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CONCURSO DE PESSOAS

Outras denominações: coautoria; codelinquência; cumplicidade;


concurso de agentes; participação (sentido lato).

Aplica-se a crimes unissubjetivos ou de concurso eventual.

Requisitos (cfe. teorias adotadas pelo CP):

1. Pluralidade de agentes (condutas);


2. Relevância causal das condutas para a produção do resultado
(conditio sine qua non);
3. Vínculo subjetivo; nexo psicológico: não se exige ajuste prévio
(pactum sceleris); basta a adesão à vontade de outrem.
4. Unidade de infração penal para todos os agentes (teoria monista
ou unitária);
5. Existência de fato típico e ilícito (teoria da acessoriedade limitada).
Deve haver ao menos início da execução, a tentativa (art. 31).

Obs: Não se exige, necessariamente, a culpabilidade do coautor ou


partícipe. A autoria mediata ocorre somente se o terceiro for usado
como instrumento do crime.
Ex: menor que coopera em roubo, praticando o núcleo do tipo, de
maneira livre e consciente, é coautor, embora seja inimputável. O outro
coautor, culpável, responderá por roubo majorado por concurso de
pessoas.

* “na medida de sua culpabilidade”: a unidade de crime não implica


identidade de penas. Princípio da individualização da pena.

* A adequação típica é por subordinação mediata; exige norma da


parte geral (norma de extensão pessoal).

* Não é possível contribuição dolosa para crime culposo e vice-versa.


Deve haver homogeneidade de elemento subjetivo.
- Exceções à teoria monista, adotando a teoria pluralística:

a) Aborto provocado por terceiro com consentimento da gestante;


b) Bigamia (arts. 235, caput e § 1º);
c) Corrupção passiva e ativa (arts. 317 e 333);
d) Falso testemunho (342); dar, oferecer ou prometer dinheiro ou
outra vantagem (343);
e) Art. 29, § 2º: cooperação dolosamente distinta (desvio subjetivo).

* Teoria dualista: um crime para os coatores e outro para os


partícipes.

Teorias de Autoria e de Participação

1. TEORIAS DE AUTORIA: EXTENSIVA E RESTRITIVA.

1.1 Teoria Extensiva: não diferencia autor de partícipe; todo


aquele que de alguma forma contribui para o resultado é autor
(conditio sine qua non). Admite causas de diminuição da pena, de
acordo com a teoria subjetiva da participação.

1.2 Teoria Restritiva: distingue autor de partícipe (adotada pelo


Código Penal). Autor é somente aquele que pratica a conduta
descrita no núcleo do tipo penal. Atrelada à teoria objetiva da
participação.

2. TEORIAS DA PARTICIPAÇÃO: SUBJETIVA E OBJETIVA.

2.1 Teoria objetivo-formal: autor é quem realiza o núcleo (verbo) do


tipo penal.
Partícipe é aquele que de qualquer modo concorre para o crime, sem
praticar o núcleo do tipo.

Para essa teoria, o “autor intelectual” é partícipe.

* Não resolve casos de autoria mediata (quando o agente utiliza


como instrumento pessoa sem culpabilidade ou sem dolo nem culpa).
2.2 Teoria objetivo-material: autor é quem presta contribuição
objetiva mais relevante à produção do resultado. Partícipe é o que
contribui de maneira menos importante.

2.3 Teoria subjetiva: Parte do conceito extensivo de autor. Elemento


anímico como critério para fixação da pena. Autor é aquele que deseja
o fato como próprio (vontade de autoria); partícipe é aquele que adere
à conduta alheia (vontade de participação). Críticas: quem pratica o
núcleo pode não ser autor, por querer o fato como alheio.

2.4 Teoria do domínio do fato (objetivo-subjetiva): autor é quem


possui domínio final (de intenção) do fato. Possui controle sobre seu
início, fim, interrupções e condições.

* Somente se aplica aos crimes dolosos (finalidade).

Obs: o sujeito que contrata um pistoleiro para matar alguém não é


autor para essa teoria, pois não possui domínio do fato, da conduta do
pistoleiro.

Inclui as seguintes hipóteses:

a) Autor propriamente dito: o que realiza pessoalmente os


elementos do tipo.
b) Autor mediato: aquele que se vale de um inculpável ou de pessoa
que atua sem dolo ou culpa para cometer crime.
c) Autor de escritório. Requisitos: Posição de poder para emitir
ordens em uma organização hierarquizada; estrutura de poder às
margens do Direito, afastada do ordenamento jurídico;
fungibilidade do executor (autor imediato); emissão de uma
ordem para a execução do crime. Ex: máfia, PCC, grupos
terroristas, Fernandinho Beira Mar.
d) Domínio funcional do fato: baseada na divisão de tarefas.
Aquele cuja atuação é imprescindível à prática do crime é coautor,
mesmo que não realize o núcleo do tipo. Ex: motorista em roubo
armado a caminhoneiro.
Cooperação dolosamente distinta:
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide
nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
(...)
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime
menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena
será aumentada até metade, na hipótese de ter sido
previsível o resultado mais grave.
O agente não pode responder por crime que não desejou, sem
vínculo subjetivo, sob pena de responsabilidade penal objetiva.
Previsibilidade: de acordo com o juízo de um homem médio.
Em regra, o coautor que concorre para o crime de roubo armado
responde pelo latrocínio ainda que o disparo tenha sido efetuado só
pelo comparsa. Jurisprudência do STJ e do STF. Não pode, porém, ser
imputado o resultado morte ao coautor quando há rompimento do nexo
causal entre a conduta dele e a de seu comparsa.

Coautoria
Possível em crimes próprios: as elementares do crime (subjetivas
ou objetivas) se comunicam. Ex: peculato; a condição de funcionário
público se comunica ao concorrente, desde que dela tenha
conhecimento.
Crimes de mão própria (execução pessoal e intransferível) são
incompatíveis com a coautoria. Mas admitem participação: instigação
ou induzimento (ex: falso testemunho).
* Executor de reserva: se intervier, será coautor. Caso contrário,
será partícipe.
Autoria mediata (não há concurso de pessoas)
“Homem ou sujeito de trás” se utiliza, para a execução do crime, de
uma pessoa inculpável ou que atua sem dolo ou culpa, que funciona
como mero instrumento do crime.
Não há concurso de pessoas.
Hipóteses:
a) Inimputabilidade penal ou embriaguez do executor;
b) Coação moral irresistível;
c) Obediência hierárquica, ordem não manifestamente ilegal;
d) Erro de tipo escusável provocado por terceiro (exclui dolo);
e) Erro de proibição escusável provocado por terceiro (exclui
culpabilidade);
f) Autor de escritório ou intelectual.

* Incompatível com crime culposo.


Crimes próprios: é possível desde que o autor mediato detenha a
qualidade especial exigida. Ex: peculato - funcionário público se vale de
menor, como instrumento, para subtrair bem.
Crimes de mão própria: em regra incompatível. Exceção:
testemunha que sofre coação moral irresistível para prestar
depoimento falso.

Participação
O sujeito não realiza o núcleo do tipo, mas de qualquer modo
concorre para o crime.
Natureza acessória. Não existe sem a conduta principal, do autor.
Participação moral: induzir (determinar) ou instigar (incentivar
ideia já existente). Deve dizer respeito a crime determinado e
direcionado a pessoa(s) determinada(s), caso contrário será incitação
ao crime (art. 286).
Participação material: prestar auxílio, serviço, fornecer os meios.
Cúmplice. Ex: fornecer arma de fogo, conduzir até o local do crime.
TEORIAS DA ACESSORIEDADE:

a) Acessoriedade mínima: basta que o fato seja típico. Mesmo que


haja uma causa de justificação para a conduta principal, o
partícipe responde.
b) Acessoriedade limitada: é suficiente fato típico e ilícito. O
agente não precisa ser culpável. Teoria adotada pela doutrina.
Mesmo que afastada a culpabilidade (erro de proibição, v. g.), o
partícipe responde.
c) Acessoriedade máxima: exige fato típico e ilícito praticado por
agente culpável.
d) Hiperacessoriedade: típico, ilícito, agente culpável, e punição
efetiva do agente. Ex: se o autor morre ou ocorre a prescrição, o
partícipe não responderá.

PARTICIPAÇÃO DE MENOR IMPORTÂNCIA (art. 29, § 1º):


- Causa de diminuição da pena: 1/6 a 1/3.
- Terceira fase da fixação da pena. Não se aplica ao autor intelectual
(que é partícipe).
A participação não é punível se o crime não chega, ao menos, a ser
tentado. Mas em alguns casos a lei prevê a instigação, o induzimento e
o auxílio como delito autônomo: incitação ao crime, associação
criminosa.

PARTICIPAÇÃO POR OMISSÃO EM CRIME COMISSIVO:

É possível, se a participação for material (cumplicidade/auxílio


material).
Ex.: empregada doméstica que deixa a porta da residência aberta
para permitir furto praticado por outrem.
Obs.: O agente não pode ter o deve de agir, caso contrário será
considerado autor. Ex1: Policial que presencia furto e nada faz, podendo
agir, responde como autor. Ex2: mãe que flagra o companheiro
abusando sexualmente de sua filha e nada faz, podendo agir, não
responde como partícipe, mas sim como autora de crime omissivo
impróprio. Possuía o dever legal de impedir o resultado (art. 13, §2º, do
CP).

Participação por comissão em crime omissivo (próprio ou


impróprio): instigação ou induzimento a omitir-se.

* Conivência (participação negativa, crime silente ou concurso


absolutamente negativo): omissão de quem não possui dever de agir.
Mero conhecimento de fato criminoso. Atípico.

Participação em cadeia: A induz B a auxiliar C a cometer roubo. A e


B respondem como partícipes.

Circunstâncias incomunicáveis
Elementares: sua exclusão implica atipicidade ou desclassificação
para outra infração (ex: “peculato – funcionário público = furto”).
- Comunicam-se tanto as objetivas quanto as subjetivas.
Circunstâncias são exteriores ao tipo fundamental, funcionando
como qualificadoras ou causas de aumento ou de diminuição da pena.
Circunstâncias ou condições de caráter pessoal (subjetivas) não se
comunicam. Ex: motivo, idade, reincidência, parentesco.
Circunstâncias objetivas comunicam-se. Ex: meio cruel, armado.
Para haver comunicação, deve a elementar ou circunstância
objetiva ingressar na esfera de conhecimento dos demais agentes.

Autoria colateral
Ato executórios na busca de um mesmo resultado.
Não há concurso de pessoas pela ausência de vínculo subjetivo.
Autoria incerta: sabe-se quem são os que praticaram os atos
executórios, mas não é possível identificar quem produziu o resultado.
Ex: emboscada com objetivo de matar a vítima.
- Se não há concurso de pessoas: ambos respondem por
tentativa.
- Se há concurso de pessoas (com vínculo subjetivo): ambos
respondem em coautoria.

Crimes culposos
A doutrina admite a coautoria em crimes culposos, mas, em regra,
não a participação.
Ex1: dois pedreiros que, juntos, lançam uma trave ao chão do alto
de uma construção, causando a morte de um transeunte por falta de
cuidado, respondem em coautoria.
Ex2: passageiro induz motorista a superar o limite máximo de
velocidade, causando a morte de pedestre. Há coautoria em crime
culposo. Infringiu dever de cuidado.
Obs: “concorrência de culpas” é termo que não implica concurso de
pessoas. Diz respeito ao nexo causal.

QUESTÃO
Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: PC-GO
Álvaro e Samuel assaltaram um banco utilizando arma de fogo. Sem
ter ferido ninguém, Álvaro conseguiu fugir. Samuel, nervoso por ter
ficado para trás, atirou para cima e acabou atingindo uma cliente, que
faleceu. Dias depois, enquanto caminhava sozinho pela rua, Álvaro
encontrou um dos funcionários do banco e, tendo sido por ele
reconhecido como um dos assaltantes, matou-o e escondeu seu corpo.
a) Álvaro cometeu os crimes de roubo qualificado e homicídio
simples.
b) Samuel cometeu os crimes de roubo simples e homicídio
culposo.
c) Álvaro cometeu os crimes de roubo e homicídio qualificados.
d) Álvaro cometeu o crime de homicídio qualificado e será
responsabilizado pelo resultado morte ocorrido durante o
roubo.
e) Álvaro e Samuel cometeram o crime de roubo qualificado pelo
resultado morte.

Resposta: “d”

Comentário:

Roubo qualificado ≠ majorado.


Roubo qualificado: art. 157, § 3º - lesão grave ou morte (latrocínio).
Roubo majorado: art. 157, § 2º - causas de aumento de pena.
Álvaro cometeu homicídio qualificado: art. 121, § 2º, V (para
assegurar a impunidade do roubo).
Álvaro não praticou roubo qualificado (latrocínio), pois houve
rompimento do nexo causal e pretendeu concorrer com crime menos
grave (roubo majorado pelo concurso de pessoas e emprego de arma
de fogo).
Por ser previsível o resultado mais grave, Álvaro responderá pelo
resultado morte de acordo com o art. 29, § 2º, do CP, sendo aumentada
a pena do roubo até a metade.

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