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Entenda a origem do Carnaval no Brasil e no mundo

O Carnaval é uma festa popular no Brasil, que movimenta milhões de pessoas, atraindo
turistas do mundo todo. Os dias de folia representam o período de feriado mais longo constante
no calendário oficial do país. O Carnaval chegou ao Brasil através dos portugueses (influência
europeia), estando presente no calendário cristão desde o período da colonização. No entrudo,
como eram chamados os festejos na época, as famílias aristocratas brancas brincavam
atirando água, lama, farinha, ovos e limões de cera perfumados, uns nos outros. Nesse
período, os negros eram excluídos das festas, cabendo a eles trazer a água, limpar a sujeira
feita nas residências, produzir os limões de cera, e servindo de “alvo” para os senhores
brancos que lhes atiravam farinha com o intuito de vê-los embranquecidos e fazerem troça. No
século XIX, o entrudo popularizou-se e ganhou as ruas, causando preocupação nas
autoridades que via essa popularização como risco de perda do controle social. Ao mesmo
tempo, as elites foram recolhendo-se em suas casas, evitando misturar-se com a plebe. Com a
Abolição da Escravatura, em 1888, o negro pode participar dos folguedos de rua e um grupo de
mascarados começou a desfilar pelas ruas entoando tambores e outros instrumentos de
percussão: o famoso desfile do “Zé Pereira” (princípio da influência africana). O barulho era
considerado pela elite e autoridades como “infernal”, colocando em prática discursos
moralistas, na tentativa de reprimir os festejos populares nas ruas. De olho na Europa, a elite
importa os bailes de máscaras nos salões e fundam inúmeras sociedades carnavalescas (outra
influência europeia), com o intuito de diferenciar-se da plebe e dos festejos de rua. A partir daí,
os negros passaram a festejar o carnaval, contribuindo com sua dança (samba) e
musicalidade (batuque).

A famosa festa, realizada bem antes do nascimento da Igreja Católica, passou por várias
transformações e se adaptou à cultura brasileira

Nem só de ziriguidum e telecoteco foi feito o Carnaval


durante os séculos de história. A festa mais popular no
Brasil, na verdade, teve início há milhares de anos na
Antiguidade. Mas se não tinha samba e nem mulatas na
avenida, a folia sempre estava presente entre hebreus,
romanos e gregos. Eram grandes festejos pagãos, cheios
de comida e bebida, para comemorar colheitas e louvar
divindades e ocorriam entre novembro e dezembro.
Na Idade Média, a Igreja decidiu incorporar as antigas
festividades ao seu calendário. O Carnaval então passou a
corresponder aos últimos dias antes das limitações
impostas pela Quaresma (os famosos 40 dias sem carne
até a Páscoa). Era a última chance de ter o prazer de um suculento bife antes das privações
até a Sexta-feira Santa. A festa foi se desenvolvendo e, no século 13, começaram a surgir os
bailes de máscara, principalmente na Itália. Eram as primeiras fantasias de Carnaval,
totalmente restritas à nobreza.

A partir do século 19, as máscaras e fantasias se popularizaram e fizeram parte das festas por
toda a Europa. Os personagens que mais davam o que falar eram o Pierrô, o Arlequim e a
Colombina (da commedia dell’ arte italiana), presentes ainda hoje na festa popular.
E no Brasil?
O Carnaval foi comemorado por aqui desde a chegada dos portugueses. No século 17, por
influência dos nossos conterrâneos, as celebrações resumiam-se ao entrudo. Nesta época, era
uma bagunça, feita principalmente por escravos, com direito a guerras de água, farinha e
limões de cheiro.

A pintura Cena de Carnaval, de Jean Batiste Debret, retrata como eram os entrudos no Brasil
durante o século 17.
A festa só evoluiu no país no século 19, quando as classes mais ricas daqui, atiçadas pelos
europeus, entraram na brincadeira do Carnaval dentro de salões. Mas nada de samba surgir
ainda. “Nesta época, cantava-se de tudo no Carnaval. Até Ópera”, afirma o historiador André
Diniz, autor do livro Almanaque do Carnaval. “A primeira marchinha foi feita em 1899, por
Chiquinha Gonzaga, para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro: Ó abre alas. Depois da
gravação do samba Pelo Telefone, de Donga e Mauro de Almeida, em 1917, este gênero
começa a ganhar espaço no carnaval carioca.”
A popularização do samba e das marchinhas, através de compositores como Braguinha,
Haroldo Lobo e Lamartine Babo, tornaram a festa num sucesso entre a população na década
de 1920. É aí que entra um famoso personagem de nossa história: Getúlio Vargas – esse você
já conhece de outros Carnavais. O então presidente percebe o apelo do ritmo e decide
aproximá-lo ainda mais da população para torná-lo identidade nacional.

“O estado passou a organizar o Carnaval, dando licença para os desfiles e investindo nas
escolas de samba. Getúlio pegou a onda da consolidação do samba, aproximando sua política
de construção do Estado Nacional das manifestações populares”, explica Diniz. Daí para o
samba e o Carnaval crescerem, ganharem um sambódromo e se tornarem identidades
nacionais foi um pulo (de folia).

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