6 DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO
Após o estudo das metodologias mais conhecidas na área acadêmica do design proposta
nesta pesquisa, verificou-se que os procedimentos metodológicos para o desenvolvimento
ou redesign de produtos é de suma importância no desenvolvimento de projetos. O
principal objetivo em adotar uma metodologia específica, de um autor ou desenvolvida pela
identidade do próprio designer, ou até mesmo relacionada a um tipo de produto específico,
é de poder mensurar, delinear um caminho a seguir através de fases a fim de minimizar o
erro e delimitar um tempo previsto para o desenvolvimento e execução do projeto.
Deste modo, a NBR ISO T/R 14062:2004 descrita em forma de um relatório técnico pode
ser utilizada como uma metodologia de projeto. Uma vez que, constitui em uma orientação
descrita em fases passando por estágios e finalizando com um objetivo. Portanto,
comparando-se as técnicas de desenvolvimento de produtos e princípios de ecodesign
propostos pela norma, esta pode ser considerada como uma metodologia para o
desenvolvimento de produtos sustentáveis, podendo ser utilizada por designers e
desenvolvedores de produtos quando se almeja o desenvolvimento de um produto
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Fotos Empresa
A maioria do resíduo que não possui algum tipo de aproveitamento, como por exemplo as
cascas, e o próprio câmbio da madeira é utilizada pela própria empresa, como combustível
na queima para secagem da madeira em estufas, e o restante é vendido para outros fins
como; para artesanato, produção de embalagens, o pó de serra para agricultura e outros. A
figura abaixo demostra um exemplo de embalagem, neste caso, para o transporte de panelas
de barro produzida a partir da usinagem de refugos da madeira pínus, proveniente da
empresa citada acima.
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Figura ...: Embalagem para Panela de Barro confeccionada a partir de Resíduo de Pínus
Fonte: Arquivo do Autor
Os resíduos que serão utilizados neste projeto são derivados de uma etapa secundária da
transformação da madeira. Os resíduos (“refugos”) são descartados pela empresa por
motivos como a fragilidade mecânica, presença de nós e irregularidades tornando-se
inadequados para o uso.
FOTOS DO RESÍDUO.......
O resíduo a ser utilizado no projeto, além do fácil acesso (por parte do pesquisador),
também foi escolhido por apresentar um menor impacto ambiental quando comparado a
outros materiais, como pode ser justificado pela figura abaixo.
Quesitos ambientais
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Os valores de impacto ambiental são relativos uns aos outros e referem-se a produção de 1Kg de material.
Tais valores foram elaborados na Holanda, em um projeto patrocinado pelo governo e que envolveu o centro
de CML da Universidade de Leiden, A Pré-consultant, a Philipis, a Ocè, a Nedcar e a Fresno. O programa
desenvolve análises e a avaliação por intermédio de alguns passos como; efeito estufa, poluição, lixos
resíduos metálicos e outros. (Manzini & VEZZOLI, 2008).
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apropriado por outras funções, e que estas, estejam de acordo com as suas novas
características. Ao contrário, a ser verificado em um produto de referência, como por
exemplo, móveis modulados que passam por todo o processo de fabricação de chapas,
cortes, laminação e /ou pintura, linhas de montagem mecanizadas e tratamentos para que
possam desempenhar a função a qual se destina.
Peralta Agudelo et al (2008), cita que para a obtenção de chapas a partir de resíduos adota-
se três critérios básicos como; a não eliminação dos nós dos resíduos, considerando que
estes representam um diferencial nas peças a serem produzidas; realizar o menos número de
interferência nos resíduos evitando assim a geração de novos resíduos, usar tecnologias de
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junção já existentes (edge glued2) com o objetivo de obter chapas contínuas de diversos
tamanhos.
A partir das informações acima, foram realizados alguns estudos para ver a possibilidades
da união do resíduo para se obter as chapas. Obteve-se bons resultados, com chapas de
50x50mm, como apresentado pela figura abaixo.
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“Os painéis de sarrafo, também chamados de painéis de madeira colados lateralmente, ou na língua inglesa,
conhecidos como "Edge Glued Panel" (EGP), são atualmente bastante utilizados para a confecção de móveis,
portas, pisos e também na construção civil. Com a alta demanda da madeira, este tipo de painel está ganhando
espaço por utilizar pedaços de madeira para a confecção de painéis que apresentam aspecto de madeira
sólidaIsto gera grande valor agregado ao produto final. Além disso, o que antes podia ser resíduo, agora se
transforma em produto valioso, sendo a técnica bastante ecoeficiente e sustentável. Através dessa tecnologia
podem ser obtidas tábuas para construções, habitações, portas, prateleiras, pisos, forros, etc. Podem ainda ser
construídas peças estruturais de maiores dimensões e resistências.
(Fonte: http://www.remade.com.br/br/madeira_pmva.php?num=2&title=EGP, acesso em 26/08/2010).
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Para se atingir o resultado apresentado pela Fig. 00, utilizou-se para a união dos resíduos
cola PVA a base d´agua e prensamento mecânico pelas laterais. (colocar obs. No fim deste
tópico que os testes não foram feitos em maquinas específicas, montou-se um gabarito
próprio.)
Outros testes foram realizados com novas composições, tendo diferentes resultados, como
as descritas abaixo:
A partir da formação dos painéis (chapas), verificou-se que com este tipo de união de
resíduos teria como produzir o mobiliário, devido algumas características próprias como;
resistência a corte, parafusos e furos, grande versatilidade nas chapas . Deste modo partiu-
se para a geração de conceitos de projeto, realizando inicialmente um brainstorrming
(tempestade de idéias) e decidiu-se que o mobiliário teria como diferencial a forma
geométrica, seguindo um desenho reto, leve e elegante.
A forma geométrica para o mobiliário foi escolhida por se tratar de uma melhor
trabalhabilidade na confeção do mobiliário, e que