatutárias para um casamento dinástico-sagrado (Hierogamos) eram as seguintes:

1 No início de Junho acontecia a cerimônia de noivado, quando a noiva apresentada ao noivo,


ainda permanecia na casa dos pais;

2 Três meses após, em Setembro, seria formalizada a Primeira Cerimônia de Casamento, onde a
vida conjugal teria início, embora, nesse período, não fosse permitido a conjunção entre o casal. A
“noiva-irmã” servia o esposo à distância e só comparecia à sua frente quando chamada por este. È
importante notar que a esposa era chamada de almah, virgem ou jovem mulher, na palavra
semítica original e que foi incorretamente traduzida para o latim como virgo intacta;

3 Na segunda metade de Dezembro eram permitidas as relações físicas, para, em caso de


gravidez, o filho poder nascer em Setembro, o mês do Perdão, como deveria convir ao Messias.
Entretanto, caso não sobreviesse a gravidez, a esposa ainda continuava a ter a denominação de
almah, retornando à casa dos pais e submetendo-se a um novo noivado em Junho, com um Segundo
Casamento em Setembro, reativando todo o ciclo já descrito;

4 Caso fosse confirmada a gravidez. após o mês de Dezembro, haveria a confirmação do


Casamento em Março e eles estariam definitiva e devidamente casados.

Podemos ver que era um sistema bem definido e controlado, onde o casal observava preceitos
religiosos e verdadeiro celibato, como pressuposto para a geração de um representante
espiritualmente capaz na recondução do povo de Israel à liberdade política e que implicava a
própria liberdade espiritual, segundo os preceitos da Torah e como deveria convir ao líder do povo
escolhido de Deus.

Assim, longe de ser um casamento de paixões mundanas, o hierogamos ou o Casamento


Sagrado/Dinástico pressupunha o contato físico apenas em períodos permitidos, sob estrito
controle.

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Que Jesus era casado não existe qualquer declaração explícita nos Evangelhos sobre isso, embora o
mais importante, refira-se ao fato de que nada em contrário seja mencionado e, realmente, existem
fortes indícios sobre seu status.
Como exemplo:

1 Era parte da cultura religiosa judaica, na época, que um homem fosse casado.

2 Um Rabi só seria respeitado e ouvido nas Sinagogas e/ou nos Templos se fosse casado.

Jesus pregava no Templo regularmente e todos apreciavam e o ouviam atentamente (Mateus 13:55-
Marcos 6:3).

3 Era estritamente proibido, a uma mulher judia tocar um homem solteiro em público ou
reservadamente na cultura de então.

Na época, seria considerado um grande escândalo que uma mulher tocasse um homem judeu em
público. Seria um escândalo, até, de maiores proporções caso ela não fosse casada com ele.

Em Betânia, na casa de Lázaro e Marta, havia uma mulher, irmã destes, chamada Maria que podia
sentar aos pés do Mestre e, a sós com ele, absorver seus ensinamentos. Marta estava muito ocupada,
com os afazeres de casa, e reclamou a Jesus que sua irmã a tinha deixado só, enquanto ficava
apenas sentada, ouvindo-o. Jesus então respondeu-lhe dizendo: Marta, Marta, tu afadigas-te e andas
inquieta com muitas coisas. Entretanto uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que
lhe não será tirada. (Lucas 10:38-42)

Numa certa ocasião, foi ela que derramou seu vaso de óleo por sobre a cabeça de Jesus, ungindo-o e
enxugando os seus pés em seguida com seus próprios cabelos.

Podemos verificar que no caso, os discípulos e as pessoas presentes não ficaram horrorizados com
esse gesto da mulher. Demonstraram irritação, contudo, devido ao alto preço do óleo utilizado.
Nenhum escândalo causou a cena em si. Pelo contrário, consideraram bastante normal que a
mulher tocasse Jesus, lavasse seus pés e os enxugasse com seus cabelos. (Marcos 14:9)

Toda a cena foi considerada bastante normal! Normal DEMAIS para que ela fosse uma mulher
qualquer! Certamente que ela não o era!

O ato de ungir um homem, derramando óleo essencial por sobre sua cabeça, é por si só muito
significativo.

Apenas era permitida a unção por óleo em situações especiais: quando do estabe-lecimento de um
sacerdote, de um rei e por ocasião das bodas, quando a noiva ungia o noivo. Mais tarde,
igualmente, poderia haver a unção do esposo pela esposa, na confirmação do casamento, quando
da comprovação da gravidez. A viúva, também, ungia o corpo do marido, como parte final do
ritual fúnebre.

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Nos Evangelhos é mencionado que algumas mulheres acompanhavam Jesus e o assistiam em


diferentes necessidades. Isso indica que eram mulheres fortes, decididas e independentes, quanto a
suas posses. São mencionadas em sete ocasiões diferentes. Das sete vezes em que essas mulheres são
listadas, Maria Madalena é mencionada em primeiro lugar em seis delas, antecedendo até mesmo
Maria mãe. A exceção ocorre apenas no Evangelho de João.

Isto não apenas denota a importância de Maria Madalena como seguidora, mas sugere uma
importante hierarquia.

Duas mulheres são mencionadas como seguidoras íntimas de Jesus: Maria de Betânia e Maria
Madalena.
Entre os pesquisadores, estudiosos da Bíblia (exegetas), teólogos, padres e pastores, desde muitos
anos, afirma-se que NUNCA HOUVE UMA PROVA que confirme categoricamente ser Maria de
Betânia e Maria Madalena a mesma pessoa.

Após muito pensar, muito procurar e pesquisar por uma ligação sobre a identidade dessas duas
Marias, tivemos, de súbito, a realização que comprova o elo entre as duas num sutil, mas
consistente detalhe, na seguinte passagem narrada no Evangelho de João e que aconteceu após a
ressurreição de Lázaro.

A CEIA DE BETÂNIA

Ora, seis dias antes da Páscoa (três dias antes da crucificação), Jesus foi a Betânia, onde tinha
morrido Lázaro, que Jesus ressuscitou. E deram-lhe lá uma ceia; e Marta servia, e Lázaro era um dos
que estavam à mesa com ele. Então tomou Maria uma libra de bálsamo feito de nardo puro de grande
preço, e ungiu os pés de Jesus, e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e a casa ficou cheia do
perfume do bálsamo. Então Judas Iscariotes, um de seus discípulos, aquele que o havia de entregar,
disse: Por que se não vendeu este bálsamo por trezentos dinheiros, e se não deu aos pobres? Mas Jesus
respondeu: Deixai-a, que ela reserve isto para o dia da minha sepultura; porque sempre tendes os
pobres convosco, mas a mim não me tendes sempre. (João 12:1-8)

Notemos, em primeiro lugar, o que diz Jesus “que ela reserve isto para o dia de minha sepultura” (!!!)
e isso ele disse em referência a Maria de Betânia.

Seis dias após a ceia em Betânia, uma mulher foi à sepultura onde estava o corpo de Jesus, levando
consigo um vaso para ungir seu corpo com o óleo que havia sido reservado alguns dias antes como
ele próprio havia pedido. TODOS os quatro Evangelhos afirmam que essa mulher era Maria
Madalena.

Este é o ELO que revela a coincidência de identidade entre aquela que o ungiu com o precioso
bálsamo de nardo (na segunda-feira), reservou um pouco para quando de sua morte, conforme o
pedido de Jesus e aquela que foi ter à sepultura dele, na manhã de Domingo de Páscoa, ainda na
escuridão, ungir seu corpo como ele havia pedido ou previsto.

As duas mulheres que podiam tocar e ungir seu corpo com bálsamo de nardo, fazendo o que (na
época) era de dever da esposa, eram a mesma pessoa!
Na imagem acima, temos Maria Madalena com Jesus no Sepulcro. Note no detalhe a aliança de
casamento; este era um fato comumente aceito na época em que o quadro foi pintado.

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Em Dezembro de 1945, na cidade de Nag Hammadi, no Alto Egito, foram descobertos 52 textos,
escondidos em potes de barro no que resultou numa espantosa descoberta arqueológica. Havia uma
verdadeira biblioteca encontrada em Nag Hammadi.

Fragmento do Evangelho de
Maria Madalena

Reconhecidos como autênticos por especialistas do mundo inteiro, os textos encontrados foram
identificados como os Evangelhos de Tomé, Felipe, Maria Madalena, as Epístolas de Pedro a Felipe,
o Apocalipse de Pedro, o Apocriphon (livro secreto) de João, o Livro Secreto de Tiago, o Apocalipse
de Paulo, o Evangelho da Verdade, o Evangelho dos Egípcios, além de vários textos menores,
poemas e orações.

No Evangelho de Felipe, encontrado em Nag Hammadi, há uma passagem em que a posição de


Maria Madalena fica evidente:

. . . a que acompanha o Salvador é Maria Madalena. Mas Cristo amava-a mais que todos os discípulos
e costumava beijá-la (freqüentemente) nos lábios. Os outros discípulos se ofenderam. . . e disseram-
lhe: “Por que tu a amas mais que a nós?” O Salvador respondeu e disse-lhes: “Por que eu não os amo
como (amo) a ela?”. (Felipe, 63:32, 64:5)

O epíteto “madalena” provém de magdaleder que significa literalmente “TORRE DO REBANHO”


ou a torre na qual o pastor subia para observar e guardar seu rebanho. É sabido que Maria
Madalena detinha uma posição de influência entre os seguidores de Jesus. Entre as mulheres sua
ascendência hierárquica não deixa a menor dúvida, pois ela sempre era citada em primeiro lugar.
Entre os apóstolos também, pois foi a primeira a quem Jesus se revelou após a crucificação e foi,
por ele, encarregada de levar essa notícia aos demais apóstolos.

O profeta Miquéias vislumbrou da maneira mais clara possível a importância e destino de Maria
Madalena, referindo-se a ela, inclusive, pelo seu epíteto, magdaleder (Torre do Rebanho).

Em toda a Bíblia, não há um texto mais claro e exato, proveniente da visão de um profeta:

E tu, torre do rebanho, nebulosa filha de Sião, (o Senhor) virá até junto de ti; e virá até junto de ti o
supremo poder, o reino da filha de Jerusalém. Por que te abandonas à tristeza? Porventura não tens
rei, ou pereceu o teu conselheiro, pois se apoderou de ti a dor, como da que está com dores do parto?
(Porém) afligi-te e atormenta-te, filha de Sião, como uma mulher que estás de parto, porque agora
sairás da tua cidade, e habitarás numa região (estrangeira), e irás até a Babilônia; (mas) lá serás livre;
lá te resgatará o Senhor da mão dos teus inimigos. (Miquéias 4; 8-10)

Boticcelli-1467 Caravaggio -1596

A profecia de Miquéias deixa claro que o reino da filha de Jerusalém (esposa do Rei) teria que ser
interrompido, e ela sofreria as dores do parto numa terra distante. A partir das pinturas acima,
vemos que era bastante aceitável à época em que foram pintadas, a idéia de que Madalena tenha
estado grávida de Jesus. Com o passar do tempo, entretanto, essa visão foi violentamente combatida
e caiu no quase esquecimento.

O SEGREDO

A descendência de Jesus e Maria Madalena foi mantida em segredo para que fosse protegida,
inicialmente, da perseguição de Herodes. Assim, logo após a partida de Jesus, vemos que quase
nenhuma referência se fez à família ou pessoas intimamente ligadas a Jesus. Isso é especialmente
verificado nos Atos dos Apóstolos, em que não se faz referência a Maria Madalena, Maria-mãe, os
irmãos de Jesus, Lázaro, etc.

Eles tiveram que partir para longe (uma terra estrangeira). O REINO da nebulosa filha do Sião
(esposa do REI) foi interrompido por causa de seus inimigos e ela teve que partir, com a sua
gravidez (dores de parto) e lá pôde finalmente ser livre.

A Dinastia Sagrada, o sangue real eram os descendentes de Maria Madalena e Jesus, e ela passou a
ser conhecida como a portadora desse sangue real ou sang rèal, sang raal ou ainda santo graal. Isto
é, Madalena era tida como o “vaso” ou o “cálice” que trouxe em si o “sangue” ou descendência de
Jesus.

A LINHAGEM SAGRADA – Os Reis Merovíngios

Muitos registros dão conta das primeiras missões evangélicas na Bretanha, creditando sempre essa
iniciativa a São Felipe, apóstolo, e a José de Arimatéia. O eminente clérico Eusébio (260-340), bispo
de Cesaréia, e Santo Hilário de Poitiers (300-367) escreveram sobre as primeiras visitas apostólicas
à Grã-Bretanha.

O cronista Gildas III (516-570) em seu De Excidio Britanniae afirmava que os preceitos do
Cristianismo foram levados à Grã-Bretanha pouco antes da morte de Tibério César, que morreu
em 37 d.C. O arcebispo Isidoro de Sevilha (600-636) escreveu que “Felipe da cidade de Bethsaida,
de onde também veio Pedro, pregou o Cristo aos galeses, e trouxe às nações bárbaras e seus
vizinhos a luz do conhecimento . . . “, que está de acordo com o que escreveu Freculfo, bispo de
Lisieux, no século IX.

Segundo Freculfo, São Felipe enviou uma missão da Gália para a Inglaterra para propagar a boa
nova sobre a vinda de Jesus. No livro De Sancto Joseph ab Arimathea há a afirmação de que em 63
d.C, José de Arimatéia foi até Felipe, o apóstolo, que vivia entre os galeses.

Parece não haver qualquer dúvida, entre os pesquisadores, quanto a presença de José de Arimatéia
na Bretanha já a partir de 35-37 d.C. isto é, apenas dois a quatro anos após a partida de Jesus. É
creditado a José de Arimatéia, a construção da primeira capela acima do solo, a Capela de
Glastonbury, na Bretanha, pois durante muitos anos (em outras partes) os cristãos ainda se
reuniriam escondidos em cavernas, túneis e construções subterrâneas, o que só viria a mudar após
a junção entre a comunidade dos primeiros cristãos e o Império de Roma.
O Vaticano inclusive, desde muito tempo, reconhece essa presença naquela região, como atesta o
Annales Ecclesiasticae escrito em 1601, pelo Cardeal Barônio, que afirma ter José de Arimatéia
chegado à Marselha em 35 d.C., de onde seguiu com sua comitiva até a Inglaterra.

Há uma forte tradição na região de Provença, que reconhece a chegada de Maria Madalena,
acompanhada de seus irmãos Marta e Lázaro, de José de Arimatéia e outras pessoas. Esta visão da
história, está em perfeita consonância com os registros reconhecidos e aceitos.

Existe esse conhecimento, baseado na tradição local, de que Maria Madalena, vindo do Egito,
chegou também acompanhada de uma menina, cuja tez morena, bronzeada pelo sol do escaldante
Vale do Nilo, logo despertara a atenção de todos.

Ao chegar em Provença, Maria Madalena trouxe consigo essa menina chamada Sarah Kali
(princesa negra). Muitos pesquisadores acham que essa menina era a filha que Madalena tivera no
Egito.

Há, ainda hoje, uma forte adoração a Sarah no Sul da França, que era especialmente significativa
nos primeiros séculos da Era Cristã. Sara era retratada pelos artistas como tendo a pele escura, por
isso o apelido Kali (negra) tomado emprestado do Sânscrito.

Tornou-se muito adorada pelos ciganos desde então, pois estes são originários da Índia, e seu culto
sempre foi proibido e seus devotos perseguidos pela Inquisição. A inquisição sempre foi muito forte
na Espanha e Portugal e, por extensão, tinha influência no Brasil.

Sarah Kali - em Saintes Maries-de-la-Mer

Suspeitamos, inclusive, que a imagem de Sarah Kali tenha chegado ao Brasil, via Sul da França e
Norte da Penísula Ibérica (Espanha e Portugal) e seu culto desencorajado por algum padre local
que obrigou que se lançasse a imagem ao rio. Mais tarde, foi encontrada por pescadores, e adorada
como Maria, mãe de Jesus.

Da descendência de Maria Madalena na região do Languedoc (Provença) pouco se soube até bem
pouco tempo, pois a Igreja engendrou uma verdadeira campanha para que os Reis Merovíngios
(descendentes da Linhagem Sagrada) fossem riscados da História.

Os reis merovíngios eram conhecidos como Reis-Santos. Eram judeus, usavam cabelos e barbas
compridos, ao estilo dos nazarenos e viviam em constante oração, praticando a virtude.
Procuravam governar o povo na esfera espiritual apenas, e delegavam a administração dos afazeres
políticos e mundanos a um oficial do governo. Apesar de reinarem no plano físico, a ênfase era
colocada no "reinado espiritual" como o verdadeiro reino, seguindo, pois, os passos de Jesus.

Adotaram como símbolos o Leão de Judá e a Flor-de-Lis, a qual viria a se tornar um símbolo da
França.

Dagobert II (652-679) d.C

Seu mais conhecido representante foi Dagoberto II, também chamado pelo povo de Santo
Dagoberto. Quando da morte de seu pai, Santo Siegbert da Austrasia, Dagobert II foi raptado
ainda criança (4 anos) com o propósito de ser assassinado. Contrariando determinações superiores,
de alguma forma o abade a quem ele foi confiado resolveu poupar-lhe a vida, levando-o para a
Escócia e Inglaterra onde foi educado em ambiente inacessível ao alcance da Igreja. Mais tarde,
quando adulto, retornou à região de sua origem, onde morreu em circunstâncias suspeitas enquanto
participava de uma caçada. Segundo opinião dos historiadores, teve sua morte planejada e
executada com a participação da Igreja de Roma. Dagoberto era muito incômodo a Roma e,
apesar de toda a perseguição que sofreu, duas de suas filhas, Irmina e Adelia, foram, não obstante,
canonizadas santas, pela Igreja. Um interessante paradoxo !

Um descendente merovíngio do rei Dagoberto, Godofredo de Bouillon, empenhou a primeira


cruzada para libertar Jerusalém dos muçulmanos e, saindo vitorioso, tornou-se o Rei de Jeruralém
em 1099 d.C. Isso marcou o início informal da Ordem dos Cavaleiros Templários, que teve sua
fundação, historicamente reconhecida em 1118, por Hughes de Payen. Godofredo também fundou a
Ordem do Sião, que mais tarde se chamaria Priorado do Sião e teve como seu primeiro Grão-
mestre, Hughes de Payen, que também liderava os Templários.

A Segunda Cruzada à Terra Santa, foi inspirada por São Bernardo de Clairvaux, que conclamou
uma multidão de cerca de 100.000 pessoas na Igreja de Vézelay, dedicada a Maria Madalena e
exigia dos Cavaleiros Templários o voto conhecido como a “Obediência de Betânia”, em alusão a
Maria Madalena e sua irmã Marta.

São Bernardo também traduziu, em 1128, a obra Geometria Sagrada dos Pedreiros do Rei Salomão
(Maçons). Era pois, um ardoroso devoto de Maria Madalena, defensor dos Templários e Maçons e
amigo dos descendentes dos reis merovíngios, apesar da perseguição da Igreja contra tudo que
estivesse ligado à heresia de Provença. Era, pois, um santo da Igreja professando e defendendo
temas aberta e violentamente combatidos.

GUARDIÕES DO SEGREDO
Na raiz da manutenção do próprio segredo estava a frontal oposição à Igreja de Roma que
rechaçava qualquer atividade ligada à Dinastia Sagrada com brutal violência. Era necessário que
toda essa tradição fosse mantida no maior segredo e isso demandava organização, poder e recursos.

Nada melhor que organizações justapostas, irmãs entre si e compartilhando diferentes níveis de
exposição pública.

No centro estava a Ordem do Priorado do Sião como a mantenedora do segredo e a mais secreta
dessas irmandades.

Depois vinha a Ordem Rosa-Cruz que se especializava nos segredos místicos com uma exposição
menos secreta que a primeira. Essa ordem, não tem qualquer ligação direta com a atual AMORC.

Em seguida estava a Ordem dos Maçons, responsável pelos segredos de construções de Templos e
locais onde se podiam guardar todas as coisas relacionadas com o segredo. Eram os construtores,
que herdaram o conhecimento desde a construção do Templo de Salomão. Eram os discípulos de
Hiram Abiff, o grão-mestre da construção do Templo.

Cavaleiro Templário

Então surgia a mais visível dessas irmandades, a Ordem dos Cavaleiros Templários que era o braço
militar, responsável pela reconquista de Jerusalém e restabelecimento de um rei de descendência
merovíngia na cidade santa. Os Templários eram o braço mais visível dentre os mantenedores do
Grande Segredo.

No centro dessas ordens secretas ou irmandades estava guardada, como a flor-de-lis, a descendência
do Sangue Real ou Sangraal, os reis merovíngios ou os descendentes da Linhagem Secreta de Jesus
e Maria Madalena.

Existem alguns pontos de convergência concretos que correlacionam todas essas ordens: Algumas
construções que não deixam dúvidas sobre a irmandade dessas ordens secretas.

Elas compartilhavam entre si a mesma liderança. Seus líderes eram os mesmos, denominados
Grãos-Mestres. Isso foi assim até 1180 d.C., quando primeiramente houve uma ruptura na
liderança entre os Templários e o Priorado do Sião no episódio que ficou conhecido na história
como “O Corte do Olmo”. A partir de então, os Templários passaram a ter um Grão-Mestre
separado do Priorado e das outras irmandades, embora o vínculo tenha permanecido forte entre
todas elas.

Durante o reinado de Henry II, na Inglaterra, o Grão-Mestre dos Cavaleiros Templários também o
era dos Maçons, e empregava estes na construção do Templo na Fleet-street, em 1155 d.C.

Na Inglaterra, a Maçonaria continuou até 1199 sob a superintendência dos Grãos-Mestres


Templários.

AS IRMANDADES SECRETAS E OS DESCENDENTES MEROVÍNGIOS

A partir de São Bernardo de Clairvaux e Hughes de Payen, as irmandades do Priorado do Sião, dos
Maçons, Rosa-Cruz e a Ordem dos Templários puderam se espalhar e se desenvolver, como
irmandades secretas muito influentes e mantenedoras do Grande Segredo.

Todas compartilhavam a mesma liderança, que se denominava o Grão-Mestre.

Os Maçons deram um grande impulso nas artes da Arquitetura e Engenharia de Construção.


Denominavam-se “Os Filhos de Salomão”, embora se espelhassem na herança de conhecimento de
Hiram Abiff, o construtor do Templo de Salomão.

Os Templários eram monges-guerreiros, que abraçaram a causa de guerrear contra tudo o que
ameaçava a independência de Jerusalém, a Cidade Santa.

Instituíram um sistema de proteção a transportes de valores, com inúmeros estabelecimentos de


recepção e trocas ou compensação, que ao se desenvolver, deu origem ao atual sistema de Cheques e
Ordens de Pagamentos.

Apesar de muito terem ajudado a Igreja, foram brutalmente perseguidos pela Inquisição, que foi
especialmente criada para eliminá-los, a partir de um decreto do Vaticano instigado por Felipe IV ,
que terminou com um tremendo massacre dos Templários em 1307.

Eles se renderam sem luta contra a Igreja, mas foram brutalmente torturados e queimados, muitos,
ainda vivos.

Houve também uma violenta campanha para se tirar Maria Madalena de cena. No Evangelho de
Tomé, claramente mostra que Pedro tinha muita resistência a Madalena, a ponto de ser advertido
por André por causa de sua implicância contra ela.

É digno de nota que Pedro nunca foi estabelecido como bispo de Roma (Papa). A bem da verdade, o
primeiro bispo nomeado de Roma foi Lino da Grã-Bretanha, filho de Caractaco, conforme
registrado nas Constituições Apostólicas da Igreja. Lino foi ordenado por Paulo em 58 d,C. Isso
enquanto Pedro ainda vivia !

Isso confirma o que escreveu Irineu, bispo de Lyon, em 180 d.C. "Após fundar e construir a Igreja
de Roma, os Apóstolos deixaram seu ministério sob a supervisão de Lino". Assim, Pedro nunca foi
bispo de Roma e a hegemonia na congregação dos primeiros seguidores era de Maria Madalena,
chamada a TORRE DO REBANHO.
Mais tarde viria a ser estabelecida a supremacia de Maria Mãe, com a conveniente ocultação da
importância de Madalena, embora esta (conforme dispõem os Evangelhos), detinha mais
importância que a mãe de Jesus.

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João - Capela Hodnet

Ainda hoje permanece em segredo, porque havia uma fusão nas pessoas de Madalena e João
evangelista. Aos Rosa-Cruzes cabia o segredo dessa estranha fusão, além de respeitarem o
casamento dinástico como uma ligação Alquímica.

Apesar de que o vitral da capela Hodnet (figura ao lado), na Inglaterra indique ser João, na
verdade vemos uma figura feminina, segurando o vaso de alabastro, o qual exclusivamente é uma
referência a Madalena.

Talvez seja uma referência a que se faz de João como o amado discípulo, que poderia bem ser uma
inserção posterior, para ocultar a referência a Madalena como a amada discípula, que era a
situação real, nos primórdios da Igreja. Em João ( 19: 25-27), está claramente dito que estava
presente diante da cruz, no momento da morte de Jesus, apenas Maria sua mãe, a irmã desta,
também chamada Maria, esposa de Cleofas, e Madalena. Há uma certa ambigüidade, no texto,
quanto a presença do próprio João. Então vendo Jesus sua mãe e o amado discípulo (discípula ?)
que ele amava disse: Mulher, eis aí o teu filho (filha ?). Depois disse ao discípulo: Eis aí a tua Mãe.

Ora, vemos no Evangelho de Felipe que Madalena era a amada de Jesus, ao contrário do que
pregou a Igreja. Era ela que estava sempre na companhia de Maria-Mãe, convenientemente
listadas como aconpanhantes do grupo.
Na verdade, a Ordem Rosa-Cruz (Rosa = Madalena e Cruz = Jesus), herdou o saber alquímico e a
metalurgia dos conhecimentos de Hiram Abiff, o arquiteto e construtor do Templo de Salomão.
Esta transmutação entre João em Madalena, pode bem ser uma simbologia velada a essa
verdade, guardada e disfarçada como um segredo alquímico, ousadamente revelado no vitral da
Capela Hodnet.

Sabemos, sem qualquer sombra de dúvidas, que o principal feito da Maçonaria-Livre foi a
construção da Capela Rosslyn, em meados do Século 15. Rosslyn era também um importante
reduto da Ordem. Mais tarde, pesquisas históricas confirmaram essa visão, pois a família Saint
Claire de Rosslyn tornou-se, por direito hereditário, a Grande-Mestra das Artes, Fraternidade e
Ordens da Escócia e, conseqüentemente, o posto de Mestres dos Maçons da Escócia até o final dos
anos 1700

Capela Rosslyn - exterior

Assim, William Saint Claire arquitetou e construiu a Capela Rosslyn, utilizando-se dos planos para
a construção do Templo de Salomão, incorporando motivos decorativos maçônicos, rosa-crucianos e
templários. Existem incontáveis figuras do "homem-verde" na decoração da capela Rosslyn,
símbolo este estreitamente ligado ao culto da Deusa da Fertilidade.
Capela Rosslyn - Interior

Na construção da Capela Rosslyn, havia uma preocupação obsessiva com segredo e segurança,
especialmente à rede de corredores e salas subterrâneas. Os maçons construtores entendiam que
algo de muito valioso estava para ser escondido no santuário, em seu subsolo e isso era tratado com
o maior segredo.

A Capela Rosslyn, na Grã-Bretanha, é o mais importante ponto de convergência entre as Ordens


dos Maçons, Rosa-Cruzes, Templários e descendentes conhecidos dos merovíngios, os herdeiros do
sangue real, a família que emigrou para a Inglaterra, desde 1057 d.C., em fuga das inúmeras
perseguições da Igreja: os Saint Claire de Provença.

SIMBOLISMO E ARTE

Durante momentos de crise política-social, nos mostra a história, quando as liberdades de crenças e
opiniões são perseguidas por algum motivo, vemos que as informações começam a circular de
forma secreta ou codificada.

Na recente história da ditadura em nosso país, devido à supressão das liberdades individuais, as
informações e denúncias passaram a ser veiculadas nas formas de textos da Arte Dramática, filmes,
canções, poemas e escritos diversos. Nesse aspecto, a classe artística com sua criatividade é de suma
importância.

Não foi diferente em relação ao segredo da descendência real da Casa de Davi. Pintores, trovadores
e escritores, divulgavam o Grande Segredo de forma velada ou disfarçada, de modo tão sutil, que
apenas os conhecedores da linguagem simbólica utilizada poderiam entender o significado claro das
mensagens.

Assim, muitas estórias relatavam a dificuldade da Princesa em finalmente encontrar o seu amado
Príncipe, tendo sempre como obstáculo central o concurso da maldade de alguma má feiticeira.
Como nos tempos mais remotos, as artes referiam-se apenas a temas sacro-religiosos, e como esses
temas são tão antigos, os pesquisadores vêem neles referências veladas ao casamento entre os
príncipes da Casa de Davi.

No simbolismo de então os príncipes amantes eram Jesus e Maria Madalena (uma idéia comum à
época) e a má feiticeira era a Igreja de Roma que tentava, a todo custo, destruir e obliterar a
felicidade deles.

Ao lado, Pintura de Rogier van der Weyden-1450

Acima, detalhe mostrando as iniciais HG para hierogamos - casamento dinástico / sagrado, próximo
do bordado em X (símbolo da junção masculino-feminino)

Por toda a Europa os trovadores viajavam cantando o amor entre o Príncipe e sua Princesa
perdida. Não demorou muito e muitos trovadores foram impiedosamente perseguidos pela Igreja!
Ora, por que a Igreja haveria de perseguir trovadores que apenas cantavam sobre os temas,
recorrentes, da paixão impossível entre um príncipe e uma princesa ?

Certamente que se sabia ser esse tema, uma velada referência ao casamento dinástico entre Jesus e
Madalena.
Na pintura ocorreu o mesmo. Alguns pintores eram iniciados, ou conhecedores do Segredo, por
associação com algumas das fraternidades que, de modo subterrâneo, faziam circular o segredo.

Entre esses pintores, estavam no centro dessas fraternidades Leonardo da Vinci, Sandro Boticceli,
Rafael, Van Durer e outros.

A figura que aparece ao lado de Jesus (acima) é claramente uma mulher, usando as tradicionais
cores atribuídas a Madalena. Cópia da Última Ceia de Leonardo da Vinci
Pintura do Século 14 - pintor desconhecido. vemos que a figura ao colo de Jesus é uma mulher. Que
outra mulher seria senão Madalena? Observemos a mão oferecendo o pão: è a mão de Jesus ou da
mulher ? Uma observação cuidadosa, parece-nos mostrar que ambas as mãos de Jesus estão postas
sobre a mesa, enquanto a mão esquerda de Madalena repousa por sobre a mão direita de Jesus.
Existem muitos exemplos de como os pintores medievais utilizavam sua arte como veículo de
informação daquilo que era, tão somente, por demais conhecido e comentado, mas que recebeu
tratamento especial da Igreja, freqüentemente violento, na tentativa de ocultar essa heresia.

ALGUNS SÍMBOLOS UTILIZADOS:

Jesus - Sol, espada, cruz, unicórnio (Salmos 23, 92), leão, urso, Leão de Judá.

O Salmo 23 - 92, compara Jesus ao Unicórnio. Na cultura da época o chifre era sinônimo de poder.

Madalena – Lua, princesa, rosa, vaso, cálice, água, pomba, uva, Santo Graal.

A pomba - símbolo conexo com Maria Madalena


Simbolos do Masculino - Feminino incluem a espada ou o triângulo voltado para cima,
representando o falo masculino, enquanto o triângulo voltado para beixo representa o vaso ou o
ventre feminino. A junção entre esses símbolos, qualquer que seja a disposição geométrica, sempre
representa o casamento ou intercurso entre homem-mulher.

Símbolos da fertilidade – romã, homem verde, roseta, pentagrama, chuva, ciprestes, o círculo.

Homem verde - símbolo de fertilidade . Inúmeras igrejas e capelas


construídas pelos maçons, especialmente dedicadas a Maria
Madalena, contêm esculturas desse símbolo de origem celta e
ligado ao culto da Deusa da Fertilidade.

Câmara nupcial – simbolizada pelo jardim. O Cântico dos Cânticos narra o encontro da Noiva e
do Noivo em um jardim.

Casamento dinástico ou a Dinastia Sagrada – Estrela de Davi, videira, flor-de-lis, plantas, árvores,
vara florida, X, roseta, sementes.
Junções dos símbolos masculino e feminino

Entre os pintores, alguns foram inclusive Grão-Mestres do Priorado do Sião, como é o caso de
Leonardo da Vinci e Sandro Boticcelli.

Note que nessa pintura, o pintor italiano (Simone Martini-1333) colocou Madalena no centro
emocional da cena, onde a cruz de Jesus forma um perfeito X bem acima do ventre de Madalena. O
"X", na linguagem simbólica, representa a junção do Masculino (espada) e Feminino (vaso ou
cálice).

Conclusão

Jesus era um judeu consciente, um rabbi e como tal nada de novo estava ensinando. “Não vim
destruir a Lei antiga, mas vim cumprir” (Mateus 5:17).
Ele veio ensinar às pessoas a serem fortes, fervorosas e puras em si mesmas. A buscarem e
entenderem que “O reino de Deus está dentro de ti” (Lucas 17: 20-21). Ele não ensinou que bastasse
um ato de arrependimento ou uma mera conversão protocolar. Ele exortou a que todos façam seus
próprios milagres, no constante aperfeiçoamento de suas virtudes.

Seus ensinamentos foram deturpados por aqueles que desejavam enfraquecer as pessoas e, assim,
poder controlá-las. Ele NUNCA disse que só ele podia fazer milagres. Ele incentivou TODOS a
fazerem prodígios e serem como ele.

O milagre de Jesus não foi curar um cego, mas fazê-lo ver a verdade. Nunca foi curar um aleijado,
mas fazê-lo seguir o caminho da virtude. Tampouco foi trazer da morte um homem ou uma menina,
mas mostrar a todos uma maneira de viver a vida. Entretanto, fizeram desses prodígios algo mais
importante que sua missão de nos ensinar a perfeição e nossa força, enquanto ligados às virtudes
espirituais.

Ensinaram que Jesus morreu para nos salvar, quando na verdade ele viveu para nos ensinar!

Nenhum dos eventos isolados, na vida de Jesus, foi determinante na sua missão como Rei-Messias,
mas algo muito anterior a tudo isso, quando uma herdeira de Benjamim (Maria) unira-se a um
filho da casa de Davi (José). Todos acharam ser este um arranjo perfeito, pois a linhagem de Davi
seria restaurada e Siâo seria finalmente libertada.

A missão messiânica de Jesus pressupunha seu ministério, mas também sua descendência, para a
restauração da Dinastia Sagrada e nisso ele não estava sozinho. Para o seu ministério ele podia
contar com seus dedicados e amados discípulos, especialmente os escolhidos como apóstolos. Para a
restauração da Dinastia Sagrada ele contava com ela, Maria Madalena.

Vemos em Felipe que Maria Madalena era a companheira de Jesus. Aquela a quem ele beijava nos
lábios!

Como profetizou Miquéias, ela teria que fugir a uma terra estrangeira e sofrer as dores do parto,
pois estava encarregada de dar continuidade à videira da Casa de Davi. E isto está colocado de
maneira bem clara!
Ela é aquela que podia sentar-se a sós com o Mestre, em intimidade, e diante dele absorver seus
ensinamentos, e essa era a melhor parte que ninguém dela tiraria. Era sua discípula íntima e amada
esposa, sua companheira eterna e era parte da alegria que ele encontrou nesse mundo.

Recife
07 de Outubro 2005

e-mails do autor: zecaro@terra.com.br


zecaro108@yahoo.com.br

Bibliografia:

Bíblia Sagrada Católica- Edições Paulinas 1962

Bíblia Sagrada Católica - Edição Barsa 1968

O Santo Graal e a Linhagem Sagrada - Lincoln, Baigent e Leigh -Editora Nova Fronteira 1993

Maria Madalena e o Santo Graal- Margareth Starbird- Editora Sextante - 2004

A Linhagem do Santo Graal - Laurence Gardner - Editora Madras -2004

Os Evangelhos Gnósticos - Elaine Pagels -Editora Cultrix 1995

Os Essênios- sua História e Doutrina - Christian D. Ginsburg -Editora pensamento

Geometria Sagrada - Nigel Pennick- Editora Pensamento

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