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Fórum Jurídico

INSTITUTO DO CONHECIMENTO AB Março | 2013 | Direito do Desporto

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DECRETO-LEI N.º 10/2013, DE 25 DE JANEIRO: ESTABELECE O NOVO REGIME


JURÍDICO DAS SOCIEDADES DESPORTIVAS

Nuno Barbosa, Sócio, Abreu Advogados

O Decreto-Lei n.º 10/2013, publicado no passado dia 25 de janeiro, veio estabelecer o novo
regime jurídico das sociedades desportivas, o qual entraria em vigor no dia 1 de julho
de 2013. No entanto, na presenta data, foi noticiado que o Conselho de Ministros aprovou a
antecipação da entrada em vigor para o dia 1 de Maio de 2013.

A principal alteração do novo regime jurídico diz respeito à obrigatoriedade de os clubes desportivos que
queiram participar em competições desportivas profissionais, a partir já da época 2013/2014,
terem de o fazer sob a forma de sociedade desportiva. Assim, até ao início da próxima época
os clubes devem concluir o processo de constituição de uma sociedade desportiva a fim de
estarem habilitados a participar em competições profissionais (actualmente apenas são profissionais
os campeonatos de futebol da I e II Liga).

Outra novidade consiste no facto de agora ser permitido ao clube constituir uma sociedade
desportiva unipessoal por quotas (SDUQ), além da já existente sociedade anónima desportiva
(SAD). Na SDUQ o único sócio é o clube fundador. Na SAD, o limite mínimo de participação
do clube fundador passou para 10% (antes era 15%) e deixou de existir limite máximo
(antes era 40%).

Quanto à administração, a principal novidade foi a de que agora exige-se que nas SADs o órgão
de administração tenha «dois gestores executivos» que «devem dedicar-se a tempo inteiro à
gestão das respectivas sociedades».

Também foram feitas alterações em relação aos capitais sociais mínimos. Com esta modificação
passará a ser menor o esforço exigido aos sócios para a constituição de uma sociedade desportiva,
pois os capitais sociais mínimos actualmente em vigor são, em regra, mais exigentes, dos estabelecidos
no novo regime. Os novos capitais sociais mínimos serão os seguintes:

I Liga futebol - €1.000.000,00 (SAD) €250.000,00 (SDUQ);

II Liga futebol - €200.000,00 (SAD) €50.000,00 (SDUQ);

Outras modalidades (competições profissionais) - €250.000,00 (SAD) €50.000,00 (SDUQ);

Competições não profissionais - €50.000,00 (SAD) €5.000,00 (SDUQ).

(continuação na página seguinte)

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DECRETO-LEI N.º 10/2013, DE 25 DE JANEIRO: ESTABELECE O NOVO REGIME JURÍDICO


DAS SOCIEDADES DESPORTIVAS

Acresce que a regra de reforço de capital social, actualmente existente, também foi eliminada. Na
verdade, na disciplina do DL 67/97, de 3 de abril, dispõe-se que o capital social das sociedades anónimas
desportivas deve ser sucessivamente reforçado de modo a perfazer, cinco anos após a respectiva cria-
ção, um montante igual a 30% da média do orçamento da sociedade nos primeiros quatro anos da sua
existência, sob pena de exclusão das competições profissionais. Tratava-se de uma exigência que visava
assegurar uma adequada proporção entre o capital social da SAD e a actividade por ela desenvolvida. Esta
regra deixa agora de existir.

A nova legislação continua a conferir ao clube fundador direitos especiais. Assim, nas SADs que tenham
sido constituídas através da modalidade de personalização jurídica da equipa, as acções de que o
clube fundador seja titular conferem-lhe o (i) direito de veto das deliberações da assembleia geral que
tenham por objecto a fusão, cisão ou dissolução da sociedade, a mudança da localização da sede e os
símbolos do clube, desde o seu emblema ao seu equipamento; (ii) o poder de designar um dos membros
do órgão de administração, com direito de veto das respectivas deliberações quando estas versem so-
bre os assuntos referidos no ponto anterior. A propósito dos direitos especiais cumpre destacar que a
maior novidade diz respeito ao facto se ter incluído no elenco das matérias objecto de direito de veto
os símbolos do clube fundador.

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