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Grupos direitistas difundem ‘fake news’ para criticar


combate do Facebook às ‘fake news’
MBL e ativistas de extrema-direita atacam agências de checagem de informações, divulgam perfis
pessoais de jornalistas e usam dados falsos para desqualificar iniciativa da rede social

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XOSÉ HERMIDA

São Paulo - 19 MAI 2018 - 22:20 BRT

"Tenho muita preocupação, tenho INSCREVA-SE EM NOSSOS NEWSLETTERS

medo de que tudo vai parar", diz em


um vídeo difundido no Youtube Renan
PODE TE INTERESSAR
Santos, um dos fundadores do
Movimento do Brasil Livre (MBL). "Se a Ataque à caravana de Lula: boatos
são base de 6 das 10 notícias mais
gente perder essa luta contra a compartilhadas

censura, nossa força vai acabar".


Facebook retira do ar rede de ‘fake
Grupos da direita, principalmente o news’ ligada ao MBL antes das
eleições
MBL, lançaram nos últimos dias uma
intensa campanha contra a nova
Antes de banir ‘app’ usado pelo
política do Facebook para tentar evitar MBL, Facebook aceitou seu criador
em seleta conferência anual
a divulgação de noticias falsas pela
rede social. Segundo esses grupos, a Deputados aproveitam brecha para
divulgar seus mandatos no
iniciativa do gigante tecnológico para Facebook
Postagem do MBL
combater as chamadas fake news é um
"ataque à liberdade de expressão" e
uma tentativa de "censura" instigada O MAIS VISTO EM...
» Top 50

pela "extrema esquerda". "Querem estrangular a direita brasileira", lamenta


ESPANHA AMÉRICA BRASIL CATALUNHA
Santos na mesma mensagem. Em vídeos e postagens publicados na internet, os
ativistas tentam desqualificar o trabalho das agências profissionais de checagem Fernando Haddad: “A ideia de uma chapa com Ciro
não morreu na praia. Está na ilha ainda”
de dados escolhidas como parceiras pelo Facebook e até divulgam perfis
Receita Federal espanhola aceita proposta de
pessoais dos jornalistas desses veículos para classificá-los como "militantes da
Cristiano Ronaldo: 19 milhões de euros e dois anos de
esquerda". A ironia é que dirigentes do MBL como o próprio Santos, Kim prisão

Kataguiri ou Arthur do Val, mais conhecido pelo apelido de Mamãefalei,  e Inger Enkvist: “A nova pedagogia é um erro. Parece
que não se vai à escola para estudar”
inclusive um deputado federal e um procurador da Justiça do Rio de Janeiro,
Facebook retira do ar rede de ‘fake news’ ligada ao
difundiram dados falsos para criticar o combate aos dados falsos.
MBL antes das eleições

Um guarda real britânico empurra uma turista no


Nesta semana, o Facebook lançou no Brasil seu programa de verificação de castelo de Windsor

notícias, em parceria com as plataformas de checagem Aos Fatos e Agência Por que esquecemos os livros que lemos

Lupa, as duas formadas por grupos de jornalistas independentes que vendem O suicídio de Oksana Shachko, dez anos após a
criação do Femen
seus conteúdos a diversos veículos de imprensa. A Lupa está ligada à revista
Como será o eclipse lunar mais longo do século
Piauí e tem entre seus clientes fixos o primeiro jornal do país, Folha de S.Paulo.
O lado obscuro de Mick Jagger, que completa 75
Aos Fatos informa que seu financiamento é através de crowdfunding na internet
anos, em 13 frases de famosos que o conhecem bem
e das parcerias con outros veículos. O Facebook escolheu as duas porque fazem
‘Encontrei o amor da minha vida, fui infiel e decidi me
parte da International Fact-Checking Network (IFCN), rede internacional de internar em uma clínica para viciados em sexo’

checagem de dados

De acordo com a rede social, as duas agências de


MAIS INFORMAÇÕES
verificação terão acesso às notícias denunciadas pelos
usuários do Facebook para analisar sua veracidade. Se os
conteúdos forem classificados como falsos, eles terão sua
distribuição reduzida de forma significativa e a plataforma
de Mark Zuckerberg também não aceitará melhorar sua Antes de banir ‘app’
difusão através dos chamados impulsionamentos pagos. usado pelo MBL,
Facebook aceitou seu
Isso significa que as informações que forem criador em seleta
consideradas fake news não serão retiradas da rede social, conferência anual

mas terão sua visibilidade bastante reduzida. Páginas no


Facebook que compartilharem com frequência notícias
falsas também serão penalizadas com reduções no seu
alcance total e a proibição de publicar anúncios para atrair
audiência. Mark Zuckerberg:
“Faremos tudo para
garantir a
O objetivo da iniciativa, segundo o Facebook, é fornecer um integridade das
eleições no Brasil”
contexto mais amplo às pessoas "para que tomem
decisões mais informadas sobre o conteúdo que
consomem". A companhia afirma que nos Estados Unidos,
onde o mecanismo já está em operação, foi verificada uma
redução de 80% de notícias consideradas falsas por
Rebelião contra as
agências de checagem parceiras por lá. Segundo a rede
redes sociais
social, apenas no primeiro trimestre de 2018 foram
retiradas 583 milhões de contas falsas. A nova política do
Facebook que será aplicada no Brasil a partir da segunda-feira faz parte de
reação da companhia ao escândalo da Cambridge Analytica, a empresa que
presumidamente conseguiu através da rede social dados pessoais de 87 milhões
de usuários para divulgar conteúdos falsos e apoiar as campanhas do Brexit e de
Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos. Após o escândalo, o
próprio Zuckerberg declarou: “Faremos tudo para garantir a integridade das
eleições no Brasil”

O MBL já sofreu indiretamente a nova política do Facebook há algumas semanas.


Em março passado, a companhia derrubou a página Ceticismo Político, ligada a
esse movimento, que estava registrada com um perfil fraudulento e que difundiu
notícias falsas sobre a vereadora assassinada no Rio de Janeiro Marielle Franco
para relacioná-la com a organização criminosa Comando Vermelho. O próprio
MBL compartilhou esses conteúdos no seu perfil do Facebook. Semanas mais
tarde, a rede social baniu o aplicativo Voxer depois de que uma reportagem do
jornal O Globo desvendasse que era usado pelo MBL para replicar conteúdos nas
timelines dos usuários como se fossem publicados por eles próprios. O Voxer,
contudo, foi criado com incentivo do próprio Facebook, que convidou um dos
seus idealizadores para a Conferência Anual de Desenvolvedores da gigante
tecnológica.

A rede, porém, após ver-se questionada globalmente sobre seu papel social,
incluindo a cultura do ódio que se impregnou em diversos países, tem ajustado
rotas de atuação, sobre tudo para entravar o tráfego de conteúdos fraudulentos.
No Brasil, após o anúncio da aplicação  da nova política de combate às fake news,
a reação de alguns dos mais conhecidos grupos e ativistas de direita radical na
internet tem sido furiosa. Os principais dirigentes do MBL se envolveram na
campanha para denunciar uma conspiração esquerdista com o intuito, como
disse Renan Santos, de "estrangular a direita" no Brasil. Segundo Mamãefalei, a
origem de tudo está na ideologia esquerdista que, segundo ele, domina no Vale
do Silício. "Todo mundo sabe que o algoritmo do Facebook censura a direita",
disse Arthur do Val, apesar dos inúmeros indícios de que a rede social foi usada
de maneira massiva para, por exemplo, turbinar a campanha de Trump nos EUA,
e a própria difusão que o MBL alcançou no Brasil através dessa rede social. O
Facebook também tem derrubado sites mais identificados com o público de
esquerda, cuja origem do conteúdo não se demonstrou confiável.

Além de atacar a companhia de Zuckerberg, esses grupos iniciaram uma


campanha para desqualificar os jornalistas que trabalham nas agências
escolhidas como parceiras para a comprovação de fatos. Nos últimos dias foram
publicadas fotografias deles e detalhes de seus perfis nas redes sociais. A
Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) publicou  uma nota
para se solidarizar com os profissionais das agências de verificação e denunciar:
"perfis pessoais de colaboradores dos veículos em redes sociais têm sido
vasculhados e expostos em montagens, como supostas evidências de que as
agências de checagem estariam a serviço de uma ideologia. Em alguns casos,
fotos de cônjuges e pessoas próximas aos profissionais também foram
disseminadas junto a afirmações falsas e ofensivas".

Muitas das acusações de membros de grupos como o MBL estão embasadas em


falsidades. Colocam a Agência Pública, que tem o seu próprio serviço de
checagem de dados, como uma das parceiras do Facebook e mesmo difundem
também dados de seus jornalistas. Kataguiri, Renan Santos e Mamãefalei
asseguram que o principal responsável por decidir sobre os conteúdos falsos
seria o jornalista Leonardo Sakamoto, definido por Santos como "um dos
grandes cânceres do jornalismo brasileiro". Sakamoto nem é dono da Agência
Pública, como afirmam alguns dos ativistas, nem tem ligação com os parceiros
escolhidos pelo Facebook. A falsa notícia sobre Sakamoto inclusive foi
disseminada pelo procurador do Rio de Janeiro Marcelo Rocha Monteiro na sua
conta do Facebook e pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro. Em um artigo
publicado no passado dia 15, intitulado Censurar as Fake News: a guilhotina
esquerdista do século XXI, o filho do líder da extrema-direita reforça que o
Facebook escolheu Sakamoto para a verificação de notícias falsas e se pergunta:
"seria Zuckerberg mais um discípulo de Lula?".

Nos seus vídeos, os dirigentes do MBL lamentam que a nova política do


Facebook pode prejudicar os candidatos da direita na eleição de outubro, dentre
eles Jair Bolsonaro, e anunciam uma campanha para que o Congresso brasileiro
atue contra a rede social. Segundo Mamãefalei, o objetivo é pressionar para que
os parlamentares criem uma CPI sobre a nova política da rede social.

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