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RET ICADOR

2.a edição
*
'EM COOPERACÃO COM O
MINISTÉRIO DA EDUCACÃO E CULTURA
DIRETORIA DO ENSINO INDUSTRIAL

1968
EDART - SÃO PAULO .
LIVRARIA EDITORA LTDA.
Direção editorial de

ARTURNEVESE WASHINGTONHELOU

Elaboração de :
DEUSDEDIT CÂMARA - S E N A I - Mi
HERCULANO LEONARDO SOBRINHO - +:>:,
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NICOLINO TIANI - S E N A I - São Paul .:'
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Pedidos a
EDART - SÃO PAULO - LIVRAR1A EDITORA
1 2
Rua Conde de Sarzedas, 38
Tel. : 37-1336 e 33-1520
C.P.: 4108
SÃ,O PAULO ( 3 ) , S P

Impresso n a s oficinas d a Eiiiprêsa Griifica (Ia R


ile Sarzedas, 38, SSio Paulo. p a r a a Edart-Sáo
papel Offset d e primeira d a I n d ú s f r i a d e Papel
esta edicão.
Esta coleção, publicada pela EDART-SÃO PAULO em cooperação
com a Diretoria do Ensino Industrial do Ministério da Educação
e Cultura, tem em vista facilitar o aprendizado de técnicas indus-
triais a operários qualificados, agentes de mestria, auxiliares
técnicos, técnicos industriais, clireçáo média das emprêsas fabrís
e aos leitores em geral.

Todos os livros da série foram elaborados por especialistas convo-


cados pelo MEC, das mais diversas regiões do País, para o exame
do acervo de material didático produzido pelo SENAI, pela CBAI,
Diret.oria do Ensino Industrial, rêdes estaduais de ensino industriaI
e escolas particulares. Cada manual contém, além do texto, vasado
em linguagem cla.r:i e simples, programas, instruções, quadros
arialiticos, planos de tarefas e informagões tecnológicas destinados
a imprimir orientação prática e segura ao aprendizado.

Como editores, não podemos deixar de assinalar o valor da colabo-


ração dos professôres, técnicos e funcionários da Diretoria do
Ensino Industrial, no sentido de tornar exequível este utilíssimo
projeto editorial. Devemos ressaltar e agradecer também a parti-
cipação direta e a orientação segura do Prof. Jorge Alberto Furtado
que, como Diretor do Ensino Industrial e Coordenador Nacional do
Programa Intensivo da Mão-de-obra Industrial, não tem poupado
esforços para criar a bibliografia básica do ensino industrial e
ampliar os cursos de formação e aperfeiçoamento tão necessários
ao progresso da tecnologia nacional.
I. '
Apresentação ....................................... 3 Fluidos de corte .....................................
Objetivos . Condições de Recrutamento e Seleção . 2
Programa ........................................... .comparador centesimal . (Tipos usaais, funcionamento.
montagem) .........................................
QUADRO ANALITICO .............................
Comparador centesimal . (Finalidades do seu uso) . . .
Programa de Tarefas e Operações . Programa de Co- Velocidades de trabalho na retificação plana . Refri-
rihecimentos Técnicos Essenciais ..................... geração e lubrificação ..............................
Informações Gerais ................................. Verificação da perpendicularidade de planos ou de
Controle da Aprendizagem e Avaliação do Rendimento arestas retificadas ...................................
Relação de Material ................................ Principais defeitos apresentados na retificação e suas
Relação de Equipamento ............................ causas .............................................
FOLHAS DE TAREFAS 3
1. Bloco com superfície paralela retificada ........ Goniômetro (Transferidor) ...........................
2. Bloco com superfície perpendicular retificada ... 59 Goniômetro com vernier ............................
3. Bloco com superfície oblíqua retificada ........
4 .Bloco com rasgo retangular retificado .......... 77 Micrômetro de três contatos. para furos ("Imicro") . .
5. Bloco com rasgo em "V" retificado ............ 83 Micrômetros para diferentes usos ....................
6 .Bloco com superfícies escalonadas retificadas .... 87 5
7. Bloco com ranhura retificada .................. 88 Esquadro ..........................................
8. Bloco com escalonado paralelo. retificado ...... 91 7
9 .Eixo com rebaixo .......................... 92 Noções sôbre peças intercambiáveis e sôbre calibradores
10 .Eixo cônico com extremidade cilíndrica escalonada 99 de tolerância .......................................
11 .Bucha cilíndrica com rebaixos externos ........ 105
12 .Paralelo de precisão ........................... 115 Ponta e contraponta . Montagem da peça entrepontas
. Cuidados em virtude da dilatação da peça entrepontas
13 .Bucha cônica com rebaixos externos ............
Principais defeitos apresentados na retificação e suas
14 .Paralelo de precisão com furo retificado ....... '23 causas .............................................
15 .Régua de traçar .............................. I27 10
16 .Paralelo "V" .................................. 131 Especificações comerciais dos rebolos .................
17 .Cilindro de centragem ......................... 135 Regras gerais da "Norton Company" para a escolha de
18 .Ponta de centro .............................. 139 rebolos ............................................
19 .Cantoneira de precisão ........................ 145 11
20 .Calibrador tampão ............................ 146 Placa universal de três castanhas ....................
21 .Cilindro de precisão .......................... 149 Velocidade de trabalho na retificação cilíndrica e cô-
nica . Refrigeração e lubrificação .................
FOLHAS DE INFORMAÇÕES TECNOLOGICAS
As máquinas de retificar internamente ..............
1
Balanceamento de rebolos ..........................
Objetivos da retificação . Condições de trabalho .
Ação cortante do rebolo ............................ 23 12
NoçBes gerais dos tratamentos térmicos do aço .
Retificadora plana .............................. 25
Recomendações e regras de segurança sôbre trabalho na 13
retificadora plana ................................... 27 Fixação de peças na retificadora .....................
Meios de fixação da peça na mesa da retificadora plana 14
. Placa magnética ................................... 29 Noção de tolerincia de medidas ....................
Rebôlo ............................................. 31 15
Formas dos rebôlos de retificação . Fixação do rebôlo Paquimetro de 1/128" ..............................
no eixo .............................................
33 16
Condições gerais para a escolha de rebôlo de retificação 35
Elementos determinantes da ajustagem . Tolerincia.
Causas e defeitos na retificação . Recondicionamento folga. apCrto ........................................
e retificação dos rebolos ............................
Modalidades de retificação plana . Aproximação micro- 37 17
métrica do rebôlo e da peça ....................... Usos industriais dos aços-ligas .......................
Paquímetro .(Nomenclatura. leitura. características. 18
conservação) ....................................... Calibradores cônicos . (Cone. verificação. cones nor-
Paquímetro .(Tipos. usos. princípio do vernier de malizado~) .........................................
0. l m m ) ............................................ Retificação cbnica em balanço e entre pontas .......
Micrômetro ........................................ 21
Micrômetro . (Leituras de O. O1 mm) ............... Normalização das tolerincias . convenções do sistema
Micrômetros com vernier ............................ internacional "Iso" de tolerâncias ...................
Micrômetros . (Leituras de 0.001.) ................. Furo padrão "H" e seus ajustes usuais ..............
Aço . (Características e classificação) ................ 22
Aços ao carbono e aços especiais .Influências dos Principais defeitos apresentados na retificação e suas
elementos constituintes .............................. causas .............................................
SFRIE METÓDICA DE OFICINA
I 44
Escala 1 : 1
-

FERRAMENTAS: Rebôlo reto plano de 7" X 1/2N X 1 1 / 4 1 f , micrôrnetro externo de 25 a


50 mm, paquimetro, diamante, pedra de afiar de mão.
M A T E R I A L : Aço 0,18 a 0,30 yo C - 2" X 94 mm.

I
ORDEM DE EXECUÇÃO

1. Limpe a mesa da retificadora e a base da 13. Pare a máquina, desligue a chave da placa
placa magnética, mantendo-a desligada. magnética e retire o suporte do diamante.
2. Fixe a placa magnética na mesa da reti- 14. Limpe a superfície da placa magnética.
f icadora. 15. Limpe a peça e verifique as medidas com
3. Limpe a superfície da placa magnética. , paquímetro.

II
4. Selecione e inspecione um rebôlo reto 16. Coloque a peça na placa magnética com
plano. a face " A para cima.
5. Monte o rebolo no cabeçote porta rebolo 17. Fixe a peça, ligando a chave da placa
(coloque a proteção do rebôlo). magnética.
6. Limpe a base do suporte do diamante. e 18. Determine a posição inicial de trabalho e
coloque-o na placa magnética. coloque o anel graduado no ponto "Zero".

I 7. Monte o diamante no suporte (inclinação


de30a10°).
19. Retifique, removendo metade do excesso
(movimento manual).

I 8. Ligue a chave da placa magnética para


fixar o suporte do diamante.
20. Pare a máquina, desligue a placa magné-
tica e retire a peça.

I 9. Movimente a mesa localizando o diamante


em posição de trabalho.
2 1. Limpe a placa e a peça.
22. Coloque a peça na placa magnética com

I 10. Faça contato do rebolo com o diamante e


coloque o anel graduado no ponto "Zero".
a face "B" para cima.
23. Fixe a peça, ligando a chave da placa

I 11. Determine profundidade de corte de apro-


ximadamente 0,05 mm.
12. Retifique o rebolo com passadas sucessi-
magnética.
24. Retifique na medida de 48 mm.
25. Retire a peça e remova as rebarbas com
vas (movimento manual). pedra aloxite.
>

OBJETIVOS DA RETIFICAÇÃO. CONDIÇÕES DE l$~~:~~:o


RETIFICADOR
TRABALHO. AÇAO CORTANTE DO REBOLO. TECNOLÓGICA
1.1

A Retificação com Rebolos Abrasivos Nenhum processo manual, por cuida-


é um processo moderno e aperfeiçoadíssiino doso e demorado que seja, poderá exceder
de acabamento das superfícies. Resulta da ne- em rigor o de acabamento de uma superfície
cessidade de precisão imposta pelo notável por meio da retificação mecânica.
progresso da indústria mecânica.

'
POR í RETIFICA~
1) Para dar melhor acabamento às superfícies 3) Para retificar peças que tenham sido de-
que tenham sido usinadas em outras má- formadas ligeiramente durante um pro-
quinas ferramentas, como, por exemplo, cesso de tratamento térmico (têmpera, re-
: a furadeira, o torno, a plaina, a fresadora. venimento, recozimento, cementação, ni-
Estas máquinas elaboram superfícies nas truração).
quais os gumes das ferramentas deixam 4) Frequentemente, o acabamento de uma
rugosidades ou saliências e rebaixos. Po- peça para dar-lhe medidas precisas e su-
dem estas ser quase insignificantes, mas perfícies de alta qualidade, sòmente pode
impedem o emprêgo da peça nos casos em ser feito depois de estar ela endurecida
que se exija alta qualidade de superfície. pela têmpera, ou pela cementação, ou
2) Para dar às superfícies tal grau de perfei- ainda pela nitruração. Em tais casos, de-
ção de forma e de precisão de medidas que vido à dureza da superfície a atacar, sò-
permita a obtenção de peças intercambiá- mente é possível o emprêgo dos rebolos.
veis, isto é, peças pràticamente idênticas Suas partículas abrasivas, de dureza e fi-
e por isso capazes de ser substituídas umas nura extremas, e, além disso, a precisão da
pelas outras. É essa uma exigência da in- manobra que determina o leve contato do
dústria moderna que, para atender a ra- rebolo com a superfície, permitem o aca-
zões econômicas, produz peças seriadas em bamento desejado, pela gradual remoção
grande escala. de camadas finíssimas de material.

J
DE TRABALHO

A retificação exige o estabelecimento 4) forma do rebôlo;


das seguintes condições de trabalho:
5) modo de fixação da peça;
1) qualidade do abrasivo do rebolo, tendo
em conta a espécie e a dureza do mate- 6 profundidade da passada do rebôlo;
ria1 cuja superfície vai ser retificada; 7) velocidade de rotação do rebolo;
2) granulação do rebolo (tamanho dos grãos 8) velocidade da peça;
abrasivos) à vista do acabamento que se
deseja obter; 9) velocidade de avanço lateral da peça;
3) tipo de aglomerante dos grãos abrasivos 10) espécie e quantidade do líquido refrige-
do rebolo; rante.

-.
OBJETIVOS DA RETIFICAÇKO. CONDIÇÕES DE FGLHA DE
RETIFICADOR INFORMASAO
TRABALHO. AÇÃO CORTANTE DO REBULO. TECNOL~GICA 1.2
L I

AÇÁO CORTANTE DO REBOLO

Os rebolos, de variadas formas e di- deza, até embotar. Devido à sua estrutura
Yersos tamanhos, são verdadeiras ferramentas cristalina, quebra-se e apresenta novas ares-
cortantes dotadas de milhares de dentes duros tas cortantes contra a face que está atacando
e agudos - os grãos abrasivos - cuja adesão (fig. 2).
se mantém por uma substância aglomerante O processo de fratura é gradual, pros-
(figs. 1 e 2). seguindo com o avanço do trabalho. Chega

Os grãos abrasivos cortam


efetivamente minúsculas :partí-
culas da superfície contra a qual
se põem em contato e mediante
a velocidade de rotação do re-
bolo.
Os tamanhos das partí-
culas de material destacado de-
pendem da granulação do rebôlo.

1) Os grânulos grossos cortam


cavacos ou partículas maiores,
e a superfície fica áspera. Es- Fig. 1 Fig. 2
ta é uma AÇÃO DE DESBASTE
OU ESMERILHADORA apenas.

2) Os grânulos finos cortam cavacos menores um momento em que cada partícula abrasiva
e produzem uma superfície mais lisa, mais desgasta-se tanto e o atrito produz tal calor
bem acabada. Esta é uma AÇÃO DE ACABA- que ela se solta do aglomerante e é expelida
MENTO OU DE RETIFICAÇÃO. da superfície do rebolo pela pressão resultante
do atrito. Nova partícula, de arestas agudas,
Cada grão abrasivo vai cortando @a- toma o seu lugar e dessa forma prossegue a
1 dualmente a superfície até perder sua agu- ação cortang do rebolo.

1) Qual a necessidade industrial que exige o processo de retificação?


2) Quais são as finalidades da retificação?
3) Quais as condições de trabalho necessárias à retificação?
4) Explique, com um esboço, a ação cortante do rebôlo.
FaLHA DE
RETIFICADOR RETIFICADORA PLANA INFORMACAO 1.4
TECNOLÓGICA

Ao fim do curso, em cada extremo, o 4ni groduodo


batente toca a alavanca de comando hidráuli-
co que, atuando nas válvulas, inverte o sen-
tido do movimento.
Para operações preparatórias, a mesa
pode ser deslocada pelo giro da roda manual.
Um sistema de pinhão dentado e cremalheira
produz o movimento.

Movimeqto transversal da mesa


A cada inversão de curso, por um dis-
positivo automático, o carro suporte da mesa iAlwonoo do
arrasta-a num pequeno avanço transversal, comanda hidrhuw
para oferecer superfície de ataque ao rebôlo.
Há dispositivos próprios para limitar o curso
transversal. Nas máquinas das figs. 1 e 3, o
deslocamento transversal máximo é de 6".
Também se dá movimento transversal à mesa
girando a mão, a roda respectiva.

Movimento vertical do rebôlo


Faz-se manualmente, na roda superior. Fig. 3 - Retificadora plana vertical
O avanço micrométrico do rebôlo contra a
face da peça é regulado e controlado com ex-
trema precisão por um anel graduado. Possi- madas de espessuras em centésimos de milí-
bilita, dessa forma, passadas de sensível deli- metro ou em milésimos ou décimos milésimos
cadeza, capazes de desgastar o material em ca- da polegada.

ESPECIFICAÇÕES DE UMA RPsTIFICADORA PLANA

São usuais as seguintes: Número de velocidades de avanço


Dimensões da mesa transversal da mesa
Curso transversal máximo Graduação micrométrica do avanço
Velocidade do rebôlo (rpin) transversal automático.
Curso longitudinal máximo Graduação micr'ométrica do avanço
Avanço vertical máximo do rebôlo vertical do rebôlo
~ i â m e t i omáximo do rebôlo Potência do motor do rebôlo e do mo-
Número de velocidades de avanço lon- tor do sistema hidráulico
gitudinal da mesa

QUESTIONARIO

1) Que operação executa a retificadora plana? Qual a ferramenta de


corte?
2) Quais Òs hois tipos gerais de retificadora plana?
3) Utilizando uiilx gravura de catálogo, expliqi~eresumiclarnents como
funciona uina rctificadora plana.
-1 v- -
- .-
RECOMENDAÇÓES E REGRAS DE SEGURANÇ.4- F6-A DE
RETIFICADOR SOBRE O TRABALHO NA RETIFICADORA PLANA INFOIM*SAO
TECNOL~GICA
1.5

1) Certifique-se de que a peça está firme e 7) Se não conseguir que o eixo penetre@-
adequadamente fixada. cilmente no furo do rebôlo, raspe ligei-
ramente a bucha de chumbo.
2) Verifique, por leves pancadas de martelo,
se o rebôlo dá um som claro. Caso isso 8) Não retire jamais um- retificador de dia-
não aconteça, provàvelmente o mesmo mante do quarto de ferramentas, sem
terá fraturas ou trincas e, portanto, deve antes aí verificar se o diamante está fir-
ser rejeitado para uso na retificadora. memente engastado no corpo da ferra-
Monte um perfeito. menta. Com isso, poderá evitar a res-
ponsabilidade por um estrago que não
3) Certifique-se de que o rebôlo está mon- praticou. Evitará, também, em caso de
.tado corretamente na retificadora, e com defeito, inutilizar a ferramenta, caso a
a- necessária proteção. pedra jáxsteja frouxa.

Fig. 1 - Retificadora vista de frente Fig., 2 - Retificadora vista de lado

4) Tenha cuidado quanto à velocidade do 9) 0 rebôlo de abrasivo, como qualquer


rebolo, que deve girar dentro do limite outra ferramenta de corte, perde a forma
de seguranja. Se tiver dúvida quanto à correta e se embota, com o uso. Retifi-
velocidade, consulte o instrutor. Não que-o e recondicione-o de vez em quan-
confie exclusivamente na sua memória. do.
5 ) Lembre-se de mudar as "rpm" do eixo, 10) Verifique se os batentes de inversão do
quando tiver que substituir o rebôlo por movimento longitudinal da mesa estão
outro bem maior ou bem menor. corretamente ajustados.
G)I Retifique sempre o rebôlo, depois de 11) Nas operações de fixar a peja, limpar ou
substituí-io por outro. Qualquer excen- . lubrificar, talvez seja necessário mover
tricidade, por iaenor que seja, inutilizará manualmente a mesa. Desloque primei-
o trabalho. ramente o
FOLHA DE
r RETIFICADOR RECOMENDAÇÕES E REGRAS DE SEGURANÇA INFORMAçÁO
SOBRE O TRABALHO NA RETIFICADOU PLANA TECNOL~G~CA 1.6

12) Não tente fazer a máquina trabalhar 16) Verifique se todo o equipamento de se-
quando a correia está deslizando. Preste gurança (guardas e protetores) está em
especial atenção à correia de acionamento seu lugar.
do eixo do rebolo. 17) Evite conversa quando a retificadora es-
13) Mantenha sempre protegidos os instru- tiver funcionando.
mentos de medição e de controle, quando 18) Enrole as mangas da camisa.
não estiverem em uso. 19) Não use gravata.
14) Na retificação de acabamento, se for ne- 20) Mantenha a camisa enfiada no cós das
cessário parar a máquina por muito tem- calças. Qualquer parte solta da sua ca-
po (por exemplo, para a merenda ou misa pode ser apanhada entre a peça e o
durante a noite), não ponha o rebolo rebolo em alta velocidade, e arrastá-lo
para a máquina.
em contato, imediatamente após a par-
tida do motor. Muitas peças têm sido 21) Use um gorro ou um casquete- Cabelo5
inutilizadas pela não observância desta longos e despenteados são causa de aci-
dentes perigosos.
regra.. Deixe a máqulna girar livremente,
durante 5 minutos, para aquecimento. 22) Não são de boa regra brincadeiras e gra-
cejos durante o trabalho. Lembre-se de
15) Ao executar qualquer operação, em qual- que outras pessoas trabalham próximo e
quer tipo de retificadora, use óculos de em volta de você. A segurança de todos
proteção. deve ser resguardada.

NORMAS TRADUZIDAS DO LIVRO "MACHINE TOOL OPERATION" DE HENRY D. BURGHARDT E AARON AXEL-
ROD (Edit. MC GRAW-HILL BOOK)

I
RETIFICADOR MEIOS DE FIXAÇÃO DA PEÇA NA MESA DA F6LHA DE
RETIFICADORA PLANA. PLACA MAGNÉTICA. INFORMAÇÁO
TECNOLÓGICA
1.7

Uma das condições para a perfeição e o ri- 2) entre as mandíbulas da morsa, prèviamente
gor do trabalho de retificação é a cuidadosa fixada na mesa da retificadora; 3) numa placa
e exata fixação da peça cuja superfície vai ser magnética, por sua vez fixada na mesa da re-
retificada. tificadora pelos meios normais (grampos e
Podem ser utilizados três processos de parafusos com porcas).
£ixação: 1) diretamente na mesa da máquina; -. .

FIXAÇAO DIRETA NA MESA DA RETIFICADORA

As peças maiores, e cuja forma per- fusos de fixação. Da mesma forma como se
mite o emprêgo de grampos, parafusos, calços, fixam peças diretamente na mesa da. plaina
etc., podem ser fixadas diretamente na mesa limadora (assunto tratado em informação tec-
da retificadora. Dispõê esta mesa - como a nológica anterior), procede-se, para a fixação
de várias outras máquinas ferramentas, por de peças na mesa da retificadora plana, utili-
exemplo a furadeira, a plaina e a fresadora - zando-se, conforme a conveniência, os diver-
de ranhuras com a seção de um "tê" invertido sos tipos de grampos, cunhas, cantoneiras, etc.
nas quais se podem alojar as cabeças dos para-

-
FIXAÇÃO NA MORSA

Uma vez fixada a morsa na mesa pelos trôle usual de precisão da morsa e sua fixação
meios normais (parafusos através das ranhuras - paralelismo do fundo, da face da mandí-
em "T" da meSa e das fendas das orelhas exis- bula móvel, etc - de modo semelhante ao
tentes na base da morsa), prende-se a peça a indicado quando se tratou da operação da
retificar entre as mandíbulas. Usam-se os cal- morsa na plaina limadora (informação tecno-
ços que forem necessários e procede-se ao con- lógica anterior).

CUIDADOS A TOMAR PARA A FIXASAO

A peça a retificar deve ser submetida - seja diretamente na mesa, seja na morsa -
a rigorosa limpeza. Também devem estar constitui uma providência importantíssima,
perfeitamente limpos todos os dispositivos e sem a qual o trabalho de retificação pode vir
acessórios de fixação, tais como parafusos, a ser totalmente inutilizado.
porcas, arruelas, grampos, placas, calços, can- Deve-se lembrar que qualquer sujeira,
toneiras, morsas e ranhuras da mesa. por leve que seja, ou uma pressão de apêrto,
O controle prévio das partes ou dos capaz de empenar ou deslocar a peça, pode
acessórios (calços de precisão, por exemplo) concorrer para um trabalho defeituoso de re-
que podem influir na correta fixação da peça tificação.

FIXAÇAO NA PLACA MAGNÉTICA

Usa-se fixar, na face plana de uma Há dois tipos diferentes de placas mag-
Placa Magnética, as peças pequenas ou de néticas que, embora com aparência exterior
pouca espessura, sujeitas fàcilmente a defor- semelhante, se caracterizam pelo processo de
mação ou de fixação difícil senão impossível magnetização da sua face superior que, em
pelos outros processos indicados. ambos, é plana e lisa.

--
M"-w-.4--.sr ,. -- .* - v A,

I
FGLHA DE
MEIOS DE. FIXAÇÃO DA PEÇA NA MESA DA
RETIFICADOR
RETIFICADORA PLANA. PLACA MAGNÉTICA.
INFORMAÇAO
TECNOLÓGICA 1.8

1.O) A PLACA ELETROMAGNÉTICA


Fig. 1 - fixa fortemente a peça por netos, quando o fio de alhentação da placa
atração eletromagnética. A face superior é é ligado a uma tomada de corrente continua.
formada por um certo número de pólos mag- Não se pode ligar a placa magnética à cor-
néticos, separados por metais não magnéticos. rente alternada.
Bobinas de fios isolados criam os eletromag-

2.O) A PLACA DE MAGNETISMO PERMANENTE

Fig. 2 - não exige corrente elétrica.


Sua face superior é formada de vários ímãs
permanentes. O circuito dêsses ímãs é fechado
por meio de uma chave, criando uma enérgica
aderência entre a face superior da placa e a
peça a retificar.
Em ambos os tipos de placas, a aderên-
cia resultante do fechamento dos circuitos
magnéticos é suficiente para resistir à pressão
produzida pelo contato do rebolo da retifica-
dora girando a alta velocidade.
O processo de fixação n a placa magné- base de ferro ou aço, que se aplica sobre a
tica sòmente é aplicável às peças de metais placa.
sensíveis à magnetização (ferro, aço e ferro Não se usa líquido refrigerador na pla-
fundido). Se o material não for magnético, é ca magnética, a não ser que tenha constituição
necessário antes fixá-lo adequadamente numa especial apropriada à refrigeração úmida.

QUESTIONARIO

1) Explique as características dos dois tipos de placas magnéticas.


2) Como se faz a fixação direta na mesa da retificadora plana?
3) Quais os três tipos de fixação da peça na retificadora plana?
4) Quais os cuidados a tomar para a fixação da peça?
FOLHA DE
RETIFICADOR REBOLO INFORMACÁO"
TECNOLÓGICA
1.9

O rebôlo é a ferramenta cortante que dro de pequena espessura ou um disco (figs.


trabalha, girando a grande velocidade, nas
esmerilhadoras e nas retificadoras. Na sua
forma mais comum, o rebolo é um cilin-
1 e 2), com um furo central, por meio do
qual se adapta no eixo da máquina esmeri-
lhadora.
I
MONTAGEM DO REBOLO

A fig. 3 apresenta o caso do rebolo pla- Furo

no e a fig. 4 o da montagem do rebôlo cilíndri-


co. O primeiro trabalha esmerilhando com sua
periferia, enquanto o segundo !trabalha es-
merilhando na face. '
NOTA:AS guarnições, de papel grosso espe-
cial, são indispensáveis na montagem do re- owrnb&
bolo. Fig. 1 Fig. 2

CONSTITUIGÃO DO REBOLO

Os rebolos usados modernamente se


compõem de uma substância mista formada
/
de dois elementos:
1.O Os Abrasivos, que são inúmeros GRÁOS DE
ARESTAS VIVAS, extremamente duros, destina-
dos a produzir o desgaste das peças em tra-
balho, por meio do atrito (fig. 5).
2.O O Aglomerante ou Aglutinante é o ma-
terial que assegura a adesão das partículas
Fig. 4
abrasivas (fig. 5).
Na massa do rebôlo há ainda espaça-
mentos ou poros, que são vazios ou cavidades
com função muito importante na ação de es-
merilhar o metal (fig. 5).

Fig. 5

ABRASIVOS ARTIFICIAIS

Até fins do século passado, sòmente se ta, que se aplica ainda hoje aos rebolos, de
conheciam os abrasivos naturais. Dêstes, um maneira geral: Rebolos de Esmeril. O esmeril
dos mais empregados era o Esmeril, mineral tem dureza inferior a 9 na Escala de Mohs,
de cor preta, com cêrca de 40 yo de óxido de que é uma escala padrão de dureza na qual o
ferro e 60 yo de óxido de alumínio. Dêle vem Diamante ocupa o número 10: o mais duro.
a denominação comum, mas raramente exa-
F6LHA DE '
RETIFICADOR REBOLO INFORMAÇÃO 1.1 0
TECNOLóGICA

' I No ano de 1891, pesquisas técnicas le-


varam à descoberta de abrasivos artificiais de
dureza muito próxima de 10, mais vantajo-
2.0) Abrasivos Alziminosos, obtidos no forno
elétrico. ela fusão da Baz~xita(minério
' I

de Óxidos de Alzsminio, Silicio e Ferro).


I
sos do que o esmeril para os usos industriais.
Dureza Molis: 9;4. Nomes comerciais mais
São êles:
comuns: Aloxite (da The Carborundum
1O
. A brasiuos Siliciosos, constituídos de Car- Company) e Alzlndum (da The Norton
bonêto de Silicio, fabricados em fornos
Company). Recomendam-se para metais
elétricos e com dureza 9,6 (Mohs). No-
mes comerciais mais comuns: Carborzln- mais resistentes à tração, como o A ~ O
eO
dum (da The Carborundum Company) BRONZE FOSFOROSO.
e Crystolon (da Tlie Norton Company).
Recomendam-se para metais de fraca re- A granz~laçãodos abrasivos é classifi-
sistência à tração (FERRO FUNDIDO, LATÃO, cada por números, correspondentes às quan-
COBRE, ALUMÍNIO) e para MATERIAIS NÃO tidades de malhas por polegada das peneiras
METÁLICOS. nas quais se faz a separação dos grãos.

Sendo os aglomerantes os retentores ou do dos grãos abrasivos e, portanco, cons-


suportes dos grãos abrasivos, a sua resistência tante renovação da eficiência do corte.
assume grande importância. Esta se chama Usado, por isso, nos rebolos de afiação
grazs do rebôlo. Os tipos de aglomerantes são: de ferramentas.
1.O) Aglomerante vitrif icado, de argila (cazl- 3.0) Aglomerantes Elásticos, que podem ser
lim) fundida. Muito resistente e empre- de RESINA, BORRACHA OU GOMA-LACA. SU-
gado na maioria dos rebolos. portam elevado calor na esmerilhaçãlo, sen-

I 2.O) Aglomerante Silicioso, de SILICATO DE só-


DIO. Permite desprendimento mais rápi-
do,. pois, usados para os rebolos de alta
velocidade, os de corte e os de acabamento.

)S 1 )S ABRASIVOS

Este espaçamento, chamado estrutz~ra De dois rebolos de igual número (gra-


na especificação comercial dos rebolos influi nzsla~ão)e igual grau (resistência do aglome-
grandemente na ação esmerilhadora. São os rante), mas de diferentes estruturas (espaça-
vazios (entre os grãos) que retêm as partículas mentos), um cortará inais ràpidamente que
arrancadas do inetal, até que sejam expelidas o outro. A estrutura do rebôlo pode ser: den-
pela força resultante do movimento giratório sa, média ou aberta.
do rebôlo.

1) Quais são os aglomerantes usuais dos rebolos?


2) Que é o rebôlo? Como se monta no eixo?
3 j Que influência tem o espaçamento na ganulação do rebôlo?
4) Quais são os abrasivos artificiais empregados nos rebolos?
5) Como é constituído o rebôlo? Dê explicação completa.
7
0

FBLHA DE
FORMAS DOS REBOLOS DE RETIFICAÇKO.
RETIFICADOR INFORMAÇÁO
FIXAÇÃO DO REBOLO NO EIXO: TECNOLÓGICA
.
Os fabricantes norte-americanos de re- As dimensões normais, em geral em po-
bolos estabeleceram uma classificação estan- legadas (mais usuais), ou em milímetros, são
dardizada de formas, cujos tipos estão mostra- referentes ao diâmetro exterior, à espessura
dos abaixo, e que tem aplicação no Brasil, e ao furo. As demais dimensões detalhadas,
onde é muito comum o uso dos materiais de rebolos de formas especiais, se encontram
abrasivos de procedência "Norton" e "Car- sempre especificadas nos desenhos dos catálo-
borundum". gos dos fabricantes.

FORMAS DOS REBOLOS

1.O GRUPO - REBOLOS DE DISCO

Figs. 1 n 7

2.O GRUPO 5.O GRUPQ 4.O GRUPO


REBOLOS DE PRATO REBOLOS CILfNDRICOS ( m É I S ) REBOLOS DE COPO
OU LAPIDARIOS

Figs. 8 a 15

Figs. 16 a 27
- - - -
1
WT

FORMAS DOS REBOLOS DE RETIFICAÇÃO. FÔLHA DE


RETIFICADOR
FIXAÇÃO DO REBOLO NO EIXO. TECNOLÓGICA
INFORMAÇÃO
1 12

FIXAÇÃO DO REBOLO NO EIXO DA RETIFICADORA

A correta montagem de um rebolo no 1

eixo é de grande importância. Evita danos


possíveis na peça a retificar e previne prová-
veis acidentes pessoais.
O rebôlo é uma peça frágil que não
deve estar sujeita a choques. Além disso, du-
rante o seu trabalho, em alta rotação, fica
submetido ao efeito de uma força centrífuga.
Antes da montagem, portanto, DEVE SER BEM
EXAMINADO, pois pode apresentar trincas ou
outros defeitos. Um dos meios de testá-lo con-
siste em dar-lhe leve pancada, com um pe-
queno martelo: um som muito claro e carac-
terístico indica o rebolo perfeito.
Os processos de montagem do rebolo de
furo e do de anel estão mostrados nas figs. Fig. 28 Fig. 29
28 e 29.
O rebôlo de furo se monta sempre aper-
tado entre dois flanges fundidos e usinados bolo, quando da rotação do eixo. Não é acon-
com um rebaixo na face interna (fig. 28). selhável apertar-se exageradamente a porca. O
Deve o rebolo estar sempre rigorosamente sentido da rosca do eixo deve ser tal que a
centrado, quer em relação ao eixo, quer em porca tenda a apertar quando o rebôlo gira.
relação aos flanges. O diâmetro do eixo é dependente, em
É indispensável que o contato se faça caso, do diâmetro e da espessura do rebôlo e
através de discos de papel grosso especial, que da sua velocidade circunferencial. O eixo
já são pregados, na fábrica, em ambas as faces deve-se ajustar livremente no furo do rebôlo,
do rebolo. Êsse contato se dá apenas nas es- mas sem qualquer jogo. Uma bucha de chum-
treitas coroas circulares salientes, nas bordas bo forra o furo do rebôlo.
dos flanges. Na fig. 29 se vê, com clareza, o dispo-
A porca deve ter o apêrto justo sufi- sitivo de montagem dos rebolos cilíndricos de
ciente para produzir o arrastamento do re- anel ou rebolos lapidários.

QUESTIONARIO

1) Faça ós esboços de várias formas de rebolos.


2) Indique, com esboços, alguns tipos de perfis de rebolos.
3) Por que é importante a montagem do rebolo? Qual o meio simples
de testar um rebôlo, antes de montá-lo no eixo?
4) Explique, com esboços simples, as montagens do rebolo de furo e
do de anel.
.- - --
#. 7- T-

RETIFICADO~' II CONDIÇBES GERAIS PARA A ESCOLHA DE


REBOLO DE RETIFICAÇÃO
FÔLHA DE
INFORMACÁO
TECNOLÓGICA
1-13

Os rebolos para retifica~ão,de varia- As características relativas à espécie do


dos tipos e formas, devem ser escolhidos para Abrasivo, granulação, grau, estrutura e tipo
cada tarefa, tendo em conta as recomendações de aglomerante já foram, em têrmos gerais,
e especificações dos fabricantes. definidos (57 que trata especialmente de re-
V j o bolos).

CONDIÇÕES GERAIS PARA A ESCOLHA DOS REBOLOS

1 - MATERIAIS A SEREM RETIFICABOS

Influem nas cinco características do rebolo:

1 MATERI AIS A RETIFI CAR


--
I - -- --
NATUREZA DO ABRASIVO I
Aços e a ç o s - l i g a . . oxido de alumínio (ALOXITE ou ALUNDUM)
F e r r o fundido Carbureto de s i l í c i o (CARBORUNDUM ou CRYSTOLON)
Ligas e m e t a i s não f e r r o s o s Carbureto de s i l i c i o ( C A R B O R U N D ~ou CRYSTOLON)
+ Outros, não m e t á l i c o s Carbureto de si1l c i o (CARBORUNDUMou CRYSTOLONL

MATERIAIS A RETIFICAR TIPO DE QIANULAÇÃO


Duros e quebradiços Granulação a b r a s i v a f i n a
I Brandos e m a l e h e i s I Granulação a b r a s i v a mais g r o s s a I
I Duros MIITERIAIS A RETIFICAR I (=RAU DO AGLOMERANTE
Aglomerante de grau macio
I
B r andos Aglomerante de grau duro

II MATERIAIS A RETIFICAR
Duros e quebradiços
ESTRUTURA DA GRANULAÇÃO
~ r a n u l a ç ã oc e r r a d a ,
I
Brandos e maleáveis ~ r a n u l a ç ã oa b e r t a

TIPO DO AGLOMERANTE

Quanto ao Lipo do aglomerante, a escolha pode, às vêzes, depender do material a


retificar, mas frequentemente influem também outras condijões, tais como a velocidade
do rebolo ou sua pressão contra a peqa.

2 - PREGISÁO E ACABAMENTO DESEJADOS NA RETIFICACAO

I TIPO DE TRABALHO
Influem em duas características do rebolo:

TIPO DE WANULAÇÃO TIPO DE AGLOMERANTE


Desbaste Grossa - V i t r i f icado . .
Semi-acabamento ~édia V i t r i f icado
Retificação f i n a Fina ResinÓide-Borracha-Gana laca -
9

RETIFICADOR CONDIÇõES GERAIS PARA A ESCOLHA DE


REBOLO DE RETIFICAÇÃO
FBLMA DE
INFORMAÇÁO 1.14
I
TECNOLOGICA

3 - AREA DE CONTATO DO =BOLO COM A SUPERFfCJE A REI AR

1nklui em três características do rebôlo:

Á ~ E ADE CONTATO TIPO DE GRXO a u DO AGLOMERANTE ESTRI~TURAGPANUL~B '


Grande Grosso Macio Aberta
Pequena Fino Duro Cerrada A
7

4 - NATUREZA DA OPERAGÃO

Influi apenas na espécie de aglomerante.

TIPO D E OPE~AÇXO 1 TIPO D E A G L O M E U N T E I


~smerilhação pesada. rebarbação de peças fundidas Besinóide-B orracha-Goma Xaca
Corte com rebolos de disco ~esinóide-~orracha-Gomalaca
Betif icação de precisão(cilindrica, interna ouplana) Vitrif icado
Be tif icação de alta qualidade (rolamentos,prexemplo) ~esinóide-~orracha-Gomalaca ,

5 - VELOCIDADE DO REBOLO

Influi em duas características do rebôlo:

1.O) Quanto mais alta a velocidade do rebôlo em relação à velocidade da peça, mais bran-
do deve ser o grau do aglomerante.
2.O) Os aglomerantes orgânicos (resinóide-borracha-goma-laca)devem ser empregados para
velocidades mais altas.

6 - VELOCIDADE DO AVANGO OU PRESSA0 DO REBOLO


CONTRA A PESA

Só influi no grau do aglomerante. Quanto mais alta a velocidade ou maior a pres-


são- mais duro deve ser o grau do aglomerante.

EXEMPLO DE UMA TABELA DE REBOLOS PARA RETIFICASÁO PLANA

MATERIAIS A RETIFICAR ABRASI V0 I GRANULACÃO f GRAU 1


Ferro fundido , Carb. eilicio 1 30 ou 36 1 I ou J I
Aço doce e aço fundido
Aço de ferramenta8 Ox. alumfnio
Aço rápido Ox. aiumfnio
Aço inoxi$vel macio Carb. eilicio
Aluminio Carb. ailicio
Cobre Carb. silicio
Bronze f osf oroeo Ox. aiuminio
CAUSAS E DEFEITOS NA RETIFICAÇAO. FGLHA DE 1
RETIFICADOR RECONDICIONAMENTO E RETIFICAÇ2i.O DOS INFORMAÇAO 1 15
REBOLOS. TECNOL6GICA

CAUSAS DE TRABALHO IMPRECISO OU DE MA APARgNCIA


1) Aquecimento e empenamento da peça de- 4) Folga no eixo, determinando vibração.
vido ao uso de rebolo muito duro.
5) Rebolo não balanceado, desequilibrado,
2) Rebolo embotado, isto é, com as arestas ou seja, com seu pêso desigualmente dis-
cortantes desgastadas. tribuído em relação ao centro.
3) Rebolo "entupido", com a superfície en- 6) Rebolo deformado: 1) ou a periferia não
crustada de cavacos da peça. é rigorosamente circular e centrada; 2) ou
a face não é paralela à direção do corte.

CAUSAS QUE INFLUEM NO RAPIDO DESGASTE DE


UM REBOLO
1) Ser macio; 2) Ser muito delgado; 5) Estar o rebôlo forçado no corte;
3) Trabalhar com pouca velocidade; 6) ~ x i s t i rfuros ou ranhuras na peça.
4) Ser alta a velocidade da peça;

CAUSAS QUE INFLUEM PARA O REBOLO SE TORNAR


LUSTROSO OU LISO
1) Ser duro; 2) T e r granulação muito fina; 9) Ser baixa a velocidade da peça;
3) Trabalhar com alta velocidade; 5) Ficar "entupido" com cavacos.

CAUSAS DO "EMPASTAMENTO" DA SUPERFÍCXE DO REBOLO


Na retificação ou no esmerilhamento à sua superfície: "entopem" o rebolo. São
de materiais macios (latão, bronze, alumínio, causas de tal inconveniente: 1) Ser duro o
aço de baixo teor), as finíssimas partículas i-ebôlo; 2) Ter estrutura muito densa; 13) Mo-
removidas da peça se acumulam entre os grâ- vimento muito lento da peça.
nulos cortados do rebolo e aderem fortemente
..
RECONDICIONAMENTO E RETIFICAJÃU DOS REBOLOS
A vista dos diversos defeitos enumera- po, com sua forma exata e com o corte afiado.
II
dos é necessário manter sempre o rebôlo lim-

KECE)N.l)Iç;TQNIBRé fazer com que retificação. As apresentadas nas figs. 1 e 2


o rebolo corte bem. retificam a superfície do rebolo por meio de
cortadores rotativos de aço, com a forma de
REmFICA4~é dar forma exata ao re- discos, ou de caneluras angulares (estrelados,
bolo para que produza esmerilhação precisa hg 1) ou de superfícies onduladas (fig.,2). São
ou para que tenha determinado perfil. êstes os retificados dos tipos "Huntington" e
Há variados tipos de ferramentas de "Norton".
CAUSAS E DEFEITOS NA RETIFICAÇÃO.
1 r. RETIFICADOR
)
FOLHA DE
' RECONDICIONAMENTO E RETIFICAÇAO DOS iNFORMACÁ0 1.1 6
REBOLOS. TECNOLÓGICA
1

1
. 4
Na fig. 3 se vê um retificador de cilin- ilustra um dos modos de montagem de um
dro de aço estriado tipo "Hoss" e na fig. 4 retificador, em suporte adequado.
um retificador de bastão abrasivo. A fig. 5

Fig. 4

RETIFICADQR DE REBOLOS COM PONTA DE DIAMANTE


P I

Sendo o diamante o mais duro material


que se conhece, Ò retificador de ponta de
. diamante - montado em suporte especial na
mesa que lhe dá avanço micrométrico-cons-
titui a melhor e mais precisa-,£erral-nenta
. ,. de
I
' I

rebolos. ..

A fig. 6 apresenta um tipo de retifica-


dor de um só diamante. Há também tipos de
dois ou mais 'diamantes. Não se utilizam
diamantes de gemas preciosas e sim os dia-
mantes industriais de dois tipos:

I I ) Negro, que é o mais duro, mas não


dá arestas agudas; 2) "Bort" (da Africa, do Panta de
dlamants

I Sul), de mais uso para retificação de rebolos


porque tem arestas muito afiadas.
. ..

Sòmente se deve empregar o retificador


Fig. 7

de diamante firmemente montado em suporte


próprio, na mesa da retificadora. As figs. 7 e
8 indicam os ângulos de inclinação em relação
ao rebôlo.
1
Para retificar, desloca-se o diamante
transversalmente ao rebôlo, devagar, e usan-
do refrigerante. Os avanços devem ser de
0,0001" a 0,0002" para rebolos macios e de
I 0,0003" a 0,0005" para rebolos duros.

QUESTIONÁRIO

I ) Quais as causas de trabalho impreciso na retificação de uma peça?


2) Quais as causas que influem: 1) no desgaste do rebôlo? 2) para
"ilustrar"?
3) Quais as causas do "entupimento" da superfície do rebôlo?
4) Quais os tipos comuns de retificadores de rebolos? Faça esboços.
5) Indique as características e como se usa o retificador de diamante.
MODALIDADES DE RETIFICAÇÃO PLANA. FÔLHA DE
RETIFICADOR APROXI&fAÇAO MICROMÉTRICA DO REBOLO INFORMACAO 1 7
E DA PEÇA. TECNOLÓGICA

MODALIDADES DE RETIF1CAS;ÃQ PLANA

Podem-se distinguir três modalidades çóes relativas da superfície a retificar e do


de retificaçáo plana, tendo em conta as posi- eixo do rebôlo.

Roda de ovaeo
tiwnsversol do mrwo
com oml graduri%o

Fig. I Fig. 5

biferio

Rebolo da COPO

Rebdlo ,,
de copa
Fig. 2 Fig. 4

l.a) Retificação de Superfície Horizontal com 3.a) Retificação de Superf icie Horizontal com
rebôlo de Eixo Horizontal. É o caso re- rebôlo de Eixo Vertical. Caso do esque-
presentado esquemàticamente na fig. 2, ma da hg. 6, aplicável à retificadora do
sendo utilizado, por exemplo, o tipo de tipo da fig. 5, com cabeçote vertical.
máquina retificadora da fig. 1. Nesta Usa-se também rebôlo de Copo (figs. 4
modalidade, a periferia do rebôlo é a e 6).
superfície de ataque. ,Usa-se o Rebôlo de
Disco.

2.a) Retificaçáo de Superficie Vertical com Deve-se observar que, no 1.O caso, há
rebôlo de Eixo Horizontal - O exemplo pequena drea de contato entre o rebôlo e a
está no esquema da fig. 3, que pode ser peça: uma estreitíssima faixa transversal da
realizado no tipo de retificadora da fig. periferia do rebolo. No 2 . O e no 3.O casos, a
1. O rebôlo é o de Copo, cuja face de úrea de contato é muito maior, correspon-
ata9ue, no topo, tem a forma de uma dendo à área da coroa circular, cujo diâmetro
coroa circular (fig. 4). maior é o diâmetro do rebolo.
MODALIDADES DE RETIFICAÇÃO PLANA. FOLHA DE
RETIFICADOR APROXIMAÇÃO MICROMÉTRICA DO REBOLO INFORMACAO . 1.1 8
E DA PEÇA. TECNOLÓGICA

APROXIMAÇÃO MICROMÉTRICA NA RETIFICADORA

Qualquer (que seja modalidade de reti- retificadoras americanas e inglêsas, a gra-


ficação plana, trata-se de operação de acaba- duação e o dispositivo mecânico permitem
mento que exige extrema precisão. Por isso, aproximação até de 0,0005" (= 0,012 mm).
dispõe a retificadora de meios rigorosos de Nas retificadoras de graduação métrica a
regular e de controlar a precisão. aproximação atinge a 0,01 mm.
Consiste o sistema de aproximação mi-
crométrica em mecanismos de deslocamento
2) Na roda de avanço transversal da mesa
(figs. 1 e 5), há outro anel graduado, que
gradual (parafuso ou engrenagens), em co-
fixa e controla insignificantes deslocamen-
nexão com uma roda de manobra, cujo giro
tos da peça, no sentido transversal. Em
é medido em divisões de um anel graduado.
retificadoras americanas e inglêsas, o anel
Tais mecanismos têm princípio de funciona-
micrométrico dá aí aproximações até de
mento semelhante aos da plaina limadora, por
O,OOlff(= 0,025 mm).
exemplo, com a diferença de que é maior o
Para ilustração, indica-se a seguir como
grau de aproximação.
funciona, por exemplo, o mecanismo de apro-
Nas retificadoras das figs. 1 e 5 há nor-
ximação vertical do rebôlo, com anel gra-
malmente dois anéis graduados.
duado, para permitir deslocamentos precisos
1) Na roda superior, para dar aproximação do eixo do rebolo até de 0,0005 da pole-
inicrométrica ao rebôlo, na vertical. Nas gada.

Roda de manobra
com anel gradua&
Admitamos os seguintes dados: Anel
graduado da roda de manobra com 100 divi-
sões iguais (fig. 7). Relação das engrenagens
cônicas: 2,5 (por exemplo, roda de 35 dentes
engrenando com roda de 14 dentes). Parafu-
sos de 8 fios por polegada para o desloca-
mento vertical do eixo do rebôlo.
Para que o eixo do rebôlo se desloque
verticalmente de I/sf' (uma volta completa),
é necessário que a roda de manobra (com o
anel kaduado) dê 2 e i/2 voltas.
Então, uma só volta da roda de mano- rebôlo, em conseqüência, o avanço vertical de
bra desloca o eixo do rebolo, na vertical, de: apenas:

da polegada. O deslocamento de uma só gra- da polegada.


duação da roda de manobra dará ao eixo do

1) Quais são as modalidades de retificação plana? Faça esboço.


2) Quando há pequena área de contato? Quando há grande área de
contato?
3) Por que é importante a aproximação micrométrica na retificadora?
4) Dê uma explicação breve e clara de como funciona o dispositivo
de aproximação micrométrica vertical do rebolo.
PAQUÍMETRO FOLHA DE
RETIFICAbOR NOMENCLATURA-LEITURA-CARACTERÍSTICAS INFORMAÇÁO 1.20
CONSERVAÇÃO TECNOLÓGICA

CONDIÇÕES PARA QUE A MEDIDA SEJA BEM TOMADA

1) O contacto dos encostos com as superfícies bem correta. Qualquer inclinação dêste,
da peça deve ser suave. Não se deve fazer altera a medida.
pressão exagerada no impulsor ou no para- 3) Antes da medição, limpe bem as superfí-
fuso de chamada. cies dos encostos e as faces de contacto da
2) Contacto cuidadoso dos encostos com a Peça-
peça, mantendo 0 paquímetro em posi~ão 4) Meça a peça na temperatura nofmal. O
calor dilata a mesma e altera a medida.

ERROS DA MEDIGA0 COM PAQUÍMETRO

Podem resultar: 2) De quem mede (êrro devido a pressão ou


contactos inadequados, leitura desatenta,
1) De construção defeituosa ou má conserva- descuido na verificação da coincidência de
ção do paquímetro (graduação não uni- traços, posição incorreta do paquímetro,
forme, traços grossos, ou imprecisos, folgas deficiência de visão, visada incorreta do
do cursor, arranhaduras). vernier e da escala).

C;.iK.\C: rER4S.TIC.lS Do B O l f P 'L[ 11 íXKL L Rr


1) Ser de aço inoxidável. 5) Encostos bem ajustados. Quando juntos,
2) Ter graduação uniforme. não deixam qualquer fresta.
3) Apresentar traços bem finos, profundos e
salientados em prêto. Qualquer empeno do paquímetro, por
4) Cursor bem ajustado, correndo suave- n~enorque seja7 pode prejudicar 0 rigor da
mente ao longo da haste. medição.

CONSERVASAO DO PAQUÍMETRO

1) Deve ser manejado com todo o cuidado, 5) Dê completa limpeza após o uso, lubrifi-
evitando-se quedas. , que com óleo fino.
2) Evite quaisquer choques. O paquímetro 6) Não pressione o cursor, ao fazer uma me-
não deve ficar em contacto com as ferra-
mentas usuais de trabalho mecânico. 7) De vez em vez, afira o paquímetro, isto é,
3) Evite arranhaduras ou entalhes, que pre- compare sua medida com outra medida
' judicam a graduação. padrão rigorosa ou precisa.

QUESTIONáRIQ

1) Cite os erros de medição que podem resultar sòmente do paquímetro.


2) Para que serve o impulsor do paquímetro?
3) Indique as condições para que uma medida seja bem tomada.
4) Cite os erros que podem resultar sòmente da pessoa que mede.
5) Quais são as características de um bom paquímetro?
6) Quais são os cuidados na conservação de um paquímetro?
7) Que é a aferição de um paquímetro?
,
PAQUf METRO F6LHA DE
RET'F'CADoR (TIPOS-USOS-PRINCfPIO DO VERNIER DE O , l mm)
INFORMACÃO 1-21
TECNOL6GICA

TIPOS E USOS DO PAQUÍMETRO

Há diferentes tipos de paquímetros, conforme os usos a que se destinam.


As figs. 1 a 6 mostram alguns exemplos.

Fig. 2 - Paquimetro de
orelha.
(Medição externa).
[/ Fig. 1 - Paquimetro de orelha.
(Medição interna).

I
Fig. 4 - Paquimetro de bicos
alongados.
(Medição de partes internas).

O parafuso de chamada no paquímetro pos-


sibilita uma medição mais correta, porque de-
termina aproximação gradual e suave do en-
costo móvel, por meio mecânico.

FZg. ii - Paqzrimetro de profundidade


com talão.
(Medilão de espesszrra de parede).
. ..
' 1.
I -' -4 -81 -. PAQUÍMETRO FGLHA DE
i i RÉT'F'CADoR (TIPOS-USOS-PRINCIPIO DO VERNIER DE O , l mm)
INFORMAÇÃO 1-22
TECNOL6GICA

EXPLICAGÃO DO PRINCÍPIO DO VERNIER DE 0,l mm

Nesta folha será estudado apenas o


caso do nernier de O, 1 mm. Êste tem o compri-
mento total de 9 milímetros e é dividido em
10 partes iguais (fig. 7). Então, cada divisão
do vernier vale: 9 mm + 10 = 9/ 10 mm. Por-
tanto, cada divisão do vernier é 1/ 10 menor Fiç. 7- Vernier de
do que cada divisão da escala. 1 / 1 0 mm.
Resulta que, a partir de traços em coin- (GradiinçGes ampliadas).
cidência (como mostra a fig. 7), os primeiros
traços do vernier e da escala se distanciam Conclusão:
de 1/ 10 mm; os segundos traços se distanciam
de 2/ 10 mm; os terceiros traços se distanciam A partir da coincidência de traços do
de 3/10 mm; e assim por diante. Êste prin- vernier e da escala, UMA divisão do vernier dá
cípio é o mesmo, quer contando no sentido 1/ 10 mm de aproximação, DUAS divisões dão
do "zero" para o "10" do vernier, quer no 2 / 10 mm de aproximação, TRÊS divisões dão
sentido contrário. 3 / 10 mm de aproximação, e assim por diante.

EXEMPLOS

Na fig. 8, a leitura é 59,4 mm, porque Na fig. 9 , a leitura é 1,3 mm, porque
o 59 da escala está antes do "zero" do vernier o 1 (milímetro) da escala está antes do "zero"
e a coincidência se dá no 4.O traço do vernier. do vernier e a coincidência se dá no 3.O traço
do mesmo.

Fig. 8 Fig. 9 -
( ~ r a d u a ~ õatn;bliadas).
es (Graduações ampliadas).

QUESTIONARIO

. 1) Qual o nome da graduação especial do paquímetro, que dá a aproximação?


2) Que aproximação pode dar um vernier de medida de 9 mm, dividido em 10
partes iguais?
3) Quais os tipos usuais de paquímetro? O I
I i i i
4) Faça as leituras indicadas nas figs. 10, 11 e 12 4I' O

Fig. 1 0 (Gl.ndzrnções ampliadas).

Fig. 11 {Graduações ampliadas). Fig. 12 (Graduações ampliadas).


*:r*,-
I
!
FOLHA DE
RETIFICADOR MICRBMETRO INFORMACÃO
TECNOLÓGICA
1-23

O mecânico usa o Micrômetro quando ser muito rigorosa, mais do que permite o
a aproximação, na medida das peças, tem que paquímetro.

MICROMETRO
É um instrumento de medida de gran- pacidades de medida. O micrômetro da fig.
de precisão, feito em aço inoxidável. A fig. 1 1 permite uma aproximação de medida de
apresenta um micrômetro de uso normal nas 1/ 100 mm (1 centésimo de milímetro). A
oficinas mecânicas, graduado em milímetros graduação circular do tambor é de 50 partes
e meios milímetros, podendo medir até . . . . iguais: O a 50, numeradas de 5 em 5.
25 mm. Usualmente é chamado de micrôme- O fixador, que serve para firmar uma
tro de "O a 25 mm". Há micrômetros do determinada abertura (distância da haste do
mesmo tipo que medem a partir de 25 mm encôsto) pode ser de botáo (fig. 1) ou de anel
até 50 mm e outros existem para maiores ca- (fig. 2).

Fig. 1 - MicrÔ,metro O a 25 mm, de 1/100 mm.

CARACTERÍSTICAS DO BOM MICROMETRO

1) Ser de aço inoxidável. 7) Ter a medida bem calibrada, seja por


2) Ter graduações uniformes. meio do regulador de e n c h o , seja por
outro sistema, na bainha: quando estive-
3) Apresentar traços bem finos, profundos e
rem juntas as faces da haste e do encosto,
salientes em prêto na gradbação circular
a borda do tambor deve estar sobre o tra-
do tambor.
ço O da bainha e, além disso, o O da gra-
4) Também a reta longitudinal da .b,ainha duação circular do tambor deve coincidir
deve ser bem fina e preta. com a reta longitudinal da bainha.
5) Ter as faces da haste e do encôsto bem 8) Possuir o dispositivo de fricção, ou de ca-
ajustadas: quando juntas, não deve passar traca, e estar êle em bom funcionamento,
luz. para permitir contacto suave na medição
6) Possuir tambor bem ajustado, sqm j,Ôgo. de uma peça.

CONSERVAGÃO DQ MICRBMETRO

1) Deve ser manejado com todo o cuidado, 4) Deve ser guardado em estojo próprio.
evitando-se quedas e choques. 5) Usar o botão de fricção ou catraca, para o
2) Evitar arranhaduras ou entalhes que pre- contacto na medição da peça.
judiquem as graduações. 6) Aferir, isto é, acertar a abertura com uma
3) Completa limpeza após o uso e lubrifica- medida padrão precisa.
çáo com óleo fino.
I
FGLHA DE
RETIFICADOR MICR~METRO INFORMAÇAO 1-24
TECNOLÓGICA
t

ERROS DA, MEDIÇKO COM O MICROMETRO

1) Da parte de quem mede, os erros resultam desgaste, podem ser: má graduação, no


quase que exclusivamente de desatenção tambor ou na bainha; desigualdade de
na leitura ou na verificação da coincidên- passo do parafuso micrométrico ou da por-
cia de traços. ca; desgaste nos filêtes do parafuso ou da
2) Os do aparelho, devido à construção ou ao porca.

VANTAGENS DO MICROMETRO SOBRE O PAQUÍMETRO

1) Aproximação precisa de 1/ 100 mm ou de . 3) O tipo de construção impede deformações


I
1/ 1000 da polegada. que possam alterar a medida.
2) O botão de fricção evita erros porque dá 4) A leitura de 1/ 100 mm ou de 1/ 1000 mm
uniforme pressão de contacto. da polegada é fácil e clara, devido ao sis-
tema de graduação circular.

MICRÔMETRO PARA POLEGADAS

A fig. 2 apresenta um tipo, para medir bainha, está dividida em 40 partes iguais e a
com aproximação de 1/1000 da polegada, graduação circular do tambor apresenta 25
até 1". Há tipos quewmedem de 1" a 2", divisões iguais.
outros de 2" a 3", etc. Uma polegada, na

QUESTIONARIO

1) Quais são as características de um bom micrôinetro?


2) Que significa: "rnicrômetro 25 a 50 mm, de 1/ 100 mm?
3) Qual a finalidade do fixador do micrômetro?
4) Faça um desenho à mão livre de um micrômetro e escreva os nomes das suas partes,
indicando-os com setas.
5) Quais as vantagens do micrômetro sôbre o paquímetro?
6) Quais os tipos de fixador?
7) Quais as condições de conservação do micrômetro?
8) Que significa: "micrômetro O a l", de 1/1000"?
9) Cite os erros que podem resultar da medição com o micrômetro.
F6LHA DE
RETIFICADOR MICR6METRO (LEITURAS DE 0,Ol mm) INFORMAÇÁO
TECNOLÓGICA
1-25

O funcionamento do micrômetro é ba-


seado no princípio do gradual deslocamento
de um parafuso, no sentido longitudinal,
quando êle gira em uma porca. I
PRINCÍPIO DO FUNCIONAMENTO

Fig. 1 - A haste é prêsa ao tambor de um comprimento igual ao passo. Em con-


através de uma parte em rosca, de determi- seqüência, conhecido o passo, e dividindo-se
nado passo, que gira em uma porca. Assim, o tambor em um certo número de partes
uma volta completa do tambor faz com que iguais, pode-se medir qualquer deslocamento
a face da haste se desloque longitudinalmente da face da haste, por muito pequeno êle seja.

Fig. 1 - Micrômetro.

EXPLICAGAO DQ FUNCIONAMENTO DO MICROMETRO

Nesta fôlha se tratará apenas do micrô- Na bainha, as divisões são de milímetros e


metro para leitura de 1/100 de milímetro. meias milímetros. No tambor, a graduação
Como mostra a fig. 2, no prolongamento da circular tem 50 partes iguais.
haste, há um parafuso micrométrico prêso ao Quando as faces da haste e do encosto
tambor. Ele se move através de uma porca estão juntas, a borda do tambor coincide com
ligada à bainha. Quando se gira o tambor, o traqo "zero" da graduação da bainha. Ao
sua gradua~ãocircular desloca-se em tôrno mesmo tempo, a reta longitudinal gravada na
da bainha. Ao mesmo tempo, conforme o sen- bainha (entre as escalas de milímetros e meios
tido do movimento, a face da haste se apro- milimetros) coincide com o "zero" da gra-
xima ou se afasta da face do encosto. As rôs- duação circular do dedal. Como o passo do
cas do parafuso micrométrico e de sua porca parafuso é de 0,5 mm, uma volta completa do
são de grande precisão. No micrômetro de tambor levará sua borda ao 1.O traço de meios
1/100 mm, seu passo é de 0,5 do milímetro. milímetros. Duas voltas, levarão a borda do
*

Fig. 2 - Meca~nisrnointerno de u m
micrômetro.
FÔLHA DE
RETIFICADOR - MICROMETRO (LEITURAS DE 0,Ol mm) INFORMAÇAO 1.26
TECNOLÓGICA

) tambor ao 1.O traço de 1 milímetro. Então,


o deslocamento de apenas uma divisão da
ção de: 1/50 X 0,5 mm = 0,5150 = 5/500 =
= 1/100 de milímetro.
graduação circular do tambor dá a aproxima-

LEITURA NO MICRÓMETRO DE 0,Ol mm

Na fig. 1 encontram-se: 9 traços na gra- tambor, a coincidência com a reta longitudi-


duação da bainha (9 mm); 1 traço além dos nal da bainha se dá no traço 29 (0,29 mm).
9 mm na graduação dos meios milímetros da Leitura completa:
bainha (0,50 mm); na graduação circular do + +
9 mm 0,50 mm 0,29 mm = 9,79 mm

O MECANISMO DE FRICÇÃO OU CATMCA

A perfeição do contacto das superfícies extremo do tambor. Qualquer dos dois siste-

t da peça a medir com as faces da haste e do


encosto do micrômetro é garantida por meio
de um mecanismo de fricção ou de uma ca-
mas (fricção ou catraca) permite que se pro-
duza um contacto preciso, sem que haja pres-
são capaz de forçar o mecanismo delicado do
traca. O seu botão de acionamento fica no micrômetro. A medição é, assim, exata.

EXEMPLOS DE LEITURAS DE MICROMETRO DE 1/100 DE MILÍMETRO

Fig. 3 - Leitura: 17,82 mm. Fig. 4 - Leitura: 23,59 mm. Fig. 5 - Leitura: 6,62 mm.

QUESTIONARIO

1) As roscas do parafuso micrométrico e da sua porca têm importância no funcionamento


do micrômetro? Por quê?

. 1 I
.
2) Em que casos o mecânico deve usar o rnicrômetro: para medir com milímetros, centé-
simos de milímetros ou dkcimos de milímetro de aproxima@o?
3) Num micrômetro que tenha graduações de milímetros e meios milímetros na bainha e
que aproxime 1/ 100 mm, qual o passo do parafuso micrométrico?
4) Dê a nomenclatura das partes do micrômetro.

I 1 5) Para que serve o mecanismo de fricção ou a catraca?


6) Quais são as peças que fazem com que o tambor gire em torno da bainha e a haste se
f
aproxime ou se afaste do encosto?
7) Faça as leituras seguintes:
FÕLHA DE
RETIFICADOR MICRÔMETROS COM VERNIER INFORMACÃO
TECNOLÓGICA
1.27
h

O micrômetro com vernier permite uma aproximação mais rigorosa


que o micrômetro normal.

MIGROMETRO DE 1/1.000 rnm (com vtrnicr, fig. 1)

Apresenta um vernier gravado na bai- 11100 mm, a 1." divisão do vernier, a partir
nha. Êste vernier tem 10 divisões, cujo com- de traços em coincidência, dará 1110 de . . .
primento total corresponde a 9 divisões da 1/ 100, ou seja 1/ 10 100 = 111000 mm.
graduação do tambor. Então, cada divisão do
vernier é 1/ 10 menor do que cada divisão do A 2." divisão do vernier dará... .
tambor. Ora, cada divisão do tambor dando 2/1.000 mm, a 3.a dará 3/1.000 mm, etc.

Fig. 1 - Micrômetro de 1/1.000 m m ( c o m


~ternier).Aproxima até 1 /1.000 de milímetro.

LEITURA
Na fig. 1 encontra-se: na bainha . . . . Nas figuras 2 a 4 estão apresentadas as
6,50 mm; o traço da graduação do tambor, três graduações (da bainha, do tambor e do
antes da reta da graduação da bainha, é o 27 vernier) em sua posição relativa, mas num só
(portanto 0,27 mm); a coincidência no ver- plano. Ao lado de cada uma, estão indicadas
nier é no 5.O traço (0,005 mm). Leitura com- as leituras. A comparação entre a figura e a
pleta: 6,775 mm. leitura escrita permitem esclarecimento com-
pleto de cada caso (desenhos ampliados).

Leitura: Leitura: Leitura:


18,596 mm 20,618 mm 13,409 mm

o 5 I0

Fig. 2. Fig. 3.

49
-
- %.
7 -
FõLHA DE
RETIFICADOR MICROMETROS COM VERNTER INFORMAÇÃO - 1.28
TECNOC6GICA

Micrômetro de 0,0001" (com vernier, 1/ 1.O00 da polegada, a partir dos traços em -


fig. 5) - O vernier, gravado na bainha, tem coincidência, a 1.a divisão do vernier dará
10 divisões iguais, cujo comprimento total 1/ 10 de 1/ 1.000" ou 1/ 10.000", a 2.a divisão
corresponde a 9 divisões do tambor. Como dará 2/ 10 de 1/ 1.000" ou 2/ 10.000", etc.
cada divisão do tambor dá â leitura de . . . .

Fig. 5 - Micrômetro de l/lO.OOOL' (com vernier).


Aproxima até 1 / I 0.000 da- polegada (tamanho nm-
pliado).

Na fig. 6 estão, num só plano, as três


graduações da fig. 5, na sua posição relativa,
para tornar bem clara a leitura:

Na graduação da bainha (traço 5) 0,5"


Na graduação da bainha (+ 3 X 0,025") 0,075"
Na graduação do tambor (entre traços-19 e 20) 0,019"
No vernier (coincidência no traço 5) 0,0005"
C
A leitura completa é portanto: Fig. 6

QUESTIONARIO; Faça as leituras seguintes:

40

Fig. 7
F Fig. 8
r Fig. 9 Fig. 10
1 r

B) C) D)

50 MEC - 1965 --- 15.000


- -
FÔLHA DE -
RETIFICADOR MIGROMETRO (LEITURAS DE 0,001'3 INFORMAÇÃO 1-29
TECNOLóGIClt

I
Os micrômetros para polegadas têm, é o que dá a aproximação de 1/ 1.O00 da po-
em geral, divisões decimais. O mais comum legada.

Fig. 1 - Mecanismo interno de um micrhetro.

Figs. 1 e 2 - No prolongamento da A gradua@o circular do tambor tem


haste há um parafuso micrométrico ligado ao 25 partes iguais. Ora, se uma volta completa
tambor. Este parafuso gira através de uma do tambor dá o deslocamento de 0,025", re-
porca prêsa à bainha. Quando o tambor gira, sulta que uma divisão do tambor corresponde
a face da haste se aproxima ou se dasta da ao deslocamento de 0,025" 25 = 0,001".
face do encosto. Como o parafuso micromé-
trico tem 40 fios por polegada o deslocamento
do tambor, em cada volta, é de 1/40 avos
da polegada.
Na bainha há uma reta com uma gra-
dua~ão,na qual o comprimento de 1 polegada
é dividido em 40 partes iguais (10 grupos de
4 divisões, fig. 2). Então, cada parte mede
1/40 da polegada, ou seja, 0,025", pois 40 X Fig- 3 (ampliada)
X 0,025'' = 1.OOO". Leitura: 0.f12"

LEITURA DO MIGROMETRO DE 1/100OW


Na £ig. 2, a leitura é 1" porque a borda graduação do tambor, pois o traço 12 (o se-
do tambor coincide com 10 (l"), e o zero do gundo depois de 10) coincide com a reta lon-
-
tambor coincide com a reta da bainha. gitudinal da bainha. Então: 4 X 0,l 12 X+
Na fig. 3, encontram-se 4 divisões de X 0,001" = 0,4" +
0,012" = 0,412".
0,1" na bainha e 12 divisões de 0,001" na
I
MEC - 1965 - 15.000
/

51
I
C- - -. -
-
-- -
m

FOLHA DE
REiIFICADOR MICRÔMETRO (LEITURAS DE 0,00 1'3 INFORMACAO 1-30
TECNOLÓGICA

O Micrômetro de 1/ 100 mm e o Mi- de 1/1000" apresenta cada polegada divi-


crômetro de 1/ 1.000" - Vê-se que o meca- dida em 40 partes de 0,025" cada uma. O
nismo do micrômetro de 1/ 1.000" é seme- micrômetro de 1/100 mm apresenta divi-
lhante ao do micrômetro de 1!100 mm. As sões em milímetros e meios milímetros.
diferenças dos dois instrumentos estão apenas 3) Na graduação do tambor, o rnicrÔmetro de
nos seguintes pontos: 1/ 1000" tem 25 divisões correspondente
1) O parafuso micrométrico do micrômetro cada uma a 0,001". O micrômetro de
de 1/ 1000" é de 40 fios por polegada. O 1/100 mm tem no tambor 50 divisões,
do micrômetro de 1/100 mm é de 0,5 mm correspondendo cada uma a 0,01 mm.
de passo. Outros exemplos de leituras no mi-
2) Na graduação da bainha, o micrômetro crômetro de l / 1000'' - Figs. 4 a 7.

-- L 1 5
O I 2 3 4 5 6 7 5

@ -g,o
Fig. 4 - Leitura: 0,736'' Fig. 5 - Leitura: 0,138"
(ix OJ" + +
1x 0,025" 11x 0,001") (I x 02'' +
I x 0,025" +
13 x 0,001")

Fig. 6 - Leitura: 0,582" Fig. 7 - Leitum: 0,769"


(5 x 02" + 3 X 0,025'' + 7 x 0,001') (7 x 0,Iw+ 2 x 0,025" + 19 x 0,001").

QUESTIONARIO

1) Quais são as diferenças entre o micrômetro de 1/100 de milímetro e o micrômetro de


1/1.000 da polegada?
2) Em quantas partes é dividida cada polegada da graduação da bainha do micrômetro
de 1/1.000 da polegada? Quantos fios por polegada tem o parafuso?
3) A que £ração decimal da polegada corresponde uma divisão da graduação da bainha?
4) A que fra@o da polegada corresponde o deslocamento de uma divisão da graduação
circular do tambor?
5) Faça as leituras seguintes:

F
/

@ 5 ta 4

@ 4 $ !-Z 6
I 4
. 7 ~ ! ~ J 10~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ :

poz. B) poz. C) poz.

I--
. -- - .
L

FOLHA DE
RETIFICADOR Aço INFORMACÃO 1-31
(CARACTERLSTICAS E CLASSIFICAPO) TECNOLÓGICA

I
Dos materiais metálicos o aço é o mais que se presta, em virtude das suas proprieda-
importante, pela variedade de utilizações a des mecânicas.

CARACTERISTICAS

1) Côr acinzentada. 8) Apresenta boa resiliência, isto é, resiste


bem aos choques.
2) Pêso específico - 7,s kg/dm3 ou
7,s g/cm3. 9) Deixa-se soldar, isto é, uma barra de aço
liga-se a outra pela ação do calor (solda
3) Temperatura em que se funde - 1.350 autógena) ou pela ação combinada do
a 1.400° C. calor com os choques, na bigorna ou no
martelete (caldeamento).
4) ~ d e á v e (Iamina-se
l bem).
10) Com determinadas porcentagens de car-
5) Dúctil (estira-se bem em fios). bono, apresenta condições especiais de
6) Tenaz (resiste bem à tração, à compressão dureza (adquire Têmpera).
e a outros esforços de deformação lenta). 11) Com determinadas porcentagens de car-
7) Deixa-se trabalhar bem pelas ferramen- bono, é mais elástico.
tas de corte. 12) Oferece grande resistência à ruptura.

RESISTÊNCIA A RUPTURA

Para fins práticos, classificam-se os aços Quando se diz, por exemplo, que um
pela resistência à ruptura. Esta característica aço tem a resistência de 45 kg/mm2, isto signi-
mecânica se verifica experimentalmente em fica que o fio dêste aço, com a seção de 1 mm2,
laboratórios. A resistência à ruptura é medida rompe-se, quando o esforço aplicado nos ex-
tremos fôr de 45 kg.

INFLURNCIA DO CARBONO NAS


CARACTERISTICAS DO AÇO

A porcentagem de carbono influi em 2) Diminuição da Resiliência e da Maleabili-


importantes características do aço. Quando dade.
Aumenta o carbono no aso resulta: Sòmente se consegue efeito sensível da
1) Aumento da dureza e da resistência à tra- têmpera (endurecimento do aço) a partir de
0,4 % de carbono. A têmpera, aumentando a
çáo.
dureza do aço permite-lhe usos industriais de
grande importância.

CLASSIFICAÇAO DOS AGOS

Há duas classes gerais: Aços ao Carbo- cação, a adição de um ou mais dos elementos
no e Aços Especiais ou Aços-Liga. &tes são seguintes: Niquel, Cromo, Vanádio, Cobalto,
os que, além do carbono, recebem, na fabri- Silicio, Manganês, etc.
CLASSIFICAÇÃQ DOS AÇQS AO NO E SEUS USQS GERAIS

1) Com mais carbono no aço, que acontece com a resiliência e a maleabilidade?


2) Quais as características do aço?
3) A partir de que porcentagem de carbono o aço se endurece na têmpera?
4) Para fins práticos, como se classificam os aços?
5) A dureza e a resistência à tração aumentam com mais carbono no aço?
6) Compare três características práticas do aço meio-doce, aço doce e aço duro?
7) Que são aços especiais? Cite elementos que tornam especial o aço.
AÇOS AO CARBONO E AÇOS ESPECIAIS FÔLHA DE
RETIFICADOR
INFLUENCIAS DOS ELEMENTOS CONSTITUINTES
INFORMACÃO
TECNOLÓCICA
1.33

São os que contêm, além do Ferro, pe- aço rico em carbono, entretanto, o manganês
quenas porcentagens de Carbono, Manganês, endurece o aço e aumenta-lhe a resistência.
Silício, Fósforo e Enxofre.
Silício
Ferro O silício faz com que o aço se torne
mais duro e tenaz. Evita a porosidade e con-
É o elemento básico da liga.
corre para a remoção dos gases e dos óxidos.
Influi para que não apareçam-falhas ou vazios
Carbono na massa do aço. É um elemento purificador.
Constitui, depois do ferro, o elemento
mais importante. Pode-se dizer que o carbono Fósforo
é o elemento determinativo do aço: a quan- Quando existe no aço em teor elevado
tidade de carbono determina ou define o tipo torna-o frágil e quebradiqo, motivo pelo qual
do aço. A influência do carbono sobre a resis- se deve reduzi-lo ao mínimo possível, já que
não se pode eliminá-lo integralmente.
tência do aço é maior do que a de qualquer
outro elemento. Enxôf re
É também um elemento prejudicial ao
Manganês
aço, tornando-o granuloso e áspero, devido
No aço doce, o manganês, em pequena aos gases que produz na. massa metálica. O
porcentagem, torna-o dútil e maleável. No enxofre enfraquece a resistência do aço.
i

AÇOS r"-

Devido às necessidades industriais, a a tenacidade do mesmo, eleva o limite de elas-


pesquisa e a experiência levaram à descoberta ticidade, dá boa dutilidade e boa resistência
de aços especiais, mediante a adição e a dosa- à corrosão.
gem de certos elementos, no aço carbono. de
O aço-níquel contém de 2 a 5
Conseguiram-se assim Aços-Ligas com
níquel e de 0,l a 0,5 % de carbono. Os teores
características tais como resistência à tração e
de 12 a 2 1 % de níquel e cêrca de 0,l Oj', de
à corrosão, elasticidade, dureza, etc. bem me- .
carbono produzem Aços Inoxidáveis ("Stain- ,
lhores do que as dos aços - carbono comuns.
less Steel") e apresentam grande dureza e alta
Conforme as finalidades desejadas, os
resistência.
elementos adicionados aos aços - carbono
para o obtenção de aços-ligas são o Níquel, o Cromo
Cromo, o Mangnnês, o Tungstênio, o Molib-
dênio, o Vanádio, o Silicio, o Cobalto e o Dá também ao aço alta resistência, du-
Alumínio. reza, elevado limite de elasticidade e boa resis-
tência à corrosão.
Niquel O aço-cromo contém de 0,5 a 2 0;ó de
Foi dos primeiros metais utilizados cromo e de 0,l a 1,5 % de carbono. O aço-
com sucesso para dar determinadas qualida- cromo especial, do tipo inoxidável, contém de
des ao aço. O níquel aumenta a resistência e 11 a 17 % de cromo.
-- -. -- - -

RETIFICADOR
AÇOS AO CARBONO E AÇOS ESPECIAIS FOLHA DE
INFORMAÇÁO 1-34
1
INFLUENCIAS DOS ELEMENTOS CONSTITUINTES TECNOLÓGICA

Manganês Vanádio
Os aços com 1,5 a 5 Oj de manganês Melhora, nos aços, a resistência à tra-
são frágeis. O manganês, entretanto, quando ção, sem perda de dutilidade, e eleva os limi-
adicionado em quantidade conveniente, au- tes de elasticidade e de fadiga.
Os aços-cromo-vanádio contêm, geral-
menta a resistência do aço ao desgaste e aos mente, de 0,5 a 1,5 yo de cromo, de 0,15 a
choques, mantendo-o dútil. 0,3 yo de vanádio e de 0,13 a 1,l O/, de car-
O aço-manganês contém usualmente de 11 bono.
a 14 % de manganês e de 0,8 a 1,5 yo de car-
bono. Silício
Aumenta a elasticidade e a resistência
Tungstênio dos aços. a
Os aços-silício contêm de 1' a 2 % de
É geralmente adicion~idoaos aços com
silício e de 0,l a 0,4 yo de carbono.
outros elementos. O tungstinio aumenta a O silício tem o efeito de isolar ou supri-
resistência ao calor, a dureza, a resistência à mir o magnetismo.
ruptura e o limite de elasticidade.
- 0 s aços com 3 a 18 yo de tungstênio e Cobalto
0,2 a 1,5 de carbono apresentam grande Influi favoràvelmente nas propriedades
resistência mesmo em elevada temperatura. magnéticas dos aços. Além disso, o cobalto,
em associação com o tungstênio, aumenta a
Molibdênio resistência dos aços ao calor.
Sua ação nos aços é semelhante à do Alumínio
tungstênio. Emprega-se, em geral, adicionado
Desoxida o aço. No processo de trata-
com o cromo, produzindo os aços cromo-mo- mento termo-químico chamado nitretação,
libdênio, de grande resistência, principal- combina-se com o azoto, favorecendo a forma-
mente a .esforços repetidos. ção de uma camada superficial duríssima.

1) Quais os elementos que compõem os aços-ligas usuais?


2) Indique algumas das influência8 de cada elemento sobre os aços.
3) O que são os aços-carbono? O que são os aços-ligas?
4) Quais as influências do carbono, manganês e silício nos aços comuns?
5) Quais as influências do fósforo e do enxofre nos aços?
FaLHA DE
RETIFICADOR FLUIDOS DE CORTE INFORMACÃO
TECNOLÓGICA
1-35

A usinagem de qualquer metal produz - .: Para evitar êstes inconvenientis, utili-


sempre calor, o qual resulta da ruptura do zam-se, nas oficinas mecânicas, os Fluidos de
material pela ação da ferramenta e do atrito Corte.
constante entre os cavacos arrancados e a su-
perfície da mesma (fig. l).
O calor assim produzido apresenta dois
inconvenientes :
1.0) aumenta a temperatura da parte tempe-
rada da ferramenta, o que pode alterar
suas propriedades;
2.0) aumenta a temperatura da peça, provo-
cando dilatação, erros de medidas, defor- Fig. I (ampliada).
mações, etc.

FLUIDOS DE CORTE

Os fluidos de corte geralmente empre- Função refrigerante


gados,são: 1) Fluidos Refrigerantes;. 2) Fluidos
Lubrificantes; 3) Fluidos Refrigerantes-Lubri- Como o calor passa de uma substância
f icantes.
mais quente para outra mais fria, êle é absor-
vido pelo fluido (fig. 3). Por esta razão, o óleo
1) Fluidos refrigerantes - Usam-se, de pre- deve fluir constantemente sôbre o corte. Se fôr
ferência, como fluidos refrigerantes: usado em quantidade e velocidade adequadas,
a) ar insuflado ou ar comprimido, mais o calor será eliminado quase imediatamente
usado nos trabalhos de rebolos; e as temperaturas da ferramenta e da peça se-
b) água puta ou, misturada com sabão co- rão mantidas em níveis razoáveis.
mum, mais usadas na afiação de ferra-
mentas, nas esmerilhadoras.
Não é recomendável o uso de água,
como refrigerante, nas máquinas-ferramentas,
por causa da oxidação das peças.
2) Fluidos lubrificantes - Os mais emprega-
dos são os óleos. São aplicados, geralmente,
quando se deseja dar passes pesados e pro-
fundos, nos quais a ação da ferramenta con-
tra a peça produz calor, por motivo da de-
Fig. 2 (ampliada).
formação e do atrito da apara (cavaco) sô-
bre a ferramenta.

Fünção lubrif i&te


Durante o corte, o óleo forma uma pe-
lícula entre a ferramenta e o material, impe-
dindo quase totalmente o contacto direto
entre os mesmos (fig. 2).

Função anti-soldante
Algum contacto, de metal com metal,
sempre existe em áreas reduzidas. Em vista
da alta temperatura nestas áreas, as partículas
de metal podem soldar-se à peça ou à ferra- Fig. 3 (ampliada).
menta, prejudicando o seli corte. Para avitar
isto, adicionam-se, ao fluidol enxôii-c, cloro
ou outros produtos quimicos.
RETIFICADOR FLUIDOS DE CORTE
FOLHA DE
1NFORMA=AO
TECNOLÓGICA
1-16 )1
I
3) Fluidos refrigerantes-lubrificantes - Êstes frigerante) e 5 a 10 % de Óleo Solúvel (como
fluidos são, ao mesmo tempo, lubrificantes lubrificante).
e refrigerantes, agindo, porém, muito mais O uso dos fluidos de corte, na usina-
gem dos metais, concorre para maior produ-
como refrigerantes, em vista de conterem
ção, melhor acabamento e maior conservação
grande proporção de água. São usados, de da ferramenta e da máquina.
preferência, em trabalhos leves. A seguir, figura uma tabela, que con-
0 fluido mais utilizado é uma mistura, tém 0s fluidos de corte recomendados de ac&--
de aspecto leitoso, contendo Agua (como re- do com o trabalho a ser executado.

TIPO DE TRABALHO
MATEXIAL A TRABBLHAR Aplai- Reti- ROSCAR
Tornear F u r a r Fresar
ficar o/ponta
de c/machos
f e r r . on t a r r a x aL
Aço ao carbono 1 2
0,18 a 0,307hC 2 2 2 10 8
Rt= 50 kg/mm:! 2 '8
Aço ao carbono 0,30 3
a 0,60%C - A o s - l i g a 3 3 3 3 10 8
R t = 90 kg/mm 4 9
Aço ao carbono acima 3
de 0,607hC -A o s - l i g a 3 3 3 3 10 8
Rt- 90 kg/mm 8 4
3
.Aços i n o x i d á v e i s 3 13 3 3 12 6 7
F e r r o fundido 1 1 1 1 1O 9 8
5
Alumínio e s u a s l i g a s 7 7 , 7 11 7 7
7
1 1
Bronze e l a t ã o 2 2 1 11 8
2 8
Cobre I 7 2 2 11 4 7

1 Aseco Oleo minera1,com


enxofre em po 1%de

2 hgua com 5% de Óleo s o l ú v e l bieo mineral ,com 5% de


enxofre em po
3 Aeua com 8% d e . Ó l e o s o l ú v e l 10 Agua,c/i%
de borax e de0.5%
carbonato
de o l e o de s ó d i o , 1%
mineral
4 bieo mineral com12% de gordura de carbonato de s ó d i o e
animal
5 Querosene 12 hgua com 1%de carbonato de s ó d i o e
C , 5% de Óle o mineral
-
6 Gordura animal com 30% de a l v a i a d e 1 3 taiade,
g u a r r a z , 40% - ~ n x Ô f r e , 30% Ai-
302
7 Querosene com 30% de Óleo m i n e r a l

1) Quais são as duas propriedades características do óleo de corte?


2) Cite as três classes de fluido de corte.
3) Para que servem os fluidos de corte? -
4) Qual o fluido de corte recomendado pela tabela para tornear alumínio?
BLOCO COM SUPERFf CIE PERPENDICULAR
RETIFICADOR RETIFICADA TAREFA 2 111

Escala 1 : 1

F E R R A M E N T A S : Rebôlo tipo copo cônico de 4" X 2" X 1 gf', micrômetro externo de


75 a 100 m m , paquimetro, diamante, paralelo, pedra de afiar d e mão, comparador
M A T E R I A L : Ref. FT-1

ORDEM DE EXECUÇÃO

1. Limpe a mesa da retificadora e a base da 13. Limpe a peça e verifique as medidas com .

placa magnética, mantendo-a desligada. o paquímetro.


2. Monte e alinhe a régua de referência com 14. Coloque a peça na placa com a face "C"
o comparador. encostada no paralelo.
3. Selecione, inspecione e monte o rebolo 15. Fixe a peça e ligue a máquina.
tipo copo cônico.
16. Determine a posição inicial de trabalho
4. Limpe a superfície da placa magnética. e coloque o anel graduado no ponto
"zero".
5. Fixe o diamante na placa magnética em
posição de trabalho. 17. Limite o curso longitudinal.
6. Retifique o rebolo (movimento manual). 18. Retifique, removendo a metade do ex-
cesso.
7. Localize o rebolo em posição para retifi-
car a régua. 19. Pare a máquina, desligue a placa magné-
8. Ligue a máquina e faça contato do rebolo tica e retire a peça.
com a régua. 20. Limpe a placa e a peça.
9. Coloque o anel graduado no ponto 21. Coloque a peça na placa magnética com
"zero". a face "D" encostada no paralelo.
10. Retifique a régua, removendo o mínimo
possível (movimento manual). 22. Fixe a peça.
11. Limpe a régua e a placa. 23. Retifique na medida de 90 mm.
12. Coloque um paralelo na placa, encostado 24. Retire a peça e remova as rebarbas com
na régua de referência. pedra aloxite.
COMPARADOR CENTESIMAL FBLHA DE
RETIFICADOR (TIPOS USUAIS - FUNCIONAMENTO - INFORMAÇAO
TECNOL6GICA
2.1
MONTAGEM)

O comparador, também chamado Re- locamento imperceptível do apalpador, por


IÓgio Comparador, Comparador de Quadran- exemplo 1 centésimo de milímetro, corres-
te ou Amplificador, apresenta vários tipos, ponde o deslocamento do ponteiro de 1 divi-
dos quais são de uso muito frequente os com são do mostrador. Todos os modêlos têm o
mecanismo de engrenagens e cremalheira mostrador móvel, para que se possa fazer a
(figs. 1, 2 e 3). Em qualquer deles, a um des- coincidência do "O" (zero) com o ~onteiro.

C O M P A U D O R COJI ;lhIl'l,I' L i, DL 111- 10 i (fi;.


i i ~ i ~ !j

Mostrador dividido em 100 partes pador). A cada volta do ~ o n t e i r ogrande, o


iguais. O ponteiro grande pode dar o máximo ponteiro pequeno avança uma divisão do
de 10 voltas (10 mm de deslocamento do apal- mostrador pequeno.

Fig. 1 Fig. 2

COMPARADOR COM AMPLITUDE ACIMA DE 1 mm

Menor que 10 m m - A fig. 2 exem- 50 partes iguais, correspondendo cada parte


plificada o de 3 mm. Mostrador dividido em a 1 centésimo de milímetro.

FUNCIONAMENTO DO REL6GIO COMPARADOR DE


ENGRENAGENS E CREMALHEIRA

O mecanismo do comparador é de grande sensibi-


lidade. Uma pressão no apalpador, por mais leve que seja
(deslocamento de centésimos de milímetros), faz o pon-
teiro girar no sentido positivo (+). Cessada a pressão (des-
locamento contrário do apalpador), o ponteiro gira no
sentido contrário (-).

A fig. 3 apresenta, como exemplo, um comparador


de mecanismo bem simples, para que se compreenda fàcil-

Ftg. 3
- -.

COMPARADOR CENTESIMAL FOLHA DE


(TIPOS USUAIS - FUNCIONAMENTO 2.2
RETIFICADOR
MONTAGEM)
INFORMAÇAO
TECNOLÓGICA I
mente o funcionamento. O mostrador é de O pinhão R5 (de 10 dentes) dá uma
.I00 divisões. volta completa,' e também o ponteiro, que a
Tendo a cremalheira da haste do apal- êle está prêso.
pador o passo de 1 mm, quando o apalpador
se desloca de 1 mm, resulta: A mola espiral da roda R6 mantém
O pinhão R1 (de 15 dentes) avança 1 todo o mecanismo sob tensão, fazendo com
dente; que o ponteiro e o apalpador voltem às suas
A roda R2 (de 45 dentes) avanga 3 den- posições primitivas, quando cessa a pressão
tes;
sobre a ponta do apalpador. Vê-se que, se o
O pinhão R3 (de 12 dentes) avanga i/4
de volta; apalpador se deslocar apenas de 0,Ol mm, o
A roda R4 (de 40 dentes) avança 10 ponteiro só avançará de 1 divisão no mos-
dentes; trador.

MONTAGENS USUAIS DO COMPARADOR


Em suporte coinum (fig. 4), em mesa ' base magnética (fig. 7).
de medição de alta precisão (figs. 5 e 6) e em

PRECAUÇÃO IMPORTANTE

O instrumento é sensível e a amplitu- mitam o mínimo possível de deslocamento


de do giro do ponteiro é limitada. Deve-se, da ponta do apalpador.
portanto, procurar sempre condições que per-

1) Evitar que o instrumento sofra choques. 4) Observar sempre as instrugões do fabri-


2) Guardá-lo sempre em estojo. cante quanto à lubrificação.
3) Ao montá-lo no suporte, verificar o apêrto
de todos os parafusos.

QUESTIONARIO
1) A que medida corresponde uma divisão do mostrador?
2) Indique as condições de conservação do comparador.
3) Cite outros nomes porque é conhecido o comparador.
4) Para que fim o mostrador do comparador é móvel?
5) Explique resumidamente o funcionamento do comparador.
RETIFICADOR COMPARADOR CENTESIMAL FOLHA DE
!
(FINALIDADES DO SEU USO) INFORMAÇAO
TECNOLÓGICA
2.3
I

Para verificar, por comparação, o pa- ferenças de medidas em relação a uma me-
ralelismo de duas superfícies, ou um alinha- dida-padrão, o mecânico usa o comparador.
mento, ou a excentricidade, ou, ainda, as di-

É um instrumento de grande precisão


e sensibilidade. Tem, geralmente, o aspecto
de um relógio. Pelo movimento de um pon-
teiro, num mostrador dividido em 100 partes
iguais, o comparador acusa desvios ou dife-
renças de medidas da ordem de CENTÉSIMOS
DE MIL~METRO.
Qualquer pressão, por mínima que se-
ja, na ponta ou no apalpador, faz com que
êste se desloque e o ponteiro, girando no
mostrador, indica o deslocamento em centé-
simos de milímetro.

1.O) Verifica~ãodo paralelismo das faces pla-


nas de uma pesa (fig. 3).
O contato do apalpador, em diferentes
pontos da face superior da peça, faz com que
o ponteiro se desloque e dê os valores das
diferenças das alturas.
2.O) Verificação do paralelismo da base da
morsa na retífica ou na 'fresadora.
. A fig. 4 mostra o caso da plaina.
3.O) Verificac$io da excentricidade de uma
peça montada na placa do torno.
A fig. 5 dá um exemplo de verificação
externa.
A fig. 6 mostra u m caso de verificação
interna.
RETIFICADOR COMPARADOR CENTESIMAL F6LHA DE
(FINALIDADES DO SEU USO) . TECNOLÓGICA
INFORMAÇÁO 2.4
b
I

: 4 . 9 Verificação do alinhamento das pontas


de um tôrno (fig. 7).
to do .carro, darão desvios do ponteiro, se as
p ~ n t a snão estiverem alinhadas.
A peça colocada entre pontas é um
eixo rigorosamente cilíndrico com a superfí- 5.O) Verificação de medidas, comparando-as
cie e os centros retificados. Os contatos do com medidas-padrão. As figs. 8 e 9 apre-
apalpador com êste eixo, durante o movimen- sentam um exemplo.

--

Fig. 8
I

Coloca-se a medida padrão sobre uma


mesa de medição, por exemplo, blocos de aço
de medidas precisas, denominados blocos-pa-
drão, dando o total de 50 mm f 3,5 mm +
+ 1,4 mm = 54,9 mm.
Com ligeira.pressão, põe-se o apalpador
em contato com a face superior da medida
padrão (fig. 8). O ponteiro se desloca de al-
guns centésimos na direção da seta. Como o
mostrador do comparador é girante, faz-se o
"traço zero" coincidir com o ponteiro.
Retiram-se da mesa os blocos da medi-
da-padrão. Em seguida, coloca-se a peça cuja Fig. 9
medida se quer verificar, sobre a mesa e em
contato com o apalpador (fig. 9). Se o pon-
teiro se deslocou, por exemplo, de 5 centési-
mos, na direção da seta, isto significa que a Se o deslocamento do ponteiro fosse no
+
medida da peça é 54,9 mm 0,05 mm = sentido contrário ao da seta de, por exemplo,
= 54,95 mm, ou seja, 5 centésimos de milí- 3 centésimos, a peça teria medida menor que
metro mais que a medida-padrão. o padrão: 54,9 mm - 0,03 mm = 54,87 mm.

QUESTIONARIO

1) A que medida corresponde uma divisão do mostrador no com-


parador?
2) Para que serve o comparador? Cite exemplos.
3) Que é o comparador centesimal?
4) Por que meio o comparador acusa diferenças ou desvios de medidas?
Qual a ordem de grandeza dessas diferenças?

*.
I RETIFICADOR
LOCIDADES DE TRABALHO NA RETIFICAÇÁO
PLANA. REFRIGERAÇÁO E LUBRTFICAWO.
I
FBLHA DE
~NFORMACÁO
TECNOLÓGICA 1 2.5

Em todos os tipos de reti£icadoras pla- . do corte); 2) velocidade de translação da peça;


nas existem os mecanismos necessários para 3) velocidade de avanço transversal; 4) velo-
fixar as melhores condições possíveis, reco- cidade do rebôlo.
mendada pelos fabricantes das máquinas e dos
rebolos, quanto aos seguintes fatores que in- A primeira condição já foi tratada em
fluem na técnica e na economia do trabalho: infofmação tecnológica anterior. Serão exami-
1) aproximação do rebôlo (ou profundidade nadas aqui as velocidades de trabalho.

VELOCIDADE DE TRANSLAÇAO DA PECA

É a velocidade VT do movimento lon- O valor médio da velocidade da peça,


gitudinal da mesa, que se desloca alternada- em retificação plana, recomendado pelos fa-
mente num e noutro sentido. Numa fase do bricantes fica entre 10 e 11 metros por mi-
movimento de mesa (fig. l) os sentidos das nuto (35 pés por minuto).
velocidades do rebôlo e da mesa são os mes-
mos; na fase seguinte, os sentidos são contrá-
rios. A velocidade de translação da-peça -
que é a velocidade do movimento longitudi-
nal da mesa - influi grandemente sobre o re-
bôlo e deve ser considerada na escolha dêste.
Velocidade mais alta da peça em geral des-
gasta mais depressa o Rebôlo do que a velo- no
cidade mais baixa. Fig. 1 - Mesa (vista longitudinal)

VELOCIDADE DE AVANÇO TRANVERSAL

2 a lenta velocidade VA (fig. 2), por


alimentação automática ou manual, com que
a mesa avança transversalmente, para oferecer
supedície de corte ao rebôlo. I
O avanço, em cada curso da mesa, não
deve exceder, em geral, da metáde da espes-
sura do rebôlo. Adotam-se avanços menores
que a média nos trabalhos finos de acaba- Fig. 2 - Mesa (vista transversal)
mento.

A velocidade de rotação do rebolo é de PARA CADA TIPO DE REBOLO.Por suas expe-


grande importância: 1.O) Se for adotada velo- riências no estabelecimento de granulação, es-
cidade muito baixa, há desperdício de abra- trutura e grau adequados, é o fabricante do
sivo e o trabalho produz pouco rendimento; rebôlo quem mais está apto para especificar
2.O) Se for empregada velocidade muito alta, os rebolos corretos para os diversos trabalhos.
há aumento de força centrífuga e, como con-
seqüência, a possibilidade de quebra do re- A VELOCIDADE DO REBOLO DEPENDE
PRINCIPALMENTE DO TIPO DE AGLOMERANTE.
bôlo.
2 DE TODO INTERÊSSZEMPREGAR SEMPRE Devem-se distinguir, para o rebolo,
A VELOCIDADE INDICADA PELO FABRICANTE, duas espécies de velocidade. '

1) VELOCIDADE PERIFÉRICA, ou
VELOCIDADE TANGENCIAL

Adotada pelas experiências e que se so, em metros, de um ponto P da periferia


exprime em metros por segundo: é o percur- do rebôlo, durante o tempo de um segundo
(fig. 3). Designa-se pela letra V.
----

1
-
. -

RETIFICADOR VELOCIDADES DE TRABALHO NA RETIFICAÇAO


PLANA. REFRTGERAÇÃO E LUBRIFICAÇÁO. ,HPO'RMAÇZ0
-
TECNOLÓGICA
- 2.6

Na prática, em geral, se adotam: V =


= 25 a 33 m/seg para rebolos de aglomerante
vitrificado ou silicioso e V = 33 a 60 m/seg,
para resinóides ou de borracha. ,
Fig. 3

2) VELOCIDADE DE ROTAÇAO DO REBULO


Adotada na prática da oficina, é o ndmero de rotações do rebolo, no tempo de
1 minuto (r.p.m.).

RELAÇÃO ENTRE A VELOCIDADE PERIFÉRICA E A


VELOCIDADE DE ROTAGÃQ DQ REBQL-)

Sendo D (em mm) o diâmetro do re-


bolo e N o número de r.p.m., tem-se, em um
só giro do rebolo, o percurso linear: X D = EXEMPLO:
3,14 X D Sendo V = 25 m/seg e D = 350 mm
= 3,14 X D m m = metros. (diâmetro do rebolo), obtém-se a rotação a
1 O00
dar ao rebôlo:
Em N voltas do rebôld, no tempo de 1
minuto, resulta a velocidade em metros por
3,14 X D X N
minuto: metros por minuto.
1 O00
OBSERVAÇÃO:
Finalmente, dividindo por 60, tem-se a
Para que um rebôlo mantenha a sua
velocidade periférica:
velocidade periférica (V m/seg), à medida
XD X N
v = 3,14000 60
m/seg (metros por segun-
que, pelo desgaste, se dá diminuição do seu
diâmetro, deve-se aumentar- as suas "r.p.m.".
do). É o que se conclui pelo exame da fórmula da
Desta fórmula se tira N em função de velocidade periférica.

É aconselhável que se mantenha um mantém o rebôlo limpo e concorre para di-


jato de fluido de corte sobre a parte da p e p minuir a aderência dos cavacos do material.
em contato com o rebolo em movimento. A lubrificação diminui o atrito, evita
A refrigera~ãoevita que o calor resul- a incrustação de cavacos e concorre para me-
tante do atrito possa deformar a peça. Nos lhorar o acabamento da superfície.
casos de peças já temperadas, o calor pode Em cada caso, deve ser empregado o
ser tal que concorra para alterar os efeitos da fluido de corte segundo as indicações da ta-
têmpera. Além disso, o jato de refrigerante bela da informação tecnológica sobre "Refri-
geração e Lubrificação".

QUESTIONARIO

1) Explique o que é a velocidade de translação da peça. Em que influi?


2) Que é a velocidade de avanço transversal? Para que serve o avanço
transversal?
3) Defina as velocidades periférica e de rotação do rebôlo e dê a
fórmula.
4) Para, que servem a refrigeração e a lubrificação?
r-
-

VERIFICAÇXO DA PERWNDICULARIDADE DE I FaLHA DE


RETIFICADOR PLANOS OU DE ARESTAS RETIFICADAS. TECNOLÓGICA
2.7

A verificação da,perpendicularidade de -
duas faces ou de duas arestas de uma peça Bordo
biielodo
que está sendo retificada, constitui uma ope- I

ração de alto rigor, que exige por isso, méto-


dos de trabalho muito cuidadosos e instru-
mentos de controle de grande precisão e de
esmerado acabamento.
Serão examinados, nesta folha de infor-
mação tecnológica, quatro dos processos de *
verificação mais empregados. .
I
c
Fig. I Fig. 2

1.O PROCESSO
Aplicado o esquadro na peça, como mostra,
Aplicação direta, aos planos ou às ares- por exemplo, a fig. 2, verifica-se, contra a luz,
tas retificadas, de um esquadro de alta preci- o contato. Se êste fôr pedeito, não passa lu-
são, temperado, de fios retificados. minosidade.
Êste esquadro (fig. 1) tem suas faces e
bordas perfeitamente acabadas. Depois de re- 2.O PROCESSO
ceberem têmpera, são retificadas. A lâmina,
em geral, é biselada, para facilitar a verifica- Uso de um desempeno de precisão, sô-
ção do contato. O vértice do ângulo reto in- bre o qual se apóia a peça, de encontro ao fio
terno é acabado por um arco de circunferên- da lâmina de um esquadro de precisão, de
cia de pequeno diâmetro (1 a 3 dm), para a um dos tipos de base larga ou de base com
perfeita adaptação de peças de arestas vivas. apoio.

Fig. 3 Fig. 4 Fig. 5

Os esquadros das figs. 3 e 4 são ambos 3.O PROCESSO


de precisão e suas bases dão amplo e estável
apoio. Os fios das lâminas ficam então rigo- Uso de um desempeno de precisão, sô-
bre o qual se apóia a peça, de encontro, na
rosamente perpendiculares ao plano do de- outra face, à geratriz de um cilindro retifi-
sempeno, quando o esquadro 2 neste assen- cada de alta precisão ou a uma coluna de
tado. A fig. 5 mostra como se faz a verificação. de perpendicularidade, temperado e
de alta precisão.
VERIHCAÇAO DA PERPENDICULARIDADE DE FALHADE
RFTIFICADOR INFORMAFIO
PLANOS OU DE ARESTAS RETIFICADAS. TECNOL6GICA

I
I
I

Fig. 6 Fig. 7 Fig. 8 '

1 .
O cilindro padrão (fig. 6) tem suas duas Com ligeira pressão do apalpador (pou-
i bases rigorosamente perpendiculares a qual- cos centésimos de milímetro), ajusta-se sua
quer geratriz da sua superfície cilíndrica. ponta no padrão, que fica encostado a um
1
i
Também a coluna padrão. (fig. 7) possui as anteparo de precisão (fig. 9). Move-se o mos-
duas bases rigorosamente perpendiculares a trador, de modo que o "zero" coincida com
qualquer dos quatro planos estreitos talhados o ponteiro.
nas suas arestas longitudinais e cuidadosa-
mente retificadas. A fig. 8 indica o modo de Retira-se o padrão e ajusta-se ao ante-
se proceder ao controle. '
paro, cuidadosamente, a face da peça que se
deseja verificar (fig. 10). Se o ponteiro se
mantiver no "zero", está rigorosa a perpendi-
cularidade da base com a face em contato com
4.O PROCESSO
a apalpador.
Uso do comparador centesimal, tipo Conforme as dimensões do padrão e da
relógio, sôbre um desempeno de precisão e peça, essa verificação pode-se fazer sôbre o
com o emprêgo de um padrão, por exemplo, suporte de precisão do comparador, que pos-
o cilindro ou a coluna de precisão. sui anteparo adequado. ,
-,
i*

Fig. 9 Fig. 10

QUESTIONARIO

Explique, com esboços a-mão livre, cada um dos quatro processos de


verificação de perpendicularidade de duas faces de uma peça, con-
forme foi explanado nesta informação tecnológica.

- .-.-
RETIFICADOR
I PRINCIPAIS DEFEITOS APRESENTADOS NA
RETIFICAÇÁO E SUAS CAUSAS I FOLHA DE
INFORMACÃO
TECNOLÓGICA I 2.9

DEFEITOS CAUSAS

- Velocidade excessiva do rebolo


- Passada muito forte
- Velocidade de trPlnslação muito forte
ou muito fraca (conforme a profun-
didade da passada)
- Ataque muito brusco do rebôlo
- Descida irregular do rebôlo
- Escorregamento ("patinar") das cor-
reias
- Movimento irregular da mesa
- Má retificação do rebôlo
- Rebolo muito duro, lustroso ou em-
pastado
- Rebolo de grana muito fina
- Refrigeração insuficiente ou mal di-
rigida
- Líquido de refrigeração de composi-
ção mal dosada

- ~ ô g ona árvore porta-rebolo


- Mau estado do mecanismo de transla-
ção da mesa
- Rebolo desequilibrado
-Rebolo muito duro, lustroso ou em-
pastado
- Rebolo de grana muito fina

- Jogo na árvore porta-rebolo


1.3 DEFEITO DE PARALELISMO - Deformação da mesa ou das guias
- Rebolo muito mole
GONIBMETRO FBLHA DE
RETIFICADOR
(TRANSFERIDOR)
INFORMAÇÁO
TECNOLÓGICA
3.1
1

O mecânico tem necessidade de medir O instrumento que usa, para medir ou verifi-
ou verificar ângulos nas peças que executa, a car ângulos, é um Goniômetro ou Transferi-
fim de usinar ou preparar determinadas su- dor.
perfícies com o rigor indicado pelos desenhos.
I

MEDIçffO DE UM ÂNGULO

A medição ou verificação de um ângu- é o grau. Dividindo-se um círculo qualquer


10 qualquer, numa peça, se faz ajustando-o em 360 partes iguais, o ângulo central corres-
entre a régua e a base do goniômetro. Este pondente a uma parte é o ângulo de 1 grau.
instrumento possui graduações adequadas, O grau se divide em 60 minutos de ângulo e
que indicam a medida do ângulo formado pela o minuto se divide em 60 segundos de ân-
régua e pela base, e, portanto, do ângulo da gulo. Os símbolos usados são: grau ( o ) , minu-
peça; to (') e o segundq ("). Assim, 54O 31' 12" se
A unidade prática de medida angular lê: 54 graus, 31 minutos e 12 segundos.

GQNIQMETRO

Em geral, o>goniômetro, ou instrumen- dro universal, que possui mais duas peças (es-
to de medida angular, pode apresentar, ou um quadro de centrar e esquadro com meia es-
círculo paduado (3 60°), OU um semi-círculo quadris),
graduado (180°), ou um quadrante graduado O fixador prende o disco graduado e a
(900). Praticamente, 1 grau é a menor divisão régua. O alinhamento dos traços extremos do
apresentada 'diretamente na graduação do go- disco (900 - 90°) fica paralelo aos bordos da
n.iômetro. Quando possui vernier, pode dar
régua. No arco, encontra-se um traço "O" dé
aproximação de 5 minutos. O goniômetro de
alta precisão aproxima até 1 minuto. referência. Quando a base é perpendicular à
um tipo de goniômetro muito usado borda da régua, a referência "0" do arco coin-
na oficina é o Transferidor (£ig. 1). cide com O "90°" do disco. Quando a base é
Suas duas peças fazem parte de um conjunto paralela à régua, os "zeros" do disco e do arco
denominado Esquadro combinado ou Esqua- coincidem.

Traço de rtfer8ncia ("d)

wa-

Ângulo que se lê n a figura:


Fig. 1 - Transferidor universal. 500 ( o u o suplemento 130°).

73
GONIOMETRO F6LHA DE
RETIFICADOR INFORMAÇÁO 3.2
I (TRANSFERIDOR) TECNOL6GICA
i '
Para usos comuns, em casos de medi- No transferidor indicado na fig. 4, a 1â-
das angulares que não exijam extremo rigor, mina, além de girar na articulação, pode des-
o instrumento indicado é o transferidor sim- lizar através da ranhura.
ples (figs. 2, 3 e 4).

Fig. 4

FSXERIPLOSDE USO6 DE' G0N16METR8 OU T W F E R I D O R


As figs. 5 a 7 apresentam-alguns casos

Fig. 5

1;) Ser de aço inoxidável. 3) Ter as peças componentes bem ajustadas.


2) Apresentar graduação uniforme, com tra- 4) O parafuso de articulação deve dar bom
ços bem finos e profundos. apêrto e boa firmeza.

CONSERVAÇAO 'fY0 ~ZC~NI~METRO


OU TRANSFERIDOR

1) O goniôrnetro deve ser manejado com todo 4) Guarde-o em estôjo próprio.


o cuidado, evitando-se quedas e choques.
5) O goniômetro deve ser aferido, isto é, de-
2) Evite ranhuras ou' entalhes que prejudi- vem ser comparadas diferentes aberturas
quem a graduqão. com ângulos padrões precisos.
3) Faça completa limpeza, após o uso, e lu-
brifique-o com óleo fino.
QUESTIONARIO

1) Quais são as características do bom goniômetro ou transferidor?


2) Que é grau? Que é minuto de ângulo? Que é segundo de ângulo?
3) Para que serve o goniômetro ou transferidor?
4) Qual é a menor divisão angular de um transferidor ou goniômetro?
5) Quais as condições de conservação do goniômetro ou transferidor?
6) Como o mecânico mede um ângulo de uma peça com o goniômetro ou transferidor?
F6LHA DE
RETIFICADOR GONIOMETRO COM VERNIER INFORMAÇAO
TECNOLÓGICA
3.3

Para medir um ângulo com aproximação até 5 minutos, usa-se na o£icina o Goniô-
metro de Vernier.
GONIOMETRO COM VERNIER (figs. 1 e 2)

É um instrumento medidor de ângulos, o nome de Goniômetro a êste tipo de ins-


de precisão, e feito em geral de aço inoxidá- trumento. Os demais, quase sempre, são cha-
vel. Em mecânica, reserva-se particularmente mados de tranderidores.

Fig. 2
Lâmina pequena
É colocada e m lugar da lâmina
grnnde, e m casos especiais de nze-
cli(ões de ângulos.

Fig. 1 - Goniômetro com Veynier

O disco graduado e o esquadro formam com uma das bordas do esquadro, aos lados
uma só peça. O disco graduado apresenta ou às faces do ângulo que se quer medir. A
quatro graduações de O0 a 90°. O articulador posição variável da lâmina em torno do disco
gira com o disco do vernier e, em sua extre- graduado permite, pois, a medição de qual-
midade, há um ressalto adaptável à ranhura quer ângulo e o vernier aproxima esta me- ~

da lâmina. Estando fixado o articulador na dição até 5 minutos de ângulo.


lâmina, pode-se girá-la de modo a adaptá-la,

USOS DO GONIOMETRO

As figs. 3 a 6 dão exemplos de diferentes


medições de ângulos de peças ou £erramentas,
mostrando variadas posições da lâmina e do
esquadro.
A fig. 7 apresenta um goniômetro,mon-
tado sobre um suporte, que facilita a medição
de ângulos, pois sua base se apóia sobre uma Fig. 5
superfície de referência (a do desempeno, por

Fig. 3
RETIFICADOR GONIOMETRO COM VERNIER FaLHA DE
INFORMACÁO 3.4
TECNOLÓGICA
I

I
EXPLICASÃO DO VERNIER DE 5 MINUTOS
A medida total do vernier (fig. 8), de Ora, 2 graus correspondem, em minu-
cada lado do "zero", é igual A medida total tos, a 2 O X 60' = 120'.
de 23 graus do disco graduado. Resulta que CADA DIVISÃO do vernier
O vernier apresenta 12 divisões iguais: tem menos 5 minutos do que DUAS ~ r v i s ó ~ s
5, 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45, 50, 55 e 60. do disco graduado. A partir, portanto, de tra-
Então, cada divisão do vernier vale 115 mi- ços em coincidência, a l.a divisão do vernier
nutos porque dá a diferença de 5 minutos, a 2.a divisão dá
23O s 12 = (23 X 60') min i 12 = 1380' + 10 minutos, a 3.a dá 15 minutos, etc.
s 12 = 115'.

Vernirr
Fig. 9

LEITURA DO GONIÔMETRO COM VERNIER DE


5 MIN'CTLOS (fig. 9)
O "zero" do vernier está entre o 24 e traço do disco graduado. Resulta a leitura '

o 25 do disco graduado (24O). O 2O traço completa: 24O10'. Outros exemplos de leitu-


do vernier (2 X 5' = 10') coincide com um ras estão nas figuras 10, 11 e 12.

-
Sentido da l ~ l l w a .

* Fig. 10 Fig. I 1 Fig. 12


Leitura: 9
O 20/ Leitura: 51° 15' Leitura: 300 5'

EXERCÍCIO

1 - Faça as leituras das figuras 13 e 14

Fig. 14
Z
MICR.6METRO DE TRÉIS CONTATOS, FBLHA DE
RFTIFICADOR PARA FUROS. ("IMIGRO") INFORMAÇAO
TECNOLÓGICA
4.1
K

O Imicro é um micrômetro de alta oficinas mecânicas de produção, apresenta ca-


precisão, destinado exclusivamente à medida racterísticas especiais de grande robustez, sen-
e ao controle dos diâmetros internos d o ~fu- do fabricado em aço inoxidável pela firma
ros. Este instrumento, d e frequente uso nas suíça "TESA", que o criou.

FUNCIONAMENTO

~ontoioou apalpador Pamfuso microm6trico

'Tambor

Com o auxílio das figuras 1 (aspecto ~ l e t ado tambor, os contatos ou apalpadores


externo de um "Imicro"), 2 (vista esquemá- avançam de 0,5 do milímetro.
tica da adaptação no furo) e 3 (esquema sim- Então, o deslocamento de uma divisão
plificado do instrumento e sua adaptação n g do tambor (ou seja 1/ 100 de volta) corres-
furo), o funcionamento é fácilmente com- penderá ao deslocamento dos contatos de
preensível: baseia-se na rotação de um para- apenas:
fuso micrométrico de alta precisão ligado, 0,5 mm 5 mm
num extremo, ao tambor graduado e, no - = 0,005 do milímetro. É
100 1.000
outro, a um cone roscado. Encostados neste este o grau de aproximaG~odo u ~ ~ i ~
cone roscado - rigoroiamente encaixados em
guias protetoras e formando três ângulos de
A posição exata dos três contatos a
120° um do outro, e a curvatura da face de
120° - estão dispostos os três contatos ou
apoio de cada apalpador, rigorosamente aca-
apalpadores.
bada, não oferecem qualquer possibilidade de
Resulta d%ssedispositivo que, qualquer
ser o instrumento posto no furo em colocação
deslocamento do tambor, por menor que
excêntrica (fig. 2).
seja, determina o deslocamento simultâneo
dos três contatos, para £ora ou para dentro da Por outro lado, o conjunto é de tal
do instrumento, conforme o sentido forma projetado que estão eliminados quais-
do giro. quer erros que pudessem resultar de ajustes.
O tambor apresenta 100 graduações O sistema de fricção assegura uma boa
iguais. Por outro lado, o passo do parafuso adaptação dos apalpadores à parede do furo, .
micrométrico é tal que, em uma volta com- pois limita a pressão. Afasta, além disso, a

.. -
I I-LU ~A-LJLLI
1 UVII L nL UU,
RETIFICADOR LVIIUA-LULVIL U L

PARA FUROS. ("IMICRO")

influência de desigual pressão manual do


operador. Os pinos de contatos são tempera-
dos c retificados e não há pràticamente des-
gaste das suas faces, pois o instrumento não
exige movimehtos para a sua adaptaqão no
furo.
A forma do "1micro" e as condições
especiais da siia construção e do seu manejo,
dão-lhe, em resumo, as seguintes vantagens:

1) Permite leituras de alta precisão, da ordem


de 0,005 mm.. Quando graduado para po-
legadas tem aproximação de 0,0002".

2) Permite colocação exata no centro do fu.


ro, coincidindo o seu eixo geométrico com
o eixo geométrico do furo.

3) Possibilita a medição dos diâmetros em di- Fig. 4


versas profundidades do furo.
5) O sistema de contato por fricção evita exa-
4) Permite a medição dos diâmetros de re- gerada pressão manual do operador ao to-
baixos internos num furo. mar a medida.

EXEMPLOS DO USO DO IMICRO

A fig. 4 mostra a mediqão do diâmetro estalidos característicos do contato suave das


de um furo feito num flange. O operador faces dos apalpadores na superfície do furo.
gira o botão de fricção, até que se dêem os

QUESTIONARIO

1) Que é o "Imicro" e para que serve?


2) Com o auxílio de uma figura de catálogo, explique o funciona-
mento do "Imicro". Qual a aproximação em milímetros? Como é
conseguida?
3) Cite as vantagens que oferece o "Imicro" no controle de furos.
FOLHA DE
RETIFICADOR MICROMETROS PARA DIFERENTES USOS INFORMAÇAO
TECNOL6GICA

Para diferentes usos nas oficinas mecânicas, encontram-se variados tipos de micrô-
metros, seja para medições em milímetros, seja para medições e m polegadas. E

As figs. I a 6 apresentam alguns tipos especiais.

Fig. 1 - Micrômetro para rôscas. As pontas da Fig. 2 - Micrômetro de proj9mdidade. Con-


haste e do encosto são substituíveis, conforme formè a profundidade a meair, fazem-se os
o tipo da rôsca. , acréscimos necessários na haste por meio &
outras zlaretas de comprimentos calibrados,
fornecidas com o micdmetro ($'ih~rtes de ex-
tensão).

Fig. 3 - M'icronietro & medi& internas,


tubulares, de dois contatos. É fornecido com
hastes, para aumento da capacidade de me-
dição.

r:g. 4 - Micrômetro de medidas internas de .


Fig. 5 - Micrômetro de arco profundo. Serve três contatos. É conhecido pela denomina~ão
para viedições de espessura de bordas ou par- de "Imicro". Facilita a colocação exata n o
tes salientes das peGas. centro e n o alinhamento do furo. Possibilita
a medição do diâmetro de furos e m diversas
piofundidades. 12 de p n d e precisão.

Fig. 6 - Micrômetros fmra gmndes medições.

Este micrômetro d usado para medições e m


trabalhos de usinagem pesada, para a medição
de peça de grandes diâmetros, @r exemplo,
275 a 300 m m - 400 a 500 m m , etc. As pontas
da haste e do encosto podem ser mudadas,
para dar as medi& próximas dos diâmetros
a verificar.
FOLHA DE
RETIFICABR MICRoMETROS PARA DIFERENTES USOS INFORMACÃO 4-4
TECNOLóGICA

USOS DO MIGROMETRO
7 a 13 .
As £i@ mostram alguns exemplos.

Fig. /" - Medição da espessura de um bloco.


Fig. 8 - Medição do diâmeti-o de uma rôsca.

Fig. 9 - Medição da profundidade dè uma Fig. 10 - Medição de um diânzetro com O


ranhura com o micrômett-o de profundidade. micròmetro tubular.

Fig. 13 - L7so do ''Imimo" (très contatos) na Fig. 12 - LTso do micrômetro de grande capa-
medição de u m diâmd.. i~ztemo. cidade para medir os diâmetros de m a peça
montada n u m tôrno.

QUESTIONARIO
1) Que é o "Imicro"?
2) Quais são as particularidades da haste e do
encôsto, no micrômetro de roscas?
3) Faca um esbôco, a mão livre, mostrando o
uso do micrômetro tubular.
4) Para a medic;ão de diâmetros internos, qual
dos micrômetros é o melhor: o tubular ou
0 '*1micr0~~2

5) Faca o esbôgo, a mão livre, de um mim&


Fig. 13. - Uso d o micuômetro d e arco pro-
fundo, numa medição 'de parte saliente.
metro para grandes medi~óes.
RETIFICADOR BLOCO COM RASGO EM "V" RETIFICADO TAREFA 5 111
I
I

Escala 1 : 1

FERRAMENTAS: Rebôlo reto plano de 7" X i/2" X 1 1/4", paquimetro, transferidor, es-
quadro de precisão de 2", pedra; de afiar de mão.
MATERIAL: Ref. FT-4

ORDEM DE EXECUÇÃO

1. Limpe a mesa e a base da morsa universal.

2. Monte, alinhe e fixe a morsa na mesa, inclinando-a a 45O.


3. Limpe a peça, verifique as medidas e o ângulo.

4. Fixe a peça na morsa.

5. Selecione, inspecione e monte o rebolo reto plano.

6. Retifique uma face do " V e verifique o ângulo de 45O.

7. Incline a morsa a 450 em sentido contrário.


8. Retifique a outra,face do " V e verifique o ângulo de 90°.

9. Retire a peça e remova as rebarbas com pedra aloxite.

LI9
I
i
L

FÔLHA DE
RETI FICADOR ESQUADRO INFORMAÇÁO 5.1
TECNOLÓGICA
A

O esquadro é um instrumento ubilizado junto mecânico em relação a planos ou


com grande frequência pelo mecânico, pois .arestas de outras peças com as quais este-
possibilita: jam conjugadas;
1) verificar-se a perpendicularidade de faces 3) verificar-se a perpendicularidade do eixo
ou de arestas de uma peça, isto é, com- geométrico de certas ferramentas, em rela-
provar-se se as faces formam o ângulo de ção ao plano da peça que será atacado
90°, ou se as arestas formam o ângulo de pelas ferramentas.
90°, ou, ainda, se aresta e face se dis-
Além dêsses trabalhos de verificação, o
põem segundo o ângulo de 90°;
esquadro permite, também, a execução do
2) verificar-se a perpendicularidade do eixo traçado dé retas perpendiculares (veja Ref.
geométrico de certas peças de um con- FIT 6).

ESQUADRO COMUM
O tipo de esquadro de emprêgo
mais generalizado na oficina mecânica se
encontra na fig. 1. É um instrumento
composto de uma lâmina de aço e de
uma base. Esta pode ser de aço, de alu-
mínio ou ainda de madeira chapeada de
metal, com faces paralelas.
A lâmina, de planos paralelos e
de bordas paralelas e retificadas, é mon-
tada na base, de modo que se formam
ângulos de 900, quer entre bordas e fa-
ces internas, quer entre bordas e faces
externas.
Fig. 1
Pode-se, portanto, verificar ângulos de
90° com o esquadro, em qualquer das quatro
combina@es: Borda interna com face interna
- Borda, interna com face externa - Borda
externa com face interna - Borda externa
com face externa.
A fig. 2 dá um exemplo do uso do es-
quadro comum na verificação da perpendi-
cularidade das faces de uma peça. Ao aplicar
o esquadro, suas bordas e faces, assim como
as da peça, devem estar bem limpas.
Verifica-se se há perfeito contato, exa-
minando-se o conjunto contra a luz. Se hou-
ver correta adaptação entre as bordas e as
faces do esquadro e as faces da peça, não passa
luminosidade. Em caso contrário, percebe-se
claramente luz através da fresta resultante da
imperfeição do contato entre o instrumento
e a peça.
w m L
FdLHA DE
RETIFICADOR ESQUADRO INFORMAÇIO 5.2
TECNOL601CA
J

Outros tipos de esquadros comuns são os de base larga, mostrados nas figs. 3 e 4.
Suas bases oferecem amplo e estável apoio.

f
Fig. 3 Fig. 4 FZR. 5

Por êsse motivo, prestam-se bem para desempenos de precisão (fig. 5) ou das mesas
verificações de perpendicularidade sobre su- das máquinas-ferramentas.
perfícies, tais como as das mesas de traçar, dos

ESQUADRO DE FIOS RET'IFICADOS


Apresenta faces e bordas acabadas
com extremo cuidado e precisão (fig. 6).
Depois de receberem têmpera, são retifi-
cadas. A lâmina, em geral, é biselada,
para facilitar a verificação do contato. O
vértice do ângulo reto interno é acabado
por um arco de circunferência de pe-
queno diâmetro, o que facilita a perfeita
adaptação de peças com arestas vivas. A
verificação do contato (fig. 7) deve ser
feita contra a luz, conforme foi explica- Fig. 6 Fig. 7
do acima. É usado em verificações de
precisão.

CONSERVAPU
Tratando-se de instrumento de preci- 3) O esquadro deve ser mantido limpo e lu-
são, o esquadro deve ser usado, guardado e brificado, sobretudo depois do uso.
conservado com todo o cuidado.
4) A exatidão do ângulo de 90° deve ser ve-
1) Evite que o esquadro sofra choques ou rificada, de vez em vez, em comparação
quedas. com um ângulo reto padrão, ou por outro
processo adequado,
2). Não deixe o esquadro em contato com as
ferramentas usuais do mecânico.

QUESTIONARIO
1) Para que serve o esquadro? Qua.is as regras para sua conservação?
2) Descreva as características de um esquadro comum.
3) Como se verifica perpendicularidade com o esquadro? Quais os
cuidados?
4) Quais as características do esquadro de fios retificados?

I
86
BLOCO COM SUPERFÍCIES
.-- -
RETIFICADOR ESCALONADAS RETIFICADAS
TAREFA 6 1/1

<

1
Escala 1 : 1

F E R R A M E N T A S : Rebôlo tipo cônico de 4" X 2" X 1 1/4", rel~ôloreto plano de 7" X


X 1/2" X 1 1/4", paquimetro, micrômetro externo 50 a 75 m m , micrômetro externo
de 100 m m , micrômetro de profundidade de O a 25 m m , pedra de afiar de mão, paralelo.
M A T E R I A L : Aço 0,18 a 0,30 yo C - 2 i/,'' X S4 rnrn.

ORDEM DE EXECUGÃO

1. Monte a placa magnética com régua de 10. Fixe a peça com a face "C" encostada no
referência (retifique-a se necessário). paralelo.
2. Selecione, inspecione e monte o rebolo 11. Monte o tipo copo cônico.
reto plano (retifique se necessário).
12. Retifique a face "B" removendo metade
3. Fixe a peça na placa magnética com a
do excesso.
face "A" para cima.
4. Determine a poriçáo inicial de traballio e 13. Vire a peça encostando a í'B" no pa-
coloque o anel graduado no ponto "zero". rale10 e retifique na medida de 80 mm.

5. Limite o curso longitudinal da mesa. 14. Retifique a face "E", observando a me-
dida de 50 mm.
6. Retifique a face "A", removendo metade
do excesso. 15. Substitua o rebôlo copo pelo rebolo reto
7. Vire a peça, fixando-a com a face "D" para . plano.
cima e retifique na medida de 60 mm.
16. Retifique a face "F" na medida de 18 rnm.
8. Retire a peça e limpe a placa e a peça.
9. Coloque o paralelo encostado na régua de 17. Retire a peça e remova as rebarbas com
referência. pedra aloxite.

I
-
87
I - - - -
1
F6LHA DE
. NOÇÕES . SOBRE PEÇAS INTERCAMBIAVEIS INFORMAÇAO
RETIFICADOR 7.1
E SOBRE CALIBRADORES DE TOLERÂNCIA. TECNOLÓGICA
J

, Sendo pràticamente impossível fabricar ficação das medidas dentro de tais limites tem
peças que tenham medidas EXATAS, pode-se, que ser feita cuidadosamente durante a exe-
entretanto, executá-las com medidas dentro cução. Para êsse controle se empregam instru-
de certos LIMITES BEM PRÓXIMOS,indicados no mentos de medidas fixas, correspondentes aos
projeto ou desenho. Nestas condições, a veri- limites.

PEÇAS INTERCAMBIAVEIS

A execução de peças intercambiáveis, 1) As mesmas peças são todas executadas com


em mecânica, é a condição principal da pro- dimensões compreendidas entre um limite
dução e m série. As peças que têm medidas máximo e um limite mínimo.
dentro de certos limites são intercambiáveis, 2) As mesmas peças, de várias séries diferen-
isto é, podem ser trocadas umas por outras, tes, podem ser montadas sem necessidade .
porque constituem conjuntos pràticamente de retoques.
idênticos.
3) Quando desgastadas ou quebradas são rà-
As peças intercambiáveis apresentam pidamente substituídas por peças corres-
as seguintes características: pondentes de série diferente.

CALIBRADORES DIE TOLERANCIA

A intercambiabilidade exige ,precisão.


Esta palavra deve ser entendida, não no sen-
tido rigoroso de medida matemàticamente
exata, mas sim de medida dentro de limites.
A folga ou o apêrto éntre peças que se ajzu-
tam é, frequentemente, de poucos centksimos
de milímetro, ou menor ainda sendo portanto Fig. 1
necessário o controle da precisão. O calibra- Calibrador tam.pão de tolerância
dor usado para verificar essa precisão se de- ("PASSA" - " N A 0 PASSA").
nomina Calibrador de Tolerância (figs. 1 a
6). É de aço duro, inoxidável, e tem duas
medidas rigorosamente fixadas: máxima e mi-
nima. Entre elas fica então a medida ideal, média do máximo e do mínimo: Dideal=
que é difícil de se obter exatamente. +
= (Dmax Dmin) + 2. Explicou-se também
O calibrador tampão de tolerância da que a tolerância é a diferença entre Dmax e
fig. 1, por exemplo, aplicado a uma bucha, Dmin. Resulta que, no caso exemplificado
controla o rigor da medida do seu diâmetro. (fig. l), o diâmetro ideal é D = (50,030 mm +
A extremidade cilíndrica da esquerda, de 4-50,000 mm) -+ 2 = 50,015 mm e a tolerân-
+
diâmetro 50 mm 0,000 mm, ou seja, . . . . . cia T = 50,030mm - 50,000 mm=0,030mm.
50,000 mm, deve passar através do furo da Se pràticamente fosse possível, todas as peças
bucha. Além disso, a extremidade cilíndrica intercambiáveis %teriama mediba ideal. Não
+
da direita, de diâmetro 50 mm 0,030 mm sendo possível, as peças são aceitas desde que
ou 50,030 mm não passa através do furo da suas medidas estejam dentro dos limites da
bucha. , tolerância. Estes vêm indicados nos desenhos,
Em informação tecnológica anterior foi de acordo com as funções que as peças iFão
explicado que a dimensão ou cota ideal é a ter nas máquinas ou nos conjuntos mecânicos.
P-' I
~ b < rpasso
Fig. 3

Fig. 2

Calibradores de tolerância, chatos, para eixos. Calibradores de tolerância ajustáveis.

A -Possa
(Nos pines
da frpnte)
8 - Mo porw
(Plnor de
trcía)

Os ptnac eilfnd6eor podem ser oiustodo8


a certas t o l a r 6 n c i ~
Fig. 4 Fig. 5 Fig. 6

Os números e símbolos nas placas dos calibradores (por exemplo 125 H7ISO) cor-
respondem a medidas e tolerâncias estandardizadas de um sistema internacional. "ISO"
significa International Sistem Organization.
1
RETIFICADOR EIXO COM REBAIXO TAREFA 9 1/1
.

I
Escala 1 : 1

F E R R A M E N T A S : Rebôlo reto Plano 12" X 1" X 1 i/4': micrômetro externo de O a 25 m m ,


micrômetro externo de 25 a 50 mmJ paquimetro, arrastador de I".

MATERIAL: Aço 0,18 a 020 yo C - O 1 S/4" X 175 mm.

ORDEM DE EXECUÇÃO

1
I I
1 Monte e retifique o reb8lo reto plano.
2. Limpe a mesa da retificadora e a base do
cabeçote e monte-o.
contato com a peça, colocando o anel gra-
duado no ponto "zero".
12. Execute uma passada de ensaio (use re-
frigeração adequada).
3. Limpe a base do contra-cabeçote, mon-
te-o, observando o comprimento da peça. 13. Verifique o paralelismo e, se necessário,
corrija o alinhamento da mesa.
4. Coloque o pino de arrasto e a ponta de
centro no cabeçote. 14. Retifique no diâmetro de 40 mm com

I 5. Fixe o arrastador na peça.


6. Lubrifique os furos de centro (use zar-
movimento automático (use refrigeração
adequada).
15. Pare a máquina e peça).
I
cão, grafite ou graxa).
16. Situe o rebôlo dentro do rebaixo.
7. Coloque a peça entre pontas.
I
17. Limite o curso da mesa para retificar o
I
I
8. Limite o curso longitudinal da mesa. rebaixo de $24 X 35 mm.
9. Selecione a velocidade (r.p.m.) para a 18. Faça contato do rebôlo com a peça, colo-
Peça. cando o anel graduado no ponto "zero".
10. Ligue a máquina (rebolo e peça). . - 19. Retifique no diâmetro de 24mm com
11. Aproxime lentamente o rebolo e £asa movimento manual.

I
I PONTA E CONTRAPONTA MO~TAGEMDA F ~ L H ADE
RETIFICADOR P E W ENTREPONTAS. CUIDADOS EM VIRTUDE INFORMAÇAO
TECNOLóGICA
9.1
DA DILATAÇÃO DA PEÇA ENTREPONTAS
f

As pontas do tomo são cones duplos de se adaptam aos centros da peça a tornear, com
aço, temperados e retificados, cujos extremos o £im de apoiá-la (figs. 1 e 2).

PONTA E CONTRAPONTA

I Chama-se ponta o cone duplo que é


montado na árvore do tômo. O cone duplo
igual, que se monta no mangote do cabeçote
móvel, se chama contraponta (fig. 1).
O cone da haste dos dois (ponta e
contraponta) é estandardizado pelo sistema
"Morse" O cone da ponta é sempre de 600
(fig. 2). 1

Fig. 1

MONTAGEM DA PONTA, DA CBNTRAPQNTA E DA PEGA

1) Verifique se os cones de 60° estão em per-


feitas condições para adaptação nos cen-
tros da peça. Qualquer mossa ou rebarba
prejudicará a correcjio do trabalho de
tornear.

2) Limpe cuidadosamente a ponta, a contra-


ponta e os furos cônicos de encaixe da ár-
vore do tôrno e do mangote do cabesote
móvel. Partículas de pó, cavacos, etc. im-
pedirão a perfeita adaptação e prejudica-
rão a correta centragem da peça a tornear. 4) Adapte um centro da peça na ponta, apro-
Com estôpa enrolada em uma haste de &me cuidadosamente a contraponta do
metal pode-se fazef-a limpeza dos furos outro centro. Gire o volante do cabeçote
cônicos. até perceber um ajustamento perfeito.
&te se dá quando a peça pode girar sem
3) Lubrifique com graxa o furo de centro da folga, mas também sem estar pressionada
peça do lado da contraponta. entre a ponta e a contraponta.

REMOSAO DA PONTA E DA CONTRAPONTA

1) Para retirar a ponta da árvore do tôrno, Para afrouxar o apêrto da haste da conG
mantém-se sua extremidade, envolvida em ponta no mangote, gira-se o v o h t e do
estôpa, com uma das mãos. Com a outra cabeçote móvel da direita para a esquerda,
mão, dá-se uma pancada firme em uma até que as extremidades internas da con-
haste própria que tenha sido introduzida traponta e do parafuso de movimento do
no furo da árvore. Dêsse modo se conse- mangote se toquem. Com uma ligeira
gue afrouxar o apêrto da haste da ponta pressão, girando no mesmo sentido, con-
e esta é retirada, em seguida, com todo o segue-se afrouxar a eontraponta.
cuidado, protegida pela estôpa. - -
PONTA E C O ~ ~ R A P O N T AMONTAGEM
. DA PEÇA FBLHA QE
RETIFICADOR ENTREPONTAS. CUIDADOS EM VIRTUDE DA INFORMAÇAO 9.2
DILATAÇÃO DA PESA ENTREPONTAS TECNOL6GICA

CONTRAPONTA REBAIXADA E SEU USO


este tipo de contraponta (fig.
3) serve facilitar o- comple<o
faceamento do topo das peças mon-
tadas entrepontas.
. Vê-se, pela fig. 3, que a ponta
da ferramenta de facear atinge, sem
embaraço, a borda do furo do cen-
tro. Com o emprêgo desta contra-
ponta não deix; a ferramenta sobra
de corte no topo faceado. Sòmente Fig. 3
nos casos de faceamento se aconselha o uso da contra-
ponta rebaixada. É um acessório cuia ponta, por suas
medidas reduzidas, se quebraria fàcil&nte em traba-
lhos mais pesados.

INFLUÊNCIA DO CALOR DE ATRITO-DILATAGAO E CONTRAÇXO DA PESA


A peqa bem montada entre a ponta e vocar deformação na peça e danificar o torno.
a contraponta deve girar sem folga, mas tam- . Conforme o grau de calor, pode ser alterada
bém sem estar pressionada. Ao ser desbastada, tambem a têmpera das pontas. portanto, du-
porém, a peça se aquece, quer pelo atrito da
rante a operação, deve-se manter sempre bem
ponta da ferramenta, quer, no centro, pelo
atrito com a contraDonta. O calor Droduz a lubrificado o centro e a contraponta. Deve-se,
dilatação da peça. Estando ela sem iolga, re- ainda, corrigir, de vez em quando, a ajusta-
sulta pressão sobre as pontas, capaz de pro- gem da contraponta no centro.

PONTA ROTATIVA
Neste tipo de ponta, que
é adaptado no mangote do ca-
beçote móvel, não há atrito. A
ponta de aço pròpriamente
dita, temperada e retificada,
gira com a peça (fig. 4).
É montada dentro de
uma bainha, cuja parte poste-
rior é em cone Morse, para se
adaptar no furo do mangote. -a. ,
Entre a bainha e a haste da
ponta rotativa se instalam três rolamentos, um dos quais de encosto. Assim, a ponta gira
suavemente e suporta bem esforsos radiais e axias ou longitudinais.

QUESTIONARIO
1) Que são a ponta e a contraponta? Para que servem?
2) Indique quais as providências para a montagem e desmontagem das
pontas.
3) Explique o que é a contraponta rebaixada. Quando é usada esta
contraponta?
4) Explique qual a influência do calor de atrito. Que é a ponta ro-
tativa?
PRINCIPAIS DEFEITOS APRESENTADOS NA FBLHA DE
RETIFICADOR RETIFICAÇÃO E SUAS CAUSAS 9.3
TECNOLÓGICA
INFORMAÇÃO
1

Os principais de£eitos apresentados durante os diferentes processos de retificação se-


rão apresentados com suas causas. A identi£icação das causas permitirá ao retificador a
possibilidade de resolver suas dificuldades.

1. RETIFICASAO CILfNDRICA ENTRE PONTAS.

DEFEITOS

1.1 QUEIMADURAS E FENDAS


CAUSAS

- Baixa rotação da peça


-1
- Velocidade de translação muito .forte
- Passada muito profunda
- Ataque muito brusco do rebolo
I
- Escorregamento ("patinar") das cor-
reias
- Má movimentação da peça
I
- Má reti£icação do rebolo
-Rebolo muito duro, lustroso ou em-
pastado I
- Rebolo de grana muito fina
-Refrigeração insuficiente ou mal di-
rigida
- Líquido de refrigeração de composi-
ção mal dosada
.
I . 2 CONICIDADE DAS PEÇM - Má posição da mesa
- Rebolo muito mole

1 . 3 ESPIRAS - Má posição das lunetas


- Má fixação da peça
- Mau alinhamento das pontas
- Excesso de lubrificação nas guias da
mesa
- Jogo excessivo ou desgastes anormais
da máquina
- Má diamantagem do rebolo

1.4 ESTRIAS - Má relação de velocidades


peça-rebolo
- Má diamantagem de rebolo:
-diamante muito pontudo ou em
mau estado
- retificação do rebolo muito gros-
seira
- Rebolo muito duro
PRINCIPAIS DEFEITOS APRESENTADOS NA FÔLHA DIE
RETIFICADOR
RETIFICAÇÃO E SUAS CAUSAS INFORMAÇÁO 9.4
TECNOLÓGICA

DEFEITOS CAUSAS

-Jogo na árvore porta-rebolo


- Flutuamento da mesa
- Má diamantagem do rebolo:
1 . 5 IRREGULARIDADES DAS
DXMENSõES DAS PEÇAS - diamante muito mole ou muito pe-
queno;
- porta-diamante mal fixado;
- refrigeração insuficiente

I . 6 EACETM PR6XIMAS COM - Má fixação da peça


a m o s ( r n T M ) VIVOS
- Profundidade excessiva do passo
- Velocidade excessiva do rebôlo
- Vibrações da máquina
- Rebolo desequilibrado
- Rebolo muito duro
-Rebolo de grana muito fina

1 -7 FAÇETM COM CANTQS - Má movimentação da peça


- Má movimentação do rebôlo
- Jogo na árvore porta-rebolo
- Rebolo desequilibrado

1.8 FAGETAS EM E@.LLCE -Arvore porta-rebolo em mau estado


- Falta de simetria dos rasgos de lubri-
ficação nos mancais da árvore
- Rebolo desiquilibrado
- Arrendodamento falso do rebôlo
-Face de trabalho do rebôlo em mau
estado
- Líquido de refigeração sujo

- Má posição do centro da peça

1.9 DEFORMAÇÃO DAS PECAS - Mau alinhamento das pontas da má-


quina

I
1
, .4.:l FOLHA DE
PRINCIPAIS DEFEITOS APRESENTADO3 NA
RETIFICADOR ''.
RETIFICAÇÃO E SUAS CAUSAS INFORMAÇÁO
TECNOLÓGICA
9.5
I

DEFEITOS CAUSAS
-
- Fixação defeituosa entre pontas

1.10 FALTA DE CONCENTRICI- - Má posição das lunetas


DADE EM DIFERENTES PAR- - Pontas mal montadas
TES NA MESMA PEGA I
- h a u alinhamento dos centros da peça
- Deformações na estrutura da máquina

- Centros das peças mal feitos ou dife-


rentes
- Mau alinhamento dos centros
-Excesso ou falta de jogo entre pontas
1-11 OVALIZASAO DAS PEÇAS e peças
- Ângulos diferentes das pontas
- Pontas da máquina em mau estado
- Movimentação defeituosa da peça
- Refrigeração intermitente

1.12 P E P S CONCAVAS (EM CASO - Má posição das lunetas


DE PEÇAS LONGAS)
- Profundidade excessiva do passo

i.13 PEÇM CONVEXAS (EM CASO - Falta de lunetas


DE PEGAS LONGAS)
-Rebolo muito duro

1.i4 PIQUE3 E ABRPINCAhãmTuS - Movimento irregular da mesa


DE MATERIAL
- Excentricidade da árvore porta-rebolo
- Má diamantagem (vibração do dia-
man te)
-Rebolo muito mole
- Líquido de refrigeração sujo

--
--

1
PRINCIPAIS DEFEITOS APRESENTADOS NA F8LHA DE
RETIFICADOR RETIFICAÇÃO E SUAS CAUSAS INFORMAÇHO
TECNOLÓGICA 9.6

1. RETIFICAGÃO INTERNA

DEFEITOS CAUSAS
1.1 QUEIMADURAS E FENDAS - Velocidade excessiva do rebolo
- Velocidade muito fraca da peça
- Passada muito forte
- Ataque muito brusco do rebôlo
-Velocidade de translação muito forte
- Falta de potência do motor
- Escorregamento ("patinar") das cor-
reias
- Má retificação do rebôlo
- Rebolo muito duro ou lustroso
- Rebolo de grana muito fina
- Refrigeração insuficiente ou mal di-
rigida
- Líquido de refrigeração de composi-
ção mal dosada

- Má posição da mesa
- Mau paralelismo dos (eixos, peças e
1 . 2 CONICIDADE rebôlo
- Arvore porta-rebolo muito longa
- Rebolo muito mole

I.3 FACETAS
- Velocidade excessiva do rebolo
- Movimentação defeituosa da peça
- Má movimentação do rebôlo
- Jogo na árvore porta-rebolo
- Arvore porta-rebolo muito fraca
- Vibrações da máquina
- Rebolo desequilibrado
- Rebolo muito duro
- Rebolo de grana muito fina

1.4 pE(;RS ABAULADAS I


- Arvore porta-rebolo muito longa (falta
W J T M D A E $AfDa4) de rigidez)
- Curso muito longo do rebolo
- Rebolo muito duro

I
I

' I
I

88
EIXO CÔNICO COM EXTREMIDADE 1/1
RETIFICADOR CILÍNDRICA ESCALONADA
TAREFA 10

-2

-
A
j8$1
k - 2 - <$ -
m , +I
O
" !!
\

d' " .a
'8. '
II 4
C i
O
b
rn

r 10 - 1 92?~2 8 - 23 - . 23 -

- 160
Escala 1 : 1

F E R R A M E N T A S : Rebôlo reto plano de 12" x 1" 1 G",


arrastador de 3/4", paquinzetro,
nzicrômetro externo de O a 25 m m , micrômetro externo de 25 a 50 m m .

M A T E R I A L : Aço 0,18 a OJ30 Oj7, C - O 1 3/4" X 170 m m .

ORDEM DE EXECUGÃO

1. Monte o rebôlo reto plano (retifique se necessário).


2. Fixe o arrastador na peça.
3. Lubrifique os furos de centro.
4. Fixe o contra-cabeçote, observando o comprimento da peça.
5. Coloque a peça entre pontas.
6. Situe o rebôlo para retificar no diâmetro de 18 mm e limite o
curso da mesa.
7. Selecione a velocidade (r.p.m.) para a peça.
8. Retifique com movimento manual (use refrigerante adequado).
9. Afaste o rebolo, posicione para retificar no diâmetro de 30 mm
e limite o curso.
10. Retifique com movimento manual (use refrigerante adequado).
11. Retifique no diâmetro de 40 mm, repetindo as fases necessárias.
12. Incline a mesa no ângulo de 5O, para retificar o cone.
13. Situe o rebôlo e limite o curso de mesa.
14. Retifique o cone no comprimento de 92 mm com movimento
automático (utilize refrigeração adequada).

99
FOLHA DE
RETIFICADOR ESPECIFICAÇÕES COMERCIAIS DOS REBOLOS' INFORMACÁO ' 10.1
TECNOLÓGICA

Os rebolos são especificados comercialmente pelas formas, medidas e constituição da massa.

ESl'EC; I FICXÇõES DE FORMAS E MEDIDAS

A figura 1 apresenta o esquema do rebôlo


de forma usual. As figuras 2 a 6 mostram al-
guns de formas especiais, usados em geral para
trabalhos de retificação e afiação.
I

- . :

4D
h-.?

"

.- -

.L.

-z.-..
; ..,
:6;1
JG.:
....
.:+r -=. -

Ataque
Fig. 4 Fig. 5 Fig. 6

Fig. 1 Rêbolo plano o u de disco - Dimen-


- menor X Altura X Diâmetro do
sões: Diâmetro X Espessura X Diâ- furo X Espessuras de paredes.
metro do furo. Fig. 5. - Rebôlo de prato - Dimensões: Diâ-
Fig. 2 - Rebôlo plano rebaixado - Dimen- metro maior; X Diâmetro menor X
sões: Diâmetro X Altura X Diâ- X Altura X Diâmetro do furo X Es-
metro do furo X Diâmetro do re- pessuras de paredes.
baixo X Espessuras de paredes. Fig. 6 - Rebôlo cilindrico - (Em forma de
Fig. 3 - Rebôlo de copo, cilindrico - Di- anel) - Dimensões: Diâmetro ex-
mensões: Diâmetro X Altura X terno X Diâmetro interno X Al-
X Diâmetro do furo X Espessuras tura.
de paredes. As setas mais fortes mostram, nas diver-
Fig. 4 - Rebolo de-copo, cônico - Dimen- sas figuras, as faces esmerilhadoras de cada
sões: Diâmetro maior X Diâmetro tipo de rebôlo apresentado.

ESPECIFICAEÕES DA CONSTITUISÃO DO REBOLO

Os fabricantes de rebolos adotam um Se for encontrada, por exeiiiplo, a mar-


código universal, constituído por letras e nú- cação 38A80-K5VBE, típica da "The Norton
meros, para indicar a constituição da massa. Co.", isso indica o mesmo rebôlo anterior-
Os elementos dessa codificação definem: tipo mente especificado, com as seguintes particu-
de abrasivo (por uma letra); granulação (por laridades: o abrasivo A (aluminoso) tem um
uin número); grau (por uma letra); estrutura número 38 e o aglomerante V (vitrificado) é
(por um número); aglornerante (por uma le- de símbolo BE, representando ambos (n.0 38
tra). e símbolo BE) tipos especiais fabricados pela
Por exemplo, o rebolo que, no disco de "The Norton Co.".
papel, traz a marcação A80-K5V tem abrasi- Outro exemplo: Rebolo GA46-H6V10
vo aluminoso (A) de granulação 80, resistência da "The Carborundum Co.". A letra G é um
do aglomerante de grau K, estrutura ou espa- prefixo particular do fabricante, assim como
çamento 5, sendo o seu aglomerante vitrifica- o número 10 final.
do (V):

DESIGNASÃO DQS ABRASIVOS


Letra A para os abrasivos aluminosos. D para os abrasivos de diamante, usados em
Letra C para os carbonetos de silício. Letra casos especiais.
FOLHA DE
RETIFICADOR ESPECIFICAÇõES COMERCIAIS DOS REBOLOS INFORMACHO
TECNOLÓGICA 1

DESIGNAÇAQ llz-l (;RANULACÃO

Conforme o quaclro que se segue:

MUITO G R )SSA
~ GROSSA MÉDIA FINA EXTRA-FINA pb

8 12 30 70 150 280
1O 14 36 8O 180 320
16 46 90 220 400
20 60 1O0 240 500
24 120 600
i

DESIGNAGÃO 1 1 0 C;K,%U
As letras indicativas cla resistência ou dureza do aglomerante seguem a ordem alfa-
bética, à medida do aumento da dureza:
-
EXTRA-MACIO MACIO MÉDIO DURO EXTRA-DURO

A-B-C-D-E-F-G H-I-J-K L-M-N-O P-Q-R-S T-U-W-Z

IIESIGNAGÃO 11.1 ES'TRUTUR.-\


A estrutura não 6 iiiais do que o espa<;ainentoentre os grãos abrasivos. Classifica-se
a estrutura seguindo o quadro seguinte:

ESPAÇAMENTO CERRADO ESPAÇAMENTO MÉDIO ESPAÇAMENTO ABERTO

0-1-2-3 4-5-6 7-8-9-10-11-12

i)iisrc.x 4c.xo i10 XC;LOXIEK.\N*I-E


Conforme o quadro abaixo:

VISRIFICADO SILICIOSO RESINbIDE BORRACHA GOMA-LACA

Letra V Letra S Letra B Letra R Letra E

1) Como são especificados os rebolos de um modo geral, no comércio?


2) Dê os nomes de seis tipos de rebolos.
3) Como se especifica a constituição de um rebolo?
4) Interprete as especificações: 1.O) C36-04B 2.O) A46-L4S 3.O) C90-L8V.
I REGRAS GERAIS DA "NORTON COMPANY"
PARA A ESCOLHA DE REBOLOS
I
FaLHA DE
IUFORMAFAO
TECNOLÓGICA
1 1 10.9

1 - FA'raRES QUE AFETAM A ESCOLHA DO ABRASIVO


Propriedades Físicas do Material a Esmerilhar

Use rebolos Alundum (de óxido de silício) para materiais de baixa resistência à
alumínio) para materiais de alta resistência à tração, tais como: ferro fundido cinzento,
tração, tais como: aço carbono, aço liga, aço ferro fundido em coquilhas, latão, bronze ma-
rápido, ferro maleável recozido, ferro batido, cio, alumínio, cobre, ligas muito duras, car-
bronzes tenazes. bonêtos cementados e materiais não metáli-
Use rebolos Crystolon (de carbureto de cos (mármore, pedras, borracha, couro).

2 - FATORES QUE AFETAM A ESCOLHA DA GRANULAÇÃO

A) volume do material a remouer C) Propriedades físicas. do material a esme-


Rebolo tosco para corte rápido (exceto em rilhar
materiais muito duros). C1) Granulagem graúda para materiais
macios e dúteis.
B) Acabamento desejado
Granulagem fina para acabamento supe- C2) Granulagem fina para materiais du-
rior. ros e frágeis.

3 - FATORES QUE AEE'TAM A ESCOLHA DO GRAU

A) Propriedades físicas do material a esme- peqa com relação à velocidade do re-


rilhar bolo, tanto mais duro o grau.
Al) Rebolos duros para materiais macios. C2) Quanto mais alta a velocidade do re-
bolo com relação à velocidade da pe-
A2) Rebolos macios para materiais duros. ça, tanto mais macio o grau.
B) Area de contato D ) ~ i t a d ode conseruaçáo da retif icadora
Quanto menor a área de contato, tanto A existência de vibração e de peças
mais duro o rebôlo. principais gastas, na máquina, exige geral-
mente um rebôlo mais duro do que aquêle
C) Velocidade do rebôlo e velocidade da peça que trabalharia bem em máquina apresen-
C1) Quanto mais alta a velocidade da tando bom estado de conservação.

4 - FATORES QUE AFETAM A ESCOLHA DA ESTRUTURA

A estrutura (espaçamento dos grãos) A2) Materiais duros, quebradiços exigem


diz respeito ao número de fios cortantes por um rebolo com espaçamento cerrado
unidade de área da face do rebôlo, assim co- dos grãos de abrasivo (exceto os car-
mo ao número e tamanho dos vãos entre os
bonêtos cementados).
grãos de abrasivo.
B) Acabamento desejado
A) Propriedades fz'sicas do material a esme-
rilhar Acabamento fino exige o emprêgo de
Al) Materiais macios, mas tenazes e dú- rebolos com espaçamento mais cerrado das
teis, exigem um com espap- partículas de abrasivo do que O necessário
mento folgado dos grãos de abrasivo. para os acabamentos médio e tosco.
RETIFICADOR
I REGRAS GERAIS DA "NORTON COMPANY"
PARA A ESCOLHA DE REBOLOS I F6LHA DE
iNFORMA~A0
TECNOLÓGICA
1 10.4

C) Natureza do trabalho sem centros (centerless), a£iação de


ferramentas e fresas são geralmente
C1) Desbaste e outros trabalhos com apli- mais bem executadas com rebolos de
cação variável de pressão exigem es- espaçamento médio dos grãos.
paçamento folgado dos grãos.
C4) Pressões excessivas, com tendência a
C2) Esmerilhação de supedícies requer destruir a forma de rebolos perfila-
espaçamento largo. dos, exigem rebolos com espaçamento
C3) Retificação cilíndrica, esmerilhação cerrado dos grãos.

A liga de uso mais generalizado é a do B2) Rebolos resinóides, de goma laca e


tipo vitrificado. Contudo, em alguns casos, de borracha, são os melhores para ve-
exigências do hncionamento e execução tor- locidades acima de 1.980 metros por
nam vantajosa ou imperativa a escolha de minuto.
outros tipos.
C) Acabamento desejado
A) Dimensões do rebolo
Rebolos resinóides, de borracha ou de
Al) Rebolos delgados para corte, e outros
sujeitos a £lexão, exigem ligas resi- goma laca, são geralmente os melhores para
nóides, de goma laca ou de borracha. o acabamento espelhado.
A2) Rebolos sólidos de diâmetros muito OBSERVAÇÃO:
grandes requerem
" _ -
liga siliciosa.
Ressalva a publicação da "Norton Com-
B) Velocidades de funcionamento pany" - da qual foi feito o presente extrato
B1) Rebolos vitrif icados são geralmente - que as regras e circunstâncias citadas são
os melhores para as velocidades abai- um tanto flexíveis e que há exceções em al-
xo de 1.980 metros por minuto. guns casos.

NORMAS A OBSERVAR NA ENCOMENDA DO REB~LO

DESIGNAÇ~O ( segundo NORTON 1 [ESCOLHA DAS ESPECIFICACOES


. -

BUCHA CILf NDRICA COM TAREFA 11 1/1


RETIFICADOR REBAIXOS EXTERNOS

Escala 1 : 1
FERRAMENTAS: Rebôlo tipo prato de 6" X 1/2'! X 1 1/4", rebôlo reto plano de 12" X
X 2" X (I i/,", rdbôlo reto plano de 1 i/4" X 3/4" x paquimetro, micrômetro
externo de 75 a 100 m m , micrômetro interno de 50 a 75 mm.
M A T E R I A L : Aço 0,18 a O,3O %C - O 3 X 68 mm.

ORDEM DE EXECUÇÃO

1. Monte na mesa o cabeçote com placa uni- 9. Faça o contato do rebolo com a peça,
versal. colocando o anel graduado n a posição
"zero".
2. Monte o rebôlo tipo prato (retifique-o
se necessário). 10. Proceda à retificação até o diâmetro de
84 mm com movimento manual.
3. Fixe a peça na placa universal.
11. Gire o cabeçote porta-rebolo a 180° e
4. Selecione a velocidade de corte (r.p.m.) limpe o furo de alojamento do, mandril.
para a peça (observe o sentido de rotação 12. Selecione o mandril e o rebôlo; -e monte
em relação ao rebôlo). no cabeçote .
5. Faça leve contato entre o rebolo e a face 13. Situe o rebolo no furo da peça. e limite
da peça e coloque o anel graduado na o curso longitudinal.
posição "zero".
14. Selecione a velocidade de corte (r.p.m.)
6. Proceda à retificação da face até o com- para a peça e observe o sentido de rota-
primento de 34 mm com movimento ma- ção em relação ao rebolo.
nual, (utilize refrigeração adequada). 15. Faça leve contato entre o rebôlo e a peça
colocando o anel graduado na posição
7. Substitua o rebôlo tipo prato por rebôlo "zero".
reto plano.
16. Proceda à retificação com passadas leves
8. Situe o rebôlo e limite o curso longitu- até atingir o diâmetro de 56mm com
dinal da mesa. movimento automático.
I
FOLHA DE
RETIFICADOR PLACA UNIVERSAL DE TRÊS CASTANHAS INFORMACÁO 11 1
. TECNOLÓGICA

A Placa Universal é um dos acessórios porque, apenas pelo giro de uma chave ajus-
da Retificadora que serve para a fixação de tada no furo lateral (fig. l), movimentam-se
peças a serem Retificadas. O tipo mais co- as garras ou castanhas, AO MESMO TEMPO, num
mum, de três castanhas, é utilizado sobretudo fechamento concêntrico, até produzirem enér-
para peças cilíndricas ou hexagonais. A placa gico apêrto da peça.
universal permite centragem rápida da peqa,

CONSTITVTCXOE FUNCIONAMENTO DA PLACA UNIVERSAL


O corpo da placa, em duas partes, é de
ferro fundido ou de aço. Apresenta um orifí-
cio no centro e três ranhuras radiais (segun-
do ângulos de 120°) nas quais se encaixam
as três castanhas ou garras que produzem o
apCiito da peqa (fig. 1).
No interior da placa está encaixado um
prato circular, em cuja parte anterior existe
uma ranhura, de seçáo quadrada, em espiral,
formando uma rôsca plana. Nesta se adaptam
os dentes das bases das castanhas. Na parte
posterior do prato há uma coroa cônica cir-
cular, na qual se engrenam três pinhões cô-
nicos, cujo giro é dado pela chave da fig. 1.
O exame das figs. 1, 2 e 3 permite clara com-
preensão dos movimentos para apêrto e de-
sapêrto da peça. Estes correspondem à apro-
ximação ou ao afastamento simultâneo das
três castanhas, em relação ao Centro da placa- Fig. 1 - Placa universal, chave e jôgo d e castanhas.
O giro da chave determina a rotação
do pinhão cônico que, engrenado na coroa
cônka, produz o &o do prato. Como a r a - , . ..
L

nhura da parte anterior do prato é em


espiral, os dentes inferiores de cada cas-
tanha são obrigados a deslizar nessa ra-
nhura, aproximando-se GRADUAL E SI-
MULTÂNEAMENTE do centro da placa.
Na operação de desapêrto, dá-se giro em
sentido contrário, e as castanhas se afas-
tam. F1
A placa universal é fixada na ár-
vore da Retificadora, por meio da rosca,
na parte posterior do seu furo central,
tendo um encosto que se põe em con-
tato, no apêrto, com um flange da ár-
vore (fig. 2).
Para que a centragem se faça si-
multâneamente, durante o giro do prato,
é necessário que os dentes inferiores das
castanhas tenham posições diferentes, em Fig. 2
cada uma.

Fig. 3

-1

107
FGLHA DE
RETIFICADOR PLACA UNIVERSAL DE TRÊS CASTANHAS INFORMAÇAO 11.2
TECNOL6GICA

COLOCAÇÃO DAS CASTANHAS


Cada castanha sòmente pode ser en- 3) desloque o prato em sentido inverso, o
caixada na ranhura própria. Assim, as três bastante para que o início da rosca plana
castanhas têm os números 1, 2 e 3, correspon- desapareça (fig. 5);
dentes aos dos rasgos respectivos.
4) encaixe a castanha n.O 1, até que ela en-
Regras para a colocação das castanhas: coste na rosca plana;
1) limpe cuidadosamente as castanhas e os 5) gire o prato no sentido da seta (fig. 4) para
rasgos; que a castanha n.O 1 se engrene na rosca
2) gire o prato até que o início da rosca apa- plana. Encaixe, a seguir, as castanhas n.O
reça no fundo da ranhura n.O 1 (fig. 4); 2 e n.O 3, procedendo da mesma forma.

Fig. 5 Fig. 4

CASTANHAS
Cada placa é normalmente equipada * diâmetros externos pode pegar peças pelo
com dois jogos de três castanhas, todas elas lado interno com £uros de diversos diâmetros.
de aço duro temperado, e rigorosamente aca; As castanhas, para grandes diâmetros exter-
badas. Um jogo serve para apertar peças de nos, podem prender as peças em qualquer
maiores diâmetros e outro para peças de me- um dos degraus, de acordo com a peça a ser
nores diâmetros (fig. 1). Além disso, sendo as torneada.
castanhas em degraus, o jogo para pequenos

1) Para que serve a placa universal? Por que produz centragem rápida?
2) Para quais peças é mais adequado o uso da placa universal?
3) Explique as regras para colocaçáo das castanhas.
4) Explique resumidamente a constituição e o funcionamento da placa.
5) De que material são as castanhas e quais são as suas características?
6) Para que servem os dois jogos de castanhas?
VELOCIDADE DE TRABALHO NA R E T I F I C A P O FaLHA DE
R f f [FICADOR CILÍNDRICA E CONICA. INFORMACÃO
TECNOLÓGICA
11.3
REFRIGERAÇÃO E LUBRIFIWÇÃO
I

Nos trabalhos de retificação há que Na prática, em geral, se adotam V = 25


considerar a velocidade do rebolo, a veloci- a 33 metros por segundo para rebolos de
dade da peça e o avanço transversal. Obtém- aglomerante vitrificado ou silicioso e V =
se o máximo rendimento quando simultânea- = 33 a 60 metros por segundo para rebo-
mente são adotadas e contraladas estas velo- 10s resinóides ou de borracha.
cidades, de acordo com tabelas e recomenda-
ções dos fabricantes de rebolos. Além disso, 2) A velocidade de rotação do rebôlo, adotada
é importante ressaltar que o desgaste do re- na prática da oficina, é o número de ro-
bolo será maior ou menor conforme a relação tações do rebolo no tempo de 1 minuto
entre a velocidade da peça e a velocidade do (r.p.m.).
rebolo.
Belaridada de Bebâlo Relação entre a velocidade periférica e a
velocidade de rotação do Rebôlo
A velocidade de rotação do rebolo é de
grande importância: Sendo D (em mm) o diâmetro do re-
bolo e N o número de r.p.m. tem-se, em um
1.O) Se for adotada velocidade muito baixa,
só giro do rebolo, o percurso linear: XD =
há desperdício de abrasivo e o trabalho
produz pouco rendimento. 3,14 X D
= 3,14 X D mm = 1 O00 metros.
2.O) Se for empregada velocidade muito alta,
há aumento de força centrífuga e, como Em N vol~asdo rebolo, no tempo de
conseqüência, a possibilidade de quebra 1 minuto, resulta a velocidade em metros por
do rebôlo. 3,14 X D X N
minuto: metros por minuto.
É DE TODO INTERÊSSE EMPREGAR SEM- 1 O00
PRE A VELOCIDADE INDICADA PELO FABRICANTE, Finalmente, dividindo por 60 tem-se a
PARA CADA TIPO DE REBOLO. Por suas expe-
velocidade periférica:
riências no estabelecimento de granulação,
grau e estrutura adequados, é o fabricante do 3,14 X D X N
rebolo quem mais está apto para especificar v= 1 O00 X 60
m/seg (metros por se-
os rebolos corretos para os diversos trabalhos. gundo).
A VELOCIDADE DO REBOLO DEPENDE Desta fórmula se tira N em f u n ~ ã ode
PRINCIPALMENTE DO TIPO DE AGLOMERANTE. V e de D:
Devem-se distinguir, para o rebolo, N=
1 O00 X 60 X V
= 19.100 -
v
duas espécies de velocidade. 3,14 X D D
1) A velocidade periférica ou velocidade tan- E X E ~ ~ ~ o :
gencial, adotada pelas experiências e que
se exprime em metros por segundo: é o Sendo V = 25 m/seg e D = 350mm
perpercurso, em metros, de um ponto P (diâmetro do rebôlo) obtém-se a rotação a dar
da periferia do rebolo, durante o tempo 25
de um segundo (ver figura). Designa-se -
ao rebolo: N = 19.100 X 350 =
pela letra V.
- 19.100 X 25 = 1 364 r.p.m.
350

OBSERVAÇÃO:
Para que um rebolo mantenha a sua
velocidade periférica (V metros por segundo),
à medida que, pelo desgaste, se dá diminuic$io
do seu diâmetro, deve-se aumentar as suas
"r.p.m.". É o que se conclui pelo exame da
fórmula da velocidade periférica.
VELOCIDADE DE TRABALHO NA RETIFICAÇÃO F ~ L H ADE
RETIFICADOR CILÍNDRICA E CBNICA. INFORMACAO 11-4
REFRIGERAÇÃO E LUBRIFICAÇÃO TEcNoLÓGICA 1
J~SOCIDL4,-S DO REBOT n EM CADA TIPO DE OPERAG,

São recomendadas as seguintes: 3) Na retificação interna - 10 a 30 metros


por segundo.
1) Na afiação de ferramentas - 23 a 30 me-
tros por segundo. 4) Na retificação de superfícies - 20 a 30 me-
tros por segundo.
2) Na retificação cilíndrica - 28 a 33 metros
por segundo.

Tanto a velocidade periférica como a A prática aconselha observar uma rela-


velocidade de rotação têm as mesmas defini- ção entre a velocidade da peça e a velocidade
ções dadas para as velocidades do rebôlo e do rebolo, para diminuir o desgaste dêste
calculam-se pelas mesmas fórmulas, conside- último. De um modo geral, entretanto, po-
rando-se o giro de um ponto P qualquer da dem ser adotados os valores seguintes para
periferia da peça (ver figura). velocidade da peça.
,

VELOCIDADES PEBIF$RICAS DA PECA EY METROS POR SEGUNDO


DESBASTE ACABAMENTO RETIFICAÇXO INTERNA
AÇ0 0.15 a 0.20 m/seg 0.20 a 0.25 m,/aeg 0.30 a 0.40 m/seg
Aço temperado
Aço l i g a
Ferro fundido
~ a t ã oe bronze
~ l u d noi

É a velocidade com que o rebôlo se milímetros por volta da peça. Empregam-se


desloca lateralmente, ao longo da peça. Deve os avanços maiores para a operação de desbas-
ficar êste avanço entre os limites de 25 % a te e os avanços menores para o acabamento.
75 % da espessura do rebolo, medidos em

O E LUBRIFICAC

É aconselhável que se mantenha um mantém o rebôlo limpo e concorre para di-


jato de fluido de corte sobre a parte da peça minuir a aderência dos cavacos do material.
em contato com o rebôlo em movimento. A lubrificação diminui o atrito, evita
A refrigeração evita que o calor resul- a incrustração de cavacos e concorre para me-
tante do atrito possa deformar a peça. Nos lhorar o acabamento da superfície.
casos de peças já temperadas, o calor pode ser Em cada caso, deve ser empregado o
tal que concorra para alterar os efeitos da fluido de corte segundo as indicações da ta-
têmpera. Além disso, o jato de rehigerante bela (veja Ref. FIT 69).

1) Defina as velocidades periférica e de rotação do rebôlo e dê a


fórmula.
2) Que é a velociclade de avanço transversal? Quais os seus valores
usuais?
3) Em que influi a relação entre as velocidades do rebolo e da peça?
4) Para que servem a refi-igeração e a lubrificação?
I I
- RETIFICADOR
I hC-,i-
AS MAQUINAS DE RETIFICAR FOLHA DE
IN FORMAÇAO
INTERNAMENTE TECNOLÓGICA
1

As máquinas de retificar as supedícies


internas, chamadas, às vêzes, de retificadoras
de furos calibradores, são comparáveis a um
torno equipado exclusivamente para trabalhar
peças prêsas num mandril. (fig. 1)

A geratriz ativa ou cortante do rebolo


confunde-se, no fim da operação, com a gera-
triz da superfície a obter.

São utilizadas: para os furos, a super- Fig. 1 - Retificadora interna


fície cilíndrica do rebolo, e para as áreas pla-
nas de extremidade, uma das duas superfícies
planas do rebôlo.
Trajetória de ataque do rebolo.
Os movimentos de penetração são efetua-
dos por passes sucessivos, depois de cada trans-
lação de avanço do rebôlo.
O trabalho por ataque direto é rara-
-mente possível por causa do risco de flexão
das árvores porta-rebolo.

S - FWNGlaNAMENTO NORMAL
(F*. 11)
A - Para retificar furos.
O dispositivo porta-peça é fixado no Fig. 2 - Retificadora de revolução interna
suporte da máquina. O porta-peça é orientá- contrkio, haveria um balanço exagerado da
vel, a fim de permitir a realização de furos peça que impediria a usinagem.
cônicos. O comando de rotação (Mc) da peça
é frequentemente obtido por meio de motor C - Para retificar superfícies planas
elétrico autonomo. (em extremidade de eixo).
O dispositivo porta-ferramenta ou por- Pode-se agir com o rebolo como foi
ta-rebolo recebe três movimentos que se apli- dito acima ou ainda orientando-se o porta-
cam ao rebôlo: peça perpendicularmente aÕ eixo do porta-
1.O - Rotação (M'c); rebôlo. Procede-se sempre por meio de passes
2 . O - Translação longitudinal alter- sucessivos.
nativo (Ma), cujo comprimento iguala apro-
ximadamente o comprimento a furar: 4 - MONTAGEM DA PEGA E SR
3.O - Translação transversal (Mp). @R = superfkie de rderEneia$
Nas máquinas recentes êste movimento
de penetração é uniforme e independente do A peça é montada com castanhas de
movimento de vaivém (Ma). aço temperado ou doce ou por meio de um
mandril liso como num torno.
No fim do trabalho, o rebolo efetua
alguns vaivéns longitudinais (Ma), enquanto Posição - A centragem (SRI)e o esco-
o (Mp) é suprimido. ramento (SR2) são dados pelo porta-peça.
(Eixos do suporte e da peça confundidos).
B - Para retificar as superfícies exter-
nas de revolução. Arrastamento - É obtido por aderência
O rebolo age em "mergulho", ou por entre as castanhas apertadas do mandril ou,
meio do carro. excepcionalmente, por "bridagem" (I).
O comprimento da peça é limitado,
(1) Colocação de um dispositivo destinado a fixar
devendo L ser inferior ou igual a D. Em caso uma peça (N. T.).
AS MAQUINAS DE RETIFICAR F6LHA DE
RETIFICADOR
INTERNAMENTE INFORMAÇÃO 11-6
TECNOLÓGICA
I I I

i 5 - MONTAGEM DA FERRAMENTA-
REBOLO (figura 3)
4 - O recuo do rebôlo (Mp) de O, 1 mm que,
em seguida, sai do furo (Ma):
O rebolo é fixado na extremidade do
porta-rebolo.
Diâmetro dos rebolos - Escolher os
5 - A retificação do rebolo com o diamante;
6 - A volta automática do rebôlo à posição
I.
rebolos com um diâmetro máximo compatí- de trabalho e de funcionamento;
1 vel com o do furo a produzir: C) rebolo 0,75
do diâmetro do furo a retificar. Reduzir o
balanço ao mínimo.
A rapidez do trabalho aumenta com o
diâmetro do rebôlo e a precisão com o diâme-
tro da árvore porta-rebolo.
Os rebolos C) 2 30 têm um furo central
de 8 a 12 mm e são montados diretamente na
extremidade da árvore. Os rebolos de 4 < 30
são providos de uma haste de aço, em parte
incorporada na massa abrasiva e segura no
porta-rebolo por meio de uma pinça.

1I 6 - ARV.ORES PARA RETIFICASÃO


INTERNA
Não seria econômico utilizar a mesma
7
RETIFICAÇÃO com C O N T R O L E automático

- A colocação no lugar do calibre (acaba-


,

árvore para retificar os furos de qualquer


diâmetro ou comprimento, porque necessà- mento). Quando o calibre entra a cota
riamente teria ela um diâmetro pequeno e é atingida;
um balanço, em muitos casos, excessivo. Por
esta razão, existem árvores porta-rebolos amo- 8 - O recuo do rebôlo, que se afasta. Simul-
vi-cteis com diâmetro e comprimento apropria- tâneamente, os movimentos (Mc), (Ma),
dos, que comportam: uma parte fixa, mon- (Mp) cessam, assim como a lubrificação.
tada sem folga num,) suporte, e um eixo ro- A precisão obtida é da ordem de 3 p.
tativo ou árvore, pròpriamente dita.
A árvore gira com uma rotação de
5.000 a 30.000 r.p.m.

I 7 - A RETIFICAÇÃO COM CONTRQLE


AUTOMATICO DO DIAMETRO
RETIFICADO (fig. IV)
Depois da montagem da peça e de es-
tarem em funcionamento os movimentos de
rotação (Mc) e (M'c), o rebolo é posto em
contato com a peça.
A série de movimentos automáticos efe-
tuados compreende:
1 - O movimento de vaivém (Ma);
Fig. 3 - rí)iiores porta-rebolo para furos
2 - O movimento de penetração (Mp);
Retificação dos rebolos - O acabamen-
3 - A colocação no lugar do calibre de con- to da retificação é precedido por uma "reti-
trole (desgaste).
ficação" do rebôlo por meio de diamante. As

II Quando êste calibre entra, o desbaste


de retificação termina.
máquinas comportam, em geral, um disposi-
tivo para a retificação automática do rebolo.
FGLHA DE
RETIFICADOR BALANCEAMENTO DE REBOLOS INFORMACÃO 1 1-7
TECNOLÓGICA

Os rebolos em rotação são perigosos e,


por esta razão, deve-se tomar diversas precau-
ções a fim de garantir a segurança do operá-
rio que os utiliza. Citamos a seguir quatro
pontos fundamentais a observar.
1 - Montagem correta do rebolo sobre o
eixo de rotação;
2 - Bom balanço inicial, para impedir os
fenômenos vibratórios e as deformações;
3 - Retificações frequentes para restabelecer
o balanço e a forma;
4 - Existência de dispositivos de proteção
para o caso de rutura do rebôlo, consti-
tuídos por um cárter (ou protetor) des-
tinado a reter os fragmentos projetados.

Fig. I - Montagem de um reóôlo plano


1 - MONTAGEM DOS REBOLOS
A - Rebolos planos sôbre cubos-flan-
ges (fig. I)
a) Montagem sôbre o cubo (fig. I, 1 )
Examinar o rebôlo quanto a dimen-
sões, características, aparência e presença de
arruelas plásticas sôbre as faces. É necessário
que a folga do rebôlo sôbre o cubo seja
de 0,05 mm.
Pôr o rebôlo sôbre o cubo-flange prin-
cipal.
Colocar o flange superior.
Ligar os dois flanges, por apêrto dos
parafusos de fixação. (O travamento deve ser
progressivo, e efetuado mediante apêrtos su-
cessivos dos dois parafusos diametralmente Fig. I1 - Balanceamento dos rebolos
opostos) - Verificar se, entre os flanges e o
rebôlo o contato é regular.

I b) Montagem sôbre o eixo porta-rebolo (fig.


1, 2)
Fazer entrar o conjunto rebôlo e flan-
ge no cone da árvore porta-rebolo. Colocar a
2 - BALANCEAMENTO DO REB6LO
(fig. 11)

arruela de apoio e aparafusar a porca no sen- É indispensável que haja equilíbrio


tido da rosca. Travar sem exagêro. perfeito dos rebolos a fim de obter-se bom
trabalho e evitar as vibrações. Esta operação
é, em geral realizada em aparelhos para ba-
lanceamento estático.
Colocar o rebôlo sôbre as facas da má-
quina de balancear.
O desequilíbrio faz rodar o rebôlo, de
modo que a parte mais pesada fica para baixo
(fig. 11, 2).
I . I RETIFICADOR BALANCEAMENTO DE REBOLOS
FoLHA DE
INFoRMAcÃo
TECNOLÓGICA 7
11-8

Introduzir os dois massalotes de equili-


bração (contra-pêsos) na ranhura existente
para êste fim, e colocá-los horizontalmente
(fig. 11, 3).

Aproximá-los da mesma distância no


sentido das setas a fim de compensar o dese-
quilíbrio.

Fazer girar o conjunto de 90° e termi-


nar o balanceamento.

Fazer girar em seguida de 180° e veri-


ficar o balanceamento. Experimentar depois
em diversas posições. O rebolo, mesmo livre,
deve permanecer equilibrado em qualquer
posição, fato que demonstra haver sido alcan-
çado o equilíbrio do mesmo.

I
RETIFICADOR PARALELO DE PRECISA0 TAREFA 12 111

Cc-l
Corte A 0

Escala 1 : 1

F E R R A M E N T A S : Rebôlo reto plano de 7" x i/2" X 1 Nu, rebôlo tipo copo cônico de
4" X 2'' X 1 N/', paquimetro, micrômetro externo de O a 25 m m , nzicrômetro ex-
terno de 25 a 50 nzm, pedra de afiar de ~niio,grampo, cantoneira, esquadro de pre-
cisão .

M A T E R I A L : Aço 0,4 a 0,6 %C - ygr!x 2 l/qTr x 120 nzm

ORDEM DE EXECUÇÃO

1. Monte a placa magnética com régua de 7. Coloque a peça na cantoneira e fixe-a


referência, alinhando-a. (retifique-a se ne- com grampos.
cessário)
8. Retifique retirando a metade do excesso
2. Selecione, inspecione e monte o rebôlo com movimento automático.
reto %plano. 9. Vire a peça e proceda à retificação da
3. Verifique as medidas da peça de acordo face oposta, na dimensão indicada.
com a tabela; observe os excessos. 10. Retire a peça e remova as rebarbas com
pedra aloxite.
4. Retifique, retirando a metade do excesso
com movimento automático (utilize refri- 11. Monte o rebôlo tipo copo e fixe a morsa
geração adequada). universal na posição de trabalho.
5. Solte a peça, limpe-a, fixe-a pela superfí- 12. Prenda a peça em posição de retificar um
- cie retificada e retifique até a dimensão topo e retifique-o retirando metade do
indicada. excesso.
13. Vire a peça e retifique o outro topo até
6. Selecione a cantoneira adequada, fixe-a
a medida.
na placa encostando-a na régua de refe-
rência. 14. Retire a peça e remova as rebarbas.
RETIFICADOR.
NOÇõES GERAIS DOS TRATAMENTOS
TÉRMICOS DO AÇO
F6LHA DE
INFORMAÇÃO
TECNOL6GICA
12.1
1
I

É do conhecimento do homem, há se que, não sòmente as temperaturas, mas


muitos séculos, que o aquecimento e o res- também a velocidade' de uariação das tempe-
friamento do aço modificam suas proprieda- raturas, influem para dar ao a50 cerlas pro-
des. O estudo da estrutura interna do aço, priedades mecânicas.
por meio do microscópio, e as numerosas ex-
periências feitas para atender às exigências Todo processo no sentido de alterar a
industriais levaram à conclusão de que as estrutura do aço por meio de aquecimento e
mudanças íntimas na estrutura metálica obe- resfriamento é denominado tratamento tér-
decem a condições determinadas. Descobriu- mico.

FASES DO TRATAMENTO TXIRMICO

Todo tratamento térmico comporta 2) Manutenção numa temperatura determi-


três fases distintas: nada
1) Aquecimento 3) Resfriamento.

FINALIDADES DO TRATAMENTO TÉRMICO DOS AÇOS

Qualquer tratamento térmico do aço 2) seja para restabelecer no aço (cuja estru-
pode servir: trutura se alterou pelo trabalho de marte-
1) seja para dar-lhe propriedades particulares lagem ou de laminação, por exemplo, ou '
(tais como dureza ou maleabilidade, por por outro tratamento térmico) as proprie-
exemplo) que permitam seu emprêgo em dades que êle apresentava anteriormen-
condições mais favoráveis; te.

TIPOS DE TRATAMENTO TÉRMICO DOS AGOS

Há duas classes importantes de trata- 2.a) Os que modificam as características me-


mentos térmicos dos aços: cânicas e as propriedades do aço, por
1.a) Os que modificam as características me- processos termo-quimicos, isto é, aqueci-
cânicas e as propriedades do aço, por mento e resfriamento, com reações qui-
simples aquecimento e resfriamento, es-
micas. Tais processos apenas modificam
tendendo-se a tôda a massa do mesmo.
a estrutura e as características mecânicas
São:
de uma camada superficial do aço. São:
a) Têmpera
b) Revenimento a) Cementação
c) Recozimento b) Nitretação

CARACTERIZA5;ÃO GERAL DE CADA UM DOS TMTAMENTOS TÉRMICOS

Em poucas palavras, será explicado, a peratura, igual ou acima de um chamado


seguir, em que consiste cada tratamento tér- ponto de transformação do aço e, em seguida,
mico. resfriado bruscamente pela imersão na água,
no 6le0, ou por exposição a uma corrente de
ar, conforme o caso.
Efeitos principais da têmpera: endu-
É o tratamento térmico por meio do rece o aço, mas, ao mesmo tempo, o torna
qual um aço é aquecido até determinada tem- frágil.
-
. -..I

NOÇõES GERAIS DOS TRATAMENTOS FÔLHA DE


RETIFICADOR
TÉRMICOS DO AÇO
INFORMAÇÃO 12.2
TECNOLÓGICA
-
I

REVENIMENTO

É o tratamento térmico que consiste Efeitos principais do revenimento: dá


em reaquecer um aço já temperado, até uma ao aço dureza pouco inferior ci da têmpera,
certa temperatura bem abaixo do ponto de mas reduz gra-ndemente a fragilidade.
transformação, deixando-o depois resfriar-se
lenta ou bruscamente, conforme o caso.

REGOZIMENTO

É o tratamento térmico que se faz Efeitos principais de recozimento:


aquecendo um aço a uma temperatura igual abranda o Aço temperado (isto é, suprime a
ou 'maior que a de têmpera, deixando-o de- dureza da têmpera), recupera o Aço prejudi-
pois resfriar-se lentamente dentro de cinzas, cado pelo superaquecimento, melhora a es-
ou areia, ou cal viva. trutura intima dos aços fundidos, laminados
Particularmente, um recozimento cha- ou forjados e anula tensões internas.
I mado normalização se aplica aos aços depois
de fundidos, ou laminados, ou forjados.

Consiste em aquecer o aço, juntamente tando as peças e o material cementante den-


com um outro material sólido, líquido ou tro de caixas apropriadas. O resfriamento
gasoso, que seja rico e m Carbono, até tempe- deve ser lento. Depois da cementação, tem-
ratura acima do ponto de transformação. Esse pera-se o aço cementado.
aquecimento se faz durante várias horas, es-

É um processo semelhante à cemen- Efeitos principais da cementação e da


tação. O aquecimento do aço, porém, se faz nitretação: aumentam a porcentagem de car-
juntamente com um corpo gasoso denomi- bono em uma fina camada superficial do aço,
nado Azôto. Em geral, êste tratamento termo- sem modificar a estrutura do interior da peça,
químico é aplicado em aços especiais que que pode ser até aço doce. Desta forma, o aço
contêm certa porcentagem de A l u m i n i o para que foi cementado, ao ser temperado, tem
diminuir ou limitar a penetração do azoto na endurecida apenas a sua camada superficial,
massa do aço. enquanto a nitretação endurece também, sem
necessitar de têmpera.

QUESTIONARIO
1) Em poucas palavras, diga o que é cada um dos tratamentos térmicos.
2) Quais as finalidades do tratamento dos aços?
3) Quais são os tratamentos térmicos que sòmente alteram a camada superficial do aço?
4) Quais são os tratamentos térmicos que atingem toda a massa do aço?
5) Que é um tratamento térmico? Quais são as suas fases?
Escala 1 : 1

F E R R A M E N T A S : Rebôlo tipo prato de 6" x 1/2" x 1 g f f ,rebôlo reta plano de 12" x


X 1" X 1 gftJrebôlo reto plano de 1 1/4" X g f fX 3/sffJ paquirnetro transferidor.
M A T E R I A L : Aço 0,18 a 0,30 yo C - O3 i/2" X 73 rnrn

ORDEM DE EXECUÇÃO

1. Monte o cabeçote, com placa universal de 10. Faça o contato do rebôlo com a peça,
três castanhas. coloca~~do
o anel graduado na posição
2. Monte o rebolo tipo prato e retifique-o "zero".
se necessário. 11. Proceda à retificação do cone até atingir
3. Fixe e centre a peça na placa universal o diâmetro indicado.
pelo diâmetro de 68 mm. 12. Gire o cabeçote porta-rebolo a 180° e
4. Selecione a velocidade de corte (r.p.m.) limpe o furo do alojamento do mandril.
para a peça (observe o sentido de rotação
em relação ao rebôlo). 13. Incline o cabeçote a 5O.

5. Faça leve contato entre o rebolo e a face 14. Situe o rebôlo no furo da peça e limite
da peça e coloque o anel graduado na o curso longitudinal.
posição "zero".
15. Selecione a velocidade de corte (r.p.m.)
6. Proceda à retificação da face até o com- para a peça observando o sentido de ro-
primento de 40 mm com movimento ma- tação em relação ao rebôlo.
nual (utilize refrigeração adequada).
16. Faça leve contato entre o rebolo e a pe-
7. Substitua o rebôlo tipo prato por rebôlo ça e coloque o anel graduado na posição
reto plano retificando-o se necessário. "zero".
8. Incline o cabeçote no ângulo de 20°.
17. Proceda à retificação com passadas leves
9. Situe o rebôlo e limite o curso longitudi- até atingir o diâmetro de 48 mm com
nal da mesa. movimento automático.
FBLHA DE
RETIFICADOR FIXAÇAO DE PEÇAS NA RETIFICADORA INFORMAÇAO 13.2
TECNOL6GICA
I
I
I

2 ) PLACA MAGNgTICQ

I Por efeito magnético, permite a fixação


de grande variedade de peças na sua face su-
perior. É utilizada na fixação de trabalhos
leves, suprimindo totalmente as operações de
colocação ou mudança de acessórios de apêrto.
Existem placas de magnetismo permanente
(fig. 11) e placas de eletro-magnetismo, que 'WV.

funcionam com corrente elétrica contínua. Fig. 11

É um dos meios de fixação mais em-


pregados, sobretudo quando as peças não são
de grandes dimensões. A fig. 12 apresenta um
tipo usual de morsa, girante e de base gra-
duada.
São elementos indispensáveis no pro-
cesso de fixação da peça na morsa os acesssó- . I
rios das £igs. 13 a 16; calços paralelos (figs. 13
e 14) que são paralelepípedos de ferro fun-
dido ou de aço, destinados a dar assento con- I
veniente à peça, em determinada altura, en- Fig. I 2
tre as mandíbulas da morsa; cunhas de apêrto
(fig. 15) e cilindros de apêrto (fig. 16), peças
de aço que têm a função de permitir correta
adaptação da peça entre as mandíbulas da
morsa.
e 0Fig. 14
Fig. 16

EXEMPLOS DA FIXACÃO NA MORSA.


USO DE CALÇOS, CUNHAS E GIL1;NDROS

Antes de cada assentamento da peça, leve na peça, com macête, para conseguir
faz-se rigorosa limpeza das superfícies da peça bom assentamento. Por fim, dá-se apêrto I
1
e da morsa. Assenta-se a peça e os acessórios enérgico na morsa.
1
e dá-se ligeiro apêrto na morsa. Bate-se de

I
I
I
da
Af~lcii77nii1oi1lo face 1 Aplainamento da fnrv 7, $e~pendicular a 1

Aplainamento da lace 3, paralela a 2 Aplainarnettto da face 4 , paralela a I

122
-- -
RETIFICADOR PARALELO DE PRECISA0 COM TAREFA 14 111
FURO RETIFICADO

Escala 1 : 1

F E R R A M E N T A S : Rebôlo reto plano de 7" X 1/2" X 1 1/4", rebôlo reto plano de 1 1/4" X
X g" X 33", paquimetro, micrômetro externo de O a 25 m m , micrômetro de 50 a
75 m m , micrômetro interno d e 25 a 50 m m , comparador centesimal, grampo, can-
toneira, micrômetro 75 a 100 m m .

M A T E R I A L : Aço 0,4 a 0,6 Oj7, C - i/2" x 3" X 105 m m

ORDEM DE EXECUÇÃO

RETIFICAGÃO PLANA 8. Vire a peça, repita as fases de fixação, re-


tifique a superfície B .
1. Monte a placa magnética com a régua de
referência. 9. Vire a cantoneira, encoste-a na régua de
referência e retifique a superfície C.
2. Selecione, inspecione e monte o rebôlo
10. Repita a operação anterior e retifique a
reto plano.
superfície D.
3. Fixe a peça e retifique uma face.
RETIFICAGÃO CILÍNDRICA
4. Vire a peça e retifique a outra face.
1. Monte o cabeçote com placa de quatro
5. Selecione a cantoneira e fixe a peça com castanhas independentes.
grampos, superfície A para cima (use pa- 2. Fixe e centre o furo com o comparador
ralelo se necessário). centesimal.
6. Fixe a cantoneira na placa magnética (en- 3. Prepare o cabeçote porta-rebolo para re-
coste na régua de referência). tificação interna.
4. Proceda à retificação do diâmetro de
7. Retifique a superfície A. 48 mm.
FBLHA DE
RETIFICADOR NOÇÃO DE TOLERÂNCIA DE MEDIDAS INFORMAÇAO 14.1
TECNOL6GICA

Modernamente, na indústria mecânica, nhadas de algarismos adicionais precedidos


o técnico ou o operário encontra com fre- de um dos sinais "mais" ou "menos", ou de
qüência - nos desenhos ou nas ordens de ambos.
serviço - certas medidas das peças, acompa-
EXEMPLOS:
45 O!,:;$ 63 $20;; 200 I1 0:;:; 63 1O;::Q 450 +_:0,2;
Em tais casos se diz que qualquer des- cota nominal. Os números em algarismos me-
sas medidas fixa uma tolerância de fabricação nores precedidos de sinal, representam os
ou uma tolerância de usinagem. O número limites da tolerância admitidos para a usina-
principal, em algarismos maiores (nos exem- gem, em relação à cota nominal.
plos acima: 45, 63, 200, 63 e 450) indica a
Exemplo - A medida com tolerância 200 admite dois limites:
1.O) Superior: 200 + = 200,000 mm + 0,016 mm = 200,016 mm
2.O) Inferior: 200 -0~013 = 200,000 mm - 0,013 mm = 199,987 mm
de tal modo que a diferença entre os dois limites tem o valor:
200,016 mm - 199,987 = + 0,029 mm

POR Q I N ~ S T R I AMECÂNICA MODERNA ECESSITA


DA T O L E U N C I A NA FABRICACÃO
Por três motivos principais: isto é, peças por assim dizer idênticas,
com formas e medidas tão aproximadas
1.O) Máquinas, numerosos aparelhos, enfim entre si, que umas se substituem às ou-
conjuntos mecânicos os mais variados só tras sem que o conjunto mecânico, no
funcionam bem e se conservam por longo qual venham a ser montadas, sofra qual-
tempo quando suas peças se ajustam quer alteração no seu funcionamento.
bem, ou seja, quando têm entre si uma
folga ou um apêrto, controlados por me- 3.O) Uma medida exata, que seja rigorosa-
dições rigorosas. mente a cota nominal indicada no pro-
jeto ou no desenho, é difz'cil de se obter
2.O) Uma característica importante da indús- na prática, pelas seguintes causas, que
tria moderna é a produção de peças em produzem êrros inevitáveis:
séne, isto é, em grandes quantidades, a) Imperfeição dos materiais ou das ferra-
para que o custo do produto possa ser mentas;
o . menor possível. Como conseqüência b) Desgaste das ferramentas ou folgas nos
dessa necessidade econômica, surgiu, des- órgãos das máquinas;
de o início do século XX, êsse novo
C) Maior ou menor habilidade do operador
de produção. por tal sistema,
das as peças executadas mediante um que executa a peça;
projeto, um desenho ou uma ordem de d) Imperfeição dos métodos, instrumentos ou
serviço, se tornam peças intercambiáveis, aparelhos de verificação.

DEFINICÃO DA T O L E U N C I A
De um modo geral, segundo o estado 2) Usinadas, que são as trabalhadas por ferra-
exigido para as suas superfícies, as peças exg menta de corte, mas livres;
cutadas em mecânica são de um dos três gru- 3) Ajustadas, que são usinadas, mas devem
pos seguintes: ter contato com outras superfícies usina-
1) Brutas, isto é, não trabalhadas por uma das, com maior ou menor folga ou aperto.
ferramenta de corte;

- -
RE'iIFICADOR
I NOÇÃO DE TOLERÂNCIA DE MEDIDAS
I FBLHA DE
INFORMAÇÃO
TECNOLÓGICA I 14.2

A to2erância de fabricação só diz res- (figs. 3 e 4), por exemplo, uma bucha, um
peito ao grupo das ajustadas - Um jogo de encaixe prismático.
peças ajustadas compreende duas partes: 1)
A peça macho, que é a que se encaixa (figs. As figs. 5 e 6 apresentam dois conjun-
1 e 2), por exemplo, um eixo, um prisma; tos ou jogos de peças ajustadas: Fig. 5 - eixo
2) A peça fêmea, que é a que oferece encaixe e furo; Fig. 6 - prisma e encaixe.

a
Pim rim-

Fig. 3
Fig. 5
?@@OC .jus-8

- -
Fig. 6

'O ajuste entre duas peças pode ser (figs. A COTA IDEAL é a média de D'max
1 a 4): 1) com folga (Di > De); 2) com apêrto e D min:
(Dt < De); 3) ajuste "exato" (hipótese que só
se realiza por acaso),
Cota ideal (D max + D min) +2
Em qualquer destes casos, é necessário
fixar uma dimensão máxima e uma dimensão A COTA REAL é a medida que o
operador obtém, quando realiza o acabamento
mz'náma, entre as qpais a ajustagem das duas
da peça. Se a cota real está entre o limite
peças seja possível.
mdximo e o limite mínimo, diz-se ,que a me-
dida está dentro da tolerância.
Denomina-se tolerância. (T) a diferença
entre a cota máxima e a cota mínima (fig. 7): txrmplo de um eixo

T = D max-D min. Exemplo na


medida

1) Na medida 90 ;0;:+ indique os seguintes valores: 1) Limite


máximo; 2) Limite minimo; 3) Tolerância; 4) Cota ideal; 5) Cota
nominal.
2) Que é tolerância de uma medida? Que é cota ideal? Que é cota real?
3) Por que a indústria mecânica necessita da tolerância na fabricação?
4) Quais os tr$s tipos de ajuste? Que é necessário fixar, para um ajuste?
' . -..I tJ:! ILLY
I
RETIFICADOR RÉGUA DE TRAÇAR TAREFA 15 111
I

Escala 1: 1

FERRAMENTAS: Rebôlo reto plano de 7" x i/2" x 1 1/4", paquimetro, micrôlnetros e%-
ternos de polegadas, barras de fixação e comparador.

M A T E R I A L : Aço 0,4 a 0,6 OJ, C - 3/16" X 1 1/4" X 206 mm

ORDEM DE EXECUÇÃO

1. Monte a placa magnética.


2. Reti£ique as superfícies A , - B - C e D nas dimensões indicádas.
3. Monte o rebolo para retificar os topos.
4. Fixe a peça na morsa universal e retifique os topos na medida in-
dicada.
5. Monte a mesa basculante graduada e incline-a a 20°.
6. Fixe a peça com barras de £ixação, alinhando-a com comparador.
7. Retifique o chanfro na dimensão indicada.

I
C

+&$$>-
- .-A3
-
. .
- 127
. -- -i
;a
rn
1
9
n
P
u
O
P

dá a aproximação desejada, isto é, neste caso, a aproximação ex- ?


i0
trema de 1/128" (fig. I). C
Isso não significa que a parte fracionária tenha sempre o 2
Fig. I denominador 128. Se, feita. a leitura, o numerador for um dos 2
F
Paquimetro com vernier números' pares 2, 4, 6 ou 8, resultam as indispensáveis simplifi- O
de 1/128 da polegada cações seguintes:
2/128" = 1/64"
6/ 128" = 3/64"
4/128" = 1/32"
8/128" = 1/16"
m-
---.
cI
N
Como se vê, a fração 8/128" equivale à menor graduação Y
(1/ 16") da escala do paquímetro.
pari medir com aproximação de 1/ 64 da polegada, usando LEXTTURA DA MEDIDA. COM U V E ~ I ~
a escala ou régua graduada, a leitura é impreaisa, porque os tra-
i ços a 1/64" de distância são muito próximos: Além disso, é co- Lêem-se, na escala, até antes do zero do vernier, as pole-
I
I
mum existirem as graduagões 1/64", e mesmo as de 1/32", ape- gadas efrações (as frações poderão ser: meia polegada ou qkar-
1
nas em parte da escala. Conclusão: só se faz boa leitura na escala, tos, oitavos ou dezesseis avos). Na fig. 1, por exemplo, tem-se:
quando a sua menor graduação for de 1/16". 11 -I -
I O" -
16 '
nnn
5:
Daí ser comum, atualmente, nas oficinas mecânicas, o uso
do Paquímetro, de até 1/128"s Ou seja, até a
Em seguida, contam-se os traços do vernier, até o que coin- E$*
-<ou
i
I
metade de 1/64". Também são usuais os paquímetros que dão
cide com um traço da escala. Na fig. 1, por exemplo: três traços,
seja, 3/128". ?o"
aproximação de 1/ 1000" (1 milésimo da polegada).
Ii 11
Por fim, soma-se: - 3/128" = 88/128"
16
+ 3/128" = + iI
Sòmente será estudado nesta folha, entretanto, o h
= 91/128". i
I
d

1% -- .
..-.. , 2',. i. :. ... . -.. .
- _ : _
-,
, . ,
- . . -
,
F6LHA DE
RETIFICADOR PAQUÍMETRO DE 1/ 128" INFORMACÃO 15.2
TECNOLÓGICA

Por vêzes, aparecem simplificações na leitura, como se exemplificará a seguir, sur-


gindo resultados com aproximações em 64 ou em 32 avos.
1" 6 " 6 3"
1.O exemplo: - Escala: 1--- - Vernier: 6.0 traço, ou -. Ora,
16 128
-
128
-"
- ---
64 '

1" 3" 4 " 3"


SOMA: l--$T=l
16 T $ - 6 4 - - 1 -7-
64
"-
e

3" 4 " 4" - 1"


2.0 exemplo - Escala: 2 -- Vernier: 4.0 traço, ou
4
---
128
. Ora, --
128 32 '.
3" 1" 24" 1" 25"
SOMA: 2 7+ -
-2---tg2-
32
-2-
32 '

7" 2" 2 " 1"


3.0 exemplo - Escala: 2 -- Vernier: 2.O traço, ou ---. Ora, --- - ---
8 128 128 - 64 '
7" 1" 56" 1" 57"
SOMA: 2 --g---tsa- -27+64=2-- 64

EXPLICAÇÃO DO VERNIER DE 11128 DA POLEGADA


O vernier que aproxima até 1/128 da polegada tem o comprimento total de 711 6
da polegada e é dividido em 8 partes iguais (fig. 2). Cada divisão mede, portanto, . . . . .
7/16" s 8 = 7/16" X 118 = 7/128".

O
I I i l I
I.
11. 1 I l'~~ll~l~iI l l l l
2-

Fig. 2 - Vernier de 1/128" Fig. 3 - Leitura 1 29/128"


(Desenho ampliado) (Desenho ampliado)

Ora, cada divisão da escala mede 8/ 128" (= 1/ 16"). Resulta que cada divisão do
vernier é 1/128" menor do que cada divisão da escala. A partir, pois, de traços em coin-
cidência (de "0" para "8" ou, no sentido contrário de "8" para "0") os 1.OQraços do ver-
nier e da escala se distanciam de 1/ 128"; os 2."" traços de 2/ 128" (ou 1/64"); os 3."" tra-
ços de 3/ 128"; os 4."" traços de 4/ 128" (ou 1/32"); os 5.*Vraços de 5/ 128"; os 6."" traços
de 6/128" (ou 3/64"); os 7."" traços de 7/128".
Exemplo - Na fig. 3, a leitura é 1 29/12Sf', porque o zero do vernier está entre
1 3/ 16" e 1 4/ 16" e a coincidência se dá no 5.0 traço. Então:
3" 5 " 24 " 5" 29 "
-i--+---- - 1 ---
16 128 128 128

QUESTIONARIO
Escreva abaixo de cada figura, a leitura correspondente:
F

RETIFICADOR PARALELO "V" TAREFA 16 111


I

I
I

-------
------

Escala 1 : 1

F E R R A M E N T A S : Rebôlo reto plano de 7" X i/2" X 1 SIf,paquimetro, micrômetro ex-


terno de 50 a 75 m m , transferidor e esquadro de precisão.
M A T E R I A L : Aço 0,4 a 0,6 %C -1IX'2'
5/8" X 67 m m

ORDEM DE EXECUGÃO

1. Monte a placa magnética.


2. Monte o rebolo reto plano.
e
3. Retifique as superfícies A, B, C, D, E e F.
4. Substitua a placa magnética pela mesa basculante.
5. Alinhe e incline a mesa a 45O.
6. Fixe a peqa para retificar uma das superfícies do " V .
7. Retifique na dimensão indicada.
8. Incline a mesa a 45O em sentido contrário.
9. Retifique a outra face do "V" e verifique as medidas indicadas.

-131 ,
I RETIFICADOR
I
ELEMENTOS DETERMINAFJTES DA AFSTAGEM
TOLERÂNCIA - FOLGA - APÊRTO
FBLHA DE
IHFOIYA~AO
TECNOLóGICA
I 1
16.1

Para o exame das condições das ajus- quais irão depender dos dois fatores seguin-
tagens, é usual considerar-se o conjunto ci- tes:
lindrico de eixo (peça macho) e furo (peça
1) Dimensões relativas do eixo e do furo.
fêmea). Poder-se-ão apresentar, nos proble-
mas de acabamento dessas duas peças, dife- 2) Estado de acabamento das superficies ou
rentes tipos ou categorias de ajustagem, os qualidade de fabricação.

UIMENSUES RELATIVAS DO EIXO E DQ FURO


As figs. 1 e 2 apresentam um esquema desenhos, é aquela em torno da qual a ajus-
claro, de eixo e furo, que facilitará as defi- tagem tem que ser necessàriamente feita. Tra-
nições dos elementos dimensionais. ta-se de uma medida técnica, que se exprime
A cota nominal, que vem inscrita nos sempre por um número inteiro de milímetros.

Fzg. 1 Fig. 2

As diferenças (superior ou inferior) são A tolerância, conforme já se definiu em


consideradas a partir da linha "zero" (linha da outra folha, é a diferença entre a cota máxi-
cota nominal) com um sinal da sua posição: ma e a cota mínima. Vê-se, nas figs. 1 e 2,
+ (mais) se forem acima da linha "zero"; que a tolerância de uma ajustagem pode se
- (men,os) se forem abaixo da linha "zero" situar ou inteiramente acima da cota nominal
(fig. 3). (linha "zero"), sendo então positiva; ou in-
teiramente abaixo, caso em que é negativa.
Mas pode também se situar entre uma parte
LINHA "ZERO"
e outra, tendo os dois sinais (*).

RapraointopQo gr8fioa
.knbbuta de uma UfU8?0g@rn

Fig. 3
a Define-se como jogo máximo de uma
ajustagem, a diferença (com o respectivo si-
nal), entre a cota máxima do furo e a cota
minima do eixo. O jôgo minimo é a dife-
rença (com o respectivo sinal )entre a cota
minima do furo e a cota máxima do eixo
(fig. 4).
I

ELEMENTOS DETERMINANTES DA AJUSTAGEM FOLHA DE


RETIFICADOR iNFoawGno
I TOLERÃNCIA - FOLGA - APÊRTO TECNOLOGICA 16.2
I
I

-J
Se o jôgo mínimo é positivo (+), trata- Consideremos os casos contrários. Se o
se de uma ajustagenz com folga. jôgo máximo é negativo - e, com maior ra-
Tem-se, ainda, com maior razão, uma zão, o jôgo mínimo - trata-se de uma ajusta-
ajustagenz com folga quando o jôgo máximo gem com aperto (fig. 5).
é também positivo.

EXEMPLO NUMÉRICO DE UMA AJUSTAGEM.


ZNTERPRETAÇAO GRáEICA E NUMlRI-CA

Seja dada a ajustagem: Furo 180 ++,0,046


. : O:, ; : :
e eixo 180 - Linha taib
Na fig. 6 se encontra a interpretaqáo
gráfica. Os elementos numéricos se calculam I
I
i
-
de acordo com as definições dadas: Í 1
3 ' I '
Tolerância para o furo:
+ 0,046 mm - O = 0,046 mm.
00 I
+ o
0 9 /
i
I
1 ic
f
0
i
I I C
I 4
Tolerância para o eixo:
- 0,015 mm - (- 0,044 mm) =
i
I
j I 1
=I- 0,015 mml+ 0,044 mm = 0,059 mm.
Folga máxima:
180,046 mm - 179,956 mm = 0,090 mm. Diferença superior n o furo =
Folga mínima: = Dmax - Cota nom. = 0,046 mm
180 mm + O - 180 mm = 180,000 mm - Diferença inferior n o furo =
- (180,000 mm - 0,015 mm) = 180,000 - = Dmin - Cota nom. = O mm
- 179,985 mm = 0,015 mm. Diferença superior n o eixo =
As diferenças, que definem as posi~ões = Dmax - Cota nom. = -0,015 mm
dos limites em relaqão à linha "zero", são as Diferença inferior n o furo =
seguintes: = Dmin - Cota nom. = -0,044 mm.

ESTADO DE ACABAMENTQ OU QUALIDADE DE FABRICASAO

Êste fator e ~aracterizadop d o maior As tolerâncias se exprimem, como se


ou menor valor da tolerância adotada. viu nos exemplos dados, em milésimos de mi-
Quanto menor o valor da tolerância, límetros. Como é usual representar-se o milé-
mais precisa se torna a ajustagem entre eixo simo de milímetro (chamados Micron) pela
e furo. letra grega p ("mu"), pode-se exprimir a tole-
A tolerância varia com a cota nominal rância em números inteiros. Exemplo: 46
das peças: quanto maior a cota nominal tanto p (46 mícrons) = 0,046 mm.
maior será o valor da tolerância.

Interprete gràficamerite e c~lculeos elementos das seguintes ajustagens:


1) Furo 60 +0,030 2 ) Furo 6 + t 0 1 2 3) Furo 10'
e eixo 60 1:;;;: e eixo 6 1$0:, e eixo - ;,o,1
b

RETIFICADOR CILINDRO DE CENTRAGEM TAREFA 17 111

Escala 1: 1

FERRAMENTAS: Rebôlo reto plano de 12" X I'' X 1 i/4'', paquimetro, micrômetro ex-
terno de O a 25 mm, arrastador de i/2'', centro negativo, ponta de cobre, transferidor.

MATERIAL: Aço indeformável - O 5/8/1 X 105 mm.

ORDEM DE*EXECUÇÃO

1. Monte o cabeçote com ponta.


2. Monte o contra-cabeçote com centro negativo.
3. Lapide o furo de centro da peça.
4. Fixe o arrastador e monte a peça entre ponta e centro negativo.
5. Selecione, inspecione e monte o rebolo reto plano.
6. Retifique o diâmetro de 14 mm.
7. Monte a placa de quatro castanhas independentes.
8. Fixe e centre a peça com comparador centesimal.
9. Incline o cabeçote no ângulo de 30° e retifique o cone.

135
RETIFICADOR USOS INDUSTRIAIS DOS AÇOS-LIGAS
F6LHA DE
INFORMACÃO 77.1
I
TECNOLÓGICA
I

TIPO C
AÇO-LIGA I IIOQPEN-
USOS llwl

Resistem bem a ruptura e ao Peças de automóveis


1 a 10 yo choque, quando temperados e Peças de máquinas
de níquel revenidos Ferramentas

Resistem bem a tração Blindagem de navios


10 a 20 % Eixos - Hastes de freios
Muito duros - Temperáveis
de níquel
em jato de ar Projetis
-

Válvulas de motores térmicos


Inoxidáveis
20 a 50 % Resistentes aos choques
Resistências elétricas
de níquel Cutelaria
Resistentes elétricos Instrumentos de medida

Resistem bem a ruptura Esferas e rolos de rolamentos


Até 6 % Duros Ferramentas
de cromo Projetis - Blindagens
Não resistem aos choques

11 a 1 7 % Aparelhos e instrumentos de
Inoxidáveis
de cromo medida - Cutelaria

Válvulas de motores a
20 a 30 % Resistem a oxidação, mesmo a
explosão
de cromo altas temperaturas Fieiras - Matrizes

0,5 a 1,5 % Grande resistência


de cromo Grande dureza - Muita resis- Virabrequins - Engrenagens
1,5 a 5 % tência aos choques, torção e Eixos - Peças de motores de
de níquel flexão grande velocidade - Bielas

8a25% Inoxidáveis Portas de fornos - Retortas


de cromo Resistentes à ação do calor Tubulações de águas salinas e
18 a 25 % Resistentes à corrosão de ele- gases - Eixos de bombas
de níquel mentos químicos Válvulas - Turbinas
. -

Mandíbulas de britadores
7 a20% Extrema dureza Eixos de carros e vagões
de manganês Grande resistência aos choques Agulhas, cruzamentos e curvas
e ao desgaste de trilhos
Peças de dragas

Resistência à ruptura
Elevado limite de elasticidade Molas - Chapas de induzidos
1a3% de máquinas elétricas
X de silício Propriedade de anular o
O magnetismo Núcleos de bobinas elétricas
0
.$
RETIFICADOR USOS INDUSTRIAIS DOS AÇOS-LIGAS

TIPO DO PORCEN-
AÇO-LIGA TAGEM DA CARACTERIÇTTCAS DO AÇO USOS INDUSTRIAIS
ADIÇÃO

1 % silício Molas diversas


Grande resistência a ruptura
1 % manga- Molas de automóveis e de car-
Elevado limite de elasticidade
nês ros e vagóes

Dureza - Resistência a ruptu- Ferramentas de corte para al-


1 a 9 % de ra - Resistência ao calor da tas velocidades
tungstênio abrasão (fricção) Matrizes
Propriedades magnéticas Fabricaç.20 de ímãs

Dureza - Resistência a ruptu- Não é comum o aço-molibdê-


ra - Resistência ao calor da nio simples - O molibdênio
abrasão (hicção) se associa a outros elementos

Dureza - Resistência a ruptu- Não é usual o aço-vanádio sim-


ra - Resistência ao calor da ples - O vanádio se associa a
abrasão (fricção) outros elementos

Propriedades magnéticas fmãs permanentes


Dureza - Resistência a ruptu- Chapas de induzidos
ra - Alta resistência à abrasão Não é usual o aço-cobalto sim-
(fricção) ples

8 a 2 0 % de Excepcional dureza em virtu-


tungstênio de da forma950 .de carbonêto Ferramentas de corte, de todos
Resistência de corte, mesmo os tipos, para altas velocidades
1 a 5 % de
vanádio com a ferramenta aquecida ao
Cilindros de laminadores
rubro, pela alta velocidade
Até 8 % de Matrizes
A ferramenta de aço rápido
molibdênio Fieiras
que inclui cobalto, consegue
3 a 4 % de usinar até Q aço-manganês, de Punções
cromo grande dureza

O
Z Camisas de cilindro removí-
O
d 0,85 a veis, de motores a explosão e
V 120 Cr, de Possibilita grande dureza su-
2Z alumínio de combustão interna
perficial por tratamento de ni-
g 0,9 a 1,80 % tretação (termo-químico)
Virabrequins - Eixos
3
4 de cromo Calibres de medidas de dimen-

O sões fixas
0
RETIFICADOR PONTA DE CENTRO TAREFA 18 111

Chanfrar 1 x 45'

I r 135
I
Escala 1: 1

FERRAMENTAS: Rebôlo reto plano de 12" X 1" X 2", paquimetro, micrômetro exter-
no de. O a 25 mm, arrastador de Xf', centro negativo, cone morse n.* 3 e transfe-
ridor.

M A T E R I A L : Aço 0,4 a 0,6 yo C - O 1" X 140 mm.

ORDEM DE EXECUGÃO

1. Monte o cabeçote com ponta.


2. Monte o contra-cabeçote com centro negativo.
3. Lapide o furo de centro da peça.
4. Fixe o arrastador e monte a peça entre ponta e centro negativo.
5. Selecione, inspecione e monte o rebolo reto plano.
6. Retifique a parte cilíndrica para 23,83 mm.
7. Incline a mesa no ângulo de l0 25'.
8. Retifique o cone nas dimensões indicadas.
9. Retire o ponto do cabeçote e o grampo da peça.
10. Fixe a peça no cone interno da árvore do cabeçote com as buchas
de redução necessárias.
11. Incline o cabeçote para se obter o ângulo de 60° e retifique o cone.
- - --

I' I -
CALIBRADORES CONICOS - (CONE - FBLHA DE
RETIFICADOR VERIFICAÇAO - CONES NORMALIZADOS)
INFORMAÇAO 18.1
\ TECNOL6GICA

A superfície cônica desempenha fun- Os cones são utilizados, principalmen-


ção de grande importância nos conjuntos ou te, nas fixações de ferramentas rotativas
dispositivos mecânicos. Permite o cone um (exemplos:' cones Morse, métrico, "standard"
tipo de ajustagem com a característica espe- americano e Brown & Sharpe) e em conjuntos
cial de poder proporcionar enérgico apêrto desmontáveis (tais como polias ou engrena-
entre peças que devam ser montadas ou des- gens montadas em eixos) nos quais seja in-
montadas com certa frequência. dispensável a rigorosa concentricidade.

ELEMENTOS DE EXECUGAO E VERIFICAÇAO DO CONE

São os seguintes (figs. 1 e 2): Diâmetro 3) ou pela inclinação da geratriz do


maior (D), diâmetro menor (d), comprimento cone, dada em porcentagem pela fórmula
(C) e ângulo (a) da geratriz do cone com o R-r
seu eixo geométrico. i%=--- C X 100.
A conicidade pode ser fixada:
1) ou pelo ângulo a em graus;
2) ou pela porcentagem de conicidade,

I dada pela fórmula e Oj, =


D-d
C
X 100.
Exemplo:
D=34mm; d = 2 8 m m e C = .....
= 120 mm. A conicidade é então e yo = . . . .
20

Fig. 1 Fig. 2

-
VERIFICA@O DOS CONES

O correto controle da execução de um


CALIBRADORES CONICOS

Emprega-se, também, ou uma peça ma-


I
cone exige, à vista do exposto: 1.O) verifica- cho, ou uma peça fêmea, já usinada, para
ção de medidas; 2.0) verificação da conicida- servir de Calibrador, respectivamente, para a
de; 3.O) verificação de regularidade da forma. peça fêmea (Fig. 5) ou para a peça macho
ora, numa peça, os diâmetros e o ân- que está sendo torneada.
gulo do cone (não podem ser medidos com A verificação da ajustagem dos cones
grande precisão usando os instrumentos co- interno e externo se faz por contato. Para isso,
muns de medição. dão-se quatro traços equidistantes (a giz ou a
Por isso, na prática, utilizam-se Cali- lápis especial, oleoso) segundo as geratrizes,
bradores cônicos que, conforme o caso, será no cone exterior. Introduz-se êste no cone
um Calibrador tampão cônico retificado (Fig. interior e gira-se suavemente um contra o
4) ou uma Bucha de furo cônico retificado outro. Ao retirar, se os traços estiverem apa-
(Fig. 3); de dimensões e proporções normali- gados em toda a sua extensão, o contato dos
zadas. cones está correto.

- .
Fig. 5

. - -
141
J
I RETIFICADOR
I CALIBRADORES CBNICOS - (CONE -
VERIFICAÇÃO - CONES NORMALIZADOS)
I F6LHA DE
TEcNoLóGIcA
i..oit.AcAo I,8.? I
CONES NORMALLZADClS
. .

Em geral, as máquinas-ferramentas cas, alargadores, machos, escareadores, cen-


possuem árvores ou eixos com 'furos cônicos tros, buchas de redução, etc.). Todos êstes
destinados à fixação das hastes cônicas das cones são normalizados, sendo mais comuns
ferramentas rotativas ou de acessórios (bro- os dos sistemas métrico e morse.

TABELA DE DIMENSPSES DOS CONES M%TRICQS


(CONICTUIQIDE i : 20) - MF33IDAS EM mrn

T.illW.A D
117 DIMI3NSQJES DOS CONES MUME
MEDIDAS EM m (Fígs. 6 e 7)

NCDOCCNE D D1 c onic 90+


dade I,
d2 da l3 a b e C R
O 9.04 9.21 5 - 2 0 6,11 5-9 56.3 3.2 3-9 10.4 6.4 4
1 12,06 12,24 4 - 9 8 8.97 8.7 62 3.5 5-2 14.5 9.5 5
2 17-78 11-98 4-99 14-06 13,6 74.5 4 6-3 17.1 11,l 6
3 23-82 24-05 5.02 19.13 18.6 93-5 4,5 7.9 21.3 14,,3 7
4 31-26 31.54 5.19 25.15 2 4 - 6 117,7 5-3 11-9 24.9 15-9 9
5 44-40 44,73 5.26 3 6 - 5 4 35-7 149,2 6-3 15-9 30 19 11
6 63,35 63.76 5.21 52-42, .51,3 209,6 7-9 19 45.6 28.6 17
7 83,.06 83.55 5 - 2 6 8 - 2 1 66.8 285-5 9.5 28.5 55 35 20

Os outros sistemas de cones mais co- Standard Americamp (conicidade aproximada


muns, sobretudo em fresadoras, são: Brown dk 1 : 24); e Jarno (conicidade de 1 : 20).
& Sharpe (conicidade aproximada de 1 : 24);
RETIFICAÇXO CBNICA FBLHA DE
RETIFICADOR
EM BALANÇO E ENTRE PONTAS
INFORMAÇÃO 18.3
TECNOLÓGICA

A retificação das peças com superfície


de revolução cônica, externa ou interna, é
realizada por dois processos:
liQ - ENTREPONTAS, para as superfícies cô-
nicas externas, cujo ângulo de inclina-
ção não exceda de 15O.
2.O - EM BALANÇO,
para superfícies cônicas
externas ou internas, quando L 4 5 D,
sendo D = diâmetro e L = compri-
mento.

i - PRINGPIOS A OBSERVAR
PARAA RETIFICAÇÃO CÔNICA EXTERNA
ENTRE PONTAS:a placa porta-peça deve. ser
inclinada de acôrdo com o ângulo de incli-
nação do cone a ser produzido. (A inclinação Regulagem da inclinação P/ cone
pode variar de +
ou - 15O).

dois parafusos de regulagem de orientação e


os de imobilização da placa (ver prancha 15
DIMENS~ES LINEARES: diâmetro maior fig. V, 1, 3).
D, diâmetro menor d, comprimento L.
CONICIDADE OU relação entre a diferen-
ça dos diâmetros e o comprimento do cone =
- D - d = tangente do ângulo de conici-
L
dade.
INCLINAÇÃO OU relação entre a diferen-
ça dos raios e o comprimento do cone =
R-r D-d
- - = tangente do ângulo
L L
de inclinação.
Este valor é utilizado diretamente
quando da regulagem da peça.
Peças tipicas (Execução de cones)

PARAA RETIFICAÇÁO CÔNICA EM BALAN-


ÇO: a placa porta-peça deve ficar paralela à
mesa. O cabeçote porta-peça deve ser incli-
A - ENTREPONTAS (fig. 111, 2). O pro-
nado de acordo com o ângulo de inclinação
cesso convém na retificasão dos cones externos
do cone a produzir. (A inclinação pode variar
de grande comprimento, com ângulo de in-
de O0 a 90°).
clinação A 15O. Não permite a retificação
interna. Verificar a regulagem de or.ientação
com relação à geratriz ativa do rebolo.
REGULAGEM - Calcular o ângulo da
inclinação em graus, ou a inclinação em por- B - EM BALANÇO (fig. 111, 3). O pro-
centagem, de acôrdo com o tipo de graduação cesso convém na retificação dos cones exter-
da mesa. nos e internos com ângulo de inclinação até
Orientar, com o valor calculado, a pla- 90°. & necessário centrar as peças com o com-
ca porta-peça com relação à mesa. Travar os parador-amplificador.
I RETIFICAÇÃO CBNICA
E v BALANÇO E ENTRE PONTAS
I
F6LHA DE
~NFORMAGÁO
TECNOLÓGICA
1 1
18.4

4 - VERIFICAÇÃO DA REGULAGEM Deslocar a peça longitudinalmente e


DA INCLINACAO NA RETIFICA- fazer com que o apalpador siga uma geratriz.
ÇÃo CONICA O ponteiro do comparador não deve desviar-
se. Em caso de desvio, inclinar a placa porta-
A regulagem por leitura sôbre setor peça o suficiente para obter 0.
graduado carece de precisão, porém, a veri-
ficação da inclinação deve ser feita com exa- d) EM BALANÇO COM UM CONE-PADRÁO
tidão, antes ou durante a usinagem. Abaixo (externamente). Apertar a haste cilíndrica do
figuram diversos processos de verificação. cone-padrão nas castanhas do mandril; inter-
por uma folha metálica de proteção e regular
Ex.: Seja executar um cone (ângulo de sua concentricidade com o eixo.
inclinação igual a l0 30'). Regular a inclinação como foi dito no
A - VERIFICAÇÃO
ANTES DA RETIFICA- item 4 Ac, até obter 0.
çÃo e) EM BALANÇO (internamente). Mon-
a) ENTREPONTAS COM UM "CILINDRO- tar sôbre o comparador-amplificador o apal-
PADRÁO" (figura V, 1). pador auxiliar para furos, e regular como foi
Pôr entre pontas um cilindro retificado dito acima.
de comprimento útil = 100 mm. Calcular o B - VERIFICAÇÃO
DURANTE A RETIFI-
deslocamento y para 100 mm, ou seja: cAÇÃO
seno l0 30' X 100 = 0,0261 X 100 = 2,61. Com um calibre-padrão:
Montar o comparador-amplificador sô- a) CONEEXTERNO. Podem ocorrer dois
bre o porta-rebolo, o apalpador horizontal no defeitos:
plano axial da peça e perpendicular ao eixo 1.O - o contato se dá. sôbre o diâme-
da mesa da máquina. tro menor: o ângulo obtido é pequeno (fig.
-
Deslocar a mesa, a fim de colocar cada v, 3);
extremidade do cilindro em frente ao apalpa- 2.O - o contato se dá sôbre o diâme-
dor. Durante êste deslocamento, o ponteiro tro maior: o ângulo obtido é grande (fig.
deve movimentar-se da quantidade correspon- v , 4).
dente ao deslocamento calculado, ou seja: b) CONEINTERNO: 1.O - O contato se
2,61 mm. dá sôbre o diâmetro menor (ângulo muito
Regular a inclinação até a obtenção grande),
dêste deslocamento. 3.O - o contáto se dá sôbre o diâme-
tro maior (ângulo muito pequeno).
b) EM BALANÇO COM UM CILINDRO-
PADRÁO.O deslocamento da mesa para um Em todos os casos, a regulagem pode
comprimento de 100 mm será então de: . . . ser considerada boa quando o calibre entra.
tg l0 30' X 100 = 2,63. Proceder - como foi em contato com todo o comprimento do cone
dito acima, usando um cilindro-padrão aper- obtido (fig. V, 5).
tado nas castanhas do mandril universal. An-
tes de efetuar a regulagem verificar se o man-
dril está centrado.
. c) ENTREPONTAS COM UM CONE-PADRÁO
que possua o mesmo ângulo de inclinação
(1° 30') que a peça a usinar (fig. V, 2).
REGULAGEM. Calcular o ângulo da in-
clinação em graus ou a inclinação em por-
centagem. Destravar o cabeçote porta-peça e
incliná-lo com o valor calculado. Travar nesta
posição.
Verificar a regulagem da orientação
com relação à geratriz ativa do rebolo.
Montar o cone-padrão entre pontas e o
comparador sôbre o eixo porta-rebôlo. (Apal- Controles
pador no plano axial).
Escala I: 1

FERRAMENTAS: Rebolo tipo cônico de 4" X 2" X 1 X", rebôlo tipo copo reto de 4" X
X 2" X 1 X", paquimetro L; esquadro de precisão.

MATERIAL: Ferro fundido 180 a 200 Brinell - Modêlo

ORDEM DE EXECUÇÃO

1. Monte a placa magnética com régua de 7. Vire a peça para retificar a superfície D,
referência. encostando-a na régua de referência e re-
tifique a superfície D.
2. Monte o rebôlo tipo copo cônico.
8. Substitua o rebôlo tipo copo cônico por
, 3. Fixe a peça com a superfície A em con-
rebôlo tipo copo reto.
tato com a placa magnética.
\
9. Fixe a peça com a superfície A em con-
4. Retifique a superfície B.
tato com a régua de referência e retifique
5. Vire a peça e retifique a supeficie A. as superfícies E, F, G, sucesiivamente.

6. Fixe a peça transversalmente para retifi- 10. Vire e fixe a peça, com a supedície B em
car a superficie C, alinhando com o com- contato com a régua de referência e reti-
parador para obter rigoroso esquadreja- fique as superfícies H, I, J, sucessiva-
mento. mente.
Escala 1 : 1

ORDEM DE EXECUÇÃO

1. Monte o cabesote com placa universal.


2. Prenda o mandril na placa.
3. Fixe a peGa no mandril, conforme a figura 1.
4. Monte o rebolo reto plano.
5. Retifique a pesa no diâmetro pré-determinado e faceie.
6. Arredonde os cantos com pedra aloxite.
RETJ FICADOR CILINDRO DE PRECISÃO TAREFA 21 1/7
..

Friso para possibilitar o fracionamento


após a ratificação.

Tolerância no retif icodo 0,Oi

Escala 1: 1

F E R R A M E N T A S : Rebôlo reto plano 12" X 1"X 1 x", paquimetro, micrômetro externo


de O a 25 m m , arrastador de S", tubo.
M A T E R I A L : Aço indeformáuel O SNX 130 m m .

ORDEM DE EXECUSÃO

1. Monte o cabeçote e o contra-cabeçote com as respectivas pontas.


2. Lapide os furos de centro.
3. Coloque o arrastador na extremidade do cilindro B e monte-o en-
tre pontas.
4. Monte o rebolo reto plano.
5. Retifique o cilindro A no diâmetro indicado.
6. Coloque o arrastador na outra extremidade da peça (use proteçáo
adequada).
7. Retifique o cilindro B no diâmetro indicado.
8. Retire a peça e quebre-a, usando tubo apropriado.
9. Esmerilhe os topos quebrados.

J
14/
-
o* 'NORMALIZAÇÃO DAS TOLERÂNCIAS. FBLHA DE
RETIFICADQR CONVENÇ~ESDO SISTEMA INTERNACIONAL INFORMAÇÁO 21 1
"ISO" DE TOLERÂNCIAS TECNOLóGICA
1

A intercambiabilidade das peças, que Por tais motivos, verificou-se ser de


se tornou possível em virtude do estabeleci- grande vantagem, para atender a exigências
mento das tolerâncias, teria um efeito restri- técnicas e econamicas da indústria, que se
to se dependesse exclusivamente de certos
padrões adotados em cada fábrica ou em cada criasse um uniforme ou normalizado
região. Ora, os interêsses da indústria exigem de tolerâncias de fabricação.
frequentemente que as peças sejam fabricadas A partir de 1928, as tolerâncias passa-
em um loca' e montados em s' vêzes ram a ao sistema internacional nor-
distante, em país diferente. Por outro lado,
é comum, na produção industrial, que uma
malizado "ISA" (iniciais da International
certa emprêsa encomende a diversas outras, Standardizing Association). Em 1947, mu-
L mediante um desenho ou projeto padrão, dou-se a denominação do sistema para "ISO"
séries ou partidas de uma mesma peça. (International System Organization).

ELEMENTOS CARACTERÍSTICOS DO SISTEMA


INTERNACIONAL "ISO" DE TOLERÂNCIAS

São dois os característicos fundamen- 2) índice numérico, correspondente ao valor


tais: 1) índice literal, correspondente à posi- da tolerância, ou seja, definindo a-qualidade
$20 da tolerância em relação à linha "zero"; de fabricação.

ÍNDICES DE POSIÇÃO

Letras A a Z (maiúsculas) para as tole- para as tolerâncias dos eixos correspondentes.


râncias dos furos e letras a a z (minúsculas)

Podem existir sistemas normalizados É de uso generalizado o sistema de furo


de tolerância baseados em "furo único" ou em calibrado izormal H, no qual a diferença in-
"eixo q.inicoJ'. No primeiro caso, fixam-se as ferior do furo é nula, isto é, o diâmetro me-
tolerâncias de uma categoria de furo (H, por nor é igual à cota nominal. A figura apre-
exemplo) e com elas se relacionam as de vá- senta o gráfico simbólico do sistema, pelo qual
rios tipos de eixos. No segundo caso, fixam- se compreendem as posições, em relação à
se as tolerâncias de uma categoria de eixo e linha "zero" das diferentes ajustagens furo
se variam, com relação a ela, as de vários tipos A ,/eixo a, furo Bleixo b, furo cleixo c, etc.
de furos.
----
r-
I
.- - .-- - .- -

FBLHA DE
1 RETIFICADOR FURO PADRÃO " H E SEUS AJUSTES USUAIS INFORMAÇÁO
TECNOLóGICA
21.3
I
TABELA DAS TOLERÂNCIAS DE AJUSTAGEM DO FURO NORMAL "H7"
COM OS EIXOS ESPECIFICADOS NA PAGINA
I
A titulo de exemplo, está abaixo o quadro das tolerâncias de uso mais comum nas
oficinas mecânicas, desde a cota nominal 1 mm até a cota nominal 500 mm. As tolerâncias
estão indicadas em mícrons (milésimos de milímetros). I

DIÂMETRos
NOMINAIS FURO E I X O S
NORMAL
H7 e7 f7 h6 .
g6 j6 - m6 p6
1 ' (excluide) + 9 - 1 4 - 7 - 3 O + 6 + 9 + 16-
3 ,( inzluido)
---
O - 2 3 - 1 6 1 0 - 7 - 1 + 2 + 9
3 + 12 - 20 - 10 -
4 O +
a

7 + 12 + za
a
6 O 3 2 - 2 2 1 2 - 8 - 2 + + 12
6
-a
+ 15 - 25 - 13 -
5 o + 7 + 15 + 24
in O - 4 0 - 2 8 - 1 4 - 9 - 2 + 6 + 15
19 9 '18 - 32 - 16 -6 O + 8 + 18 + 29-
a
IR O - 5 0 - 3 4 1 7 - 1 1 - 3 + 7 + 18
18 + 21 - 4 0 - 2 0 - 7 O + 9 + 2 1 + 35
a
?n 0 6 1 4 1 2 0 - 1 3 - 4 + 8 + 22
3O + 25 - 50 - 25 -
9 O + lls+ 2 5 + 42
a
I-
-

:-r
50 O 7 5 5 0 2 5 1 6 - 5 + 9 + 26
50 + 6o O + 12 + 30 + 51
a - 9 0 - 6 0 2 9 1 9 - 7 + 11 + 32
80
ti U +
0
35 - 72 - - 2 O + 13 + 35 + 59
i
3
- 120 0 - 107 - '21 34 - 22 - 9 + 13 + 37
85 -
.
120 + 40 - 43 - 14 O + 14 + 40 + 68
a
180 O - 125 - 83 - 39 - 25 - 11 + 15 + -43
180 + 46 - 100 - 50 - 15 O + 16 + 46 + 79
a O - 146 - 96 - 44 - 29 - 13 + 17 + 50
i5Q + 52 - 110 - 56 - 17 O + 16 + 52 + 88
3% O - 162 - 108 - 49 - 32 - 16 + 20 + 56
315 + 57 - 125. - 62 - 18 O + 18 + 57 + 98
a O - 182 - 119 - 54 - 36 - 18 + 21 + 62
4 ~ 0 + 63 - 135 - 68 - 20 O + 20 + 63 + 108
a
SOO 0 - 198 - 131 - 60 - 40 - 20 + 23 + 68

QUESTIONARIO
1) Quando o sistema de tolerância ISO se denomina normal?
2) Quais são as equivalências de Dmin. e de Dmax. no sistema normal?
3) Faça os gráficos das ajustagens do furo calibrado i~ormal"H" com
OS eixos e, f, g, h, j, m e p.

4) Dê as características da ajustagem H7 com os seguintes eixos:


e7 - f7 - g6 - h6 - j6 - m6 e p6.
- -- -

-
9

F6LHA DE
RETIFICADOR FURO PADRÃO "H" E SEUS AJUSTES USUAIS INFORMAÇAO 21-4
TECNOL6GICA

Estabelecido que o diâmetro mz'nimo do furo "H" É IGUAL à cota nominal, todos os
demais elementos de ajustagem com eixos diversòs ficarão em função da $osição "H" e o
sistema de tolerância se denomina normal.
Temos, então, no sistema normal: Dmin. de H-Cota nominal de H e, portanto,
+
Dmax. de H-Cota nominal de H Tolerância.
As figs. 1 e 2 dão a representação gráfica do sistema H nas ajustagens com 7 posi-
ções de eixos.

No sistema de furo normal "H7" (posiqão "'H" e tonalidade "7"), os eixos. abaixo
.indicados realizam ajustagens com as características seguintes:

Fig. 2

AJUSTAGEM EMPR~~GO EXEMPLOS


Em Órgãos que permitem ajusta- Eixos com diversos suportes,
LIVRE gem com ampla folga. articulações.

BOTATIVA 1 Peças r o t a t i v a s , mesmo


velocidades elevadas.
para Eixos e mancais p r i n c i p a i s de
maquinas, de caixas de veloci-
dade, de virabrequins.

DESLIZANTE 1- Peças que deslizam em guias,


sem g i r a r , o u r o t a t i v a s de
-
=ande ~ r e c i s a o .
Hastes de válvulas, corrediças,
engrenagens de grande precisão*
I 6rgãos montados a mão, com au-
DESLIZWTE
I x i l i o de l u b r i f i c a n t e . de f r e i o hidraulico.
LIGEIRAMENTE
ADERENTE I Peças f i x a s montadas ou desmon-
tadas, com pancadas leves. Enchayetamentos em geral.

Peças montadas com pancadas f oy Engrenagens e p o l i a s , discos


POarÇADO
t e s , para boa fixação. de acoplamento.

I Peças que devem s e r montadas


com grande pressão.
Coroas de bronze em engr nageng,
aros de, fodas de vagões. .
ESQUADREJAMENTO

---

FERRAMENTAS: Rebôlo reto plano de 12" X I" X 1 1/4", paquimetro, micrômetro ex-
terno de 50 a 75 m m , arrastador de 1 1/4", ponta de cobre e esquadro de precisão.

MATERIAL: Aço 0,4 a 0,6 yo C - O 2 1/2" X 190 mm.

ORDEM DE EXECUÇÃO

1. Monte o cabeçote e o contra-cabeçote com as pontas respectivas.


2. Lapide os furos de centro.
3. Monte a peça entre pontas.
4. Monte o rebolo reto plano.
5. Reti£ique no diâmetro de 58 mm e £aceie observando o esquadre-
jamento.
~gre- 'u w= - -- " ( e

FÔLHA DE
1J,
PRINCIPAIS
'f R E T ~ F ~ C K ~ ~ DEFEITOS APRESENTADOS NA INFORMACÃO
.3 RETIFICAÇÃO E SUAS CAUSAS TECNOL6GICA

-
I . KETIFICAÇÃO CIL~NDRICASEM CENTROS . +

DEFEITOS CAUSAS

- Régua em mau estado


- Excentricidade da árvore porta-rebolo
- Movimento irregular do rebôlo de
arrastamento
- Má diamantagem (vibração do dia-
mante)
- Empastamento do rebôlo de trabalho
(de corte)
- Rebolo muito mole
. =.?
- Líquido de refrigeração sujo 4

-Velocidade excessiva do rebôlo de tra-


balho
-Velocidade muito fraca ou muito forte
da peça (segundo a profundidade da
passada)
- Passada muito profunda
- Ataque muito brusco do kebôlo .
- Escorregamento ("patinar") das cor-
reias v.

- Má movimentação da peça .
- Má retificação do rebôlo
- Rebolo muito duro, lustroso ou em-
pastado
- Rebolo de grana muito fina ,
- Refrigeração insuficiente ou mal di-
rigida
- Líquido de refrigeração de composi-
ção mal dosada

- Má posição da régua
- Rebolo de trabalho muito mole
- Rebolo de trabalho muito estreito
- Rebolo de trabalho mal endireitado
- Rebolos não paralelos

- Ovalização inicial exagerada das peças


- Má posição da régua
- Rebolo de trabalho muito duro 1
I PRINCIPAIS DEFEITC
RETIFICAGÃO SUAS CAUSAS '

ITROS

DEFEITOS CAUSAS

1.5 FACETAS -Velocidade de passagem muito forte


- Angulo ou gume da régua muito
agudo
- Régua muita fina
- Régua mal fixada
- Jogo na árvore porta-rebolo
- Escorregamento ("patinai-") das cor-
reias
- Má movimentação da peça
- Rebolo de trabalho muito duro ou
desequilibrado

- Mau alinhamento das guias laterais


- Deformaqão da régua
- - Diamantagem defeituosa do rebolo de
arrastamento .

1.7 PESAS COM DEE0RMAá;õES


- Insuficiênciade material a retirar
(sobretudo em peças pesadas)
- - - --
----- - Rotação irregular da peça
- Má posição da régua
--
--

1.8 ESPIRAS
' - Barras tortas
- Pressão excessiva
1 - Má posição da régua
- Régua muito dura
- Mau alinhamento das guias laterais
- Ressalto na entrada ou na saída

' ,
. .
a*

.. *. * , ;..
- a". *

.156

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