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EM ANGOLA
CONSULTOR :
INDICE
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
Anexos
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
BM – Banco Mundial
UNICEF – Fundo das Nações Unidas para as Crianças
OMS – Organização Mundial de Saúde
BAD – Banco Africano do Desenvolvimento
PNUA – Programa das Nações Unidas para o Ambiente
SCB – Secretariado da Convenção de Bale
US – Unidade de Saúde
HIV – Vírus de Imunodeficiência
SIDA – Síndrome de Imunodeficiência Adquirida
ONG – Organização Não Governamental
MINARS - Ministério da Reinserção Social
PGRH – Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares
GRH – Gestão de Resíduos Hospitalares
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Indicadores Demográficos
Tabela 2: Estimativa populacional e taxa de crescimento (1950 a 2050). População em milhares,
taxa em percentagem.
Tabela 3: Estimativa da população por idade e sexo para 2000 e para 2025. População em
milhares
Tabela 4 : Indicadores de Saúde
Tabela 5: Força de Trabalho Nacional
Tabela 6: Distribuição das Unidades de Saúde em Angola
Tabela 7: Quadro diagnóstico das Unidades de Saúde Visitadas
Tabela 8: Estimativa de Produção de Resíduos hospitalares em Angola
Tabela 9: Símbolos e Código de Cores
Tabela 10: Quadro Comparativo das Tecnologias de Eliminação Disponíveis
Tabela 11: Vantagens e Desvantagens dos Diversos Cenários Tecnológicos
Tabela 12: Vantagens e Desvantagens dos Diversos Cenários de Gestão
Tabela 13: Estimativa de Produção Anual
Tabela 14: Quadro Lógico do Plano de Acção
Tabela 15: Quadro – resumo de Partenariado
Tabela 16: Cronograma do Plano de Acção
Tabela 17: Estimativa Orçamental
Tabela 18: Cálculo dos Orçamentos
Tabela 19: Plano de Financiamento
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
LISTA DE FIGURAS
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
RESUMO EXECUTIVO
A República de Angola situa-se na região ocidental da África Austral, ocupando uma superfície
de 1.246.700 km2 sendo pois, o terceiro país mais extenso da África Subsaariana.
Dados estatísticos revelam que a nível mundial a contaminação do vírus do HIV/SIDA por via de
manipulação dos resíduos hospitalares contaminados representa actualmente perto de 0,2%. Este
meio de contaminação constitui um problema de saúde pública e uma preocupação ambiental para
o governo na luta contra a HIV/SIDA.
A Gestão dos Resíduos Hospitalares em Angola revela uma generalizada deficiência não só ao
nível de práticas mas também ao nível de infra-estruturas.
1
U.S. Census Bureau, International Data Base, September 2004 version
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
Os resíduos hospitalares raramente sofrem triagem na fonte, sendo que, quando levada a cabo esta
refere-se apenas aos cortantes e às peças anatómicas de elevado porte resultantes de cirurgias.
Face à análise das práticas de Gestão do Resíduos Hospitalares, foram identificados alguns
factores críticos, sendo estes factores considerados decisivos para o sucesso de qualquer
intervenção no sector do resíduos hospitalares. Assim foram identificados factores críticos ao
nível da Organização e Gestão, dos Recursos Humanos, do Quadro Legislativo, da
Sensibilização e Formação e de Questões Financeiras de Investimento.
Com base nestes factores críticos é definido um plano de acção, orientado sobre cinco objectivos
estratégicos: Objectivo Estratégico 1: Reforçar o Quadro Institucional, Legislativo e
Regulamentar; Objectivo Estratégico 2: Organizar e Gerir; Objectivo Estratégico 3: Instalar e
Equipar; Objectivo Estratégico 4: Formar; Objectivo Estratégico 5: Sensibilizar e
Consciencializar a População.
Legislação nacional é o ponto de partida para melhorar e implementar práticas relacionadas com a
Gestão de Resíduos Hospitalares em qualquer país. A legislação estabelece controlos legais e
licenças para que a entidade responsável, normalmente o Ministério da Saúde, assuma a sua
implementação. Para levar a cabo o objectivo estratégico 1 estão previstas as seguintes acções:
Constituição de um grupo de trabalho a nível central para elaboração de Legislação e
Regulamentos; Elaboração pelo grupo de trabalho de Legislação e Regulamentos e fazer aprovar
a Legislação e Regulamentos.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
importantes para melhorar a qualidade dos serviços prestados, para aumentar a produtividade e
melhorar os resultados em termos de impactos dos resíduos na vida das populações. O objectivo
estratégico 2 consiste exactamente em proporcionar condições para que no País exista uma
melhor qualidade nos serviços de organização e gestão dos resíduos hospitalares. Unidades de
saúde que geram resíduos hospitalares devem estabelecer um sistema baseado nos recursos mais
adequados com vista a conseguir uma gestão de resíduos segura e amiga do ambiente. O sistema
deve começar com medidas básicas e depois ser progressivamente aperfeiçoado. Os primeiros
passos abarcam a separação e o manuseamento seguro, tratamento e eliminação final dos
resíduos. Algumas actividades importantes a realizar são:
Alocação de recursos humanos e financeiros
Minimização de resíduos, incluindo política de compras e práticas de gestão de stocks
Atribuição de responsabilidades no que respeita à gestão de resíduos
Separação dos resíduos em categorias existentes de resíduos perigosos e gerais.
Implementação das opções de manuseamento seguro, armazenamento, acondicionamento,
transporte, tratamento e eliminação
Monitorização da produção de resíduos e seu destino
Para que se possam desenvolver as actividades que consolidam um Plano de Gestão de Resíduos
Hospitalares é forçoso que existam procedimentos e equipamentos, que façam a recolha,
tratamento, transporte e eliminação dos resíduos nas melhores condições possíveis. Sem
instalações e sem equipamentos não são possíveis quaisquer intervenções nas unidades de saúde
no âmbito dos resíduos hospitalares.
O objectivo estratégico 3 consiste na análise das tecnologias disponíveis e dos diversos cenários
tecnológicos e de gestão ,de forma a dotar o país das melhores condições de tratamento e
eliminação dos resíduos hospitalares. As acções para concretizar este objectivo estratégico são:
Estudo alargado a todas as Províncias sobre soluções adequadas e sua quantificação, uma
vez que o levantamento já realizado só contemplou cinco Províncias
Procedimentos administrativos relacionados com o concurso para aquisição de
equipamentos (abertura de concurso, procurement, selecção, fiscalização)
Reuniões prévias com as unidades de saúde para análise da situação e entrega dos
equipamentos
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
O plano de formação proposto irá contemplar vários cursos com vários formatos:
A nível central será realizado um Curso de Formação de Formadores.
A nível de cada Província são propostos os seguintes cursos:
Curso de Formação sobre Organização e Gestão de Resíduos Hospitalares nas unidades de
saúde;
Curso de Formação para técnicos de manutenção e de serviços de recolha e limpeza;
Cursos de formação para pessoal técnico da saúde (médicos, enfermeiros e pessoal
auxiliar);
Cursos de Formação para agentes de instalações incineradoras e aterros sanitários.
No âmbito de todo o projecto será realizada uma avaliação externa que terá três momentos
distintos: na fase inicial, a meio do programa e na fase final.
A execução deste plano só será verdadeiramente eficaz se houver uma colaboração continua e
pró-activa de várias entidades e agentes que estão directamente ligados à problemática dos
resíduos hospitalares. As sinergias criadas pelo trabalho em conjunto permite encarar com mais
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
optimismo este grande problema angolano. Os principais actores envolvidos são o Governo
Central, o Ministério da Saúde, o Ministério da Educação, Ministério das Obras Públicas, os
Governos Provinciais e Municípios, as Unidades de saúde Públicas e Privadas, as ONG,
Organizações comunitárias, Organizações de carácter religioso, os Media, os Parceiros ao
desenvolvimento (BM, UNICEF, OMS, BAD, Cooperação bilateral, etc.), o PNUA e a OMS.
As propostas apresentadas ficam muito aquém da cobertura das necessidades, quer em termos de
quantidade, quer em termos de qualidade. No entanto realçamos a postura da razoabilidade que
sempre nos orientou.
O controlo de todos os resíduos hospitalares em todo o país deverá ser atingido de uma forma
faseada aproveitando-se as “boas práticas” adquiridas ao longo do tempo. Assim quer os
investimentos quer a componente “material” de cada fase do projecto são mais razoáveis
podendo-se obter uma melhor relação custo/benefício e impactos sociais e ambientais muito mais
evidentes.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
1. INTRODUÇÃO
Em muitos países a manipulação imprópria dos materiais contaminados pelo HIV/SIDA implica
graves consequências junto dos diferentes intervenientes na área da saúde, nomeadamente no
pessoal que trabalha nas unidades de saúde, nos municípios, suas famílias, e junto da população
(em especial as crianças de rua) que procuram materiais para reciclar nos aterros e nas lixeiras.
Esta actividade é ainda mais grave porquanto conduz ao aproveitamento e à manipulação de
resíduos contaminados, agravando o risco ambiental e sanitário.
Dados estatísticos revelam que a nível mundial a contaminação do vírus do HIV/SIDA por via
deste tipo de manipulação, ou seja, dos resíduos contaminados representa actualmente perto de
0,2%. Este problema constitui um problema de saúde pública e uma preocupação ambiental para
o governo na luta contra a HIV/SIDA.
É neste contexto que se justifica o estudo no âmbito do Projecto HAMSET para Angola.
Como resultado de uma deficiente gestão destes resíduos hospitalares, os profissionais de saúde,
os profissionais de limpeza e manutenção, os utentes das unidades de saúde e a comunidade em
geral, correm riscos de infecção.
Uma correcta Gestão dos Resíduos Hospitalares, inclui aspectos ligados à definição de políticas e
legislação, aos recursos humanos, à afectação de recursos financeiros e à formação e
consciencialização das pessoas envolvidas e da população em geral no que se relaciona com as
doenças infecciosas (como o HIV/SIDA), outras doenças transmissíveis (como a tuberculose) e
endémicas (como a malária).
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
O Projecto HAMSET, resultou de uma prévia avaliação da situação actual da Gestão dos
Resíduos Hospitalares em Angola, obtida com base em visitas e entrevistas no local,nos
ministérios, nos governo provinciais, nas empresas e nas unidades de saúde e que foram
reveladoras, na sua generalidade, de que o actual sistema de gestão está obsoleto e desadequado.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
sejam positivos, assim como para que se obtenha uma maior eficiência dos investimentos
aplicados.
2. APRESENTAÇÃO DO PAÍS
A República de Angola situa-se na região ocidental da África Austral, ocupando uma superfície
de 1.246.700 km2 (com uma fronteira marítima de 1.650km e terrestre de 4.837 km), sendo pois,
o terceiro país mais extenso da África Subsaariana.
Do ponto de vista geomorfológico Angola apresenta seis grandes zonas com características
diferenciadas: a faixa do litoral, a zona de transição para o interior, a cadeia marginal de
montanhas, o planalto central antigo, a bacia do Zaire e as bacias do Cunene e do Cubango. De
notar, que 60% do território angolano são planaltos com altitude entre 1.000 e 2.000 m e com
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
uma densa e extensa rede hidrográfica. Os principais rios angolanos são o Kwanza, o Cunene e o
Cubango cujas bacias hidrográficas ocupam parte importante do território.
Angola faz fronteira com a Répública Democrática do Congo a norte, com a Zambia a este, com a
Namíbia a sul e om o Ocenao Atlântico a oeste. As montanhas erguem-se a partir da costa,
nivelando o território Angolano num planalto que ocupa a maior parte do País. A geografía do
País torna-se tanto mais árida quando mais próximo se está do deserto do Namibe e portanto mais
para sul. O planalto norte é constituído por densa vegetação. O ponto mais alto de Angola é o
Morro do Moco que se eleva a 2.620m .
A língua oficial de Angola é a língua Portuguesa, língua amplamente utilizada em todo o país. No
entanto são faladas significativamente outras línguas nacionais, sendo as mais importantes, o
Umbundu, o Kimbundu, o Kikongo e o Tchokwe.
A capital da República de Angola é Luanda, situada na Província de Luanda, que ocupando uma
superfície de 2.417,78 km2 representa 0,19% da superfície do território nacional. A Província de
Luanda é composta por 9 municípios: Cacuaco, Cazenga, Ingombotas, Kilamba Kiaxi, Maianga,
Rangel, Samba, Sambizanga e Viana, 24 bairros e cinco comunas.
A Província de Cabinda , cuja capital é Cabinda, ocupa uma área de 7.270Km2, e é composta por
4 minicípios, Cabinda, Cacongo, Buco-Zau e Belize.
A Província da Lunda Norte, cuja capital é Dumdo, ocupa uma área de 103.000Km2, e é
compostas por 9 municípios, Tchitato, Cambulo, Chitato, Cuilo, Caungula, Cuango Lubalo,
Capenda, Camulemba e Xá Muteba.
A Província da Lunda Sul, cuja capital é Saurimo, ocupa uma área de 77.637Km2, e é composta
por 4 municípios, Saurimo, Dala, Muconda e Cacolo.
A Província do Zaire, cuja capital é M’Banza Kongo, ocupa uma área de 40.130Km2, e é
composta por 6 municípios, M’Banza Kongo, Soyo, N’Zeto, Cuimba, Noqui e Tomboco.
A Província do Uíge, cuja capital é Uíge, ocupa uma área de 58.698Km2, e é composta por 15
municípios, Zombo, Quimbele, Damba, Mucaba, Macocola, Bembe, Songo, Buengas, Sanza
Pombo, Ambuíla, Uíge, Negage, Puri, Alto Cauale e Quitexe.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
A Província do Bengo, cuja capital é Caxito, ocupa uma area de 33.016Km2, e é composta por 5
municípios, Dande, Ambriz, Icolo e Bengo, Muxima e Nambuangongo.
A Província do Kwanza Norte, cuja capital é N’Dalatando, ocupa uma área de 24.110Km2, e é
composta por 13 municípios, Cazengo, Lucala, Ambaca, Golungo Alto, Dembos, Bula Atumba,
Cambambe, Quiculungo, Bolongongo, Banga, Samba Cajú, Gonguembo e Pango Alúquem.
A Província de Malanje, cuja capital é Malanje, ocupa uma área de 97.602Km2, e é composta por
14 municípios, Massango, Marimba, Calandula, Caombo, Cunda-Dia-Baza, Cacuzo, Cuaba
Nzogo, Quela, Malanje, Mucari, Cangandala, Cambundi-Catembo, Luquembo e Quirima.
A Província do Kwanza Sul, cuja capital é Sumbe, ocupa uma área de 55.660Km2, e é composta
por 12 municípios, Sumbe, Porto Amboim, Quibala, Libolo, Mussende, Amboim, Ebo, Quilenda,
Conda, Waku Kungo, Seles e Cassongue.
A Província de Benguela, cuja capital é Benguela, ocupa uma área de 31.78Km2, e é composta
por 9 municípios, Lobito, Bocoio, Balombo, Ganda, Cubal, Caiambambo, Benguela, Baía Farta e
Chongoroi.
A Província do Huambo, cuja capital é Huambo, ocupa uma área de 34.270Km2, e é composta
por 11 municípios, Huambo, Londuimbale, Bailundo, Mungo, Tchindjenje, Ucuma, Ekunha,
Tchicala-Tcholoanga, Catchiungo, Longongo e Caála.
A Província do Bié, cuja capital é Kuito, ocupa uma área de 70.314Km2, e é composta por 9
municípios, Kuito, Andulo, Nharea, Cuemba, Cunhinga, Catabola, Camacupa, Chinguar e
Chitembo.
A Província do Moxico, cuja capital é Luena, ocupa uma área de 223.023Km2, e é composta por
9 municípios, Moxico, Camanongue, Léua, Cameia, Luau, Lucano, Alto Zambeze, Luchazes e
Bundas
A Província do Namibe, cuja capital é Namibe, ocupa uma área de 58.137Km2, e é composta por
5 municípios, Namibe, Camacuio, Bibala, Virei e Tombwa.
A Província da Huíla, cuja capital é o Lubango, ocupa uma área de 75.002Km2, e é composta por
13 municípios, Quilengues, Lubango, Humpata, Chibia, Chiange, Quipungo, Caluquembe,
Caconda, Chicomba eMatala, Jamba, Chipindo e Kuvango.
A Província do Cunene, cuja capital é Ondjiva, ocupa uma área de 87.342Km2, e é composta por
6 municípios, Cuanhama, Ombadja, Cuvelai, Curoca, Cahama e Namacunde.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
Em termos gerais pode afirmar-se que a população angolana se caracteriza por uma forte
dinâmica demográfica, por um desigual crescimento e distribuição em termos provinciais e por
uma crescente urbanização.
---------------2000------------------ -------------------2025--------------------
IDADE TOTAL HOMENS MULHERES TOTAL HOMENS MULHERES
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
Como se pode inferir pela análise da Tabela 1, as taxas de natalidade e de mortalidade estão em
alta, acompanhando as elevadíssimas taxas de fertilidade e de mortalidade infantil. Como já
referenciado, a taxa de prevalência do HIV/SIDA é de 3,9% sendo já significativa.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
A tabela seguinte refere-se aos recursos humanos existentes em Angola na área da saúde, e a sua
distribuição por categorias profissionais.
PROFISSIONAIS 2003
Médicos 811
Téc. Sup. Não Médico 42
Enfermeiros Superiores 163
Enfermeiros 16.451
Técnicos de RX 566
Farmácia 716
Laboratório 1.422
Estomatologia 235
Fisioterapia 118
Ortoprotésico 128
Dietista 11
Estatística Médica 274
Electrocefograma 2
Anatomia Patológica 3
Outros 122
Pessoal Administrativo 20.221
Apoio Hospitalar 4.754
Área de Acolhimento 5.379
FONTE: Ministério da Saúde
Tabela 5: Força de Trabalho Nacional
A Lei n.º 21-A/92 (Lei de Bases do Sistema Nacional de Saúde) estabelece as Linhas Gerais da
Política de Saúde. O Artigo 19º do Capítulo II, estabelece que compete às Autoridades
Provinciais de Saúde propor os planos de actividade e o orçamento respectivo, bem como
acompanhar a sua execução e deles prestar contas. O Artigo 31º do Capítulo III, regula o Apoio
ao Sector Privado, e no Artigo 33º a intervenção de Instituições Privadas de Fins Não Lucrativo
com Objectivos de Saúde.
A Lei n.º 5/87 (Regulamento Sanitário da República de Angola), estabelece as competências das
Autoridades Sanitárias e da Polícia Sanitária e Mortuária assim como a obrigatoriedade de
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
participação das doenças transmissíveis e das etapas a seguir nestes casos. Esta lei contempla
também a fiscalização de géneros alimentícios.
Em seguimento da Lei de Bases do Ambiente, foi aprovada a Lei nº 6/02, de 21 de Junho – Lei
das Águas, que estabelece os princípios gerais do regime jurídico inerente ao uso dos Recursos
Hídricos. No Artigo 67º desta Lei estão descritas as actividades interditas, sendo interdito“ b)
acumular resíduos sólidos, desperdícios ou quaisquer substâncias em locais e condições que
contaminem ou criem perigo de contaminação das águas.”.
Na presente data ainda não existe em Angola enquadramento legal para os resíduos hospitalares,
nem de quaisquer actividades ligadas ao seu manuseamento, tratamento ou destino final. Existe
unicamente um esboço de um plano de gestão dos resíduos sólidos hospitalares a nível das
unidades de saúde.
De acordo com a Lei n.º 21-B/92, de 28 de Agosto – Lei de Bases do Sistema Nacional de Saúde,
no Artigo 1º, a Prestação de Cuidados Sanitários estabelece-se em três níveis:
a) Nível Primário ou de cuidados primários de saúde;
b) Nível Secundário ou da rede hospitalar polivalente;
c) Nível terciário ou de rede diferenciada;
Ainda de acordo com esta Lei, as estruturas Básicas de Saúde do Serviço Nacional de Saúde e a
sua cobertura, são as seguintes: Posto de Saúde, Centro de Saúde, Centro de Saúde de
Referência/Hospital Municipal, Hospital Geral, Hospital Central e Estabelecimentos e Serviços
Especiais. Esta Lei, descreve ainda as várias estruturas Básicas de Saúde e as suas competências e
obrigações.
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Ministro
Vice-ministro(s)
Órgãos de
Órgãos Órgãos de Apoio Apoio Órgãos executivos Órgãos Tutelados
Técnico Instrumental Centrais
Consultivos
Gabinete de
Conselho Estudos, Gabinete do Direcção Nacional Instituto Nacional de
Consultivo Planeamento e Ministro de Saúde Pública Saúde Pública
Estatística
Direcção Nacional
Gabinete Gabinete de de Medicamentos e Hospitais de Referência
Jurídico Intercâmbio Equipamentos
International
Fundo de
Secretaria Desenvolvimento Sanitário
Geral de Angola
Delegações
Municipais
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
Província de Luanda :
• Hospital Josina Machel
• Maternidade Augusto N’Gangula
• Hospital Central Américo Boavida
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
Estas visitas no terreno, revelaram uma certa homogeneidade nas práticas de gestão dos resíduos
hospitalares em todas as unidades de saúde á excepção da Clínica privada Sagrada Esperança em
Luanda, que não só mantêm algumas metodologias de gestão dos resíduos hospitalares, como
possui equipamentos de eliminação em funcionamento.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
É notória, a frequente falta de higiene, e por vezes existem resíduos sólidos e líquidos no chão das
Unidades Sanitárias.
Os resíduos líquidos são sem excepção vazados nas pias da casa de banho ou dos laboratórios,
tendo por isso como destino, o sistema público de esgoto.
Figura 4: balde dos resíduos em plástico Figura 5: Balde dos resíduos em alumínio
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
Equipas de Limpeza
Algumas Unidades de saúde da Província de Luanda têm contratos com empresas privadas de
limpeza. No entanto na maiorida das US da capital e em especial nas províncias, a limpeza é
assegurada por equipas afectas às respectivas US.
Estas equipas de limpeza, são constituídas por empregadas de limpeza que estão encarregues não
só da limpeza, mas também da pré-recolha, recolha e frequentemente armazenamento dos
resíduos produzidos nas salas de tratamento, enfermarias, blocos operatórios, salas de parto, salas
de espera, etc.
Na generalidade das unidades de saúde, as equipas de limpeza nem sempre utilizam equipamento
de protecção, tal como luvas e más caras, mesmo no que diz respeito aos funcionários das
empresas privadas de limpeza embora estas forneçam este tipo de equipamento.
A triagem dos resíduos varia conforme os serviços das Unidades de saúde em questão, e refere-se
essencialmente a agulhas, cortantes e em alguns casos placentas. Com efeito, a nível da maior
parte das estruturas sanitárias, os resíduos hospitalares não são objecto de triagem, excepção feita
para as agulhas que são escolhidas e armazenadas em frascos de soro, garrafas de plástico ou
embalagens de sumo recuperadas. Os frascos ou garrafas cheios, são depois colocados nos
contentores de armazenagem juntamente com os restantes resíduos, sendo no entanto frequente
encontrar agulhas e outros cortantes nos caixotes de lixo.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
Nos bancos de sangue, os sacos com sangue declarados positivos ao HBS (hepatite B) e ao HIV
(SIDA) são escolhidos e armazenados à parte num equipamento refrigerador antes da eliminação
(no caso da Província de Luanda, esta eliminação é efectuada pelo Hospital Central Américo
Boavida).
As caixas de petri contendo culturas, são colocadas à parte e esterilizadas em autoclave antes da
sua rejeição nos caixotes de lixo.
Em algumas Unidades de saúde, sobretudo na capital, também é efectuada triagem nas salas de
parto. Os derivados de parto (placentas, e derivados líquidos) são colocados em sacos de plásticos
que são posteriormente amarrados, encaminhados para um local de armazenamento intermédio
(normalmente casas de banho) e depois colocados nos contentores da empresa de Resíduos
hospitalares (RECOLIX). Nas Províncias a situação é diferente, visto que na maior parte das
unidades de saúde os derivados de parto são ensacados e colocados no contentor público ou em
lixeira pública. No Centro de Saúde da Mitcha e no Centro de Saúde do Tchioco (ambos na
Província da Huíla), os derivados de parto são levados pelos familiares.
A roupa suja é, regra geral, encaminhada à parte para a lavandaria, sendo frequente que os
doentes levem a sua própria roupa de cama pelo que nestes casos são os familiares que tratam da
roupa suja, contaminada ou potencialmente contaminada.
Figura 10: Recipiente para triagem de agulhas Figura 11: Recipiente para triagem de agulhas
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
Figura 12: Recipiente para triagem de agulhas Figura 13: Recipiente para triagem de agulhas
Armazenagem Intermédia
A maior parte dos resíduos recolhidos nos diferentes serviços, não sofre nenhuma armazenagem
específica. Excepção feita às agulhas, que são primeiramente armazenadas em garrafas de
plàstico ou frascos de soro ou ainda em embalagens de sumo, e em seguida colocadas junto aos
restantes resíduos.
Figura 15: Local de Armazenagem Intermédia Figura 16: Local de Armazenagem Intermédia
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
Figura 17: Local de Armazenagem Intermédia Figura 18: Local de Armazenagem Intermédia
Na grande maioria das unidades de saúde, o transporte dos resíduos é efectuado pelo pessoal de
limpeza, em sacos ou em baldes, com ou sem suporte rodado. Os resíduos, são transportados para
os locais de armazenagem final, sem qualquer protecção quer dos resíduos quer do pessoal de
limpeza (não utilizam luvas, nem sacos) e a qualquer hora do dia, mesmo nos períodos de maior
afluência de utentes. A roupa suja é algumas vezes transportada através de suporte rodado. A
evacuação dos desperdícios é permanente e faz-se mesmo à hora de maior afluência de utentes.
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Na maior parte das unidades de saúde visitadas, os resíduos são colocados não ensacados, em
contentores públicos ao ar livre ou mesmo em lixeiras nas traseiras das Unidades de saúde, de
fácil acesso a pessoas e animais e expostos às condições climatéricas. De realçar, que dados os
elevados níveis de pobreza existentes, é frequente encontrar pessoas remexendo no lixo.
Figura 21: Depósito de resíduos ao ar livre Figura 22: Depósito de resíduos ao ar livre
Figura 23: Depósito de resíduos ao ar livre Figura 24: Depósito de resíduos ao ar livre
Figura 25: Local de Armazenagem fechado Figura 26: Local de Armazenagem fechado
Hospital Pediátrico David Bernardino Clínica Sagrada Esperança
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Recuperação/ Reutilização
O material utilizado durante as intervenções cirúrgicas (pinças, tesouras, etc.), é esterilizado por
autoclave ou estufa, e reutilizado. O material de vidro nos laboratórios, também é utilizado após
lavagem ou desinfecção.
Na maioria dos casos, o transporte é efectuado pelo município, pelo que os resíduos hospitalares
contaminados têm o mesmo destino que os resíduos urbanos. Em algumas Unidades de saúde na
Província de Luanda os resíduos são transportados pela empresa privada RECOLIX, sendo estes
recolhidos por norma diariamente. Geralmente, a frequência do serviço assegurado pelos
municípios não é regular, sendo normalmente a sua recolha efectuada com intervalos de semanas.
O Hospital Central de Cabinda, tem uma instalação incineradora de dupla câmara. Na altura da
visita, esta instalação não se encontrava em funcionamento por dificuldades em adquirir
combustível, no entanto foi garantido que estava em boas condições de funcionamento.
No Hospital Central Agostinho Neto, no Lubango, também existe uma pequena incineradora
sendo que para alé de funcionar a temperaturas muito baixas têm problemas no sistema de
eliminação de fumos.
Na maior parte das Unidades de saúde de menor dimensão, centros e postos de saúde, os resíduos
são queimados a céu aberto nas traseiras das instalações.
As placentas, são na sua maioria tratadas como os restantes resíduos, visto que são juntas ao
circuito ao nível da armazenagem intermédia nas Unidades de saúde, salvo as excepções em que
os familiares as levam consigo.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
Relativamente às roupas sujas, estas são encaminhadas para as lavandarias das Unidades de saúde
ou levadas para casa pelos familiares dos pacientes. É de realçar o generalizado estado de
degradação e falta de equipamentos encontrado nas lavandarias, sendo que muitas vezes a roupa é
lavada á mão em tanques. Esta roupa, uma vez introduzida de novo no circuito da Unidade de
Saúde pode provocar contaminações diversas ao pessoal de saúde e utentes.
Figura 27:Lixeira Pública nas traseiras da US Figura 28: Queima ao ar livre nas traseiras da US
(Posto Saúde Tchioco)
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
Resíduos Líquidos
Os resíduos líquidos (sangue, urina, etc.) são eliminados nos lavabos e pias para as redes de
esgotos, ou lançados no caixote de lixo com os tubos de análises clínicas.
Ao nível das instâncias de direcção existe um desajuste entre a percepção e a realidade em termos
de riscos, que poderá ser justificado pelo longo período de guerra a que Angola esteve sujeita.
Ao nível da unidades de saúde, o pessoal técnico de saúde têm na maioria das vezes noção dos
riscos, mas a falta de equipamentos e de infra-estruturas, assim como o estado de degradação das
instalações, levam a que na prática esses riscos sejam muitas vezes relativizados.
Figura 33: Degradação das Infraestruturas Figura 34: Degradação das Infraestruturas
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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utentes são
separados
dos restantes
Província do Bengo :
Hospital do Não Cestos de plástico Sem suporte Traseiras da US Não Não Mesmo destino
Ambriz sem saco rodado em lixeira a céu que os restantes
aberto resíduos
Hospital de Não Cestos de plástico Sem suporte Traseiras da US Não Não Mesmo destino
Catete sem saco rodado em lixeira a céu que os restantes
aberto resíduos
Província de Cabinda :
Hospital Reservada às Hemoterapia : Sem suporte Contentores sem Incinerador que nem Hemoterapia : Incineradas Enterradas no
Central de agulhas Sacos vermelhos rodado protecção dentro sempre funciona por Contentores junto com Cemitério
Cabinda para resíduos das instalações da dificuldades na rígidos e outros resíduos Municipal
contaminados e Unidade de Saúde aquisição de identificados. contaminados
sacos brancos e contentores da combustível Incineração de quando o
para resíduos rede pública fora Hemoterapia :entrega cortantes incinerador está
comuns das instalações da os resíduos á Restantes em
Restantes Unidade de Saúde « CABINDA GULF » Serviços : funcionamento
Serviços :Cestos Equipamentos
de plástico sem desadequados,
saco. Caixas de nomeadamente
papelão garrafas de água
ou de soro,
pacotes sumo, etc
Hospital Reservada às Cestos de plástico Sem suporte Contentores da Não- Contentores da Equipamentos Enterradas no
Militar agulhas sem saco. Caixas rodado rede pública fora rede pública fora das desadequados, Cemitério
de papelão das instalações da instalações da Unidade nomeadamente Municipal
Unidade de Saúde de Saúde garrafas de água
ou de soro,
pacotes de sumo,
etc.
Província da Huíla :
Hospital Reservada às Cestos de plástico Sem suporte Contentores Incinerador a baixas Equipamentos Incineradas nas Enterradas no
Central A. agulhas sem saco. Caixas rodado fechados e temperaturas e desadequados, instalações da Cemitério
Agostinho de cartão contentores da Contentores da rede nomeadamente Unidade de Municipal
Neto rede pública fora pública fora das garrafas de água Saúde
das instalações da instalações da Unidade ou de soro,
Unidade de Saúde de Saúde pacotes de sumo,
etc.
Hospital Reservada Cestos de plástico Sem suporte Contentores da Não. Contentores da Equipamentos _______
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Pediátrico aos cortantes sem saco. Caixas rodado rede pública rede pública desadequados,
Pioneiro Zeca de cartão dentro das nomeadamente
instalações da garrafas de água
Unidade de Saúde ou de soro,
pacotes de sumo,
etc.
Centro de Não Cestos de plástico Sem suporte Contentores da Não. Contentores da Não São por vezes _____
Saúde da sem saco. Caixas rodado rede pública rede pública levados para
Mitcha de cartão dentro das casa pela
instalações da população.
Unidade de Saúde Mesmo destino
que os restantes
resíduos
Centro de Reservada Cestos de plástico Sem suporte Buraco no terreno Não. Todos os resíduos Caixas de cartão ________ ________
Saúde do aos cortantes sem saco. Caixas rodado nas traseiras da são queimados num fornecidas pela
Tchioco de cartão Unidade de Saúde buraco no terreno nas UNICEF. São
traseiras da Unidade de depois queimadas
Saúde junto com os
restantes resíduos
Província da Lunda Norte:
Hospital Reservada a Cestos de plástico Sem suporte Contentores da Não. Contentores da Caixas de cartão São por vezes São separadas
Provincial do agulhas e sem saco. Caixas rodado rede pública rede pública fornecidas pelo levados para e colocadas
Dundo seringas de de cartão dentro das Programa casa pela em sacos que
vacinações instalações da Nacional de população. vão depois
Unidade de Saúde Vacinação Mesmo destino para a rede
(destinadas que os restantes pública. São
apenas a agulhas resíduos depois
e seringas de enterradas a
vacinação). cargo da rede
pública de
recolha de
resíduos.
Posto Médico Não Caixas de cartão Sem suporte Buraco no terreno Não. Todos os resíduos Não. ________ ________
do Bairro da rodado nas traseiras da são queimados num
Estufa Unidade de Saúde buraco no terreno nas
traseiras da Unidade de
Saúde
Posto Médico Não Caixas de papelão Sem suporte Buraco no terreno Não. Todos os resíduos Não. ________ ________
do Bairro da rodado nas traseiras da são queimados num
Ritenda Unidade de Saúde buraco no terreno nas
traseiras da Unidade de
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Saúde
Província do Kwanza Sul:
Hospital Não. Caixas de papelão Sem suporte Contentores sem Não. Todos os resíduos Não. Mesmo destino Mesmo
Províncial 17 rodado protecção são queimados num que os restantes destino que os
de Setembro colocados nos buraco no terreno nas resíduos restantes
pátios da Unidade traseiras da Unidade de resíduos
de Saúde Saúde
Hospital Dr. Não. Cestos de plástico Sem suporte Os resíduos são Não. Não. Mesmo destino Mesmo
Agostinho sem saco. Caixas rodado vazados na rua, que os restantes destino que os
Neto de cartão sendo atirados resíduos restantes
através da vedação resíduos. Vão
da Unidade de por vezes a
Saúde enterrar.
Posto de Saúde Não. Caixas de papelão Sem suporte Buraco no terreno Não. Todos os resíduos Não. Mesmo destino Mesmo
do Pinda rodado nas traseiras da são queimados num que os restantes destino que os
Unidade de Saúde buraco no terreno nas resíduos restantes
traseiras da Unidade de resíduos
Saúde
Tabela 7: Quadro diagnóstico das Unidades de Saúde Visitadas
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A selecção dos vectores que caracterizam a gestão de resíduos hospitalares em Angola é uma
sequência do inquérito elaborado e apresentado às unidades de saúde, de várias entrevistas e de
muitas reuniões com elementos do Ministério da Saúde, dos Governos Provinciais, de unidades
de saúde públicas e privadas e de personalidades angolanas realizadas na cidade de Luanda e nas
Províncias de Luanda, Bengo, Cabinda, Lunda-Norte e Huíla. Com base nas informações obtidas
junto destas Províncias foi possível inferir para todo o país os seguintes vectores:
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
Consciência por parte dos responsáveis para a gestão dos resíduos hospitalares aliado à
disponibilidade do Governo e das instituições internacionais para investir em infra-estruturas
e no sistema de saúde
Recursos humanos com capacidade de assimilação de novas tecnologias e de novas áreas de
conhecimento apoiados pelas ONG’s existentes em Angola e financiados por instituições
internacionais favorecem a execução do Plano de Resíduos hospitalares em Angola
A existência de algumas unidades de incineração e a disponibilidade de instalações (embora
com necessidades de remodelações) face à fase actual de aumento de investimentos quer do
Governo quer de entidades financiadoras internacionais permite criar um quadro positivo de
condições tecnológicas a curto prazo.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
3.2.6. Conclusão
Face á análise efectuada no ponto anterior, poderemos desde já indicar alguns factores críticos,
sendo estes factores considerados decisivos para o sucesso de qualquer intervenção no sector do
resíduos hospitalares.
ORGANIZAÇÃO E GESTÃO
• Necessidade de uma gestão adequada a todos os níveis, com planos de gestão integrada,
nomeadamente:
• gestão estratégica dos resíduos hospitalares quer a nível central, quer a nível
provincial quer ainda a nível das Unidades de saúde;
• organização e gestão de todo o processo de recolha, armazenagem e destino final
bem como das actividades inerentes;
• organização e gestão da logística dos transportes;
• organização e gestão das unidades incineradoras e aterros sanitários;
• Necessidade de encontrar soluções conjuntas para problemas comuns;
• Criação de sinergias entre as Unidades de saúde e as entidades gestoras de aterros
e de incineradoras;
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RECURSOS HUMANOS
• Necessidade de sensibilizar e formar o pessoal ligado ao sector da saúde de forma a o
qualificar e o manter motivado a todos os níveis
SENSIBILIZAÇÃO E FORMAÇÃO
• Qualquer intervenção na Gestão de Resíduos hospitalares necessita de disponibilidade de
todos os agentes envolvidos, pelo que é premente a forte sensibilização de todos estes;
• Desenvolver programas de sensibilização, amplos e abrangentes, dirigidos aos agentes
intervenientes no sistema de saúde e à população em geral, da necessidade higiene e do
tratamento dos resíduos hospitalares. A componente sensibilização deve incidir não só ao
nível dos Resíduos hospitalares mas também ao nível da higiene, visto ser muito difícil
alertar todos os agentes envolvidos –entidades, dirigentes, pessoal e utentes - para a
problemática dos Resíduos hospitalares em Unidades de saúde degradadas e com
deficiente situação de higiene;
• É de realçar a complexidade das componentes sensibilização e formação , visto implicar
mudança de mentalidades, o que se revela sempre num processo moroso;
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
Kunene 2 147 221 132 4.8290 8 144 52.560 52 260 94.900 195.750
Luanda 12 216 1.946 1167 42.6065 34 612 223.380 13 65 23.725 673.170
Lunda Norte 5 148 556 333 12.1709 5 90 32.850 12 60 21.900 176.459
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
4.1.1. Introdução
Nestes domínios os acordos internacionais são muito importantes, tendo sido alcançados em
relação aos princípios-base quer da saúde pública, quer da gestão de resíduos perigosos. Tais
princípios descritos abaixo, devem ser tidos em consideração aquando da formulação da
legislação e dos regulamentos nacionais no âmbito da gestão dos resíduos hospitalares :
• Convenção de Basileia, assinada por mais de 100 países, diz respeito aos movimentos
transfronteiriços de resíduos perigosos sendo também aplicável aos resíduos hospitalares.
Os países que assinaram esta Convenção, aceitaram o princípio de que o único
movimento transfronteiriço de resíduos perigosos aceitável, é a exportação por parte de
países que não possuam instalações ou conhecimentos necessários à correcta eliminação
destes resíduos para outros países com essas capacidades e competências. Os resíduos
exportados devem ser rotulados segundo as normas internacionais.
• Princípio do “Poluidor – Pagador”, obriga a que todos os produtores de resíduos sejam
responsáveis, legal e financeiramente, pela eliminação segura e ambientalmente
responsável dos resíduos por eles produzidos. Este princípio aponta também para a
responsabilidade do causador dos danos ao ambiente.
• Princípio da Precaução, é a principal chave para promover a protecção da Saúde e da
Segurança. Segundo este princípio, quando a amplitude de um risco não é conhecida, esse
risco deve ser assumido como significante e devem ser tomadas medidas adequadas de
protecção da Saúde e da Segurança.
• “Princípio do Dever do Cuidado”, estipula que qualquer pessoa que manuseie ou
desempenhe actividades de gestão de substâncias perigosas ou equipamento relacionado é
eticamente responsável pelo uso do maior cuidado possível.
• “Princípio da Proximidade”, recomenda que o tratamento e eliminação de resíduos
perigosos deve ser realizado no local mais próximo possível da sua fonte por forma a
minimizar riscos inerentes ao seu transporte. De acordo com este princípio, todas as
comunidades devem reciclar ou eliminar os resíduos que produzem dentro dos seus
limites territoriais.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
A legislação nacional é o ponto de partida para melhorar e implementar práticas relacionadas com
a gestão de resíduos hospitalares em qualquer país. A legislação, estabelece controlos legais e
licenças para que a entidade responsável, normalmente o Ministério da Saúde, assuma a sua
implementação. O Ministério do Ambiente ou a Entidade Nacional para a Protecção Ambiental,
devem estar também envolvidos, devendo existir uma clara definição das responsabilidades de
cada um antes de a legislação ser decretada.
A legislação deve referir documentos sobre política e directivas técnicas, relacionadas com a
gestão dos resíduos hospitalares.
Este “pacote legal” deve:
especificar regulamentos sobre o tratamento das diversas categorias de resíduos, triagem,
recolha, armazenagem, manuseamento, transporte e eliminação dos resíduos;
dar especificações sobre a formação requerida;
ter em conta os recursos, equipamentos e instalações disponíveis no País;
ainda ter em conta os aspectos culturais afectos ao manuseamento dos resíduos.
A Lei Nacional de Resíduos hospitalares pode ser levada a cabo isolada ou como parte integrante
de legislação mais abrangente, tal como:
• Legislação sobre Gestão de Resíduos Perigosos (a sua aplicabilidade aos resíduos
hospitalares deve ser evidenciada)
• Legislação sobre Higiene Hospitalar e Controlo de Infecções (devendo ser estabelecido
um capítulo ou artigo específico para os resíduos hospitalares)
A Lei Nacional deve incluir os seguintes pontos:
• Definição clara de resíduos hospitalares perigosos ou potencialmente perigosos e todas as
suas categorias;
• Uma indicação precisa das obrigações legais dos produtores de resíduos hospitalares, no
respeitante ao seu manuseamento e eliminação;
• Especificações sobre a manutenção de registos e relatórios sobre os resíduos hospitalares;
• Especificações para a implementação de um sistema de inspecção por forma a garantir o
cumprimento da lei e a aplicação de penalidades pela sua contravenção;
• Designação do Tribunal responsável por disputas decorrentes da aplicação ou do não
cumprimento da lei.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
As directivas técnicas associadas à legislação, devem ser práticas e directamente aplicáveis. Estas
devem incluir as seguintes especificações:
• Quadro legal cobrindo a gestão segura dos resíduos hospitalares, higiene hospitalar,
saúde e segurança ocupacional (limites de emissões atmosféricas poluentes e medidas de
protecção dos recursos aquáticos podem também ser aqui contemplados e remetidos a
outras directivas nacionais);
• Práticas para a minimização dos resíduos;
• Práticas de triagem, manuseamento, armazenagem e transporte de resíduos hospitalares;
• Métodos de tratamento e de eliminação recomendados para cada categoria de resíduos
hospitalares sólidos e líquidos.
A definição de resíduos hospitalares e a discriminação das suas diferentes categorias, deve ser
incluída não só na Lei, mas também nas directivas técnicas.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
4.2.1. Introdução
A melhoria da gestão em toda a fileira, desde os serviços centrais até à mais pequena unidade de
saúde num local remoto de uma província, é muito importante para que se possam atingir os
resultados esperados pelo Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares.
Este objectivo estratégico consiste exactamente em proporcionar condições para que no País
exista uma melhor qualidade nos serviços de organização e gestão dos resíduos hospitalares. Para
esse efeito, poderemos enumerar alguns passos para o desenvolvimento de um plano de gestão de
resíduos hospitalares:
a) Designar uma pessoa que assuma a responsabilidade do plano a nível nacional e as equipas a
nível nacional, provincial e hospitalar
Este director, deve ser responsável pela operação e monitorização do sistema de gestão de
resíduos a nível nacional, devendo agir como autoridade delegada no que respeita aos aspectos
de fazer cumprir as normas e a legislação entretanto aprovada. O conhecimento do País, do
sistema de saúde e da técnica de tratamento dos resíduos, a atitude pró-activa e a motivação são
características importantes de forma a melhorar as práticas ligadas aos resíduos, ao controle das
infecções e à higiene.
A dimensão da unidade de saúde, condiciona a formação das equipas que a nível local irão
assegurar todas as tarefas ligadas aos resíduos hospitalares. Assim para um hospital de maior
dimensão (hospitais gerais e centrais), sugere-se que a equipa seja formada pelo director do
hospital, por directores de alguns departamentos, pelo director farmacêutico, pelo enfermeiro-
chefe, pelo elemento com funções de controlo de infecções, pelo engenheiro com
responsabilidades nos serviços de manutenção e limpeza, pelo director de gestão de resíduos
hospitalares e pelo director financeiro. Na unidades de saúde de menor dimensão, sugere-se que o
responsável pelo controlo das infecções seja responsável pelo planeamento de gestão de resíduos
hospitalares.
Deverá ser realizado um inquérito de forma a fazer-se o levantamento da situação sobre a gestão
dos resíduos hospitalares em cada estabelecimento de saúde, para se identificar as dificuldades e
as necessidades existentes. O director de gestão de resíduos hospitalares, em cooperação estreita
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
com as equipas dos hospitais, deve ser o responsável pelo inquérito e pela análise posterior dos
resultados. O inquérito constitui uma base para identificar oportunidades de melhoria na recolha,
acondicionamento, manuseamento e eliminação dos resíduos devendo contemplar os seguintes
aspectos:
i) composição dos resíduos;
ii) quantidade dos resíduos;
iii) fontes de geração dos resíduos;
iv) número de camas.
Os resultados do inquérito, devem ser apresentados na forma de quantidade média diária (Kg) de
resíduos produzidos em cada categoria de resíduos por cada departamento. As estimativas, devem
ter em conta também epidemias ocorridas no passado, assim como outras emergências que
afectem a quantidade de resíduos produzidos. O inquérito deverá recolher outro tipo de
informações tais como:
Informação geral: tipos de resíduos produzidos no estabelecimento de saúde, número de
departamentos médicos, número de camas e taxas de ocupação entre outros;
Inventário dos equipamentos e das instalações de tratamento e eliminação dos resíduos, assim
como uma avaliação das suas capacidades e eficiência;
Análise das práticas existentes de gestão de resíduos hospitalares, como sejam a separação, o
armazenamento, a recolha, o transporte, o tratamento e a destruição final;
Informação sobre os equipamentos existentes, nomeadamente: quantidade de contentores,
carrinhos de transporte e outros equipamentos usados na recolha, manuseamento e transporte
dos resíduos;
Informação sobre as responsabilidades e papéis do pessoal envolvido no controle da higiene e
na gestão dos resíduos hospitalares e as suas aptidões;
Identificar os custos relativos à gestão de resíduos hospitalares;
Verificar a existência de um sistema de código de cores para contentores e carrinhos de
resíduos;
Avaliar a segurança existente (por exemplo roupa de protecção) e medidas de segurança (por
exemplo em caso de derrames ou acidentes químicas);
Analisar a capacidade de resposta de emergência (aspectos como medidas especiais para
gestão de largas quantidades de resíduos em caso de afloramentos de doenças como a cólera
ou febres do tipo hemorrágicas);
Estabelecer um programa de formação e de consciencialização sobre este domínio;
Fazer uma análise das medidas de contingência aplicadas em caso de uma quebra de unidades
de tratamento de resíduos hospitalares ou de manutenção planeada;
Recolher desenhos do estabelecimento de saúde e dos departamentos, mostrando os layouts
dos departamentos médicos, dos equipamentos e dos locais de tratamento e eliminação de
resíduos (tais como os incineradores), os equipamentos e os locais armazenamento de
resíduos, os percursos dos carrinhos de transporte de resíduos através da unidade de saúde, o
equipamento de segurança, localização dos quartos dos doentes, localização do equipamento
para desinfecção e esterilização de utensílios médicos reutilizáveis, as áreas de lavagem e
desinfecção dos carrinhos de recolha de resíduos, acessos à unidade de saúde;
Preparar desenhos e especificações dos contentores (para resíduos perigosos e objectos
perfurantes/cortantes, entre outros), carrinhos, sacos de plástico (espessura, comprimento e
largura) e roupa protectora para ser usada no manuseamento de cada categoria de resíduos
(por exemplo luvas, máscaras, aventais de plástico, botas, protecção ocular, etc.).
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
As unidades de saúde, devem em primeiro lugar centrar-se nas práticas e nos procedimentos
seguros para a separação de resíduos hospitalares, recolha interna e armazenamento, medidas que
têm um enorme impacto na redução das graves consequências devido a práticas deficientes de
higiene. As melhorias nestes campos devem incluir no mínimo os seguintes aspectos:
1. Separação:
• Separação de resíduos em três categorias (resíduos gerais, resíduos hospitalares perigosos e
cortantes);
• Uso de posters e checklists para ajudar a separar os resíduos;
• Uso de códigos de cor nos sacos/contentores ou (se não for possível) etiquetagem clara dos
sacos e contentores para diferenciar entre categorias de resíduos;
• Uso de etiquetas para resíduos fechados em sacos de cor amarela ;
• Existência de medidas de segurança (roupa de protecção, etc.) e de resposta de emergência
(em caso de ferimentos com objectos perfurantes, por exemplo);
• Aumento da consciencialização e formação prática no local de trabalho ;
2. Armazenamento
Manter áreas de armazenamento intermédias e contentores afastados das áreas dos pacientes;
Separar áreas de armazenamento intermédio e contentores para resíduos perigosos e resíduos
gerais;
Estabelecimento de uma rotina/horário de recolha e transporte de resíduos ensacados;
Limpeza e desinfecções periódicas das áreas de armazenamento intermédias e dos
contentores.
3. Transporte interno
• Uso de códigos de cor nos carrinhos e contentores com rodas ou (se não for possível) colocar
sinais coloridos nos mesmos, para diferenciar quais se destinam a resíduos gerais e quais se
destinam a resíduos perigosos;
• Carrinhos com rodas destinados ao transporte e contentores (estanques e com tampa) para
recolha e transporte de resíduos perigosos;
• Existência de medidas de segurança (como roupa de protecção e resposta de emergências em
caso de derrames ou ferimentos profissionais);
• Aumento da consciencialização e da formação prática no local de trabalho.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
Deve ser desenvolvido um plano de trabalho, que contenha informação prática para
melhoramentos na gestão de resíduos em cada departamento médico. Esse plano deve integrar
alguns tópicos, nomeadamente:
Listas de verificação contendo os passos para a separação segura das categorias de resíduos,
métodos para a esterilização de instrumentos reutilizáveis, entre outros;
Processos a levar a cabo e calendarização para implementação dessas melhorias na gestão de
resíduos, em áreas como a da separação, manuseamento e recolha, transporte e tratamento, e
ainda a definição de responsabilidades;
Formação e actividades para promoção da consciencialização como forma de introduzir os
procedimentos para a implementação de actividades planeadas, por exemplo, posters,
folhetos, guias de formação, cursos de formação, visitas e formação
O Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares, deve ser discutido pela equipa de gestão de resíduos
hospitalares e submetido a aprovação pela chefia do estabelecimento de saúde. Caso seja
aprovado, a implementação passa a ser da responsabilidade da direcção do estabelecimento de
saúde.
Para efeitos de aumento da eficiência a longo prazo, o Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares,
deverá ser revisto periodicamente (por exemplo em cada dois anos). Animadas pelo responsável
nacional, estas revisões devem contar com a colaboração das equipas ligadas á implementação do
Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares nos hospitais de maior dimensão, com a chefia das
unidades de saúde de menor dimensão, com os responsáveis municipais do ambiente e dos
aterros, com ONG’s e com empresas do sector.
Em resumo
Unidades de saúde que geram resíduos hospitalares, devem estabelecer um sistema baseado nos
recursos mais adequados com vista a conseguir uma gestão de resíduos segura e amiga do
ambiente. O sistema, deve começar com medidas básicas e depois ser progressivamente
aperfeiçoado. Os primeiros passos abarcam a separação e o manuseamento seguro, tratamento e
eliminação final dos resíduos.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
4.3.1 Introdução
Para que se possam desenvolver actividades que consolidem um Plano de Gestão de Resíduos
Hospitalares, é forçoso, que existam condições práticas e condições no terreno, que procedam à
recolha, tratamento, transporte e eliminação dos resíduos nas melhores condições possíveis. Sem
instalações e sem equipamentos não são possíveis quaisquer intervenções nas unidades de saúde
no âmbito dos resíduos hospitalares.
Este terceiro objectivo estratégico, consiste na análise das tecnologias disponíveis a nível
internacional e na apresentação das sugestões mais adequadas para cada caso na aquisição de
equipamentos e na construção e/ou recuperação de instalações existentes, de forma a dotar o país
das melhores condições de tratamento e eliminação dos resíduos hospitalares.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
Para esse efeito, as estruturas sanitárias deverão ser dotadas de equipamento de recolha para os
resíduos contaminados ou potencialmente contaminados, resíduos cortantes ou perfurantes,
resíduos radioactivos e resíduos de carácter urbano. Desta forma, deverá ser adoptado um sistema
de 4 contentores/sacos distintos e facilmente identificáveis, quer através de um código de cores
quer através de uma simbologia adequada.
RESÍDUOS CORTANTES OU
PERFURANTES
Contentor rígido, imperfurável
Amarelo
e capaz de conter líquidos
RESÍDUOS
RADIOACTIVOS
Contentor rígido, imperfurável
Vermelho
e capaz de conter líquidos
O transporte dos resíduos condicionados, far-se-á a horas precisas através de suportes rodados. O
pessoal que manuseia os resíduos deverá ser dotado de Equipamentos de Protecção individual.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
Figura 35: Ilustração dos Equipamentos de Protecção Individual necessários ao manuseamento dos Resíduos hospitalares por parte de
pessoal de limpeza e varredores.
4.3.3. Eliminação
Na tabela seguinte efectua-se uma análise comparativa das diversas tecnologias disponíveis.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
Assim a solução mais adequada para a eliminação dos resíduos, será através da incineração
seguida de enterro seguro das cinzas.
No que diz respeito à incineração, existem três tecnologias distintas que são: Incineração em
câmara única, tipo Montfort, incinerador de tambor cilíndrico e incineração pirolítica ou de
câmara dupla.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
A melhor solução para Gestão de Resíduos Hospitalar em Angola passa pela instalação e uso de
equipamentos utilizando tecnologias ecologicamente sustentáveis. No entanto tendo em conta o
contexto socio-económico de Angola e a urgência de uma intervenção na área da gestão dos
resíduos hospitalares e controlo de doenças transmissíveis como o HIV/SIDA e a tuberculose
sugere-se intervenções a dois tempos: (1) a curto/médio prazo com carácter de urgência a solução
passa pela instalação de incineradoras de média/grande dimensão nas capitais de Província e de
pequena dimensão junto das unidades de saúde nos municípios; (2) a médio/longo prazo com
soluções mais adequadas em termos de ecológicos e ambientais onde os métodos de recolha
selectiva seguidos de esterilização, descontaminação e aterro correctamente controlado são os
mais indicados.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
Desta forma sugerimos dotar cada Província com uma instalação incineradora de dupla-câmara e
em cada município com uma incineradora de pequena dimensão do tipo Montfort.
A decisão de instalar uma incineradora do tipo Montfort por município, passa por questões de
investimento. Dentro deste cenário a situação ideal seria equipar todas as pequenas unidades de
saúde com uma incineradora deste tipo. No entanto, segundo dados do Ministério da Saúde,
existem 926 Postos de Saúde e 249 Centros de Saúde. Equipar todas as unidades de saúde de
pequena envergadura com uma instalação incineradora deste tipo traduzir-se-ia num investimento
muito elevado. Assim podemos prever o transporte dos resíduos das US mais próximas para a US
equipada com a incineradora tipo Montfort existente no municipio..
A decisão de proceder a instalação de uma incineradora dupla – câmara, com maior capacidade e
melhor qualidade, em cada capital de Província deve-se ao facto de nas capitais das Províncias a
quantidade de resíduos produzida ser consideravelmente maior do que em outras localidades.
Ainda nas capitais das Províncias sugerimos a instalação de autoclaves. A instalação destes
equipamento tem como objectivo principal intervir de forma complementar à da incineradora,
descontaminando alguns resíduos hospitalares perigosos. A função dos autoclaves será também a
de preparar mentalidades e práticas dos profissionais e da população em geral para uma posterior
implementação de processos de tratamento e eliminação de resíduos. A autoclave deverá ficar
situada na US de maior dimensão da Província.
Deverão existir manuais com regras de utilização destes dois equipamentos, o autoclaves e
incineradores, integrados no Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares de cada Província.
Tendo em conta mais uma vez o contexto socio-económico de Angola e as diferenças existentes
relativa aos resíduos hospitalares entre a situação nas Províncias e a situação em Luanda, a
escolha do cenário tecnológico e de gestão deve ser feita analisando pontualmente cada Província
e cada município. É necessário e urgente dotar todas as US de equipamento adequado á recolha e
triagem dos resíduos hospitalares. As quantidades de equipamento necessárias para atingir este
objectivo são muito elevadas. No sentido de se apresentar orçamentos razoáveis, sugerimos a
aquisição de equipamentos diversos nas seguintes quantidades: baldes = 1/Centro;10/Hospital;
carrinhos = 1/Centro e 4/Hospital); contentores de cortantes = 5/Centro;25/Hospital; equipamento
de protecção = 1/Centro;1/Hospital; equipamento para armazenamento = 1/Centro;4/Hospital;
destruidor de cortantes = 1/Centro;1/Hospital.
4.3.3.4 Estimativa do saldo anual existente entre a produção e a capacidade instalada de resíduos
hospitalares em Angola
Estimativa da Produção:
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Nota: Apesar da dimensão do projecto verificamos que ainda existe um déficit enorme que é
urgente ultrapassar
- Estudo alargado a todas as Províncias sobre soluções adequadas e sua quantificação, uma vez
que o levantamento já realizado só contemplou cinco Províncias
- Procedimentos administrativos relacionados com o concurso para aquisição de Equipamentos
(abertura de concurso, procurement, selecção, fiscalização)
- Reuniões prévias com as Unidades de saúde para análise da situação e entrega dos
equipamentos
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
4.4.1. Introdução
As novas tecnologias nas unidades de saúde é um factor indispensável para se obter qualidade na
prestação de serviços, é um factor de progresso, um factor que conduz a maiores e melhores
resultados com impactos económicos e sociais acrescentados. Tem de ser uma aposta por parte
dos governos, das entidades públicas e privadas, por parte das instituições de ensino e por parte
de todas as estruturas de apoio ao sistema de saúde em Angola.
Todo o pessoal do hospital, incluindo os médicos mais experientes, devem estar sensibilizados
para a importância da política de resíduos hospitalares e subsequente formação, na área da gestão
dos resíduos hospitalares. Será assim uma forma de colaborarem na implementação da referida
política. A presença simultânea de profissionais de várias categorias será útil, nomeadamente de
médicos e enfermeiros, em cada um dos módulos ou acções de formação. Elementos da
administração podem também ser úteis, por darem o exemplo e para mostrarem um compromisso
com a política de gestão de resíduos.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
A nível central :
- Curso de Formação de Formadores
O Curso de Formação de Formadores, deverá ser frequentado por pelo menos um elemento de
cada Província de Angola, por forma a permitir desmultiplicar a formação ao nível das Províncias
e respectivas unidades de saúde, instalações incineradoras e aterros.
Apresentamos de seguida, a lista de cursos de Formação que entendemos como necessária, para a
formação de recursos humanos, que possam assegurar o bom funcionamento do Plano de Gestão
dos Resíduos Hospitalares.
OBJECTIVOS
Formação de Recursos Humanos qualificados para ministrar cursos de formação na área dos
Resíduos Hospitalares.
DESTINATÁRIOS
O curso é dirigido fundamentalmente a futuros formadores de acções incluídas no Plano de Gestão
de Resíduos Hospitalares. Será seleccionado pelo menos um elemento de cada Província de Angola.
Nas Províncias de maior dimensão, serão seleccionados pelo menos dois elementos.
PROGRAMA
Resíduos Hospitalares: Conceitos Base;
Operações base de resíduos hospitalares: Triagem, recolha, armazenamento e eliminação;
Riscos afectos aos Resíduos Hospitalares;
Aspectos da política de gestão dos resíduos: Legislação e regulamentação sobre resíduos;
Papéis e responsabilidades dos intervenientes no processo de gestão dos resíduos;
Registos e relatórios de Resíduos Hospitalares;
Procedimentos para resposta de emergência;
Práticas seguras: Instruções técnicas;
Equipamentos de protecção e higiene pessoal;
Metodologias pedagógicas;
Formação, sensibilização e consciencialização de públicos-alvo.
N.º DE FORMANDOS: 25
COORDENADOR DO CURSO
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LOCAL DE REALIZAÇÃO
As sessões decorrerão em Luanda ou em outra capital de Província.
4.4.4. Curso 1 – Curso de Formação sobre Organização e Gestão de Resíduos hospitalares nas
Unidades de saúde
OBJECTIVOS
Sensibilização para a organização e gestão sustentável de resíduos hospitalares nas Unidades de
saúde.
DESTINATÁRIOS
Gestores, pessoal administrativo dos hospitais, directores de centros de saúde e responsáveis pela
implementação da legislação e dos regulamentos neste domínio, a nível provincial.
PROGRAMA
Procedimentos administrativos: Legislação e regulamentação sobre resíduos; Manutenção de
registos actualizados; Relatórios e informação sobre derrames, acidentes e outros incidentes;
Aspectos da política de gestão dos resíduos;
Papéis e responsabilidades dos intervenientes no processo de gestão dos resíduos;
Tratamento Estatístico de resíduos hospitalares;
Práticas seguras: Instruções técnicas;
Uso de equipamento de protecção; higiene pessoal;
Procedimentos para resposta de emergência;
Planos de contingência para implementação durante roturas ou manutenção planeada.
COORDENADOR DO CURSO
Formador experiente e familiarizado com o assunto, com frequência do curso de Formação de
Formadores .
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O horário inclui tempos destinados a esclarecimento de dúvidas e discussão de casos, no âmbito dos
vários capítulos do programa. As sessões incluirão exposições teóricas complementadas com
exemplos práticos.
LOCAL DE REALIZAÇÃO
Capitais de Província em local a indicar pelo Governo da Província.
OBJECTIVOS
Consciencialização para os riscos afectos ao manuseamento de resíduos hospitalares e
sensibilização para práticas seguras
DESTINATÁRIOS
O curso é dirigido fundamentalmente a pessoal de limpeza, pessoal de transporte de doentes e
equipamentos, pessoal auxiliar e manuseadores de resíduos hospitalares.
PROGRAMA
Conceitos Base sobre resíduos hospitalares.
Triagem de resíduos hospitalares.
Riscos associados ao manuseamento de resíduos hospitalares.
Procedimentos adequados para manuseamento, carregamento e descarga de resíduos
hospitalares.
Procedimentos adequados para lidar com derrames e outros acidentes.
Instruções técnicas sobre a utilização de equipamentos de protecção pessoal.
Documentação e registo do resíduos hospitalares.
COORDENADOR DO CURSO
Formador experiente e familiarizado com o assunto, com frequência do curso de Formação de
Formadores .
LOCAL DE REALIZAÇÃO
Capitais de Província em local a indicar pelo Governo da Província.
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OBJECTIVOS
Consciencialização para os riscos dos resíduos hospitalares e sensibilização para práticas seguras
DESTINATÁRIOS
Médicos; pessoal de enfermagem; pessoal auxiliar de saúde
PROGRAMA
Conceitos Base sobre resíduos hospitalares.
Triagem de resíduos hospitalares.
Riscos associados ao manuseamento de resíduos hospitalares.
Práticas seguras: Instruções técnicas e uso de equipamento de protecção e higiene pessoal.
Papéis e responsabilidades dos intervenientes no processo de gestão dos resíduos.
Documentação e registo do resíduos hospitalares.
Procedimentos adequados para lidar com derrames e outros acidentes.
Procedimentos para resposta de emergência.
COORDENADOR DO CURSO
Formador experiente e familiarizado com o assunto, com frequência do curso de Formação de
Formadores .
LOCAL DE REALIZAÇÃO
Capitais de Província em local a indicar pelo Governo da Província.
OBJECTIVOS
Consciencialização para os riscos afectos ao manuseamento de resíduos hospitalares e
sensibilização para práticas seguras
DESTINATÁRIOS
Agentes de instalações incineradoras e aterros sanitários
PROGRAMA
Conceitos Base sobre resíduos hospitalares.
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COORDENADOR DO CURSO
Formador experiente e familiarizado com o assunto, com frequência do curso de Formação de
Formadores .
LOCAL DE REALIZAÇÃO
Local a indicar pelo Governo da Província.
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4.5.1. Introdução
Se as pessoas não estiverem sensibilizadas e conscientes da importância dos projectos, não existe
possibilidade de os implementar. A população em geral, os jovens e os agentes, que directamente
lidam com as questões da saúde, precisam de estar fortemente sensibilizados para que o sucesso
deste programa seja uma realidade. Para isso é necessário, que a mensagem sobre a problemática
dos resíduos hospitalares “passe” para a população.
Trabalhar estas questões neste programa é algo de muito difícil e de muito demorado, na medida
em que muitas vezes se relacionam com questões culturais, com hábitos adquiridos ao longo de
muitos anos, com questões ancestrais, cuja mudança exige muito tempo, e muitas vezes, só com
resultados após várias gerações.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
Para além dos aspectos directamente relacionados com os resíduos hospitalares, a sensibilização
da população, deverá ter um caracter mais amplo, reforçando os aspectos da higiene, dos
cuidados de saúde e ambientais.
Este quinto objectivo estratégico, terá pois de ser bem mais estudado e preparado no sentido de se
atingir melhor os públicos-alvo previamente definido para cada acção. Terá de se recorrer aos
meios de comunicação melhor adaptados, mas ter-se-á de escolher o meio mais adequado, para
que a mensagem passe para o seu destinatário.
O público-alvo das acções de sensibilização está dividido em três grupos com exigências de
informação diferentes e por isso com acções diferentes:
Para haver um controlo dos resíduos hospitalares e uma gestão mais eficiente a curto prazo a
sensibilização de todo o pessoal que de algum modo contacta com os resíduos hospitalares é
urgente e fundamental.
Acções previstas:
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Os jovens em Angola constituem o grupo etário de maior dimensão. Os jovens com idade escolar
(idade entre os 5 e os 24 anos) correspondem a 45% da população angolana. É por isso, que se
propõe acções de sensibilização especialmente vocacionadas para os jovens nesta faixa etária.
A sensibilização da camada jovem da população angolana é uma aposta no presente e uma aposta
de futuro:
- No presente, porque existe um número significativo de jovens que procuram nas lixeiras e
nos depósitos dos lixos um meio de sobrevivência. Todos os dias centenas de crianças
percorrem os locais de armazenagem de lixos.
- Porque um jovem sensibilizado será no futuro, um homem ou mulher mais responsável na
produção, no manuseamento e na eliminação dos resíduos de todo o tipo, as grandes questões
ambientais só serão ultrapassadas, se os jovens de hoje estiverem totalmente sensibilizados
para a sua importância e para a necessidade do seu controlo, da sua redução e eliminação.
A estratégia de sensibilização dos jovens angolanos passa pelo trabalho junto do Ministério da
Educação e junto das escolas, com programas específicos e com documentos especialmente
concebidos.
Ao nível do Ministério da Educação propomos que esta temática seja introduzida nos programas
das disciplinas mais ligadas aos aspectos ambientais, de higiene e de saúde pública e que haja um
envolvimento institucional para o desenvolvimento das acções previstas para as escolas.
Acções previstas:
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Acções previstas:
- Melhorar a gestão dos - Organização da gestão - Seminário nacional anual de - Termos de referência
resíduos hospitalares em Hospitalar ao nível do avaliação das soluções - Actas de reunião
Angola Ministérios da Saúde, desenvolvidas por cada Unidade - Documentos do plano de
- Tratamento estatístico dos Governos de Saúde e de novas proposta para gestão
dos Resíduos hospitalares provinciais e das refinamento do Plano de Gestão - Registos dos Resíduos
Unidades de saúde de Resíduos hospitalares hospitalares
- Responsabilização - Projecto de Assistência técnica - Relatórios sobre auditorias ao
dos agentes junto do Ministério da Saúde de Plano de Gestão de Resíduos
directamente apoio á organização do Plano de hospitalares
Resultados Esperados: envolvidos Gestão de Resíduos hospitalares - Análises estatísticas sobre
-Desenvolvimento de -Apoio á elaboração de Resíduos hospitalares
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Resultados Esperados
A população está mais
sensibilizada e
consciencializada para as
questões de higiene,
ambiente e dos riscos
inerentes a práticas e
atitudes envolvendo os
resíduos hospitalares
6.1.1. Arranque
Estudo alargado a todas as Províncias sobre soluções adequadas e sua quantificação, uma vez que
o levantamento já realizado só contemplou cinco (5) Províncias.
Realização de um seminário de arranque da formação com debates sobre programas dos cursos e
metodologias de ensino.
Realização de uma reunião alargada de preparação com os formadores.
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6.1.2. Execução
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Reuniões com os delegados provinciais da Educação em todas as capitais de Província (18) para
arranque das Jornadas Ambientais e concursos de desenhos nas escolas
Distribuição de informação (folheto explicativo) especialmente concebida para os estudantes
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Distribuição de cartaz especialmente concebido para os alunos e a ser amplamente divulgado nas
escolas
Distribuição de T-shirts, bonés e autocolantes
6.1.3. Avaliação
No âmbito de todo o projecto será realizada uma avaliação externa realizada por consultor que
terá três momentos distintos: na fase inicial, a meio do programa e na fase final
Serão realizadas acções de avaliação sobre dois dos objectivos estratégicos. Assim:
Seminário nacional anual de avaliação das soluções desenvolvidas por cada Unidade de Saúde e
de novas proposta para refinamento do Plano de Gestão de Resíduos hospitalares, com a
participação de entidades directamente ligadas aos sector dos resíduos hospitalares, públicas e
privadas, entidades a nível central e a nível provincial.
Terminada a fase de execução do plano de acção deste projecto, são esperadas algumas mudanças
na forma como são geridos os resíduos hospitalares em Angola. Assim:
• quadro legislativo deve já estar adequado e a sua aplicabilidade ser uma realidade.
As instalações das unidades de saúde intervencionadas devem estar melhoradas e os
equipamentos adquiridos em funcionamento.
Como consequência directa das campanhas de sensibilização e das acções de formação, é
esperado que no final da execução deste plano exista uma opinião pública mais receptiva às
questões ambientais e consciente das graves consequências de uma deficitária gestão de RH.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
Porém um Plano de Gestão de Resíduos Hospitalares não deve ser estático, não deve terminar
com o fim do projecto. Durante todas as fases de execução do projecto deveremos preparar todas
as vertentes do plano para a fase pós-projecto. Embora de forma incompleta, poderemos referir
desde já a algumas importantes iniciativas que consolidam e melhoram a situação em Angola da
recolha, processamento e eliminação dos resíduos hospitalares:
• Os esforços de investimento no sector da saúde devem ser continuados e reforçados.
• A organização e a gestão das actividades ligadas aos resíduos hospitalares deve ser
aprofundada e alargada a todas as Províncias de Angola.
• As intervenções devem ser alargadas a todas as Unidades de saúde.
• Devem ser introduzidas de forma progressiva alterações nos equipamentos utilizando-se
tecnologias mais adequadas de eliminação e tratamento de resíduos, nomeadamente
tecnologias de reciclagem, auto-clavagem, descontaminação, etc., aumentando desta forma a
eficácia e eficiência dos meios de gestão de resíduos hospitalares.
• As acções de formação devem ser continuadas no sentido de formar mais técnicos.
• As campanhas de sensibilização devem continuar e passarem a ser permanentes, associando
outros temas relacionados com os resíduos hospitalares, como sejam a higiene e a saúde
pública.
A execução deste plano só será verdadeiramente eficaz se houver uma colaboração continua e
pro-activa de várias entidades e agentes que estão directamente ligados à problemática dos
resíduos hospitalares. AS sinergias criadas pelo trabalho em conjunto permite encarar com mais
optimismo este grande problema angolano.
De seguida apresentamos os principais actores que podem e devem intervir neste projecto e as
regras de actuação que devem imperar.
A gestão dos resíduos hospitalares, interpela várias categorias de actores cujos papéis e modos de
implicação têm impactos que podem influenciar de maneira diferenciada a eficácia da execução
do plano de gestão de resíduos hospitalares.
Governo Central:
O Governo Central é responsável pelo financiamento do Plano de Gestão de Resíduos
Hospitalares, através da contemplação deste no OGE, ou da procura de financiamentos junto de
organizações internacionais ou ainda de de acordos bilaterais ou multilaterais.
Ministério da Saúde:
Compete ao Ministério da Saúde a responsabilidade da Elaboração e Execução da Política
Nacional de Saúde, tutelando assim instalações que constituem as principais fontes de produção
de Resíduos Hospitalares. Neste Ministério a Direcção Nacional de Saúde Pública e as suas
Delegações Provinciais, bem como as Direcções dos Distritos Sanitários, revelam-se os actores
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
mais directamente implicados na execução do plano de gestão dos resíduos hospitalares, dando
apoio à supervisão e incrementando activamente os planos de sensibilização.
Ministério da Educação:
Ao Ministério da Educação, compete a responsabilidade pelos conteúdos programáticos
leccionados nas escolas em Angola. Desta forma, é da responsabilidade deste Ministério o apoio á
sensibilização para os resíduos hospitalares ao nível escolar.
Media:
O papel dos media é fulcral na execução dos planos de sensibilização e divulgação.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
PNUA/OMS:
O conhecimento e longa experiência destas entidades em questões ligadas à elaboração e
implementação de PGRH, são mais–valias nomeadamente no apoio à elaboração da legislação e
na assistência à formação.
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Unidades de saúde Aplicar e fazer Elaborar planos Acompanhar e Participar nas Promover a
públicas respeitar o de gestão; fiscalizar a acções de sensibilização e
disposto na Assegurar a instalação dos formação e consciencializaçã
Regulamentação. parceria com o equipamentos; incentivar a o do pessoal
sector privado Assegurar a participação do técnico de saúde
para a recolha e manutenção. pessoal (médicos,
posterior Hospitalar nas enfermeiros,
tratamento. mesmas. etc.), as equipas
de limpeza, os
utentes e
familiares.
Unidades de saúde Aplicar e fazer Elaborar planos Aquisição de Participar na Promover a
privadas respeitar o de gestão; equipamento de formação e sensibilização do
disposto na Assegurar a recolha e incentivar a pessoal, utentes e
Regulamentação. parceria com o protecção participação do familiares.
sector privado individual; pessoal técnico
para a recolha e Aquisição de hospitalar.
posterior equipamento de
tratamento eliminação em
dos Resíduos parceria com o
Hospitalares. sector privado
para a recolha e
tratamento de
Resíduos
Hospitalares.
ONG’s Apoiar na Apoiar na Apoio ao Participar na Participar na
Organizações disseminação da organização da financiamento e á formação; sensibilização;
Comunitárias, informação sobre gestão e no procura de Formar Mobilizar a
Organizações de a financiamento. financiamento. voluntários. população;
Carácter Religioso regulamentação. Sensibilizar de
maneira
específica as
crianças de rua e
a população
carente.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
Anos
ACÇÕES E PROJECTOS Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
1S 2S 3S 4S 5S 6S 7S 8S 9S 10S
VECTOR ESTRATÉGICO 1: Reforçar o quadro institucional
- Constituição de um grupo de trabalho
- Elaborar a Lei de Bases, a Legislação e os Regulamentos
- Fazer aprovar a Lei de Bases, a Legislação e os Regulamentos
VECTOR ESTRATÉGICO 2: Organizar e Gerir
- Seminário nacional de arranque do projecto
- Seminário nacional anual de avaliação das soluções
- Assistência técnica junto do Ministério da Saúde
- Apoio à elaboração de orçamentos anuais
- Actividades de fiscalização, acompanhamento e avaliação
- Recolha, processamento e armazenamento de dados
VECTOR ESTRATÉGICO 3: Instalar e Equipar
- Estudo alargado sobre soluções adequadas
- Concurso para aquisição de Equipamentos
- Reuniões com as Unidades de saúde
- Distribuição de material e equipamentos
- Construção ou reabilitação das infraestruturas
VECTOR ESTRATÉGICO 4: Formar
- Cursos de Formação de Formadores
- Cursos de Formação Organização e Gestão de R. Hosp.
- Cursos de formação para pessoal técnico da saúde
- Curso de formação para técnicos manutenção e serv. rec.
- Cursos de formação pessoal de incineradoras e aterros
- Seminários
- Reuniões de trabalho alargadas
VECTOR ESTRATÉGICO 5: Sensibilizar e consciencializar
- Seminários no início e no fim
- Reuniões de trabalho nas Províncias com os dirigentes
- Elaboração de folheto explicativo
- Elaboração de cartaz
- Elaboração de T-shirts
- Elaboração de um spot para televisão
- Elaboração de um spot para rádio
- Campanha nacional de informação - Unidades de saúde
- Campanha nacional de informação - população em geral
- Campanha nacional de informação - juventude
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As necessidades acima indicadas fazem-se sentir a todos os nível. Naturalmente que a nível
superior e no Governo Central as questões mais importantes relacionam-se com carências no
financiamento do sistema da saúde, na organização e na Gestão do Plano Nacional, bem como na
formação de técnicos ligados ao Ministério da Saúde. Ao nível das Unidades de saúde as
carências já são de outro teor onde as infra-estruturas e os equipamentos constituem necessidades
prioritárias embora a sensibilização de todo o pessoal e da população em geral e a formação
técnica sejam também necessidades vitais para a gestão de resíduos hospitalares. Nos Governos
Provinciais as carências relacionam-se com os recursos humanos, com a sensibilização do pessoal
e com o financiamento de todo o sector da Saúde.
Assim as intervenções foram dirigidas à resolução dos resíduos hospitalares gerados nos hospitais
nas capitais de Província de forma concentrada utilizando incimeradoras de média/grande
dimensão. Os resíduos gerados nas unidades de saúde de menor dimensão nomeadamente nos
Centros de Saúde e nos Postos de Saúde, serão incinerados com equipamento de menor dimensão,
de baixo custo e a nível dos municípios.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
vez, formar e sensibilizar técnicos em todas as Províncias. Desta forma teremos uma
multiplicação das acções de formação que atingirão um número elevado de profissionais da
saúde.
As acções de sensibilização terão três público – alvo distintos: pessoal da saúde, jovens em idade
escolar e população em geral. Assim serão feitas acções especialmente focalizadas nestes três
tipos de público - alvo.
De seguida apresentamos uma estimativa orçamental para ser implementada num período de 5
anos.
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8. CONCLUSÕES
A situação actual de gestão de resíduos hospitalares em Angola, não pode garantir a segurança do
pessoal, doentes e público em geral, constituindo uma forte ameaça na luta contra as doenças
transmissíveis, nomeadamente o HIV/SIDA e a tuberculose.
Em Angola verificamos, que existem carências importantes em todas as vertentes ligadas aos
resíduos hospitalares. Frequentemente, verifica-se um nível mínimo de segurança na gestão dos
resíduos. Algumas das maiores lacunas em estabelecimentos de saúde, relacionam-se com
aspectos de organização e gestão, de pessoal, de equipamento e de instalações. A insuficiência de
recursos financeiros, constitui também um importante constrangimento.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
Desta forma, haverá uma contribuição forte e positiva para enfrentar os maiores flagelos
existentes no domínio da saúde em Angola.
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Anexo 1
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
O objectivo global do Projecto de Reforço dos Serviços Municipais de Saúde (MHSS) é melhorar
o acesso da população aos cuidados e serviços de saúde materna e infantil com qualidade.
Tendo como foco principal os cuidados Obstétricos de Emergência e Neonatais, reforçar a
capacidade institucional do MINSA e das Direcções Provinciais de Saúde.
Com vista a aumentar o acesso aos cuidados obstétricos, o projecto utilizará uma estratégia
dupla: (i) fornecerá equipamento aos centros de saúde municipais existentes, o que irá ajudar a
melhorar a qualidade dos cuidados; e (ii) expandirá a oferta de cuidados obstétricos com a
construção de 36 novas salas de parto nos centros e postos de saúde, trazendo os serviços de
saúde para mais perto da população.
Por último, a estratégia do projecto implica a formação de parteiras e enfermeiros que irão prestar
cuidados obstétricos nessas instalações de saúde. Enfermeiros formados em cuidados obstétricos
e pré-natais farão parte das equipas móveis integradas de cuidados primários que visitarão as
comunidades mais distantes. A formação incidirá no aperfeiçoamento das qualificações práticas e
não em conceitos teóricos.
A Folha de Informação Integrada das Salvaguardas (ISDS) relativa ao projecto foi aprovado pelo
Banco Mundial em Novembro de 2009. A única medida de salvaguarda accionada pelo projecto
foi a Avaliação Ambiental (OP/BP/GP 4.01) por causa do potencial impacte ambiental da
construção das salas de parto e das residências para o pessoal médico bem como do tratamento
dos resíduos dos cuidados médicos. Espera-se que o impacte, a nível comunitário, seja mínimo.
Não estão previstas actividades económicas de larga escala. A aquisição2 de terrenos para as
2
No sentido de obtenção gratuita
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
O projecto inclui a construção de 24 casas para o pessoal da saúde nos níveis provincial e
municipal. As casas serão construídas em terrenos que pertencem ao governo de Angola e onde
não existam moradores ilegais.
Com vista ao Enquadramento de Gestão Ambiental e Social, este projecto adoptou uma
abordagem e procedimentos de triagem especializados.
Este enquadramento será divulgado no país a todas as partes interessadas relevantes (incluindo o
governo nacional e local, sociedade civil e potenciais agências executantes e pessoas
potencialmente afectadas) através de meios que incluem a comunicação local, o workshop de
lançamento do projecto, eventos de formação e sensibilização regionais, gabinetes distritais e
InfoShop, como parte da documentação global do projecto. De acordo com este enquadramento, o
manual de implementação do projecto terá também de incluir uma descrição clara das
responsabilidades e acordos administrativos e organizacionais, indicadores de desempenho e
acordos para monitorização ambiental e social.
Etapa 2: Triagem mais detalhada de actividades com potencial impacte negativo ambiental ou
social (ver Quadro 3);
**************************************************************************
Etapa 1: Triagem Básica para Identificar Actividades que não serão financiadas ou que
tenham um Impacte Ambiental ou Social Adverso Nulo ou Limitado
Quadro 1:
Presença da Actividade no seio do
Projecto de Reforço do Serviço
Actividades que não serão financiadas
Municipal de Saúde (MHSS)
3
Mesmo comentario
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
Vai ser necessário aderir, durante todo o projecto, a esta lista de actividades que não serão
financiadas e o Quadro 1 terá de ser preenchido para todas as actividades que envolvam obras
de construção, a serem financiadas pelo projecto.
Componentes
Quadro 2: do Projecto de
Reforço do
Potencial Impacte Ambiental e
Lista de Verificação da Triagem Preliminar Serviço
Social
Municipal de
Saúde (MHSS)
Provável/
Possível/
Componentes de um Projecto Típico de DSS Nulo Significati
Limitado
vo
Componente 1 – Melhoria da prestação de √
serviço
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Face à importância de uma gestão adequada dos Resíduos dos Cuidados de Saúde, este
projecto está a propor a melhoria da eliminação dos resíduos médicos no âmbito da
componente 1, subcomponente 5. Foi preparado um Plano de Gestão dos Resíduos de
Cuidados de Saúde individual.
4
No caso presente, aquisição significa a obtenção gratuita de terrenos do Estado e não através de compra.
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Estes critérios baseiam-se em parte na taxa de movimentação das bactérias e vírus através dos
solos e do respectivo período de sobrevivência. Se bem que as bactérias e vírus sejam
principalmente retidos no primeiro metro de solo em torno das instalações sanitárias e outras aqui
mencionadas, a verdade é que já se registaram deslocações em distâncias mencionadas como o
mínimo. Em caso de dúvida, cabe às autoridades da saúde e da água decidirem se se deve ou não
abandonar um local de adução.
O poço deverá:
ter uma laje suficientemente grande para recolher a água transbordada;
ter um escoamento adequado para a água transbordada;
ter conexão com uma vala de drenagem que transporte a água transbordada para cerca de 5
metros de distância da laje;
ter um escoamento com uma profundidade mínima de 75 cm que esteja cheio com gravilha e
pedras se a água não for utilizada num jardim adjacente;
estar protegido por vegetação rasteira com raízes pouco profundas.
Se bem que este aspecto nem sempre seja relevante nas áreas rurais, os potenciais problemas das
águas residuais devem ser analisados e solucionados de maneira apropriada
Métodos apropriados de recolha/remoção (isto é, o uso de camiões, carrinhos, etc.);
Identificação dos locais de depósito (existentes ou novos);
Métodos de gestão apropriados (i.e. uso de pântanos, charcos, instalações de tratamento,
canais de descarga);
Para cada caso, considerar tecnologias e estratégias de gestão concebidas para reutilizar as
águas residuais na agricultura agrícola o que, por seu turno, pode reduzir a poluição
ambiental.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
Estatuto do terreno a ser utilizado para a construção de habitações para o pessoal médico e
para as salas de parto.
Quadro 4:
Normas Técnicas e/ou Medidas de Mitigação Padrão por área de subprojecto potencial.
S N N/A
Construção e reabilitação de Edifícios:
√
Se o projecto incluir a construção ou reabilitação de edifícios, o desenho do
projecto levou em consideração todas as questões realçadas acima para
assegurar que se evitem ou sejam reduzidos para níveis aceitáveis os efeitos
ambientais e sociais adversos?
Se a resposta a esta pergunta for não, a actividade do projecto tem de ser modificada ou
redesenhada.
Uma vez realizado o exercício de auto-avaliação detalhado nas Etapas 1 a 3, os empreiteiros terão
de completar e entregar ao Coordenador do Projecto MHSS, o certificado abaixo para comprovar
que obedeceram aos procedimentos de salvaguardas ambientais e sociais. No Anexo 2
apresentam-se as Condições Gerais Ambientais para Contratos de Construção.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
Política Ambiental
Enquadramento Legal
1. A Lei do Ambiente
2. A Lei da Terra
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
A legislação ambiental em Angola estava desactualizada até ao início da década de 90, altura em
que foi criada uma nova Secretaria de Estado do Ambiente. Esta nova Secretaria desenvolveu
novas estratégias e abordagens de políticas que conduziram à formulação da 'Lei de Bases do
Ambiente', que foi aprovada em 1998 pela Assembleia Nacional de Angola. A Lei do Ambiente
inspirou e desencadeou legislação complementar numa série de sectores – frequentemente novas
versões de leis desactualizadas do período colonial – que estava em conformidade com os
princípios e disposições da Lei Constitucional e Ambiental de Angola (por exemplo, sector
petrolífero, pescas e mineração). A maior parte destas leis incluem a obrigação de efectuar
avaliações de impacte ambiental (EIA) para novos projectos que apresentem a probabilidade de
afectar o ambiente assim como o 'princípio de poluidor – pagador .
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
A Lei sobre o Uso e Benefício da Terra com base num Título de Concessão (A Lei da Terra)
A Lei sobre a Utilização e Usufruto da Terra com base num Título de Concessão (a “Lei da
Terra”) foi aprovada pela Assembleia Nacional em 1992 e determina que a terra é propriedade do
Estado e não pode ser vendida. No entanto, o direito de utilizar e usufruir da terra pode ser
adquirido por indivíduos ou associações, nacionais ou não nacionais, com base na autorização de
um pedido formal feito pelo proponente (Artigo 4). Não podem ser emitidos direitos ao título da
terra em áreas rurais ocupadas por populações rurais (Artigo 15). Em caso de extinção dos
direitos à terra, a terra reverte para o Estado e cabe ao Estado pagar uma compensação justa e
adequada (Artigo 23). A Lei proporciona uma base legal adicional relativamente à demarcação de
áreas sujeitas a protecção total (Artigo 12) e a protecção parcial (Artigo 13). Estas disposições
permitem a conservação e gestão de habitats ecologicamente sensíveis, tais como habitats de
montanhas e vegetação ripária.
Enquadramento Institucional
A responsabilidade pela protecção e gestão ambiental foi recentemente transferida para o recém-
criado Ministério do Ambiente. A Direcçãso Nacional de Gestão Ambiental é chefiada por um
Director Nacional e compreende três (3) departamentos. Actualmente, a responsabilidade pelos
Estudos de Impacte Ambiental (EIA) depende da nova Direcção Nacional de Estudos de Impacte
Ambiente que, entre outras tarefas, tem a seu cargo analisar e comentar as versões preliminares
dos relatórios de EIA. O Departamento de Licenciamento Ambiental que tem a responsabilidade
de fiscalizar o processo EIA em Angola. A nível provincial, a Direcção Nacional de Gestão
Ambiente é representada por um Sector Ambiental sob a responsabilidade da Direcção Provincial
de Agricultura, Pescas e Ambiente. A capacidade e os níveis de dotação de pessoal do Sector
Ambiental variam grandemente de província para província mas, na maior parte dos casos, a
capacidade de gestão ambiental, a nível provincial, é reduzida. A Direcção Nacional de Recursos
Naturais e Biodiversidade também está sob a alçada do Ministério do Ambiente. A DNRNB é
responsável pela conservação da natureza, dentro e fora das áreas protegidas (parques e reservas
nacionais).
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
A lei sobre o Uso e Benefício da Terra com base num Título de Concessão (a “Lei da Terra”) foi
aprovada pela Assembleia Nacional de Angola em 1992 e determina que toda a terra pertence ao
Estado. O direito de utilizar e beneficiar da terra pode ser adquirido por indivíduos ou
associações, tanto nacionais como não nacionais, baseado na autorização de um pedido formal
feito pelo proponente. A lei de 1992 permitia que os indivíduos comprassem terra ao Estado.
O Estado tem poderes para abolir os direitos à terra em nome do interesse público e, nesses casos,
a terra reverte para o Estado. No entanto, o Estado fica obrigado a pagar uma compensação
razoável e justa.
O Coordenador do Projecto MHSS será responsável por assegurar que as questões da terra e dos
activos serão tratadas adequadamente, com a assistência das administrações municipais.
O Administrador Municipal ficará incumbido de identificar terra do Estado a ser utilizada para a
construção das casas dos funcionários. Cabe-lhe preencher o formulário “Avaliação da
Aquisição7 de Terra utilizada para a Construção”, apresentado no Anexo 1.
Em princípio, o formulário declarará que a terra a ser utilizada pertence ao estado e está livre de
ocupação. O formulário será enviado para o Coordenador do Projecto para fins de “Nada Obsta”
antes de se iniciar o processo de concurso para a construção. No caso de o formulário, por
qualquer motivo, revelar qualquer questão com a terra ou a presença de ocupação, o Coordenador
do Projecto solicitará ao Administrador Municipal que encontre um outro lote de terreno,
pertencente ao Estado e livre de ocupações.
Por norma, as casas serão construídas na periferia dos municípios. Podem ser construídas em
qualquer local, desde que não seja demasiado distante das instalações de saúde onde o pessoal vai
trabalhar. Esta flexibilidade torna mais fácil para os municípios encontrar outra terra do Estado
alternativa, no caso de a terra seleccionada para a construção estar ocupada por pessoas.
Certificado
Agência Executante:
Certifico que as informações prestadas acima relativas ao projecto MHSS que a minha
organização tem a responsabilidade de executar são correctas e que, de acordo com o
conhecimento e experiência da minha organização, todas os padrões técnicos e as salvaguardas
ambientais relevantes foram tidos em devida conta no desenho do projecto. Declaro ainda que
dou o meu acordo a visitas das autoridades governamentais pertinentes bem como do MHSS e do
Banco Mundial aos locais para analisar, em conjunto com o meu pessoal, os detalhes desta
avaliação e quaisquer procedimentos ou medidas de mitigação adoptadas em relação à
7
No caso presente, aquisição significa a obtenção gratuita de terrenos do Estado e não através de compra.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
implementação do projecto.
Nome:
Nome:
** Coordenador do Projeto
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1. Município de:..................................................................................................
2. Localização:......................................................................................................
Sim Não
Sim Não
Se a resposta à pergunta anterior for sim, por favor forneça mais detalhes:
......................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................
..................................................................................................................................
Assinado por:
Nome:________________________________________________________________
Administrador Municipal
Data:___/___/___
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No caso presente, aquisição significa a obtenção gratuita de terrenos do Estado e não através de compra.
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Não será permitida a construção de casas com o financiamento do projecto em terrenos ocupados.
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(b) Assegurar que os níveis de barulho provocados pela maquinaria, veículos e actividades
de construção ruidosas (por exemplo escavação, detonação) sejam mantidos num mínimo
para a segurança, saúde e protecção dos trabalhadores que se encontram próximo dos níveis
elevados de ruído e comunidades próximas.
(c) Assegurar que os regimes de fluxo de água existentes nos rios, correntes e outros canais
naturais ou de irrigação sejam mantidos e/ou restabelecidos quando interrompidos em virtude
das obras que estão a ser executadas.
(d) Impedir que o betume, óleos, lubrificantes e água residual utilizados ou produzidos
durante a execução das obras entre em rios, correntes, canais de irrigação e outros
cursos/reservatórios naturais de água e assegurar também que a água estagnada em fossas
descobertas seja tratada da melhor forma, para evitar a criação de campo propício à possível
reprodução de mosquitos.
(f) Em caso de descoberta de património antigo, relíquias ou algo que se presuma ter
importância histórica durante a execução das obras, reportar imediatamente essas descobertas
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
(h) Implementar medidas de controlo da erosão do solo com vista a evitar a saturação da
superfície e evitar a sedimentação, etc.
3. O Empreiteiro deverá indicar o período em que manterá a sua presença no local após
conclusão das obras públicas, com vista a assegurar que impactes adversos significativos,
decorrentes desses trabalhos, sejam devidamente solucionados.
5. Para além da inspecção regular aos locais pelo ES para fins de adesão às condições e
especificações contratuais, o Proprietário pode nomear um Inspector para fiscalizar o
cumprimento destas condições ambientais e de quaisquer medidas de mitigação propostas. As
autoridades ambientais públicas podem efectuar funções de inspecção semelhantes. Em todos
os casos, de acordo com a instrução do ES, o Empreiteiro cumprirá as directivas de tais
inspectores destinadas à execução de medidas necessárias para assegurar a adequação das
medidas de reabilitação efectuadas no ambiente biofísico e a compensação pela perturbação
socioeconómica resultante da execução de quaisquer obras.
Gestão dos Resíduos no Canteiro/Acampamento de Obras
6. Todos os recipientes (bidões, contentores, sacos, etc.) contendo petróleo/combustível/materiais
de revestimento e outros químicos perigosos terão de estar vedados para evitar qualquer
derrame. Todos os contentores de resíduos, lixos e quaisquer outros tipos de resíduos gerados
durante a construção serão recolhidos e depositados em aterros designados, em conformidade
com os regulamentos governamentais sobre gestão de resíduos em vigor.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
9. A entrada de escoamentos para o local será restringida pela construção de canais de derivação
ou estruturas de contenção, tais como taludes, canais de drenagem, açude, etc., com vista a
reduzir a potencial erosão do solo e poluição da água.
10. Os resíduos da construção não poderão ser deixados amontoados ao longo da estrada mas
antes removidos e reutilizados ou eliminados numa base diária.
11. Se forem necessários aterros para resíduos limpos, estes deverão situar-se em áreas baixas de
terras de pouco valor, aprovadas pelo ES, e onde não corram o risco de serem facilmente
arrastados para os canais de drenagem. Sempre que possível, os materiais residuais deverão
ser colocados em áreas baixas e serem compactados para depois serem plantados com
espécies indígenas locais.
13. A localização de pedreiras e de áreas de empréstimo estará sujeita a aprovação por parte das
autoridades locais e nacionais relevantes, incluindo autoridades tradicionais se a terra onde se
encontra a pedreira ou as áreas de empréstimo se situarem em terra tradicional.
a) Não deverão estar localizados nas proximidades de áreas de fixação das populações, locais
culturais, pântanos ou qualquer outra componente valiosa do ecossistema ou em terrenos
elevados ou íngremes ou em áreas de interesse cénico e não poderão estar localizados a
menos de 1 km de distância dessas áreas.
b) Não deverão estar localizados junto de correntes ou canais de água, sempre que seja
possível, para se evitar o depósito de sedimentos nos canais dos cursos de água. Quando
estiverem localizados próximos de fontes hídricas, os locais das pedreiras deverão estar
rodeados de valetas e de drenos em todo o perímetro.
d) Não deverão estar localizados em reservas florestais. No entanto, nos casos em que não
haja outra alternativa, terá de ser obtida uma autorização das autoridades competentes e
efectuado um estudo do impacte ambiental.
e) Serão facilmente reabilitados. Preferem-se as áreas com uma cobertura vegetal mínima
tais como terrenos planos e sem vegetação ou então áreas cobertas só com vegetação rasteira
ou com arbustos com menos de 1,5 metro.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
15. O desmatamento de vegetação terá de ser limitado à área exigida para a operação segura das
obras de construção. O desmatamento da vegetação não poderá ser feito com mais de dois
meses de antecedência das operações.
16. As áreas de amontoamento deverão ficar situadas em zonas onde as árvores possam actuar
como elementos de protecção para evitar a poluição do ar. Terão de ser construídos drenos
perimetrais em torno das áreas de amontoamento. Terão de ser instaladas barreiras contra os
sedimentos e outros poluentes nas saídas da drenagem das obras.
17. O Empreiteiro deverá depositar todos os materiais excedentes de acordo com os princípios
destas condições gerais e de qualquer EMP aplicável em áreas aprovadas pelas autoridades
locais e/ou pelo ES.
18. As áreas para depósito de materiais perigosos, tais como materiais líquidos e sólidos
contaminados, terão de ser aprovadas pelo ES e autoridades locais e/ou nacionais pertinentes,
antes do início da obra. Dar-se-á preferência a locais existentes aprovados relativamente à
instalação de novos locais.
Reabilitação e Prevenção da Erosão do Solo
19. Na medida do praticável, o Empreiteiro deverá reabilitar progressivamente o local de modo a
que a taxa de reabilitação acompanhe a taxa de construção.
20. Remover e guardar sempre a camada superior de terra para a reabilitação subsequente. Os
solos não poderão ser cavados quando se encontrarem molhados pois tal pode levar à
compactação do solo e à perda de estrutura.
21. A terra não poderá ser armazenada em montes grandes. Recomendam-se montículos
pequenos, entre 1 e 2 metros de altura.
22. Deverá fazer-se a revegetação dos amontoamentos para proteger o solo da erosão, evitar ervas
daninhas e manter uma população activa de micróbios benéficos do solo.
23. Os amontoamentos deverão situar-se em locais onde não vão interferir com actividades de
construção futuras.
24. Na medida do praticável, restaurar os padrões de drenagem naturais onde estes tenham sido
alterados ou danificados.
25. Remover os materiais tóxicos e depositá-los em locais designados para o efeito. Voltar a
preencher as áreas escavadas com terra ou refugos que não contenham materiais estranhos
que possam poluir a água subterrânea ou o solo.
26. Identificar os refugos potencialmente tóxicos e filtrá-los com materiais adequados para se
evitar a mobilização de toxinas.
27. Assegurar que a terra fica devidamente acondicionada de modo a ficar naturalmente estável,
adequadamente drenada e apropriada para a utilização desejada de longo prazo da terra e
permitir a regeneração natural da vegetação.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
28. Minimizar o impacte visual de longo prazo, criando formas para a terra que sejam
compatíveis com a paisagem adjacente.
29. Minimizar a erosão pelo vento e pela água, tanto durante como depois do processo de
restauração.
30. Nas superfícies compactadas serão feitas rachas para aliviar o efeito da compactação, a menos
que as condições abaixo da superfície determinem de forma diferente.
31. Fazer a revegetação com espécies de plantas que controlem a erosão, forneçam diversidade
vegetal e, sequencialmente, contribuam para um ecossistema resiliente. A escolha de espécies
de plantas para a reabilitação deverá ser feita em consulta com instituições de pesquisa locais,
departamento florestal e povos locais.
Gestão dos Recursos Hídricos
32. O Empreiteiro deverá a todo o custo evitar entrar em conflito com as necessidades de água
das comunidades locais.
33. A captação, tanto da água de superfície como da água subterrânea, só poderá ser feita em
consulta com a comunidade local e após obtenção de uma autorização da Autoridade da Água
relevante.
34. Deverá evitar-se a captação de água de zonas pantanosas. Sempre que necessário, deverá
obter-se uma autorização das autoridades competentes.
35. O represamento temporário de correntes e cursos será feito de forma a evitar a perturbação
dos abastecimentos de água às comunidades e a manter o equilíbrio ecológico do sistema
hidrográfico.
36. Nenhuma água da construção que contenha refugos ou efluentes do local da obra,
especialmente cimento e petróleo, será autorizada a fluir para os cursos naturais de drenagem
de água.
37. A água usada na lavagem do equipamento não será escoada nos cursos de água ou valas das
estradas.
38. Os locais dos desperdícios e dos amontoamentos temporários ficarão situados longe do
sistema de drenagem e o escoamento das águas de superfície será conduzido para longe dos
amontoamentos, com vista a evitar a erosão.
Gestão do Tráfego
39. A localização das estradas de acesso/desvios deverá ser feita em consulta com a comunidade
local, especialmente em ambientes importantes ou sensíveis. As estradas de acesso não
poderão atravessar áreas pantanosas.
40. Após conclusão das obras, todas as estradas de acesso deverão ser desmanteladas e
reabilitadas.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
41. As estradas de acesso serão molhadas com água pelo menos cinco vezes ao dia em áreas
habitadas, para se eliminarem as emissões de poeiras.
Detonação
42. As actividades de detonação não poderão ocorrer numa distância inferior a 2 km das áreas
habitadas, locais culturais ou pântanos sem a autorização do ES.
44. Os níveis de ruído que chegam às comunidades decorrentes de actividades de detonação não
poderão exceder 90 decibéis.
Eliminação dos Elementos Não Utilizáveis
45. Os materiais e elementos de construção não utilizáveis, tais como equipamento
electromecânico, tubos, acessórios e estruturas demolidas, serão descartados de acordo com
as instruções do ES. O Empreiteiro tem de determinar com o ES quais os elementos a serem
entregues nas instalações do Cliente, os que vão ser reciclados ou reutilizados e quais os que
serão depositados em aterros aprovados.
46. Tanto quanto possível, a canalização danificada deverá permanecer no local. Quando, por
qualquer razão, não for possível um alinhamento alternativo para uma nova canalização, os
canos velhos deverão ser retirados com segurança e guardados num lugar seguro a ser
acordado com o ES e as autoridades locais pertinentes.
47. Os tubos AC, bem como qualquer parte deles que esteja estragada, terão de ser tratados como
materiais perigosos e eliminados de acordo com o especificado acima.
48. Os elementos demolidos ou não adequados serão desmantelados de modo a caberem nos
camiões normais de transporte.
Saúde e Segurança
49. Antes de começar os trabalhos de construção, o Empreiteiro deverá organizar uma campanha
de sensibilização e higiene. Os trabalhadores e os residentes locais serão sensibilizados para
os riscos de saúde, em especial da SIDA.
50. Serão instalados nos pontos adequados os sinais de estrada adequados para avisar os peões e
os motoristas das actividades de construção, desvios, etc.
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Angola Hamset Project – Plano Estratégico de Gestão de Resíduos Hospitalares
53. Nos casos em que sejam reivindicados pelo proprietário compensações pelos inconvenientes
ou danos nos cultivos, etc., o Empreiteiro tem obrigação de informar o Cliente, por
intermédio do ES. Esta compensação é normalmente resolvida, sob a responsabilidade do
Cliente, antes da assinatura do Contrato. Em casos imprevisíveis, as respectivas autoridades
administrativas do Cliente tomarão a seu cargo a compensação.
Plano de Gestão da Saúde, Segurança e Ambiente do Empreiteiro (HSE-MP)
54. Num prazo de 6 semanas após a assinatura do Contrato, o Empreiteiro preparará um EHS-MP
para garantir a gestão adequada dos aspectos de saúde, segurança, ambientais e sociais das
obras, incluindo a implementação dos requisitos destas condições gerais e quaisquer
requisitos específicos de um EMP para as obras. O EHS-MP do Empreiteiro servirá dois
objectivos principais:
• Para o Empreiteiro, para fins internos, garantir que estão em vigor todas as medidas para
uma gestão adequada de HSE e como um manual operacional para os seus funcionários.
• Para o Cliente, apoiado sempre que necessário por um ES, assegurar que o Empreiteiro
está integralmente preparado para uma gestão adequada dos aspectos de HSE do projecto
e como uma base para a monitorização do desempenho HSE do Empreiteiro.
56. O EHS-MP do Empreiteiro será revisto e aprovado pelo Cliente, antes do início das obras.
Esta revisão deverá demonstrar se o EHS-MP do Empreiteiro cobre todos os impactes
identificados e se definiu as medidas apropriadas para contrariar quaisquer impactes
potenciais.
Reporte HSE
57. O Empreiteiro elaborará relatórios de progresso quinzenais para o ES sobre o cumprimento
destas condições gerais, o EMP do projecto se existir e o seu EHS-MP próprio. Fornece-se
abaixo um formato de exemplo para um relatório HSE de um Empreiteiro. Espera-se que os
relatórios do Empreiteiro incluam informações relativas a:
• Acções/medidas de gestão HSE adoptadas, incluindo aprovações procuradas junto das
autoridades locais ou nacionais;
• Problemas encontrados relativamente a aspectos HSE (incidentes, incluindo atrasos,
consequências nos custos, etc., daí resultantes);
• Falta de cumprimento dos requisitos contratuais por parte do Empreiteiro;
• Alterações das assunções, condições, medidas, desenhos e obras actuais relativas a
aspectos HSE; e
• Observações, preocupações levantadas e/ou decisões tomadas em relação à gestão HSE
durante reuniões nos canteiros.
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58. È aconselhável que o reporte de incidentes HSE significativos seja feito “tão rápido quanto
praticável”. Esse reporte de incidentes deverá, portanto, ser feito individualmente. É ainda
aconselhável que o Empreiteiro mantenha os seus próprios registos sobre saúde, segurança e bem-
estar das pessoas e danos à propriedade. Recomenda-se que se incluam esses registos, bem como
cópias dos relatórios de incidentes como apêndices aos relatórios quinzenais. Fornecem-se abaixo
exemplos de formatos para notificação de incidente e relatório pormenorizado. Os detalhes do
desempenho HSE serão reportados ao Cliente por intermédio dos relatórios do ES destinados ao
Cliente.
Formação do Pessoal do Empreiteiro
59. O Empreiteiro fornecerá formação suficiente aos seus funcionários para assegurar que todos
estejam a par dos aspectos relevantes destas condições gerais, de qualquer projecto de EMP e
do seu próprio EHS-MP e que sejam capazes de cumprir os seus papéis e funções previstos.
Deverá ser fornecida formação específica àqueles empregados que tenham responsabilidades
particulares associadas com a implementação do EHS-MP. Os tópicos gerais deverão ser:
• HSE em geral (procedimentos de funcionamento);
• procedimentos de emergência; e
• aspectos sociais e culturais (maior sensibilização às questões sociais).
Custo da Observância
60. Espera-se que a observância destas condições seja parte da boa prática tanto artesanal como
sofisticada, conforme geralmente se exige neste Contrato. A rubrica “Observância das
Condições de Gestão Ambiental” da Lista de Quantidades cobre estes custos. Não serão
feitos quaisquer outros pagamentos ao Empreiteiro em relação à observância de qualquer
pedido para evitar e/ou mitigar um impacte HSE evitável.
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